Nossa Senhora das Dores

15 de Setembro

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Acompanhar Nossa Senhora em todas as fases de sua vida terrestre, admirar os altos desígnios de Deus na pessoa sacrossanta de sua Mãe é sempre delícia para um coração devoto à SS. Virgem.

Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora das Dores

Mais apropriada não podia ser a nossa meditação das dores, senão ocupando-nos com os sete dolorosos lances de sua existência terrena, ou propriamente “as sete dores”, a saber:

1.º – A profecia de Simeão. “Eis aqui está posto este Menino para ruína e para ressurreição de muitos de Israel, e como alvo a que atirará a contradição. E uma espada traspassará tua alma”. (Lc. 2,34) A esta palavra a SS. Virgem vê de uma maneira clara e distinta no futuro as contradições a que Jesus Cristo será exposto: contradições na doutrina, contradições no conceito público, contradições nos seus santíssimo afetos, na alma e no corpo. E esta previsão dolorosa ficou na alma de Maria durante trinta e três anos. À medida que Jesus crescia em idade, em sabedoria e em graça, no Coração de Maria aumentava a angústia de perder um filho tão caro, pela aproximação da inexorável Paixão e Morte. “O Senhor usa de compaixão para conosco, em não nos fazer ver as cruzes que nos esperavam, e se temos de sofrer, é só uma vez. Com Maria Santíssima assim não procedeu, porque a queria Rainha das dores e toda semelhante ao Filho; por isso ela via sempre diante de si todas as pelas que havia de sofrer” (Santo Afonso)

2.º – A fuga para o Egito. A profecia de Simeão começou a cumprir-se logo. Jesus apenas nascido, já é cercado pela morte. Para salvá-lo, Maria deve ir para um exílio longínquo, para o Egito, por caminhos desconhecidos, cheios de perigos. No Egito a Sagrada Família passou perto sete longos anos como estranha, desconhecida, sem recursos, sem parentes. “A viagem de volta para a Terra Santa apresentou-se mais penosa ainda, porque o Menino Jesus já era tão crescido que, levá-lo ao colo, difícil tarefa devia ser, e fazer a pé o grande trajeto parecia acima de suas forças” (São Boaventura)

3.º – Jesus encontrado no templo. “Há quem diga que toda esta dor não só foi maior de todas que Maria sofreu na sua vida, mas que foi também de todas a mais acerba”. Nos outros seus sofrimentos tinha ela Jesus em sua companhia; mas agora via-se longe dele, sem saber onde ele se achava. Das outras dores Maria conhecia perfeitamente a razão e o fim, isto é, a redenção do mundo, a vontade divina; mas nesta dor não podia ela atinar com o motivo de Jesus estar longe de sua Mãe. Quem sabe se sua mente não se torturava com pensamentos como este: não o servi como devia, cometi alguma falta, alguma negligência, que motivasse dele se retirar de mim? Certo é que não pode haver pena maior para uma alma que tem amor a Deus, senão o temor de o ter desgostado. Realmente, em nenhuma outra dor, que nós saibamos, Maria se lamentou, queixando-se amorosamente com Jesus, depois de o ter achado: “Filho, porque fizeste assim conosco? Olha que teu pai e eu te buscávamos aflitos” (Santo Afonso)

4.º – Maria se encontra com Jesus na via dolorosa. Pilatos tinha sentimento humano para com Jesus; tivesse ele vencido sua covardia, talvez o teria salvo do furor da multidão, ainda mais, se à súplica de sua mulher se tivesse unido um pedido da Mãe de Jesus. Maria, porém, não se move naquela hora tremenda, que decide da vida ou da morte de seu Filho, porque sabe, que o Filho podia por si, sem auxílio alheio, livrar-se dos seus inimigos, e se se deixa como um cordeiro levar ao suplício, então é porque o faz espontaneamente, cumprindo a vontade de Deus. Maria ainda não se move, quando a sentença já é irrevogavelmente pronunciada. Vai ao encontro de Jesus que, carregado do peso da cruz, se encaminha para o Calvário. Vê-o todo desfigurado e entregue, coberto de mil feridas e horrivelmente ensangüentado. Seus olhares se cruzam. Nenhuma queixa sai da sua boca, porque as maiores dores Deus lhe reservou para a salvação do mundo. Aquelas duas almas, heroicamente generosas, continuam juntas no seu caminho do sofrimento, até o lugar do suplício.

5.º – Jesus morre na cruz. Chegam ao Calvário. Os algozes despojam Jesus das suas vestes, pregam-no na cruz, levantam o madeiro e sobre ele deixam-no morrer. Maria agora se aproxima da cruz e perto da cruz fica, e assiste à horrível agonia de três horas. “Que espetáculo ver-se o Filho agonizante sobre a cruz, e ver-se ao pé da mesma agonizar a Mãe, que todas as penas sofria com seu Filho! (Santo Afonso). “O que os cravos eram para o corpo de Jesus, para o coração de Maria era o amor” (São Bernardo). “No mesmo tempo que Jesus sacrificava o corpo, a Mãe imolava a alma” (São Bernardo). E não pode dar ao Filho o menor alívio; ainda saber que o maior tormento para o Filho era ver present5e sua Mãe, que dor, que sofrimento! O único alívio para a Mãe e para o filho era saber, que das suas dores resultava para nós a vida eterna.

6.º – Abertura do coração de Jesus pela lança e descimento da cruz. Jesus morrendo, exclamou: “Consummatum est” – Tudo está consumado. Estava completa a série dos sofrimentos para o Filho, não porém, para a Mãe. Quando ela está chorando a morte do filho, um soldado vibra a lança contra o peito de Jesus, abrindo-o, e sai sangue e água. O corpo morto de Jesus não sente mais a lançada; mas sentiu-a a Mãe no íntimo do coração. Tiram o corpo do Filho da cruz. O Filho é entregue à Mãe, mas em que estado! Antes o mais belo entre os filhos dos homens, agora está todo desfigurado. Antes, era um prazer olhar para ele; agora, seu aspecto é horroroso. Quando morre um filho, trata-se de afastar do cadáver a mãe. Maria, pelo contrário, não deixa que lho tirem dos seus braços, senão quando é para sepultá-lo.

7.º – Jesus é colocado no sepulcro. “Eis que já o levam para sepultá-lo. Já se põe em movimento o doloroso préstito. Os discípulos levam o corpo de Jesus sobre os ombros. Os Anjos do céu o acompanham. As santas mulheres seguem e, no meio delas, a Mãe. Querem que ela mesma acomode o corpo sacrossanto de Jesus no sepulcro, precisando por a pedra para fechar o sepulcro, os discípulos precisam dirigir-se à SS. Virgem, e lhe dizer: “Agora é hora de vos despedir, Senhora; deixai que fechemos o sepulcro. Muni-vos de paciência! Olhai-o pela última vez e despedi-vos de vosso filho”. Moveram a pedra e colocaram-na no seu lugar, fechando com ela o santo sepulcro. Maria, dando um último adeus ao Filho e à sepultura, volta para casa” (Santo Afonso). “Voltou tão triste a aflita e pobre Mãe, que todos a viam, dela se compadeciam e choravam” (São Bernardo) Só no nosso coração não haverá lágrimas para Maria? Não choramos nós, que somos a causa de tantas dores? Ah! Se nos faltam lágrimas de sentimento dos nossos olhos sensíveis, choremos pelo menos lágrimas de penitência, expressão ainda do firme propósito, de não mais cometermos pecado algum. Foram os nossos pecados que levaram à morte o nosso Irmão primogênito, e transpassaram o coração dulcíssimo de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe.

REFLEXÕES

Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora das Dores

Se a nós Deus mandar uma cruz em forma sofrimentos físicos ou morais, acusações injustas ou de contínuas contrariedades, recorramos à Nossa Senhora, e não nos entreguemos à tristeza e ao desânimo. Sofrimento que vem mandado por um Pai que nos tem tanto amor, não pode visar outro fim, senão o nosso bem temporal e eterno. O sofrimento um dia, converter-se-á em alegria; as lágrimas derramadas hoje, darão lugar a uma felicidade que não terá fim. Uma cruz é diferente da outra e a duração de tempo do nosso padecimento pertence a Deus. São momentos tristes, mas que devemos aceitar alegremente, como uma graça divina. Afinal, lembremo-nos de quanto sofrimento Cristo padeceu no Calvário! E quanto sofreu a Mãe, diante da agonia do Filho!

Se teu ombro já parece não suportar o peso da cruz, se a extrema dor te abala os sentidos, não desperdice esse tempo com lamentações, muitas vezes inevitáveis.

Oferece essas dádivas às almas que padecem no Purgatório, em desagravo dos pecados cometidos contra o Santíssimo Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, pela conversão de todos nós, pobres pecadores, pela paz no mundo, pelo Papa, ou por tantas outras causas urgentes que clamam por nossas orações e sacrifícios.

Por enquanto, coloquemo-nos confiantemente no colo amoroso de Nossa Senhora das Dores, que experimentou o sofrimento na sua máxima intensidade.

Fonte: www.paginaoriente.com

Nossa Senhora das Dores

15 de Setembro

Ó Maria , aos pés da cruz do Senhor, mesmo sem morrer, mereceste a palma do martírio.
Para vir a ser mãe do Filho de Deus, bastaram-lhe sua fé invicta, seu “Fiat” cheio de amor e a extrema pobreza de Belém. Para vir a ser Mãe dos homens, teve de sofrer também as atrozes dores do Calvário. Só então lhe diz Jesus, apresentando-lhe a humanidade na pessoa de João: “Mulher, eis aí teu filho (Jo 19, 26), como a significar que a participação na Paixão dava-lhe o direito de ser oficialmente reconhecida como Mãe dos Homens.
Em Belém, na paz da noite, com imensa alegria, Nossa Senhora deu à luz o Cristo. No Calvário, entre os gritos dos carrascos e com indizível dor, gerou os homens para a vida da graça. Pela íntima participação no mistério do Filho, “foi nossa Mãe na ordem da graça”, afirma o Vaticano II (LG 61).
Evidentemente a obra de Maria é subordinada em tudo à de Jesus, e dela recebe sua eficácia, Entretanto, “não duvida a Igreja em reconhecer abertamente” (ibidem, 62) a cooperação de Maria e a propõe à consideração dos fiéis, a fim de que recorram com toda a confiança ao materno auxílio de Nossa Senhora.

Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora das Dores

“Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”

Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.

A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo. 

Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor. 

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

Fonte: www.geocities.com

Nossa Senhora das Dores

15 de Setembro

Meditação das sete Dores de Nossa Senhora

Assim nós diz Maria Santíssima:
Meditai muitas vezes nas minhas sete dores para consolar meu Coração e crescereis muito na virtude.
Ó almas que sofreis, vinde para perto de meu Coração e aprendei comigo.
É junto de meu Coração transpassado de dor que achareis consolação!
Mães aflitas, esposas amarguradas, jovens desorientados, meditando nos meus sofrimentos tereis força
para atravessardes todas as dificuldades. Que minhas dores vos comovam o coração, impulsionando-vos
para a prática do bem.

Primeira Dor: Apresentação de meu Filho no templo.

Nesta primeira dor veremos como meu coração foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que meu Filho seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros.
A virtude que aprendereis nesta dor é a da santa obediência. Sede obedientes aos vossos superiores, porque são eles instrumentos de Deus. Quando soube que uma espada Me atravessaria a alma, desde aquele instante experimentei sempre uma grande dor. Olhei para o Céu e disse: ‘Em vós confio’. Quem confia em Deus jamais será confundido. Nas vossas penas, nas vossas angustias, confiai em Deus e jamais vos arrependereis dessa confiança. Quando a obediência vos trouxer qualquer sacrifício, confiando em Deus, a Ele entregai vossas dores e apreensões, sofrendo de bom grado por amor. Obedeçam não por motivos humanos, mas pelo amor Daquele que por vosso amor se fez obediente até a morte de Cruz.

Segunda Dor: A fuga para o Egito.

Amados filhos, quando fugimos para o Egito, foi grande dor saber que desejavam matar meu querido filho, aquele que trazia a salvação! Não me afligi pelas dificuldades em terras longínquas; mas por ver meu filho inocente, perseguido por ser o Redentor. Almas queridas, quanto sofri neste exílio! Porém tudo suportei com amor e santa alegria por Deus me fazer cooperadora da salvação das almas. Se fui obrigada a este exílio, foi para guardar meu filho, sofrendo provações por aquele que um dia ia ser a chave da mansão da paz. Um dia estas penas serão convertidas em sorrisos e em força para as almas, porque Ele abrirá as portas do Céu! Amados meus, nas maiores provações pode haver alegria quando se sofre para agradar a Deus e por seu amor. Em terras estranhas, Eu Me rejubilava por poder sofrer com Jesus, meu adorável filho! Na santa amizade de Jesus e sofrendo tudo por seu amor, não se chama sofrer senão santificar -se!
No meio da dor sofrem os infelizes, que vivem longe de Deus, os que estão na sua inimizade. Pobres infelizes, entregam-se ao desespero, porque não têm o conforto da amizade divina, que dá à alma tanta paz e tanta confiança. Almas que aceitais vossos sofrimentos por amor a Deus, exultai de alegria porque grande é vosso merecimento, se assemelhando a Jesus Crucificado, que tanto sofreu por amor a vossas almas! Alegrai-vos todos os que, como Eu, sois chamados para longe da vossa pátria defender o vosso Jesus.
Grande será a vossa recompensa, pelo vosso SIM à vontade de Deus. Almas queridas, avante! Aprendei Comigo, a não medir sacrifícios, quando se trata da glória e dos interesses de Jesus, que também não mediu sacrifícios para vos abrir as portas da mansão da Paz.

Terceira Dor: Perda do Menino Jesus.

Amados filhos, procurai compreender esta minha imensa dor, quando perdi meu adorável Filho por três dias. Sabia que meu Filho era o Messias prometido, que contas daria então a Deus do tesouro que me tinha sido entregue?
Tanta dor e tanta agonia, e sem esperança de encontrá-lo!
Quando O achei no templo, no meio dos doutores, e lhe disse que me havia deixado três dias em aflição, eis o que Me respondeu: ‘Eu vim ao mundo para cuidar dos interesses de meu Pai, que está no Céu’. A esta resposta do meigo Jesus, emudeci e compreendi que sendo o Redentor do gênero humano assim devia proceder, fazendo sua Mãe, desde aquele instante, tomar parte na sua missão redentora, sofrendo pela Redenção do gênero humano!
Almas que sofreis, aprendei nesta minha dor a submeter-vos à vontade de Deus, que muitas vezes vos fere para proveito de um de vossos entes queridos. Jesus me deixou por três dias em tanta angustia para proveito vosso. Aprendei Comigo a sofrer e a preferir a vontade de Deus à vossa. Mães que chorais, ao verdes os vossos filhos generosos ouvirem o chamamento divino, aprendei Comigo a sacrificar o vosso amor natural. Se vossos filhos forem chamados para trabalhar na vinha do Senhor, não abafeis tão nobre aspiração, como é a vocação religiosa.
Mães e pais dedicados, ainda que vosso coração sangre de dor, deixai-os partir, deixai-os corresponder aos desígnios de Deus, que usa com eles de tanta predileção.
Pais que sofreis, ofertai a Deus a dor da separação, para que vossos filhos, que foram chamados, possam ser na realidade bons filhos Daquele que os chamou. Lembrai-vos que vossos filhos a Deus pertencem e não a vós. Deveis criá-los para servir e amar a Deus neste mundo, e um dia no Céu O louvarem por toda a eternidade. Pobres aqueles que querem prender seus filhos, abafando-lhes a vocação! Os pais que assim
procedem podem levar seus filhos à perdição eterna e ainda terão que dar contas a Deus no ultimo dia.
Porém, protegendo suas vocações, encaminhando-os para tão nobre fim, que bela recompensa receberão
estes pais afortunados! Ainda que aqui chorem de saudades e a separação lhes custe muitas lágrimas, eles serão abençoados!
E vós, filhos prediletos que sois chamados por Deus, procedei como Jesus procedeu comigo:
primeiramente obedecei à vontade de Deus, que vos chamou para habitar na sua casa, quando diz: ‘Quem ama seu pai e sua mãe mais do que a mim não é digno de Mim’.
Vigiai se, por causa de um amor natural, deixais de corresponder ao chamado divino!
Almas eleitas que fostes chamadas e sacrificastes as afeições mais caras e a vossa própria vontade para
servir a Deus! Grande é vossa recompensa.
Avante! sede generosas em tudo e louvai a Deus por terdes sido escolhidas para tão nobre fim.
Vós que chorais, pais, irmãos, regozijai-vos porque vossas lágrimas um dia converter-se-ão em pérolas,
como as minhas se converteram em favor da humanidade.

Quarta Dor: Doloroso encontro no caminho do Calvário.

Amados filhos, contemplai e vede se há dor semelhante a esta minha, quando me encontrei com meu divino Filho no caminho do Calvário, carregando uma pesada cruz e insultado como se fosse um criminoso. ‘É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da mansão da paz!’ 
Lembrei – Me de suas palavras e aceitei a vontade do Altíssimo, que sempre foi a minha força em horas tão cruéis como esta. Ao encontrá-lo, seus olhos me fitaram e me fizeram compreender a dor de sua alma. Não pôde Me dizer palavra, porém me fizeram compreender que era necessário que unisse a minha à Sua grande dor.
Amados meus, a união de nossa grande dor neste encontro tem sido a força de tantos mártires e de tantas
mães aflitas! Almas que temeis o sacrifício, aprendei aqui neste encontro a submeter -vos à vontade de Deus, como Eu e meu Filho nos submetemos!
Aprendei a calar-vos nos vossos sofrimentos. No nosso silêncio, nesta dor imensa armazenamos para vós riquezas imensuráveis! 
As vossas almas hão de sentir a eficácia desta riqueza na hora em que, abatidos pela dor, recorrerdes a Mim, fazendo a meditação deste encontro dolorosíssimo. O valor do nosso silêncio se converte em força para as almas aflitas, quando nas horas difíceis souberem recorrer à meditação desta dor!
Amados filhos, como é precioso o silêncio nas horas de sofrimentos!
Há almas que não sabem sofrer uma dor física, uma tortura de alma em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Meu Filho e Eu tudo suportamos em silêncio por amor a Deus! Almas queridas, a dor humilha e é na santa humildade que Deus edifica!
Sem a humildade, trabalhareis em vão; vede pois como a dor é necessária para a vossa santificação.
Aprendei a sofrer em silêncio, como Eu e Jesus sofremos neste doloroso encontro no caminho do Calvário.

Quinta Dor: Aos pés da Cruz.

Amados filhos, na meditação desta minha dor encontrareis consolo e força para vossas almas contra mil tentações e dificuldades e aprendereis a ser fortes em todos os combates de vossa vida. Vede-me aos pés da Cruz, assistindo à morte de Jesus, com a alma e meu coração transpassados com as mais cruéis dores!
Não vos escandalizeis com o que fizeram os judeus!
Eles diziam: ‘Se Ele é Deus, por que não desce da cruz e se livra a si próprio?!’ Pobres judeus, ignorantes uns, de má fé outros, não quiseram crer que Ele era o Messias. 
Não podiam compreender que um Deus se humilhasse tanto e que a sua divina doutrina pregava a humildade. Jesus precisava dar o exemplo, para que seus filhos tivessem a força de praticar uma virtude, que tanto custa aos filhos deste mundo, que têm nas veias a herança do orgulho. Infelizes os que, à imitação dos que crucificaram a Jesus, ainda hoje não sabem se humilhar! 
Depois de três horas de tormentosa agonia, meu adorável Filho morre, deixando-me a alma na mais negra escuridão! Sem duvidar um só instante, aceitei a vontade de Deus, e no meu doloroso silêncio, entreguei ao Pai minha imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para os criminosos. 
Entretanto, quem me confortou nesta hora angustiosa? Fazer a vontade de Deus foi o meu conforto; saber que o Céu foi aberto para todos os filhos foi meu consolo! Porque Eu também no Calvário fui provada com o abandono de toda consolação! Amados filhos, sofrer em união com os sofrimentos de Jesus encontra consolo; sofrer por ter feito o bem neste mundo, recebendo desprezos e humilhações encontra força. 
Que glória para vossas almas, se um dia por amar a Deus com todo o vosso coração, fordes também perseguidos! Aprendei a meditar muitas vezes nesta minha dor, que ela vos dará força para serdes humildes: virtude amada de Deus e dos homens de boa vontade.

Sexta Dor: Uma lança atravessa o Coração de Jesus.

Amados filhos, com a alma imersa na mais profunda dor, vi Longuinho transpassar o coração de meu Filho, sem poder dizer palavra! Derramei muitas lágrimas…
Só Deus pode compreender o martírio desta hora, na alma e no coração!
Depois depositaram Jesus nos meus braços, não cândido e belo como em Belém…
Morto e chagado, parecendo mais um leproso do que aquele adorável e encantador menino, que tantas vezes apertei ao meu coração! Amados filhos, se Eu tanto sofri, não serei capaz de compreender vossos sofrimentos? Por que, então, não recorreis a Mim com mais confiança, esquecidos que tenho tanto valor diante do Altíssimo? Porque muito sofri aos pés da cruz, muito me foi dado! Se não tivesse sofrido tanto,
não teria recebido os tesouros do Paraíso em minhas mãos. A dor de ver transpassar o Coração de Jesus
com a lança, conferiu-me o poder de introduzir, neste amável Coração, a todos aqueles que a Mim recorrerem.
Vinde a Mim, porque Eu posso vos colocar dentro do Coração Santíssimo de Jesus Crucificado, morada de amor e de eterna felicidade! O sofrimento é sempre um bem para a alma.
Ó almas que sofreis, regozijai-vos Comigo que fui a segunda mártir do Calvário!
A minha alma e meu coração participaram dos suplícios do Salvador, conforme a vontade do Altíssimo, para reparar o pecado da primeira mulher! 
Jesus foi o novo Adão e Eu a nova Eva, livrando assim a humanidade do cativeiro no qual se achava presa. 
Para corresponderdes porém a tanto amor, sede muito confiantes em Mim, não vos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário, confiai-Me todos os vossos receios e dores, porque Eu sei dar em abundância os tesouros do Coração de Jesus! 
Não vos esqueçais, Filhos meus, de meditar nesta minha imensa dor, quando estiver pesada a vossa Cruz.
Achareis força para sofrer por amor a Jesus que sofreu na Cruz a mais infame das mortes.

Sétima Dor: Jesus é sepultado.

Amados filhos, quanta dor, quando tive que ver sepultado meu Filho.
A quanta humilhação meu Filho se sujeitou, deixando-se sepultar sendo Ele o mesmo Deus!
Por humildade, Jesus submeteu-se à própria sepultura, para depois, glorioso, ressuscitar dentre os mortos!
Bem sabia Jesus o quanto Eu ia sofrer vendo-o sepultado; não me poupando quis que Eu também fosse participante na sua infinita humilhação! Almas que temeis ser humilhadas, vede como Deus amou a humilhação! Tanto que deixou-se sepultar nos santos Sacrários, a esconder sua majestade e esplendor, até o fim do mundo!
Na verdade, o que se vê no Sacrário? Apenas uma Hóstia Branca e nada mais!
Ele esconde sua magnificência debaixo da massa branca das espécies de pão!
Em verdade vos digo, não O admirais tanto quanto Ele merece, por Jesus assim Se humilhar até o fim dos séculos! A humildade não rebaixa o homem, pois Deus Se humilhou até à sepultura e não deixou de ser Deus. 
Amados filhos, se quereis corresponder ao amor de Jesus, mostrai-lhe que O amais, aceitando as humilhações.
A aceitação da humilhação vos purifica de toda e qualquer imperfeição e, desprendendo-vos deste mundo, vos faz desejar o Paraíso.
Queridos filhos, apresentei-vos estas minhas sete Dores, não para queixar-me, mas somente para mostrar-vos as virtudes que deveis praticar, para um dia estar ao meu lado e ao lado de Jesus!
Recebereis a glória imortal, que é a recompensa das almas que, neste mundo, souberam morrer para si, vivendo só para Deus! Vossa Mãe vos abençoa e vos convida a meditar muitas vezes nestas palavras ditadas porque muito vos amo.

Via Matris – o Caminho da Mãe Dolorosa

Ato de contrição

Pesa-me Deus meu e me arrependo de todo coração de Vos ter ofendido.
Pesa-me pelo inferno que mereci e pelo céu que perdi, mas muito mais me pesa porque pecando ofendi a um Deus tão bem e tão grande como Vós.
Antes queria ter morrido que ter Vos ofendido;
E proponho firmemente não pecar mais e evitar todas as ocasiões próximas de pecado. Amém.
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.

Primeira Estação:

Nesta primeiro estação se contempla a profecia do Santo ancião Simão.
Considera, alma minha, a grande dor da Virgem Santíssima ao ouvir as tristes palavras que o ancião Simão profetizou referentes a Paixão e morte do menino Jesus.
Oh!, Mãe aflita.
Pela dor com que foste tão atormentada em tua alma te suplico me dê lágrimas de verdadeira contrição, para que seja meritória a compaixão que sinto por tuas dores.
Em cada estação se reza
V: Deus te salve Maria…
R: Santa Maria…
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.

Segunda Estação:

Nesta segunda estação se contempla a ida ao Egito.
Considera, alma minha , a aguda dor da Virgem Maria ao receber de São José a mensagem do anjo que deviam sair de noite ao Egito para salvar ao menino Deus da matança decretada por Herodes.
Oh!, Mãe aflita.
Pela dor que sentiste ao ir com teu Filho ao Egito , te suplico me dês a graça para sair sempre das ocasiões de pecar.

Terceira Estação:

Nesta terceira estação se contempla a perda de Jesus no Templo.
Considera, alma minha, a intensa dor da Virgem Maria quando viu que havia perdido a seu amado Filho, pelo qual buscou durante três dias com inconsolável aflição.
Oh!, Mãe aflita.
Pela dor que tiveste ao perder a teu Filho, te suplico me alcances a graça para que o busque até achá-lo no templo de minha alma.

Quarta Estação:

Nesta quarta estação se contempla o dolorosíssimo encontro da Virgem Santíssima com seu Filho Divino.
Considera, alma minha, a agudíssima dor da Virgem Maria ao encontrar-se com seu Divino Filho, quando levava a pesada cruz até o monte Calvário para ser crucificado nela por nossa salvação.
Oh!, Mãe aflita.
Pela dor com que viste a teu Filho carregando a cruz, te suplico me dês a graça para segui-lo, levando com paciência a cruz de meus trabalhos.

Quinta estação:

Nesta quinta estação se contempla a crucificação e morte de Jesus.
Considera, alma minha, a penetrante dor da Virgem Maria quando viu a seu Filho cravado sobre o duro madeiro da Cruz, e morrer derramando sangue por todo seu sacratíssimo corpo.
Oh!, Mãe aflita.
Pela dor com que viste crucificar a teu Divino Filho te suplico me dês a graça para que mortificando minhas paixões, viva sempre crucificado com Cristo.

Sexta Estação:

Nesta sexta estação se contempla o descimento de Jesus da Cruz.
Considera, alma minha , a agudíssima dor que transpassou o coração da Virgem Maria ao receber em seus braços o corpo morto de Jesus, coberto de sangue e todo despedaçado.
Oh!, Mãe aflita.
Pela dor que recebeste ao ter em teus braços, chagado e destroçado, o corpo de teu Filho no sepulcro, te suplico me alcances a graça de recebê-lo dignamente na Sagrada Comunhão.

Sétima estação:

Nesta sétima estação se contempla a sepultura de Jesus.
Considera, alma minha , os soluços que exalaria o coração aflito da Virgem Maria, ao ver a seu amado Jesus colocado no sepulcro.
Oh!, Mãe aflita. 
Pela dor com que deixaste o corpo de teu Filho no sepulcro, te suplico me dês a graça para detestar o pecado e viver morto aos gostos do mundo.

Oração final:

Te rogamos, Senhor nosso Jesus Cristo, que seja nossa intercessora, cercada de tua clemência, agora e na hora de nossa morte, a bem-aventurada Virgem Maria, tua Mãe, cuja sacratíssima alma foi transpassada pela dor na hora de tua Paixão.
Te pedimos por Vos, Cristo Jesus, Salvador do mundo, que com o Pai e o Espírito vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.
Se rezam três Ave-Maria.
V: Mãe dolorosa.
R: Rogai por nós.

Ladainha das Dores de Maria Santíssima

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, ouvi-nos.
Cristo, escutai-nos.
Deus, pai Celestial, tende piedade de nós.
Deus, Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus, Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade e um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus, rogai por nós.
Santa Virgem das Virgens, rogai por nós.
Mãe Crucificada, rogai por nós.
Mãe dolorosa, rogai por nós.
Mãe lacrimosa, rogai por nós.
Mãe Aflita, rogai por nós.
Mãe Abandonada, rogai por nós.
Mãe Desolada, rogai por nós.
Mãe privada de Filho, rogai por nós.
Mãe transpassada pela espada, rogai por nós.
Mãe abrumada de dores, rogai por nós.
Mãe cheia de angustias, rogai por nós.
Mãe cravada à cruz em seu Coração, rogai por nós.
Mãe tristíssima, rogai por nós.
Fonte de lágrimas, rogai por nós.
Cúmulo de sofrimentos, rogai por nós.
Espelho de paciência, rogai por nós.
Arca de constância, rogai por nós.
Ancora de confiança, rogai por nós.
Refúgio dos abandonados, rogai por nós.
Escudo dos oprimidos, rogai por nós.
Derrota dos incrédulos, rogai por nós.
Salvação dos miseráveis, rogai por nós.
Medicina dos enfermos, rogai por nós.
Fortaleza dos débeis, rogai por nós.
Porto dos náufragos, rogai por nós.
Apassivadora das tormentas, rogai por nós.
Auxiliadora dos necessitados, rogai por nós.
Terror dos que incitam ao mal, rogai por nós.
Tesouro dos fiéis, rogai por nós.
Inspiração dos profetas, rogai por nós.
Sustento dos apóstolos, rogai por nós.
Coroa dos mártires, rogai por nós.
Luz dos confessores, rogai por nós.
Flor das virgens, rogai por nós.
Esperança das viúvas, rogai por nós.
Alegria de todos os Santos, rogai por nós.
Cordeiro de Deus que tiras os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tiras os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tiras os pecados do mundo, tende piedade de nós.

Oração:

Oh! Deus, em cuja Paixão foi traspassada de dor a alma dulcíssima da gloriosa Virgem e Mãe Maria, segundo a profecia de Simão;
Concedei-nos propício, que quando veneremos suas dores e fizermos memória delas, consigamos o feliz efeito de tua Sagrada Paixão.
Vós que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém

Ladainha de Nossa Senhora das Dores

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai, que estais nos Céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do Mundo, tende piedade de nós.
Espírito Santo Paráclito, tende piedade de nós.
Trindade Santa, Deus uno e Trino, tende piedade de nós.
Mãe de Jesus crucificado, rogai por nós.
Mãe do Coração Transpassado, rogai por nós.
Mãe do Cristo Redentor, rogai por nós.
Mãe dos discípulos de Jesus, rogai por nós.
Mãe dos redimidos, rogai por nós.
Mãe dos viventes, rogai por nós.
Virgem obediente, rogai por nós.
Virgem oferente, rogai por nós.
Virgem fiel, rogai por nós.
Virgem do silêncio, rogai por nós.
Virgem da espera, rogai por nós.
Virgem da Páscoa, rogai por nós.
Virgem da Ressurreição, rogai por nós.
Mulher que sofreu o exílio, rogai por nós.
Mulher forte, rogai por nós.
Mulher corajosa, rogai por nós.
Mulher do sofrimento, rogai por nós.
Mulher da Nova Aliança, rogai por nós.
Mulher da Esperança, rogai por nós.
Nova Eva, rogai por nós.
Colaboradora na salvação, rogai por nós.
Serva da reconciliação, rogai por nós.
Defesa dos inocentes, rogai por nós.
Coragem dos perseguidos, rogai por nós.
Fortaleza dos oprimidos, rogai por nós.
Esperança dos pecadores, rogai por nós.
Consolação dos aflitos, rogai por nós.
Refúgio dos marginalizados, rogai por nós.
Conforto dos exilados, rogai por nós.
Sustento dos fracos, rogai por nós.
Alívio dos enfermos, rogai por nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
D- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
R- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Oração:

Oh! Deus, por vosso admirável desígnio, dispusestes prolongar a Paixão do vosso Filho, também nas infinitas cruzes da humanidade.
Nós Vos pedimos: assim com o quisestes que ao pé da Cruz do Vosso Filho, estivesse Sua Mãe, da mesma forma, à imitação da Virgem Maria, possamos estar sempre ao lado dos nossos irmãos que sofrem, levando amor e consolo.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Novena de Nossa Senhora das Dores

Eu me compadeço de vós, oh! Virgem Dolorosa, por aquela aflição que o vosso terno coração sofreu na profecia do santo velho Simeão.
Minha querida mãe, por vosso coração tão magoado, alcançai-me a virtude da humildade e o dom do santo temor de Deus.
Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, oh! Virgem Dolorosa, por aquelas angústias que o vosso sensibilíssimo coração sofreu na fuga e permanência no Egito.
Minha querida mãe, por vosso angustiado coração alcançai-me a virtude da liberalidade, especialmente para com os pobres e o dom da piedade.
Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, oh! Virgem Dolorosa, por aquela agonia que o vosso solícito coração sentiu na perda do vosso Jesus.
Minha querida mãe, por vosso coração tão vivamente comovido, alcançai-me a virtude da castidade e o dom da ciência.
Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, ó Virgem Dolorosa, por aquela consternação que o vosso materno coração sentiu ao encontrardes o vosso filho com a cruz às costas.
Minha querida mãe, pelo vosso amoroso coração de tal modo atormentado, alcançai-me a virtude da paciência e o dom da fortaleza.
Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, ó Virgem Dolorosa, por aquele martírio que o vosso generoso coração padeceu ao assistirdes Jesus agonizante.
Minha querida mãe, pelo vosso coração a tal extremo martirizado, alcançai-me a virtude da temperança e o dom do conselho.
Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, ó Virgem Dolorosa, por aquela ferida que o vosso piedoso coração sofreu na lançada que rasgou o lado do vosso filho e abriu o seu amabilíssimo coração.
Minha querida mãe, pelo vosso coração de tal maneira traspassado, alcançai-me a virtude da caridade e o dom o entendimento.
Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, ó Virgem Dolorosa, por aquela amargura que o vosso coração amantíssimo sofreu na sepultura do vosso Jesus.
Minha querida mãe, pelo vosso santo coração tão aflito, alcançai-me a virtude da diligência e o dom da sabedoria.
Ave-Maria
V. Rogai por nós, virgem dolorosíssima,
R. para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos:

Interceda por nós ante a vossa clemência, Senhor Jesus Cristo, agora e na hora da nossa morte, a bem aventurada Virgem Maria, vossa mãe, cuja sacratíssima alma foi traspassada por uma espada de dor na hora da vossa paixão, por vós mesmo, Jesus Cristo, salvador do mundo, que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos amém.

Novena de Nossa Senhora das Dores

Ave-Maria Dolorosa

Deus vos salve, Maria, cheia sois de dores;
Jesus crucificado está contigo; digna sois de chorada e compadecida entre todas as mulheres, e digno é de ser chorado e compadecido Jesus, fruto bendito de teu ventre.
Santa Maria, Mãe do Crucificado, dai lágrimas a nós crucificadores de teu Filho, agora e na hora de nossa morte. 
Amém.

Oferecimento para todos os dias

Oh! Deus meu!
Eu creio, adoro, espero e Vos amo.
Peço-vos perdão pelos que não crêem , não adoram , não esperam e não Vos amam.
Oh! Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo! eu vos adoro profundamente e vos ofereço o preciosíssimo corpo, sangue, alma e Divindade e de nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todos os tabernáculos do mundo, em reparação dos ultrajes com que Ele é ofendido;
E pelos méritos infinitos de seu Santíssimo Coração e intercessão do Imaculado Coração de Maria, Vos peço a conversão dos pecadores.

Oração Inicial

Oh! Virgem, a mais dolorosa do mundo depois de teu Filho, a cujas dores estiveste perpetuamente
associada:
Vos rogo que me alcances fortaleza para sofrer por meus pecados, como Vós sofrestes pelos nossos, a fim de que, crucificando minhas paixões e concupiscências na cruz de Cristo, levando a cruz de meu dever pelo caminho de minha vida, caminhando em direção ao Senhor e perseverando constantemente a teu lado.
Oh! Mãe minha, ao pé da cruz de teu Filho, viva sempre e morra contigo, redimido e santificado pelo
Sangue preciosíssimo de nosso Redentor.
Também vos peço, por tuas dores, que ouças meu pedido nesta Novena e, se convém , me concedas.

Primeiro Dia

Oh! Virgem dolorosa, sendo Vós árvore florido, fostes tão aflita, e eu árvore seca e inútil, quero viver
sossegado e sou impaciente de toda moléstia e adversidade.
Rogo-vos me concedas espírito de penitência, humildade e mortificação cristã para imitar a Vós e a teu amado Filho, crucificado por mim.

Segundo Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que sofrestes quando o ancião Simão vos profetizou as contradições com que o mundo havia de perseguir a teu Filho, vos suplico não permitas que eu me encontre entre os mundanos inimigos de teu Filho, senão entre os que professam docilmente sua doutrina e a reflita em seus costumes verdadeiramente cristãs, para que seja também daqueles a quem Ele será ressurreição e vida.

Terceiro Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que tiveste quando o soberbo e ambicioso Herodes quis dar morte a teu Filho, que vinha a dar-nos vida, livrai-me de toda ambição e soberba e, em vez desalojar de meu lado a teu Filho, Ele chame a mim, e, deponha todos os meus interesses, Ele venha a reinar sobre mim, sendo eu seu vassalo fiel e obediente, para reinar com Ele na glória.

Quarto Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que sofrestes quando perdeste a teu Filho em Jerusalém e estiveste três dias buscando-o, vos suplico que nunca eu o perca pelo pecado e que, se o perco, o busque com arrependimento, e buscando-o, o ache com a sincera confissão no templo e o conserve com a verdadeira religião.

Quinto Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que tiveste quando pelo vale da amargura acompanhaste a teu Filho até o Calvário, fazei que eu também o acompanhe, levando a cruz que sua providencia me tem dado, com humilde paciência e digna constância, sofrendo bem todas as moléstias que venham de meus próximos.

Sexto Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que tiveste quando viste a Jesus cravado na cruz, concedei -me que eu me aproveite dos frutos de sua Paixão, que seja um cristão verdadeiro, crucificado com Cristo, e que considere como uma honra o padecer e sofrer algo por ser cristão e praticar as virtudes cristãs.

Sétimo Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que sofrestes ao receber a teu Filho morto e baixado da cruz, vos suplico me alcances o perdão de minhas culpas, que foram a causa de sua morte, e que suas feridas se gravem profundamente em minha memória e meu coração, como testemunho de seu amor, para que o ame até a morte.

Oitavo Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor com que acompanhaste a teu Filho a sepultura e ali o deixastes sepultado, concedei-me que eu morra com os auxílios da Religião e seja sepultado entre os fiéis cristãos com Cristo, para que, no dia do juízo, mereça ressuscitar com os verdadeiros cristãos e ser levado a direita de Cristo.

Nono Dia

Oh! Virgem dolorosa, Concedei-me que assim como Vós, por tuas dores, recebes grande glória no céu e triunfas ali como rainha gloriosa dos mártires, assim eu também, depois de uma vida mortificada com Cristo, mereça viver eternamente na glória, com Cristo.
Concedei-me, Oh! rainha dos mártires, viver na cruz com paciência, morrer na cruz com esperança e reinar pela cruz com glória.

Oração final para todos os dias.

Lembrai-vos, Virgem Mãe de Deus, quando estiverdes na presença do Senhor, de falar em favor nosso e que aparte sua indignação de nós.
Oh! Santíssima Mãe, faz-me esta graça:
Fixai em meu coração com eficácia as Chagas de Jesus crucificado.
Fazei que de Cristo em mim leve a morte, que participe de sua Paixão e sorte e medite em suas Chagas.
Para que não arda nos eternos fogos, defendei-me Vós, Oh! Virgem, com teus rogos, no dia do juízo.
E Vós, Oh! Cristo, ao sair eu desta vida, por tua Mãe querida, fazei que chegue a palma de vitória.
Quando meu corpo morra, que minha alma adquira do paraíso a glória.
Rezar três Ave-Maria.
Rogai por nós, Virgem dolorosíssima, que estivestes constantemente junto a cruz de Jesus Cristo.
Nossa Senhora da boa Morte, rogai por nós.

Oremos:

Te rogamos, Senhor nosso Jesus Cristo, que interceda ante tua Clemência a bem-aventurada Virgem
Maria tua Mãe, cuja alma foi atravessada pela espada de dor na hora de tua Paixão.
O pedimos por ti, Oh! Jesus Cristo, Salvador do mundo, que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.
São José, rogai por nós.

Fonte: www.oracoes.info

Nossa Senhora das Dores

A devoção a Nossa Senhora das Dores tem origem na tradição que conta o encontro de Maria com seu filho Jesus, a caminho do Calvário.  Ao ver o amado filho carregando a pesada cruz, torturado e sofrido, coroado de espinhos e ensangüentado, a dor da Mãe de Deus foi tão profunda que nos faz refletir até hoje sobre as nossas próprias dores.

Nos primórdios da Igreja, a festa era celebrada com o nome de Nossa Senhora da Piedade e da Compaixão.  No século XVIII, o papa Bento XIII determinou, então, que se passasse a chamar de Nossa Senhora das Dores.

A ordem dos servitas foi responsável por criar uma devoção especial conhecida como “As Sete Dores de Nossa Senhora”, que nos lembram os momentos de sofrimento e entrega de Maria ao seu Senhor.

As Sete Dores de Maria:

1 – A profecia de Simeão – Lc 2, 35
2 – A fuga com o Menino para o Egito – Mt 2, 14
3 – A perda do Menino no templo, em Jerusalém – Lc 2, 48
4 – O encontro com Jesus no caminho do calvário – Lc 23, 27
5 – A morte de Jesus na cruz – Jo 19, 25-27
6 – A lançada no coração e a descida de Jesus da cruz – Lc 23, 53
7 – O sepultamento de Jesus e a solidão de Nossa Senhora – Lc, 23, 55

Significado das Sete Dores de Maria

1ª Dor – Apresentação de meu Filho no templo

Na primeira dor o Coração de Maria foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que o Filho dela seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros. Quando soube que uma espada lhe atravessaria a alma, desde aquele instante Maria experimentou sempre uma grande dor, mas sempre olhava para o Céu e dizia: ‘Em vós confio’.

Quem confia em Deus jamais será confundido. Em nossas penas, angústias, confiemos em Deus e jamais nos arrependeremos dessa confiança. Quando a obediência nos trouxer qualquer sacrifício, confiando em Deus, a Ele entreguemos nossas dores e apreensões, sofrendo de bom grado por amor. A virtude nesta dor é a da santa obediência.

2ª Dor – A fuga para o Egito

Quando Jesus, Maria e José fugiram para o Egito, foi grande dor saber que desejavam matar o seu filho, aquele que trazia a salvação! Maria não se aflige pelas dificuldades em terras longínquas; mas por ver seu filho inocente perseguido, por ser o Redentor. Ela suportou o exílio por amor e por alegria por Deus fazer dela cooperadora do mistério da salvação. No exílio Maria sofreu provocações, mas as portas do Céu futuramente abririam. Esta dor ensina a aceitar as provocações do dia-a-dia com alegria de quem sofre para agradar a Deus. Esse agir e esse procedimento chamam-se santidade. Por isso, somos convidados a aceitar os sofrimentos por amor a Deus.

3ª Dor – Perda do Menino Jesus

Maria procurou Jesus por três dias. Ela tinha consciência de que Jesus era o Messias prometido. Quando o encontrou no Templo, no meio dos doutores, ao dizer-lhe que havia deixado sua mãe três dias em aflição, ele respondeu-lhe: “Eu vim ao mundo para cuidar dos interesses de meu Pai, que está no Céu”. À esta resposta do meigo Jesus, Maria emudeceu e compreendeu que sendo o seu Filho, Homem e Deus, aquele que salva assim deveria proceder, submetendo a sua vida à vontade de Deus, que muitas vezes nos fere em proveito de nossos irmãos.
Jesus deixou Maria por três dias angustiada para proveito da salvação. Aqui devemos contemplar as mães que choram, ao verem os seus filhos generosos ouvirem o chamamento divino, aprendendo com Maria a sacrificar o seu amor natural.

4ª Dor – Doloroso encontro no caminho do Calvário

Contemplemos e vejamos se há dor semelhante à Dor de Maria Santíssima, quando encontrou-se com seu divino Filho a caminho do Calvário, carregando uma pesada cruz e insultado como se fosse um criminoso. ‘É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da mansão da paz!’
Ao encontrá-lo, Jesus fitou os olhos de Maria e a fez compreender a dor de sua alma. Não pôde dizer-lhe palavra, porém a fez compreender que era necessário que se unisse à Sua grande dor. A união da grande dor de Maria e Jesus nesse encontro tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas!

5ª Dor – Aos pés da Cruz

No momento da crucificação de Jesus os judeus diziam: ‘Se Ele é Deus, por que não desce da cruz e se livra a si próprio?!’. Jesus precisava dar o exemplo, para que seus filhos tivessem a força de praticar uma virtude, que tanto custa aos filhos deste mundo, que têm nas veias a herança do orgulho. Depois de três horas de tormentosa agonia, Jesus morre, deixando Maria na mais negra escuridão! Sem duvidar um só instante, ela, contido, aceitou a vontade de Deus e, no seu doloroso silêncio, entregou ao Pai sua imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para os criminosos.

Fazer a vontade de Deus foi o conforto de Maria; saber que o Céu foi aberto para todos os filhos foi seu consolo! Porque Maria também no Calvário foi provada com o abandono de toda consolação!

6ª Dor – Uma lança atravessa o Coração de Jesus

Com a alma imersa na mais profunda dor, Maria viu Longinus transpassar o coração de seu Filho, sem poder dizer uma palavra! Derramou muitas lágrimas. A dor de ver transpassar o Coração de Jesus com a lança, conferiu a Maria o poder de introduzir, em seu amável Coração, a todos aqueles que a ele recorrerem. Sua alma e seu coração participaram dos suplícios do Salvador, conforme a vontade do Altíssimo, para reparar o pecado da primeira mulher! Jesus foi o novo Adão e Maria a nova Eva, livrando assim a humanidade do cativeiro no qual se achava presa. Logo após depositaram Jesus em seus braços, não mais cândido e belo como em Belém.

7ª Dor – Jesus é sepultado

Maria assistiu toda dor de seu filho a de suportou a própria ao ver seu Filho sendo humilhado e sepultado, sendo Ele o mesmo Deus! Por humildade, Jesus submeteu-se à própria sepultura, para depois, ressuscitar dentre os mortos!

Oração da Nossa Senhora das Dores:

Virgem Mãe tão santa e pura, vendo eu tua amargura, possa contigo chorar. Que do Cristo eu traga a morte, sua paixão me conforte, sua cruz possa abraçar! Em sangue as chagas me lavem e no meu peito se gravem, para não mais se apagar. No julgamento consegue que às chamas não seja entregue quem soube em ti se abrigar. Que a santa cruz me proteja, que eu vença a dura peleja, possa do mal triunfar! Vindo, ó Jesus, minha hora, por essas dores de agora, no céu mereça um lugar.

Fonte: www.santoprotetor.com

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