Lazio

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Províncias: Roma (capital). Frosinone, Latina, Viterbo e Rieti.

A cozinha do Lazio, se tem algum prato característico local, pode-se resumir àqueles de Roma. É uma singular cozinha com profundas raízes rurais, salvo pelo conceito de alta cozinha de um tempo.

O povo romano, é de civilização milenar, rico em sabedoria e adverso a qualquer complicação, pobre de fantasia no campo culinário.

Come-se bem na região, porém não com o refinamento de outras regiões da Itália.

O Lazio é rico no repertório dos espaguetes: alho e óleo, a carbonara, a matriciana, etc. São também populares os minestrones e as sopas.

Fonte: digilander.libero.it

Lazio

Acrópoles megalíticas de origens enigmáticas, estradas etruscas talhadas no tufo, igrejas românicas ricas em afrescos, fontes barrocas, brilham sem ser ofuscadas pela beleza da capital.

A história do Lazio, e as vicissitudes do seu desenvolvimento urbano, poderiam muito bem ser separadas entre as de Roma e do restante da região, que por mais de dois milênios se alternaram e entrelaçaram.

Os primeiros habitantes das áreas meridionais e orientais foram povos itálicos, enquanto os Etruscos, de origens até hoje desconhecidas, ocuparam o norte. No centro, surgiu Roma (convencionalmente, em 753 a.C.), que cedo ganhou a supremacia, submetendo todo o Lazio (Séc. III – II a.C.).

Com isto, a atividade de construção, que antes se estendia à inteira região (como atestado pelos chados etruscos e os ciclópicos restos de muralhas itálicas), passou desde então a concentrar-se quase exclusivamente em Roma.

E, só na alta Idade Média, após a queda do império e da sua capital, a região teve considerável retomada, com o surgimento de dezenas de centros agrícolas e a expansão de inúmeros outros povoados.

Entretanto, desde o Séc. VIII, com as doações dos Francos ao Papado, vinha tomando forma o Estado da Igreja, que porém exercia um poder não mais do que fraco, deixando ampla autonomia às Comunas, pelo menos até o retorno do Papado do exílio de Avignon (1377).

Daí em diante, os feudos e as muitas senhorias da região entraram em franca decadência, que chegou ao seu termo no Séc. XV, quando todo o desenvolvimento urbano voltou a concentrar-se em Roma, assim permanecendo mesmo após o fim do Estado da Igreja, e sua anexação ao Reino da Itália (1870).

De fato, só o fascismo, no seu apogeu antes da II guerra, executou uma série de obras no território, saneando áreas pantanosas ao norte e ao sul de Roma, criando centros agrícolas e fundando novas cidades, que deram lugar a uma forte imigração de camponeses do centro-norte da Itália, especialmente do Veneto.

Se Roma foi o centro da urbanização, a região é por sua vez uma sucessão de extraordinários ambientes naturais, que foram determinantes para a localização e o tipo de assentamentos humanos.

Assim, ao norte, a Túscia lacial, antigo território dos Etruscos, é um dos lugares mais belos e fascinantes da Itália, feito de colinas de calcário, de profundos desfiladeiros escavados por torrentes tortuosas, de vegetação baixa e verdejante, de povoados sem tempo que se revelam de improviso aninhados no alto dos montes: criando um cenário tão típico a ponto de ser chamado de “posição etrusca”.

Na realidade, os centros mais isolados e de difícil acesso remontam, sim, aos Etruscos – e foram deixados intocados pelos conquistadores romanos -, mas o seu aspecto atual é alto-medieval, de uma Idade Média pobre, primitiva, românica, feita de casas de tufo que se confundem com o ambiente.

Muito diferente é a paisagem dos lagos de origem vulcânica, pois nos quase perfeitos cones de antigos vulcões hoje preenchidos pelas águas dos lagos de Bolsena, de Vico e de Bracciano, cresce uma mata intricada e rareiam os povoados: aqui também, em sua maioria, medievais, porque foi nessas encostas que os habitantes procuraram refúgio contra as invasões dos bárbaros.

Deve ser lembrado, ainda, o Lazio apenínico a leste e a sul de Roma, com suas vilas no alto dos montes, umas pobres e ainda hoje isoladas, outras ricas de suntuosos parques e mansões: como, em Tivoli, a monumental Villa D’Este – erguida na segunda metade do Séc.XV por vontade do cardeal Ippolito II d’`Este – e Villa Adriana, magnífico complexo arquitetônico construído a mando do imperador Adriano segundo uma simbologia hermética até hoje pouco decifrada; e ainda, ao sul, Frascati.

Outra paisagem característica é a das rasas planícies saneadas, como dito, pelo fascismo, no extremo sul da região (Agro Pontino), onde ainda sobrevivem alguns dos originários pântanos costeiros.

Cortando pela metade a região, do norte para o sul, passando por Roma, corre o mitológico rio Tibre, de curso amplo, lento e sinuoso, por séculos insalubre mas, apesar disso, sempre aproveitado como principal eixo de penetração para o interior, com seus numerosos atracadouros servindo aos povoados nas colinas (como Gallese).

Ao longo da orla do mar Tirreno, ao contrário, por causa dos baixios costeiros, sempre escassearam os bons portos: assim, além de Óstia (o porto da antiga Roma, hoje aterrado a vinte quilômetros do mar), há só Civitavecchia, ao norte, e Gaeta, ao sul; enquanto as restantes melhorias costeiras são recentes e com fins predominantemente turísticos.

Finalmente, há duas partes do Lazio que sempre estiveram ligadas à Itália meridional e ao Reino das Duas Sicílias: a área montanhosa de Rieti, a nordeste de Roma, ligada à confinante região dos Abruzzi (tanto a ser chamada de “Abruzzo ultra”), de que ressente claramente a influência; e o Lazio meridional, uma área de baixos montes ao sul do eixo Sora- Terracina, definível como “lazio campano” por causa da planta das cidades e do estilo da arquitetura, e por ter sido por séculos parte da Terra di Lavoro do Reino de Nápoles.

Dos Etruscos, que privilegiaram a crença na vida após a morte, chegaram até nós numerosas necrópoles de variada configuração, como em Tarquinia, Cerveteri e Norchia, enquanto, como dito, nada sobrou de suas cidades; e também raros são os restos de outras ocupações pré-romanas.

Os Romanos, ao contrário, influíram fortemente na região, desenvolvendo a capital e as áreas limítrofes, abrindo um leque de artérias de comunicação saindo de Roma – as vias Áppia, Aurélia, Cássia, Flamínia, Salária, Tiburtina, Tuscolana.. -, e povoando os centros preexistentes.

Fora de Roma, porém, seus marcos hoje sobrevivem só em algumas cidades ao longo da via Áppia, para o sul, como Terracina e Fondi, e em alguns edifícíos.

Ainda mais rica é a história urbanística medieval que, diferentemente da antiga, espalha-se em um sem número de exemplos, até menores ou mínimos, representando um período único da história da Itália. Assim, vários centros redescobriram as antigas acrópoles pré-romanas – delas fazendo o núcleo da expansão urbana – e, às vezes, também as ciclópicas muralhas: como em Anagni, Ferentino, Alatri, Segni, Veroli, todos a sudeste de Roma.

No Lazio, são também incontáveis os castelos, erguidos para defesa de cada feudo em uma região só nominalmente unitária, sendo que a cada castelo ligava-se um burgo: em Bracciano como em Soriano, em Bomarzo como em Bolsena, em Rocca Sinibalda como em Palombara Sabina e Fumone. Outros exemplos de povoados medievais são: Sermoneta, com sua famosa abadia, Ninfa, Sperlonga, Gaeta e Formia.

Na Renascença, ao contrário, escassearam as iniciativas urbanísticas, exceto em casos especialíssimos. Neste sentido, devem ser lembradas a nova Óstia e a ampliação das muralhas de Nettuno, ambas por razões de defesa da costa e, portanto, para maior proteção a Roma.

Uma história à parte têm a cidade e a província de Viterbo, no norte do Lazio, graças à presença do ducado autônomo de Castro, surgido em 1535 sob o papa Paolo III Farnese, e que durou por mais de um século, até 1649.

Nele, os Farnese chamaram para trabalhar dois arquitetos de renome, Sangallo o Jovem e Vignola, que deixaram em muitos refazimentos e ampliações a marca do seu estilo maneirista.

Se Castro caiu, e foi mandada destruir por Innocenzo X, as grandes obras continuaram nas vizinhas Caprarola, Ronci- glione, Soriano, e no novo burgo e jardins de Bomarzo, com suas grotescas esculturas em pedra. Além do que, palácios, castelos e fontes dos mesmos arquitetos adornam todos os centros da redondeza.

Outro caso à parte é o de Tuscânia, que no Quinhentos adquiriu um perfil renascentista, mas que ficou muito menor do original centro medieval, tanto que foram abandonados inteiros bairros da época já inclusos nas muralhas, como atestado pelas ruínas ao redor da igreja de S. Pedro.

Entretanto, entre 1585 e 1590, Sisto V realizou em Roma, em poucos anos de pontificado, um extraordinário plano urbanístico, abrindo estradas retilíneas entre as principais basílicas, em cujas extremidades mandou colocar obeliscos a fim de ressaltar a perspectiva.

Contemporaneamente, ocorreu a primeira grande sistematização das praças, como piazza Farnese e o Campidoglio, esta obra de Michelangelo.

A época das principais intervenções urbanísticas foi todavia o Barroco, quando em Roma se realizaram os mais representativos projetos da história da arquitetura: de piazza San Pietro a piazza Navona, de piazza di Spagna a piazza del Popolo, a Roma monumental que conhecemos e que a todos encanta.

Fonte: www.portalitalia.com.br

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