Locais Turísticos da Itália

Itália

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Capital: Roma
Idioma: Italiano
Moeda: euro
Clima:mediterrâneo, continental úmido e polar de altitude 
Fuso horário (UTC): +1 (+2)

Pontos turísticos

Roma

Uma das cidades mais importantes historicamente do mundo ocidental, possui tumbas etruscas, templos imperiais, igrejas do início do cristianismo, torres medievais, palácios renascentistas e basílicas barrocas. Todos esses monumentos estão misturados na agitada vida cotidiana, com cafés e restaurantes oferecendo o melhor da culinária italiana.

Veneza

Uma das cidades mais importantes do Renascimento, mantém seu charme tanto nos casarios à beira dos canais, como nas vielas embaralhadas. Os famosos passeios em gôndolas são a marca registrada dessa cidade, assim como a Catedral de São Pedro*.

Florença

Capital do renascimento, a cidade é um museu a céu aberto, onde além dos impressionantes palácios, como o Palazzo Vecchio, o Palazzo Pitti, residência da família Médici, entre outros, destacam-se o Duomo, a famosa ponte Vecchio sobre o rio Arno, além dos arredores da cidade, que está encravada na Toscana.

Milão

Uma das cidades mais sofisticadas do país, é o centro da moda italiana, rivalizando com Paris. É considerada o centro financeiro da Itália, embora as artes e a culinária sejam também seus pontos fortes para os turistas.

Sicília

Ilhas com diversos atrativos turísticos, pode ser citado as praias de profundo azul turquesa; as ruínas das antigas cidades, como as termas romanas de Villa Romana Del Casale, as ruínas de Agrigento, e o teatro de Taormina, entre tantos outros; a igreja normanda de Monreale, a catedral barroca de Piazza Armerina; e acima de tudo o vulcão Etna, ativo até hoje.

Herculano e Óstia

Cidades da época do império romano, se mantém intactas graças à erupção do vulcão Vesúvio, que em 64 a.C. derramou lava e cinzas por toda a região, soterrando não somente as cidades como também seus moradores.

Vaticano

Cidade-estado independente, mas encravado no coração de Roma, possui a maior concentração de obras de arte do mundo, espalhadas por museus, capelas e galerias. A maioria dos turistas que circundam o Vaticano no entanto a procuram por seu caráter religioso e de maior importância dentro da fé cristã.

Costa Amalfitana

Com apenas 100 km de extensão localizado entre a cidade de Sorrento e Salerno, abriga diversos vilarejos e praias famosas, além de possuir em seu litoral a famosa ilha de Capri com sua Gruta Azul.

Fonte: www.geomade.com.br

Locais Turísticos da Itália

Para descobrir as belezas e atrativos da Itália temos dividido o país em cinco regiões.

Iniciaremos o nosso percurso pelo Centro da Itália, onde situam-se sua formosa e histórica capital, Roma, a impressionante Cidade do Vaticano, a Santa Vila de Assis, a cultural Perusa, a medieval e encantadora Siena, a perfeita Florença e Pisa com sua popular Torre Inclinada.

Daqui viajaremos para a Costa Central do Mar Adriático, visitando a República Independente de São Marino, Rimini com seu rico passado histórico e Ancona, um dos mais importantes portos do país.

Nos transladaremos, seguidamente para o Norte da Itália com Gênova, uma cidade maravilhosa, São Remo, a cidade de flores, Turim, a antiga capital do país com uma cultura florescente, Milão, vila onde palpita a vida em qualquer local, os Lagos Pré-alpinos, estação natural de grande beleza, Verona, cidade de namorados, a pitoresca Vicenza, Trento famosa pelo Concílio do mesmo nome, a maravilhosa Pádua, a incomparável Veneza e seus românticos canais, a barulhenta Trieste, Bolônia, cruzamento de culturas e a melódica Rávena.

Viajaremos para o Sul da Itália para descobrir a pessoal Nápoles, Salerno, Cosenza e a Região de Calábria, Taranto, banhada por dois mares e a barulhenta Bari.

Nosso percurso pelas formosas ilhas da Itália, a paradisíaca Capri, Sicília, a ilha maior do Mediterrâneo e Cerdenha, com sua paisagem montanhosa.

Centro da Itália

Roma

Fundada, segundo a mitologia, por Rômulo um dos dois gêmeos que foram amamentados por uma loba, e que converteu-se depois de sua morte, no deus protetor preferido pelos romanos, Roma é hoje a capital da Itália.

O visitante deverá ir preparado com um bom calçado, porque para conhecer bem esta cidade precisa pelo menos uma semana e não irá ver tudo, sempre ficam fascinantes cantos por descobrir. Recomenda-se fazer uma lista com os lugares que são prioritários e faze-lo por zonas e não por estilos, ja que tudo está misturado.

É importante lembrar que praticamente tudo (quanto a museus), à exceção do Vaticano, fecha nas segunda-feiras. Uma vez equipados só resta começar o percurso. Adiante! Roma não defrauda a nenhum de seus viajantes.

Se decidir começar o percurso desde o centro da cidade deverá situar-se na Praça Veneza. Nela encontra-se o Palácio Veneza que foi a sede do governo fascista. É um edifício provido de uma torre angular.

Este grande palácio do Renascimento romano foi mandado edificar-se pelo Papa veneziano Paulo II, no ano 1455. Conta com um atrativo museu provido de uma estupenda mostra de artes aplicadas, entre as que destacam uma abundante e boa coleção de esculturas, como a de Arnolfo di Cambio, assim como, os belos bronzes de Barsanti, utensílios de ouro e prata, tapetes, brocados e diversas mostras dos oficios e artes da época medieval e renascentista; na fachada do palácio destaca o anjo decorado com esmaltes do Pantocrator do século XIII.

A sala do Mapamundo que serviu como escritório a Mussolini, tem sido completamente restaurada em seu estilo original e está situada no apartamento papal. Este Palácio permanece aberto todo dia de 9.00 a 14.00 h, exceto segundas-feiras e domingos até as 13.00 horas.

Dali deve-se ir para a Praça de São Marcos, onde levanta-se a Basílica de São Marcos, dedicada ao Santo Padroeiro que supõe ter escrito seu Evangelho, em uma casinha situada no pé do Capitólio.

Também está dedicada ao que fora Papa, do mesmo nome, no ano 336. Desta mesma data são os alicerces da construção. As relíquias do Papa reposam sob o Altar Maior, junto às dos santos Abdão e Senén.

Distinguem-se sua fachada renascentista, um esplêndido mosaico do século IX no ábside e o campanário românico. A primeira igreja é a mais antiga e foi edificada segundo os padrões da basílica clássica.

Entre os séculos III e IV construiu-se acima desta uma segunda igreja, embora o edifício que atualmente aparece, data do século IX e foi obra do Papa Gregório IV. A maior parte de interior é dos séculos XVII e XVIII, enquanto que o precioso teto dourado e o portão renascentista datam da época de Paulo II, no século XV.

No muro da direita da porta do portão pode ler-se a inscrição de Vanozza Cattanei, amante do papa Borgia, Alexandre VI, e mãe de seus três filhos.

Depois de visitar a Basílica pode-se chegar ao monumento dedicado ao rei Vítor II, Vittoriano, conhecido como o “bolo nupcial” entre os romanos. Este gigantesco volume de mármore branco de Brescica parece-se efetivamente, em muitos sentidos, a um bolo desse tipo.

Esta obra de Giuseppe Sacconi edificou-se para evocar a unificação da Itália e foi inaugurada em 1911. Em seu interior pode-se admirar o Altar à Pátria, o Túmulo do Soldado Desconhecido, acrescida depois da Segunda Guerra Mundial e o Museu Central do Ressurgimento.

Nas ocasiões especiais em que o edifício pode ser visitado, a panorâmica da cidade que pode-se admirar desde sua parte mais alta resulta espetacular. Dali chega-se a uma de sete colinas de Roma, Campidoglio, a que foi a mais famosa de sete colinas da cidade, sede do Governo e santuário da antiga Roma.

Aqui esteve o Templo de Júpiter, lugar onde o senado celebrava a primeira sessão do ano. Atualmente tão só conservam-se alguns dos blocos de pedra cinzento que formavam o Pódium.

Se bem o Palácio Senatorio é ainda a sede oficial da municipalidade, o Capitólio deixou de ser o centro político da cidade para dar passo a uma zona de museus.

Chegar-se a eles, através da maravilhosa cordoada de Miguel Angelo, uma pendente pouco pronunciada, com dois grupos de Dioscuros, que foi desenhada por este genial artista para a entrada triunfal do Imperador Carlos V, em Roma em 1536. E se quiser seguir desfrutando com o incomparável Miguel Angelo há que admirar o equilíbrio da Praça do Campidoglio com suas fachada e pavimentos, que também foram obra sua.

Nesta praça pode-se contemplar uma bela mostra de relevos que procedem do antigo Templo de Adriano. O Museu Capitolino, com uma excelente mostra da escultura clássica e uma grande pinacoteca, está formado, na verdade, por dois palácios, um deles o Palácio do Conservatório que à finais da Idade Média, fora sede dos tribunais.

Na atualidade celebram-se reuniões políticas em suas salas decorado com afrescos (no segundo andar localiza-se a Oficina Municipal de Registros). Neste museu exibem-se obras de Tiziano, Caravaggio, Tintoretto, O Veronés, Guercinio, Rubens e Vam Dyck, assim como, uma grande exibição de esculturas entre as que se destacam: a “Vênus Esquilina” do século I a.C. ou os fragmentos da colossal “Estátua do Imperador Constantino II”, uma cabeça e uma mão, do século IV d.C..

Também pode-se admirar obras greco-romanas e a Passagem do Muro Romano formado por restos do Templo de Júpiter Capitolino.

O segundo é o Palácio Novo. No centro do pátio pode admirar-se a bela fonte ornamentada com um grande deus do rio, conhecido como Marforio (uma de chamade “estátuas falantes”). A fachada deste palácio também foi um projeto de Miguel Angelo, embora foi finalizada pelos irmãos Girolamo e Carlo Rainaldi, no ano 1654.

O museu está dedicado à esculturas principalmente, a maior parte cópias romanas de originais gregos e bustos dos que destacam-se a Sala dos Filósofos, o “Retrato da Mulher Flávia”, o “Discóbolo”, o “Fauno Roxo”, o “Gálata Moribundo” ou a “Estátua eqüestre de Marco Aurélio”.

A Pinacoteca Capitolina conta com obras de Tiziano, Tintoretto, Rubens, Velázquez ou Caravaggio, entre outros. Este museu permanece aberto de 9.00 h. às 13.00 h. e de 17.00 h. ás 20.00 h. terça-feira, de 9.00 h. às 13.30 h. de quarta-feira à sábado e de 9.00 h. ás 13.00 h. aos domingo.

Nos meses de abril à setembro abre de 20.00 h. ás 23.00 h. aos sábado e nos meses de outubro à março de 17.00 h. ás 20.00 h., também aos sábado.

Nesta praça localiza-se também o Palácio Senatorio que na verdade é a Prefeitura de Roma, construido sobre o antigo Arquivo do Estado Romano. Não perca a Basílica Santa Maria in Aracoeli, na qual pode-se admirar em sua fachada de tijolos um afresco do século XV do “Funeral de São Bernardino”, obra de Pinturicchio.

Via dos Foruns Imperiais

Através da Via dos Foruns Imperiais chega-se aos restos de construções que edificaram-se em volta do Forum romano, o que fora centro político, religioso e comercial da antiga Roma. Destaca o Coliseu, também conhecido como Anfiteatro do Flávio, inaugurado no ano 80, embora o início da construção data do 72 a.C.; no muro exterior pode-se apreciar colunas jônicas, corintas e dóricas (na parte superior uma grande carpa protegia os espectadores do sol), o velarium, as entradas com seus 80 arcos numerados que permitiam a entrada ao povo, enormes galerias internas que permitiam a acomodação em 10 minutos dos espectadores, a grande plataforma ou pódium onde sentava-se o imperador e os membros de classes adineirade e o vomitorium que era a saída numerada de cada seção e, afirma-se que tomou seu nome de uma gigantesca estátua de bronze do colosso, que alçava-se junto o anfiteatro.

Esta edificação, que tem visto inumeráveis combates de gladiadores e feras, tem 57 metros de altura e uma capacidade para 50.000 pessoas. Permanece aberto de 9.00 às 19.00 h. segunda-feiras, terças, quinta-feira e sábado, exceto nos meses de outubro à março, quando fecha às 15.00 h. nesses dias. Nas quarta-feira e domingo de 9.00 h. às 13.00 h. Feriados permanece fechado.

Arco do Constantino, do ano 315, resulta imponente devido às enormes proporções dos três arcos com estátuas e medalhões e de oito colunas coríntias pertencentes a outras épocas. Foi edificado para comemorar a vitória do imperador sobre Majencio na ponte Milivio. Os melhores relevos tomaram-se de anteriores monumentos dedicados à Marco Aurélio, Trajano e Adriano.

Através desta via poderemos ver também as extensas ruinas do Templo de Vênus e Roma, um magnífico templo construido no ano 135 d.C. e projetado a maior parte pelo imperador Adriano.

Na igreja de Santa Francesca Romana, cujo nome procede de uma Santa do século XV, pode-se ver um formoso mosaico do século XII da Madona no trono com os santos.

Domus Aurea, é o lugar onde, segundo a lenda, Nero esteve tocando a lira enquanto ardia Roma. Neste lugar construiu-se um fantástico palácio coberto de ouro e o maior luxo da época em suas salas, com mananciais de águas sulfurosas, assim como, água corrente, quente e fria.

Trajano mandou construir aqui seus Banhos Públicos depois de que o fogo a destruira, no ano 104. Hoje pode-se apreciar as pinturas, contando com uma boa lanterna e prismáticos, assim como, o vestíbulo octogonal e o vestíbulo principal. Para visitá-la é preciso marcar hora, ligando ao telefone 699-01-10, de 8.00 h. às 13.30 h.

Forum do Augusto distingue-se pelo grande muro que separava-o do Bairro de Suburra. Neste pode-se apreciar as três colunas do Templo do Marte Vingativo. Na parte oriental deste esteve o Forum Nerva do que atualmente distinguem-se duas impressionantes colunas corintas somente, com um relevo de Minerva entre elas.

Para o oeste do Forum localiza-se a Casa dos Cavalheiros de Rode e o Palácio dos Cavalheiros de São João de Jerusalém.

Forum do Trajano, o que fora o mais impressionante de todos e considerado uma de maravilhas do mundo em seu tempo, hoje em dia conserva só a Coluna do Trajano do ano 113, com numerosas figuras que cobrem totalmente a estrutura.

As cinzas do Trajano e sua estátua coroando a ponta foram substituide, em 1587 por uma esfígie de São Pedro. Nestes Fórons Imperiais encontram-se duas igrejas: Santa Maria de Loreto e Santíssimo Nome de Maria.

Uma vez submersos neste ambiente, o Forum Romano servirá de cólofon. Entrando-se no que foi o coração da vida romana, através do Pórtico dos deuses Tolerantes, com suas doze colunas, pode-se observar como era a vida dos cristãos presos pelos romanos na cadeia Marmertina e relaxar observando o Templo da Concórdia. nesta primeira impressão aparecem, também, igrejas como a dos Santos Lucas e Marina, a antiga Igreja Medieval e a Basílica Aemilia, construida no ano 179 a.C. (o que hoje pode ver-se é o que ficou depois do saque de Roma por Alarico no ano 410 d.C.).

Depois pode-se rememorar as grandes disputas pelo poder no que era a sede do Senado, a Cúria, fundada pelo rei Tullo Ostilio (o atual edifício de tijolos é uma reconstrução de Diocleciano do 303 a.C.).

No interior pode-se admirar os Pluteos de Trajano, dos grandes retábulos que mostram os animais sacrificados nas oferendas solenes e de cenas da vida de Trajano e o que supõe-se que é o túmulo de Rômulo, uma pedra quadrada de mármore preto perante a Cúria, na que pode-se ver a inscrição sagrada que é o documento mais antigo da língua latina, séculos V-VI a.C.

Também pode-se lembrar as grandes vitórias magníficas no Arco do Septimio Severo, construido no ano 203 d.C., aos grandes oradores que declamavam desde a plataforma de Rostri, e a barulhenta tertúlia da Praça do Forum.

Através da Sacra Via chega-se no Templo do Saturno, situado no alto de um pódium, encostado a Via, que data de ano 497 a.C. Lá guardava-se o tesouro do Estado. Distingue-se, também, a Basílica Julia na que celebravam-se grandes processos judiciais, construida no ano 54 a.C. por Júlio César, terminada por Augusto e reconstruida por Diocleciano no ano 284.

Templo dos Dioscuros, do ano 484, foi dedicado aos deuses escuros Castor e Polux e nele pode-se admirar o alto Pódium Regilo, do ano 496 a.C. No alto deste levantam-se três elegantes colunas corintias tabuada dos tempos de Adriano ou Augusto.

Na Igreja de Santa Maria a Antiga, do século VI, formada por três navios com mátrex e ábside rodeada por duas capelas; nos muros pode-se ver afrescos dos séculos VI à VII com cenas de grande importância como: a Adoração da Cruz, a Crucificação ou a Teoria dos Santos, entre outros. Na Fonte de Juturna, dedicada à deusa do mesmo nome, há um altar da época imperial adornada com relevos e o oratório de Juturna, da época trajana, à direita da fonte.

Templo do César onde foi incinerado depois de seu assassinato no dia 19 de março do ano 44 e onde celebraram-se seus funerais, construido para o ano 42 a.C. A Casa de Vestais onde viviam as sacerdotisas virgens, cuja função era manter viva a labareda sagrada, no circular templo de Vesta. A Casa Régia, escritório do sumo sacerdote na antigüidade.

Cemitério Antigo conta com uma série de túmulos de poço e de fossa dos séculos IX ao VI a.C. O Templo do Rômulo com uma cúpula que data do século IV d.C., é o edifício de forma circular que conserva a porta original de bronze.

A impressionante Basílica do Constantino com restos de seus imensos arcos e tetos, o Antiquarium Forense, pequeno museu com os achados arqueológicos do Forum, entre os que encontra-se o friso do Eneas e a fundação de Roma, e para finalizar o Arco do Tito, reconstruido no século XIX, que mostra-se tal e como devia ser, alcançando-se no mais alto da Via Sacra e que data do ano 81 d.C. Este arco ergueu-se em memória de vitórias de Tito e Vespasiano sobre os judeus, no ano 71 d.C. Dentro do arco pode-se ver dois belos relevos.

A continuação nada melhor que um merecido descanso para recuperar forças e ascender à colina do Palatino, que mantém as mais antigas lembranças de Roma. A beleza deste lugar, com restos arqueológicos, a riqueza de sua vegetação e suas maravilhosas vistas fazem dele um dos mais formosos lugares da cidade que inspira a proximidade dos deuses.

É fascinante passear através dosJardins Orti Farmesiani criados por Vignola para Alexandre Farnese no século XVI (foram os primeiros jardins botânicos da Europa dos que conserva-se só uma parte), ou visitar o Templo da Cibeles que foi o centro do culto à fertilidade, construido no ano 204 a.C.

Dele conserva-se o pódium, embaixo de uma arcada mostra-se a estátua da Cibeles em seu trono, e descobrir como viviam os romanos ricos na Casa da Livia. Tibério mandou construir a residência imperial aqui, da que conserva-se parte da estrutura e alguns quartos abovedados com as pinturas murais destes, Calígula fez uma prolongação da casa e uma ponte para unir o Capitólio.

Na zona oriental encontra-se o famoso Cryptoporticus de Nero, uma cumprida galeria subterrânea na que o decorado de estuco de bóvede tem sido substituido por cópias. Aberto todos os dias de 9.00 h. ás 18.00 h. No inverno até ás 15.00 h. Domingo até ás 13.00 h.

Através do Criptopórtico se chega ao Palácio dos Flavios, em muito bom estado, e para saber em que lugar residiam os imperadores é conveniente internar-se no Domus Augustana, residência privada do imperador e sua família, construido por Diocleciano, da que conservam-se restos de um pequeno templo, um grande pátio com uma fonte e, em volta, numerosos recintos cobertos com bóveda ou cúpula.

As Termais Severianas, próximas à Galeria Imperial da que ficam restos de recintos com ábside e as edificado por Sétimo Severo para uso do palácio imperial, e por último, pode-se imaginar à perfeição a gritaria do público que assistia às competições no Estádio perto desta.

Via do Corso

Seguramente um dos lugares que ninguém quer perder em Roma é a Fontana de Trevi, mas é melhor não ir diretamente, brincando um pouco com a impaciência e começar este percurso pela principal rua de Roma, a Via do Corso na que à altura do número 304 situa-se a Praça do Colégio Romano, na que deve-se visitar o Palácio Doria Pamphilj do século XV, com mistura de vários estilos e períodos e no que têm habitado diversas famílias de aristocratas.

Atualmente conta com dependências privade habitade que guardam numerosas lembranças familiares tanto na estância verde como no salão Andrea Doria. A Galeria Doria pode visitar-se desfrutando assim, da excelente pinacoteca de grandes artistas como Velázquez, Ticiano, Caravaggio e Rafael com obras como “O Retrato do Papa Pamphili”, “Inocêncio X”, “A Religão Socorrida por Espanha” e “Salomé”, “Santa Maria Madalena”, “Sam João Batista” ou a “Fuga ao Egito”, entre outras.

Também conta com o salão Amarelo que exibe uma coleção de doze tapetes de Gobelinos feitos para Luis XV. Abre suas portas as terça-feira, sextas, sábado e domingo de 10.00 h. às 13.00 h.

Em São Marcelo, “A Crucificação” de Vam Dyck pode-se admirar na Sacristia e São Ignácio conta com um “trompe l´oeil” no teto que representa a entrada de São Ignácio no Paraíso.

É delicioso passear pelas Praças de Pedra e Coluna, a Coluna de Marco Aurélio de mármore com seus 29 metros não passará despercebida, como também não o Palácio de Montecitorio com uma aula desenhada por E. Basile e tetos decorados, nem SãoLorezo in Lucina com afrescos de P. Da Cortona, mosaicos do século VI e o campanário românico do 1100.

Descendo através da Via Condotti desfruta-se do ambiente de um dos centros da vida romana, a Praça da Espanha, que data da época de Sixto V e, que encontra-se rodeada de monumentos dignos de ver-se como a Escalinata da Trinitá dei Monti, a maravilhosa Fonte da Barcaccia, suposta obra de Pietro Bernini ou do seu filho Giam Lorenzo (conta a lenda, que esta assinala o lugar onde encalhou um barco com motivo do desbordamento do Tíber), a Coluna da Imaculada ou o Palácio de Propaganda Fide.

Depois pode-se visitar Sant’Andrea delle Fratte, igreja barroca com a segunda cúpula mais alta de Roma, a Galeria dell’Academia di São Luca, aberta de 10.00 h. às 13.00 h, e por fim, agora se chegar à Fontana di Trevi, sem dúvida alguma a fonte mais famosa de Roma.

Embora seu grande tamanho situa-se em pequeno espaço entre três estreitas ruas. Supõe-se que disso toma seu nome “tre vie”, a água chega à fonte através de um aqueduto chamado Água Vergine que data do ano 19 a.C.

Seu criador foi Nicola Salvi, toda ela é uma composição de deuses, deusas, cavalos e tritões que surgem de rochas esculpidas no meio à cascatas de água. Há que ter uma moeda preparada para jogá-la no seu interior e assegurar-se assim a volta à Roma.

E uma vez que tem-se disfrutado de um dos lugares mais visitados de Roma, pode-se ver a Basílica dos Santos Apóstolos que data do século VI, sua fachada neo-clássica de G. Valadier, o pórtico, o obelisco e os afrescos de Baciccia merecem uma visita, a Coluna Dell´Immacolata, uma coluna coroada pela estátua da Imaculada e a Galeria Coluna, com uma exibição de pinturas de Carlos da Maratta, Vam Dyck, Rubens, Veronese, Tintoretto e Vivarini entre outros. Horário: sábado das 9.00 h às 13.00 h, fechado em agosto.

Não pode-se deixar de visitar Gesú, igreja barroca com cúpula e fachada de G. Da Porta e o afresco de Baciccia “Il Triunfo do nome di Gesú”. Esta igreja é a de mais importância da ordem dos jesuitas em Roma com a capela do fundador da ordem, São Inácio de Loyola. Sant’Andrea da Valle, tem a segunda cúpula mais alta da cidade, de C. Maderno, fachada de C. Rinaldi, estátuas de P. Bernini, A. Bonvicino e F. Mochi e afrescos de Ferrucci e Domenichino.

À partir daqui pode-se iniciar um percurso por diferentes palácios como o Palácio Máximo alle Colonne construido por Peruzzi para a familia Máximo, a qual toma o nome, com grandes colunas características de sua estrutura antiga e peça única pela arquitetura de sua fachada em forma de curva e o uso engenhoso do estreito e difícil terreno, a Piccola Farnesina que contém no interior o Museu Barraco com uma importante coleção de escultura antiga, originais e cópias, romanas, egípcias, gregas, fenícias, assírias, etc., oPalácio Braschi construido no ano 1780, com o famoso Pasquino, objetos curiosos como o vagão de trem particular do papa Pio IX e o Museu de Roma, o qual exibe material abundante da vida e história da Roma desde a Idade Média até nossos dias, com uma mostra de carroças, berlinas de gala e uma importante coleção de cerâmica de diferentes épocas.

Se pode visitar quarta-feira, sexta-feira e sábado das 9.00 h às 14.00 h, terça-feira e quinta-feira das 9.00 h as 14.00 h e de 17.00 h às 20.00 h e domingo das 9.00 h ás 13.00 h. O Palácio da Cancelleria uma de melhores mostras do Renascimento junto com o Palácio Farnese no qual pode-se admirar a arquitetura de Antonio Sangallo, Miguel Angelo e Giacomo Da Porta, com tetos de vigas, tapetes e afrescos de Domenichino e de Lafranco, são dos lugares que bem merecem uma visita.

Praça Navona

Depois pode-se impregnar do ambiente da Praça Navona onde reunem-se pintores e artistas em meio à belos palácios e cafés ao ar livre, com três estupende fontes, a do Fiumi no centro, é a mais famosa, de Giani Bernini inaugurada em 1651, onde estão representados os rios Nilo, Danúbio, Ganges e o Rio da Prata, com estátuas de Franceli, Poussin, Raggi e Baratta.

A Fonte do Moro, esculpida em 1654 por G. A. Mari desenhada por Bernini e apoiada em uma banheira de G. Da Porta de 1576, ocupa a esquina sul da praça com Tritão e a Fonte de Netuno, com uma banheira e uma jofaina obra de G. Da Porta e esculturas de Zappalá e Da Bitta.

À um costado levanta-se Santa Maria Sopra Minerva, única igreja gótica de Roma, construida sobre as ruinas do templo dedicado à antiga deusa Minerva no ano 1280. No seu interior pode-se ver afrescos de Filippino Lippi e “O Cristo carregando a Cruz” de Miguel Angelo à esquerda do altar maior.

O Juízo de Galileu Galilei celebrou-se no convento anexo a esta igreja. Merece a pena visitar a Galeria Nacional de Arte Antigo, situada no interior do incomparável Palácio Barberini, de construção barroca iniciada em 1625 por Carlo Moderno e finalizada por Bernini no ano 1633; na Galeria pode-se admirar obras de Rafael, O Greco, Tintoretto, Filippo Lippi, entre outros. Aberto todos os dias das 9.00 h às 14.00 h., exceto segunda-feira e domingo até ás 13.00 h.

Santa Maria do Popolo, destaca por alojar em seu interior a capela Chigi de forma exagonal realizada por Rafael e a capela do cruzeiro com maravilhosas pinturas de Caravaggio, que datam dos anos 1601-1602.

Os parques romanos são uma delícia como é o caso do Ara Pacis Agustae, o mais formoso e grande da capital italiana, construido entre o ano 13 e 9 a.C. Horário 9.00 h às 19.00 h exceto segunda-feira, feriados de 9.00 h às 19.00 h. Vila Borghese, o segundo parque maior de Roma, data do século XVII, inspirado no Tívoli.

No seu extremo norte fica o pequeno zoológico da cidade. A Galeria Borghese encontra-se dentro do cassino da que fora casa de repouso do Cardeal, dita coleção somente é superada pela do Vaticano, com magníficas obras de Antonio Canova, Bernini, Rafael, Caravaggio, Rubens e Tiziano. Aberto de 9.00 h às 14.00 h exceto segunda-feira, domingo de 9.00 h às 13.00 h.

Museu Etrusco da Vila Julia, com antigüidades do Lacio e da Etruria Meridional, como o “Sarcófago dos Noivos” e o “Apolo” de Veio. Aberto todo dia de 9.00 h às 19.00 h menos segunda-feira, feriados de 9.00 h às 13.30 h.

Praça do Quirinale, mostra o Palácio do mesmo nome, construido em 1574, foi residência papal até 1870, hoje em dia é a residência oficial do Presidente do Governo Italiano. Neste palácio pode-se admirar vários salões entre os que destacam o Salão dos Espelhos no que pode-se ver os formosos castiçais de Murano, também pode-se admirar o “Fragmento do Juízo Final” de Melozzo da Forli. Visitas só mediante solicitação por escrito.

Porta Pia, segundo um projeto de Miguel Angelo, foi construida em 1561. Este edifício acolhe atualmente o Museu Bersaglieri com uma interessante exibição de objetos militares.

Belas Igrejas de Roma

Três maravilhosas igrejas, que não deve-se deixar de visitar são Santa Inés, Santa Constança e Santa Maria dos Anjos. A primeira delas foi edificada em um lugar que pode resultar um pouco estranho, já que encontra-se dentro de catacumbas, lugar onde foi enterrada a santa do mesmo nome.

Construida entre os anos 625-638, nesta igreja pode-se ver no altar maior a estátua de alabastro de Santa Inês que data do século XVI sob a que descansam seus restos junto com os da Santa Emereciana. Pode-se admirar também o mosaico dourado do século VII que representa à Santa com um vestido bizantino e rodeada pelos papas que construiram a igreja.

Santa Constanza, igreja construida como mausoleu para as filhas do imperador Constantino, Elena e Constanza, data do século IV. Nela pode-se admirar belos mosaicos enfeitando a bóveda, desenhos ornamentais compostos por figuras geométricas e florais, adornados com Cupidos, aves e frutas.

Perto encontram-se as Termais de Diocleciano, os maiores banhos de Roma construidos no ano 298 e terminados uns sete anos depois, com muros de mármore e uma superfície de 13 hectares e uma capacidade para três mil pessoas.

Na atualidade a maior parte do edifício é ocupado pelo Museu Nacional Romano, fundado em 1889 como depósito de obras de arte e antigüidades descobertas em Roma, com obras entre as que se destacam o “Discóbolo” de Lancelotti, o “Apolo” de Anzio, a “Venus Cirene” ou o “Trono” de Ludovisi.

Aberto todos os dias exceto segunda-feira, de 9.00 h. às 14.00 h. Domingo de 9.00 h. às 13.00 h.

Santa Maria dos Anjos, criada por Miguel Angelo no ano 1566 e reformada pelos irmãos Vanviotelli em 1749, conta em seu interior com maravilhosos afrescos sete-centescos. Santa Maria a Maior, grande basílica patriarcal, é um dos lugares mais importantes de peregrinação da cidade.

A igreja é de estrutura paleo-cristã e data dos anos 432- 440, construida por Sixto III. A basílica conta com 36 painéis de mosaicos sobre o alquitrabe representando cenas do Antigo Testamento, porém, são mais fáceis de apreciar os mosaicos dourados e belamente coreados do arco triunfal, representando os momentos mais importantes da vida de Jesus Cristo.

Também são dignos de ver o Oratório do Presépio do século VII, a pequena capela que lembra a gruta de Belém, as estátuas de São José, os três Reis Magos, o boi e o asno que formavam parte do nascimento original de Arnolfo (tem que pedir a alguém da Sacristia que abra a porta da gruta para ve-las), o Altar Maior, com incrustações de ágatas, jaspe, ametistas e lapis lázuli, no centro deste o célebre retrato de Archeiropointeon, que supostamente não foi pintado por mão humana, e representa à Madona e o Menino, possivelmente do século VIII.

Aos pés deste, a estátua de Pio IX ajoelhado perante o relicário do Santo Berço que se expõe os dias 25 de cada mês e no Natal. Cada cinco de agosto deixam cair pétalas brancas desde a cúpula da capela como comemoração da visão de Liverio e a lendária nevada.

Nos arredores da Praça de São Giovanni in Laterano pode-se visitar a Capela de São Venâncio decorada com mosaicos do século XVII sobre um fundo de ouro; a Capela de Santa Rufina, em suas orígens pórtico do Batistério com um mosaico do século V no ábside; o Palácio Luterano, que fora residência pontifícia até 1309, reconstruido em 1586 por Domenico Fontana; o Claustro de São João Letrán, obra de arte do século XIII, que sobreviveu os dois incêndios que destruiram a primitiva basílica (nela conservam-se fragmentos dos mosaicos da basílica medieval); a Scala Santa, que conduz à porta que dá ao Santa Santorum, capela privada do Papa. A Porta Asinária, atualmente fora de uso, é a porta menor e tão antiga como a muralha Aureliana do século III d.C.

Basílica de São João Letrán é a Catedral de Roma, edificada no século IV sobre os quartéis do exército imperial e reconstruida em diversas ocasiões. Em 1735 Alessandro Galilei restaurou a fachada principal, inspirada na de São Pedro.

As portas centrais, feitas de bronze, tão antigas como famosas, trouxeram da Casa do Senado no Forum. A do extremo direito só abre durante o Ano Santo. No interior da basílica pode-se admirar diferentes e maravilhosas obras, como um fragmento do afresco do Papa Bonifácio VII de Giotto e o monumento ao Papa Silvetre II (afirma-se que esta pedra transpira e faz um ruido parecido ao ranger de ursos, mas unicamente antes da morte de um papa).

No altar maior há uma mesa de madeira, que supõe-se é onde São Pedro celebrou a Eucaristia, o Claustro onde mostra-se os mais formosos mosaicos artísticos de Roma realizados por Vassalletto e seu filho com ouro e mármores multicoloridos, o Batistério rodeado por quatro capelas, onde realizava-se o batismo por imersão ou as famosas portas musicais na capela de São João.

São Paulo fuori le Mura, é uma igreja que data do ano 386, seriamente danificada por um incêndio, no ano 1823. Foi restaurada com mosaicos de P. Cavallini e de artistas Venezianos; na fachada de F. Vespignani pode-se admirar um sagrário do ano 1285.

As Termais de Caracalla que na época foram as mais luxuosas de Roma, construiram-se no ano 206 e, foram terminada, onze anos depois. Com uma capacidade para 1.500 pessoas este lugar era considerado mais como um centro de reunião que um lugar para banhar-se (funcionaram até o século VI quando os godos cortaram a água do aqueduto).

Atualmente utilizam-se uma parte de ruinas como cenário para representar óperas ao ar livre no verão. Aberto todos os dias de 9.00 h. às 16.00 h. Domingo e segunda-feira de 9.00 h. às 13.00 h.

Santa Sabina é uma magnífica mostra de uma basílica do século V. É um dos trabalhos mais antigos em madeira, como demonstra-se nas folhas de portas talhada em madeira de cipreste que expõem 18 originais motivos do século V. Santa Maria in Trastevere, a primeira igreja dedicada ao culto da Virgem Maria, construida no ano 352 e reconstruida por Inocencio II em 1143, conta com um pórtico que data de 1702, campanário românico do século XII e fachada de mosaicos. A igreja mostra no interior afrescos de Domenichino.

Não perca a bóveda pintada por Rafael na Farnesina, construida por Peruzzi em 1508-11, sendo esta uma de obras mestras do Renascimento. Dali à avenida romana com mais encanto, a Via Appia Antica, construida no ano 312 a.C. tem poucos passos. A avenida começa na porta de São Sebastião, entrando-se na campina e fazendo-se pouco a pouco mais vazia.

O VATICANO

A Cidade do Vaticano conta com numerosos atrativos que fazem imprescíndivel uma visita, além de principais cerimonias religiosas que pode-se seguir de lábios do Santo Padre. O Vaticano oferece uma inigualável mostra de tesouro s artísticos.

Antes de adentrar-se na Cidade do Vaticano convém visitar o Castelo de São Anjo, lugar caraterístico de Roma, obra do imperador Adriano data do ano 130, que em seus inícios estava destinado a ser seu mausoleu.

Este castelo foi finalizado por seu sucessor Antonio Pío no 113, um ano depois da morte de Adriano. O túmulo Imperial, onde se guardam as urnas com as cinzas dos imperadores encontra-se no segundo andar.

O castelo continuou como mausoleu até a norte de Caracalla no século III, quando passou à ser uma fortaleza conhecida como a Cidadela de Roma. A estátua de São Miguel coroa as torres e foi agregada em 1753.

O papa Leão IV cercou com uma muralha o Vaticano e o Borgo, convertindo-o em uma fortaleza, onde se refugiavam os papas em épocas de perigo. A passagem que une o Vaticano com o Castelo, fez Alexandre VI no século XV.

Durante o pontificado do Papa Paulo III, se decorou o interior, colocando-se um anjo de mármore na parte mais alta, obra de Raffaelo de Montelupo. Durante o Renascimento se utilizou como prisão e mais tarde como residência papal.

Na atualidade acolhe o Museu Nacional do mesmo nome, de grande importância, que se abriu ao público no ano 1933. Pode-se visitar quatro andares e os apartamentos papais com valiosas coleções de móveis, tapetes, pintura, armas e armaduras, que datam do século VII a.C., de autores como Miguel Angelo e Perin do Vaga, entre outros. No terceiro andar encontra-se A Loggia de Pauolo III, que conduz à galeria aberta de Pio IV, desde a que se contempla uma bela panorâmica da cidade.

Também desde o terraço à Loggia de Julho II se ve o Ponte Sant´Angelo e na parte mais alta da cidade se contempla uma bela vista de São Pedro e seus arredores. Aberto, segunda-feira das 14.00 h às 19.30 h, de terça-feira a sábado das 9.00 h às 14.00 h, domingo das 9.00 h às 13.00 h.

O percurso por esta “cidade” tem que começar pela Praça de São Pedro, desde a que em ocasiões especiais o Papa abençoa os fiéis ali congregados, realmente impressionante. Dela chega-se a São Pedro do Vaticano, o coração do cristianismo.

Depois de muitos anos na complicada tarefa de reconstruir e aumentar a igreja, obra original de Constantino, foram os arquitetos Sangallo, Rafael e Peruzzi que dirigiram a construção da Basílica mais formosa e grandiosa do mundo todo, com forma de cruz grega, em sua orígem, ficando depois em forma de cruz latina e rematada, posteriormente, por Miguel Angelo, com a maravilhosa cúpula de 132,5 metros de altura que da unidade ao interior da basílica.

A fachada de Carlo Moderno, o pórtico de Bernini, acima deste a Loggia, galeria que dá à praça antes mencionada com cinco portas de acesso, destas a da direita unicamente se abre cada vinte e cinco anos, durante o Ano Santo.

As portas centrais de bronze, com retrato próprio e de seus ajudantes por detrás mostrando seu trabalho, são obra de Antonio Filarete que demorou doze anos em terminá-las (1433-1445). Ali também pode-se ver a Scala Regia de Bernini.

Na capela, à direita da entrada, encontra-se a obra de arte mais importante de São Pedro, “La Pietá de Miguel Angelo, que esculpiu com só 25 anos de idade, sendo também a única peça assinada por ele.

Outras obras que pode-se admirar na basílica são a escultura de “São Pedro no Trono” atribuída a Arnolfo di Cambio, século XIII, situada ao final da nave e à direita perto do altar papal. Sob este altar encontra-se a grade dourada que cobre o ninho de Pallia, mosaico original e restaurado do século VI.

A maioria do interior da basílica é barroco, obra de Bernini, assim como, o grande baldachino central de bronze que tardou dez anos em terminar e que se alça acima do altar papal. Sua importância é indiscutível.

Não pode-se deixar de admirar o túmulo de São Pedro, situado na mesma basílica. As visitas do Tesouro têm horário de 9.00 h às 13.00 h, no verão de 9.00 às 18.00 h. Se podem contemplar obras tão importantes como a “Dalmática”, a “Cruz do Imperador Justino II” e o “Sarcófago” de Giunio Basso.

Museus e Galerias do Vaticano

Os Museus e Galerias do Vaticano têm o seguinte horário: das 9.00 h às 14.00 h. de segunda-feira a sábado (no período de Páscoa desde o 1 de julho ao 30 de setembro, das 9.00 h às 16.00 h.). Fechado aos domingo, exceto o último de cada mês, com entrada gratuita das 9.00 h às 13.00 h.

Estes edifícios guardam uma de coleções de arte mais importantes do mundo. Os palácios originariamente se edificaram como residências papais renascentistas. No século XVIII se expuseram pela primeira vez ao público as obras de arte que colecionaram os papas ao longo dos séculos.

Por falar em alguns dos tesouros mais apreciados, destacam o Museu Gregoriano Egípcio, criado em 1839 por Gregório XIV, que compreende uma importante documentação da civilização e a arte do antigo Egito, com múmias e sarcófagos, estrelas funerárias e comemorativas, assim como, estátuas de época romana inspirade na arte egípcia, entre outras.

Museu Pío-Clementino guarda uma grande coleção sobre tudo de esculturas gregas e romanas, entre as que destacam o “Junho Sospita”, a “Amazona Ferida”, o “Busto de Trajano”, a “Ariadna Dormida”, o “Apolo de Belvedere”, o “Hermes”, a “Estátua da Deusa”, o célebre grupo do “Laoconte” e o “Heros de Centocelle”, entre outros.

Museu Gregoriano Etrusco, aberto unicamente as segunda-feira e sexta-feira das 9.00 às 14.00 h. foi criado no ano 1837 por Gregório XVI. Em seu interior encontra-se uma interessante coleção procedente de escavações da Etruria meridional e recentes doações, entre as que encontram-se o “Marte” de Toldi, estátua do século V a.C., o “Túmulo Regolini-Galassi” de Cervéteri do século VII a.C., e um “Discóbolo”, cópia do original de Miró.

Neste museu não pode-se deixar de visitar a Galeria dos Castiçais, com um “Sarcófago com criança” do século III d.C. e a “Moça correndo”, obra classicista do círculo de Praxiteles do século I a.C., entre outras; a Galeria dos Tapetes, com uma grande exibição de têxtéis que representam a vida de Cristo e a Galeria dos Mapas, com uma extensão de 120 metros quadrados, decorados com os mapas da Itália obra de Ignácio Danti dos anos 1580 -1583.

As Estâncias de Rafael, decorada por ele mesmo a petição de Júlio II em 1508, estão considerada como uma de obras primas de todos os tempos. Pode-se visitar a Estância do Incêndio do Borgo, a Estância da Signatura, na que pode-se admirar a “Disputa do Sacramento”, a “Escola de Atenas e o Parnaso”, a Estância de Constantino e a Estância de Heliodoro, com a “Liberação de São Pedro da Cadeia” e o “Milagro de Bolsena e Heliodoro expulso do templo”.

Na continuação, a Galeria de Rafael, situada no segundo andar, com decoração de estuco e grotescos entre os repinturas e nas paredes obra de Giovani da Udine. A bóveda está decorada com cenas do Antigo e do Novo Testamento, tode desenhade pelo artista e realizada por Giulio Romano, Perin do Vaga e F. Penni.

Destinguem-se, além disso, a Capela de Fray Angélico, ornamentada toda ela com afrescos de Fray Angélico de 1448 -1450 e oApartamento Borgia, em cuja visita se incluem as duas estâncias da torre Borgia, nesta Capela pode-se visitar além diferentes salas como a de Sibilas, com profetas e sibilas dos discípulos de Pinturicchio, a dos Mistérios da Fé, a do Credo, a de Ciências e de Artes Liberais, a da Vida dos Santos e a dos Pontífices, além de outras duas salas menores com afrescos de Pinturicchio.

Pinacoteca, com uma maravilhosa exibição de obras como “Histórias de São Nicolás de Vari”, a “Virgem do Magnificat”, a “Coração de Maria”, o “Cristo ante Pilatos” e o “Tríptico Stefaneschi”, entre outras, além dos dez tapetes tecidos por Pieter vam Aelst nos anos 1515 -1516, sobre cartões de Rafael.

Como peça essencial e autêntica jóia destaca a Capela Sixtina, construida nos anos 1475-1481, na época de Sixto IV. Nela celebram-se os conclaves para a eleição dos Papas, sendo além a Capela privada e oficial dos Pontífices.

A balaustrada que a divide foi decorada por Mino da Fiesole, Giovani Dalmata e A. Bregno. Nesta maravilhosa estância pode-se admirar diferentes obras de diferentes autores: na paredee direita do altar, as “Tentações de Jesus” de Botticeli, a “Entrega de chaves à São Pedro” de Perugino, ajudado por Signorelli, a “Última Ceia” de C. Rosselli e o “Batismo de Jesus” provavelmente de Perugino e Pinturicchio, entre outras.

Destacam além as Figuras dos Papas nos ninhos entre as janelas obra de Botticeli e Ghirlandajo, entre outros artistas e na paredee esquerda do altar, o “Passo do Mar Morto” de C. Rosselli, “Moisés e as Filhas de Jetro” de Botticeli e a “Morte de Moisés”, entre outras.

Porém, a Cúpula é, sem dúvida, um dos maiores atrativos da Capela. Foi decorada pelo genial Miguel Angelo com maravilhosos afrescos, iniciados no ano 1508 e acabados em 1512. As figuras e as cenas se enquadram em uma bela e monumental obra arquitetônica pintada.

No centro da bóveda distribuide em nove repinturas retangulares se representam as Histórias do Gênesis, enquanto que a parede do Altar está coberta pelo grande afresco do Juízo Universal pintado por Miguel Angelo nos anos 1535-1541, durante o papado de Pablo III.

Nesta genial obra se cubriu com roupagens a nudez de algumas figuras por ordem de Pio IV, tal e como aparece refletido no maravilhoso filme “Miguel Angelo” interpretada por Charlton Heston. Alguns retoques posteriores e a fumaça de velas têm escurecido a pintura, embora nos últimos tempos têm-se realizado restaurações devolvendo à obra seu desenho e cor original.

ASSIS

A tão só hora e meia de carro desde Roma, para o norte, encontra-se Assis, uma pequena cidade com muito encanto e conhecida mundialmente por ser o lugar em que nasceu São Francisco. Este nascimento tem marcado à vila já que seus principais edifícios se referem a este Santo, amante dos animais.

Assim, o Convento e a Basílica de São Francisco, constituem um conjunto arquitetônico de grande interesse. A Basílica está formada por duas igrejas superpostas, a fachada, adornada com um duplo rosetão, e o campanário que data do ano 1239.

Na praça inferior, porticada e do século XV, encontra-se a entrada à Igreja Inferior, que é o santuário onde repousam os restos do Santo situados na cripta que se compõe de uma nave só de colunas baixas.

Daqui à explanada de ingresso que conduz ao Claustro, de estilos românico-gótico, com um navio decorado com afrescos do chamado Mestre de São Francisco do século XIII. Nesta Igreja Inferior pode-se contemplar diversas capelas entre as que destacam a terceira da direita, decorada com afrescos atribuidos a Giotto e seus discípulos do ano 1314 e a primeira da esquerda, decorada por Simone Martini com Histórias da vida de São Martim dos anos 1322 e 1326.

A cúpula do ábside está adornada com afrescos alegóricos da escola de Giotto. No ábside pode-se admirar um coro de madeira do século XV, com formas góticas. No braço esquerdo do cruzeiro ressaltam os afrescos de Pietro Lorenzetti representando a Paixão e no direito os afrescos de Giotto e seus discípulos representando histórias da vida de Cristo.

Através deste Cruzeiro chega-se à Igreja Superior, de estilo gótico, na que pode-se ver, na parte baixa a famosa série de afrescos de Giotto que representam 28 cenas da vida de São Francisco de Assis e na parte alta, os afrescos da Escola de Cimabue e Romana, I. Torriti.

No Cruzeiro mostram-se pinturas ao afresco de Cimabue e discípulos e no ábside, o coro talhado de madeira do século XV (no ano de 1997 Assis sofreu um forte terremoto que provocou sérios danos no conjunto histórico. Alguns afrescos têm-se perdido para sempre).

O Tesouro contém maravilhosas pinturas dos séculos XIII-XV, excelentes tapetes dos séculos XV-XVI, magistrais vestes sacerdotais e mobília dos séculos XIII-XVIII.

São de interesse também o Convento de São Damião, que data do século XIII, edificado em volta do oratório campestre, no que supõe-se que o Crucifixo falou à São Francisco, no ano 1205. Do lado da pequena igreja está o Jardim de Santa Clara, no qual afirma-se que o Santo compôs o Cântico de Criaturas.

Eremo delle Carceri, situado em um bosque de azinheiras e carrascos que cobre as ladeiras do monte Subasio, foi lugar ao que se retirou São Francisco para meditar. Este lugar encontra-se rodeado por uma série de grutas de ermitanhos; aqui fica o Convento fundado no século XV. Do lado da Igreja localiza-se o primitivo eremo, desde onde desce-se à gruta do Santo.

A 5 quilômetros de Assis encontra-se Santa Maria degli Angeli, impressionante Basílica dos anos 1569-1679, obra de Alessi, construida no lugar onde fundou-se a Ordem Franciscana. Sob a alta cúpula encontra-se o oratório, que data dos séculos X-XI e à direita do ábside a famosa Capela do Trânsito, a cela onde morreu São Francisco no ano 1226.

É nesta capela onde pode-se ver a estátua do Santo realizada por A. Da Robbia em terracota esmaltada. Cerca desta igreja pode-se ver o famoso Roseto de São Francisco, esplêndido jardim, onde pode-se admirar as cinco roseiras sem espinhos plantados pelo Santo, como também a capela decorada com afrescos do século XVI.

O museu com seres sacros dos séculos XIV-XVIII, tábuas pintadas e relicários, encontra-se no convento.

PERUSA

A 23 quilômetros de Assis, em direção norte, encontramos a capital da região de Umbría. Perusa tem um grande ambiente cultural, graças a que acolhe duas Universidades e dois famosos festivais, o de Música Sacra e a Desolata da Sexta-feira Santa.

Esta vila conserva um grande número de restos etruscos como a Muralha Etrusca, situada na parte mais alta da cidade e ampliada no século XIV sobre os contrafortes de colinas. O Hipogeu dei Volumni, um túmulo etrusco muito complicado que data do século II a.C., nele conserva-sem umas formosas urnas funerárias.

Museu Arqueológico Nacional de Umbría, situado dentro de um antigo convento dominico, conta com várias seções como a Pré-histórica, que abraça o período compreendido entre o Paleolítico e a Idade do Ferro, com documentação da cultura e material da região desde os assentamentos mais antigos.

A Etrusca, especialmente rica e documentação abundante com inscrições epigráficas, bronzes, sarcófagos, copos e urnas funerárias típicas da região de Perusa e A Romana que recolhe formosos bustos e relevos.

Catedral, de estilo gótico, foi reconstruida entre os anos 1345-1490. À sua fachada não concluida acrescentou-se uma porta barroca tardia. No lateral esquerda pode-se observar uma variada decoração, entre a que destaca uma porta que data do ano 1568 realizada por G. Alessi e um púlpito do século XV.

No interior desta pode-se desfrutar com a vista de grandes obras de arte entre as que destacam a Capela de São Bernardino, decorada com a valiosa obra de Barocci “O Descendimento”.

Na lateral esquerda da nave, em meio dos dois primeiros arcos, encontra-se a grade de ferro realizada nos anos 1496-1511, e atrás desta a Capela do Santo Anei, que tem a honra de guardar o anel nupcial da Virgem Maria, guardado em um valioso sagrário do ano 1511.

No ábside, de forma poligonal, pode-se ver um coro de madeira talhado e traçado por Giuliano da Maiano e Domenico do Tasso, dos anos 1486-1491, enquanto que na sacristia do século XV pode-se admirar armários traçados desse mesmo século. Não pode-se deixar de ver oOratório de São Bernardino, com interior de estilo gótico, maravilhosamente decorado, obra de Agostino Duccio dos anos 1457-1461.

Igreja de São Pedro, do século X, ainda conserva sua estrutura basilical. Precedida por um pórtico barroco com um campanário hexagonal do século XV está decorada com um maravilhoso fundo de pinturas e obras de geniais artistas como Sassoferrato, Reni, Dosso, Guerniccino e Perugino entre outros.

No presbitério pode-se contemplar um magnífico coro de madeira realizado nos anos 1526-1535, enquanto que na sacristia pode-se admirar as quatro pinturas obra de Perugino com representações dos Santos.

Fontana Maggiore, construida entre os anos 1275-1278, destingue-se por sua decoração profusa e delicada. Acima de uma série de degraus circulares concêntricos alcança- se a pia de mármore da fonte, de forma poligonal com 24 lados.

Acima desta se levanta uma segunda pia de marmore e sobre esta uma terceira, menor, de bronze. Está ornamentada por um grupo de esculturas de bronze formado por três ninfas obra de Giovanni Pisano, igual que as 24 estatuetas de mármore, que adornam a segunda pia, além de todas as que decoram a fonte, menos os baixo-relevos da copa inferior que, em parte, deve-se a Nicola Pisano e que representam os meses do ano com figuras alegóricas.

Como cólofon nada melhor que visitar o Palácio Comunale, uma construção excelentemente conservada e um dos mais grandiosos palácios da Itália medieval. Foi edificado em várias etapas que comprendem os anos 1293 -1443 utilizando silhares regulares e ornamentado com janelas de traceria calada.

Conta com uma grande escalinata em forma de leque virado, que leva até a porta, com uma torneira de bronze e um leão que datam do ano 1281. A visita deve continuar na Sala de Notari, decorada com um afresco de Pietro Cavallini do ano 1297, para seguir logo pela Galeria Nacional de Umbría, que pela magnífica coleção de pintura gótica que aloja tem-se convertido em uma de mais importantes da Itália central. Se exibem obras tão importantes, como um “Crucifixo” do Mestre de São Francisco do século XIII, esculturas de Arnolfo di Cambio, uma “Virgem com a Criança e os Anjos” de Duccio di Bonisegma, numerosas obras de Perugino e Pinturicchio, e na Capela do Prior afrescos de B. Bonfigli, do século XV, entre outras muitas obras.

SIENA

Seguindo para o norte, extendendo-se acima de três colinas, encontramos uma de cidades com mais encanto da Itália, Siena, terra de excelentes vinhos como o Chianti, e do artesanato de grande qualidade. A cidade esta considerada como uma de capitais européias da arte gótica.

O melhor para empapar-se da magia de Siena é andar nas ruas. Seguro que o visitante se sentirá como transladado a uma autêntica aldeia medieval, com surpreendentes e numerosos tesouros que este antigo assentamento etrusco tem sabido conservar com verdadeiro esmero.

Talvez o primeiro que chame a atenção do viageiro sejam os 120 metros de altura da Torre do Mangia, construida no ano 1348. A parte mais alta foi desenho de Lippo Memmi e pode-se chegar a ela subindo os 503 degraus, com que conta para desfrutar de uma formosa vista da cidade e seus arredores.

Sem dúvida chama também a atenção o Duomo, enorme construção de estilo gótico, iniciada no ano 1150 e finalizada no ano 1267, não assim sua decoração. Nos anos 1284-1296 a parte inferior da fachada, foi revestida com mármores e o alargamento do ábside foi obra de Camaino di Crescentino.

Dita obra se interrompeu e serviu de base para a construção do Duomo novo, do que só se construiram oito grandiosos arcos. Seus principais atrativos são o Batistério, situado sob o ábside do Duomo, construido nos anos 1316-1325; no centro deste fica uma pia batismal de Iacopo dela Quercia quem recebeu a colaboração para realizá-la, entre outros, de Donatello e Ghiberti.

No Museu dell’Ópera Metropolitana pode-se admirar obras de grande importância como as 32 figuras da “Maesta” de Duccio di Buoinsegna dos anos 1308-1311, a “Natividade da Virgem” e um tríptico pintado por P. Lorenzettiou o “Beato Agostino Novello” de Simone Martini.

Muito perto ficam a Livraria Piccolomini, de 1492, com estupendos afrescos e uma boa mostra de cantorias e a Pinacoteca Nacionalcom uma ótima mostra da pintura sienesa dos séculos XII-XVII. Na primeira planta se expõem obras de Beccafumi, R. Manetti, Sodoma, Brescianino e Pinturicchio.

Na segunda planta mostram-se obras de grande importância, como uma Cruz policromada do século XII, Retábulos dos séculos XII e XIII, e obras de Domenico di Bartolo, Duccio, Simone Martini, Lippo Memmi, Bartolo di Fredi e P. Lorenzetti, entre outros. No terceiro andar destaca a Coleção de Spannocchi que tem obras de autores da escola italiana, alemã, flamenca e de L. Lotto e Duero.

Museu Cívico exibe uma excelente coleção de afrescos que adornam as paredes de suas salas góticas como os de Simone Martini, Lorenzetti e Iacopo da Quercia. Na Sala do Consistório pode-se admirar tapetes florentinos e gibelinos do século XVI, assim como afrescos de D. Beccafumi. A Ante Capela e a Capela estão decorada com afrescos de Tadeo di Bartolo.

Na Sala do Mapamondo podem-se admirar os afrescos de Sano di Pietro, Vecchieta e os famosíssimos afrescos de Simone Martini. Na Sala da Pace pode-se contemplar os afrescos alegóricos “O Buem Governo” e “O Mal Governo” de A. Lorenzetti que datam dos anos 1338-1340.

A continuação, o adequado é relaxar em uma de praças mais formosas do continente europeu, a Praça do Campo, com forma de concha e rodeada de antigos e belos palácios, torres e casas, é também o lugar ideal para apreciar um excelente café expresso.

FLORENÇA

A capital da região da Toscana, situada no quilômetro 494, é uma de cidades mais formosas do mundo. A antiga capital da Itália conserva dois lugares históricos dentro dela, por um lado o romano (no centro), e o medieval que rodeia o primeiro.

O ponto de interesse turístico e desde o que pode-se iniciar o percurso por este paraíso da arte é a Praça do Duomo. É a mais central da cidade e recolhe no seu interior os edifícios religiosos mais importantes, todos eles de mármore policromado com desenhos geométricos:Batistério, que data segundo alguns, do século IV-VI, e segundo outros do século XI-XII, com telhado piramidal e ao que se chega, através de famosas portas de bronze que representam cenas da vida de Cristo, de São João Batista e, a mais importante realizada por Ghiberti, com cenas do Antigo Testamento.

Seu interior conta com paredes decorada, com colunas e semi colunas, sucedendo-se alternativamente. A Pia Batismal é de mármore e pertence à escola de Pisa, de 1371. À direita da entrada está o túmulo do “anti-papa” João XXIII, obra de Michelozzo e Donatello do ano 1427.

A cúpula aparece recoberta de mosaicos de inspiração bizantina e é obra de artistas venezianos e florentinos como Cimabue. Na cabeceira destacam os mosaicos do mesmo estilo do Mestre Lacopo.

Campanile de Giotto, começado no ano 1334 por Gioto, continuado por Andrea Pisano e concluido por Francesco Talenti no ano 1359, conta com uma decoração que adorna os andares com tracerias calade e coronamentos. A altura é de 87 metros e pode-se subir os 414 degraus para desfrutar de uma formosa panorâmica da cidade. A parte inferior está adornada com baixo-relevos que são cópias dos originais do século XIV de Andrea Pisano e Andrea da Robbia.

O Duomo é também conhecido como Santa Maria do Fiore. Este edifício, com planta de cruz latina, está coroado por uma cúpula de dobrada bóveda de Brunelleschi que foi finalizada em 1461 e mede 91 metros de altura e 45.5 metros de diâmetro e está decorada com afrescos que representam o Julgamento Final de Vasari e Zuccari nos anos 1572-1579.

Além de contemplar as maravilhas que encontram-se no interior e o exterior, o edifício conta com magníficas obras como a Porta do Campanille e a Porta do Canonici, todas duas do século XIV e a Porta da Mandiria, com o relevo da Assunção de Nani di Banco, do ano 1421 e o mosaico da Anunciação de Ghirlandaio de 1491.

A igreja está dividida em três naves separade por grandes pilares que mantém as altísimas arquerias e as cúpulas nervadas. Nela pode-se admirar obras, como as divinas vidraçarias coloride de Lorenzo Ghiberti, o “Túmulo do Obispo D’Orso” de Tino di Camaino, um afresco ao claro escuro de Andrea Castagno de 1456, a Estátua Equestre de Nicolou da Tolentino e um afresco ao claro escuro de Paolo Unccello.

Sob a cúpula aparecem três balcões, um deles destacado pelas notáveis vidraçarias de gênios, como Donatello, Ghilberti e Paolo Uccello. Também pode-se admirar obras de Benedetto da Maiano, Paolo Unccello e L. Da Robbia, entre outros. Porém, talvez o que mais impressiona seja seu tamanho já que é a quarta igreja maior do mundo.

Se a Praça do Duomo é conhecida por seus edifícios religiosos, a Praça da Signoria é na que se desenvolve a vida da cidade. Contém o edifício civil mais conhecido de Florença, o Palácio Vecchio ou da Signoria.

Esta construção medieval, de estilo gótico, é a sede da Prefeitura desde 1872 e foi construido nos anos 1299-1314. Destaca pela versalidade acentuada pelos 94 metros da famosa Torre D’Arnolfo. Resulta uma verdadeira delícia passear pelo magnífico pátio porticado antes de percorrer os numerosos salões como o Salão dei Cinquecento, no que encontra-se a “Vitória” de Miguel Angelo, o Stúdio de Francesco I de estilo mineralista do século XVI, o Tesoreto decorado por Vasari, a Sala dei Dugento, obra de 1447, da que conserva-se o teto pintado por Benedetto da Maiano, a Sala dei Gigli com artesanato traceado de Giuliano da Maiano e a Sala da Cancilharia na que trabalhou Maquiavel e na que está situada a estátua do “Menino com golfinho” de Verrocchio.

Palácio Gli Uffizi, obra renascentista realizada por Vasari nos anos 1560-1580, é a sede da Galleria degli Uffizi, um dos museus mais valorados do mundo. Na planta baixa encontra-se o ciclo de afrescos de A. Del Castagno que mostra retratos de personagens ilustres.

No primeiro andar destaca o Gabinete dei Disegne delle Stampe com gravados e desenhos. No Corredor Vasariano, que une os Uffizi ao Palácio Pitti atravessando o Arno pela ponte Veniccio, pode-se desfrutar da Colleccione degli Autoritatti de pintores italianos e estrangeiros que vão do século XVI, até nossos dias.

Suas galerias, dispostas em forma de passagem, mostram tapetes flamencos e florentinos dos séculos XVI-XVII, assim como, esculturas antigas.

No segundao andar pode-se admirar maravilhosas obras destacade de Cimbaue, Duccio di Buoninsegna, Giotto, Simone Martini, Paolo Uccello, Veneziano, Piero da Francesca, Botticelli, Leonardo da Vinci, Rafael, Miguel Angelo, Tiziano e Rembrandt.

Também é importante o Palácio Pitti, construido com pedra rústica de silharia. Destacam suas fachada, de 205 metros de comprimento e o magnífico cortile (pátio) do ano 1570, obra de Ammannati.

Este palácio foi residência do grande ducal e, nos anos 1865-1871 formou parte da corte do novo Reinado da Itália. Hoje em dia contém no interior a Galeria Pitti, que embora não tem a importância do anterior, em suas impressionantes salas, com tetos pintados, pode-se encontrar os belos afrescos e obras de Tiziano e Rafael, embora de mais interesse resultam os Appartamenti Monumentali, antiga residência dos Medici e dos Lorena, que depois passaram ser as Salas de Gala dos Saboia.

Vale a pena visitar também o Museu degli Argenti, onde fica uma deslumbradora coleção de metais e pedras preciosas insertada nos mais variados objetos, cristais, marfim, etc. No museu pode-se admirar a Collezione Contini-Bonacosi, isso sim, com prévio aviso; a Galeria do Costume com suas onze salas que mostram maravilhosas pinturas de Velázquez, Goya, o Veronés, Duccio di Buoninsegna, G. Bellini, I. Bassano, Sassetta e Andrea do Castagno e, também móveis, esculturas, objetos de arte e uma exibição de trajes, que percorre a moda desde 1700 até 1900 (periodicamente vai-se renovando).

Se quer conhecer um verdadeiro jardim de estilo italiano é necessario passear pelo Giardino di Boboli, projetado por Tibolo no ano 1550 e finalizado no século VII. Conta com uma superfície de 45.000 metros quadrados com interessantes lugares como a gruta de Buontalenti de 1588, o Anfiteatro, o Vivero de Netuno de 1565, e o Jardim do Cavaleiro, desde a que se obtém uma esplêndida panorâmica.

Depois de relaxar nestes extraordinários espaços verdes pode-se visitar o Museu dell’Ópera do Duomo, onde o turista poderá extasiar-se com a beleza da maravilhosa “Pietat” de Miguel Angelo, do ano 1553 e, com as obras de escultores florentinos entre os que encontram-se Donatello e Arnolfo di Cambio.

Também pode-se admirar obras deste genial escultor no Museu nacional, situado no Palácio do Podestá construido entre os anos 1255-1346. Nele se expõem peças como o “São Jorge” ou o “David” de bronze de Donatello, entre outras muitas de excepcional índole.

Na continuação pode-se andar nas ruas tomando a Via de Tornabuoni, como referência e é conveniente deixar-se surpreender por um dos palácios mais conhecidos de Florença, o Palácio Strozz, de estilo renascentista florentino, cuja construção começou Benedetto da Maiano em 1489, foi continuado por Cronaca e finalizado, em 1504.

Muito próxima encontra-se a igreja de São Lorenzo, edificada por Brunelleschi em 1446 e terminada por A. Manetti em 1460, com uma fachada de pedra rústica. Seu interior está formado por três pavilhões e foi decorada, em parte, por Donatello em 1460, com uma magnífica Sacristia (a Sagrestia Vecchia), que com a participação destes dois gênios se converte em uma peça maravilhosa, na que pode-se admirar o sarcófago com os restos de Giovanni e Piero de Médicis, sendo uma obra mestra de Verrocchio de 1472.

Também é única a Sacrestia Nova de Miguel Angelo, do ano 1524, situada na Capela do Príncipe, de forma octogonal, culminada por uma cúpula e com seu interior recoberto de mármore e outros materiais, que contém também os “Sepolcri Medici”, outra obra cume de Miguel Angelo dos anos 1524-1533.

Outra magnífica obra de Brunelleschi é o Hospital dos Inocentes, do ano 1426. Atrás do pórtico, que conta com amplos arcos culminados com dez medalhões circulares de terracota obra de A. da Robbia, abre-se a fachada (no pátio pode-se admirar uma Anunciação do mesmo artista). No hospital há que visitar a Galeria del’Ospedale, com pinturas, códices minados, esculturas e mobília dos séculos XIV-XVIII, destacando entre elas a “Epifania” de Ghirlandajo.

Também destacam o Pórtico da Confraternita de Servi di Maria, a Santíssima Anunciata e o Santuário do século XV. No interior, de estilo barroco, destacam um Templete de Michelozzo, do ano 1461, afrescos de A. Del Castagno, o ábside obra de Michelozzo e L. B. Alberti, além do Chiostro de Morti onde pode-se ver um afresco de Andrea do Sarto.

Não pode abandonar Florença, se não tem realizado uma visita à Academia de Belas Artes. Aqui se encontram, entre outras obras, as belas talhas de Miguel Angelo, entre as que destacam o inigualável “David”, esculpida entre os anos 1501-1504 e as esculturas de “Os Escravos Inacabados”, uma de obras mais enigmáticas do célebre artista.

Se quiser admirar uma de vistas mais formosas da cidade e realizar um bom passeio por um entorno agradável o trajeto começará em Viale dei Colli e finalizará no Piazzale Michelangelo onde, também, pode-se caminhar entre reproduções em bronze de obras deste grande artista.

PISA

Também na região da Toscana mas na zona noroeste e extendendo-se pela planície do Arno encontra-se Pisa, uma cidade de aproximadamente 100.000 habitantes, conhecida mundialmente por sua torre inclinada.

Campo de Miracoli acolhe os monumentos mais prestigiados desta antiga base naval romana, o Duomo, a Torre inclinada e o Batistério, assim como, o Camposanto e as esculturas da família Pisano. Todos eles formam um conjunto românico de extraordinária pureza.

Duomo, iniciado por Buscheto no ano 1064 e finalizado no século XII por Rainaldo, é realmente impressionante, em sua totalidade. Na fachada pode-se ver as três portas de bronze realizada pelos discípulos de Giambologna nos finais do século XVI.

A entrada habitual é a Porta São Rainieri, com postigos de bronze adornados com histórias do Redentor, obra de Bonanno do ano 1180. No interior destacam seus cinco pavilhões decorada com mármore branco, preto e um artesanato de finais do século XVI, assim como, o púlpito, realizado por Giovanni Pisano em 1311, uma verdadeira maravilha gótica com dramáticos relevos representando cenas dos Evangelhos.

Não pode-se esquecer a lâmpada de bronze do centro do edifício. Conta a lenda que graças a seu balanço Galileu desenvolveu a teoria do pêndulo. Assim mesmo resultam maravilhosos o Túmulo de Arrigo VII, obra de Tino da Camaino, os escanhos traceados do Prebistério do século XV, os lenços de alguns santos, obra de Andrea do Santo, o grande mosaico que decora o casquete do ábside do século XIII, as pinturas do século XVI realizada por Sodoma, Sogliani e Beccafumi e a Madona de marfim, de 1299, realizada por Giovanni Pisano.

A famosa e popular Torre Inclinada é na realidade o Campanário do conjunto. Situado perto do ábside, no exterior do Duomo, seu maior atrativo é a inclinação de 5,30 graus que sofrem seus 55 metros de altura.

Resulta muito formosa a decoração de um marcado claro escuro, com seis níveis de galerias de colunas em volta do cilindro da torre. Se os estudos que estão sendo realizados para evitar seu derrubamento permitem-o, deve-se subir a escada de 294 degraus que conduz à Sala do Sino, desde a que Galileu experimentou com a gravidade e desde a que se obtém uma bela panorâmica da cidade e seus arredores. Sua criação iniciou-se no ano 1173, mas não concluiu até o ano 1275 (o campanil que corona-la foi acrescentado no século XIV).

O circular Batistério, cuja edificação começou no ano 1152 e terminou à finais do século XIV, também tem 55 metros de altura coroados por uma cúpula piramidal de oito lados. Contém no seu interior a primeira obra gótica da Itália realizada por Nicola Pisano, o púlpito do ano 1260, decorado com relevos representando a vida de Jesus.

São também interessantes a magnífica pia batismal de Guido da Como, do ano 1246, a decoração de paredes e as magníficas estátuas de Nicola e Giovanni Pisano.

Destruido durante a Segunda Guerra Mundial o Camposanto tem sido restaurado em várias ocasiões. Este edifício de mármore de linhas horizontais foi iniciado por Gibanni di Simone, em 1277.

A construção conta no interior como máximos atrativos com o Salão dos Afrescos onde pode-se ver delicade obras, como as do Mestre do Triunfo da morte e uma boa mostra de sarcófagos romanos e esculturas de todos os tempos de mestres como Tino da Camaino, L. Bartolino e Giobanni Pisano. As antigas correntes do porto de Pisa pode-se ver nas paredes do braço meridional deste cemitério.

Embora o maior atrativo de Pisa encontra-se neste conjunto românico, não pode-se deixar de andar nas ruas pela cidade. Do outro lado do rio Arno pode-se desfrutar com belos edifícios de várias épocas, como a Casatorre do século XIII, a melhor conservada e do modelo mais antigo e os palácios dos séculos XVII e XVIII como o Palácio deiCavalieri, construido no ano 1562, como sede da Ordem dos Cavaleiros de São Estevão (na atualidade, é a sede da Escola Normal Superior).

Destinguem-se, também, as igrejas medievais como Santa Maria da Spina, finalizada no ano 1323, uma jóia do estilo da transição gótico-românico; a Igreja do Santo Sepulcro edificada no ano 1153, por Diotisalvi e um estupendo museu que recolhe uma importante coleção de artistas pisanos e toscanos; o Museu Nacional de São Mateo, situado dentro do edifício de um antigo mosteiro com uma interessante exibição de pintura da escola toscana dos séculos XII-XV, assim como, esculturas de Giovanni Pisano e sua escola, entre as que encontram-se a “Madona de Latte” e o “Busto de São Lussorio” e vários objetos de artes menores. Como curiosidade há que visitar a Domus Galileana, na que exibem alguns objetos pessoais de Galileu

Fonte: www.rumbo.com.br

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