Telenovelas

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Telenovelas Brasileiras

Rede Tupi

Inaugurada em 1950, foi o primeiro canal de televisão da América Latina. Ao lançar no início da década de 50 a novela Sua Vida me Pertence, a Tupi torna-se a primeira emissora brasileira ao transmitir um beijo na boca, entre os artistas Vida Alves e Walter Forster. Em 1968, a novela Beto Rockfeller, de Bráulio Pedroso, revoluciona a linguagem da televisão.

Em 1980, devido a problemas financeiros, a concessão da Tupi é cassada pelo governo.

Novelas das 20h

Como Salvar Meu Casamento, de Edy Lima, Carlos Lombardi e Ney Marcondes (1979-1980)
O Espantalho, de Ivani Ribeiro (1979)*** (reapresentação)
Aritana, de Ivani Ribeiro (1978-1979)
Roda de Fogo, de Sérgio Jockyman (1978)
O Profeta, de Ivani Ribeiro (1977-1978)
Um Sol Maior, de Teixeira Filho (1977)
O Julgamento, de Carlos Queiroz Telles e Renata Pallottini (1976-1977)
Xeque-Mate, de Walter Negrão e Chico de Assis (1976)
A Viagem, de Ivani Ribeiro (1975-1976)
Ovelha Negra, de Walter Negrão e Chico de Assis (1975)
Ídolo de Pano, de Teixeira Filho (1974-1975)
Os Inocentes, de Ivani Ribeiro (1974)
Mulheres de Areia, de Ivani Ribeiro (1973-1974)
A Revolta dos Anjos, de Carmem da Silva (1972-1973)
Bel-Ami, de Ody Fraga e Teixeira Filho (1972)
O Preço de um Homem, de Ody Fraga (1971-1972)
Hospital, de Benjamin Cattan (1971)
A Selvagem, de Geraldo Vietri e Gian Carlo (1971)
Toninho on The Rocks, de Teixeira Filho (1970)
As Bruxas, de Ivani Ribeiro (1970)
Super Plá, de Bráulio Pedroso (1969-1970)
Beto Rockfeller, de Bráulio Pedroso (1968-1969)
Amor Sem Deus, de Alba Garcia (1968)
Estrelas no Chão, de Lauro César Muniz (1967)
Meu Filho, Minha Vida, de Walter George Durst, baseada na obra de Emile de Richebourg (1967)
O Anjo e o Vagabundo, de Benedito Ruy Barbosa (1966-1967)
Somos Todos Irmãos, de Benedito Ruy Barbosa, baseada no romance “A Vingança do Judeu”, de J.W. Rochester (1966)
Calúnia, de Talma de Oliveira, baseada em original de Félix Caignet (1966)
Um Rosto Perdido, de Walter George Durst (1965-1966)
A Outra, de Walter George Durst (1965)
O Cara Suja, de Walter George Durst, baseada em original de Abel Santa Cruz (1965)
Teresa, de Walter George Durst (1965)
O Sorriso de Helena, de Walter George Durst (1964-1965)
Quando o Amor é Mais Forte, de Pola Civelli (1964)
Se o Mar Contasse, de Ivani Ribeiro (1964)
A Gata, de Ivani Ribeiro (1964)
Alma Cigana, de Ivani Ribeiro (1964)

Novelas das 19h

Drácula, Uma História de Amor, de Rubens Ewald Filho (1980)
Dinheiro Vivo, de Mário Prata (1979-1980)
Salário Mínimo, de Chico de Assis (1978-1979)
João Brasileiro, o Bom Baiano, de Geraldo Vietri (1978)
Éramos Seis, de Sílvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, baseada no romance de Maria José Dupret (1977)
Tchan, A Grande Sacada, de Marcos Rey (1976-1977)
Os Apóstolos de Judas, de Geraldo Vietri (1976)
Um Dia, o Amor, de Teixeira Filho (1975-1976)
Meu Rico Português, de Geraldo Vietri (1975)
A Barba Azul, de Ivani Ribeiro (1974-1975)
As Divinas… e Maravilhosas, de Vicente Sesso (1973-1974)
Rosa-dos-Ventos, de Teixeira Filho (1973)
Vitória Bonelli, de Geraldo Vietri (1972-1973)
Na Idade do Lobo, de Sérgio Jockyman (1972)
A Fábrica, de Geraldo Vietri (1971-1972)
Simplesmente Maria, de Benjamin Cattan, baseada em original de Rosamaria Gonzalez (1970-1971)
Nino, o Italianinho, de Geraldo Vietri e Walter Negrão (1969-1970)
Antônio Maria, de Geraldo Vietri e Walter Negrão (1968-1969)
O Décimo Mandamento, de Benedito Ruy Barbosa (1968)
Presídio de Mulheres, de Mário Lago (1967)
Encontro com o Passado, de Ciro Bassini (1967)
A Hora Marcada, de Ciro Bassini (1967)
Éramos Seis, de Pola Civelli, baseada no romance de Maria José Dupret (1967)
A Ponte de Waterloo, de Geraldo Vietri, baseada na obra de Robert Sherwood (1967)
A Intrusa, de Geraldo Vietri, baseada no romance de William Irish (1967)
Os Irmãos Corsos, de Daniel Más (1966-1967)
O Amor Tem Cara de Mulher, de Cassiano Gabus Mendes (1966)
O Pecado de Cada Um, de Wanda Kosmo (1965-1966)
A Cor da Sua Pele, de Walter George Durst (1965)
Olhos que Amei, de Eurico Silva (1965)
O Mestiço, de Cláudio Petraglia (1965)
Gutierritos, o Drama dos Humildes, de Walter George Durst (1964-1965)

Novelas das 21h20

Os Rebeldes, de Geraldo Vietri (1967-1968)
Paixão Proibida, de Janete Clair (1967)
Angústia de Amar, de Dora Cavalcanti (1967)
Ciúme, de Talma de Oliveira (1966)
A Ré Misteriosa, de Geraldo Vietri, baseada na obra de Alexandre Bisson (1966)
A Inimiga, de Geraldo Vietri, baseada em original de Nenê Castellar (1966)
O Preço de Uma Vida, de Talma de Oliveira, baseada em original de Félix Caignet (1965-1966)
O Direito de Nascer, de Talma de Oliveira e Teixeira Filho, baseada em original de Félix Caignet (1964-1965) A trama, que nasceu em 1946, é considerada o marco zero da telenovela como é conhecida hoje em dia, principalmente no Brasil

Novelas das 18h20

Canção para Isabel, de Heloísa Castellar (1976)
Camomila e Bem-Me-Quer, de Ivani Ribeiro (1973)
Signo da Esperança, de Marcos Rey (1972)
Nossa Filha Gabriela, de Ivani Ribeiro (1971-1972)
O Meu Pé de Laranja Lima, de Ivani Ribeiro, baseada no romance de José Mauro de Vasconcelos (1970-1971)
A Gordinha, de Sérgio Jockyman (1970)
Enquanto Houver Estrelas, de Mário Brasini (1969)
Um Gosto Amargo de Festa, de Cláudio Cavalcanti (1969)
O Retrato de Laura, de Ciro Bassini (1969)
Sozinho no Mundo, de Dulce Santucci (1968)
O Pequeno Lord, de Tatiana Belinky, baseada no romance de Frances H. Burnett (1967)
O Jardineiro Espanhol, de Tatiana Belinky, baseada na obra de A.J. Cronin (1967)
Yoshico, um Poema de Amor, de Lúcia Lambertini (1967)
Quem Casa com Maria?, de Lúcia Lambertini (1964)
O Segredo de Laura, de Vida Alves (1964)

Novelas exibidas em outros horários

Gaivotas, de Jorge Andrade (1979)
O Direito de Nascer, de Teixeira Filho e Carmem Lídia, baseada em original de Félix Caignet (1978-1979)
Cinderela 77, de Walter Negrão e Chico de Assis (1977)
Papai Coração, de José Castellar, baseada em original de Abel Santa Cruz (1976-1977)
O Velho, o Menino e o Burro, de Carmem Lídia (1975-1976)
Vila do Arco, de Sérgio Jockyman (1975)
O Sheik de Ipanema, de Sérgio Jockyman (1975)
O Machão, de Sérgio Jockyman, com argumento de Ivani Ribeiro (1974-1975)
O Conde Zebra, de Sérgio Jockyman (1973)
A Volta de Beto Rockfeller, de Bráulio Pedroso (1973)
Jerônimo, o Herói do Sertão, de Moysés Weltman (1972-1973)
E Nós, Aonde Vamos?, de Glória Magadan (1970)
João Juca Jr., de Sylvan Paezzo (1969-1970)
Nenhum Homem É Deus, de Sérgio Jockyman (1969)
O Coração não Envelhece, de Ely Farah (1968)
O Rouxinol da Galiléia, de Júlio Atlas (1968)
O Homem que Sonhava Colorido, de Sylvan Paezzo (1968)
Os Amores de Bob, de Lúcia Lambertini (1968)
Águias de Fogo (1967) – seriado
Ana Maria, Meu Amor, de Alves Teixeira (1965-1966)
Fatalidade, de Oduvaldo Vianna (1965)
Um Beijo nas Sombras, de J. Silvestre (1952)
Sangue na Terra, de Péricles Leal (1952)
Sua Vida Me Pertence, de Walter Forster (1951) – Primeira telenovela da TV brasileira

TV Excelsior

Inaugurada em 1959 e extinta em 1970.

Ela especializa seus profissionais e encara o veículo como indústria, inaugurando a telenovela diária, num tempo em que não se ousava exibir dramas mais do que duas vezes por semana.

Sua estréia foi em julho de 1963, com o drama argentino 2-4599 Ocupado, estrelado por Glória Menezes e Tarcísio Meira.

Novelas das 19h20

Dez Vidas, de Ivani Ribeiro (1969-1970)
Os Estranhos, de Ivani Ribeiro (1969)
A Muralha, de Ivani Ribeiro, baseada no romance de Dinah Silveira de Queiroz (1968-1969)
O Terceiro Pecado (1968) de Ivani Ribeiro, Dir: Wálter Avancini e Carlos Zara
Os Fantoches, de Ivani Ribeiro (1967-1968)
As Minas de Prata, de Ivani Ribeiro, adaptada do romance de José de Alencar (1966-1967)
Anjo Marcado, de Ivani Ribeiro (1966)
Almas de Pedra, de Ivani Ribeiro, baseada no romance “Mulheres de Bronze”, de Xavier de Montepin (1966)
A Grande Viagem, de Ivani Ribeiro (1965-1966)
A Deusa Vencida, de Ivani Ribeiro (1965)
Vidas Cruzadas, de Ivani Ribeiro (1965)
A Indomável, de Ivani Ribeiro, baseada na peça teatral “A Megera Domada”, de William Shakespeare (1965)
Onde Nasce a Ilusão, de Ivani Ribeiro (1965)

Novelas exibidas em outros horários

Mais Forte Que o Ódio, de Marcos Rey (1970)
A Menina do Veleiro Azul, de Ivani Ribeiro, escrita por Ivani Ribeiro e Dárcio Ferreira (1969-1970)
Vidas em Conflito, de Teixeira Filho (1969)
Sangue do Meu Sangue, de Vicente Sesso (1969-1970)
Os Diabólicos, de Teixeira Filho (1968-1969)
A Pequena Orfã, de Teixeira Filho (1968-1969)
Legião dos Esquecidos, de Raimundo Lopes (1968-1969)
Os Tigres, de Marcos Rey (1968)
O Direito dos Filhos, de Teixeira Filho (1968)
Sublime Amor, de Gianfrancesco Guarnieri (1967-1968)
O Tempo e o Vento, de Teixeira Filho, baseada na obra de Érico Veríssimo (1967-1968)
O Grande Segredo, de Marcos Rey (1967)
O Morro dos Ventos Uivantes, de Lauro César Muniz, adaptada do romance de Emily Brönte (1967)
Abnegação, de Dulce Santucci (1966-1967)
Ninguém Crê em Mim, de Lauro César Muniz (1966)
Redenção, de Raimundo Lopes (1966-1968)
A Pequena Karen, de Dulce Santucci (1966)
Em Busca da Felicidade, de Talma de Oliveira, baseada em original de Leandro Blanco (1965-1966)
O Caminho das Estrelas, de Dulce Santucci (1965)
Aquele que Deve Voltar, de Ciro Bassini, baseada em original de Delia Gonzalez Márquez (1965)
Os Quatro Filhos, de J. Silvestre (1965)
Pedra Redonda 39, de Tarcísio Meira (1965)
Ontem, Hoje e Sempre, de Fernando Baiela (1965)
Ainda Resta uma Esperança, de Júlio Atlas (1965)
A Ilha dos Sonhos Perdidos, de autoria desconhecida (1965)
O Céu é de Todos, de Ciro Bassini (1965)
Eu Quero Você, de Vito de Martini (1965)
A Menina das Flores, de autoria desconhecida (1964-1965)
O Pintor e a Florista, de Cláudio Petraglia (1964-1965)
Melodia Fatal, de Nara Navarro (1964)
Ilsa (também conhecida como Um Ano no Pensionato), de Lúcia Lambertini, baseada no romance “A Cabeçuda”, de Von Rhodan (1964)
Uma Sombra em Minha Vida, de Cristina Leblon (1964)
É Proibido Amar, de Ciro Bassini (1964)
Folhas ao Vento, de Ciro Bassini (1964)
A Outra Face de Anita, de Ivani Ribeiro (1964)
Mãe, de Ivani Ribeiro (1964)
A Moça que Veio de Longe, de Ivani Ribeiro, baseada em original de Abel Santa Cruz (1964)
Ambição, de Ivani Ribeiro (1964)
As Solteiras, de Dulce Santucci (1964)
Corações em Conflito, de Ivani Ribeiro (1963-1964)
Aqueles que Dizem Amar-se, de Dulce Santucci (1963)
2-5499 Ocupado, de Dulce Santucci, baseada em original de Alberto Migré (1963) – Primeira novela diária da televisão brasileira

SBT – Sistema Brasileiro de Televisão

Inaugurado em 1981, herdou o espólio da Tupi e, ao introduzir novelas mexicanas, teve boa resposta do público.

Tentou se associar à produção independente mas fracassou.

Em 1990, Walter Avancini montou um núcleo de teledramaturgia, mas o fiasco da novela Brasileiros e Brasileiras, fez com que a emissora abandonasse o projeto, que só foi retomado quatro anos depois.

As novelas, no entanto, não conseguiram tanta audiência, mas o suficiente para o SBT continuar investindo.

Rede Globo

Inaugurada em 1965, a Rede Globo especializou-se em fazer telenovelas, que são vendidas atualmente para mais de trinta países.

Atualmente a emissora está no Guiness Records por ter mais de 260 telenovelas já gravadas e outras quatro ainda em andamento.

A telenovela-série “Malhação” está no ar de segunda a sexta-feira desde 28 de abril de 1995.

Novelas das 20h

Belíssima, de Sílvio de Abreu, Dir: Denise Saraceni (2005/2006)
América, de Glória Perez, Dir: Jayme Monjardim / Marcos Schechtman (2005)
Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva, Dir: Wolf Maya (2004/2005)
Celebridade, de Gilberto Braga (2003/2004)
Mulheres Apaixonadas, de Manoel Carlos, Dir: Ricardo Waddington (2003)
Esperança (ex-“E Paisano”), de Benedito Rui Barbosa/subst. Walcyr Carrasco, Dir: Luiz Fernando Carvalho (2002/2003)
O Clone, de Glória Perez, Dir: Jayme Monjardim (2001/2002)
Porto dos Milagres, de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, Dir: Marcos Paulo (2001)
Laços de Família, de Manoel Carlos, Dir: Ricardo Waddington (2000/2001)
Terra Nostra, de Benedito Rui Barbosa, Dir: Jayme Monjardim (1999/2000)
Suave Veneno, de Aguinaldo Silva, Dir: Ricardo Waddington (1999)
Torre de Babel, de Sílvio de Abreu, Dir: Denise Saraceni (1998/1999)
Por Amor, de Manoel Carlos, Dir: Ricardo Waddington (1998)
A Indomada, de Aguinaldo Silva, Dir: Marcos Paulo (1997/1998)
O Rei do Gado, de Benedito Rui Barbosa, Dir: Luiz Fernando Carvalho (1996/1997)
O Fim do Mundo, de Dias Gomes (1996)
Explode Coração, de Glória Perez, Dir: Dênis Carvalho (1995/96
A Próxima Vítima, de Sílvio de Abreu, Dir: Jorge Fernando (1995)
Pátria Minha, de Gilberto Braga, Dênis Carvalho (1994/95)
Fera Ferida, de Aguinaldo Silva (1993/94)
Renascer, de Benedito Rui Barbosa, Dir: Luiz Fernando Carvalho/Mauro Mendonça Filho (1993)
De Corpo e Alma, de Glória Perez (1992/93)
Pedra Sobre Pedra, de Aguinaldo Silva, Dir: Paulo Ubiratan/Gonzaga Blota (1992)
O Dono do Mundo, de Gilberto Braga, Dir: Dênis Carvalho (1991)
Meu Bem, Meu Mal de Cassiano Gabus Mendes, Dir: Paulo Ubiratan (1990/91)
Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu, Dir: Jorge Fernando (1990)
Tieta, de Aguinaldo Silva (1989/90)
O Salvador da Pátria, de Lauro César Muniz (1989)
Vale Tudo, de Gilberto Braga, Dir: Dênis Carvalho (1988)
Mandala, de Dias Gomes (1987)
O Outro, de Aguinaldo Silva (1987)
Roda de Fogo, de Lauro César Muniz (1986/87)
Selva de Pedra, de Janete Clair (reescrita por Regina Braga/Eloy Araújo) (1986)
Roque Santeiro, de Dias Gomes (1985)
Corpo-a-Corpo, de Gilberto Braga (1985)
Partido Alto, de Glória Perez (1984)
Champagne, de Cassiano Gabus Mendes (1983/1984)
Louco Amor, de Gilberto Braga (1983)
Sol de Verãode Manoel Carlos, Dir: Roberto Talma (1982/1983)
Sétimo Sentido, de Janete Clair (1982)
Brilhante, de Gilberto Braga (1981/1982)
Baila Comigo, de Manoel Carlos (1981)
Coração Alado, de Janete Clair (1980/1981)
Água-Viva, de Gilberto Braga (1980)
Os Gigantes, de Lauro César Muniz (1979/1980)
Pai Herói, de Janete Clair (1979)
Dancin’ Days, de Gilberto Braga (1978/1979)
O Astro, de Janete Clair (1977/1978)
Espelho Mágico, de Lauro César Muniz (1977)
Duas Vidas, de Janete Clair (1976/1977)
O Casarão, de Lauro César Muniz (1976)
Pecado Capital, de Janete Clair (1975/1976), Dir: Daniel Filho
Escalada, de Lauro César Muniz (1975), Dir: Régis Cardoso
Fogo sobre Terra, de Janete Clair (1974/1975), Dir: Walter Avancini
O Semideus, de Janete Clair (1973/1974), Dir: Daniel Filho
Cavalo de Aço, de Walter Negrão (1973), Dir: Walter Avancini
Selva de Pedra, de Janete Clair (1972/1973),Dir: Daniel Filho
O Homem que Deve Morrer, de Janete Clair (1971/1972), Dir: Daniel Filho
Irmãos Coragem, de Janete Clair (1970/1971), Dir: Daniel Filho
Véu de Noiva, de Janete Clair (1969/1970), Dir: Daniel Filho

Novelas das 19h

Cobras e Lagartos, de João Emanuel Carneiro, dir. Wolf Maya (2006)
Bang Bang, de Mário Prata, Dir:.: José Luiz Villamarim (2005/2006)
A Lua me disse, de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, Dir: Rogério Gomes e Roberto Talma (2005)
Começar de Novo, de Antônio Calmon, Dir: Marcos Paulo (2004/2005)
Da Cor do Pecado, de João Emanuel Carneiro (2004)
Kubanacan, de Carlos Lombardi, Dir: Wolf Maya (2003/2004)
O Beijo do Vampiro, de Antonio Calmon (2002/2003)
Desejos de Mulher, de Euclydes Marinho, Dir. Dênis Carvalho (2002)
As Filhas da Mãe, de Sílvio de Abreu, Dir: Jorge Fernando(2001/2002)
Um Anjo Caiu do Céu, de Antônio Calmon, Dir: Dênis Carvalho(2001)
Uga-Uga, de Carlos Lombardi, Dir: Wolf Maya (2000/2001)
Vila Madalena, de Walter Negrão, Dir: Jorge Fernando (1999/2000)
Andando nas Nuvens, de Euclydes Marinho, Dir. Dênis Carvalho (1999)
Meu Bem Querer, de Ricardo Linhares, Dir: Marcos Paulo (1998/99)
Corpo Dourado, de Antônio Calmon, Dir: Flávio Colatrello Jr. (1998)
Zazá, de Lauro César Muniz, Dir: Jorge Fernando (1997/98)
Salsa e Merengue, de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, Dir: Wolf Maya (1996/1997)
Vira-Lata, de Carlos Lombardi, Dir: Jorge Fernando (1996)
Cara e Coroa, de Antônio Calmon, Dir: Wolf Maya (1995/96)
Quatro por Quatro, de Carlos Lombardi, Dir: Flávio Colatrello Jr. (1994/95)
A Viagem, de Ivani Ribeiro, Dir: Wolf Maya (1994)
Olho no Olho, de Antônio Calmon, Dir: Ricardo Waddington (1993)
O Mapa da Mina, de Cassiano Gabus Mendes (1993)
Deus Nos Acuda, de Sílvio de Abreu (1992/93)
Perigosas Peruas, de Carlos Lombardi (1991/92)
Vamp, de Antônio Calmon, Dir: Jorge Fernando (1991)
Lua Cheia de Amor, de Ana Maria Moretszohn (1990)
Mico Preto, de Euclydes Marinho, Leonor Bassères e Marcílio Moraes (1990)
Top Model, de Walter Negrão e Antônio Calmon (1989/90)
Que Rei Sou Eu?, de Cassiano Gabus Mendes (1989)
Bebê a Bordo, de Carlos Lombardi (1988/1989)
Sassaricando, de Sílvio de Abreu (1987/1988)
Brega & Chique, de Cassiano Gabus Mendes (1987)
Hipertensão, de Ivani Ribeiro (1986/1987)
Cambalacho, de Sílvio de Abreu (1986)
Ti Ti Ti, de Cassiano Gabus Mendes (1985/1986)
Um Sonho A Mais, de Daniel Más e Lauro César Muniz (1985)
Vereda Tropical, de Sílvio de Abreu e Carlos Lombardi (1984/1985)
Transas e Caretas, de Lauro César Muniz (1984)
Guerra dos Sexos, de Sílvio de Abreu (1983/1984)
Final Feliz, de Ivani Ribeiro (1982/1983)
Elas por Elas, de Cassiano Gabus Mendes (1982)
Jogo da Vida, de Sílvio de Abreu (1981/82)
O Amor é Nosso, de Roberto Freire e Wilson Aguiar Filho (1981)
Plumas e Paetês, de Cassiano Gabus Mendes (1980/81)
Chega Mais, de Carlos Eduardo Novaes (1980)
Marron Glacê, de Cassiano Gabus Mendes (1979/80)
Feijão Maravilha, de Bráulio Pedroso (1979)
Pecado Rasgado, de Sílvio de Abreu (1978/79)
Te Contei?, de Cassiano Gabus Mendes (1978)
Sem Lenço, Sem Documento, de Mário Prata (1977/78)
Locomotivas, de Cassiano Gabus Mendes (1977)
Estúpido Cupido, de Mário Prata (1976/77)
Anjo Mau, de Cassiano Gabus Mendes (1976)
Bravo!, de Janete Clair e Gilberto Braga (1975/76)
Cuca Legal, de Marcos Rey (1975)
Corrida do Ouro, de Lauro César Muniz (1974/75)
Super Manoela, de Walter Negrão (1974)
Carinhoso, de Lauro César Muniz (1973/74)
Uma Rosa Com Amor, de Vicente Sesso (1972/73)
O Primeiro Amor, de Walter Negrão (1972)
Minha Doce Namorada, de Vicente Sesso (1971/72)
A Próxima Atração, de Walter Negrão (1970/71)
Pigmalião 70, de Vicente Sesso (1970)

Novelas das 18h

Sinhá Moça, de Benedito Ruy Barbosa, Dir: Rogério Gomes (2006)
Alma Gêmea, de Walcyr Carrasco, Dir: Jorge Fernando (2005/2006)
Como uma Onda, de Walther Negrão (2004/2005)
Cabocla, de Benedito Ruy Barbosa, Dir: Ricardo Waddington (2004)
Chocolate com Pimenta, de Walcyr Carrasco, Dir: Jorge Fernando (2003/2004)
Agora é que são elas, de Ricardo Linhares, Dir: Roberto Talma (2003)
Sabor da Paixão, de Ana Maria Moretzsohn, Dir: Denise Saraceni (2002/2003)
Coração de Estudante, de Emanoel Jacobina, Dir: Rogério Gomes (2002)
A Padroeira, de Walcyr Carrasco, Dir: Walter Avancini (2001/2002)
Estrela-Guia, de Ana Maria Moretzsohn, Dir: Denise Saraceni (2001)
O Cravo e a Rosa, de Walcyr Carrasco, Dir: Walter Avancini (2000/2001)
Esplendor, de Ana Maria Moretszohn, Dir: Wolf Maya (2000)
Força de Um Desejo, de Gilberto Braga, Alcides Nogueira e Sérgio Marques, Dir.: Marcos Paulo e Mauro Mendonça Filho (1999/2000)
Pecado Capital, de Janete Clair (reescrita por Glória Perez), Dir: Wolf Maya (1998/1999)
Era uma vez…, de Walter Negrão, Dir: Jorge Fernando (1998)
Anjo Mau, de Cassiano Gabus Mendes (reescrita por Maria Adelaide Amaral), Dir: Denise Saraceni (1997/1998)
O Amor Está No Ar, de Alcides Nogueira, Dir: Ignácio Coqueiro (1997)
Anjo de Mim, de Walter Negrão (1997)
Quem é você?, de Ivani Ribeiro (escrita por Lauro César Muniz e Solange Castro Neves) (1996/1997)
História de Amor, de Manoel Carlos, Dir: Ricardo Waddington (1995/1996)
Irmãos Coragem, de Janete Clair (reescrita por Dias Gomes), Dir: Ary Coslov, Mário Mendonça Filho, Luiz Fernando Carvalho (1995)
Tropicaliente, de Walter Negrão (1994)
Mulheres de Areia, de Ivani Ribeiro (1993)
Sonho Meu, de Marcílio Moraes, Dir: Reynaldo Boury (1993/1994)
Despedida de Solteiro, de Walter Negrão (1992/93)
Felicidade, de Manoel Carlos (1991/1992)
Salomé, de Sérgio Marques (1991)
Barriga de Aluguel, de Glória Perez (1990/91)
Gente Fina, de José Louzeiro (1990)
O Sexo dos Anjos, de Ivani Ribeiro (1989/90)
Pacto de Sangue, de Sérgio Marques (1989)
Vida Nova, de Benedito Ruy Barbosa, Dir: Luiz Fernando Carvalho (1988/89)
Fera Radical, de Walter Negrão (1988)
Bambolê, de Daniel Más, dir. geral Wolf Maia (1987)
Direito de Amar, de Walter Negrão (1987)
Sinhá Moça, de Benedito Ruy Barbosa (1986)
De Quina Pra Lua, de Alcides Nogueira (1985/86)
A Gata Comeu, de Ivani Ribeiro (1985)
Livre Para Voar, de Walter Negrão (1984/85)
Amor com Amor se Paga, de Ivani Ribeiro (1984)
Voltei Pra Você, de Benedito Ruy Barbosa (1983/84)
Pão Pão, Beijo Beijo, de Walter Negrão (1983)
Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa (1982/83)
O Homem Proibido, de Teixeira Filho, com base no romance de Nelson Rodrigues (1982)
Terras do Sem Fim, de Walter George Durst, com base na obra de Jorge Amado, Dir: Herval Rossano (1981/82)
Ciranda de Pedra, adaptação do romance de Lygia Fagundes Telles por Teixeira Filho (1981)
As Três Marias, Dir: Herval Rossano (1980/81)
Marina, Dir: Herval Rossano (1980)
Olhai os Lírios do Campo, Dir: Herval Rossano (1980)
Cabocla, de Benedito Ruy Barbosa com base no romance de Ribeiro Couto (1979)
Memórias de Amor, adaptação do romance O Ateneu, de Raul Pompéia, por Wilson Aguiar Filho (1979)
A Sucessora, adaptação do romance de Carolina Nabuco por Manoel Carlos (1978/79)
Gina, adaptação do romance de Maria José Dupret por Rubens Ewald Filho (1978)
Maria, Maria, adaptação do romance “Maria Maria”, de Lindolfo Rocha, por Manoel Carlos (1978)
Sinhazinha Flô, de Lafayette Galvão com base nos romances “Sinhazinha Flô”, “O Sertanejo” e “Til”, de José de Alencar, Dir: Herval Rossano (1977/78)
Dona Xepa, de Gilberto Braga com base na peça teatral homônima de Pedro Bloch (1977)
À Sombra dos Laranjais, de Benedito Ruy Barbosa e Sylvan Paezzo com base na peça teatral de Viriato Corrêa, Dir: Herval Rossano (1977)
Escrava Isaura, adaptação do romance de Bernardo Guimarães por Gilberto Braga, Dir: Herval Rossano (1976)
O Feijão e o Sonho, adaptação do romance de Benedito Ruy Barbosa do romance de Orígenes Lessa, Dir: Herval Rossano e Walter Campos (1976)
Vejo a Lua no Céu, adaptação do conto homônimo de Marques Rebelo por Sylvan Paezzo, Dir: Herval Rossano (1976)
A Moreninha, adaptação do romance de Joaquim Manuel de Macedo por Marcos Rey, Dir: Herval Rossano (1975/76)
Senhora, adaptação do romance de José de Alencar por Gilberto Braga, Dir: Herval Rossano (1975)
O Noviço, adaptação da peça teatral de Martins Pena por Mário Lago (1975)
Helena, adaptação do romance de Machado de Assis por Gilberto Braga (1975)
A Patota, de Maria Clara Machado (1972/73)
Bicho do Mato, de Renato Corrêa de Castro e Chico de Assis (1972)
Meu Pedacinho de Chão, de Benedito Ruy Barbosa e Teixeira Filho (1971/72)

Novelas das 22h

Eu Prometo, (1983), de Janete Clair
Sinal de Alerta, (1978/79), de Dias Gomes
O Pulo do Gato, (1978), de Bráulio Pedroso
Nina (1977/78), de Walter George Durst
Saramandaia, (1976), de Dias Gomes
O Grito (1975/76), de Jorge Andrade
Gabriela, (1975), de Walter George Durst, adaptação do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado. Direção: Walter Avancini
O Rebu, (1974/75), de Bráulio Pedroso
O Espigão, (1974), de Dias Gomes
Os Ossos do Barão, (1973/74), de Jorge Andrade
O Bem-Amado, (1973), de Dias Gomes
O Bofe, (1972/73), de Bráulio Pedroso
Bandeira 2, (1971/72), de Dias Gomes
O Cafona, (1971), de Bráulio Pedroso
Assim na Terra Como no Céu, (1970/71), de Dias Gomes
Verão Vermelho, (1970), de Dias Gomes

Novelas exibidas em outros horários

Araponga, de Dias Gomes, Lauro César Muniz e Ferreira Gullar, Dir.: Cecil Thiré (1990/91)
A Cabana do Pai Tomás, de Hedy Maia, Dir.: Walter Campos (1969/70)
A Ponte dos Suspiros, de Dias Gomes, com base na obra de Michel Zevaco (1969)
Rosa Rebelde, de Janete Clair (1969)
A Última Valsa, de Glória Magadan (1969)
A Gata de Vison, de Glória Magadan (1968/69)
Passo dos Ventos, de Janete Clair (1968/69)
A Grande Mentira, de Hedy Maia (1968/69)
O Santo Mestiço, de Glória Magadan (1968)
Sangue e Areia, de Janete Clair (1967/68)
O Homem Proibido (também conhecida como Demian, o Justiceiro), de Glória Magadan (1967/68)
Anastácia, a Mulher Sem Destino, de Emiliano Queiroz e Janete Clair (1967)
A Sombra de Rebeca, de Glória Magadan (1967)
A Rainha Louca, de Glória Magadan (1967)
O Rei dos Ciganos, de Glória Magadan (1966/67)
O Sheik de Agadir, de Glória Magadan (1966/67)
Eu Compro Esta Mulher, de Glória Magadan (1966)
Um Rosto de Mulher (1965/66)
Padre Tião (1965/66)
O Ébrio (1965/66)
A Moreninha, de Graça Mello, baseada no romance de Joaquim Manuel de Macedo (1965)
Paixão de Outono (1965)
Pecado de Mulher (1965)
Marina (1965)
Rosinha do Sobrado (1965)
O Progresso (1965)
Ilusões Perdidas (1965)

Rede Bandeirantes

Inaugurada em 1967, investe em telejonalismo, programas de auditório e passa rapidamente pelas novelas.

Entre os grandes momentos da emissora do Morumbi, está a saga Os Imigrantes, de Benedito Ruy Barbosa.

Floribella (2005) de Cris Morena, Dir.: Elisabetta Zenatti
Meu Pé de Laranja Lima, de Ana Maria Moretzsohn, baseada no romance de José Mauro de Vasconcelos (1998-1999)
Serras Azuis, de Ana Maria Moretzsohn, baseada no romance de Geraldo França de Lima (1998)
Perdidos de Amor, de Ana Maria Moretzsohn (1996-1997)
O Campeão, de Mário Prata e Ricardo Linhares (1996)
A Idade da Loba, de Alcione Araújo (1995-1996)
Maçã do Amor, de Wilson Aguiar Filho (1983)
Braço de Ferro, de Marcos Caruso (1983)
Sabor de Mel, de Jorge Andrade (1983)
Campeão, de Jayme Camargo(1982-1983)
Renúncia, de Geraldo Vietri, baseada no livro de Chico Xavier (1982)
A Filha do Silêncio, de Jayme Camargo (1982-1983)
Os Imigrantes – Terceira Geração, de Wilson Aguiar Filho e Renata Pallottini (1982)
Ninho da Serpente, de Jorge Andrade (1982)
Os Adolescentes, de Ivani Ribeiro e Jorge Andrade (1981-1982)
Os Imigrantes, de Benedito Ruy Barbosa (1981-1982)
Rosa Baiana, de Lauro César Muniz (1981)
Dulcinéa Vai à Guerra, de Sérgio Jockyman (1980-1981)
O Meu Pé de Laranja Lima, de Ivani Ribeiro, baseada no romance de José Mauro de Vasconcelos (1980-1981)
Um Homem Muito Especial, de Rubens Ewald Filho (1980-1981)
Cavalo Amarelo, de Ivani Ribeiro (1980)
A Deusa Vencida, de Ivani Ribeiro (1980)
Pé de Vento, de Benedito Ruy Barbosa (1980)
O Todo-Poderoso, de Clóvis Levy e José Safiotti Filho (1979-1980)
Cara a Cara, de Vicente Sesso (1979)
As Asas São Para Voar, de Péricles Leal (1970)
O Bolha, de Walter George Durst e Sylvan Paezzo (1969)
Era Preciso Voltar, de Sylvan Paezzo (1969)
Ricardinho: Sou Criança, Quero Viver, de Aparecida Menezes (1968)
A Moça do Sobrado Grande, de Semíramis Alves Teixeira (1967)
Os Miseráveis, de Walter Negrão, baseada no romance de Victor Hugo (1967)

Rede Manchete

Inaugurada em 1983, com alto padrão técnico, eliminando os erros mais vulgares com nova tecnologia, mas só consegue incomodar a Globo ao investir em novelas, como Pantanal, fenônemo que fez a emissora de Adolfo Bloch alcançar dois dígitos de audiência.

Em 1999, depois da falência total, é vendida e se transforma na Rede TV.

Brida, de Jayme Camargo, Sônia Mota e Angélica Lopes, baseada no livro de Paulo Coelho (1998)
Mandacaru (1997-1998), de Carlos Alberto Ratton (reexibida pela Bandeirantes em 2006)
Xica da Silva, de Walcyr Carrasco, Dir.: Walter Avancini (1996-1997) (reexibida pelo SBT em 2005)
Tocaia Grande, de Walter George Durst, com base na obra de Jorge Amado (1995-1996)
74.5 – Uma Onda no Ar, de Chico de Assis e Domingos de Oliveira (1994)
Guerra Sem Fim, de José Louzeiro e Alexandre Lydia (1993-1994)
Amazônia, de Jorge Duran e Denise Bandeira (1991-1992)
A História de Ana Raio e Zé Trovão, de Rita Buzzar e Marcos Caruso (1990-1991)
Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa, Dir.: Jayme Monjardim (27/03/1990 a 10/12/1990)
Kananga do Japão, de Wilson Aguiar Filho, Dir.: Tizuka Yamasaki (19/07/1989 a 25/03/1990)
Olho por Olho, de José Louzeiro (22/08/1988 a 06/11/1989)
Carmem, de Glória Perez (05/10/1987 a 14/05/1988)
Helena, de Mário Prata (04/05 a 07/11/1987)
Corpo Santo, de José Louzeiro e Cláudio MacDowell (30/03 a 02/10/1987)
Mania de Querer, de Sylvan Paezzo (22/09/1986 a 28/03/1987)
Tudo ou Nada, de José Antonio de Souza (15/09/1986 a 21/03/1987)
Novo Amor, de Manoel Carlos (14/07 a 20/09/1986)
Dona Beija, de Wilson Aguiar Filho (07/04 a 11/07/1986)
Antônio Maria, de Geraldo Vietri (1º/07 a 23/11/1985)

Rede Record

Inaugurada em 1953, entra em decadência a partir de 1968.

Mesmo numa época ruim, lança excelentes novelas em 1970.

Em 1972, 50% de suas ações são vendidas para Silvio Santos.

Em 1991, a emissora é vendida à Igreja Universal, que passa a investir novamente em novelas. A última produção havia sido O Espantalho, exibida em 1977.

Cidadão Brasileiro, de Lauro César Muniz, Dir.: Flávio Colatrello Jr. (2006)
Prova de amor, de Tiago Santiago, Dir.: Alexandre Avancini (2005-2006)
Essas Mulheres, de Marcílio Moraes e Rosane Lima, baseada na obra de José de Alencar, Dir.: Flávio Colatrello (2005)
A Escrava Isaura, de Tiago Santiago, Dir.: Herval Rossano (2004-2005)
Metamorphoses, de Arlete J. Gaudin, Dir.: Pedro Siaretta (2004)
Acampamento Legal (2001-2002)
Roda da Vida, de Solange Castro Neves , Dir.: Del Rangel (2001)
Vidas Cruzadas, de Marcus Lazarini, Dir.: Atílio Riccó (2000-2001)
Marcas da Paixão, de Solange Castro Neves, Dir.: Atílio Riccó (2000)
Tiro e Queda, Luis Carlos Fusco, Dir.: José Paulo Vallone (1999-2000)
Louca Paixão, de Yves Dumont, Dir.: José Paulo Vallone (1999)
A História de Ester (1998)
Estrela de Fogo, de Yves Dumont, Dir.: José Paulo Vallone (1998-1999)
Do Fundo do Coração (1998)
A Sétima Bala (1997)
Velas de Sangue (1997)
Uma Janela para o Céu (1997)
Canoa do Bagre, de Ronaldo Ciambroni, Dir.: Atílio Riccó (1997-1998)
Direito de Vencer (1997)
O Espantalho, de Ivani Ribeiro (1977)
Meu Adorável Mendigo, de Emanoel Rodrigues (1973-1974)
Vidas Marcadas, de Amaral Gurgel (1973)
Venha Ver o Sol Nascer na Estrada, de Leilah Assumpção (1973)
Vendaval, de Ody Fraga, baseada no romance O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brönte (1973)
O Leopardo, de Ivani Ribeiro (1972)
Quero Viver, de Amaral Gurgel (1972-1973)
Eu e a Moto, de Amaral Gurgel (1972-1973)
Os Fidalgos da Casa Mourisca, de Dulce Santucci, baseada no romance de Júlio Dinis (1972)
O Tempo Não Apaga, de Amaral Gurgel (1972)
O Príncipe e o Mendigo, de Marcos Rey, baseada no romance de Mark Twain (1972)
Quarenta Anos Depois, de Lauro César Muniz (1971-1972)
Sol Amarelo, de Raimundo Lopes (1971-1972)
Pingo de Gente, de Raimundo Lopes (1971)
Editora Mayo, Bom Dia, de Walter Negrão (1971)
Os Deuses Estão Mortos, de Lauro César Muniz (1971)
As Pupilas do Senhor Reitor, de Lauro César Muniz, baseada no romance de Júlio Dinis (1970-1971)
Tilim, de Dulce Santucci (1970)
Algemas de Ouro, de Benedito Ruy Barbosa e Dulce Santucci (1969-1970)
Seu Único Pecado, de Dulce Santucci (1969)
Acorrentados, de Janete Clair (1969)
Ana, de Sylvan Paezzo (1968-1969)
A Última Testemunha, de Benedito Ruy Barbosa (1968-1969)
As Professorinhas, de Lúcia Lambertini (1968)
Somos Todos Irmãos, de Walter Negrão e Roberto Freire (1966)
Ceará Contra 007, de Marcos César (1965)
Comédia Carioca, de Carlos Heitor Cony (1965)
Quatro Homens Juntos, de Marcos César e Péricles Amaral (1965)
Prisioneiro de um Sonho, de Roberto Freire (1964-1965)
Marcados pelo Amor, de Walter Negrão e Roberto Freire (1964-1965)
Banzo, de Walter Negrão e Roberto Freire (1964)
O Desconhecido, de Nelson Rodrigues (1964)
Renúncia, de Walter Negrão e Roberto Freire (1964)
Sonho de Amor, de Nelson Rodrigues (1964)

Fonte: www.memorialdafama.com

Telenovelas

Telenovela Brasileira: História

1º período

Suva vida me pertence Em dezembro de 1951, pouco mais de um ano depois da televisão ser inaugurada no Brasil, a TV Tupi colocou no ar a primeira novela: Sua Vida me Pertence. Como ainda não existia o video-tape, tudo era feito ao vivo. Mas os 15 capítulos da trama só foram exibidos às terças e quintas-feiras. O que se produzia na época eram histórias parceladas em duas ou três apresentações por semana. Descobriu-se então que, para segurar o público, era necessário criar o hábito de mantê-lo diante do aparelho de TV todas as noites, no mesmo horário.

A primeira telenovela diária foi ao ar em 1963: uma produção da TV Excelsior, lançada como uma opção despretenciosa.

Na época não se podia imaginar que também estava sendo lançada a maior produção de arte popular da nossa televisão, além de grande fenômeno de massa, depois do carnaval e do futebol.

A modificação no gênero estava feita e a telenovela consolidou-se de vez ante o telespectador.

O direito de nascer Em 1964 Ivani Ribeiro escreveu dois sucessos: A Moça Que Veio de Longe para a Excelsior, adaptada de um original argentino; e Alma Cigana, para a Tupi, de um original cubano. Estes primeiros títulos eram baseados em dramalhões latinos. O estilo continuou o mesmo das novelas radiofônicas, tão características, e bem aceitas, na América Latina e no Brasil.

O primeiro grande sucesso viria em 1965 pela Tupi: O Direito de Nascer, adaptação de Talma de Oliveira e Teixeira Filho do original cubano de Félix Caignet.

No mesmo ano Ivani Ribeiro escreveu outro sucesso: A Deusa Vencida, para a Excelsior.

2º período

A partir da segunda metade dos anos 60 todas as emissoras passaram a investir decisivamente no gênero: Excelsior, Tupi, Record e Globo. Entretanto a telenovela brasileira, mesmo dominando a programação, não se libertou das origens radiofônicas e do estilo dramalhão herdado dos mexicanos, cubanos e argentinos.

O sheik de Agadir É nesse cenário que ganha força a figura da cubana Glória Magadan, conhecedora dos mistérios que transformavam uma novela em sucesso mas sem comprometimento algum com a realidade brasileira. Suas histórias se passavam na corte francesa, no Marrocos, no Japão, na Espanha, com condes, duques, ciganos, vilões cruéis, mocinhas ingênuas e galãs virtuosos e corajosos.

São exemplos: Eu Compro Esta Mulher, O Sheik de Agadir, A Rainha Louca, O Homem Proibido – todas produzidas pela Globo. Em 1967 a emissora carioca contrata Janete Clair para auxiliar Glória Magadan. Janete escreve naquele ano Anastácia, a Mulher Sem Destino e, em 1968, Sangue e Areia.

Redenção Nessa fase Ivani Ribeiro se destaca com suas novelas produzidas pela Excelsior. Entre outras Almas de Pedra, Anjo Marcado, As Minas de Prata, Os Fantoches.

Destaque também para Redenção escrita por Raimundo Lopes entre 1966 e 1968 – a mais longa novela da teledramaturgia nacional: 596 capítulos de sucesso.

3º período

Antônio Maria No final dos anos 60 o gênero já estava solidamente implantado, graças às inúmeras produções dos últimos cinco anos. Houve então a necessidade de uma mudança no estilo. O essencial era transformar a telenovela numa arte genuinamente brasileira. Foi na Tupi que novas fórmulas em linguagem foram introduzidas.

O primeiro passo foi dado com Antônio Maria, sucesso escrito por Geraldo Vietri entre 1968 e 1969. Mas o rompimento total deu-se em 1969 com Beto Rockfeller, idealizada por Cassiano Gabus Mendes e escrita por Bráulio Pedroso. As fantasias dos dramalhões estavam totalmente substituídas pela realidade, pelo cotidiano.

A novela seguinte também foi um grande êxito: Nino, o Italianinho, de Geraldo Vietri.

Beto Rockfeller Na Excelsior destacam-se três títulos de sucesso escritos entre 1968 e 1970: A Pequena Órfã de Teixeira Filho; A Muralha, adaptação de Ivani Ribeiro do romance de Dinah Silveira de Queiróz; e Sangue do Meu Sangue, de Vicente Sesso.

Na Globo os dramalhões de Glória Magadan estavam com os dias contados. Janete Clair ainda escreveu sob sua supervisão Passo dos Ventos e Rosa Rebelde, entre 1968 e 1969. Mas o rompimento foi total a partir de Véu de Noiva, que estreou no final de 1969, marcando o início do 4º período.

4º período

Véu de noiva A partir de 1970 a telenovela brasileira não era mais a mesma. Já não havia mais espaço para os dramalhões latinos e todas as emissoras aderiram à nacionalização do gênero. A Globo radicalizou ao demitir Glória Magadan e mudar seus títulos em seus três horários de novelas. Às sete horas sai A Cabana do Pai Tomás e entra Pigmalião 70; às oito sai Rosa Rebelde e entra Véu de Noiva; e às dez sai A Ponte dos Suspiros e entra Verão Vermelho. Todas as três, sucessos daquele início dos anos 70.

Esse foi o primeiro passo dado pela Globo para tornar-se líder na teledramaturgia brasileira, criando um padrão próprio, aplaudido aqui e lá fora. Depois da década de 70, as telenovelas mudam com o passar do tempo, mas sem grandes variações de estilo. Pode-se então fazer uma análise nas quatro décadas subseqüentes.

Anos 1970

A Excelsior, que havia sido a líder em produção de telenovelas nos anos 60, fecha suas portas no início dos 70.

A Record nunca conseguiu se equiparar às suas concorrentes no gênero – visto que investia mais em programas musicais -, mas entre 1970 e 1971, Lauro César Muniz escreveu para a emissora dois relevantes sucessos: As Pupilas do Senhor Reitor, adaptação do romance de Júlio Diniz, e Os Deuses Estão Mortos.

Mulheres de areia A Tupi, pioneira na mudança do gênero, torna-se então a principal concorrente para a Globo.

Durante toda a década, vários títulos se tornaram sucessos, mas, mesmo assim, nunca chegaram a abalar a hegemonia da emissora carioca: Mulheres de Areia, Os Inocentes, A Barba Azul, A Viagem, O Profeta, Aritana – todas de Ivani Ribeiro, escritas entre 1973 e 1979; Vitória Bonelli e Meu Rico Português, de Geraldo Vietri; O Machão, de Sérgio Jockyman; Ídolo de Pano, de Teixeira Filho; Éramos Seis, de Silvio de Abreu e Rúbens Ewald Filho; e Gaivotas, de Jorge Andrade.

Irmãos Coragem No final dos anos 70, com a falência da Tupi, a Bandeirantes entra no páreo e lança Cara a Cara, de Vicente Sesso, que reunia astros da Tupi e da Globo.

Mas foi nos estúdios da Globo que, a partir dos anos 70, foram produzidos os maiores êxitos da teledramaturgia nacional. Logo depois de Véu de Noiva, Janete Clair escreve Irmãos Coragem, um grande sucesso.

Seguiram-se títulos marcantes da autora: Selva de Pedra, Pecado Capital, O Astro, Pai Herói.

Pecado capital Dias Gomes, depois de Verão Vermelho, criou um estilo próprio, bem brasileiro, e lançou o realismo fantástico na TV: Assim na Terra como no Céu, Bandeira Dois, O Bem Amado, O Espigão, Saramandaia.

Bráulio Pedroso, que vinha do sucesso de Beto Rockfeller da Tupi, usa de humor para criticar a burguesia no horário das dez em títulos como O Cafona e O Rebú.

O bem amado Cassiano Gabus Mendes estréia como novelista na Globo e, com Anjo Mau e Locomotivas, cria um padrão ideal para as novelas das sete.

A partir de 1975, a Globo reserva o horário das seis para adaptações de obras de nossa literatura e lança requintadas produções de época: Senhora, A Moreninha, Escrava Isaura, Maria Maria, A Sucessora, Cabocla.

Dancin´days Gilberto Braga, depois do sucesso de alguns títulos às seis horas – Escrava Isaura, um sucesso de exportação, e Dona Xepa – estréia no horário nobre em grande estilo, em 1978, com Dancin’ Days, um sucesso arrebatador.

Outros títulos de destaque: Os Ossos do Barão, de Jorge Andrade; Escalada, de Lauro César Muniz; Estúpido Cupido, de Mário Prata; e Gabriela, adaptação de Wálter George Durst do romance de Jorge Amado.

Anos 1980

Os imigrantes Nos anos 80, a Bandeirantes investe em dramaturgia, mas sem grandes resultados. Os maiores destaques são Os Imigrantes, de Benedito Ruy Barbosa, e Ninho da Serpente, de Jorge Andrade.

O SBT importa novelas latinas e chega a produzir alguns títulos, mas todos inferiores em produção e texto.

Com o surgimento da TV Manchete, novas produções aparecem, mas também com pouca repercussão. Os maiores sucessos da emissora na década são Dona Beija e Kananga do Japão, escritas por Wilson Aguiar Filho.

Vale tudo A Globo continua liderando a audiência. Gilberto Braga escreveu alguns sucessos, como Água Viva, mas é com Vale Tudo que o autor escreve sua melhor novela.

Cassiano Gabus Mendes continua obtendo êxito com suas comédias leves e românticas às sete horas: Elas por Elas, Ti Ti Ti, Brega & Chique e Que Rei Sou Eu?.

Que rei sou eu? Silvio de Abreu renova o horário das sete com novelas cheia de humor e pastelão: Guerra dos Sexos, Cambalacho e Sassaricando.

Ivani Ribeiro estréia na Globo em 1982 com Final Feliz – todos os seus demais trabalhos seriam remakes ou baseados em antigos sucessos seus, como A Gata Comeu, que repetiu o êxito da novela original, A Barba Azul, da Tupi.

Guerra dos sexos Em 1986, às seis horas, Benedito Ruy Barbosa adapta com êxito o ramance Sinhá Moça de Maria Dezonne Pacheco Fernandes.

E Wálter Negrão se destaca com dois títulos: Direito de Amar e Fera Radical.

Roque Santeiro Mas é com Roque Santeiro, um dos maiores sucessos da dramaturgia nacional, escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, que os anos 80 tem seu ápice. A novela, que havia sido vetada pela censura do Regime Militar em 1975, retorna em nova produção e cativa todo o país.

Tieta Outros títulos de destaque: Baila Comigo, de Manoel Carlos; Vereda Tropical e Bebê a Bordo, de Carlos Lombardi; Roda de Fogo e O Salvador da Pátria, de Lauro César Muniz; Top Model, de Wálter Negrão e Antônio Calmon; e Tieta, de Aguinaldo Silva adaptada do romance de Jorge Amado.

Anos 1990

A década de 90 foi marcada pela guerra pela audiência. Se o telespectador trocasse de canal por não gostar de uma trama, ajustava-se a obra ao seu gosto. Foi assim com O Dono do Mundo, de Gilberto Braga, em 1991, e Torre de Babel, de Silvio de Abreu, em 1998.

O SBT, apesar de continuar importanto dramalhões latinos, chegou a investir em alguns títulos com requintada produção, como o remake de Éramos Seis, de Silvio de Abreu e Rúbens Ewald Filho, em 1994. Pantanal

Uma novela produzida pela Manchete conseguiu abalar a audiência da Globo: Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa, em 1990. A Globo recusara a sinopse e Benedito apresentou-a então à Manchete. A novela foi um sucesso absoluto. De volta à Globo, Benedito ganhou status e regalias de um autor de horário nobre, e escreveu alguns dos maiores êxitos da década, como Renascer, O Rei do Gado e Terra Nostra.

O rei do gado Aguinaldo Silva firmou-se como autor de sucesso ao escrever tramas regionalistas, como Pedra Sobre Pedra, Fera Ferida, e A Indomada.

Silvio de Abreu foi para o horário nobre e se destacou com Rainha da Sucata e A Próxima Vítima.

Ivani Ribeiro escreveu suas duas melhores novelas na Globo: os remakes de Mulheres de Areia e A Viagem.

Outros títulos de destaque: Barriga de Aluguel, de Glória Perez; Vamp, de Antônio Calmon; Quatro por Quatro, de Carlos Lombardi; Por Amor, de Manoel Carlos; e Xica da Silva, de Walcy Carrasco – esta última produzida pela Manchete.

A próxima vítima Xica da Silva Por amor

Anos 2000

O clone A chegada do novo século mostrou que a telenovela mudou desde o seu surgimento. Mudou na maneira de se fazer, de se produzir. Virou indústria, que forma profissionais e que precisa dar lucro. A guerra da audiência continua, agora mais do que nunca. Mas a telenovela ainda está calcada no melodrama folhetinesco, pois sua estrutura é a mesma das antigas radionovelas. O maior exemplo disso é O Clone, de Glória Perez, um sucesso arrebatador, um “novelão assumido”.

Os mutantes A Record, a partir do relevante sucesso da nova versão de A Escrava Isaura, escrita por Tiago Santiago, investe pesado em teledramaturgia, almejando posições da Globo na supremacia em produções de novelas. Seguem-se alguns êxitos, como a trilogia de Os Mutantes, de Tiago Santiago, Cidadão Brasileiro e Poder Paralelo de Lauro César Muniz e Vidas Opostas de Marcílio Moraes.

Laços de família A Globo segue com alguns sucessos pela década, mas a audiência das novelas (e da televisão em geral) é cada ano mais baixa, reflexo da popularização de mídias que roubam a audiência da TV aberta – como a TV a cabo e a banda larga -, das mudanças de comportamento da população em geral e até de uma certa saturação do gênero.

Outros títulos de destaque: Laços de Família e Mulheres Apaixonadas, de Manoel Carlos; O Cravo e a Rosa, Chocolate com Pimenta, Alma Gêmea e Caras e Bocas, de Walcyr Carrasco; Celebridade, de Gilberto Braga; Da Cor do Pecado, Cobras & Lagartos e A Favorita, de João Emanuel Carneiro; Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva; e Belíssima, de Silvio de Abreu.

Senhora do destino O cravo e a rosa A favorita

Fonte: www.teledramaturgia.com.br

Telenovelas

Telenovela, historia, curiosidades e sua função social

RESUMO

O significativo poder de in fluência que as telenovelas exercem sobre a população tem sido objeto de inúmeras pesquisas e estudo s, tanto no Brasil quanto em vários países do mundo. De forma particular a tele novela brasileira ao longo de sua historia nos mostra como esse gênero apesar de não ter sua origem em terra tupiniquim, se aproprio da mesma dando a ela uma característica própria, um jeitinho bras ileiro. Todavia parece ser consensual a percepção de que a televisão em geral e a telenovela, em part icular, sem abrir mão de sua linguagem sedutora, é um excelente meio para a difusão de conteúdos culturais e sociais junto às populações carentes de alternativas, como é o caso de grande parcela da população brasileira, mas nem sempre essa influencia é bem aproveitada pelas emissoras de TV. Nesse trabalho viajaremos pela histor ia da telenovela, suas influenc ias e resultados sociais.

APRESENTAÇÃO

O significativo poder de influência que as telenovelas exercem sobre a população tem sido objeto de inúmeras pesquisas e estudos, tanto no Brasil quanto em vários países do mundo.

Todavia parece ser consensual a percepção de que a televisão em geral e a telenovela, em particular, sem abrir mão de sua linguagem sedutora, é um excelente meio para a difusão de conteúdos culturais e educativos junto às populações carentes de alternativas, como é o caso de grande parcela da população brasileira.

As telenovelas constituem um gênero televisivo independente, sendo o mais popular e de público mais fiel, entre todos os tipos de programas veiculados na TV brasileira, chegando ao ponto de existirem programas e revistas, cadernos de jornais dedicados em parte ou em seu todo, para tratar exclusivamente sobre o assunto.

Elas lideram a audiência em diferentes regiões, segmentos sociais, sexo e faixas etárias.

Essa influência é tão forte que chega até mesmo nos países onde as novelas são exportadas. Para o homem angolano, Sinhozinho Malta (Roque Santeiro, Globo, 1986), e suas pulseiras causaram tanto frisson que esse acabou sendo o nome escolhido para batizar o maior mercado público de Luanda, capital de Angola.

Antes disso, fizera furor Odorico Paraguaçu com sua linguagem desconcertante, à base de “finalmentes e entretantos”. Em 2000, foi à vez de O Clone contagiar o cotidiano dos angolanos. Mulheres passaram a vestir-se como as protagonistas da novela (CIANCIO, 2008, p.41).

Percebemos então como é maciço o potencial das telenovelas como agente que contribui para a educação social informal dos receptores. A novela utiliza uma linguagem própria para falar a cerca dos dramas sociais, sem estar baseada somente no noticiário criminal, em geral burocrático e estatístico, da imprensa ‘séria’, nem na histeria irracional e oportunista da imprensa ‘sensacionalista’. Também não se alimentam, apenas, das outras considerações dos sociólogos, psicólogos, juristas e afins, que pululam nas páginas de opinião dos jornais e revistas, e nos comentários do rádio e do telejornalismo (PRIOLLI, 2007, p.37).

Visto que a telenovela não é apenas um romance, ela também retrata os costumes, linguajares e culturas independentemente de que época se trata a história. Esse trabalho tem como objetivo identificar a importância do uso das telenovelas como recurso didático para aprendizado em sala de aula intenção.

1.HISTORIA

Os pilares da novela atual começaram a ser formulado na antiga Idade Média, principalmente no século XI. Nesse período as obras antigas eram lidas e interpretadas.. A dissolução desse modelo só deu-se a partir das Canções de Gesta, poesias épicas que surgiram no fim do século XI e do início do século XII, antes do surgimento da poesia lírica dos trovadores e dos mais antigos romances em verso. Durante a Idade Média surgem também os Saraus, encontros geralmente na corte onde se liam textos acompanhados de música e as Novelas de Cavalaria.

Mas somente no Renascimento, a novela ganha reconhecimento, influenciado pelas idéias renascentistas. Podemos então destacar nesse período a obra de Giovanni Boccaccio (1313-1375), o Decameron, ou Decamerão, que é a junção de cem novelas contadas por dez pessoas, refugiadas numa casa de campo para escaparem aos horrores da Peste Negra.

Em princípio para entendermos o conceito de novela, precisamos também compreender o conceito de folhetim, surgido no século XIX. O Folhetim é uma forma de edição seriada, de obras literárias do gênero prosa de ficção ou romance, publicado em periódicos, jornais e revistas. “ O folhetim nada mais é do que o teatro móvel que vai buscar o espectador em vez de esperá-lo” (ORTIZ,1991, p.56).

O gênero passaria a fazer parte da vida dos leitores brasileiros, já que obteve ampla aceitação por aqui e encontrou, nos precursores nacionais, colaboradores que passaram a escrever e a atender esta nova modalidade de publicação que tanto influenciou os costumes da época. Aos poucos foi disseminando entre as classes mais populares e deixou de ser lido apenas por uma elite feminina em seus momentos de ócio. (REIS, 2008)

Contudo, romance em folhetim é diferente de romance –folhetim. O primeiro é um romance pronto, como a obra de José de Alencar, O Guarani, que foi publicado em fatias de jornais; e o segundo é construído dia a dia, em função da expectativa do público, finalizado apenas quando acabar a curiosidade do leitor. Fica clara então a filiação da novela ao romance-folhetim (FIGUEIREDO, 2003, p.70).

1.1 AS RADIONOVELAS

O radioteatro brasileiro começou a ser produzido nos anos de 1930, principalmente nas rádios Record (SP) e Mayrink Veiga (RJ), mas de acordo com Ferraretto, (2000), a radionovela só começou a ser exibida às 9h30 do dia 1° de junho de 1940, quando foi ao ar Em busca da felicidade. A história, baseada num triângulo amoroso, era de autoria do cubano Leandro Bianco. Ainda nesta década destaca-se, a radionovela Direito de Nascer (1951), transmitida pela Rádio Nacional. Tamanho foi o seu impacto que, em seu horário de transmissão, as ruas esvaziavam.

As radionovelas eram muito ricas em suas sonoplastias. Por não terem uma imagem, as pessoas tinham que imaginar a cena e as entendiam pelos sons produzidos junto das vozes.

1.2 AS FOTONOVELAS

Considerada um sub-gênero da literatura, a fotonovela é uma narrativa mais ou menos longa que une texto verbal e fotografia. É uma forma de arte seqüencial que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livretos ou de pequenos trechos editados em jornais e revistas. O narrador desempenha um papel importante na fotonovela uma vez que, para além de elucidar o leitor sobre a ação, enuncia também juízos de valor, ilações de teor moral, justificações sobre o comportamento das personagens e controla a ação, retardando-a e alongando-a.Os planos e os enquadramentos utilizados nas fotografias são quase sempre retirados do cinema. (HABERT,1974 p.33).

1.3 A TELENOVELA

Nos anos 1950, a televisão brasileira desenvolveu-se e começou a ser considerada o possível instrumento de integração nacional. Apesar disso, a TV ainda engatinhava no Brasil. As primeiras telenovelas também copiavam o esquema das radionovelas, na forma e no conteúdo. Só que, nas imagens da TV, o resultado foi ainda mais intenso. Quando foi ao ar Sua Vida Me Pertence, em 1951 (Tupi),teve início o protótipo da novela atual, mas com apenas dois capítulos exibidos por semana. Por isso, o título oficial de ‘primeira novela brasileira’ ficou sendo de 2-5499 Ocupado, de 1963 (Tupi), esta sim veiculada diariamente. As produções latinas (mexicanas, argentinas e cubanas) eram as principais referências, com muitas adaptações recheadas de histórias e personagens exóticos, além do alto teor melodramático como adaptações de obras literárias, como Os Miseráveis, de Victor Hugo. O primeiro grande sucesso de audiência veio com O Direito de Nascer (1965), apresentada pela TV Tupi, que marcou definitivamente a ascensão do gênero. A telenovela tornou-se então uma inconfessável paixão nacional, quase uma mania. A repercussão gerou uma popularidade inimaginável e duradoura, o que incentivou os empresários de TV a investirem mais na telenovela.

Na virada das décadas 1960/1970, com Beto Rockfeller, novela de Bráulio Pedroso que fez história com sua descontração e atualidade. A partir daí e com o aprimoramento dos recursos técnicos, as emissoras começaram a produzir novelas sistematicamente.

Nesse período, Janete Clair começa a produção de novelas na Globo. A emissora sempre atenta às inovações, não ficou para trás e encomendou a Janete uma novela tão moderna quanto Beto Rockfeller. Janete reescreveu Véu de Noiva (sucesso antigo que foi ao ar na Rádio Nacional) e em 1969 a novela foi um sucesso. Ainda nessa década É a vez do O Bem-Amado (1973), de Dias Gomes, ir ao ar e levar as cores aos lares brasileiros, sendo a primeira telenovela colorida da TV. .

Atenta às mudanças, a Globo lançou-se numa bem-sucedida estratégia de renovação temática e técnica. A novela entrou de verdade no mercado, movimentando altas cifras publicitárias e atenta aos índices de audiência.

Nas décadas de 1970 e 1980, consolidou-se a fórmula brasileira: colaboração de grandes novelistas e poetas, maior aproximação da época contemporânea, desmistificação do passado, linguagem coloquial e regional, apresentação de fatos reais, influência do teatro de vanguarda, aparecimento do anti-herói mentiroso, corrupto e de figuras femininas originais, finais abertos, elaboração sutil da comédia e da tragédia. No final dos anos 1970, com a falência da Tupi, a Bandeirantes entra no páreo e lança Cara a Cara, de Vicente Sesso, que reunia astros da Tupi e da Globo. Merece destaque nesse período as obras de Cassiano Gabus Mendes como novelista na Globo que com Anjo Mau e Locomotivas, cria um padrão ideal para as novelas das sete.

Já nos anos de 1980, à Rede Bandeirantes começa a investir em dramaturgia, mas sem grandes resultados e o SBT importa novelas latinas e chega a produzir alguns títulos, mas todos inferiores em produção e texto. Com o surgimento da TV Manchete, novas produções aparecem, mas também com pouca repercussão.

O maior sucesso da emissora na década foi Dona Beija (1986). A Globo continua liderando a audiência.

Gilberto Braga escreve Vale Tudo (1988), que revolucionou ao tratar de temas polêmicos como corrupção e ganância. Cassiano Gabus Mendes continua obtendo êxito com suas comédias leves e românticas às sete horas, e nesse período que surge a polêmica Que Rei Sou Eu (1989). Surge então Sílvio de Abreu que renova o horário das sete com novelas cheia de humor e pastelão. Mas é com Roque Santeiro, um dos maiores sucessos da dramaturgia nacional, escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, que os anos 1980 tem seu ápice. A novela, que havia sido vetada pela censura do Regime Militar em 1975, retorna em nova produção e cativa todo o país.

A década de 1990 foi marcada pela guerra de audiência. Se o telespectador trocasse de canal por não gostar de uma trama, ajustava-se a obra ao seu gosto.

Foi assim com O Dono do Mundo, de Gilberto Braga, em 1991, e Torre de Babel, de Silvio de Abreu, em 1998.

O SBT, apesar de continuar importando dramalhões latinos, chegou a investir em alguns títulos com requintada produção, como o remake de Éramos Seis, de Silvio de Abreu e Rúbens Ewald Filho, em 1994.

Uma novela produzida pela Manchete conseguiu abalar a audiência da Globo: Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa, em 1990. A Globo recusara a sinopse e Benedito apresentou-a então à Manchete. A novela foi um sucesso absoluto, e fez com que o autor tivesse seu talento reconhecido.

De volta à Globo, Benedito ganhou status e regalias de um autor de horário nobre, e escreveu alguns dos maiores êxitos da década, como Renascer (1993) e O Rei do Gado (1996).

A chegada do novo século mostrou que a telenovela evoluiu desde o seu surgimento. Mudou na maneira de se fazer, de se produzir. Virou uma indústria, que forma profissionais e que precisa dar lucro. A guerra da audiência continua e agora mais do que nunca. Mas a telenovela ainda está calcada no melodrama folhetinesco, pois sua estrutura é a mesma das antigas radio novelas. O maior exemplo disso é “O Clone” (2000 – Globo), de Glória Perez, um sucesso arrebatador, um “novelão assumido”.

1.4 CARACTERISTICAS E DIFERENÇAS DAS NOVELAS BRASILEIRAS

A telenovela brasileira expressa por si só que e tem sua própria história; entretanto, a telenovela é uma incógnita em sua definição. Não há ainda como classificar corretamente o que vem a ser esse gênero fantasioso e de grande popularidade entre os brasileiros (FERNANDES,1994, p.27). O fato é que a TV e a novela potencializaram a idéia de proximidade do espectador e seu acesso às produções artísticas e culturais, intensificando o processo de espetacularização das experiências cotidianas e transformando a própria vida em uma forma de entretenimento.

A partir dos anos 1980 e 1990, as telenovelas começaram a abordar as temáticas sociais, políticas e a liberação dos costumes. Elas foram cada vez mais ganhando uma função social, educativa e informativa, fundamental para as mudanças necessárias ao país, e para a conscientização a respeito de temas como cidadania, a situação política e econômica de regiões distantes. A novela apresenta ainda uma identidade híbrida, onde as pessoas transitam entre as diferentes culturas, com referente universal que retrata e determina comportamento, seja escrita em ‘narrativa ficcional’, ou seja, baseada na ficção. Divididas em tramas e subtramas, história principal que se relaciona com histórias menores, podendo conter 30 conflitos paralelos apresentados em tramas de 200 à 250 capítulos, tendo uma média de 55 minutos diários de duração, apresentados de segunda-feira a sábado, as tramas ficam no ar cerca de oito meses.

Outra característica do gênero é que o mesmo se define por possuir convenções dramáticas estabelecidas. A chamada ‘transformação’ e a liberação dos personagens, um dos motes mais comuns nas novelas, são de especial importância, pois são geralmente associados à ascensão social. Quando um personagem não realiza a trajetória paradigmática de superação os telespectadores da obra ficam insatisfeitos.

Outra diferença, no processo de criação se baseia no planejamento. Os capítulos são criados semanalmente. Se não há planejamento serão criados diariamente, o que complicaria a vida de qualquer autor. A grade é planejada com blocos de capítulos formados de 6 em 6 a base do chamado Marketing Escaleta. Em cima disso, cria-se uma sinopse, um texto básico com umas 20 linhas, o History Line, que posteriormente será transformado em 5.000.

Os tipos de assuntos foram divididos de acordo com o público de cada horário, pesquisado ao longo dos anos, pelas televisões no Brasil.

De uma maneira geral, seguem o seguinte padrão: 18 horas – romance; 19 horas – comédia; 20 ou 21 horas – drama.

Durante a exibição de uma telenovela, há muitos fatores que contribuem para a alteração da trama, tais como: o nível de sucesso da telenovela perante o público, ou seja, autor examina o que funciona ou não; acontecimentos da vida real tanto na presença de festas comemorativas ou eventos políticos quanto a problemas relacionados com os atores ou atrizes participantes da telenovela; o surgimento de fatos sociais que necessitam ser objetos de discussão.

1.5 A TELENOVELA E O MERCHANDISING

Observamos então que desde seu início a produção televisiva é pautada pela lógica de mercado. Dessa forma é inviável uma grande rede de TV que não produza telenovelas, que seria então a filha rica da Televisão Mundial. Apesar das emissoras não gostarem de revelar seus números de mershadising Ortiz, (1991) através de entrevistas realizadas com profissionais da Rede Globo, levantou números que mostram que a Novela Roque Santeiro (1985/1986), teve seus gastos na casa de 2.000 milhões de dólares (entre US$10.000 e US$15.000 por capítulo) e cada 30 segundos de seu intervalo chegou a custar cerca de US$19.800.

Mas é importante ressaltar que a primeira experiência oficial com merchandising em produções ficcionais foi em Beto Rockfeller, (1969 – TV Tupi), cujo protagonista, Beto, personagem do ator Luís Gustavo, amanhecia com ressaca das noites de farra e tomava o antiácido efervescente Alka Seltzer da Bayer. (CASTRO, 2002, p.10). Agora existem casos de novelas pensadas já com intuito de arrecadação publicitária, como o caso da novela O Rei do Gado (Rede Globo -1995) Conforme mostra Almeida 2003, a autora conta que em uma Feira de Exposições em Monte Claros (MG), foram distribuídos folhetos de O Rei do Gado, afirmando que a TV era um exelente meio para divulgar produtos e insinuava a possibilidade do uso das marcas O Rei do Gado e Bravo como logomarcas de apelo rural de acordo com o interresse dos anunciantes.

Hoje a concepção de marketing de uma telenovela não mudou muito em relação às décadas anteriores. Ainda hoje o intuito é divulgar produtos ou serviços através dos personagens. Com essa técnica, há o custeio das produções, ou seja, o produto ficcional é mais que uma obra, um gênero artístico de entretenimento e lúdico, ele é o meio para dar vida ao veículo e a teleficção com repercussões nos hábitos de consumo do telespectador.

Conforme Márcio Schiavo (2006), atualmente, a Rede Globo fatura 450 milhões de dólares com os espaços destinados a essa forma de publicidade. Esse valor poderia ser duplicado ou triplicado se fossem levadas em consideração as ações de merchandising que não são pagas.

O chamado Merchadising social, é a inclusão de campanhas de ordem social dentro das tramas. Por estarem embutidas na trama central esse tipo de campanha consegue ser bem aceito por todas as camadas da população. Esse tipo de campanha costuma mostrar estratégias de ação e aplicação pelos telespectadores em seu cotidiano. Neste contexto, também se destacam a variedade e natureza das questões abordadas. Um bom exemplo dessa variedade de questões apresentada foi o Movimento das Mães da Praça da Sé, seguindo o exemplo do já existente Movimento das Mães da Candelária, exibida na novela Explode Coração (Rede Globo – 1992).

2. NOVELA COMO AGENTE SOCIAL

O brasileiro tornou a telenovela um hábito, pois se acostumou a assistir durante a semana, tramas e sub-tramas que se intercalam e são transmitidas em capítulos de horários fixos. O que gerou esse fenômeno de audiência, como afirma Dias Gomes, foi o “abrasileiramento” da telenovela, uma tipicidade televisual nacional. (CASTRO, 2002 p.68).

A telenovela aborda modelos de comportamentos e posicionamentos, filosofias e ideologias, e a penetração de seus conteúdos na vida dos telespectadores é dada devido à popularidade do gênero.

O monopólio desse mercado noveleiro é que preocupa. A sociedade se torna fortemente influenciada por apenas um veículo. O objetivo principal da novela, não deveria ser apenas de entreter, mas de cultivar ou proliferar a cultura brasileira. Mas não é isso o que acontece. A sociedade é iludida pelo ócio transmitido nas tramas de ficção. O mundo de fantasias, muitas vezes, é almejado pelo telespectador. Afinal, as novelas retratam o cotidiano.

Retratam o cotidiano ou mudam o mesmo, induzindo a população a mudar? Na realidade, o cotidiano que é o retrato das novelas. Portanto, as influências que estas exercem na população são palpáveis. E, infelizmente, mais negativas que positivas. Desde a época dos romances de folhetins, as tramas de ficção têm exercido um poder de repercussão que vem crescendo paulatinamente; sobretudo com a criação das telenovelas.

A telenovela participa inclusive das decisões públicas como um processo de eleição política (Eu Prometo – 1983/1984) ou deposição de um presidente da República (Anos Rebeldes – Globo, 1992). (JOUGUET, 2005)

A telenovela conseguiu instigar a criação de legislação para determinados segmentos sociais por exemplo em Escalada ( Globo, 1975), que a crise conjugal dos personagens centrais da trama, levou a uma forte discussão as leis vigentes no país sobre divorcio (XAVIER,2007 p.59). Também para influenciar diretamente a aprovação de algumas leis até mesmo no Congresso Nacional, em Mulheres Apaixonadas (Globo- 2006), foi feita campanha pela aprovação do Estatuto do Idoso.(CASTRO, 2005 p.38).

Convém lembrar também que a maioria dos demógrafos brasileiros defendeu, durante anos, a tese de que as taxas de fecundidade. no Brasil, só se reduziriam quando houvesse uma distribuição eqüitativa da renda nacional. As projeções populacionais feitas pelos especialistas estimavam para o Brasil dos anos 1990 uma população 7% maior do que a atual. (SCHIAVO, 2006)

Outro aspecto importante é que nem sempre os aspectos sociais abordados numa novela são bem aceitos pela população em geral, como o caso Christiane Torloni e Silvia Priffer, em Torre De Babel. Elas mantinham uma relação homossexual, o que não agradou o público; morreram na explosão do shopping. Em O Dono do Mundo (Globo, 1991), os telespectadores não aceitaram bem o fato do personagem de Antonio Fagundes ter feito com que a personagem casta de Malu Mader traísse o marido com ele, com a falta de aceitação a audiência caiu e a novela passou por uma correção de rota.

3 CONCLUSÃO

Não é exagero postular que e a telenovela interfere de forma homeopática no cotidiano dos(as) telespectadores(as), oferecendo-lhes uma dose ficcional que embora não sendo capaz de transformá-los intimamente e de forma duradoura -também não os deixa mais como eram antes. Entretanto, a telenovela continua sendo uma válvula de escape para o telespectador, suprindo suas carências e frustrações do dia a dia, graças a identificação do público com os personagens. Cada momento na história possui seus feitos e poetas, técnicas incorporadas para relatar momentos. Por isso, tem sido, nesses 40 anos, o veículo mais eficiente para promover a difusão de valores éticos e suscitar debates na sociedade, através da sua forma comunicar e promover mudanças.

Roberta de Almeida

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Fonte: paginas.ufrgs.br

 

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