Teatro Realista

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O que foi

O Teatro Realista foi um movimento geral no teatro do século 19 a partir do período de 1870-1960, que desenvolveu um conjunto de convenções dramáticas e teatrais com o objetivo de trazer uma maior fidelidade de vida real para os textos.

Partiu de um movimento artístico mais amplo, que partilhava muitas escolhas estilísticas com o naturalismo, incluindo um foco em todos os dias (da classe média) drama, fala comum, e as definições comuns.

Realismo e Naturalismo divergem principalmente do grau de escolha que os personagens têm: enquanto o naturalismo acredita na força global de forças externas sobre as decisões internas, realismo afirma o poder do indivíduo de escolher.

O Realismo do século 19 está intimamente ligada ao desenvolvimento do drama moderno, que, como Martin Harrison explica, “geralmente é dito ter começado no início da década de 1870”, com o “meio-período” obra do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen. O drama realista de Ibsen em prosa tem sido “enorme influência”.

História

Realismo na última metade do século 19, começou como uma experiência para fazer teatro mais útil para a sociedade. O teatro tradicional 1859-1900 ainda estava ligado em melodramas, espetáculo joga (catástrofes, etc.), óperas cômicas e vaudevilles.

É onde as pessoas se movem e falam de uma forma semelhante à do nosso comportamento cotidiano. O estilo tem sido dominante durante os últimos anos.

Ele mantém a idéia do palco como um ambiente, e não como uma plataforma de atuação. Fase inicial do Realismo foi o Romantismo, que teve suas raízes na década de 1790 com obras de Goethe (Faust) e Schiller (Guilherme Tell). Romantismo é conhecido por locais exóticos e fanfarrão heróis. À medida que o século 19 avançava, houve vários elementos que contribuem com o realismo, que se reuniram no final do século 19. Sociais, políticos e idéias, dramaturgia, e algumas inovações teatrais espetaculares ajudaram a trazer realismo ao teatro.

O Teatro Realista

No teatro como qualquer, como outras, se transforma com o passar do tempo.

Variam os estilos de interpretação, produção einterpretação.

Uma das mudanças mais importantes ocorreu no século XIX, quando o teatro burguês substitui o idealismo romântico, que predominava até o momento, por histórias contemporâneas, com problemas reais de personagens comuns, condicionados pela ração social e pelo meio, o realismo começava a se revelar no mundo teatral.

Os principais autores do realismo cênico rejeitaram a linguagem poética, a fala artificial e a declamação.

Passou-se a utilizar as ações e os diálogos.

A encenação devia ser real, mais próxima possível da realidade.

As mudanças ocorreram também nos próprios teatros, buscava-se uma forma grandiosa que privilegie boas condições visuais e acústicas.

A partir disso os atores adquiriram novo valor, diante da sociedade.

O principal inovador, é o Teatro de Arte de Moscou.

Com ele, surge todo um novo método de interpretação, o ator tem que incorporar a psicologia do personagem.

Logo esse método se espalhou pelo o mundo todo, e sendo adotado por várias companhias de teatro.

O “herói romântico” dá lugar a pessoas comum, uqe utilizavam palavras comuns.

Os temas dos Dramaturgos realistas são os Sociais.

No Brasil, as peças retratam muitas vezes as baixas classes, comforte crítica aos problemas sociais, trabalhadores e pessoas simples são alguns dos protagonistas.

Principais Autores: Alexandre Dumas Filho: É o primeiro representante dessa fase do teatro. Sua obra “A Dama das Camélias, foi transformada em uma peça de cinco atos, na qual há destaque para a pressão social sofrida pelos protagonistas.

Teatro Realista: Autores

Henrik Ibsen (Norueguês: 1828- 1906)

O maior nome do realismo no teatro começou com um romantismo nacional até adquirir as características realistas.

Suas peças principais foram: Colunas da Sociedade, Casa de Bonecas, Os Espectros, Um inimigo do povo, O Arquiteto Solness.

O Teatro realista teve dificuldades para se impor na Inglaterra por causa da tradição poética de Shakespeare e do teatro Elizabetano, além da ação da censura.

Seus principais autores:

Oscar Wilde (Inglês: 1854-1900)

Escreveu espirituosas comédias da sociedade.

Obras

A importância de ser franco, Um marido ideal.

Bernard Shaw (Inglês: 1856-1950)

Um Ibsen sem poesia, com muita perspicácia social, dentro da tradição inglesa da comédia de crítica social.

Obras

Casas de Viúvas, A profissão da Sra. Warren e Pigmaleão.

O Teatro realista da Rússia evoluiu independente de Ibsen e do realismo francês e contou com Constantin Stanislavski, o grande ator diretor e mestre de teatro, criador do famoso “Método”.

Seus principais autores:

Nicolai Gogol (Russo: 1809-1852)

É uma transição do romantismo fantástico para um realismo crítico, sendo a primeira expressão da escola realista na Rússia.

Obras

O Inspetor Geral, O matrimônio, Diário de um louco, Almas Mortas, O jogador.

Leon Tolstoi (Russo: 1828-1910)

Se aproxima do estilo de Ibsen, mas com grande religiosidade eslava. Já tem afinidades com o naturalismo.

Obras

A força das Trevas, O cadáver vivo.

Émile Augier (Francês: 1820-1889)

Quem começou o movimento realista na França foi Eugene Scribe, na metade do século XIX, com peças de boa qualidade tratando de temas fúteis.

Satírico dos preconceitos da sociedade burguesa, juntamente com Alexandre Dumas Filho encenou peças sérias e polêmicas sobre problemas sociais e morais.

Alexandre Dumas Filho (Francês: 1824-1895)

Com tendências românticas e melodramáticas, teve também características realistas em suas peças de críticas às convenções morais.

Abordou temas polêmicos na época – mãe solteira, prostitutas, adultério grã-fino e o adultério feminino – em peças como: Denise (Trata o assunto mãe solteira, um escândalo para a época), A dama das Camélias (prostituição), Diana de Liz (trata do adultério grã-fino e o assassinato em nome da honra), Francillon (mulher enganada que finge trair o marido), O filho Natural, O pai pródigo.

Anton Tchekhov – (Russo – 1860/1904)

Apesar de ser considerado realista, Tchekhov tinha um estilo intensamente pessoal e diferente de todos os seus contemporâneos. Vamos estudá-lo entre os dramaturgos de tendências poéticas.(“Teatro Poético”)

Realismo

O Realismo opunha-se ao idealismo do Movimento Romântico, considerava que o mundo era independente da representação mental que o artista fizesse dela.

Pregava a atenção e fidelidade máxima ao real e trazia a reflexão sobre temas sociais.

Real era considerado apenas aquilo que era percebido pelos sentidos, com observação e comprovação e sem abstrações.

A arte realista coincidiu com a predominância da mentalidade científica e a influência positivista, sendo que muitas peças mais pareciam teses.

Características do Realismo

Ambiente localizado precisamente
Descrição de costumes e fatos contemporâneos
Gosto pelo detalhe mínimo
Linguagem coloquial, familiar e regional.
Excessiva objetividade na descrição e na análise dos personagens

O realismo começou na França, na primeira metade do século XIX, mas teve como marcos importantes, no seu início, dois eventos:

O manifesto do pintor Courbet “Sinceridade na Arte”, se opondo à romântica “Liberdade na Arte” (1855).

O lançamento do livro: “Madame Bovary” (1856), de Gustave Flaubert, com sua fiel observação da vida e tendência clara ao determinismo.

Século XIX

Na segunda metade do século XIX, o melodrama burguês rompe com o idealismo romântico e dá preferência a histórias contemporâneas, com problemas reais de personagens comuns. A partir de 1870, por influência do naturalismo, que vê o homem como fruto das pressões biológicas e sociais, os dramaturgos mostram personagens condicionados pela hereditariedade e pelo meio.

Autores realistas – Numa fase de transição, ”Tosca”, de Victorien Sardou, ”O copo d’água”, de Eugène Scribe, ou ”A dama das camélias”, de Alexandre Dumas Filho, já têm ambientação moderna. Mas os personagens ainda têm comportamento tipicamente romântico. Na fase claramente realista o dinamarquês Henryk Ibsen discute a situação social da mulher ”Casa de bonecas”, a sordidez dos interesses comerciais, a desonestidade administrativa e a hipocrisia burguesa ”Um inimigo do povo”.

Na Rússia, Nikolai Gogol ”O inspetor geral” satiriza a corrupção e o emperramento burocrático; Anton Tchekhov ”O jardim das cerejeiras” e Aleksandr Ostrovski ”A tempestade” retratam o ambiente provinciano e a passividade dos indivíduos diante da rotina do cotidiano; e em ”Ralé” e ”Os pequenos burgueses”, Maksim Gorki (pseudônimo de Aleksei Peshkov) mostra a escória da sociedade, debatendo-se contra a pobreza, e a classe média devorada pelo tédio.

O irlandês William Butler Yeats ”A condessa Kathleen” faz um teatro nacionalista impregnado de folclore; seu compatriota Oscar Wilde ”O leque de lady Windermere” retrata a elegância e a superficialidade da sociedade vitoriana; e George Bernard Shaw ”Pigmalião”, ”O dilema do médico” traça um perfil mordaz de seus contemporâneos.

Henryk Ibsen (1828-1906) nasce na Noruega, filho de um comerciante falido, estuda sozinho para ter acesso à universidade. Dirige o Teatro Norueguês de Kristiania (atual Oslo). Viaja para a Itália com as despesas pagas por uma bolsa e lá escreve três peças que são mal-aceitas na Noruega. Fixa residência em Munique, só voltando ao seu país em 1891. É na Alemanha que escreve ”Casa de bonecas” e ”Um inimigo do povo”.

Anton Tchekhov (1860-1904) é filho de um quitandeiro. Em 1879, parte para Moscou com uma bolsa de estudos para medicina. Paralelamente, escreve muito.

Seus contos mostram o cotidiano do povo russo e estão entre as obras-primas do gênero. Entre suas peças destacam-se ”A gaivota” e ”O jardim das cerejeiras”.

É um inovador do diálogo dramático e retrata o declínio da burguesia russa.

Espaço cênico realista

Busca-se uma nova concepção arquitetônica para os teatros, que permita boas condições visuais e acústicas para todo público. O diretor e o encenador adquirem nova dimensão. André Antoine busca uma encenação próxima à vida, ao natural, usando cenários de um realismo extremo. Na Rússia, o diretor Konstantin Stanislavski cria um novo método de interpretação.

Konstantin Stanislavski (1863-1938), pseudônimo de Konstantin Sergueievitch Alekseiev, nasce em Moscou. Criado no meio artístico, cursa durante um tempo a escola teatral. Passa a dirigir espetáculos e, junto com Nemorovitch-Dantchenko, cria o Teatro de Arte de Moscou, pioneiro na montagem de Tchekhov. Cria um método de interpretação em que o ator deve “viver” o personagem, incorporando de forma consciente sua psicologia. Seu livro ”Preparação de um ator”, é divulgado em todo o mundo e seu método é usado em escolas como o Actor’s Studio, fundado nos EUA, na década de 30, por Lee Strasberg.

Fonte: geocities.com/liriah.teatro.vilabol.uol.com.br

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