Homero

Biografia

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Poeta (c. 800 aC-c. 701 aC)

Embora muito pouco se sabe sobre a vida do poeta grego Homero, creditado como sendo o primeiro a escrever as histórias épicas de A Ilíada ea Odisséia, o impacto de seus contos continuam a reverberar através da cultura ocidental.

O poeta grego Homero nasceu em algum momento entre os dias 12 e 8os séculos BC, possivelmente em algum lugar na costa da Ásia Menor.

Ele é famoso por poemas épicos Ilíada ea Odisséia, que tiveram um efeito enorme na cultura ocidental, mas muito pouco se sabe sobre seu suposto autor.

Homero
Homero – Poeta grego

O Mistério de Homero

Homero é um mistério.

O poeta épico grego é creditado os contos épicos duradouras de A Ilíada e A Odisséia que é um enigma, na medida em fatos reais de como vivia sua vida.

Alguns estudiosos acreditam que ele seja um homem; outros pensam que essas histórias emblemáticas foram criados por um grupo. Uma variação no grupo idéia decorre do fato de que contar histórias era uma tradição oral e Homero compilou as histórias.

Estilo de Homero, quem quer que fosse, cai mais na categoria de poeta menestrel ou cantor de baladas, ao contrário de um poeta cultivado que é o produto de um momento literário fervoroso, como um Virgil ou um Shakespeare. As histórias têm elementos repetitivos, quase como um coro ou abster-se, o que sugere um elemento musical.

No entanto, as obras de Homero são designados como épica em vez de poesia lírica, que foi originalmente recitado com lira na mão, muito na mesma veia como performances-palavra falada.

Toda esta especulação sobre quem ele estava levou inevitavelmente ao que é conhecido como o homérico ele realmente existiu em tudo se pergunta. Isso é muitas vezes considerado o maior mistério literário.

Homero
Homero: poeta grego, provavelmenta cego, que teria escrito Ilíada e Odisséia,
consideradas duas das maiores obras da Antigüidade

Quando ele nasceu

Muita especulação rodeia quando Homero nasceu, por causa da falta de informação real sobre ele.

Palpites em sua gama data de nascimento de 750 aC todo o caminho de volta a 1200 aC, o último porque a Ilíada abrange a história da Guerra de Tróia, por isso alguns estudiosos ter pensado que se encaixam para colocar o poeta e cronista mais perto da hora do que real evento.

Mas outros acreditam que o estilo poético de seu trabalho indica um período muito mais tarde. Historiador grego Heródoto (c. 484-425 aC), muitas vezes chamado o pai da história, colocou Homero vários séculos antes de si mesmo, em torno de 850 aC.

Parte do problema é que Homero viveu antes um sistema de datação cronológica estava no local. Os Jogos Olímpicos da Grécia clássica marcou uma época, com 776 aC como ponto de partida para se medir a duração de quatro anos para o evento. Em suma, é difícil dar uma data de nascimento de alguém quando ele nasceu antes que houvesse um calendário.

A Ilíada e a Odisséia

Dois poemas épicos de Homero tornaram-se roteiros arquetípicas da mitologia mundo. As histórias fornecem informação importante sobre a sociedade humana, e ilustram, em alguns aspectos, como pouco mudou. Mesmo se a própria Ilíada pareça estranho, a história do cerco de Tróia, o seqüestro Guerra de Tróia de Helena, a mulher mais bonita do mundo, são todos personagens ou cenários familiares. Alguns estudiosos insistem que Homero estava pessoalmente familiarizado com a planície de Tróia devido à precisão geográfica no poema.

A Odisséia é escrita após a queda de Tróia. Além disso controvérsia sobre fontes de autoria de diferentes estilos dos dois poemas narrativos longos, indicando que eles foram feitos um século de distância, enquanto outros historiadores afirmam somente décadas – os estrutura mais formal de A Ilíada é atribuída a um poeta no auge de seus poderes.

Homero – Grécia

A história da Grécia, com sua mitologia e crenças, tem levado a muitas histórias e até mesmo filmes sobre ele.

Mas, certamente, para além das imitações que possam ser, a história é o que tem Homero origunal encarnado na mente de todos.

O gênio grego, com suas duas obras, a Ilíada ea Odisséia, tem uma maneira interessante para contar a história de Ulisses, o grande guerreiro lendário da Guerra de Tróia.

Na verdade, ambos os poemas foram adotadas na antiga Atenas e obras nacionais, e foram recitados na íntegra nos festivais Panathenaic.

No entanto para além do primeiro título foi a Odisséia da obra-prima de Homero.

Ele mostra como os personagens Olímpicos são revelados em uma escala humana, e coloca o leitor no fascinante mundo das antigas culturas do Mediterrâneo.

História

Obras Homéricas

Ilíada e Odisséia, poemas em 24 cantos, são os primeiros grandes textos épicos ocidentais. Servem de modelo para outros poemas épicos posteriores, imortalizando Homero.

No século VI a.C., as obras passaram da forma oral para a escrita. Supõe-se que a Odisséia foi precedida pela Ilíada em 50 anos.Essas obras contêm os mais antigos escritos gregos de que se tem conhecimento.

Enquanto na Ilíada o poeta fala das paixões e dos combates de Tróia, na Odisséia trata das fantásticas passagens de percurso de Ulisses de retorno para casa.

O primeiro registro escrito que temos da Grécia é a Ilíada, daí sua importância cultural e histórica. A Odisséia é muito mais real e próxima do mundo que a Ilíada.

Seu herói é muito mais humano. Mas isso não significa que a ele não se aplique o fantástico.

Homero nas obras

A mitologia grega começa com Homero. Nos poemas, ele tem toda liberdade de interromper a narração e tomar novo rumo.

O autor se mostra presente em suas obras, mas, claramente como um mero narrador. Porém, interrompe a narrativa para intercalar uma observação ou um pedido dos céus.

A distância mantida por Homero em suas obras pode diminuir, porém jamais deixa de existir.

Por escrever sobre um tempo passado, o autor designa para as personagens características que as marcam por toda a vida – epítetos.

Ilíada

É chamada de Bíblia da antiga Grécia. O assunto tratado na obra é a luta entre gregos e troianos – a chamada Guerra de Tróia. Entretanto, a história começa quando já se passaram 9 anos de batalha.

Tal batalha, teve como motivo o rapto, pelos troianos, da esposa de um importante rei grego – Menelau. Páris, raptou a bela Helena e a levou para seu castelo em Tróia. Mas a verdadeira causa do conflito foi a ira de Aquiles, ofendido por Agamenon.

A ira de Aquiles (semideus e herói belicoso) divide-se em dois momentos:

A entrega de Briseida a Agamenon – que o afasta da batalha
A morte do amigo Pátroclo – que o traz de volta à guerra

O final da batalha é a morte do nobre guerreiro troiano Heitor pelas mãos de Aquiles, e a tomada da cidade de Ílion e Helena.

Os deuses na Ilíada são ativos participantes e peças cruciais da obra.

A Ilíada, por retratar uma guerra violenta, tem várias passagens sangrentas, e até dizem que por isso não é uma leitura feminina. Nesta obra, entretanto, a guerra é associada a reflexões sobre a vida do homem em relação com a dos deuses.

Odisséia

Vem de Odysseus – herói grego, rei de Ítaca, que os latinos chamam de Ulixes, donde Ulisses.

Há três divisões na Odisséia (implícitas):

Telemaquia – trata de Telêmaco, filho de Ulisses e Penélope. Abrange os cantos I a IV, onde Ulisses não aparece, são feitas alusões à sua ausência, pois deixara Ítaca para ir à Guerra de Tróia que já acabara há 10 anos. Telêmaco quer ir buscá-lo, mas antes deve lutar contra os pretendentes à mão de sua mãe.
Narrativa na casa de Alcino – compreende os cantos V a XIII. Aqui conhecemos Ulisses e suas aventuras que ele enumera contando que perdeu o rumo quando voltava para casa, ficando a vagar pelo mar. Além disso foi ele retardado por fantásticos acontecimentos.
Vingança de Ulisses – volta o herói, após 20 anos, disfarçado de mendigo e mistura-se ao povo. Aos poucos, deixa-se identificar e extermina os pretendentes de Penélope, reassumindo, então, seu reino.

A segunda parte é a mais importante, pois resume o principal da ação contida na obra.

O herói Ulisses defronta-se com peripécias sobre-humanas e a tudo supera; isso se inscreve na esfera do impossível. Entretanto, os meios que usa são humanos.

Homero – Ilíada e Odisséia

Atribui-se a Homero, o maior poeta da Grécia Antiga, a autoria das obras “Ilíada” e “Odisséia”, que reconstituem, com riqueza de detalhes, a civilização grega.

Estima-se, que Homero tenha vivido entre os séculos 9 e 8 a.C., e o limite estipulado de sua vida vai até 700 a.C. Sua origem também é incerta, mas os estudiosos do poeta consideram provável que ele tenha nascido em Esmirna ou na Ilha de Quios, na Grécia. Devido à insuficiência de provas, alguns chegam a duvidar da existência de Homero. A obra atribuída a ele foi composta e transmitida oralmente.

Existem grandes divergências entre estudiosos literários sobre a obra de Homero. Há suposições de que a “Odisséia”, por exemplo, não tenha sido composta por um único autor, devido a existência de diferenças estilísticas.

A “Ilíada” narra a Guerra de Tróia e é associada a reflexões sobre a vida do homem e sua relação com os deuses. “Odisséia” conta as aventuras do herói Ulisses, em sua volta para a ilha de Ítaca. Ambas as obras foram compostas em hexâmetros.

Conta-se que Homero correu o mundo conhecido em sua época, e que, de volta da Espanha, em Ítaca, contraiu uma doença nos olhos. No percurso de volta, anotou nomes, datas e características físicas, enquanto recebia hospedagem em troca de poesias.

Diz-se ainda que Homero tinha origem plebéia e que pode ter nascido cego, pela origem de seu nome em grego, que significa “aquele que não vê”. Pensa-se também que a sua obra “Odisséia” tenha sido escrita no fim de sua vida.

Além das duas obras, a Antigüidade atribuía a Homero outras obras, como: “Tebaida”, os “Hinos Homéricos”, “Batracomiomaquia”, entre outras.

Homero

Dentre os poetas gregos o mais famoso é Homero que, pelos relatos, era cego e teria vivido em época anterior a VII a.C..

Escreveu os belos poemas de Ilíada e Odisséia.

Em Ilíada Homero criou o personagem de Hefesto, o ferreiro divino. Seguindo os parâmetros da mitologia, Hefesto ao nascer é rejeitado pela mãe Hera por ter uma das pernas atrofiadas. Zeus em sua ira o atira fora do Olimpo. Em Lemnos, na Terra entre os homens, Hefesto compensou sua deficiência física e mostrou suas altas habilidades em metalurgia e artes manuais. Casou-se com Afrodite e Atena.

Pensamentos de Homero

À sua estultícia o homem chama destino.” [Homero] “Um amigo sensato é um bem precioso.” [Homero] “Pois a flecha não fere os covardes.” [Homero] “Apoiada, a coragem nasce até mesmo naqueles que são muito covardes.” [Homero] “Na verdade, poucos filhos são semelhantes ao pai; a maioria é inferior, poucos são melhores que ele.” [Homero] “Inconstante, como aura, é por natureza o pensamento dos jovens.” [Homero] O hóspede deve ser bem tratado se fica, e não deve ser impedido de partir se assim o deseja.” [Homero] “Para mau pagador, más garantias.” [Homero] “Os homens são como as ondas, quando uma geração floresce, a outra declina.” [Homero] “A relação que existe entre os autores medíocres e a crítica medíocre é mais ou menos esta: nenhum se fia do outro.” [Homero] “A religião é a corrente de ouro que sujeita a terra em meio ao eterno.” [Homero] “A fortuna é como um vestido: muito folgado nos engravida, e muito estreito nos oprime.” [Homero] “O gênio se descobre na fortuna adversa; na prosperidade se oculta.” [Homero] “Na juventude e na beleza a sabedoria é escassa.” [Homero]

Homero – Vida

Poeta grego (século IX a.C.?). Um dos maiores escritores da Antiguidade, a quem são atribuídas a Ilíada e a Odisséia, obras-primas da literatura mundial. Sua origem e mesmo sua existência são incertas.

Com base em informações do historiador Heródoto, os estudiosos de Homero situam por volta do século IX a.C. a época de seu nascimento e consideram provável que sua cidade natal seja Esmirna ou a Ilha de Quio, na Grécia. Em 1795, o alemão Friedrich August Wolff afirma, baseado em estudos estilísticos, que a Ilíada e a Odisséia são de poetas diferentes.

Outros historiadores acreditam que elas possam ser obras coletivas, ou ainda que Homero teria compilado poemas populares. As duas obras reconstituem a civilização grega antiga, com riqueza de detalhes.

Na Ilíada, a narrativa da Guerra de Tróia é associada a reflexões sobre a vida do homem e sua relação com os deuses. A Odisséia conta as aventuras do herói Ulisses, em sua volta para a ilha de Ítaca.

Homero – Poeta grego

A Homero se atribuem os dois maiores poemas épicos da Grécia antiga, que tiveram profunda influência sobre a literatura ocidental. Além de símbolo da unidade e do espírito helênico, a Ilíada e a Odisséia são fonte de prazer estético e ensinamento moral.

De acordo com o historiador grego Heródoto, Homero nasceu em torno de 850 a.C. em algum lugar da Jônia, antigo distrito grego da costa ocidental da Anatólia, que hoje constitui a parte asiática da Turquia, mas as cidades de Esmirna e Quio também reivindicavam a honra de terem sido seu berço. Até mesmo as fontes antigas sobre o poeta contêm numerosas contradições, e a única coisa que se sabe com certeza é que os gregos atribuíam a ele a autoria dos dois poemas.

A tradição lhe atribuiu também a coleção dos 34 Hinos homéricos, dos quais procede a imagem lendária de Homero como poeta cego, mas que depois constatou-se serem de fins do século VII a.C. Os maiores especialistas gregos não admitem que tenha sido Homero o autor de obras como o desaparecido poema Margites ou a paródia épica Batracomiomaquia.

As muitas lendas e a escassa confiabilidade dos dados biográficos sobre Homero fizeram com que já no século XVIII muitos questionassem até mesmo a existência do poeta.

As diferenças de tom e estilo entre a Ilíada e a Odisséia levaram alguns críticos a aventar a hipótese de que poderiam ter resultado da recomposição de poemas anteriores, ou de que teriam sido criadas por autores diferentes. Todas essas dúvidas constituem a chamada “questão homérica”, e permanecem abertas à discussão.

Os pontos em que há maior concordância dos estudiosos são: a Ilíada é anterior à Odisséia; quase com certeza os dois poemas foram compostos no século VIII a.C., cerca de três séculos após os fatos narrados; foram originalmente escritos em dialeto jônio, com numerosos elementos eólios – o que confirma a origem jônica de Homero; pertenciam à tradição épica oral, pelo menos no que se refere às técnicas empregadas, já que existem opiniões divergentes quanto ao emprego ou não da escrita pelo autor.

A versão na forma escrita, tal como se conhece hoje, teria sido feita em Atenas durante o século VI a.C., se bem que a divisão de cada poema em 24 cantos corresponderia aos eruditos alexandrinos do Período Helenístico.

No decorrer desse período teriam sido introduzidas várias interpolações. Com base nesses dados, todos mais ou menos hipotéticos, deduziram-se alguns dados básicos sobre Homero e sua obra. Tanto a Ilíada como a Odisséia apresentam diversas inconsistências internas, como alusões a técnicas e equipamentos de combate que existiram em épocas diferentes.

Tais inconsistências, porém, poderiam ser explicadas pelo fato de o poeta, se é que realmente existiu, ter utilizado materiais anteriores e por terem sido provavelmente incorporados alguns outros. Quanto à existência de um autor único para a Ilíada, a mais antiga das duas obras, argumenta-se que embora seja evidente a existência de poemas épicos orais anteriores sobre os mesmos temas, não parece haver existido nenhum de extensão sequer aproximada, nem dotado de tal complexidade estrutural.

Tal constatação indicaria a existência de um criador individual, que deu uma nova estrutura aos temas tradicionais e integrou-os em sua visão pessoal da realidade.

Os que negam a autoria comum de ambas as obras argumentam que a primeira foi composta em tom mais heróico e tradicional e que a segunda tende mais para a ironia e a imaginação. Acrescentam ainda o emprego de um léxico posterior na Odisséia.

Já a tese que defende a autoria única baseia-se na afirmação de Aristóteles, de que a Ilíada seria uma obra da juventude de Homero, enquanto a Odisséia teria sido composta na velhice, quando o poeta decidiu redigir a segunda obra como complemento da primeira e ampliação de sua perspectiva. Ambas as obras têm características comuns absolutamente inovadoras, como a visão antropomórfica dos deuses, a confrontação entre os ideais heróicos e as fraquezas humanas e o desejo de oferecer um reflexo integrador dos ideais e valores da emergente sociedade helênica.

Esses argumentos, somados à mestria técnica evidente nos dois poemas, favorecem a conclusão de que o autor da Ilíada, esse grande poeta jônico a quem os gregos chamavam Homero, foi também o autor, ou principal inspirador da Odisséia.

Ao mesmo tempo em que refletiram luminosamente a antiguidade mais remota da civilização grega, os poemas homéricos projetaram-na adiante com tamanha originalidade e riqueza que ela se faria presente nas mais diversas manifestações da arte, da literatura e da civilização do Ocidente. Inúmeros poetas partiram de sua influência, inúmeros artistas se impregnaram de sua fortuna criativa, seu colorido e suas situações, que se tornaram símbolo e síntese de toda a aventura humana na Terra, a ponto de o nome de um poeta cuja existência mesma não se pode provar passar a confundir-se com a própria poesia.

Quanto à morte de Homero, a versão mais aceita é de que teria ocorrido em uma das ilhas Cíclades.

Fonte: www.biography.com/e-historia.es/www.nomismatike.hpg.ig.com.br

Homero

O Legado de Homero e Hesíodo

É claro que houve, na Grécia, um liame muito forte entre literatura, arte figurativa e religião, mas, ao plasmar o material mitológico, os poetas e artistas gregos não obedeciam tão-somente a critérios religiosos, mas também, e isso é fácil de perceber, a ditames estéticos. Toda Obra de arte como todo gênero artístico e literário possuem exigências intrínsecas. Entre narrar um mito, que é uma práxis sagrada, em determinadas circunstâncias, para determinadas pessoas, e compor uma obra-de-arte, mesmo alicerçada no mito, vai uma distância muito grande. A famosa lei das três unidades (ação, tempo e lugar), embora de formulação tardia, como teoria poética, está presente na tragédia clássica. tal lei não é válida para o mito, que se desloca livremente no tempo e no espaço, multiplicando-se através de um número indefinido de episódios. para reduzir um mitologema a uma obra-de-arte, digamos, a uma tragédia, o poeta terá que fazer alterações, por vezes violentas, a fim de que a ação resulta única, se desenvolva num mesmo lugar e “caiba” num só dia. Não é em vão que, as vezes, a tragédia grega se inicia in medias res. Édipo Rei de Sófocles começa quando termina o mito o flashback fará o milagre de recompor o restante.

Homero | Hesíodo

As alterações sofridas pelos mitos gregos, todavia, não se restringem aos poetas e artistas. Estes, enquanto reduzissem o mito e o recriassem, alterando-o para que o mesmo pudesse atender às novas exigências artísticas, de qualquer forma o mantinham.

Homero

Poeta Grego autor da Ilíada e Odisséia, poemas que trouxeram à idade moderna, não apenas o mito da guerra de tróia, como também o regresso à terra natal de um dos principais heróis dessa fantástica guerra, Ulisses. Foi através desses poemas homéricos que foi possível encontrar as ruínas dessa magnífica cidade pré-helênica, Ilion, ou Tróia.

Durante muito tempo sempre foi contestada a existência dessa cidade e principalmente desse guerra, mas graças a esses poemas, arqueólogos puderam não só comprar a existência da cidade, como também de sua destruição provocada por uma terrível guerra em tempos remotos.

A Odisséia, com os dez anos de peregrinação de Ulisses, em seu regresso ao lar, em Ítaca, após a destruição de Tróia, é bem diferente, do ponto de vista “histórico”, da Ilíada. Opinam alguns estudiosos de Homero, no entanto, que essa diferença, quanto ao fundo histórico de ambos os poemas, não deve ser excessivamente exagerada. A base histórica da Odisséia, seria a busca do estanho. Realmente o ferro era pouco e o estanho absolutamente inexistente na Hélade.

Possuindo o cobre, mas necessitados e desejosos do bronze, os helenos dos “tempos heróicos” organizaram a rota do estanho. é bem verdade que a espada de ferro dos dórios havia triunfado do punhal de bronze dos aqueus, mas, até, pelo menos o século VII a.e.c., o bronze há de ser o material nobre da elite da pátria de Homero. assim se poderia defender que a temática do périplo fantástico de Ulisses teria sido o mascaramento da busca do estanho ao norte da Atrúria, com o descobrimento das rotas marítimas do Ocidente.

A Ilíada, ao revés, descreve um fato histórico, se bem que resistido de um engalanado maravilhoso poético. Na expressão, talvez um pouco “realista” de Page, o que o poema focaliza “são os próprios episódios do cerco de Ílion e ninguém pode lê-lo sem sentir que se trata, fundamentalmente, de um poema histórico. Os pormenores podem ser fictícios, mas a essência e as personagens, ao menos as principais, são reais. Os próprios Gregos tinham isso como certo. Não punham em dúvida que houve uma Guerra de Tróia e existiam, na verdade, pessoas como Príamo e Heitor, Aquiles e Ájax, que se um modo ou de outro, fizeram o que Homero lhe atribui.

Consoante Homero, o que parece autêntico, o mundo micênico era um entrelaçamento de reinos pequenos e grandes, mais ou menos independentes, centralizados em grandes palácios, como Esparta, Atenas, Pilos, Micenas, Tebas…, mas devendo fidelidade ou talvez vassalagem, não se sabe bem por que, ao reino de Agamêmnon, com sede em Micenas.

A arte épica deve ter tido considerável influência sobre a primeira elaboração do politeísmo e sobre o destino posterior da religião grega. é claro que o politeísmo á existia, mas embrionariamente, no nome de deuses ou nas formas míticas elementares vinculadas aos nomes divinos. O politeísmo é uma forma religiosa estreitamente ligada ao mito.

Hesíodo

É um poeta dos fins do século VIII a.e.c. Em seu poema Trabalhos e Dias lê-se que seu pai, originário de Cime, na Eólida, premido pela pobreza, emigrou da Ásia Menor para a Beócia. Aí teria nascido Hesíodo, na povoação de Ascra, junto ao monte Hélicon, consagrado a Apolo e às musas. Aí viveu a vida árdua e difícil de um camponês pobre em país pobre. Na divisão da herança paterna, entrou em litígio com o irmão Perses, que subornou os juízes “os reis comedores de presentes”, e obteve a maior parte. Caído na miséria por causa da preguiça e inércia, teria recorrido a Hesíodo que, ameaçado pelo irmão de novo processo, o teria ajudado, oferecendo-lhe ainda com auxílio maior sua segunda obra, o poema, Trabalhos e Dias, em que conjuga-se o trabalho com a justiça. Cronologicamente, a primeira produção do poeta-camponês denomina-se Teogonia.

Teogonia, de theós, deus, e gignesthai, nascer, significa nascimento ou origem dos deuses. Tratava-se portanto, de um poema de cunho didático, em que procura estabelecer a genealogia dos imortais. Hesíodo, todavia, vai além e, antes da teogonia, coloca os fundamentos da cosmogonia, quer dizer, as origens do mundo.

O Segundo Poema de Hesíodo denomina-se Trabalhos e Dias. Nesta obra, como já se assinalou, o poeta tenta reconduzir ao bom caminho, com conselhos salutares sobre o trabalho e a justiça, a seu irmão Perses. Este, na divisão da herança paterna, subornou os “reis”, os juízes, e, ao que parece, obteve maior parte da mesma. Caído porém, na miséria, devido à sua desídia, recorreu ao irmão, que, vendo-se coagido e ameaçado, procurou orientá-lo através dos ensinamentos ministrados no poema.

Odsson Ferreira

Referências Bibliográficas

BONNARD, André. Civilization Grecque. Lausanne, Edit. Clairefontaine, s/d 3 vols;
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Greva Vol I. Petrópolis, Vozes, 2004;
LESKY, ALBIN. Geschichte der Griechischen Literatur. Bern, Francke Veriag. 1963.

Fonte: www.mitologiagrega.templodeapolo.net

Homero

Poeta grego – Cerca do sec. VII a.C

Homero
Homero – Poeta Grego

Já os antigos sabem pouco ou nada sobre a vida de Homero, e menos ainda sobre a sua datação. Quanto à sua pátria, são um tópico da erudição clássica as discussões sem solução sobre este ponto. Mais que de Homero, em relação com as obras a ele atribuídas há que falar da lenda da Guerra de Tróia.

Ao redor do século viii a. C. aparecem as epopeias inspiradas na lenda da Guerra de Tróia: a Ilíada e a Odisseia. Segunda o tradição, o seu autor é Homero, rapsodo cego e nómada cuja atividade literária se baseia nas tradições orais, transmitidas de geração em geração, sobre as expedições gregas a Tróia (no Noroeste da Ásia Menor).

A lenda troiana narra o seguinte: Paris, filho de Príamo, rei de Tróia, rapta a bela Helena, esposa de Menelau. Forma-se então, para vingar a afronta, uma confederação grega sob as ordens de Agamémnon, irmão de Menelau. Os chefes gregos (Agamémnon, Menelau, Aquiles, Ajax, Ulisses, Heitor, Eneias e outros) assedeiam Tróia durante dez anos e, após múltiplos episódios heróicos, conquistam-na e incendeiam-na. Ulisses (ou Odisseus) demora dez anos a regressar a sua casa, correndo pelo caminho uma infinidade de aventuras.

Estas duas obras caracterizam-se pela sua universalidade, pois superam as barreiras do tempo (há mais de vinte e cinco séculos que são lidas com interesse) e do espaço (todos os povos do Ocidente as conhecem e admiram).

Homero é, cronologicamente, o primeiro poeta europeu e um dos mais importantes.

A linguagem da Ilíada e da Odisseia, de incomparável beleza, além de estar na base da unidade idiomática grega, expressa as virtudes e os desejos mais nobres: a honra, o patriotismo, o heroísmo, o amor, a amizade, a fidelidade, a hospitalidade, etc.

A Ilíada relata o assédio de Tróia pelos Gregos até à queda da cidade e desenrola-se no acampamento grego. O seu argumento é baseado na cólera de Aquiles, herói heleno que, num dado momento, reúne com a chefe Agamémnon e se recusa a continuar a lutar. Ao morrer em combate o seu amigo Pátroclo, Aquiles, afetado pela ira e desejoso de vingança, regressa ao campo de batalha. Luta com Heitor, que mata Pátroclo, e mata-o. O rei Príamo, pai de Heitor, pede clemência para os restos do seu filho. Aquiles cede e os Troianos celebram as honras fúnebres do príncipe troiano.

A Ilíada é um relato épico cheio de grandeza e de heroísmo e de argumento relativamente simples.

Na Odisseia o argumento é centrado em Ulisses e seus companheiros, no seu filho (Telémaco) e na sua mulher (Penélope). Ulisses, rei de Ítaca, é esperado durante anos, após a guerra de Tróia, pela mulher e pelo filho. Penélope, assediada por vários pretendentes, promete-lhes escolher marido quando acabar de tecer um tapete, que tece durante o dia e desfaz de noite. Telémaco corre diversas aventuras à procura do pai.

Ulisses vê dificultado o seu regresso a Ítaca por diversos obstáculos: tempestades, magos, sereias, etc. Entre os perigos que passam Ulisses e os seus companheiros conta-se a luta com Polifemo, gigante com um só olho na fronte e devorador de homens. Ulisses chega por fim a Ítaca incógnito, mata os pretendentes e, finalmente, é reconhecido pela mulher e pelo filho.

A Odisseia é um conjunto de aventuras mais complexo que a Ilíada. As astúcias de Ulisses, as aventuras do seu corajoso filho Telémaco, a fidelidade de Penélope e outros aspectos desta epopeia fazem que seja mais humana, perante o aspecto predominantemente heróico da Ilíada.

Fonte: www.vidaslusofonas.pt

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