Nós Três

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SOMOS três, – nada de estranho –
Os dois canitos e eu.
E, deveras, não me acanho
Dos bens, que a sorte me deu.

Este, pretinho e sedoso,
É o meu amigo LEÃO.
Servir-me em tudo é o seu gozo;
Amar-me o seu galardão.

Este outro, de lácteo dorso,
É o camarada MARFIM.
Não lhe custa um leve esforço
Ferir batalhas por mim.

São guardas do meu trabalho,
Guardas fiéis; e tanto faz
Que eu lhes dê carícia ou ralho:
Onde vou, vejo-os atrás.

Velam o sono e a fadiga
Com tanto cuidado e amor,
Que, neles, desce e me abriga
Do céu materno calor.

São meus únicos amigos;
Vivemos juntos e sós.
Mostram-me ocultos perigos,
O seu faro e a sua voz.

Somos três: não me envergonho;
Valem tanto como eu;
E às vistas do mundo exponho
Os bens, que a sorte me deu.

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