Sistema Elétrico


Sistema Elétrico – O que é

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Sistema Elétrico
Sistema Elétrico dos Veículos

O Sistema Elétrico do seu carro é composto por bateria, motor de arranque e alternador.

A bateria fornece suco para o motor de arranque.

Em seguida, o alternador dá essa bateria a energia que necessita para alimentar o seu carro.

Se uma destas peças não estiver funcionando corretamente, seu carro não irá iniciar ou funcionar corretamente.

Bateria

A bateria fornece toda a corrente elétrica do carro. Isto inclui a corrente para os sistemas de ignição e de combustível, que são responsáveis pela criação de combustão necessário para o motor a funcionar.

Partida

Enquanto a bateria fornece a energia para começar o seu veículo, o motor de arranque é realmente o que recebe o motor em andamento.

A bateria fornece uma pequena quantidade de energia ao motor de arranque.

O motor de arranque, em seguida, gira o volante, que gira o eixo de manivela e começa o movimento dos pistões do motor.

Este intrincado processo é por isso que é fundamental para garantir que os trabalhos iniciais.

Alternador

Quando o motor está funcionando, o alternador mantém a bateria carregada e o sistema elétrico funcionando.

O seu carro pode começar com um alternador defeituoso, mas não será capaz de funcionar durante um período de tempo prolongado. Se o alternador requer substituição, o sistema elétrico do seu veículo irá realizar de forma irregular, a bateria descarrega, e, eventualmente, o seu motor vai perder o poder.

Sistema Elétrico – Automóvel

Ao pensar em sistema elétrico do automóvel, impossível é não fazer ligação direta com a bateria. E a qualquer falha na hora de dar partida é inevitável apontá-la como culpada. Porém, é preciso lembrar que além da bateria, peças como velas de ignição, módulo de injeção, filtro e bomba de combustível também integram o sistema elétrico do veículo e, portanto, podem ser os causadores de costumeiras panes entre muitos quatro rodas.

Assim, é ideal ficar atento à manutenção dos citados itens, não cair em pane fácil e muito menos gastar dinheiro na solução errada.

Acontece que muita gente pensa que quando o carro não pega a frio a culpa é da bateria. E aí se compra uma nova, porém o problema persiste. Isso porque ele pode estar, por exemplo, no filtro de combustível entupido que, por consequência pode forçar e queimar a bomba de combustível, que é elétrica. Assim, o ideal é sempre fazer manutenção e sempre acionar o mecânico de confiança quando houver algum problema, explica Gizélio Moraes dos Anjos, mais conhecido por Nininho e proprietário de uma loja especializada em sistema elétrico de automóveis em Aracaju.

Segundo Nininho, as velas de ignição devem ser verificadas a cada 15 ou 20 mil quilômetros rodados, assim como o filtro de combustível. Já a bateria deve passar por uma revisão a cada três meses.

Basta levar a qualquer assistência técnica da marca da bateria que eles fazem a avaliação, limpam os terminais. Ainda que ela tenha sido comprada no mercadinho, ela pode ser levada à assistência técnica para avaliação sem nenhum ônus para o consumidor. Muitas pessoas acham que não, mas pode e deve sim, revela Nininho.

Além da revisão preventiva, alguns outros cuidados são essenciais para evitar o desgaste precoce das peças. Assim, é sempre bom lembrar de solicitar o isolamento do módulo de injeção na hora de lavar o carro. Frequentemente a água acaba se infiltrando no módulo nesses postos de lavagem, queimando-o.

Por isso é ideal que o dono do carro peça para isolar área para que não tenha prejuízos maiores. Na semana passada, consertei dois carros por causa desse problema que pode ser evitado, diz Nininho.

E aos proprietários de carros convertidos a gás natural veicular, um alerta a mais: é recomendado alternar o uso dele com o do combustível original. Por exemplo, o carro é a gasolina e a pessoa somente roda a gás. Isso prejudica os bicos injetores e a bomba de combustível. Há casos em que a bomba é danificada, aí o dono deixa pra lá e depois, quando vai ao mecânico, verifica que os bicos injetores também foram afetados. O resultado disso é mais gasto.

“Por isso, o ideal rodar com os dois combustíveis alternadamente para prevenir, ressalta o especialista em elétrica automotiva. Siga as dicas e evite transtornos com o sistema elétrico do veículo.

Sistema Elétrico – Dicas básicas

Jamais tente dar partida por mais de sete segundos seguidos. Caso necessário, obedeça intervalos de 20 segundos entre cada tentativa. Acionar insistentemente o sistema de ignição pode descarregar a bateria do veículo.

Jamais coloque detergente comum no reservatório de água do limpador de pára-brisas. Utilize apenas produtos específicos ou água pura. A oleosidade de alguns produtos podem forçar a bomba elétrica, além de causar o ressecamento das borrachas das paletas, ocasionando uma troca prematura das mesmas.

Evite manter acionada a bomba elétrica do limpador por mais de 30 segundos ou com o reservatório vazio, esse esforço pode danificá-la.

Veículos com sistema de injeção eletrônica requerem cuidados especiais em situações que a ligação direta seja necessária, popularmente conhecida como “chupeta”.

Siga alguns passos básicos:

1- Dê partida no carro que proverá a energia.
2-
Primeiramente, conecte os pólos positivos de cada cabo e, posteriormente, os pólos negativos.
3-
Acelere o carro gerar energia em marcha lenta (bastam 1500 rpm).
4-
Dê partida no carro que receberá energia.
5-
Depois da partida, acenda o farol alto e o desembaçador elétrico (estes dispositivos consomem mais energia, evitando variações de corrente que podem prejudicar o funcionamento da injeção eletrônica).
6-
Realizados esse procedimentos, só então desconecte os cabos.

Sistema Elétrico – Partida

Muitos motoristas lembram-se de alguns dos sistemas de um carro apenas quando estes apresentam problemas, e aí algumas cenas tornam-se comuns. Acordar cedo, dirigir-se ao carro na garagem e já atrasado, dar a partida sem nenhum sinal do motor virar. Para que isto não aconteça, nós vamos dar algumas dicas e explicações de como manter em ordem o sistema de bateria, alternador e o motor de arranque, que em geral são os responsáveis pelo problmea neste tipo de situação.

Alguns problemas podem ser evitados com a verificação da conexão do cabo de bateria, correia do alternador, e nível da água da bateria (se a mesma não for selada). Outros itens dependem de uma checagem e/ou troca em certos intervalos de tempo, como qualquer outra parte do carro.

Se sua bateria for livre de manutenção, basta checar o visor. Se estiver verde ou azul é sinal que a carga está OK. Se o indicador estiver vermelho é sinal que a bateria está fraca e necessitando de carga.

Alguns problemas podem ser descobertos antes de ocorrerem, pois alternadores e baterias costumam dar sinais de “problemas”, antes mesmo que ocorra uma pane. Um dos primeiros avisos, é a dificuldade do motor de arranque em conseguir com que o motor entre em funcionamento, fazendo com que o motorista force mais a partida para que o motor de arranque faça o motor funcionar.

Outra forma de descobrir, é ficar de olho nos faróis e nas luzes internas. A bateria quando não está sendo carregada adequadamente, tem dificuldade de mandar energia para os faróis em marcha-lenta e conforme aumenta-se a rotação, a luminosidade aumenta, dando indícios de problema no alternador ou dínamo (em carros mais antigos). Estes sintomas podem ser também algum mau contato ou curto-circuito no sistema elétrico.

Ao completar o nível de água na bateria, utilize somente água destilada, pois a água de torneira contém minerais dispersos e cloro que podem danificar as placas. A falta de água na bateria, pode acarretar na sua perda, já que as placas se colam umas às outras e entram em curto- circuito. Nunca deixar que o nível passe a marca MAX, pois a bateria se aquece com a carga e podem ocorrer vazamentos.

Sempre verifique os pólos da bateria quanto à oxidação ou se há um pó esverdeado. Quando existe muito óxido, pode ocorrer do carro dar a partida mas o alternador não conseguir carregar a bateria devida à baixa amperagem, como consequência da oxidação. Neste caso a solução é bem simples, bastando desconectar os terminais e lavá-los. Cuidado com a pele e a pintura do carro e certifique-se que não haja vazamentos, pois o ácido de bateria é corrosivo. Depois de lavar os terminais, com o auxílio de uma lixa, limpe os terminais removendo toda a oxidação que provoca os problemas de contato. Em seguida coloque um pouco de vaselina nos pólos e conecte os cabos.

Se a bateria for selada não há muito que fazer, além da limpeza e a checagem do visor de carga.

Se durante uma viagem ou um longo tempo de uso do carro aparecer um cheiro ácido, pare o carro e verifique se a bateria está muito quente. Se estiver é possível que o alternador esteja enviando excesso de carga para a bateria, podendo fazer com que a bateria exploda. O problema pode estar no regulador de voltagem.

O motor de arranque pode apresentar alguns dos sintomas de bateria fraca, como por exemplo, você dar a partida e o motor virar pesado. Este sintoma pode indicar algo de errado com o motor de arranque e não com a bateria. Portanto, verifique se a bateria tem carga suficiente.

Verifique também o ponto de ignição do motor, já que um motor muito atrasado vai parecer sintoma de bateria fraca.

Geralmente quando há problemas de voltagem, a luz indicadora de bateria no painel se acenderá denunciando problema de alternador com o veículo em movimento.

Nunca faça um carro pegar no tranco, pois essa mania pode trazer um sério prejuízo ao sistema de câmbio e diferencial (tração traseira). Em carros dotados de catalisador, ao fazê-los pegar no tranco, pode-se correr o risco de queimar a parte interna do mesmo, já que a gasolina não queimada e a alta temperatura do escapamento podem ocasionar um incêndio interno comprometendo o uso do catalisador e portanto trazendo mais prejuízo.

carros dotados de injeção eletrônica, nem adianta tentar, pois com menos de 9 volts a centralina simplesmente não funciona.

Um cuidado muito importante, é não inverter em hipótese alguma a polaridade dos cabos da bateria, pois isso provoca a queima do módulo de injeção e de outros componentes eletrônicos.

Com essas dicas é possível que você não tenha maiores dores de cabeça com o sistema elétrico responsável pela partida do seu carro. Basta ficar de olho em alguns componentes e ficar atento aos sintomas do carro para poder descobrir o defeito.

Sistema Elétrico – Carro

O motivo do carro não querer pegar nem sempre é culpa da bateria: o problema pode estar no motor de arranque, alternador e outros componentes elétricos.

O dia está frio, você entra no carro, gira a chave e o motor demora a pegar. Você tenta de novo e nada. Bem, antes de começar a culpar a bateria é preciso dar uma conferida no sistema elétrico do automóvel. Uma pesquisa revela que apenas 10% dos problemas são provocados pela bateria.

A informação é do serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Comal, representante exclusiva da baterias Moura no Estado. O sócio da empresa, Célio de Carvalho, explicou que, em muitos casos, é preciso verificar o motor de arranque, o alternador e outros componentes elétricos antes de pensar em substituir a bateria.

No inverno, ou em dias muito frios, o sistema elétrico precisa de mais força para iniciar a partida. Os óleos presentes no veículo estão mais densos por causa do frio, e o motor de partida é mais exigido. Se o motor de arranque ou outro componente elétrico estiver com problemas, o veículo não irá pegar. A bateria pode ficar descarregada, mas isso não significa que ela esteja com defeito, explicou Célio.

Outros problemas que podem provocar a descarga da bateria são a fuga de corrente elevada, uso de acessórios elétricos com o veículo desligado, alternador que não gera energia suficiente para a bateria e adaptações de acessórios muito além da capacidade suportada pela peça.

No Estado, os motoristas que moram no litoral e gostam de curtir o friozinho das cidades da região serrana devem ter o cuidado de revisar seus veículos. Em lugares quentes, a bateria funciona normalmente com 60% de sua capacidade, o que não acontece no frio.

Se o veículo não pegar de primeira, espere alguns segundos antes de tentar dar a partida novamente. Se isso não der certo, confira se os conectores e cabos estão presos.

Se nada funcionar, talvez seja preciso levar o automóvel a uma oficina mecânica para conferir se o carro sofre com descarga excessiva da bateria, provocada pelo excesso de equipamentos eletroeletrônicos instalados, ou se há fuga de corrente, que é quando um componente elétrico consome, de maneira irregular, a energia da bateria mesmo com o carro desligado.

FIQUE POR DENTRO

Nunca ligue o carro com componentes elétricos ligados (farol, rádio, ar-condicionado, etc.).
Se o motor não funcionar em sete segundos, pare de tentar, espere mais alguns segundos e tente novamente.
Seja o carro carburado ou eletrônico, não é certo forçar muito a partida, pois pode descarregar a bateria mais facilmente.
Atualmente, as baterias costumam ser seladas, mas se você ainda tem uma bateria que precisa ser abastecida com água destilada, verifique o seu nível.
Verifique se a bateria está bem fixada ao suporte, pois há o risco de incêndio e explosão caso o cabo positivo encoste na parte da lataria que não possui pintura.
Veja se conectores e cabos estão presos, pois podem causar faíscas e até mesmo provocar a explosão da bateria se estiverem soltos.

Sistema Elétrico – Bateria

A bateria ou acumulador é o componente onde a energia que o veículo necessita é acumulada, portanto, é supridora de energia elétrica.

Por isso, merece alguns cuidados:

Verifique constantemente o nível de água, completando-o quando as placas estiverem descobertas;
Em algumas baterias é desnecessária a verificação do nível de eletrólito. A reposição de sua carga é feita pelo alternador, quando o motor está em funcionamento;
Os conectores dos cabos devem estar bem fixados aos pólos da bateria, mantidos limpos e lubrificados com vaselina neutra.

As baterias oferecem risco de acidentes, em função dos elementos que compõem o sistema. Solicite a uma pessoa habilitada para fazer sua remoção e, ao manuseá-la, tome cuidados especiais com os olhos e lave as mãos em seguida.

Se a luz indicadora da bateria no painel acender com o motor em funcionamento, pode significar que a correia do alternador tenha rompido. Neste caso, desligue o veículo e providencie a troca antes de religá-lo.

Faróis e limpador de pára-brisa

Antes de sair com seu veículo verifique o funcionamento das luzes do painel, faróis, buzina e limpador de pára-brisa. O limpador de pára-brisa tem função de manter boas condições de visibilidade com mau tempo. Se as palhetas dos limpadores estiverem ressecadas, é hora de trocá-las.

As setas direcionais, lanternas dianteiras e traseiras, luzes de freios, de ré, e pisca alerta são de fundamental importância para se transitar com o veículo em segurança, por isso devem sempre estar funcionando. É necessário manter os faróis bem regulados, possibilitando boa visibilidade e mais segurança.

Os pneus mal calibrados e cargas mal distribuídas alteram a direção dos fachos de luz.

Sistema Elétrico – Alternador

O sistema de alimentação elétrica que parte do alternador, passa pelos reguladores de tensão e termina no sistema de carga da bateria, veja a seguir como funciona o alternador.

A obtenção de energia elétrica a partir de energia mecânica como a que se dispõe de um motor em movimento é relativamente simples. Os primeiros veículos com motor à explosão já utilizavam os dínamos com a finalidade de obter energia elétrica para a carga da bateria e consequentemente para a faísca das velas, indispensável ao sistema de ignição.

Era um sistema simples em que um dínamo era acionado pelo motor, gerando uma baixa tensão contínua e que passando por um sistema regulador de tensão alimentava tanto os dispositivos elétricos do carro que além do sistema de ignição incluíam os faróis, como também carregava com o excedente da energia, a bateria. Assim, conforme mostra o diagrama simples da figura abaixo, a finalidade do dínamo seria a de fornecer energia para o sistema elétrico com o carro em movimento. Para a partida e eventualmente para acender um farol com o carro parado, deveria entrar em ação a bateria.

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A finalidade do dínamo é de fornecer energia

A grande desvantagem do dínamo é que se exige uma velocidade mínima de rotação do motor para que ele produza tensão suficiente para alimentar os circuitos, daí a necessidade de um sistema regulador de tensão que entra em ação quando a tensão atinge o mínimo exigido.

Para veículos que trafegam na cidade e que portanto estão sujeitos a conseqüentes paradas ou baixas velocidades com a redução da rotação do motor, o uso do dínamo tem sérios inconvenientes pois existe o perigo dele não fornecer pelo tempo necessário a energia para a carga da bateria.

Gerando tensões alternadas e com o uso de diodos semicondutores e mesmo circuitos eletrônicos é possível obter um desempenho muito melhor para o sistema elétrico dos veículos e é isso o que ocorre nos veículos modernos que usam apenas a solução do alternador como fonte de energia a partir do motor. Apenas nos sistemas elétricos de veículos mais simples encontramos a mesma configuração que faz uso do dínamo, como, por exemplo em bicicletas para acender um farol ou luzes de sinalização. Nos veículos automotores atuais que são mais sofisticados a eletrônica aparece em quase todas as funções deste circuito e mesmo em funções adicionais que visam melhorar o desempenho.

O alternador que é o ponto de partida deste sistema é um dispositivo eletro-mecânico e como tal, além de desgastes das partes móveis podem apresentar defeitos. A presença nos modelos atuais de alguns dispositivos eletrônicos internos neste dispositivo faz com que muito eletricistas de automóveis tenham certo receio no seu manuseio, mas com as explicações que daremos a seguir, os leitores verão que isso não se justifica.

O DÍNAMO E O ALTERNADOR

O princípio de funcionamento de um dínamo é muito simples: se tivermos uma bobina que gire dentro do campo magnético criado por um conjunto de imãs ou ainda por outras bobinas, conforme mostra a figura abaixo, cada vez que as espiras dessa bobina cortarem as linhas de força do campo magnético aparece nos extremos da bobina uma tensão elétrica.

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O princípio de funcionamento do dínamo

Ligando uma lâmpada ou outro dispositivo capaz de converter energia elétrica em outra forma de energia, ele funcionará: no caso da lâmpada ela acenderá.

Isso indica que, para cortar as linhas de força do campo magnético é preciso fazer um esforço mecânico na bobina, e a energia mecânica necessária a isso se converte em energia elétrica. O problema do dispositivo que vimos é que a cada meia volta que a bobina dá dentro do campo magnético ela corta duas vezes as suas linhas de força e isso em sentidos opostos. Isso significa que e cada volta, cortando as linhas duas vezes em direção oposta, a bobina gera uma tensão ora com o pólo positivo de um lado, ora do outro. Em outras palavras, girando nestas condições, temos a produção de uma corrente alternada.

De modo a corrigir este problema, na saída da bobina liga-se um sistema de escovas, conforme mostra a figura abaixo, que inverte um dos pólos numa das meias voltas, de modo que tenhamos a corrente circulando sempre no mesmo sentido, ou seja, para que obtenhamos uma corrente contínua.

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O uso das escovas no dínamo

Isso nos leva a dispositivos denominados dínamos. Se eliminarmos o sistema que inverte o sentido da corrente a cada meia volta das espiras, o dispositivo passa a gerar correntes alternadas, ou seja, teremos um alternador. Antigamente não era simples converter a corrente alternada na corrente contínua necessária a muitos dos dispositivos elétricos e eletrônicos de um carro e por isso o uso dos dínamos era obrigatório. No entanto, com a disponibilidade dos diodos de silício, podemos facilmente converter correntes alternadas em contínuas, de modo que tanto faz para um circuito elétrico se ele tenha como fonte de energia tensão contínua como alternada.

Assim, nos veículos modernos, em lugar de usarmos dínamos temos alternadores, ou seja, dispositivos semelhantes em que temos um conjunto de bobinas móveis que gira dentro do campo magnético de um conjunto de bobinas fixas, conforme mostra a figura abaixo.

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Esquema básico de funcionamento de um alternador

Neste caso, como a polaridade da corrente se inverte constantemente, ou seja, os pólos se alternam, temos um alternador. Diodos são acrescentados no próprio dispositivo de modo a se obter a corrente contínua que o circuito elétrico do automóvel precisa para funcionar.

Na figura abaixo temos a disposição dos diodos mostrando que para facilitar a produção de energia de forma mais constante são empregados três conjuntos de bobinas e, portanto três conjuntos (pares) de diodos na maioria dos circuitos.

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Estrutura do alternador – 1-Bobinas móveis, 2-conjunto de diodos, 4-bobina fixa, 5- comutadores, 6-regulador de tensão

O funcionamento de um alternador num veículo, entretanto, não apresenta uma linearidade, o que não é interessante para o circuito elétrico do carro. Os diversos dispositivos que são alimentados pela eletricidade no carro exigem uma tensão fixa, ou pelo menos que oscile numa faixa estreita de valores. Variações da tensão muito grandes podem causar danos a diversos desses dispositivos.

Sabemos que a tensão que um dínamo apresenta na sua saída, conforme mostra a figura abaixo depende de diversos fatores como, por exemplo, a velocidade que o motor gira e a intensidade da corrente exigida pelos circuitos a ele ligados.

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Dentro da variação possível da tensão gerada existe uma faixa de regulagem em que a tensão deve ser mantida

O problema maior ocorre pela enorme faixa de variação de velocidade de um motor de carro que pode ter rotações entre 500 e 6000 rpm. Para que o circuito elétrico do carro se veja alimentado por uma tensão dentro de uma faixa segura, devem ser agregados dispositivos reguladores de tensão.

O ALTERNADOR POR DENTRO

Na figura abaixo temos uma vista explodida de um alternador de carro típico mostrando suas diversas partes.

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O alternador em vista explodida. 1 é a placa com os diodos. 2 é o regulador e 3 as escovas

Internamente observamos dois conjuntos de enrolamentos: os enrolamentos de campo que geram o campo magnético que as espiras do outro enrolamento devem cortar e o enrolamento estator que gera a energia. Internamente temos uma placa em que seis diodos de potência são instalados para retificar a corrente alternada gerada. Estes diodos são fixados numa peça única de metal que também serve de dissipador de calor.

A regulagem da tensão nos veículos mais antigos era feita por um dispositivo eletro-mecânico como nos carros que utilizavam dínamos conforme mostra a figura abaixo.

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Um regulador de tensão eletromecânico encontrado nos modelos de carro mais antigos

Nos veículos modernos, entretanto são usados reguladores de tensão com transistores de potência em configurações como a mostrada na figura abaixo.

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Alternador com circuito regulador de tensão utilizando transistores de potência

Normalmente o que temos é a tradicional configuração do regulador série em que um transistor de potência funciona como um reostato ou resistor variável dosando a corrente de excitação do enrolamento de excitação de modo a controlar a intensidade do campo magnético cujas espiras do enrolamento móvel vão cortar. Este processo é muito melhor do que se tentarmos controlar a corrente principal gerada pelo dínamo que é da ordem de dezenas de ampères exigindo assim transistores de potência muito alta. Mesmo assim o transistor usado deve ser de tipo de alta corrente (20 A ou mais) já que esta é a ordem de grandeza da corrente gerada.

A referência de tensão para a saída tanto pode ser dada por diodos zener como por circuitos integrados. No circuito mostrado como exemplo, o diodo zener Z2 fixa a tensão para o transistor T2 que funciona como driver, controlando a corrente principal através do transistor T1. Na figura abaixo temos as correntes neste circuito quando em funcionamento.

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Circulação das correntes no circuito regulador de tensão

Observe que neste circuito está ligada a lâmpada indicadora de painel que apaga quando a tensão gerada é aplicada ao circuito o que ocorre quando o motor entra em funcionamento. Configurações mais complexas podem ter até 5 transistores sendo também encontradas em alguns veículos. Na figura abaixo mostramos uma configuração em que temos um regulador controlado por um SCR.

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Circuito regulador de tensão utilizando SCRs

Neste circuito o ponto de disparo do SCR após a comutação é determinado pela tensão gerada, funcionando o mesmo como um controle de fase. É importante observar que o uso de equipamentos eletrônicos delicados no carro, principalmente os circuitos de microcontroladores que fazem todo o controle do sistema elétrico e do motor não admitem variações grandes da tensão de alimentação, podendo sofrer danos com facilidade daí a necessidade de circuitos reguladores precisos e eficientes.

SERVICE

Para o técnico eletrônico ou eletricista de automóveis, a presença de um circuito eletrônico que normalmente é embutido na instalação e não raro protegido por meios que impedem o acesso aos seus componentes é uma dificuldade na hora de se fazer o teste de funcionamento e eventualmente uma reparação. Assim, constatando-se que o problema é do regulador de tensão ou ainda de um dos conjuntos de diodos do alternador o procedimento mais comum é a troca do conjunto completo.

No entanto, muitas vezes o acesso a um circuito relativamente simples pode nos revelar que apenas um componente de baixo custo deve ser substituído e isso pode significar economia e em alguns uma solução alternativa quando a peça completa original não está disponível. Muitos reguladores possuem um ponto de ajuste que é um resistor variável; (trimpot) que pode ser acessado por uma chave de fendas e que permite levar o circuito a fornecer as tensões de saída de acordo com as correntes.

A prova de funcionamento de um regulador pode ser feita ligando-se na saída do alternador um voltímetro, bateria e uma fonte de alimentação ajustável de 0 a 15 V e uma lâmpada. Partindo de zero a tensão no circuito, quando ela alcançar algo em torno de 4 a 5 volts a lâmpada deve acender com pequeno brilho, mas indicando que há passagem de corrente. Passando desta tensão até algo em torno de 14 V o brilho da lâmpada deve aumentar. Esta tensão será indicada pelo voltímetro ligado na posição indicada do circuito.

Se a lâmpada apagar antes de chegar aos 14 ou 14,3 V isso significa que pode haver problemas de funcionamento do regulador ou ele não está devidamente ajustado. Deve-se tentar ajustar o regulador (se ele possuir um ponto de ajuste) para que a lâmpada apague com uma tensão de 14,3 V. Para a segunda fase da prova ajustamos a saída da fonte para uma tensão de 15 V. Com isso a lâmpada deve permanecer apagada. Diminuindo agora gradualmente a tensão de saída deve ocorrer o acendimento da lâmpada com uma tensão entre 13,9 e 14 V.

Se isso não ocorrer devemos refazer o ajuste e repetir a primeira parte da prova. Com o procedimento repetido algumas vezes é possível levar o regulador ao funcionamento no ponto ideal. Comprovado o funcionamento o técnico pode reinstalar o regulador ou se necessário fazer o diagnóstico para identificar os eventuais componentes pelo funcionamento anormal.

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Fonte: www.firestonecompleteautocare.com/www.envenenado.com.br/www.cinform.com.br

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