De Castigo

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CONHECEIS Lúcio e Marcelo?
– São meus vizinhos de banco.
Lúcio é um caráter singelo,
Honesto, simples e franco.
Marcelo – é triste dizê-lo –
É mais duro que um barranco

O mestre em vão se afadiga;
Procura meios; estuda;
Com modos brandos profliga
Seus atos: ele não muda!
E à voz do mestre nem liga.
A atenção, que eleva e ajuda.

A mãe debalde o repreende
Com terna solicitude;
Ele jura, que lhe atende
Com promessas de virtude.
Mas, – Deus queira que se emende! –
Nem a própria mãe se ilude.

Sai para as aulas cedinho,
Mas é o último à chamada;
Entra amuado e sozinho,
Carranca sempre fechada,
Cabelos em desalinho
E a roupa desordenada.

Na classe, a todo o momento,
Provoca inúteis querelas;
É sempre o mais desatento;
Vive a olhar para as janelas;
Nada lhe serve a contento;
Chora por vãs bagatelas.

Os outros fogem-lhe ao trato;
Vive isolado consigo;
Nunca se mostra cordato;
Não tem um único amigo!
– Tracei-lhe o perfil ingrato
Numa hora de castigo.

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