Classe Aves

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A Classe Aves é um grande e diversificado grupo de vertebrados, facilmente reconhecido por sua estrutura e pelo fato de, tendo geralmente atividade diurna, serem facilmente observáveis. São, juntamente com os mamíferos, os mais recentes vertebrados a surgirem na Terra. Há cerca de 8.700 espécies viventes, que ocupam hábitats diversificados, em quase todas as regiões do planeta, do Ártico até a Antártida, nos mares e nos continentes.

Albatrozes vivem no mar aberto , exceto em época de postura ; gaivotas são encontradas em regiões costeiras; patos habitam pântanos e água doce; cotovias vivem em pradarias; emas são aves corredoras e ocupam áreas abertas. Entretanto, as aves são muito numerosas e diversificadas em regiões tropicais. Muitas espécies têm vida solitária, outras formam bandos. Em geral, não são muito grandes. Exceções são o avestruz africano, que atinge 2 metros de altura e pesa até 130 quilos, e o condor americano, com envergadura de 3 metros. Entre as pequenas aves, destaca-se um beija-flor cubano, que tem menos de 6 centímetros de comprimento e pesa cerca de 3 gramas. O grande interesse do homem pelas aves levou a criação da Ornitologia, o ramo da Zoologia encarregado do seu estudo.

CARACTERÍSTICAS

As aves diferem dos outros animais pela existência de penas, que revestem e isolam o corpo, possibilitando a regulação da temperatura e auxiliando no vôo.

Acredita-se que seus ancestrais tenham sido répteis delicados, dotados de cauda longa e andar bípede, que corriam rapidamente com as patas posteriores, ficando os membros anteriores erguidos e livres, exatamente na posição em que as aves atuais apresentam as asas. As penas podem ter surgido como um revestimento isolante e protetor contra as variações de temperatura. As primeiras aves devem ter sido apenas planadoras. O vôo surgido posteriormente, o deslocamento em alta velocidade e a penetração em nichos aéreos permitiram a expansão para áreas de temperaturas distintas e a ocupação de ambientes ainda não explorados por outros animais. Os fósseis de aves são raros, devido a delicadeza de seu esqueleto, o que torna mais difícil a preservação. Archaeopteryx, a “ave-lagarto”, é o fóssil mais antigo de um possível* ancestral das aves, com aproximadamente 150 milhões de anos. Tinha o tamanho de um grande pombo, cabeça pequena, mandíbula com dentes, penas, asas com garras terminais e provavelmente só era capaz de planar.

As aves mantêm a temperatura corporal (homeotermia), através de mecanismos fisiológicos, em torno de 40 a 42 graus centígrados, apresentando elevada taxa metabólica, necessária para sua atividade, sobretudo o vôo. A capacidade de voar favorece a procura de alimento, a fuga dos inimigos e permite migrações para outras áreas quando as condições se tornam desfavoráveis. A velocidade de vôo varia de 30 a 80 km/h, embora os falcões, durante um mergulho no ar, possam atingir cerca de 200 km/h. Para voar, uma ave deve preencher certos requisitos, alem de homeotermia, tais como a redução do peso e da densidade corporal, e estruturas sensitivas eficientes.

Favorecem essa condição:

Formato aerodinâmico do corpo, que é compacto e rígido, resultado de fusão, perda e reforço dos ossos
Posicionamento das patas abaixo do corpo, que podem ser retraídas entre as penas ventrais
Esqueleto leve e adaptado à fixação de fortes músculos
Sistema respiratório eficiente, com pulmões ligados a sacos aéreos, distribuídos entre os órgãos, úteis na retenção do ar, permitindo extração de oxigênio mesmo em grandes altitudes, assim como a dissipação do calor gerado pelo elevado metabolismo
As características do sistema circulatório, como o coração com quatro câmaras e a completa separação das circulações venosa e arterial
Aeliminação dos excretas na forma de pequenos corpos esféricos esbranquiçados, compostos de ácido úrico, que ficam misturado com as fezes, evitando a formação de grande volume de urina liquida
A ausência de bexiga urinaria, sendo exceção o avestruz
Total desenvolvimento dos ovos fora do corpo materno
A excelente visão, com grande acuidade visual e rápida acomodação de foco
Voz e audição elaboradas, associadas com a necessidade de comunicação a grandes distâncias.

O corpo das aves tem forma e tamanho muito variáveis. A cabeça geralmente fica na extremidade de um pescoço flexível e é capaz de girar 360 graus em torno de seu eixo. Os membros anteriores são as asas, que possuem penas mais longas, denominadas rêmiges, próprias para o vôo. Os membros posteriores, as patas, têm muitos músculos na parte superior, enquanto a porção inferior apresenta tendões e é revestida por escamas córneas.

Na cauda curta podem existir longas penas, dispostas em leque. No bico pontiagudo, de revestimento córneo, há um par de narinas. Os olhos, grandes e laterais, possuem duas pálpebras e uma membrana nictitante. Existe uma abertura auditiva atrás de cada olho.

A pele, móvel, flexível e de frouxa fixação à musculatura, não tem glândulas, com exceção da glândula uropigiana, situada acima da base da cauda, que secreta uma substancia oleosa capaz de impermeabilizar as penas e o bico, impedindo que este fique quebradiço. As penas são estruturas epidérmicas de diferentes formatos, que crescem a partir de folículos da pele e formam um revestimento que retém ar e é útil no isolamento térmico. Funcionam como elementos de proteção, na flutuação de aves aquáticas e no vôo. As mais comuns, incluindo as grandes penas das asas, apresentam um eixo central de onde partem delgados filamentos laterais, cada qual sendo dotado de filamentos menores, as bárbulas, que se prendem umas às outras por pequenos ganchos, formando um elemento continuo. Nos jovens, as penas, conhecidas como plumas, são mais delicadas. Suas cores são produzidas por tipos diferentes de pigmentos, depositados durante o crescimento.

Avestruzes e pingüins têm o corpo completamente coberto por penas, mas, na maioria das aves, elas crescem em áreas determinadas da pele, intercaladas por espaços vazios, fáceis de perceber quando a ave é depenada. Na muda, geralmente anual, as penas são substituídas gradualmente, de modo que a cobertura sempre esteja presente. Os patos, porém, mudam todas de uma só vez e não voam até que as novas penas cresçam. Em pingüins e outras aves aquáticas, as asas são adaptadas para a natação, assemelhando-se a nadadeiras e possuindo penas modificadas e achatadas, parecidas com escamas.

O esqueleto das aves, sobretudo as que voam, é leve e delicado, formado por alguns ossos pneumáticos, que contêm cavidades aéreas, reduzindo o peso, e alguns reforços ósseos que lhes conferem resistência. O osso do peito, chamado esterno, é dotado de uma quilha ou carena mediana, onde se prendem os grandes músculos peitorais, empregados no vôo (a “carne branca” do frango e do peru). As clavículas são soldadas, formando a fúrcula, mais conhecida como “osso da sorte”. A cintura pélvica tem uma grande abertura ventral, que permite a passagem de grandes ovos na fêmea. A locomoção bípede é facilitada pelo grande desenvolvimento da estrutura óssea e muscular das patas, como se verifica facilmente em uma galinha. As aves apresentam tubo digestivo completo, com uma certa especialização das suas partes componentes. Na ausência de dentes, o bico é utilizado na obtenção de alimento, sendo também empregado no alisamento das penas, na coleta de materiais para confecção do ninho e defesa. Seu envoltório cornificado tem crescimento contínuo, o que compensa o desgaste pelo uso.

Sua forma varia de acordo com os hábitos alimentares: é delgado e afilado como um par de pinças nos pássaros, que capturam insetos em folhagens; em pica-paus é robusto, para cortar madeira e penetrar nas cascas das árvores das quais retiram insetos; em garças tem formato de lança, para capturar peixes; em andorinhas é largo e delicado, permitindo a captura de insetos vivos em pleno vôo; é forte e cônico em aves comedoras de grãos; afiado e recurvado em aves predadoras, como os gaviões e corujas, nos quais é usado para rasgar o alimento.

A língua, pequena e pontiaguda, tem revestimento córneo e não extensível, exceto a de pica-paus, usada para capturar insetos na madeira, e a de beija-flores, que retira néctar das flores. Em pelicanos, o saco encontrado sob o “queixo” armazena temporariamente os peixes e nele é regurgitado o alimento para os filhotes.

O alimento é temporariamente armazenado e umedecido no grande papo, situado após o esôfago. Em algumas formas, carrega alimento para os filhotes, que captam material regurgitado ou introduzem a cabeça na garganta dos pais. Em pombos, o epitélio do papo apresenta duas estruturas glandulares, que secretam uma substancia nutritiva, o “leite de pombo”, usado para a alimentação dos filhotes. O estômago compreende o proventrículo, responsável pela secreção de sucos digestivos, e a moela, câmara de paredes musculares e espessas, onde ocorre a trituração do alimento, com auxilio de fragmentos de cascalho e outras partículas ingeridas propositadamente, representando, em termos funcionais, o papel de “dentes”. A cloaca, que se abre para o exterior através do anus, é a câmara em que se misturam fezes, excretas e elementos sexuais.

Devido à sua intensa atividade, as aves consomem muito alimento de alto valor energético e, como não armazenam muita gordura, não podem sobreviver muito tempo sem se alimentar. Em geral, comem sementes, frutos e vários tipos de animais, como vermes, artrópodes, moluscos e vertebrados. Pelicanos e gaivotas, por exemplo, comem peixes; garças se alimentam de rãs; gaviões comem cobras, lagartos e pequenas aves; corujas caçam roedores e coelhos. Algumas formas apresentam dieta especial, como urubus, que comem exclusivamente animais mortos (“carniça”) e os beija-flores, que, devido ao seu elevadíssimo metabolismo, usam como alimento insetos e o néctar das flores, uma solução fortemente açucarada. Aves marinhas têm glândulas especiais que eliminam o excesso de sais ingeridos, com perda mínima de água.

O sistema nervoso é bem desenvolvido, sendo o encéfalo proporcionalmente maior que o dos repteis. De forma geral, a capacidade gustativa e olfativa é limitada, mas a audição e a visão são muito eficientes. A acomodação visual é muito rápida, permitindo o ajustamento do foco em diferentes distancias, o que se torna necessário nas repentinas mudanças visuais durante o vôo ou na focalização de objetos dentro da água em aves mergulhadoras, como o mergulhão. O giro rápido da cabeça durante o movimento, para frente e para trás, em aves como as galinhas, relaciona-se com a rápida observação dos arredores, determinando distancias e percebendo movimentos. Águias, falcões e urubus apresentam grande capacidade de enxergar objetos distantes. Em corujas, a audição aguçada permite localizar pequenos mamíferos na escuridão total.

Um aspecto impressionante das aves é a sua coloração variadíssima. O colorido dos machos geralmente é mais vivo que o das fêmeas, funcionando como forma de identificação e na defesa do território, estimulando o comportamento sexual da fêmea e ajudando a repelir ataques ao ninho e aos filhotes. A comunicação é realizada através de cantos e gritos. Os gritos geralmente são sons simples e breves, relacionados com a interação entre pais e filhotes e à reunião dos membros de um grupo. Os cantos, mais complexos, geralmente são emitidos pelos machos e relacionam-se com o comportamento reprodutivo, auxiliando no estabelecimento e na defesa de um território e na atração de parceiras. Algumas formas, como os papagaios, fazem imitação pelo canto. O órgão do canto é a siringe (ausente em urubus e avestruzes), uma câmara de ressonância de complexidade variável, situada na base da traquéia. Pode conter músculos e membranas, que vibram quando o ar passa, produzindo os sons.

As estratégias reprodutivas são muito diversificadas. Cada espécie tem uma época característica para se reproduzir. Ritos nupciais são comuns, frequentemente realizados em território anteriormente estabelecido. Segue-se a construção do ninho e o acasalamento. A fecundação é sempre interna, realizando-se a cópula por atrito entre as cloacas, uma vez que o órgão genital só ocorre em poucas formas, como os avestruzes, cisnes e patos. Os ovos têm muito vitelo e casca calcaria dura, necessitando de aquecimento ou incubação para o crescimento do embrião.

Filhotes de galinhas e patos eclodem já bem formados e com movimentação ativa. Já os de pombos são desprotegidos e necessitam de alimentação e cuidados no ninho. Rapidamente os filhotes aprendem a responder à visão dos pais e aos sons por eles emitidos. O cuidado com a prole é importante, para garantir a continuidade das espécies.

Atualmente muitos pesquisadores descartam a hipótese de o Archaeopteryx ser um ancestral das aves. Já surgiu até uma hipótese de que o fóssil encontrado tenha sido forjado para parecer uma ave, sendo na verdade um reptil pré-histórico.

Fonte: www.geocities.com

Classe Aves

As aves apareceram no período Jurássico, há 210 milhões de anos e durou por 70 milhões de anos da era mesozóica.Nesta era, a fauna do mundo mudou e foi quando os dinossauros tiveram o seu auge.

A era mesozóica é dividida nos períodos: triássico (de 245-210 milhões de anos atrás), o jurássico ( de 210 a 146 milhões de anos atrás), e o cretáceo (de 146 a 65 milhões de anos atrás).

Os dinossauros evoluíram no período triássico, e foram extintos no fim do período cretáceo, com exceção dos pássaros.

Os intermediários entre as aves e dinossauros possuíam penas, que serviam para proteção ou exibição, mas ainda se assemelhavam aos celurossauros, dinossauros saurisquianos precursores das aves.A arqueopterix foi considerada a primeira ave da Terra. Ela não voava, mas dava pequenos saltos para a caça ou exibição. Ela possuía características das aves e dos dinossauros.

As aves Apresentam o corpo coberto de penas, dois de pares de extremidades; o anterior transformando em asas para voar; o posterior adaptado para empoleirar, andar ou nadar (com palmouras), cada pé geralmente apresenta 4 dedos.

As aves evidentemente evoluirão da linhagem dos répteis voadores e, certamente antes de terem desenvolvido plena capacidade de voar, passarem por uma fase de vôo planado. Penas e escamas de fato, são formadas de maneira muito semelhante em embriões de aves e répteis, respectivamente. As garras e as escamas de suas pernas são vestígios que elas ainda conservam como um testemunho de seus ancestrais repetilianos.

O que mais chama atenção nas aves é a capacidade de voar, porém a mais importante “invenção” das aves não é o vôo, que aliás não lhes é exclusivo, mas a HOMEOTÉRMICA, isto é, a capacidade de manter uma temperatura alta a constante . A temperatura alta é conseqüência de uma grande atividade metabólica, com a queima de muita matéria orgânica para liberar calor.

A temperatura constante dá a um animal a possibilidade de se libertar muito mais do meio ambiente. Um sapo ou um réptil não são capazes de viver em regiões polares, pois já que a temperatura de seu corpo varia em função da temperatura do ambiente, seu metabolismo cai abaixo de um nível crítico, acarretando a morte do animal. As aves podem viver nestes ambientes desde que consiga alimentos suficientes para manter a combustão interna necessária para gerar calor.

A temperatura do corpo das aves é constante, variando conforme as espécies entre 37,8 a 44,6 graus centígrados, sendo sempre mais elevada que nos mamíferos. Como as aves não transpiram, o controle da temperatura do corpo é realizado pela respiração. Depois do vôo, grande quantidade de calor interno se perde, juntamente com o vapor de água, pelos pulmões e sacos aéreos.

O avestruz com 2,5 m de altura e peso de 120 kg, é maior ave existente. Atualmente, só é encontrada na África e no sudeste da Ásia. A menor ave que se conhece é o beija-flor-de-Helena, de Cuba, com 5,7 cm de comprimento e com cerca de 3g de peso

Fonte: www.consulteme.com.br

Classe Aves

As aves originaram-se a partir dos répteis, o que fica evidenciado através das escamas que recobrem as pernas, do crânio com um côndilo occipital, dos mesmos anexos embrionários e da excreção do ácido úrico.A mais antiga ave conhecida é a ave-lagarto (Archaeopteryx lithographica), animal do tamanho de uma pomba. O fóssil encontrado na Baviera (Alemanha), em 1861, permitiu reconhecer nessa ave a presença de bico com dentes e cauda longa. Viveu no período Jurássico, há cerca de aproximadamente 150 milhões de anos atrás.

Sistema Tegumentário

O corpo das aves é recoberto por penas (anexos epidérmicos), e as pernas, por escamas córneas. A pele das aves não possui glândulas. Apenas algumas aves possuem, na região caudal, glândulas uropigiais que produzem uma secreção oleosa, usada na lubrificação e impermeabilização das penas e do bico. Outras aves (garças, gaviões, papagaios, etc.) possuem penas pulverulentas, isto é, penas cujas extremidades se desintegram à medida que crescem, formando um pó fino (como talco) que impermeabiliza as outras penas. As áreas do corpo cobertas por apenas denominam-se pterílias. As penas que cobrem o corpo, exceto as asas e a cauda, denominam-se tectrizes. As penas grandes das asas, com função propulsora, denominam-se remígeas, e as penas grandes da cauda, que orientam o vôo, denominam-se rectrizes. As plumas são penas macias e flexíveis que recobrem o corpo das aves jovens, e que nas adultas ocorrem por entre as demais.

Partes da pena

Cálamo + ráquis = eixo da pena] Barbas + bárbulas = vexilo (lâmina) da pena

Pterilose

É a disposição das penas no corpo das aves. Ocorrem zonas com penas.

Mudas

Ocorrem periodicamente. Formam um processo gradual e ordenado. O crânio é desproporcionalmente pequeno em relação ao corpo. Possuem apenas um côndilo occipital. As vértebras caudais são atrofiadas, formando o pigóstilo.

Sistema Digestivo

É do tipo completo. As aves possuem bico e língua córneos; não há dentes. As aves granívoras (que se alimentam de grãos) apresentam moela e papo, que são pouco desenvolvidos ou mesmo ausentes nas aves carnívoras e frugívoras (aqueles que se alimentam de carnes e frutas). No papo o alimento é amolecido. Daí o alimento vai para o proventrículo (estômago químico), passando a seguir para a moela (estômago mecânico), que é muito musculosa e substitui a falta de dentes nas aves. Após a trituração, o alimento dirige-se para o intestino delgado, onde ocorre a absorção dos produtos úteis, sendo o restante eliminado através da cloaca. A cloaca é uma bolsa onde são lançadas as fezes, a urina e os gametas. Como glândulas anexas ao sistema digestivo, existe no fígado e o pâncreas.

Obs: o “leite-de-pomba” é uma secreção Láctea produzida pelo papo da ave adulta para a nutrição dos recém-nascidos.

Sistema Excretor

Os rins são metanefros, com dois ureteres que desembocam na cloaca, pois não possuem bexiga urinária e a sua excreção é rica em ácido úrico.

Sistema Respiratório

A respiração é pulmonar. Os pulmões são do tipo parenquimatoso, com vários canais de arejamento, ligados a cinco pares de sacos aéreos, ligados às cavidades dos ossos pneumáticos.Possuem um “órgão do canto” chamado siringe, que se situa na traquéia ou nos brônquios. A siringe é mais desenvolvida nos machos, pois o canto deles serve para atrair as suas fêmeas e para delimitar os territórios.

Sistema Circulatório

A circulação é fechada, dupla e completa; o sangue venoso não se mistura com o sangue arterial. As hemácias são nucleadas e ovais.

O coração tem 4 cavidades, que são conhecidos como: os dois átrios ou aurículas e os dois ventrículo.

Sistema Nervoso

Apresentam sistema nervoso central e periférico com doze pares de nervos cranianos. O encéfalo apresenta cerebelo bem desenvolvido, pois necessitam de muito equilíbrio para o vôo. Têm visão bem desenvolvida. Percebem cores nitidamente, pois a retina contém muitos cones com gotículas de óleo. Apresentam membrana nicitante revestindo os olhos no sentido horizontal, como uma cortina. O olfato e a audição são muito apurados. O seu ouvido é dividido em ouvido externo, médio e interno.

Reprodução

Fêmeas possuem apenas sistema reprodutor bem desenvolvido no lado esquerdo. No lado direito há um testículo rudimentar, o qual se torna funcional com a retirada do ovário. Mais raramente se pode formar um ovotéstis ou mesmo outro ovário.

Ovíparas.
Fecundação interna.
Desenvolvimento direto.
Ovos telolécitos completos, ricos em vitelo.
Geneticamente, os machos são ZZ (homogaméticos) e as fêmeas são ZW (heterogaméticas).
Aves nidícolas ou nidífilas (ficam no ninho após a eclosão dos ovos) e aves nidífugas (saem do ninho após a eclosão dos ovos). Os embriões das aves têm diversos envoltórios (ou anexos) embrionários que os protegem contra a dessecação e choques. Servem para a respiração, excreção e outras funções necessárias durante a vida embrionária. São o âmnio, o córion, o saco vitelino e o alantóide.

Sistemática

Na Classe Aves, encontramos cerca de 9.000 espécies, divididas em dois grandes grupos:

RATITAS

Apresentam asas atrofiadas ou ausentes e osso Esterno sem quilha.

Representados pelas seguintes ordens:

Apterigiformes: quivi
Reiformes: ema
Estrutioniformes: avestruz

CARINATAS

Carinatas apresentam asas bem desenvolvidas e Esterno com quilha.

São representadas por todas as demais ordens como:

Esfenisciformes: pingüim.
Pelicaniformes: pelicano, mergulhão.
Ciconiformes: garça, cegonha, flamingo.
Anseriformes: pato, ganso, cisne.
Falconiformes: urubu, falcão, águia, abutre, gavião.
Galiformes: codorna, faisão, peru, galinha, perdiz.
Columbiformes: pombo.
Pscitaciformes: papagaio.
Estrigiformes: coruja.
Piciformes: pica-pau.
Passeriformes: passarinhos.

Classificação das aves

Segundo os conceitos modernos as aves subdividem-se em 27 ordens:

ORDEM

EXEMPLO

ORDEM

EXEMPLO

Sphenesciformes Pinguins Galiformes Codornizes, Perus
Struthioniformes Avestruz Gruiformes Saracuras, Galinhas-dágua
Rheiformes Emas Casuariformes Casuares e Emus
Charadriformes Aves aquáticas Aepyornithiformes Aepyonis
Columbiformes Pombos Dinornithiformes Moas
Psittaciformes Papagaios Apterygiformes Quivis
Cuculiformes Cucus,Anus Tinamiformes Inambus
Strigiformes Corujas Gaviiformes Gavia
Caprimulgiformes Bacuraus Podicipediformes Mergulhões, Pescaparas
Apodiformes Andorinhões Procellariiformes Albatroz, Procelárias
Coliiformes Colius Polecaniformes Pelicanos
Ciconiiformes Cegonhas, Garças Piciformes Pica-paus, Tucanos
Anseriformes Patos, Gansos Passeriformes (69 famílias) Passarinhos e aves Canoras
Falconiformes Urubus, Gaviões    

Fonte: www.animalshow.hpg.ig.com.br

Classe Aves

Aves são animais excepcionalmente preparados para o vôo, pela existência de penas, asas, tipo de pulmão, sacos aéreos e ossos pneumáticos no esqueleto. São cordados, vertebrados, amnióticos, alantoidianos e homeotermos.

Apresentam o corpo aerodinâmico e coberto de penas epidérmicas.

Há dois pares de extremidades: o anterior transformado em asas, adaptado ao vôo; o posterior adaptado para empoleirar-se, andar ou nadar. Possuem bico córneo, com diferentes adaptações aos diferentes tipos de nutrição. O estudo das aves chama-se Ornitologia.

Algumas são importantes na polinização de muitas plantas (ornitofilia).

Apresentam pele delgada, seca e sem glândulas, exceto a glândula uropigiana na cauda de certas aves, que produz uma secreção oleosa que impermeabiliza as penas. Há escamas córneas nas pernas (semelhantes às escamas dos répteis).

Como anexo típico há as penas:

a) tetrizes: cobrem o corpo;
b) remiges: revestem as asas;
c) retrizes:
penas da cauda.

O esqueleto é totalmente ossificado; o ossos são denominados pneumáticos por conterem em grande parte, em lugar da medula óssea, cavidades pneumáticas, que podem se comunicar com sacos aéreos dos pulmões.

O osso esterno é bem desenvolvido em aves voadoras, pois apresenta uma quilha ou carena, onde se inserem os músculos peitorais que acionam as asas (as aves de esterno achatado, não voadoras, são as ratitas). Possuem um côndilo no occipital e apresentam vértebras fundidas (anquilose).

A respiração é pulmonar

Os pulmões estão em contato com a parede dorsal, de onde partem 5 pares de sacos aéreos que estão também em contato com os ossos pneumáticos. A função dos sacos aéreos, em conjunto com os ossos pneumáticos, é de aumentar a capacidade respiratória e diminuir o peso específico do corpo do animal, facilitando o vôo. A parte inferior da traquéia forma a siringe, que possui cordas vocais, responsáveis pelos sons emitidos.

Possuem bico córneo e boca sem dentes

O esôfago tem um papo para armazenar e amolecer o alimento, que é bem desenvolvido nas aves granívoras. Não há glândulas salivares.

O estômago é dividido em pró-ventrículo (digestão química) e moela (digestão mecânica). O intestino termina na cloaca.

Possuem fígado bem desenvolvido, com ou sem vesícula, e o pâncreas é envolvido por uma alça intestinal.

A circulação é dupla e completa. O coração tem duas aurículas e dois ventrículos. Do ventrículo esquerdo sai uma única crossa aórtica, voltada para a direita. As hemácias são ovais e nucleadas.

Os rins são evoluídos, metanefros, e os dois ureteres terminam na cloaca. Não possuem bexiga urinária e a excreção pastosa, rica em ácido úrico, é eliminada juntamente com as fezes.

Possuem o telencéfalo e o cerebelo bem desenvolvidos, e 12 pares de nervos cranianos. As aves têm grande acuidade visual, com olhos relativamente grandes, capazes de ver cores. Há ouvidos interno, médio e externo (conduto auditivo). Sob as pálpebras há uma fina e quase transparente membrana nictitante, protegendo os olhos durante o vôo.

São animais de sexos separados, todos de fecundação interna e ovíparos, sem larvas. O genital masculino possui um par de testículos e em algumas espécies há falo (ganso, pato, avestruz).

Nas fêmeas só aparece o ovário esquerdo.

O ovo é rico em vitelo (Telolécito completo), com uma casca calcárea protetora.

Sistemática

As aves atuais estão divididas em dois grupos: as ratitas (esterno sem quilha) e as carinatas (esterno com quilha).

As ratitas são aves corredoras, têm asas reduzidas ou ausentes e são um grupo representado por três ordens:

Ordem 1- Apterigiformes (não têm asas; possuem ovos grandes. Exs.: Apteryx ou Kiwi, da Nova Zelândia)
Ordem 2-
Reiformes (são as maiores aves sulamericanas. Ex.: emas)
Ordem 3
– Estrucioniformes (neste ordem está a maior ave vivente, com 2,10 m de altura e 136 Kg, a avestruz da África.

As carinatas são aves voadoras e se dividem nas seguintes ordens:

Ordem 4- Tinamiformes (codorna, perdiz, inambu)
Ordem 5-
Esfeniciformes (pingüim)
Ordem 6
– Pelicaniformes (pelicano, biguá)
Ordem 7-
Psitaciformes (papagaio, arara, periquito)
Ordem 8-
Galiformes (galinha, jacu, mutum)
Ordem 9-
Anseriformes (ganso, pato, cisne)
Ordem 10-
Columbiformes (pombas, rolinhas)
Ordem 11
– Piciformes (tucano, pica-pau)
Ordem 12-
Falconiformes (falcão, condor, águia, carcará)
Ordem 13-
Ciconiformes (garça, socó, flamingo)
Ordem 14
– Estrigiformes (corujas)
Ordem 15-
Passeriformes (gralha, joão-de-barro, tico-tico, sabiá, pardal, canário, bem-te-vi, corruíra)

Fonte: www.aultimaarcadenoe.com

Classe Aves

De todos os animais, as aves são os mais bem conhecidos e os mais facilmente reconhecidos porque são comuns, ativas durante o dia e facilmente vistas. São singulares na posse de penas que revestem e isolam o corpo tornando possível a regulação da temperatura e ajudam o vôo; nenhum outro animal possui penas.

A capacidade de voarem possibilita às aves ocuparem alguns habitats negados a outros animais. A coloração e as vozes das aves chamam atenção dos olhos e ouvidos humanos e muitas espécies são de importância econômica por causa de seus hábitos alimentares.

Certas espécies são caçadas por esporte e as poucas espécies domesticadas contribuem para suprimento alimentar humano. Os antigos nomes clássicos para as aves (lat. avis, gr. ornis) estão perpetuados no nome da classe e no termo ornitologia, o estudo das aves.

O tordo Americano (Turdus migratorius), uma ave representativa. As penas de contorno isolam o corpo contra a perda de calor e formam uma superfície externa aerodinâmica, lisa, as grandes penas das asas e das caudas formam superfície externas para o vovô. O bico é ósse, com bainha lisa cornifica e serve como boca e como mão. As delgadas canelas e os pés também têm pele cornificada.

Caracteres gerais

Corpo coberto por penas

Dois pares de extremidades; o anterior transformado em asas para voar; o posterior adaptado para empoleirar-se, andar ou nadar (com palmouras); cada pé geralmente com 4 dedos envolvidos por pele cornificada.

Esqueleto delicado, forte, totalmente ossificado; muitos ossos fundidos, dando rigidez; a boca é um bico que se projeta, com bainhas córneas; sem dentes nas aves vivantes; crânio com um côndilo occipital; pescoço geralmente longo e flexível; pelve fundida a numerosas vértebras, mas aberta ventralmente; esterno grande, geralmente com quilha mediana; poucas vértebras caudais, comprimidas na parte posterior.

Coração com 4 câmaras (2 aurículas, 2 ventrículos separados); persiste apenas o arco aórtico (sistêmico) direito; glóbulos vermelhos nucleados, ovais e biconvexos.

Respiração por pulmões compactos, muito eficientes, presos às costelas e ligados a sacos aéreos de paredes finas que se estendem entre os órgãos internos; caixa vocal (siringe) na base da traquéia.

Doze pares de nervos cranianos.

Excreção por meio de rins metanéfricos; o ácido úrico é o principal produto de excreção nitrogenada; urina semi-sólida; sem bexiga urinária (exceto nas emas e nos avestruzes); um sistema porta-renal.

Temperatura do corpo essencialmente constante (endotérmicos).

Fecundação interna, ovos com muito vitelo, envolvidos por uma casca calcaria dura e segmentação meroblástica; membranas embrionárias (âmnio, cório, saco vitelino e alantóide) presentes durante o desenvolvimento dentro do ovo; ao eclodir, os filhotes são alimentados e vigiados pelos pais.

Evolução

As aves parecem ter se originado de répteis, um tanto delgado, de cauda longa e andar bípede, estes animais provavelmente corriam rapidamente com suas penas posteriores, tendo os membros anteriores levantados e livres para darem origem às asas. Lagartos bípedes atuais usam a cauda como contrapeso para equilíbrio e quando mudam de direção. Assim a cauda pré-ave pode ter sido pré-adaptada para direção e vôo.

As aves herdaram diversos aspectos dos répteis e que contribuíram para seu sucesso como voadoras pela redução de peso. Os ovos desenvolvem-se totalmente fora do corpo materno e os produtos de excreção nitrogenada são excretados sem o peso de uma abundante urina aquosa. Outras reduções de peso foram conseguidas pela perda da bexiga e tornando o seu esqueleto mais leve.

As modificações viscerais relacionadas com a endotermia incluem um coração com quatro câmaras, separação completa das circulações venosa e arterial e aperfeiçoamento da respiração. Os sacos aéreos internos, que se abrem para o exterior atreves do trato respiratório, auxiliam a respiração e a dissipar o calor gerado pelo elevado metabolismo. O vôo requer um corpo compacto, aerodinâmico e rígido, adquirido nas aves pela fusão, perda e reforço dos ossos. Muitas modificações ocorreram no esqueleto para diminuir a massa total do corpo. As penas localizam-se abaixo do corpo e podem ser retraídas entre as penas do ventre.

Uma grande acuidade visual e uma rápida acomodação são necessárias para um animal voador, sendo a visão um sentido primário nas aves. A grande mobilidade e a necessidade de comunicação a grandes distâncias promoveram a elaboração da voz (pobremente desenvolvida nos répteis) e da audição. A quimiorrecepção, importante nos vertebrados inferiores, diminuiu inclusive o sentido do órgão de Jacobson. O cuidado que os pais tem pelos ovos e pelos filhotes é muito mais avançado que nos ectotérmicos, mas nenhuma ave é vivípara.

Tamanho

As maiores aves viventes incluem o avestruz da África, que tem 2 m de altura e pesa até 136 Kg e os grandes condores das Américas, com envergadura de até 3 metros; a menor é o beija-flor-de-helena, de Cuba, com 5,7 cm de comprimento e cerca de 3 g de peso; nenhuma ave, viva ou fóssil, aproxima-se em tamanho aos maiores peixes ou mamíferos.

Fonte: www.liceuasabin.br

Classe Aves

1. Origem

O aparecimento das aves devem ter ocorrido no Período Jurássico, de onde datam os primeiros fósseis. O Período Cretáceo já é bem mais rico, chegando a mostrar fósseis de aves com certas semelhanças às aves modernas.

2. Morfologia

O nome Crustacea deriva do fato de muitas das espécies que compõem esse grupo possuírem um exoesqueleto enriquecido com carbono de cálcio, formando uma crosta. É o que ocorre nas lagostas, camarões, siris e caranguejos, os representantes mais conhecidos do grupo. Entretanto essa não é a característica mais universal do grupo. A característica mais marcante dos crustáceos é a presença de dois pares de antenas na região cefálica.

3. Sistema Respiratório

As aves apresentam um sistema diferente e muitoeficiente onde ar apenas circula em um sentido de ventilação contínua. Os seus pulmões são pequenos e compactos, e estão presos ás costelas e ligados a sacos aéreos de paredes finas, que se estendem entre os órgãos viscerais, basicamente formados por um conjunto de tubos. Estão abertos nas duas extremidades pelos parabrônquios, que os ligam aos sacos aéreos, anteriores e posteriores.

Esses sacos aéreos não interrompem na hematose, porém tornam a ventilação mais eficiente.

Essa ventilação segue alguns passos, envolvendo duas inspirações e duas expirações: na primeira inspiração o ar entra para os sacos posteriores, na primeira expiração passa para os pulmões, na segunda inspiração o ar passa para os sacos anteriores e na segunda expiração o ar é expelido dos sacos anteriores. Tal como nos peixes, a difusão dos gases nos pulmões é feita em contracorrente, contribuindo para uma eficiente remoção do oxigénio do ar.

4. Sistema Digestório da Ave

Eles possuem uma boca rodiada por um bico pontiagudo, flexível e leve, revestido de queratina, cresce constantemente, para que possam substituir possíveis desgastes. Quando o bico se encontra aberto, o maxilar inferior e superior se deslocam, obtendo uma ampla abertura.

O papo facilita a digestão, pois nele fica armazenado o alimento, até que ele amoleça com o auxílio da água. Daí o alimento vai para o proventrículo (estômago químico), passando a seguir para a moela (estômago mecânico), que é muito musculosa e substitui a falta de dentes nas aves, pois lá os alimentos são triturados com o auxilio de pequenas pedras. Após ser triturado, os alimentos se dirigem para o intestino delgado, onde tudo que é útil é absorvido, e o restante são eliminados pela cloaca.

5. Reprodução

O ciclo de reprodução das aves é, normalmente, anual, embora possam ocorrer várias posturas, mas o momento de maior “extase” é o período da primavera.

Nas Regiões equatoriais e florestas virgens não há uma época demarcada sendo possível a reprodução ao longo de todo o ano.

As Aves possuem sexos separados, com fecundação interna sem fase larval.Elas põem ovos (são ovíparas) sendo que as próprias chocam com o calor do seu corpo. Os ovos são cuidadosamente protegidos nos ninhos que elas constroem. Estes ninhos podem ser feitos nas árvores, nas rochas ou no chão e têm formas muito variadas. Uns são em forma de taça, feitos com ervas e musgos, como é o caso do tentilhão. Outros são em forma de frasco, feitos com lama, como acontece com as andorinhas.

6. Importância Econômica

Todos os organismos vivos que não produzem ou sintetizam o seu próprio alimento, necessitam de proteinas para sua sobrevivência. Também estes organismos vivos são formados por órgãos, que são formados por tecidos, que por sua vez são formados por células que são formadas por moléculas.

7. Ecologia

As aves ocupam vários tipos de ambiente. Isso é possível porque possuem mecanismos eficientes de economia de água, são animais homeotermos e apresentam capacidade de voar, o que garante eficiente dispersão.Sua origem deu-se em meio terrestre, com indivíduos ocupando lugares secos ou úmidos.De maneira geral, as aves dominaram o ar, e ao mamíferos, a terra, o que evita grandes competições entre animais dos dois grupos e diminui a atividade predatória.

A carne e os ovos de muitas aves são utilizados como alimento.As penas podem ser usadas como ornamento e na produção de travesseiros e colchões. Algumas aves, como por exemplo as pombas, são consideradas verdadeiras “pragas”, por causarem grande prejuízo a agricultura.

Algumas doenças são transmitidas aos seres humanos por aves .Há poucos casos de lesões causadas aos seres humanos por aves.Em florestas da Austrália e da Nova Guiné, vive o casuar, que têm a altura de uma pessoa adulta. Apresenta uma crista óssea, que o ajuda a fazer caminho nas florestas.Quando acuado, pode dar violentos coices, causando ferimentos graves e até a morte de seres humanos.

A participação das aves na cadeia alimentar, auxilia a controlar a população de insetos, roedores, etc…Algumas, como a seriema, alimentam-se de serpentes.As aves podem ,ainda, participar da polinização de flores e dispersão de sementes.

Ações humanas afetam grandemente alguns tipos de aves, colocando-os em perigo de extinção, devido a pratica de caça não controlada, invasão de seus habitats, predação para obter ornamentos, criação em cativeiros sem cuidados de procriação, uso de inseticidas que tornam a casca dos ovos mais frágeis, etc.

8. Papel do zoólogo frente ao zoológico

Frequentemente, os criadores são informados de valores nutricionais das dietas e formulações de rações que eles fornecem aos seus animais, tais como, os níveis de proteína, energia, vitaminas e minerais, apresentados muitas vezes através de porcentagens da dieta ou relativa a uma determinada quantidade de peso de amostra. Porém, são frequentes as dúvidas do real significado de cada valor apresentado e qual a relação direta ou indireta que cada componente desta dieta pode vir trazer de benefícios para suas aves.

Dentro de um sistema de produção animal, várias são as categorias de animais encontradas (reprodutores, matrizes, filhotes e adultos), e várias são também as exigências nutricionais que cada categoria exige nos diferentes ambientes aos quais eles estão submetidos. Desta forma, não é difícil entender a importância de conhecer bem estas exigências e conhecer as formas de fornecimento correto destes nutrientes nas suas quantidades ideais.

9. Caracteres Gerais

A pele é delicada, seca e sem glândulas. Os anexos epidérmicos são as penas, que contribuem para a manutenção da temperatura corpórea e são fundamentais no vôo.

São homeotermos, ou seja, capazes de manter a temperatura do corpo constante.

Têm sistema digestório completo, com boca destituída de dentes.

Têm respiração pulmonar. Seus pulmões emitem sacos aéreos que armazenam ar e se prolongam pelo interior dos ossos, e por isso os ossos são chamados de pneumáticos.

O coração tem quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. A circulação é fechada, dupla e completa. Por ser completa o sangue venoso e o arterial não se misturam. As hemáceas são nucleadas e ovais.

O sexos são separados, com fecundação interna, sem larvas. São animais ovíparos. O ovo é rico em vitelo, material nutritivo que garante o desenvolvimento do embrião.

Têm cloaca e não possue bexiga urinária; a urina é rica em ácido úrico, sendo eliminada juntamente com as fezes.

As penas são impermeabilizadas à água por secreção oleosas produzida pelas glândulas uropigianas, situadas próximas à cauda.

Fonte: br.geocities.com

Classe Aves

O total de aves do mundo é calculado em 9021 espécies, sendo que na América do Sul que é considerado o continente das aves, o número de espécies é estimado em 2645 espécies residentes. Considerando as migratórias, o número sobe para 2920. O Brasil possui 1590 espécies.

São surpreendentemente uniformes, pois suas características mais óbvias são as penas e o bico córneo. São chamadas de endotérmicas , porque produzem seu próprio calor e de homoeotérmicas , porque podem manter a temperatura de seus corpos razoavelmente alta e constante. Isto não significa que a temperatura do corpo de uma ave não varie, pode haver oscilação diária de vários graus. São tetrápodas, com o par anterior transformado em asas e o posterior adaptado para empoleirar, andar ou nadar. A capacidade de voar permite às aves ocupar alguns hábitats impossíveis para outros animais.

Além da quantidade, a avifauna do Brasil reúne inúmeros superlativos quanto à qualidade. Vive aqui, uma das maiores aves do mundo, a ema, ao lado das aves de menor porte, os beija-flores.

Encontram-se os voadores de maior porte da Terra: o albatroz e o condor, ambos de ocorrência apenas ocasional. O gavião-real, residente no Brasil, é a ave de rapina mais possante do mundo.

Ocorrem aqui as aves de vôo mais veloz: falcões e andorinhões.

São muito utilizadas como indicadores biológicos e o maior conhecimento delas pode subsidiar programas de conservação e manejo de ecossistemas. Por exemplo, espécies típicas de florestas são sensíveis ao desmatamento e apresentam declínios populacionais ou mesmo extinções locais após alterações do hábitat.

Fonte: www.vivaterra.org.br

Classe Aves

As aves são animais: cordados, vertebrados, bípides, craniados, amniotas, alantoidianos, deuterostómios, celomados, homeotérmicos e possuem penas.

Classe Aves
Esqueleto da Ave

a) As aves e os mamíferos são homeotérmicos, isto é, mantém a temperatura do corpo constante.

Mecanismo termorregulador: redução do diâmetro dos vasos sanguíneos superficiais (menor irradiação de calor – controle do SNC), tremores, pêlos, penas, camada adiposa, suor, etc.

b) As aves são vertebrados que, em geral, possuem os membros anteriores transformados em asas para voar. Assim sendo, conquistaram o meio terrestre e o meio aéreo. As adaptações para o voo incluem, além das asas: penas, membrana nictitante, cerebelo desenvolvido, sacos aéreos, esterno com quilha, músculo peitoral desenvolvido, ossos pneumáticos, esqueleto rígido (coluna vertebral, cinturas pélvica e escapular fundidas).

c) São animais dióicos, ovíparos com casca calcária. A reprodução é sexuada, com fecundação interna. A união dos gâmetas ocorre no oviduto, antes da formação da clara e casca do ovo.

d) A pele é seca, sem glândulas, com excepção da glândula uropigiana que existe em muitas espécies. Esta glândula produz secreção que impermeabiliza as penas.

e) As penas são de três tipos básicos:

1) Rémiges das asas (propulsão)
2) Rectrizes da cauda
(envolvidas na direccionamento do voo)
3) Tectrizes de revestimento
(cobertura que mantém camada de ar)

Há ainda a penugem que é comum nas aves jovens

f) O tubo digestivo tem como particularidades: o bico sem dentes, o papo, a moela e termina na cloaca.

g) Não possuem bexiga e o excreta nitrogenado é o ácido úrico, eliminado junto com as fezes.

h) A respiração é sempre pulmonar e o aparelho respiratório está associado ao órgão do canto ou siringe.

i) Na circulação, que é dupla e fechada, o coração apresenta duas aurículas ou átrios e dois ventrículos. Não há mistura de sangue venoso e arterial no coração (dupla e completa). A artéria aorta que sai do ventrículo esquerdo tem uma curvatura (crossa) para a direita, ao contrário dos mamíferos que têm esta curvatura para a esquerda.

j) Para proteção dos olhos, possuem sob as pálpebras a membrana nictitante.

O principal avanço das aves em relação aos répteis reside em sua capacidade de controlar a temperatura do corpo, mantendo-a constante, independente de variações ambientais: são vertebrados homeotérmicos. A homeotermia garante às aves fácil adaptação aos mais variados ambientes terrestres, tornando possível sua larga distribuição geográfica. Além disso, a capacidade de voar permitiu a exploração do meio aéreo, ampliando sua distribuição a praticamente todas as regiões da Terra.

Leonel Pereira

Fonte: www.geocities.com

Classe Aves

Compõe a ave o grupo de seres do mundo animal que conquistou o meio aéreo. Para isso, ao longo de sua evolução, teve de desenvolver uma série de características muito peculiares, que a diferenciaram do restante dos vertebrados.

Características gerais

Ave é um animal vertebrado cuja temperatura corporal se mantém constante dentro de certos limites. É dotada de quatro extremidades, das quais duas, as anteriores, evoluíram até se transformarem em asas, que lhe permitem voar. As extremidades posteriores ou patas apresentam quatro dedos, embora em certas espécies esse número tenha se reduzido. O corpo é revestido de penas e a boca projeta-se em bico, estrutura córnea cuja forma e características demonstram fielmente os hábitos alimentares do animal. Sua área de distribuição abrange todas as latitudes e todos os ambientes, da Antártica aos desertos.

Foi no período jurássico, há cerca de 180 milhões de anos, que surgiram as aves. Segundo mostram restos fósseis, elas evoluíram a partir de répteis primitivos que, em determinado momento, adquiriram a capacidade de voar. Os primeiros representantes desse grupo de vertebrados tinham, de fato, muitas características próprias dos répteis, como bico dentado e uma longa cauda. Esses caracteres eram evidentes em aves pré-históricas como o Archaeopteryx.

Pele e glândulas

A pele das aves é delgada e apresenta uma só glândula, a uropigiana, situada nas proximidades da cauda. Esse órgão secreta um líquido oleoso que o animal espalha com o bico sobre as penas para impermeabilizá-las. As penas são formações cutâneas que conferem às aves aspecto característico. Trata-se de elementos de sustentação, separados em intervalos bem definidos. Dependendo das diversas áreas do corpo em que se localizam, as penas variam em forma e tamanho. Todas, porém, apresentam as mesmas particularidades. O tubo transparente da base denomina-se canhão ou cálamo, que se encaixa na pele e de onde se projeta um eixo ou raque, no qual se inserem numerosos filamentos ou barbas. O conjunto de barbas forma o chamado vexilo. Das barbas partem filamentos menores, ou bárbulas, que se encaixam entre si e proporcionam grande resistência à pena. Nos filhotes é comum um determinado tipo de pena, a chamada penugem, de aspecto lanoso. Alguns desses órgãos epidérmicos inserem-se na cauda e denominam-se penas timoneiras; outras cobrem o corpo — são as tectrizes — e outras, as rêmiges, dispõem-se nas asas.

A cor da plumagem é muito variável, tanto nos diferentes grupos como na evolução de uma mesma espécie ao longo de sua vida. Na maior parte dos casos, o colorido dos jovens e das fêmeas é bem menos vistoso do que o dos machos adultos. Determinadas regiões do corpo do animal, como o bico e as patas, carecem de penas e são protegidas por formações córneas. Os dedos das patas terminam em garras.

Aparelho locomotor

As aves, em sua maioria, são voadoras e somente algumas, como o avestruz, o casuar ou o pingüim, não voam e estão adaptadas à corrida em terra firme ou à natação.

O deslocamento no ar impôs grande número de alterações na forma do esqueleto e dos músculos. Fizeram-se também necessárias complexas adaptações e reestruturações fisiológicas nos sistemas restantes. Os ossos tornaram-se muito leves, perderam a medula e encheram-se de ar. Numerosas peças ósseas do crânio e da coluna vertebral fundiram-se, de modo que o conjunto se transformou em excelente suporte para o vôo. No esterno da maioria das aves desenvolveu-se um prolongamento em forma de quilha, que atua como suporte dos possantes músculos peitorais.

Na asa observam-se peças correspondentes aos restos evolutivos das falanges de três dedos. O carpo e o metacarpo, que no homem constituem o pulso, a palma e o dorso da mão, nas aves acham-se unidos e formam o chamado carpometacarpo (genericamente, metacarpiano), que dá grande firmeza e solidez à asa.

Já a cauda reduziu-se nas aves e desapareceram várias das vértebras que a constituem.

Respiração

A traquéia desses animais pode alcançar grande comprimento. Em sua porção final localiza-se a siringe, órgão de fonação das aves, integrado por músculos, membranas e cartilagens. A respiração efetua-se por meio de pulmões, constituídos por um conjunto de canais e brônquios de diferente espessura que se ramificam e se unem entre si e também com os sacos aéreos. Estes últimos atuam como foles ou bolsas e insuflam nos brônquios o ar que recebem do exterior através da traquéia. A passagem do ar pelos canais brônquicos é contínua. Os brônquios mais finos estão em contato com numerosas cavidades pequenas e com um abundante fluxo sangüíneo, o que permite a assimilação do oxigênio pelo sangue. Esse sistema propicia às aves condições de manter em ventilação constante os pulmões, produzindo o volume de oxigênio necessário aos tecidos musculares para o exercício do vôo.

Sistema circulatório

Nas aves, a circulação é completa — não se misturam o sangue arterial que parte do coração e o venoso que a ele retorna procedente dos tecidos — e dupla, já que dispõem de um circuito pulmonar e de outro que irriga o resto do corpo.

À diferença do que ocorre nos grupos inferiores de vertebrados (peixes, répteis e anfíbios), o coração apresenta quatro cavidades: duas aurículas e dois ventrículos.

Alimentação

A gama de alimentação das aves apresenta tantas variantes como os grupos que constituem essa classe de vertebrados. Existem aves granívoras, como os tentilhões e os canários, que ingerem principalmente sementes. Também há espécies insetívoras, como as andorinhas ou os pica-paus; sugadoras do néctar das flores, como os beija-flores; predadoras, como os falcões e outras aves de rapina; e carnívoras, como os abutres. Em geral, a maioria mantém uma dieta polivalente, ou seja, não se alimenta de maneira exclusiva de um só tipo de substância nutritiva.

Em muitas aves, a porção final do esôfago é constituída pelo papo e pelo estômago. Além da parte propriamente digestiva, dispõem de uma moela, onde se tritura a comida para suprir a falta de dentes. Os canais urinários, que partem dos rins e desembocam na cloaca, transportam a urina, quase sólida.

Sistema nervoso e órgãos dos sentidos. O sistema nervoso é mais evoluído do que o dos grupos inferiores de vertebrados. Os órgãos sensoriais mais desenvolvidos são o da visão e o da audição. Os olhos apresentam a chamada membrana nictitante, que se estende sobre a córnea. Exceto nas aves de rapina de hábitos noturnos, como a coruja, os olhos são dispostos lateralmente.

Reprodução

A fecundação desses vertebrados é interna. Para realizá-la, o macho aproxima sua cloaca à da fêmea, já que, salvo em raras exceções, como o avestruz, não existem órgãos copuladores. Na época do acasalamento, são freqüentes as danças e os cortejos nupciais com diversas posições de exibição e apaziguamento.

Destacam-se pelo caráter vistoso os ritos nupciais dos grous coroados africanos, em que o macho executa uma série de saltos espetaculares para atrair a fêmea.

As aves são ovíparas

Reproduzem-se por meio de ovos, que variam em forma, tamanho e cor, segundo a espécie. O ovo é protegido por um envoltório calcário e poroso, a casca, produzida no oviduto da fêmea. Em seu interior encontra-se a célula-ovo ou gema, rodeada por uma substância gelatinosa, a clara. O desenvolvimento do ovo requer calor, que é proporcionado pelo corpo da mãe ou dos dois progenitores durante o período denominado incubação.

Comportamento

Assim como no resto do mundo animal, o comportamento das aves é condicionado pelas funções básicas de sobrevivência: a busca de alimento, a defesa, a reprodução e a criação. Os hábitos alimentares são bastante diversificados. Há aves, como as pegas e outras da família dos corvídeos, que armazenam sementes para a estação fria; outras, como os picanços, prendem suas vítimas — répteis, insetos e pequenos pássaros — em espinhos de acácias ou sarças, enquanto não as consomem; do mesmo modo, existem aves pescadoras, caçadoras, carnívoras etc. Algumas, como as gralhas, caracterizam-se por seus hábitos gregários e mantêm uma rígida hierarquia social em seus grupos.

O canto desempenha papel decisivo na relação social, serve como sinal de alarma ou territorial, à busca de par etc. Também são fundamentais os hábitos de nidificação, reprodução e criação da prole.

As migrações constituem outro fator determinante do comportamento das aves. Certas espécies deslocam-se de seus habitats e voam para outras terras, percorrendo em certos casos milhares de quilômetros, onde passam a estação quente.

Ecologia e distribuição

As aves colonizaram quase todos os habitats terrestres e boa parte dos aquáticos. Grande número de espécies, como os patos ou flamingos, povoa as zonas lacustres. Outras são costeiras, como as gaivotas e os cormorões. Alguns grupos adaptaram-se a climas polares, caso dos atobás. Algumas espécies, de resto escassas, perderam a capacidade de voar.

Certas aves, como as que habitam as ilhas oceânicas, têm uma área de distribuição muito reduzida, enquanto outras, como os pardais, se propagaram por quase todo o mundo e chegaram inclusive a viver em ambientes urbanos.

Classificação

Aves corredoras

As aves denominadas corredoras ou ratitas são incapazes de voar e algumas delas, como o avestruz (Struthio camelus) africano, o emu (Dromiceius novae-holandiae) australiano e a ema (Rhea americana) sul-americana chegam a ser de grande porte. Costumam habitar regiões de savana ou planícies herbáceas.

O quivi (Apteryx australis) carece de asas, tem hábitos noturnos e é autóctone da Nova Zelândia.

Aves marinhas

Entre as aves que passam no mar a maior parte da vida, ou ao menos consideráveis períodos, cabe mencionar os pingüins, característicos da região antártica, que têm as asas adaptadas à natação. Compreendem 18 espécies, entre as quais se destaca o pingüim-imperador (Aptenodytes forsteri).

Outras espécies típicas desse habitat são o albatroz (Dromedea immutabilis), o alcatraz (Sula bassana), o cormorão (Phalacrocorax carbo) e as gaivotas. Entre estas últimas, destacam-se a gaivota argêntea (Larus argentatus), de asas e dorso cinzentos e cabeça branca, e a gaivota-de-dorso-escuro (Larus ridibundus), de cabeça negra.

As aves marinhas alimentam-se de peixes, plâncton, crustáceos, moluscos e outros invertebrados que povoam as costas. Numerosas espécies dispõem de glândulas salinas situadas perto dos olhos, por meio das quais excretam o excesso de sal que ingerem em sua dieta.

Aves aquáticas

Nas áreas de água doce, como lagoas, pântanos e rios, encontram-se muitas espécies de aves.

Algumas têm patas compridas e finas, pelo que também são conhecidas como pernaltas, e bicos de grande extensão, com que filtram ou revolvem o lodo ou as águas superficiais em busca de alimento.

Entre essas acham-se o flamingo (Phoenicopterus ruber), a garça-real (Ardea cinerea) e o grou (Grus grus). Aquáticas também são o pato-real (Anas platyrhynchos), o ganso (Anser anser) ou o cisne (Cignus olor), de grandes bicos achatados e com membrana interdigital nas patas; e outras como o maçarico-de-bico-torto (Numenius phaeopus hudsonicus), a galinhola (Scolopas rusticola) e a narceja (Gallinago gallinago), aves de pés espalmados que abundam nas regiões pantanosas.

Galiformes

Aves cuja capacidade de vôo acha-se em muitos casos reduzida, os galiformes incluem o galo (Gallus gallus), o faisão (Phastanus colchicus), a perdiz (Alectorix rifa) e o peru (Meleagris gallopavo).

Papagaios e espécies afins

Os papagaios e espécies semelhantes vivem em zonas tropicais e exibem plumagens de brilhante colorido. Seu bico é curto e adunco e as patas prêenseis, isto é, com dois dedos rígidos projetados para trás e os dois restantes orientados para diante e muito encurvados. Algumas são muito conhecidas por sua capacidade para articular e repetir sons que lhes são familiares. Destacam-se o papagaio-do-mangue (Amazona amazonica) e o papagaio propriamente dito (Psittacus erithacus). Algumas espécies habitam a América do Sul e outras a África e a Oceania.

Pombos e espécies afins

Aparentados com o pombo-bravo (Columba livia), tão familiar e abundante em grande número de cidades, são o pombo-torcaz (Columba palumbus) e a pomba-gravatinha (Streptopelia erithacus). Essas aves possuem um papo dilatado que segrega uma substância gordurosa com que nutrem suas crias.

Rapaces

As rapaces são predadoras ou carnívoras, algumas de grande tamanho, com o bico proeminente e curvo e as patas fortes, terminadas em potentes garras com que capturam suas presas. Entre as de hábitos diurnos cabe mencionar a águia-real (Aquila chrysaetos), o falcão (Falco peregrinus), o abutre (Gyps fulvus) e o condor (Vultur gryphus). As noturnas, como a coruja-de-igreja (Tyto alba) e o mocho-real (Bubo bubo), geralmente têm envergadura menor do que as anteriores.

Pássaros

Englobam os pássaros mais da metade do total de espécies de aves e agrupam exemplares de tamanho pequeno ou médio, entre os quais se incluem as principais aves canoras. Cabe citar o pardal (Passer domesticus), o pintassilgo (Spinus magellanicus), o melro (Turdus merula), os bicos-de-lacre (Estrilda cinerea).

Originários da África, foram introduzidos no Brasil e em outros países tropicais.

Outras aves

Outras aves dignas de menção são os engole-ventos (Caprimulgus europaens), noturnos e insetívoros; os andorinhões (Apus apus), os que maior velocidade alcançam no vôo e que passam praticamente toda sua vida no ar, executando voltas acrobáticas para capturar os insetos de que se alimentam; ou os colibris, que compreendem numerosas espécies naturais da América do Sul, algumas diminutas, e vivem sugando flores. Merecem também destaque os pica-paus (Dendrocopus maior), que abrem buracos nos troncos das árvores, com seus bicos afiados, para capturar insetos e larvas, o martim-pescador (Alcedo athis) e o cuco (Cuculus canorus).

Aves cinegéticas brasileiras

Entre as aves cinegéticas brasileiras destacam-se os tinamiformes, que representam as caças de pio. Delas, os macucos, jaós e inhambus, que habitam as matas e capoeiras, são as mais apreciadas pelos caçadores dessa modalidade esportiva. Os mais sagazes e difíceis de serem abatidos são os macucos, habitantes das matas virgens ou primitivas. As perdizes e codornas são caçadas com o auxílio de cães perdigueiros amestrados. Vivem nos campos gerais, cerrados e descampados. Devido à rapidez do vôo, o caçador deverá ter boa pontaria, para poder abatê-las no ar.

Os galiformes estão entre as aves brasileiras mais apreciadas pelos caçadores, sobretudo nas regiões pouco desbravadas, devido à grande quantidade de carne que fornecem. Entre elas destacam-se os urus, jacutingas, cujubins, jacus, aracuãs e mutuns. Possuem vôo pesado, alimentam-se de frutos silvestres, sementes etc. Para abatê-las o caçador espera nos poleiros, à noite, ou pela manhã, junto às árvores cujos frutos ou sementes lhes servem de alimento. Os mutuns são as maiores do grupo. Os urus podem ser considerados também como caça de pio, bem como as jacutingas.

Outro grupo de aves muito apreciado pelos caçadores são os anseriformes, representados pelos marrecões, patos de crista, patos do mato, marrecas e mergulhões. Vivem nos rios, lagos e terrenos alagadiços, e para abatê-las o caçador as espera ou procura ativamente, sobretudo de madrugada ou ao anoitecer.

Entre os gruiformes destacam-se os jacamins da Amazônia, as saracuras e frangos-d”água, as galinhas-d”água e marrequinhos. Os narcejões e narcejas, entre os caradriformes, são muito estimados pelos caçadores como aves de tiro ao vôo. Os columbiformes ou pombos, sobretudo as pombas verdadeiras, a avoante e as juritis, também são aves muito procuradas pelos caçadores brasileiros.

Fonte: www.biomania.com.br

Classe Aves

Características

Têm o corpo cobertos de penas

A função das penas é proteger o corpo da ave contra perdas de água e de calor e auxiliar o vôo.

As penas são formadas de: Cálamo – é a ponta oca que fica enterrada na pele da ave; Raque – é a parte central, o “eixo” da pena; Barbas – são os “raminhos” das penas, que estão presos à raque; Bárbulas – são as pequeninas ramificações das barbas.

Possuem bico

O tamanho e o formato do bico variam de uma ave para outra. No papagaio, a parte de cima do bico é maior que a de baixo; no azulão, as duas partes são do mesmo tamanho; etc.

Têm dois pares de membros

Com os membros anteriores (as asas), as aves podem voar. Os membros posteriores (as pernas) permitem-lhes andar, correr, trepar em árvores ou nadar.

As aves são animais homeotérmicos, isto é, a temperatura do corpo praticamente não varia com as mudanças de temperatura do meio ambiente. Quando um pato entra na água fria, por exemplo, a temperatura de seu corpo permanece praticamente constante.

Você sabia que alguns ossos das aves são cheiros de ar? Esses ossos, ocos, chamam-se ossos pneumáticos. Por serem muito leves, facilitam o vôo.

Em algumas aves o ossos esterno é pontudo, em forma de quilha, prendendo os poderosos músculos peitorais, que determinam as batidas das asas. Graças a essa forma, o esterno favorece o “corte” do ar, facilitando o vôo. Nas aves que não voam, como os avestruzes, o esterno é achatado.

As aves respiram por pulmões. Além dos pulmões, o sistema respiratório das aves compõe-se de órgãos especiais (siringe e sacos aéreos), que não são encontrados nos outros vertebrados. A siringe é a porção inferior da traquéia, adaptada ao canto. Os sacos aéreos são bolsas que funcionam como reservatório de ar. Através deles o ar dos pulmões é conduzido aos ossos pneumáticos. Quando as aves estão em pleno vôo, os sacos aéreos também fornecem ar para sua respiração. Além disso, facilitam o canto e diminuem o peso específico do animal, contribuindo para o vôo.

Estrutura de um ovo

Veja a seguir as partes de um ovo:

Casca: parte externa que protege o ovo. A casca é resistente, porosa (permite entrada e saída de ar) e rica em sais de cálcio.
Membrana da casca:
membrana existente entre a casca e a clara.
Clara:
parte incolor, que fica branca quando o ovo é cozido ou frito. A clara é uma fonte de proteínas e de água para o embrião.
Calaza:
membrana encontrada na clara que liga a gema aos pólos do ovo.
Disco germinativo:
estrutura que dará origem ao embrião, se houver fecundação.
Gema:
parte amarela, que contém o vitelo, um material rico em substâncias nutritivas diversas (proteínas, gorduras, etc.) que alimentam o embrião.
Câmara de ar:
câmara situada entre a casca e a membrana da casca, na extremidade mais larga do ovo, que contém reserva de ar para o embrião respirar.

Classificação das aves

As aves são classificadas em oito grupos principais:

Columbiformes: pombo, juriti, rolinha, etc;
Galiformes: pavão, galo, peru, codorna, etc;
Ciconiformes: garça, siriema, socó, cegonha, etc;
Reiformes: ema, etc;
Anseriformes: pato, cisne, marreco, etc;
Passeriformes: canário, azulão, curió, pardal, sabiá, etc;
Falconiformes: gavião, urubu, águia, etc;
Psitaciformes: papagaio, periquito, arara, etc.

Fonte: leandrobrito.br.tripod.com

Classe Aves

Animal emplumado, ou seja, de corpo coberto de penas. As aves vivem em todas as partes do mundo. Têm asas, mas algumas, como o avestruz, não podem voar.

São muitos os modos de vida das aves. Os andorinhões passam a maior parte do tempo voando. O pingüim anda gingando no gelo e nada no oceano, mas não pode voar. Muitas aves migram (viajam por longas distâncias) em certas estações.

Inventores estudaram as aves durante séculos antes que os homens conseguissem voar em aviões e planadores.

Toda ave nasce da eclosão (abertura) de um ovo, tem duas pernas e um bico.

As aves têm integrado no corpo um sistema de refrigeração: alguns ossos são ocos e dispõem de bolsas de ar ou sacos aéreos. Os pulmões bombeiam ar frio para essas cavidades. Os ossos ocos também tornam as aves mais leves, de modo que possam voar facilmente.

Muitas aves servem de alimento para o homem. Galinhas e outras espécies de criação dão carne e ovos. Algumas espécies alimentam-se de insetos e, assim, limitam o crescimento das populações desses animais que atacam as plantações.

TIPOS DE AVES

Existem no mundo cerca de 9 mil espécies de aves.

Elas podem ser agrupadas de muitas maneiras: as terrestres e aquáticas; segundo a parte do mundo em que vivem; conforme o que comem ou o lugar em que pousam.

As Aves Terrestres são em número maior que as aquáticas porque a terra oferece mais variedade de condições de vida.
As Aves Aquáticas
vivem na água ou perto dela. Algumas, como o albatroz, têm grande resistência e podem manter-se durante alguns dias voando sem pousar.
Aves Tropicais:
a maioria das espécies de aves vive em regiões tropicais ou de terras quentes.
As Aves de Rapina
têm pés e garras fortes, e duros bicos para matar suas presas e dilacerá-las enquanto as comem. Águias e falcões caçam durante o dia. No período noturno, as corujas são os principais caçadores.
As Aves de Poleiro
pousam em lugares como árvores e fios telefônicos.
Aves de Caça
são as que os caçadores abatem em certas estações do ano, seja para servirem na alimentação, seja como esporte.
Aves Que Não Voam.
Entre elas estão o avestruz, o pingüim e a ema. Têm asas extremamente pequenas e, portanto, insuficientes para sustentar seu corpo no ar.

O QUE COMEM AS AVES

As aves comem mais, em relação a seu tamanho, do que muitos de nós. Quanto menor a ave, mais ela come, em proporção a seu peso. Alguns filhotes comem, em um dia, o equivalente a seu peso. A quantidade diária de alimento ingerida por um pombo, por exemplo, seria o equivalente a um homem adulto comer 4 kg de comida por dia. As aves se alimentam de sementes, frutos, insetos, peixes, ratos, cobras e até de lixo.

IMPORTÂNCIA DAS AVES

Aves de Estimação têm sido apreciadas desde a Antiguidade por seu canto e beleza da plumagem. Os canários são criados por seus gorjeios e por suas cores vistosas. Periquitos e papagaios são as mais populares aves falantes, mas os corvos e mainás também podem ser treinados para imitar nossa voz. No Brasil, é proibida a criação de aves selvagens em cativeiro, exceto com a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Como as Aves Ajudam o Homem. Elas comem as sementes das ervas daninhas, ajudando a manter limpas as plantações. Algumas maiores, como os gaviões e as corujas, matam os ratos e camundongos que comem os cereais. Podem comer em um ano mais de 3 mil sementes de ervas daninhas por metro quadrado de plantação. As aves comem também mariposas, lagartas, besouros, pulgões e outros insetos que constituem uma praga para a agricultura.

Carne e Ovos. Aves como galinhas, patos, perus e gansos são criadas para o consumo de sua carne. O Brasil é um dos principais exportadores de frango do mundo.

Aves Nocivas ao Homem. As aves também podem ser transmissoras de doenças. Por exemplo, os bandos de graúnas e estorninhos podem espalhar, em suas fezes, um fungo esporulado (que tem esporos), chamado Histoplasma capsulatum. Quando inalado por seres humanos, seus esporos podem causar uma doença infecciosa, a histoplasmose.

A LINGUAGEM DAS AVES

O Canto das Aves

Muitos pensam que elas cantam docemente para atrair um companheiro. Na maioria das vezes, é provável que cantem para manter afastadas aves de outra espécie. Cada espécie de ave canora tem seu próprio canto. Os pardais podem emitir até 20 variações do mesmo canto.

Chamados das Aves

Elas emitem, às vezes, outras vozes além do canto. Servem de advertência ao bando, quando se aproxima um inimigo, e depois elas emitem um grito de reunião.

Os conhecedores de aves acreditam que é assim que o bando torna a se juntar.

VIDA DOMÉSTICA DAS AVES

Territórios das Aves

Elas, em geral, têm em torno de seu ninho uma área que consideram seu território privado. Os machos escolhem aquele em que desejam viver, antes de escolher suas companheiras. Os territórios das águias freqüentemente cobrem vários quilômetros quadrados.

Como as Aves Namoram

Os machos fazem a corte às fêmeas exibindo suas penas coloridas, cantando ou fazendo ruídos, e dançando. Os rituais de corte servem para que as aves se identifiquem como membros de uma mesma espécie. Além disso, eles estabelecem união entre os parceiros. Durante esse período, o casal inicia a construção do ninho.

Construção do Ninho

As aves, em sua maioria, constroem ninhos para pôr os ovos e abrigar os filhotes. As aves usam diversos materiais, de gravetos a lama, na construção do ninho.

Ovos

Todas as aves nascem da eclosão de ovos. Algumas só põem um ovo por ano; outras podem chegar a 350 ovos por ano ou mais.

Os ovos são geralmente chocados pelo calor do corpo das aves adultas. Para chocar, eles têm de ser mantidos a uma temperatura de 37,5°C. Em algumas espécies, só os machos chocam os ovos.

O Aprendizado do Vôo

Um filhote torna-se irrequieto quando chega o tempo de abandonar o ninho. Contorce-se e debate-se, esticando o pescoço e sacudindo as asas. Esses exercícios ajudam a desenvolver os músculos do vôo. Quando os filhotes se preparam para deixar o ninho, algumas mães se mantêm a pequena distância, segurando no bico um pedaço de alimento para incentivá-los a buscá-lo. Finalmente, os filhotes saltam sobre a borda do ninho.

O CORPO DAS AVES

Esqueleto e Ossos

O esqueleto de uma ave é especialmente adequado ao vôo. Cada osso é fino e pequeno, mas bastante forte para poder sustentar o corpo. Os ossos longos são ocos e leves.

Os Músculos

Constituem mais da metade do peso de uma ave. Os maiores e mais fortes são os do peito. Eles movem as asas e representam de 25 a 30% do peso das aves.

Penas

A espessa camada de penas torna aerodinâmico o corpo e ajuda a ave a deslizar suavemente no ar; ajuda também a manter quente seu corpo.

O número de penas das aves varia bastante. Em um pato selvagem foram contadas 11.903 penas. Aves de pequeno porte, como pardais e canários, têm de 1.300 a 2.600 penas.

Digestão

O sistema digestivo é composto de goela, extremidade inferior do esôfago e de um espaço chamado papo. Armazenam nesse espaço o alimento não digerido, que é amaciado pela absorção de água. O alimento é misturado a enzimas digestivas na primeira parte do estômago, chamado proventrículo. As aves não possuem dentes. Para ajudar o processo de moagem, elas engolem areia com o alimento.

Temperatura do Corpo

As aves são animais de sangue quente, ou seja, podem conservar seu corpo à mesma temperatura, independentemente do calor ou do frio. As aves não suam.

Dependem de seu sistema de refrigeração para esfriar o corpo. Usam a energia dos alimentos com tanta rapidez que seu coração sempre bate depressa e, em geral, é maior que o dos animais do mesmo tamanho.

Sentidos

As aves têm visão e audição aguçadas. Possuem uma membrana do tímpano, uma orelha média e uma orelha interna. Podem distinguir cores, mas o olfato e o paladar não são bem desenvolvidos. Podem focalizar a vista num instante, graças aos músculos que modificam a forma do cristalino de seus olhos.

MIGRAÇÃO DAS AVES

Muitas espécies de aves viajam longas distâncias quando mudam as estações do ano. Voam para regiões de clima quente, quando chega o frio do inverno, e regressam aos seus lugares de origem quando a temperatura torna a subir. Essas jornadas, feitas a intervalos regulares, entre dois lugares definidos, são chamadas migrações. Nem todas as espécies de aves migram.

Como as Aves Encontram seu Caminho

A linha costeira e as cadeias de montanhas podem servir de orientação para as aves que migram durante o dia. Acredita-se que muitas espécies tenham um grande senso de direção. Algumas aves migradoras podem determinar a direção por meio do Sol, outras usam a posição das estrelas para se guiar.

HISTÓRIA DAS AVES

Os Antepassados das Aves

Os cientistas acreditam que os antepassados das aves foram répteis. Eles remontaram a história das aves até um animal, cujo nome científico é Archaeopteryx lithographica e que viveu, provavelmente, há 140 milhões de anos.

Aves Extintas

Algumas aves se extinguiram em conseqüência das atividades predatórias do homem. Entre elas, incluem-se a grande alca, o pombo-passageiro, o pato-do-labrador e o periquito-da-carolina. Muitas espécies escaparam da extinção, por esforços governamentais e individuais. Entre essas aves estão a garça-branca-grande, o cisne-trombeteiro, o grou-cantor, o condor-da-califórnia, o caracará-de-audubon (águia mexicana) e o milhafre-real.

Fonte: www.klick.com.br

Classe Aves

Características Gerais

As aves são vertebrados que descendem dos répteis e após passarem por um período evolutivo complicado, atualmente possuem as seguintes características:

São vertebrados amniotas, alantoidianos e homeotérmicos;
São bípedes, pela transformação dos membros anteriores em asas, o que lhes permite (na maioria das vezes) voar;
O corpo é coberto de penas que contribuem para o voo e para a manutenção da temperatura corpórea;
Os maxilares foram transformados em bicos e atualmente são desprovidos de dentes;
Existência de um só côndilo ocipital e escamas nas pernas e nos pés (heranças deixadas pelos répteis);
Adaptações que facilitam o vôo como os sacos aéreos nos pulmões, que se enchem de ar e se comunicam com os óssos pneumáticos;
Sistema digestivo completo (com pâncreas, fígado e vesícula biliar) e circulação dupla e completa;
Olhos bem desenvolvidos, com percepção de cores e em alguns casos é composto por duas fovea centralis, o que lhes confere maior campo de visão. Além das pálpebras, há a membrana nictiante que corre cobrindo o olho no sentido horizontal;
Os sexos são separados com certo dimorfismo sexual.

Como evoluíram as aves

Desde o Século XIX, a anatomia comparada pôs em evidência numerosas afinidades estruturais entre os répteis (Dinossauros) e as aves.

Achados importantes para a Paleontologia conseguiram explicar esta evolução:

Archaeopteryx: possuíram o tamanho de um pombo, esqueleto e dentes semelhantes aos Dinossauros, penas e asas como as aves. Eram animais bípedes com uma coluna vertebral alongada terminando em uma longa cauda. Os membros anteriores, são bem desenvolvidos, tem mãos com dedos alongados providos de garras. Além disso, possuem uma soldadura da clavículas da cintura escapular. Foram encontrados espécimes nos calcários de Solhofen (150 m.a);

Deinonychus: possuiram mais ou menos 4 metros de comprimento, todas as características dos tetrápodos e era muito parecido com o Archaeopteryx, mas sem sinal de de penas e asas. Seus fósseis datam de 100 milhões de anos atrás;

Mononychus: descoberto recentemente no Deserto de Gobi (Mongólia). Tinha o tamanho de um peru, mandíbula dotada de afiados dentes (indicando ser um potente predador) e uma longa cauda. Com essas características se pareceria muito com os tetrápodes, mas possuia muitas feições que o assemelhavam as aves modernas, como o esterno em quilha, onde se prende a musculatura do vôo. Os ossos do carpo no Mononychus são fundidos, o que significa uma adaptação para o vôo, sugerindo para este gênero, que eles devem ter evoluído de animais voadores, como os avestruzes e as emas modernas. Assim fica difícil distinguir se Mononychus era uma ave primitiva ou um Dinossauro e na falta de uma real distinção, ele talvez fosse ambas as coisas.

Para explicar a origem do vôo das aves, cientistas propuseram inúmeras hipóteses, mas todas levam a duas grandes categorias: a evolução das árvores para o chão e a evolução do chão para as árvores.

Esta hipótese admite que a colonização do meio arboríola teria sido feita em primeiro lugar pelos antepassados reptilianos bípedes das aves. No decorrer das etapas sucessivas (salto, vôo em pára-quedas e vôo planado), as penas tem-se-iam desenvolvido como órgãos aerodinâmicos.

Paleoecologia

No Cretáceo Superior já conhecem-se algumas aves, como os Ichthyornis e os Hesperornis, ainda com maxilas nos dentes.

No princípio do Terciário certas áreas abandonadas devido à extinção dos Dinossauros são temporariamente ocupadas por aves não voadoras de grande porte que não parecem ter sobrevivido durante muito tempo (exceto na América do Sul) em virtude da concorrência dos mamíferos, que começam a dominar todos os habitats. Apareceram então grandes grupos de aves voadoras modernas, carenadas, que tem uma diferenciação do externo e a quilha que favoreceria o vôo.

Atualmente as aves agrupam 10.000 espécies vivas.

Fonte: geocities.yahoo.com.br

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