Taturanas

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Taturanas é conhecido por ser um perigoso espécies (por vezes fatais) de lagarta muito comum nas regiões centrais do Brasil.

Estas lagartas são cerca de 4,5 a 5,5 centímetros (cerca de 2 polegadas) de comprimento, com as cores de fundo que variam de verde ao marrom.

O CICLO BIOLÓGICO DAS TATURANAS

Todos os lepidópteros têm o mesmo tipo de desenvolvimento, variando apenas os períodos conforme a espécie.

Devido à sua importância, usaremos como exemplo a já citada Lonomia obliqua. Esta taturana, mais conhecida no Sul do Brasil pelos nomes de Ruga, Oruga, ou Lagarta-taturana, inicia seu ciclo biológico através do acasalamento dos ADULTOS (mariposas macho e fêmea). Estes adultos vivem em média 15 dias e não se alimentam, pois seu aparelho bucal é atrofiado. Após a cópula, fazem as posturas (aglomerado de OVOS) nas folhas e galhos de árvores frutíferas comestíveis, como abacateiro, ameixeira, pessegueiro, comuns em pomares, ou mesmo em árvores nativas dentro das matas. Após 25 dias em média, as LARVAS eclodem dos ovos, passando a se alimentar das folhas da planta hospedeira durante a noite. Neste período larval de aproximadamente dois meses, as taturanas trocam de pele (ecdise) várias vezes, aumentando de tamanho, podendo atingir 8 cm de comprimento. Vivem em grupos (gregarismo) podendo ser vistas “‘repousando” nos troncos das árvores durante o dia.

Após a última ecdise, elas se transformam em PUPAS, alojando-se na base das árvores, sob o húmus, onde a umidade é alta. Este período dura em média 25 dias sendo uma fase importantíssima no desenvolvimento do lepidóptero devido às mudanças morfógicas e fisiológicas que ocorrem. Após o período pupal, emergem os adultos machos e fêmeas, reiniciando o ciclo biológico.

Taturanas
Ovos e lagartas

O CICLO DA TATURANA

Taturanas
Pupas

ESTRUTURA DAS CERDAS URTICANTES

As taturanas, de forma geral, apresentam uma coloração variada que fascina pela sua beleza, atraindo com muita facilidade principalmente crianças. Ao tocá-las, cerdas contidas no corpo do inseto perfuram a pele humana desencadeando acidentes dermatológicos.

Nas taturanas urticantes, as cerdas são estruturas de ponta aguda e resistente, contendo glândulas produtoras de veneno. Existem diferenças morfológicas que variam conforme a família. Nos Megalopigídios, a base da cerda apresenta uma única glândula inserida no tegumento da lagarta. Quando pressionada por ocasião do contato, a glândula libera o veneno que percorre um canal, sendo injetado na pele humana.

A principal característica dos Megalopigídeos é a presença de longas cerdas, frágeis, sedosas e inofensivas, semelhantes a “pêlos” que camuflam os verdadeiros “espinhos” venenosos.

Nos Saturnídeos, a cerda é constituída por um eixo central com ramificações laterais, com glândulas de veneno no ápice. Estas cerdas, cujo nome científico é Scoli, são facilmente identificáveis devido à semelhança com pequenos “pinheiros” . Geralmente, a gravidade do acidente é diretamente proporcional ao número de cerdas envolvidas.

Taturanas
Cerdas de Megalopigídeo

Taturanas
Cerdas de Saturnídeo

Taturanas
Cerdas de Saturnídeo aumentada 400x

PRINCIPAIS LAGARTAS URTICANTES BRASILEIRAS

Embora algumas espécies de taturanas das famílias Limacodidae e Arctiidae possam causar “queimaduras”, são sem dúvida alguma os representantes dos Megalopigídeos e Saturnídeos os responsáveis pelo maior número de acidentes no Brasil.

Destacam-se entre estes:

Família Megalopygidae

Podalia sp (Taturana-gatinho ou Taturana-cachorinho)
Megalopyge sp.
Megalopyge lanata
Megalopyge albicolis
Podalia sp. M. lanata M. albicolis

Taturanas
Podalia sp.

Taturanas
M. Lanata

Taturanas
M. Albicolis

Família Saturniidae

Lonomia obliqua (Oruga, Ruga ou Lagarta-taturana)
Dirphia sp.
Automeris sp.
Hylesia sp.

GUARDE BEM AS CARACTERÍSTICAS DA LONOMIA OBLIQUA

Colorido geral marrom; cerdas em forma de “pinheirinhos”; manchas brancas em forma de “U” no dorso; hábitos gregários; aproximadamente 7cm de comprimento.

Taturanas
Lonomia obliqua

Taturanas
Lonomias em Bando (Gregarismo)

Taturanas
Lonomias em Bando (Gregarismo)

Taturanas
Dirphia sp.

Taturanas
Automeris sp.

Taturanas
Lepidopiterismo por Hylesia

Taturanas
Larva de Hylesia sp.

Taturanas
Hylesia sp. adulto (macho e fêmea)

Algumas espécies de Hylesia sp. causam acidentes tanto na fase larval como na fase adulta constituindo-se uma exceção. Mariposas fêmeas deste gênero possuem cerdas microscópicas no abdôme que causam dermatite em contato com a pele humana. Este tipo de acidente recebe o nome de Lepidopterismo.

O DOLORIDO ACIDENTE

O maior número de acidentes por lepidópteros é do tipo Erucismo, ou seja, causado pela taturana.

Normalmente ocorrem da seguinte forma: manuseando a vegetação, a pessoa toca a lagarta com as mãos ou a espreme com os dedos. Após a introdução das cerdas, o veneno é injetado. A dor é imediata e violenta com sensação de queimação, podendo irradiar-se para outras partes do corpo. O local fica vermelho e inchado podendo ocorrer ínguas.

Acidentes com lonomias apresentam, além dos sintomas citados, hemorragias em qualquer parte do corpo. São comuns o sangramento pelas gengivas, hematomas e urina escura.

Este último sintoma caracteriza problemas renais.

Hemorragias intracranianas também foram observadas resultando em óbito.

TRATAMENTO

Nos acidentes por taruranas, recomenda-se aplicação de compressa de água fria no local do contato. Caso a dor seja insuportável há necessidade da aplicação de anestésico injetável local. Essa medida deve ser realizada por profissional da área médica.

Havendo sangramento, o acidentado deverá procurar auxílio médico para aplicação de soro específico.

Devido ao grande número de acidentes hemorrágicos a partir de 1989, o Instituto Butantan desenvolveu o Soro Antilonômico que tem a propriedade de reverter o distúrbio causado pela taturana. Atualmente é o único tratamento eficaz . É também de grande importância que a taturana causadora do acidente acompanhe o acidentado, para uma identificação correta.

COMO COLETAR

As taturanas são insetos lentos e mansos. Não “pulam” e não “voam”. Geralmente estão aderidas às folhas, galhos ou troncos das árvores, ocasião em que são “tocadas” pelas pessoas. Para coletá-las basta fazer uso de pinças, gravetos ou objetos semelhantes. Podem ser levemente pinçadas e colocadas em frascos variados de boca larga ou “empurradas” para dentro de uma caixa através de leves toques, forçando-as a entrarem no recipiente. Caixas de sapato são excelentes para a coleta.

EVITANDO O ACIDENTE

É Importante ressaltar que a prevenção ainda é o melhor remédio contra acidentes com animais peçonhentos. Com taturanas não é diferente. Ao trabalhar na lavoura, colher frutos no pomar ou em qualquer atividade em ambiente silvestre, observe bem os troncos, folhas, flores, gravetos antes de manuseá-los. Sempre use luvas!

NA NATUREZA NÃO EXISTEM VILÕES

Apesar das taturanas causarem acidentes e algumas prejuízos, como pragas às lavouras, elas são importantes dentro do equilíbrio da natureza. Sabe-se, atualmente, que o surgimento de lonomias em abundância deveu-se ao desequilíbrio ambiental provocados por desmatamentos, queimadas, extermínio de predadores por aplicação de agrotóxicos e por proliferação de loteamentos em áreas preservadas. Ao encontrar taturanas, não mate-as. Colete-as e procure um profissional para a identificação correta e encaminhamento ao órgão competente. Desta forma, você estará colaborando com a ciência e preservando a natureza.

Taturana – Lagarta

Taturanas
Taturana

Taturana ou tatarana (do tupi Semelhante ao fogo) é o estado larvar (lagarta) das Mariposas (Brasil) ou traças (Europa) do gênero Lonomia e outras.

Estas lagartas têm pilosidades e são potencialmente perigosas.

Há algumas espécies com venenos poderosos, como a Lonomia obliqua, denominadas “taturanas assassinas”, que podem provocar hemorragia, insuficiência renal e até levar à morte. Nos Estados do sul do Brasil chegaram a ocorrer mais de mil casos de acidentes com lagartas do gênero Lonomia, vários destes resultando em morte.

Pesquisas da ESALQ indicam que a proliferação destas deve-se ao fato de vários predadores naturais (contra os quais, curiosamente, os pêlos não são defesa) terem desaparecido com a devastação do ambiente natural.

Desta forma, as taturanas, que antes alimentavam-se das folhas da aroeira e do cedro, passaram a alimentar-se das folhas de árvores dos pomares, diminuindo assim a distância do habitat humano e aumentando a incidência de acidentes.

Taturanas
Taturana na Figueira

As queimaduras provocadas por taturanas fazem-se acompanhar de dor intensa, que se irradia pelo corpo e leva com freqüência ao intumescimento de gânglios.

A dor costuma ceder em pouco tempo, embora possa prolongar-se por até mais de 24 horas e associar-se a sintomas generalizados de intoxicação, como febre, náusea e eliminação de sangue na urina.

O nome taturana, com as variantes tataurana e tatarana, aplica-se no Brasil a diversas lagartas de mariposas, também chamadas bichos-cabeludos e lagartas-de-fogo, que têm o corpo revestido de finíssimos pêlos urticantes. Esses pêlos ou cerdas, ligados na base a células glandulares que elaboram substâncias tóxicas, dispõem de pontas muito agudas pelas quais, mal são tocados, inoculam bruscamente seu veneno no homem. As queimaduras ou irritações mais leves resumem-se a uma vermelhidão no local da pele atingido. As mais graves chegam a ocasionar formação de bolhas. Pessoas com tendências alérgicas são as mais predispostas à complicação dos efeitos.

O veneno da espécie Lonomia obliqua, conhecida vulgarmente como “lagarta assassina” e encontrada no Rio Grande do Sul, tem potência comparável ao de uma jararaca. Seu efeito anticoagulante provoca hemorragias e insuficiência renal que podem causar a morte da pessoa intoxicada.

Taturana – Lonomia obliqua

Taturanas
Taturana

Características

As lagartas taturanas (tata = fogo; rana = semelhante) são também conhecidas por lagartas urticantes e lagartas de fogo.

Pertencem à Ordem Lepidoptera, grupo que abrange as mariposas e borboletas.

Têm grande importância médica, pois, o contato das cerdas (pêlos) de algumas espécies com a pele humana pode causar lesões graves.

Estas cerdas possuem glândulas na base ou no ápice, que produzem toxinas que causam as irritações.Possuem cerdas endurecidas sobre o corpo que lembram pinheirinhos de natal.

As lagartas no último estágio de desenvolvimento são grandes (6 a 7 cm de comprimento).

A coloração normalmente é esverdeada com manchas brancas ou amarronzadas. A pupa é marrom escura e ocorre entre folhas secas ou no solo.

São muito perigosas , pois tocando em suas cerdas, você pode sentir queimação, hemorragias e outros sintomas que podem levar até à morte.

O menor contato com os espinhos da lagarta pode provocar irritação, ardência, queimação, inchação, avermelhamento, febre, mal-estar, vômitos. Quando há hemorragia, os sintomas podem aparecer em algumas horas ou em até 3 dias e incluem manchas escuras, sangramentos pela gengiva, nariz, intestinos, na urina e até nas feridas cicatrizadas. Sem assistência médica, a vítima pode até morrer.

Mariposas e pulpas não causam problema ao homem. M ede de 5 a 7 cm, tem cor marrom-claro-esverdeado e o dorso é percorrido por faixas longitudinais de cor lagartamariposa castanha-escura com manchas Amarelo-ocreadas.

O adulto possui aparelho bucal sugador. As mariposas são grandes e apresentam dimorfismo sexual. Os machos têm cerca de 6 cm de envergadura e coloração amarelo-alaranjada, com riscas pretas transversais nas asas anteriores e posteriores. As fêmeas tendem a ser maiores (8 cm de envergadura ou mais) e coloração pardo-violácea. Quando em repouso, as fêmeas mimetizam folhas secas com muita perfeição. Interessante observar que elas sobem e descem sempre em fila indiana (umas atrás das outras). Este fenômeno é chamado de processionismo (procissão) e se deve à liberação de um feromônio de agregação que é secretados por elas.

Habitat

Matas úmidas de Mata Atlântica e lavouras.

Ocorrência

Passaram a ocorrer nos pomares no início dos anos 90 e embora não representem ameaça do ponto de vista econômico, são extremamente perigosas à saúde do homem. Ocorrem em todo o Brasil, sendo mais comuns na região Sul.

Hábitos

As lagartas são gregárias durante o dia, ocorrendo lado a lado umas das outras, em colônias de 20 a 30 indivíduos, no tronco e ramos grossos de árvores como cedro, abacateiro, bergamoteira, ameixa, araticum, seringueira, pereira, no milharal, etc. Durante a noite se espalham pela planta para se alimentar das folhas, depois descem pelo tronco para repousar. Afora os hospedeiros na mata nativa, as taturanas já foram verificadas em plantas de macieira, pereira, caquizeiro, ameixeira e principalmente pessegueiro. Também podem surgir em plantas de plátano, árvore esta muito utilizada como quebra-vento nos pomares. Tanto é impressionante de ver a maneira como a colônia em repouso consegue se mimetizar com o tronco (normalmente revestido de micro musgos e algas verdes, dado a alta umidade do local) quanto o é, ver a lagarta camuflar-se no chão ao caminhar por entre as folhas caídas.

Chama a atenção a maneira extremamente rápida com que se move quando nestas circunstâncias. Embora elas não caminhem habitualmente no solo, supõe-se que quando ela o faz, seja porque caíram acidentalmente de uma folha ou de um galho, seja porque, caminham no chão quando da época de procura por locais em que irão empupar, tornam-se nestas circunstâncias passíveis de oferecer risco de acidentes, principalmente caso alguém venha à pisá-las descalço.

Alimentação – folhas

Reprodução

Com pouca autonomia de vôo, a fecundação entre o macho e a fêmea ocorre geralmente na mesma árvore-mãe (hospedeira), geralmente em plantas nativas como o tapiá, cedro, aroeira. No Sul do Brasil, em frutíferas comuns como o abacateiro, nespereira e pereira, cujas folhas, nutrem e sustentam o ciclo da sua metamorfose. Após a cópula, os ovos são depositados sobre folhas e galhos. Completada a postura os pais morrem aproximdamente 15 dias depois, pois não se alimentam por terem o aparelho bucal atrofiado. F êmeas adultas geralmente depositam seus ovos, agrupados ou isoladamente, nas folhas da planta hospedeira que servirá de alimento às lagartas. Os ovos têm coloração verde e são levemente ovalados.

As larvas nascem e, após devorarem a casca do próprio ovo, que contém substâncias essenciais ao seu desenvolvimento, passam a alimentar-se da planta hospedeira até atingirem seu tamanho máximo. Atingido seu tamanho máximo, param de se alimentar entrando na fase de pupa (crisálida). A eclosão ocorre em média 25 dias após a postura, e as pequenas lagartas iniciam logo sua faina alimentícia. Começam primeiramente a comer a casca de seus ovos e posteriormente as folhas mais duras e assim o fazem regularmente até se transformem em pupas. Nesta fase de crescimento elas trocam de pele 6 vezes, até que finalmente empupam. Para isso, procuram um local seguro para empupar, no solo, junto à base da árvore hospedeira e sob o húmus em umidade de 80% aproximadamente, trocam de pele e já se transformam em pupas.

A umidade do local é muito importante para que as pupas não se mumifiquem. Permanecerão imóveis neste estado por 20 dias aproximadamente onde após o rompimento das pupas emergirão as mariposas machos e fêmeas, dando início novamente ao ciclo da vida. No final desta fase, o inseto bombeia hemolinfa (sangue dos insetos) para as extremidades do corpo, a fim de expandir-se rompendo a pele da crisálida e, posteriormente, inflar as asas. Depois que a pele da crisálida se rompe, o inseto apresenta as asas amarrotadas e todo o corpo ainda mole.

Predadores naturais

Insetos das ordens Diptera, Hymenoptera e Hemiptera além de Vírus e Nematóide.

Fonte: www.butantan.gov.br/www.biomania.com/www.vivaterra.org.br

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