Flamenco

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A dança flamenca serviu como “cartão postal” da cultura espanhola durante muitos anos, apresentada como manifestação folclórica daquele país.

Porém a Arte Flamenca nunca conseguiu manter-se na categoria de dança folclórica, pois não é uma manifestação cultural de um povo específico. Devido a sua amplitude, aos poucos foi sendo rotulada como dança étnica e, até hoje, é vista dessa maneira nos países estrangeiros à Espanha.

Uma perda para a dança contemporânea!

A Arte Flamenca não pertence a nenhuma cultura especificamente. Embora tenha nascido no sul da Espanha, na região da Andalucia, o FLAMENCO é uma manifestação de várias culturas integradas.

A convivência sócio-econômica e cultural de alguns povos, entre eles árabes, judeus, ciganos de origem hindu, e o povo nativo da Andalucia, provocou essa manifestação cultural que não encontra parentesco em nenhum outro lugar do mundo.

Sendo uma cultura, ou expressão artística, proveniente da integração de várias culturas, de várias etnias, o FLAMENCO não pode ser enquadrado numa categoria de dança étnica, pois representa uma diversidade e não uma particularidade de qualquer etnia.

Esse enclausuramento deveu-se tanto a uma iniciativa de apropriação dos próprios artistas flamencos, quanto a uma falta de conhecimento da complexidade da arte flamenca, por parte dos estrangeiros.

No entanto, nos idos dos anos 70 e 80, artistas como Paco de Lucia, Camarón de La Isla e Antonio Gades, expandiram os limites dessa manifestação cultural, apresentando ao mundo o FLAMENCO como uma autêntica expressão artística que disputou reconhecimento com outras manifestações já consagradas como o Jazz ou a dança clássica.

FLAMENCO é uma técnica de música e dança extremamente requintada e tem um “código” expressivo próprio e desenvolvido.

A complexidade da arte flamenca envolve uma integração definida entre música, dança e teatralidade dificilmente encontrada em outras manifestações artísticas. Em verdade a música flamenca, cante e toque, pode ser realizada independente da dança, mas o baile flamenco não tem essa possibilidade inversa; é determinantemente uma dança que se realiza acompanhada de música ao vivo, o que a torna absolutamente teatral. O que se pode encontrar diferentemente dessa estrutura é um estereotipo elaborado sobre a linguagem da dança e não uma representação de sua essência.

Por estar a dança flamenca absolutamente integrada à música, e por essa música ser de natureza bastante expressiva, apresentando sempre uma temática desenvolvida pela poesia cantada, o baile flamenco manifesta um tipo de dramaturgia que o coloca na categoria de dança-teatro.

Às vezes mais poética e abstrata, ou em outras ocasiões mais comprometida com uma narrativa e até com a formalização de personagens, a dança flamenca é por natureza uma manifestação artística da DANÇA-TEATRO, dentro de uma linguagem própria e específica.

O FLAMENCO espanhol criou uma geração de pesquisadores que vêm se dedicando a integração do FLAMENCO com outras linguagens. No caso da dança, por exemplo, vêm sendo desenvolvidas pesquisas que integram o FLAMENCO à dança moderna de Martha Graham, ou às aplicações processuais dos trabalhos de Pina Baush; muitas explorações foram e são feitas na aproximação da dança flamenca e do teatro formal, a começar por textos de Garcia Lorca, ou textos de teatro clássico, ou uma integração da dança flamenca à comédia dell’arte que foi recentemente encenada em Madrid.

Fonte: www.flamencobrasil-raies.com.br

Flamenco

O flamenco é ainda muitíssimo popular em Espanha, inclusivamente entre os jovens. Encontra-se em todo o lado.

Há aproximadamente 30 variedades de flamenco. A forma mais autêntica é o “Duende”. Esta é considerada a forma ideal do flamenco.

O flamenco remonta ao século XVI. Foi desenvolvido pelos ciganos que cantavam e dançavam em torno de fogueiras. Cada canção tinha um profundo significado e tratava de temas de amor, história e política.

O flamenco é considerado a música de Espanha: uma combinação dinâmica da música, da dança e das letras com significado. Os ciganos dizem que lhes está na massa do sangue. As letras trágicas e os tons da guitarra representam o seu passado sofrido.

Há festas e feiras espanholas ao longo de todo o ano. A maior parte destas “fiestas” incluem o flamenco como música principal. As mulheres espanholas e as miúdas pequenas vestem-se igualmente com roupas de flamenco tradicionais. Gostam de exibir os seus chamativos vestidos cheios de côr.

Flamenco

Fonte: spain.costasur.com

Flamenco

O Flamenco compreende muito mais que uma simples modalidade de dança, sendo mais considerada como uma real expressão artística

Flamenco compreende muito mais que um estilo, ou uma simples modalidade de dança. Seu significado envolve toda uma forma de expressão artística que reflete a cultura da Andaluzia (região sul da Espanha).

Originada primeiramente nas ginaterias (bairros pobres ciganos), tornou-se uma arte popular tecnicamente elaborada e com grande expressão emocional, sendo passada de geração para geração pela família cigana, e que ao longo dos anos se difundiu a nível mundial transformando-se, provavelmente, na mais conhecida expressão da cultura espanhola.

O cante é a forma mais antiga do flamenco, com o passar do tempo, novos elementos e inovações (técnicas modernas) passaram a ser incorporado, extrapolando-se os limites do folclore, difundindo-se cada vez mais para um número crescente de adeptos.

A dança flamenca une muitas influências em sua técnica: dança moderna, contemporânea e balé clássico, tornando o Flamenco ainda mais rico, sendo considerado a arte mais completa, tanto corporal como musicalmente.

Resultado da mescla de muitas culturas, porém, mais importante que sua história e suas técnicas, deve-se ressaltar que a Arte Flamenca é antes de tudo uma atitude, onde os sentimentos e emoções do interior da alma, são expressados e compartilhados através do prazer da música, do cante, do baile, do toque da guitarra espanhola e de seu elemento fundamental, o duende (alma ou sentimento flamenco).

As antigas reuniões do flamenco, onde os ciganos juntavam-se para cantar e dançar com a finalidade de liberar suas tensões e frustrações da vida, são até hoje conhecidas como juergas, e nelas, o importante é ser espontâneo na expressão artística.

O duende é alcançado através da juerga (e só pode estar presente quando as emoções estão livres e irrestritas). A juerga geralmente inicia-se com um encontro, onde as pessoas conversam, comem e tomam vinho, e logo após dançam o Flamenco por toda a noite!

Fonte: www.portaldointercambio.com.br

Flamenco

Flamenco

O Flamenco é uma forma de expressão artística que reflete a cultura da Andaluzia, região sul da Espanha, que ao longo dos anos se difundiu a nível mundial transformando-se, provavelmente, na mais conhecida expressão da cultura espanhola.

Podemos dizer que a Arte Flamenca é o resultado da mescla de elementos das muitas culturas que atravessaram a Andaluzia durante séculos, que juntando-se s formas expressivas elaboradas e difundidas pelos ciganos, originaram uma arte popular, tecnicamente elaborada e com grande expressão emocional.

Porém, mais importante que sua história e suas técnicas, o Flamenco é uma atitude, é a manifestação da alma de uma pessoa. Ser Flamenco é colocar para fora sentimentos e emoções trancadas e compartilhá-las através da música, do cante, do baile e dos “jaleos”.

Flamenco é antes de tudo emoção, sentimento, expressão interior e prazer!.

Fonte: lumoura.com.br

Flamenco

Flamenco é um estilo musical e um tipo de dança fortemente influenciado pela cultura cigana, mas que tem raízes mais profundas na cultura musical mourisca. A cultura do flamenco é originária da Andaluzia em Espanha, mas tornou-se um dos ícones da música espanhola e até mesmo da cultura espanhola em geral.

O Novo flamenco é uma variação recente do flamenco que sofreu influências da música moderna, como a rumba, a Salsa, o pop, o rock e o jazz

Originalmente, o flamenco consistia apenas de canto (cante) sem acompanhamento. Depois começou a ser acompanhado por guitarra (toque), palmas, sapateado e dança (baile). O toque e o baile podem também ser utilizados sem o cante, embora o canto permaneça no coração da tradição do flamenco.

Mais recentemente outros instrumentos como o cájon (uma caixa de madeira usada como percussão) e as castanholas foram também introduzidos.

Sobre o “Nuevo Flamenco”

Há quatro décadas o flamenco vêm se modernizando, com isso as escolas na Espanha voltam a revalorizar o flamenco puro, tentando recuperar a escola da dança espanhola completa, onde se dança com todos os elementos, leques, castanholas, manton, chalés, entre outros.

Sem deixar de apreciar a destreza do baile rápido, além de ser dificílimo, o que vemos hoje é que as bases estão sendo deixadas para trás, além de um estilo de baile agressivo que pode até assustar o público no lugar de curtir calmamente o desenvolvimento do sentimento e a evolução de uma coreografia.

Também não vemos as diferenças entre um baile de seguiriya, soleares, bulerías, taranto ou etenera que não devem ser bailados do mesmo modo.

Etapas importantes para a formação do aluno são puladas. Normalmente, para alguém se tornar um solista, a verdadeira escola demora muito anos. Nesta preparação é a fase do ?abc? das coisas, pois sem saber o abecedário ninguém pode ler. Infelizmente, isso é o que acontece atualmente com a dança flamenca.

Aulas de exercícios violentos que não respeitam o ritmo de aprendizado dos iniciantes, formadas por grande número de componentes, onde não acontecem as devidas correções de um aluno de cada vez; aulas que são mais demonstrativas da destreza de um maestro que muitas vezes não tem a paciência de observar cada aluno.

É necessário o tempo. Podemos competir com qualquer coisa menos com o tempo. O tempo é necessário para fazer a cabeça, os músculos, o raciocínio e o entendimento do tema.

O que estamos presenciando é um flamenco moderno com muitas fusões. O flamenco é uma dança difícil de ensinar, aprender, interpretar e sentir. Sentir é o mais importante e é o que menos se vê.

A grande preocupação é o virtuosismo, a rapidez, a energia e até os malabarismos, numa corrida contra o tempo, com mal aprendizado das bases e que formam solistas despreparados que aprenderam uma coreografia de laboratório passada de um bailarino para outro e já sobem ao palco e se chamam de solistas.

Os flamencólogos em seu desesperado intento de salvar algo tão rico como a pureza do flamenco lutam e tentam fazer um resgate urgente das origens. A Espanha, berço da dança espanhola e flamenca, é a primeira culpada pela situação.

Devido a quantidade de artistas dedicados a esta arte, mas com poucos lugares para trabalhar, além de mal remunerados, estes acabam usando como alternativa uma criatividade baseada na fusão que anteriormente falamos das danças modernas, misturando elementos das danças americanas para chamar a atenção e realizar um trabalho de dança flamenca estereotipada, às vezes, ridícula, com falta de talento e emoção. E este é o drama que vem sendo vivenciado por esta preciosa arte.

Onde está o sentimento?

É tão difícil um baile flamenco preparado onde o artista emana das entranhas mais profundas de seu ser a alegria, a tristeza e o drama, chegando até a entrar em um transe. O culpado do malabarismo ridículo.

Já não vemos mais bailaores como Rafael de Córdoba, artista espanhol esquecido e que se sobressaiu numa época de escassos meios de difusões, como também Guito, Mário Maya, Carmem Amaya, entre outros.

Posteriormente, sabemos que o flamenco renasceu através da trilogia de Carlos Saura, Antônio Gades e Cristina Hoyos com os filmes Bodas de Sangue, Carmem e Amor Brujo, com o extraordinário guitarrista de música flamenca Paco de Lucia e o também experiente cantaor Camarón de la Isla.

Em 1980, ainda não existia aqui o flamenco, mas apenas a popular dança espanhola.

Hoje se fazem profissionais em dois anos, ou menos, e se fala que o flamenco tradicional é antigo.

Será que o flamenco não é mesmo antigo?

Afinal data do século XVI. Na Espanha, existem especialistas da guitarra, do cante, do baile e os palmeiros. Essas são as origens.

O flamenco não se aprende em cursos de 15 dias com professores que vêm da Espanha, cobram dinheiro extravagante e ensinam pouca coisa. Assim como quem vai à Espanha para voltar logo e traz um certificado de um curso de 15 dias, 30, 40 ou no máximo 90 dias que é o limite permitido de estadia aos estrangeiros, dizendo que seu flamenco é importado e fazendo um currículo falso.

O flamenco é um estilo de vida, de pensamento, dedicação e sobretudo talento. A concorrência que há hoje entre falsos profissionais que se dizem competentes é uma enganação em cima de um povo com desejos de aprender esta arte e que, por não ter pontos de referências, são enganados dia-a-dia na base do comércio da arte.

Eu estou unida aos flamencólogos que lutam na Espanha para resgatar a pureza, a nobreza e a autenticidade do flamenco da dança espanhola que é realizado através da comunhão de três elementos, o bailaor, o cantaor e o tocaor.

Não se deve usar os meios para outros fins. E para terminar, como sempre digo, quem entra no flamenco nunca sai e se sair é porque nunca entrou, assim como quando se é jovem temos a energia e quando se é velho temos a sabedoria. E se não existe a sabedoria o que é que fica?

La Morita

Fonte: flamencomt.multiply.com

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