Emoções da Grávida

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Padecer no paraíso

É uma ilusão achar que a maternidade traz apenas coisas boas.

Como muitos dizem: “ser mãe é padecer no paraíso”, e, como uma amiga disse recentemente, padecer ela já sabe bem o que é, mas o paraíso… está procurando até agora! Brincadeiras à parte, a maternidade traz perdas e ganhos, isso é um fato.

Esse descontrole que sentimos na gravidez pode ser considerado um treino para o que virá para o resto de nossas vidas. Isso mesmo! Para o resto de nossas vidas. Um dia os filhos crescem, e vêm, então, os netos. Os avós corujas e enlouquecidos que o digam.

Ao mesmo tempo em que ocorrem todos esses conflitos, essa experiência única proporciona um momento de reencontro, de resgate de relacionamento. Tal como o bebê é concebido por duas pessoas, assim deve ser também vivida a gestação. Em geral, a segunda pessoa é o companheiro, mas, na ausência deste, pode ser a mãe da gestante, a irmã ou uma amiga muito próxima. Compartilhar não só os momentos bons, mas também medos e ansiedades torna a gestação mais tranqüila.

Além disso, ao mesmo tempo em que está se formando o bebê, está se formando também uma mãe. Mesmo que seja o segundo filho, cada filho é único e para cada um deles há também uma única mãe.

Numa mistura entre a expectativa de como será o bebê e o resgate da própria história, não é raro que a mulher queira saber como era quando bebê. Ao ouvir e reviver sua história como filha, a mulher vai aprendendo seu papel de mãe.

Para o homem, a situação é diferente, mas mesmo sem as sensações físicas, a experiência emocional da gravidez da companheira pode ser vivida com muita intensidade. Quanto mais o pai participar, quanto mais a gestante incluí-lo nos acontecimentos diários, mais ele se sentirá “grávido”. Para ele também pode ser um momento de resgate. Descobrir como foi enquanto filho, tendo agora uma visão de quem se prepara para ser pai, pode ser uma experiência tocante.

Se o “casal grávido” puder compartilhar essas vivências e emoções, pode nascer entre eles uma cumplicidade que será sempre uma aliada no relacionamento a dois e, futuramente, na educação do(s) filho(s).

Não existe mãe perfeita e não existe pai perfeito. A natureza foi sábia ao fazer o ser humano racional, mas ao mesmo tempo um tanto confuso. Se não errássemos nunca, nossos filhos não aprenderiam a lidar com a contrariedade. Nossos erros (quando bem intencionados e reconhecidos, é claro) podem se tornar importantes oportunidades para os filhos aprenderem o verdadeiro significado do perdão, do arrependimento e/ou da tolerância. Não somos seres perfeitos, mas, certamente, a cumplicidade torna um casal melhores pais, e a maternidade e a paternidade podem nos tornar melhores pessoas.

Aspectos psicológicos da gravidez

Emoções da Grávida
Emoções da Grávida

Período de mudança

A gestação é um período de transição nos qual há transformações, não só no organismo da mulher, mas no seu bem-estar, alterando seu psiquismo e o seu papel sócio-familiar. Esse período é a fase de maior incidência de transtornos psíquicos na mulher, chegando haver cerca de 10 a 15% de depressão pós-parto em vários países.

Fatores psicológicos podem acarretar complicações durante a gestação, o parto e o puerpério, bem como para o concepto. Particularmente, esses fatores podem ser o estresse vivencial e ansiedade, atuando principalmente durante a gravidez.

Estudos referem que a tensão da gestante estimula a produção de determinados hormônios que atravessam a barreira placentária atingindo o organismo do feto em desenvolvimento. Dessa maneira, alteram a própria composição placentária e do ambiente fetal.

Prejuízos na saúde mental da gestante podem também alterar a relação mãe-feto e futuramente o desenvolvimento da criança, que inicialmente pode se expressar no recém-nascido em forma de choro, irritabilidade ou apatia e futuramente provocar distúrbios afetivos na idade adulta.

Dúvidas referentes à gravidez, respondidas pela psicóloga Gisele Farhat Coutinho, retiradas do site “clube do bebê”:

Estados emocionais podem dificultar a concepção?

Sim, o equilíbrio hormonal e a regularidade da ovulação são facilmente rompidos em função da ansiedade e de conflitos com relação à maternidade.

A gravidez pode ser uma ameaça ao casamento?

Geralmente ela traz maior integração do casal, mas se a estrutura conjugal for frágil, este fato pode desestabilizar o casal.

O que fazer quando isso ocorrer?

O ideal seria aumentar o diálogo com o companheiro procurando fortalecer a união. Às vezes se faz necessário consultar um psicólogo abrindo um espaço para expor seus temores, fantasias e preocupações preparando emocionalmente o homem e a mulher para terem este filho.

A grávida em conflito pode apresentar náuseas e vômitos mais constantes?

Sim. Além das mudanças hormonais e metabólicas a ambivalência e a rejeição intensas podem provocar estes sintomas.

Ocorrem oscilações de humor durante a gestação?

Sim, com o aumento da sensibilidade podem ocorrer maior irritação, choro e risos com mais facilidade.

Porque muitas mulheres sentem-se mais seguras com a gravidez?

Em alguns casos a gravidez propicia uma sensação de grande poder e importância, sendo esta capaz de acolher dentro de si a vida sob forma de um novo ser.

Como o homem pode estar presente na gravidez de sua companheira?

Compartilhando com ela expectativas e fantasias em relação ao bebê, elaborando dentro de si sua relação com a criança e sua paternidade.

As mudanças físicas ocorridas durante a gravidez são definitivas?

As várias partes do corpo têm a capacidade de ampliar-se para fazer as adaptações necessárias no decorrer da gravidez e do parto. E tem a mesma capacidade de voltar ao estado anterior à gravidez.

Como preparar-se adequadamente para o parto?

Com informações, relaxamento, acompanhamento médico e alimentação balanceada. Não esquecendo de conversar muito com seu bebê e procurar sua felicidade.

Como iniciar uma relação saudável com o bebê?

Perceber e satisfazer de modo adequado suas necessidades vendo-o como um indivíduo separado. E não ter como expectativa que o mesmo preencha certas deficiências do casal ou evite solidão e diminua carência afetiva.

O sexo é um dos fatores que influenciam no aspecto psicológico do casal, durante a gravidez. Desta forma, médicos respondem a algumas duvidas referente a este tema.

Pode-se fazer sexo durante a gravidez?

Não há nenhum problema em se fazer sexo durante a gravidez, desde que esta caminhe normalmente e que a mãe não tenha risco de um trabalho de parto prematuro.

Mas será que as relações sexuais resultam em aborto?

Os abortos normalmente são causados por outros aspectos, como defeito genético ou infecções, por exemplo. A relação sexual não causa aborto. O órgão genital masculino não tem contato físico com o feto e por isso não o prejudica e o orgasmo não induz o parto, apesar de liberar ocitocina e causar contrações uterinas.

Há alguma recomendação médica contra a relação sexual durante a gravidez?

No caso de um sangramento vaginal, uma cérvix frágil, pré-trabalho ou placenta prévia, são contra-indicações para a relação sexual durante a gravidez. Também se a mãe estiver esperando gêmeos, seu médico a aconselhará a evitar relações nos últimos momentos e nos primeiros três meses da gravidez, quando as possibilidades de um trabalho de parto prematuro são maiores.

Como o desejo sexual da mulher pode ser prejudicado pela gravidez?

Uma diminuição do desejo sexual no início da gravidez pode realmente. A mudança de hormônios, o aumento do peso e uma menor disposição geral podem mudar o ritmo das relações. Esta falta de interesse pode ainda ser causada pela exaustão e náusea, sintomas muito comuns no 1º trimestre. Depois desse período, o aumento da circulação sanguínea nos seios e nos órgãos sexuais pode reascender e mesmo aumentar o desejo sexual. Quando a mulher entrar no último trimestre, sentirá seu desejo sexual diminuir novamente. Além de um grande abdômen, que fisicamente já faz mudar uma relação sexual, cansaço e dores nas costas farão diminuir muito a vontade de fazer sexo.

Quanto tempo após o nascimento do bebê, o casal poderá recomeçar a ter relações sexuais?

Varia de acordo com as circunstâncias. Em geral as relações são retomadas após a 3ª semana pós-parto. Se a mulher estiver bem e sem fatores de complicações. Em caso de duvidas, procurar um médico.

Emoções da Grávida – Humor

Emoções da Grávida
Emoções da Grávida

Tão inevitável quanto a barriga de uma grávida crescer é o humor mudar. E muito. E em poucos minutos. E quase sem razão nenhuma. O fato é comprovado por todas as gestantes. Sem exagero.

Diante da pergunta “Seu humor muda muito durante a gravidez?”, as respostas são: “Estou com os nervos à flor da pele”, “Acho que enlouqueci”, “Todo mundo me evita, tal o meu mau humor”. Ninguém enlouquece por estar grávida. Mas que os sentimentos mudam a cada minuto – da euforia à depressão, da alegria à tristeza profunda -, isso é bem verdade. Parte dessa montanha-russa de emoções tem uma explicação científica – hormonal, para ser mais exata.

E a saída para enfrentar os nove meses de cara alegre é simples: manter o bom humor.

Pode não ser fácil, mas, acredite, é possível. Está certo que a sensação que as grávidas têm é de que os sentimentos estão enlouquecidos, de que as emoções estão fora do lugar. Ansiedade e medo vêm de uma vez só e o furacão desgovernado atinge os mais próximos – leia-se “maridos”. A atriz Daniela Braga, 25 anos e grávida de nove meses, que aparece nas fotos desta reportagem, acha que simplesmente mudou de personalidade. “Minhas atitudes de grávida são chocantes. Primeiro, eu que sempre fui liberal, passei a me sentir abandonada quando meu marido sai com os amigos. Se minha mãe não me liga todos os dias, acho que não me ama mais. Mas o pior são as experiências nas feiras de artesanato, que eu adoro. Simplesmente quero bater em qualquer um que me toque. E é impossível não encostar nas pessoas numa feira. Da última vez que fui, saí correndo”, conta.

O que diz a ciência

Os hormônios são substâncias produzidas por glândulas espalhadas pelo corpo, como a hipófise, a tireóide, os testículos e o ovário. Lançados na corrente sanguínea, eles regulam o bom funcionamento do organismo. Todo mês, um pouco antes da menstruação, o ovário produz os hormônios progesterona e estrogênio, responsáveis pela preparação do corpo para a gravidez. O processo pára com a eliminação do óvulo não fecundado, mas mesmo assim as mulheres sentem seus efeitos na fatídica TPM, a tensão pré-menstrual. Quando ocorre a fecundação do óvulo, ele próprio se encarrega de produzir novo tipo de hormônio, o gonadotrofina coriônica ou HCG, justamente o que acusa o resultado positivo nos exames de gravidez. Lançado na corrente sanguínea, o HCG “avisa” que existe um bebê em formação e que, por isso, precisa de uma produção maior de progesterona e estrogênio.

Esses hormônios passam a ser produzidos pela placenta em escalas “industriais” e são indispensáveis para que ocorra uma gestação. “O progesterona atua deixando o metabolismo mais lento, de maneira que a mulher não queira sair correndo. É um mecanismo de proteção da gravidez”, explica Hans Halbe, obstetra do Hospital das Clínicas, em São Paulo. “O problema é que a progesterona e o estrogênio têm um efeito depressivo sobre o humor e deixam a mulher mais sonolenta, cansada, desanimada.” Os grandes níveis de HCG são responsáveis por fazer algumas mulheres vomitarem, o que não deixa ninguém feliz. Sua presença também tem a tendência de deixar a mulher enjoada com cheiros, comidas e até pessoas que antes gostava – mas isso só acontece se houver alguma repulsa anterior, ainda que inconsciente.

Montanha-russa

“Não é só a presença dos hormônios depressores que levam a mulher a ficar desconfortável. O maior problema é o aumento das substâncias. Os hormônios vivem em equilíbrio constante. Se um aumenta ou diminui, interfere na produção dos outros. O organismo é obrigado a se ajustar e reconhece toda essa adaptação como uma verdadeira crise. Pior do que o aumento são as oscilações”, observa o obstetra Abner Lobão Neto, coordenador do serviço de pré-natal personalizado da Universidade Federal de São Paulo. A gestação começa com a entrada em cena do HCG em níveis que crescem e caem rapidamente durante o primeiro trimestre.

Quando não está grávida, a mulher chega a ter no máximo 40 miligramas de progesterona circulando pelo corpo durante 24 horas. Durante a gestação, essa quantidade cresce 15 vezes, ficando entre 250 e 600 miligramas, conforme o desenvolvimento do bebê. O estrogênio, apesar de não atuar diretamente no humor, também atrapalha, porque passa do normal 0.6 miligrama para até 20 miligramas por dia, em mulheres grávidas. O nível sempre está aumentando durante a gravidez, uma montanha-russa sem fim para o humor. E dá-lhe choros em comerciais com crianças e cachorros, em trailer de filme, em cima de álbuns de fotos. Gisiane Cristina Curvelo, 23 anos, estudante, lembra dando risadas do estado depressivo que ficou quando esperava a filha, hoje com 6 meses. “Um dia, por estar muito desligada, deixei queimar a comida do almoço. Chorei a tarde toda sentada na cozinha”, conta.

São os hormônios!

A progesterona é responsável por preparar a cavidade uterina, deixando o endométrio mais espesso, pronto para receber, fixar e ajudar a desenvolver o óvulo fecundado. Ele mantém o local assim até o fim da gravidez e também tem o papel importante de manter a musculatura uterina relaxada durante os nove meses, inibindo contrações antes da hora. Além disso, combinado com outras substâncias, a progesterona ajuda no crescimento das mamas da mãe e no desenvolvimento dos órgãos sexuais do futuro bebê. O estrogênio ajuda a reorganizar o metabolismo da mulher, que agora, além de manter o corpo funcionando, também tem de dar conta do desenvolvimento de um novo ser.

O HCG tem uma função importantíssima: evitar que o organismo da mulher reconheça o feto como um corpo estranho, rejeitando-o e causando um aborto.

Com o HCG, cada órgão sabe o que fazer enquanto o bebê se desenvolve.

Outros vilões

A partir da segunda metade da gestação, entram em cena modificações físicas que também não deixam a vida mais divertida – não, os hormônios não são os únicos malfeitores da história. Os pés, por exemplo, incham, obrigando a grávida a refazer seu sapateiro com pares um ou dois números maiores. E aquela camisa que ela adora, nem forçando os botões cabe mais. O cansaço agora vem da barriga, que fica realmente enorme e impede movimentos simples. A coluna, que passava despercebida, pode trazer desconfortos. “Além disso, também é preciso levar em conta o contexto de vida da mulher. É seu primeiro filho? A gravidez era desejada mesmo ou, no fundo, a mulher sente que vai atrapalhar a carreira? Quais são suas expectativas com as mudanças físicas do corpo e com sua mudança de papel na sociedade? A ação dos hormônios está misturada a essas questões, que podem aparecer disfarçadas em forma de ansiedade e comportamentos explosivos”, diz o obstetra Lobão Neto.

“Muita gente também aproveita a fase para fazer uma reavaliação da própria vida, o que as deixa naturalmente mais sensíveis”, explica Ana Merzel Kernkraut, psicóloga da Unidade Materno-Infantil do Hospital Albert Einstein. “Existe sempre um misto de querer e não querer, dúvidas sobre a saúde do bebê, que só irão diminuir com o primeiro ultra-som”, alerta. E a grávida também entra em contato com emoções novas, que podem lembrar a infância, a relação com a mãe. Tudo isso pode ter resultados diversos sobre o seu humor. Sem falar na licença cultural de que grávidas podem andar por aí mal-humoradas, sem que ninguém ache isso esquisito.

Tem solução

Há esperança de que os nove meses não sejam um inferno total? Sim, afinal, algumas mulheres, com hormônios e tudo, se sentem poderosas durante a gravidez, ficando mais alegres e ativas.

Apesar da mudança de comportamento, Daniela Braga, a grávida da abertura da matéria não tem dúvida: “Por incrível que pareça, me sinto mais animada para fazer as coisas. Acho que é porque estou feliz em ter um filho. Então, tento valorizar esses sentimentos bons no meu dia-a-dia”, conta.

Manter o astral lá em cima é realmente a melhor – talvez a única – solução. Não só para as próprias grávidas, mas para as pessoas que a cercam. E os maridos precisam mesmo de uma dose extra de paciência. Ter uma visão amadurecida da situação, sem ficar dando importância a detalhes – como uma discussão por causa da cor do berço – conta pontos para manter a harmonia da relação.

Um marido bem-humorado pode ajudar a mulher a encontrar o equilíbrio. A atendente administrativa Ariane de Mattos, 27 anos, grávida de seis meses, conta que a irritação vem de repente. Como não tem ninguém para ajudá-la na arrumação da casa, quando fica até mais tarde no trabalho, chega cansada e desanimada. Da última vez, a bagunça na cozinha era tanta que não tinha condições de fazer comida. Ela estourou. O marido até tentou dizer que podia ajudá-la, mas ela o culpou por tudo e foi para a cama sem comer. “Só na manhã seguinte, quando vi a mesa do café arrumada, é que me dei conta de que, se tivesse aceitado sua ajuda, nada disso teria acontecido. Fui pedir desculpas”, conta. O marido deu a resposta certa: “Não tem problema. Você sabe que por você e, agora, pelo nosso filho, faço qualquer coisa”. Ganhou o dia.

Por que seu humor muda na gravidez:

A presença do HCG no organismo pode fazer a mulher enjoar com cheiros de comidas e até de pessoas que antes gostava
Os vômitos, freqüentes em algumas mulheres, também são causados pelo nível de HCG que cresce e cai rapidamente durante o primeiro trimestre
A coluna é forçada, pois suporta mais peso do que o normal
A barriga aumenta e as roupas preferidas vão ficando cada vez mais difíceis de usar
O nível de progesterona, hormônio depressor mas necessário, passa de 40 para até 600 miligramas por dia
Os hormônios vivem em harmonia. Quando um aumenta, interfere nos outros. Só o estrogênio passa de 0.6 para 40 miligramas por dia na gestação
Os pés incham. A grávida tem de refazer a sapateira com sapatos até dois números maiores

Aspectos Psicológicos da Gravidez, Parto e Puerpério

Emoções da Grávida
Emoções da Grávida

A gestação é um evento complexo, com mudanças em diversas esferas da vida da gestante.

Primeiro Trimestre: Nesta fase, uma das alterações mais comuns é o sentimento de ambivalência, caracterizado pelas preocupações e dúvidas da gestante sobre sua capacidade de exercer a maternidade e ao mesmo tempo, de lidar com as mudanças que ocorrerão em sua rotina. O mesmo acontece para o homem em relação à paternidade. Esse fenômeno é absolutamente natural e caracteriza todos os relacionamentos interpessoais significativos. Também são frequentes as oscilações de humor, geralmente, sem causas aparentes. Além disso, são comuns queixas relacionadas à hipersonia e à hiperatividade, embora em um grupo menor de mulheres.

Segundo Trimestre: O segundo trimestre é considerado o mais estável do ponto de vista emocional. Conhece-se o sexo, escolhe-se o nome, sente-se o alívio com os movimentos do bebê, aumenta a curtição do pai e outras pessoas que passam a perceber a presença do bebê de forma mais concreta. É nesta fase que os sentimentos de personificação do feto começam a aparecer, acontecendo até atribuições de certas características pessoais do bebê, pela família.

Terceiro Trimestre: Agora a preocupação maior é com o parto. Trata-se se uma “ansiedade antecipatória” frente ao que poderá acontecer. Aumentam-se as preocupações relacionadas à chegada do bebê e mudanças na rotina familiar. Além disso, estão mais presentes as queixas físicas, aumentando as fontes de estresse.

Em relação às alterações nas diferentes fases da gestação, é importante salientar que em cada trimestre da gestação promove transformações que serão vivenciadas de forma muito peculiar por cada um.

O que inluenciará a forma como cada gestante experimentará a gravidez tem a ver com:

Como o organismo está se comportando em termos de alterações físicas? Os hormônios sexuais exercem efeitos definidos no comportamento, sugerindo que as grandes mudanças nos níveis de estrogênio e progesterona podem inluir enormemente no comportamento da gestante.

Como a história de vida da gestante a ensinou a lidar com “novidades”, como é sua personalidade, como aprendeu a expressar suas emoções; se aprendeu a ser paciente, enfim, que comportamento ela aprendeu durante a vida que poderão ser úteis na gestação?

Como as condições sociais lhe ensinaram a lidar com a gravidez? Se teve um planejamento para ser mãe; como são suas condições financeiras; como é o seu relacionamento com o parceiro; se tem apoio familiar; se é uma criança desejada, o que sua cultura costuma afirmar ser uma boa mãe ou que tipos de exigências ela tem sofrido?

Todos esses fatores, somados, determinarão quais serão o comportamento da gestante, durante a gravidez, parto e puerpério. É comum que a gestante viva situações de tensão, ansiedades, medos e preocupações, durante a gestação, o que em quantidades moderadas são necessárias e naturais. Excessos de preocupações, contudo, devem ser evitados, para preservar a saúde da mulher e desenvolvimento do bebê.

Por isso, é importante que a gestante:

Estabeleça prioridades e divida as responsabilidades no lar e no trabalho

Aprenda a dizer não a novos projetos ou atividades, antes de se sobrecarregar• inclua em sua agenda momentos de lazer, relaxamento, meditação ou quaisquer atividades que lhe proporcionem bem-estar

Pratique atividades físicas sob orientação de seu médico

Desfrute bons momentos com o parceiro e/ou familiares

Valorize cada oportunidade de curtir seu bebê, conversando, contando histórias, cantando, acariciando sua barriga ou até mesmo arrumando o quartinho

Compartilhe seus sentimentos, esteja aberta ao diálogo com seu parceiro, apoiando-se mutuamente. Lembre-se que as mudanças físicas (fadiga, náuseas, seios doloridos) e emocionais (conlitos conjugais, depressão, antecedentes de abortamento espontâneo, medo de prejudicar o bebê) presentes na gestação podem afetar o desejo sexual. Porém, exceto por recomendação médica, as relações sexuais não precisam ser interrompidas. Novas posições, sensações e descobertas podem ser apreciadas, o que requer apenas que o casal esteja atento aos seus sentimentos e procurem orientações em caso de medos ou preocupações

E quando o bebê nascer?

Lembrem-se que a participação do pai é fundamental nesta fase: nos cuidados com o recém-nascido, na amamentação, na divisão de tarefas e no apoio emocional. O bebê, até então idealizado, agora torna-se real e sua chegada desperta muitas ansiedades. Sintomas depressivos nas mamães podem ser comuns. Se ocorrerem em freqüência e intensidade elevadas, é preciso procurar ajuda especializada. Mamães também se lembrem de encorajar a participação dos papais e dar-lhes apoio emocional. No fim, tudo dará certo.

Emoções da Grávida – Período

Emoções da Grávida
Emoções da Grávida

Ao pensarmos em engravidar não imaginamos como é importante escolher o momento certo. E como é bom poder programá-lo… Uma ocasião tão especial requer muitos preparativos. É hora de arrumar nossa casa interna para acolher este ilustre convidado: o bebê!!

Papai e Mamãe bem afinados dão o tom que embala estes 9 meses. É muito importante que ambos queiram, estejam presentes, unidos e preocupados em receber este bebê estando bem enquanto pessoa e casal. A tarefa é ampliar um espaço dentro de si próprio para acolher emocionalmente o bebê e aproveitar a oportunidade de gestar não só o filho, mas também um novo ser dentro de si mesmo. O momento é de grandes reflexões, descobertas e mudanças.

O período gestacional quando desejado é recheado de alegria, mas junto com o crescimento da barriga vem as dúvidas, temores, anseios e fantasias.

A intensidade desta mistura de sentimentos em relação a situação de ter um filho varia não só de pessoa a pessoa, mas também de época ou de momento de vida que atravessamos: pode ser mais sentida na gestação ou depois do nascimento.

Nesta hora vale contar com o apoio dos amigos e familiares. É importante trocar experiências com outras grávidas, cuidar do corpo e da mente. Seu equilíbrio emocional reflete em seu bebê. Converse, desabafe, entre em contato com seus sentimentos. Ande, nade, medite, durma mais… Tenha uma alimentação balanceada, tome florais, faça massagens e continue suas atividades. Procure estar feliz.

Com a “casa interior” em ordem podemos garantir uma gestação mais saudável e um desenvolvimento posterior tanto físico quanto emocional do bebê.

Aspectos Psicológicos da Gestação

Estados emocionais podem dificultar a concepção?

Sim, o equilíbrio hormonal e a regularidade da ovulação são facilmente rompidos em função da ansiedade e de conflitos com relação à maternidade.

Há sempre uma oscilação entre desejar e não desejar um filho?

Sim, isto é absolutamente normal e caracteriza todos os relacionamentos pessoais significativos.

O que a mulher sente ao ser confirmada a gravidez?

Uma mistura de sentimentos: alegria, apreensão, medo e em alguns casos franca rejeição.

A gravidez pode ser uma ameaça ao casamento?

Geralmente ela traz maior integração do casal, mas se a estrutura conjugal for frágil, este fato pode desestabilizar o casal.

O que fazer quando isto ocorre?

O ideal seria aumentar o diálogo com o companheiro procurando fortalecer a união. As vezes se faz necessário consultar um psicólogo abrindo um espaço para expor seus temores, fantasias e preocupações preparando emocionalmente o homem e a mulher para terem este filho.

A grávida em conflito pode apresentar náuseas e vômitos mais constantes?

Sim. Além das mudanças hormonais e metabólicas a ambivalência e a rejeição intensas podem provocar estes sintomas.

Ocorrem oscilações de humor durante a gestação?

Sim, com o aumento da sensibilidade podem ocorrer maior irritação, choro e risos com mais facilidade.

Porque muitas mulheres sentem-se mais seguras com a gravidez?

Em alguns casos a gravidez propicia uma sensação de grande poder e importância, sendo esta capaz de acolher dentro de si a vida sob forma de um novo ser.

Como alterações do corpo influenciam a grávida?

Há diferentes tipos de reação. Algumas mulheres sentem orgulho pelo corpo grávido. Outras vêem as alterações do corpo como deformações, sentindo-se feias.

Como o homem pode estar presente na gravidez de sua companheira?

Compartilhando com ela expectativas e fantasias em relação ao bebê, elaborando dentro de si sua relação com a criança e sua paternidade.

O que ocorre quando o casal percebe os movimentos do bebê?

Em geral a percepção do movimento traz a sensação de alívio e segurança de que tudo está bem. Para o homem, colocar a mão na barriga da mulher e sentir os movimentos faz com que se sinta mais próximo de seu filho.

As mudanças físicas ocorridas durante a gravidez são definitivas?

As várias partes do corpo tem a capacidade de ampliar-se para fazer as adaptações necessárias no decorrer da gravidez e do parto. E tem a mesma capacidade de voltar ao estado anterior a gravidez.

Com a proximidade do parto a ansiedade aumenta?

Sim, ela é especialmente aguda nos dias que antecedem a data prevista e intensificam quando a mesma é ultrapassada.

Como preparar-se adequadamente para o parto?

Com informações, relaxamento, acompanhamento médico e alimentação balanceada. Não esquecendo de conversar muito com seu bebê e procurar sua felicidade.

Ocorrem mudanças após o parto?

Sim. O pós parto é a continuação da situação de transformação, pois ocorrem novas mudanças fisiológicas na mulher.

Qual a palavra chave para o pós parto?

Flexibilidade e adaptação, requisitos necessário à mudança de rotina, de relacionamento familiar, de tarefas e aumento de responsabilidades, aprendizagens e descobertas.

Como iniciar uma relação saudável com o bebê?

Perceber e satisfazer de modo adequado suas necessidades vendo-o como um indivíduo separado. E não ter como expectativa que o mesmo preencha certas deficiências do casal, evite solidão, diminua carência afetiva e etc.

Fonte: www.icb.ufmg.br/www.unimedlondrina.com.br

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