Liguria

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Províncias: Genova (capital), Savona, Lo Spezia e Imperia.

Esta estreita e longa faixa de terra, banhada providencialmente pelo mari, que lhe dá um clima e uma vegetação luxuriante, que revela na cozinha as características e operosidade de seus habitantes.

Amantes de sua autonomia e independência, seu povo se utiliza de uma boa dose de criatividade.

A gastronomia da Liguria é caracterizada pelo perfume das hortaliças, das azeitonas e da peca. O manjericão (basílico) de aroma inconfundível, encontra na culinária da região um posto de primeiro grandeza. A Liguria orgulha-se de sua cozinha: simples e genuína.

Fonte: digilander.libero.it

Liguria

Dividida entre o mar e as montanhas, esta terra possui duas almas: o espírsito empreendedor dos centros marítimos, e aquele rural dos burgos interioranos.

A Ligúria é uma região em forma de arco voltado para o mar, com uma longa costa escarpada e, terra adentro, uma estreita faixa ocupada quase só por colinas e montanhas: um território desde sempre inóspito, onde, por serem o mar e a terra os únicos recursos, a opção de vida limitava-se àquela rude do marujo, do pescador, do portuário, ou àquela, igualmente dura, do camponês, em solos quase sempre íngremes e de difícil acesso.

Em compensação, sempre ofereceu abundância de pontos para fundear e, em tempos remotos, nela veio a estabelecer-se um povo primitivo, os Lígures, de quem tomou o nome.

Para os Romanos, que a duras penas a conquistaram, a Ligúria era antes de tudo zona de passagem, tanto que as cidades romanas foram levantadas nas poucas áreas planas: Albenga, que guarda o traçado ortogonal das ruas, Luni e Gênova.

Após a queda do Império, ali sucederam-se Bizantinos, Longobardos e Francos, enquanto, na Idade Média, a Ligúria foi primeiramente dividida em três regiões (ou “marcas”) e, mais tarde, em vários feudos ou em cidades autônomas.

Não obstante o predomínio de Gênova, La Superba, que a partir do Séc. XIV almejou ocupar a inteira região e, como potência naval, competiu com Veneza, La Sereníssima, como principal república marítima do Mediterrâneo, a história da Ligúria até o início do Oitocentos foi um suceder-se de rivalidades entre as cidades autônomas e a capital, e somente com o Congresso de Viena (1815), a Ligúria passou ao Reino do Piemonte e Sardenha, semente do futuro Estado unitário.

No que diz respeito ao desenvolvimento urbanístico, vale notar que o mapa dos centros habitados tomou sua configuração definitiva só na Idade Média, que viu disseminar-se muitos pequenos povoados, funcionais a um território tão acidentado.

Assim, as colinas estão pontilhadas de aldeias de origem agrícola – às vezes com importância estratégica -, construídas nos espigões, com uma planta típica em arco, ou radial.

Ainda, ao longo das muitas estradas levando aos passos apenínicos, que cada porto procurava ter para acessar as planícies do Piemonte, da Lombardia ou da Emília, surgiram povoados com traçado linear, voltados para o intercâmbio comercial.

Por sua vez, a costa tem um porto em cada possível lugar, com o povoado aninhado na encosta, ou alongado à beira do mar.

Sempre na Idade Média, foram fundados alguns centros de grande interesse, especialmente planejados com objetivos de defesa: além das conhecidas cidades de Chiavari, Sestri P., La Spezia, Loano, há centros menores, mas igualmente característicos, como Cisano, Bardineto, Borgomaro e Borghetto S. Spirito.

Em todo caso, a necessidade de construir em lugares apertados fez com que surgissem aldeias compactas, com ruas estreitas – os famosos ‘caruggi’ -, e quase sempre desprovidas da praça.

Os povoados nas montanhas são pobres, com traçado irregular, escarpados, com ruelas em degraus, as casas em pedra, os tetos em ardósia: lugares hoje cada vez menos povoados, quando não abandonados pelos habitantes, que encontram na costa fervor de atividades e maiores oportunidades de trabalho, mas que por isto mesmo mantiveram, ainda que decadentes, a sua integridade, e em alguns casos estão sendo pouco a pouco restaurados.

Conservaram-se também os centros históricos ao longo da costa, apesar de englobados por empreendimentos turísticos de grande porte, que às vezes os desfiguraram com suas estruturas altas, espigadas, exageradamente coloridas.

Muito presentes em todos os centros habitados são os pórticos, geralmente baixos e espessos, que nas localidades de passagem serviam de abrigo para os viajantes e suas montarias, ao passo que, nas outras, abrigavam a feira ou, mais simplesmente, serviam para desafogar a rua, como em muitos exemplos em Gênova, Chiavari, Lavagna, Toirano, Varese L., Zuccarello; enquanto em Porto Maurizio (Imperia), os pórticos são cavados nos muros.

Também numerosos são os castelos desta região onde, no passado, feudos e cidades autônomas estavam constantemente às voltas com problemas de defesa, enquanto alguns centros, mormente na província de Savona, exibem características casas-torres.

Poucas, ao contrário, são as muralhas, só presentes em cidades mais ricas, ou de recente fundação.

O patrimônio artístico está concentrado principalmente nas grandes cidades, ao passo que nos centros menores tiveram maior difusão as edificações religiosas românicas, com influências lombardas e pisanas, ou barrocas, estas com desenho refinado e sem excessos, e uso sagaz das cores tênues.

A tal período reporta-se também a predileção por ornamentar com pedras coloridas as praças das igrejas (como em Cervo, Deiva, Moneglia, Riva L., S.Michele di Ri…), ou os pórticos (Noli).

Na Ligúria, sempre predominou porém a arquitetura espontânea e popular, que é sem tempo, exceto por alguns detalhes – um pórtico, um portal, um friso – , que muitas vezes ornamentam as fachadas; enquanto nos Apeninos, já rumo à Emília, são mais comuns os engastes de gárgulas em pedra.

Sería inviável esgotar a descrição de todos os lugares de algum interesse que a região oferece, em virtude de cada canto seu reservar incríveis surpresas. Aqui, procurou-se tão somente oferecer um resumo das formas mais significativas de ocupação do território: eis assim Albenga, exemplo típico de cidade medieval construída por cima do antigo traçado romano, eis o elegante e refinado Finalborgo, ou os núcleos originários de Sanremo e Ventimiglia, ou os centros históricos na costa que tornaram-se importantes também para o turismo, como Portofino, Porto-venere, Camogli, ou os mais recentes S. Margherita L. e Rapallo.

Por sua vez, Lingueglietta e Ceriana representam bem os centros do interior,

entre os quais inclui-se o inovador núcleo circular de Varese L., ao passo que Sarzana e Villanova são cidadezinhas de recente fundação, mas também de muito interesse.

Sem esquecer o colorido de Camogli, antigo centro marinharesco berço de gerações de destemidos capitães; ou o das famosas Cinque Terre, outros tantos povoados a pico sobre o mar e acessíveis só por via férrea cavada na rocha; ou aquele mais romântico de S. Fruttuoso, este acessível só pelo mar e que guarda as tumbas da família Dória, além de, a vinte metros de profundidade, a estátua do Cristo dos Abismos, em memória de todos os náufragos do mar; ou, ainda, o de Bussana, vilarejo destruído por um terremoto no fim do Oitocentos, e que tornou-se um centro de artistas.

Mas, nesta terra, o importante é não ter pressa, porque muitas descobertas podem ser o fruto de um simples passeio, com o gosto e a sensibilidade de procurar fora dos caminhos batidos.

A Ligúria é uma região em forma de arco voltado para o mar, com uma longa costa escarpada e, terra adentro, uma estreita faixa ocupada quase só por colinas e montanhas: um território desde sempre inóspito, onde, por serem o mar e a terra os únicos recursos, a opção de vida limitava-se àquela rude do marujo, do pescador, do portuário, ou àquela, igualmente dura, do camponês, em solos quase sempre íngremes e de difícil acesso.

Em compensação, sempre ofereceu abundância de pontos para fundear e, em tempos remotos, nela veio a estabelecer-se um povo primitivo, os Lígures, de quem tomou o nome.

Para os Romanos, que a duras penas a conquistaram, a Ligúria era antes de tudo zona de passagem, tanto que as cidades romanas foram levantadas nas poucas áreas planas: Albenga, que guarda o traçado ortogonal das ruas, Luni e Gênova.

Após a queda do Império, ali sucederam-se Bizantinos, Longobardos e Francos, enquanto, na Idade Média, a Ligúria foi primeiramente dividida em três regiões (ou “marcas”) e, mais tarde, em vários feudos ou em cidades autônomas.

Não obstante o predomínio de Gênova, La Superba, que a partir do Séc. XIV almejou ocupar a inteira região e, como potência naval, competiu com Veneza, La Sereníssima, como principal república marítima do Mediterrâneo, a história da Ligúria até o início do Oitocentos foi um suceder-se de rivalidades entre as cidades autônomas e a capital, e somente com o Congresso de Viena (1815), a Ligúria passou ao Reino do Piemonte e Sardenha, semente do futuro Estado unitário.

No que diz respeito ao desenvolvimento urbanístico, vale notar que o mapa dos centros habitados tomou sua configuração definitiva só na Idade Média, que viu disseminar-se muitos pequenos povoados, funcionais a um território tão acidentado.

Assim, as colinas estão pontilhadas de aldeias de origem agrícola – às vezes com importância estratégica -, construídas nos espigões, com uma planta típica em arco, ou radial.

Ainda, ao longo das muitas estradas levando aos passos apenínicos, que cada porto procurava ter para acessar as planícies do Piemonte, da Lombardia ou da Emília, surgiram povoados com traçado linear, voltados para o intercâmbio comercial.

Por sua vez, a costa tem um porto em cada possível lugar, com o povoado aninhado na encosta, ou alongado à beira do mar.

Sempre na Idade Média, foram fundados alguns centros de grande interesse, especialmente planejados com objetivos de defesa: além das conhecidas cidades de Chiavari, Sestri P., La Spezia, Loano, há centros menores, mas igualmente característicos, como Cisano, Bardineto, Borgomaro e Borghetto S. Spirito.

Em todo caso, a necessidade de construir em lugares apertados fez com que surgissem aldeias compactas, com ruas estreitas – os famosos ‘caruggi’ -, e quase sempre desprovidas da praça.

Os povoados nas montanhas são pobres, com traçado irregular, escarpados, com ruelas em degraus, as casas em pedra, os tetos em ardósia: lugares hoje cada vez menos povoados, quando não abandonados pelos habitantes, que encontram na costa fervor de atividades e maiores oportunidades de trabalho, mas que por isto mesmo mantiveram, ainda que decadentes, a sua integridade, e em alguns casos estão sendo pouco a pouco restaurados.

Conservaram-se também os centros históricos ao longo da costa, apesar de englobados por empreendimentos turísticos de grande porte, que às vezes os desfiguraram com suas estruturas altas, espigadas, exageradamente coloridas.

Muito presentes em todos os centros habitados são os pórticos, geralmente baixos e espessos, que nas localidades de passagem serviam de abrigo para os viajantes e suas montarias, ao passo que, nas outras, abrigavam a feira ou, mais simplesmente, serviam para desafogar a rua, como em muitos exemplos em Gênova, Chiavari, Lavagna, Toirano, Varese L., Zuccarello; enquanto em Porto Maurizio (Imperia), os pórticos são cavados nos muros.

Também numerosos são os castelos desta região onde, no passado, feudos e cidades autônomas estavam constantemente às voltas com problemas de defesa, enquanto alguns centros, mormente na província de Savona, exibem características casas-torres.

Poucas, ao contrário, são as muralhas, só presentes em cidades mais ricas, ou de recente fundação.

O patrimônio artístico está concentrado principalmente nas grandes cidades, ao passo que nos centros menores tiveram maior difusão as edificações religiosas românicas, com influências lombardas e pisanas, ou barrocas, estas com desenho refinado e sem excessos, e uso sagaz das cores tênues.

A tal período reporta-se também a predileção por ornamentar com pedras coloridas as praças das igrejas (como em Cervo, Deiva, Moneglia, Riva L., S.Michele di Ri…), ou os pórticos (Noli).

Na Ligúria, sempre predominou porém a arquitetura espontânea e popular, que é sem tempo, exceto por alguns detalhes – um pórtico, um portal, um friso – , que muitas vezes ornamentam as fachadas; enquanto nos Apeninos, já rumo à Emília, são mais comuns os engastes de gárgulas em pedra.

Seria inviável esgotar a descrição de todos os lugares de algum interesse que a região oferece, em virtude de cada canto seu reservar incríveis surpresas.

Aqui, procurou-se tão somente oferecer um resumo das formas mais significativas de ocupação do território: eis assim Albenga, exemplo típico de cidade medieval construída por cima do antigo traçado romano, eis o elegante e refinado Finalborgo, ou os núcleos originários de Sanremo e Ventimiglia, ou os centros históricos na costa que tornaram-se importantes também para o turismo, como Portofino, Porto-venere, Camogli, ou os mais recentes S. Margherita L. e Rapallo.

Por sua vez, Lingueglietta e Ceriana representam bem os centros do interior,entre os quais inclui-se o inovador núcleo circular de Varese L., ao passo que Sarzana e Villanova são cidadezinhas de recente fundação, mas também de muito interesse.

Sem esquecer o colorido de Camogli, antigo centro marinharesco berço de gerações de destemidos capitães; ou o das famosas Cinque Terre, outros tantos povoados a pico sobre o mar e acessíveis só por via férrea cavada na rocha; ou aquele mais romântico de S. Fruttuoso, este acessível só pelo mar e que guarda as tumbas da família Dória, além de, a vinte metros de profundidade, a estátua do Cristo dos Abismos, em memória de todos os náufragos do mar; ou, ainda, o de Bussana, vilarejo destruído por um terremoto no fim do Oitocentos, e que tornou-se um centro de artistas.

Mas, nesta terra, o importante é não ter pressa, porque muitas descobertas podem ser o fruto de um simples passeio, com o gosto e a sensibilidade de procurar fora dos caminhos batidos.

Fonte: www.portalitalia.com.br

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