Theatro Municipal de São Paulo

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Theatro Municipal de São Paulo

Aberto ao público no dia 12 de setembro de 1911, o Theatro Municipal de São Paulo começou a ser construído oito anos antes, em 1903. Projetado por Cláudio Rossi e desenhado por Domiziano Rossi, o Municipal foi inaugurado pela ópera de Hamelet, de Ambroise Thomas, para uma multidão de 20 mil pessoas que se amontoavam na Praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo. Com isso, a cidade começava a se integrar ao roteiro internacional dos grandes espetáculos.

O Theatro Municipal foi idealizado nos moldes dos melhores teatros do mundo para atender a ópera – a primeira forma artística e de lazer típica da burguesia – e em virtude do grande número de italianos que viviam em São Paulo.

Desde de sua inauguração, dois grandes restauros marcaram as mudanças e renovações do Theatro: a primeira aconteceu em 1951 com o arquiteto Tito Raucht, que foi responsável pelos pavimentos para ampliação dos camarins, e redução dos camarotes; já o segundo restauro, ocorreu de 1986 a 1991, comandado pelo Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, restaurando o prédio e implementando estruturas e equipamentos mais modernos.

Hoje o Municipal coordena escolas de música e dança e busca desenvolver cada vez mais o trabalho de seus corpos estáveis: a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, o Balé da Cidade, o Quarteto de Cordas, o Coral Lírico e o Coral Paulistano.

Para 2006, muitas apresentações foram incluídas na programação, como Óperas, Concertos, Balés e o grande Festival Mozarteando, que homenageia o aniversário de 250 anos de nascimento de Mozart.

Theatro Municipal de São Paulo

Ana Luiza Galvão

Fonte: www.cidadedesaopaulo.com

Theatro Municipal de São Paulo

No fim do século passado, a aristocracia paulistana pedia uma casa de espetáculos que pudesse receber as grandes companhias estrangeiras.

Em 1900, a cidade contava apenas com o Teatro São José, que, depois de um incêndio, não tinha condições de acomodar os espetáculos estrangeiros. Decidiu-se então construir um novo espaço para atender às necessidades culturais da cidade que crescia a olhos vistos.

O edifício seria levantado em um terreno no Morro de Chá e a obra comandada pelo arquiteto Ramos de Azevedo – que depois emprestaria o nome à praça que fica bem em frente ao teatro. O terreno foi comprado em 1902 e os trabalhos começaram no ano seguinte.

Ramos de Azevedo já sabia exatamente como seria o prédio: uma réplica menor da Ópera de Paris. Em 12 de setembro de 1911, o Teatro Municipal foi inaugurado, com apresentação do célebre barítono italiano Titta Ruffo, interpretando Hamlet, do francês Ambroise Thomas.

Feito para ter o palco ocupado quase que exclusivamente por óperas, o Municipal demonstrava, dez anos após sua inauguração, que não estava limitado às árias e ao lirismo, para tristeza e irritação dos puristas.

Nos anos 20, os paulistanos puderam apreciar as performances das bailarinas Anna Pavlova e Isadora Duncan. Na mesma década, abrigou a Semana de Arte Moderna, que teve entre seus maiores expoentes Mário e Oswald de Andrade, Villa-Lobos, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral.

Nos anos que se seguiram, a opulência do Municipal foi desaparecendo lentamente por causa das novas construções e hábitos da cidade. As Lojas Anglo-Americanas (antigo Mappin), o prédio do Banespa, o Hotel Esplanada (na época, o mais elegante de São Paulo, atualmente sede do grupo Votorantim), transformaram a função cultural que os arredores do teatro tinham em sua origem.

Theatro Municipal de São Paulo
Vista Exterior do Edifício e Arredores

O teatro foi reformado duas vezes: uma na gestão do prefeito Faria Lima, quando as paredes foram pintadas e o lustre central da platéia, de 360 lâmpadas, regulado e o projeto original descaracterizado. A outra começou na administração de Jânio Quadros e foi concluída pela prefeita Luiza Erundina. Nesta, procurou-se preservar e restaurar o trabalho de Ramos de Azevedo. A fidelidade foi tanta que a fachada externa foi restaurada com arenito vindo da mesma mina que forneceu o material para a construção do início do século.

Theatro Municipal de São Paulo
Teatro Municipal – Interior

Muitos artistas puderam visitar a cidade e se apresentar no Municipal. Foram vários os nomes importantes no palco: interpretando óperas, Enrico Caruso, Maria Callas, Bidu Sayão e Tito Schipa; na regência, o maestro Arturo Toscanini. A arte dramática foi representada com o melhor produzido dentro (Procópio Ferreira e Cacilda Becker) e fora (Viven Leigh, Raymond Jérôme) do País.

Fonte: www.sampa.art.br

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