Marche

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Províncias: Ancona (capital), Ascoli Piceno, Macerata, Pesaro e Urbino.

Três são as zonas geográficas que compõe Le Marche: a costeira, o das colinas e da montanha, por isso tem pratos típicos dos pescadores, dos camponeses e dos pastores.

O prato base da gastronomia regional, típico de toda a costa é a caldeirada de peixes, de Ancona, sopa famosa que contém uma vasta variedade de peixes, que muda de aspecto e sabor, segundo o lugar: ao norte com tomate, ao sul com açafrão.

Das colinas existem o renomado leitão, a caça, o frango “caipira”, os pombos, as codornas, o suíno de onde retiram o presunto que vem servido cortado grosso e as azeitonas grandes e suculentas.

Da montanha é originário o queijo pecorino doce, de sabor natural do bosque, e uma rica variedade de queijos de leite bovino, mas sobretudo dos feitos de leite de ovelha.

Fonte: digilander.libero.it

Marche

Quietas colinas olhando para o mar, vales que serpeiam calmamente, rios caudalosos e os tantos povoados nos cumes, em uma terra de antigas tradições.

O nome “Marche” vem do germânico Mark, que significa território de fronteira, pois já no final do Séc.X existiam várias delas entre o Apenino Central e o mar Adriático, como a Marca de Camerino e, mais tarde, as de Ancona e de Fermo.

Com efeito, foi sempre uma região de difícil acesso, quase só montanhosa, com um só lado para o mar, rasgada por um leque de vales transversais à costa, sulcadas por rios: orografia que determina até hoje o andamento da rede rodoviária, com uma auto-estrada ao longo do litoral, e somente cinco passos de montanha para as regiões vizinhas.

Quanto aos acontecimentos históricos, eles foram complexos, mutáveis e diversificados. Habitada desde a mais remota antiguidade pelos Picenos, a região passou ao império romano em 268 a.C. e, após a queda deste, foi dominada por Godos, Bizantinos e Longobardos.

A área brevemente sob influência bizantina foi dividida em duas cincunscrições administrativas, as Pentapoli: a marítima, que incluía as cidades costeiras de Rimini (hoje na Emília), Pesaro, Fano, Senigallia e Ancona; e a do interior, formada pelas cidades de Urbino, Fossombrone, Cagli, Gubbio (hoje na Úmbria) e Jesi.

No Séc. VIII, os Longobardos, que haviam suplantado os Bizantinos, foram por sua vez derrotados pelos Francos, cujo rei, Pipino il Breve, fez doação do território ao Papado.

Assim, por um curto período, o poder religioso sufocou a vida civil, mas logo, com o advento do feudalismo, teve início um carrossel de rivalidades e de lutas recíprocas.

O Trezentos e Quatrocentos foram o palco de um emaranhado de acontecimentos envolvendo autonômias comunais, supremacia da Igreja e expansão do poderio de algumas famílias.

Entre o Quatrocentos e Quinhentos, foram estabelecidos vários feudos e estados, na maioria sujeitos a Roma, mas também, em alguns casos, autônomos.

Entre 1797 e 1800 a região foi ocupada pelos Franceses – que a mantiveram por mais algum tempo após a queda de Napoleão – e em seguida, de 1849 a 1857, pelos Austríacos. Finalmente, em 1860, a região foi anexada ao Reino da Itália.

Naturalmente, o desenvolvimento urbano da região está estritamente ligado à sua conturbada história política.

Os Romanos, por exemplo, privilegiaram as comunicações rápidas entre Roma e a costa adriática, abrindo grandes estradas e executando obras imponentes – como o corte do Furlo, na famosa garganta do mesmo nome.

Eis porquê as cidades romanas são ou litorâneas (como Fano e Senigallia), ou assentadas no leito dos vales (Helvia Ricina), enquanto subsistem ainda hoje muitos vestígios de paradouros ao longo das estradas.

Mas só na Idade Média ocorreu o arranjo urbano definitivo – tal qual chegou, praticamente intacto, até os nossos dias -, quando os camponeses, para defender-se, se juntaram em aldeias plantadas no topo das colinas ou nas escarpas mais íngremes ao longo dos rios, mesmo longe do campo.

As Comunas, por sua vez, fortificaram-se com muralhas e, em alguns casos, até com castelos. As muralhas, todas elas construídas em tijolos, com um contraforte muito alto e ínclinado (Jesi, Corinaldo, Ostra e, ao sul, Ripatransone e Acquaviva Picena), às vezes munidas de um caminhamento coberto (como em Serra S. Quirico e Morro d’Alba).

Desenhou-se assim a típica paisagem das Marche, feita de uma sem fim de colinas – cada qual com um povoado no cume -, e de imponentes castelos e fortalezas.

Por sua vez, a vitalidade das Comunas, antes, e dos feudos, depois, fez com que cada cidade possuisse a sua própria praça cívica, o palácio comunal, prédios nobiliários, uma construção civil de bom nível, hospital, hospedaria, teatro… Pela importância urbana e urbanística, é com efeito necessário citar as praças de Ascoli Piceno, S. Severino Marche, Offida, Fermo, S. Ginesio, Fabriano; a universidade de Camerino; o Hospital dos Peregrinos, em S. Ginesio; os palácios nobiliários de Matelica e Cingoli; e o extraordinário número de teatros, grandes e pequenos, que desde o Setecentos alegraram também os centros menores: em Jesi, Camerino, Corinaldo, Matelica, Urbania.

Também extremamente rico e diversificado é o panorama artístico da região. A arquitetura românica, amplamente difundida, está entre as mais articuladas por tipos e formas, daquelas de influência lombarda, aos modelos bizantinos, às cúpulas de inspiração oriental.

O mesmo pode ser dito quanto ao estilo gótico – que em S. Ginesio reflete até influências germânicas -, ou para o período renascentista, no qual confluíram as escolas dálmata, toscana, romana, bem como a grande pintura veneziana.

A rica tradição da arquitetura militar inspirou por sua vez o talento do grande arquiteto Francesco di Giorgio Martini, que atingiu seu apogeu nos projetos de algumas impressionantes fortalezas, cujas plantas compõem uma figura de animal sempre diferente, segundo um particular gosto intelectualista: San Leo, Sassocorvaro, Sant’Agata Feltria, Mondavio.

Em todas, na falta de outros materiais, foram usados quase só tijolos à vista, trabalhados com grande habilidade, exceto as molduras em pedra dos portais, que tornaram-se assim o emblema de cada dinastia.

Mas os centros interessantes das Marche são em número muito maior da limitada seleção feita com o intuito de expor uma certa variedade de tipos. Assim, entre as cidades costeiras, além de Fano, merece ser lembrada Senigallia, por sua antiga planta urbana, o cenográfico desfile de fachadas ao longo do porto, e o magnífico fórum de época romana.

Entre as cidades de altura, além dos já citados San Leo, Corinaldo, Cingoli, Camerino, Fermo, Serra S. Quirico, temos Sarnano, a Recanati do grandíssimo poeta Giacomo Leopard, Osimo, Moresco, Gradara, Torre di Palme; enquanto, nas encostas dos rios, há Tolentino, Matelica e Pergola.

Mas se poderia deixar de mencionar também muitos outros centros, como Treia, Visso, Amandola, Montefortino, Arcevia, Castelfidardo, Montegilberto, Montelupone…, todos nas colinas, e o extraordinário núcleo de Urbania, parcialmente planejado.

Finalmente, um caso à parte é o povoado de Servigliano, construído ex-novo pelo Estado da Igreja, no Setecentos, no lugar do anterior, arrasado por uma enchente.

Fonte: www.portalitalia.com.br

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