Obras Literárias

junho, 2017

  • 29 junho

    Pesadelo – Olavo Bilac

    Olavo Bilac Às vezes, uma vida abominanda Vives no sono, em que a hórrida matula Dos íncubos e súcubos te manda O eco do inferno que referve e ulula. Um mundo torpe nos teus sonhos anda: O ódio, a perversidade, a inveja, a gula, Espíritos da terra, sarabanda Das grosseiras …

  • 28 junho

    Penetralia – Olavo Bilac

    Olavo Bilac Falei tanto de amor!… de galanteio, Vaidade e brinco, passatempo e graça, Ou desejo fugaz, que brilha e passa No relâmpago breve com que veio… O verdadeiro amor, honra e desgraça, Gozo ou suplício, no íntimo fechei-o: Nunca o entreguei ao público recreio, Nunca o expus indiscreto ao …

  • 28 junho

    Palavras – Olavo Bilac

    Olavo Bilac As palavras do amor expiram como os versos, Com que adoço a amargura e embalo o pensamento: Vagos clarões, vapor de perfumes dispersos, Vidas que não têm vida, existências que invento; Esplendor cedo morto, ânsia breve, universos De pó, que o sopro espalha ao torvelim do vento, Raios …

  • 28 junho

    Pátria – Olavo Bilac

    Olavo Bilac Pátria, latejo em ti, no teu lenho, por onde Circulo! e sou perfume, e sombra, e sol, e orvalho! E, em seiva, ao teu clamor a minha voz responde, E subo do teu cerne ao céu de galho em galho! Dos teus líquens, dos teus cipós, da tua …

  • 28 junho

    Panóplias – Olavo Bilac

    Clique nos links abaixo para navegar no capítulo desejado: A Morte de Tapir A Gonçalves Dias Guerreira Para a Rainha Dona Amélia de Portugal A um Grande Homem A Sesta de Nero O Incêndio de Roma O Sonho de Marco Antônio Lendo a Ilíada Messalina A Ronda Noturna Defenda Carthago! …

  • 27 junho

    Ontem – Olavo Bilac

    Olavo Bilac XXVII Ontem – néscio que fui! – maliciosa Disse uma estrela, a rir, na imensa altura: “Amigo! uma de nós, a mais formosa “De todas nós, a mais formosa e pura, “Faz anos amanhã… Vamos! procura “A rima de ouro mais brilhante, a rosa “De cor mais viva …

  • 27 junho

    Ontem – Olavo Bilac

    Olavo Bilac XXVII Ontem – néscio que fui! – maliciosa Disse uma estrela, a rir, na imensa altura: “Amigo! uma de nós, a mais formosa “De todas nós, a mais formosa e pura, “Faz anos amanhã… Vamos! procura “A rima de ouro mais brilhante, a rosa “De cor mais viva …

  • 27 junho

    Olha-me! – Olavo Bilac

    Olavo Bilac XX Olha-me! O teu olhar sereno e brando Entra-me o peito, como um largo rio De ondas de ouro e de luz, límpido, entrando O ermo de um bosque tenebroso e frio. Fala-me! Em grupos doudejantes, quando Falas, por noites cálidas de estio, As estrelas acendem-se, radiando, Altas, …

  • 27 junho

    Os Votos

    Olavo Bilac Vai-se a primeira votação passada… Vai-se outra… mais outra… enfim dezenas De votos vão-se da Assembléia, apenas A sessão começou da bordoada! Sopra sobre Ele a rígida mortada… Que saudade das épocas serenas Em que Ele e os outros, aparando as penas, Tinham apurações de cambulhada! O seu …

  • 27 junho

    Ouvir Estrelas – Olavo Bilac

    Olavo Bilac Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto E abro as janelas, pálido de espanto… E conversamos toda a noite, enquanto A via-láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em …