Regras de Etiqueta

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Regras de Etiqueta

Conheça algumas regras básicas de como receber com perfeiçao

Receber é uma arte e, muitas vezes, os anfitrioes tem dúvidas de como agir em determinadas ocasioes. O quê e como servir? Como elaborar o convite para uma recepçao? Para facilitar sum pouco este trabalho, e retirar dúvidas, seguem algumas regras básicas:

Como elaborar o convite?

Em ocasioes informais, o convite pode ser feito pessoalmente, por telefone, ou mesmo, por e-mail, com no mínimo, seis dias de antecedência. No caso de uma recepçao mais formal, deve ser impresso. Nestas circunstâncias, o que vale é a originalidade, indo do mais simples ao mais sofisticado, devendo ser enviado com antecedência, prazo este que pode variar de vinte a trinta dias. Cabe ao anfitriao informar, no convite, o traje a ser usado.

Como receber os convidados?

O anfitriao deve ser pontual. Caso ocorra algum imprevisto que o impeça de receber os primeiros convidados, deve ser representado por um membro da família. Um dos requisitos para se receber com sucesso é agir com naturalidade, segurança e desenvoltura, proporcionando aos convidados um clima de descontraçao e demonstrando, especialmente, a presença de todos indistintamente. Nao se deve aguardar a chegada do último convidado para começar a servir os aperitivos.

O que servir antes da refeiçao principal?

Devem ser servidos salgadinhos, canapés, além de coquetéis e aperitivos.

Como arrumar a mesa?

Para uma reuniao formal, a mesa poderá ser ornamentada com uma bela toalha e um arranjo de flores, sendo composta por sousplat, pratos, talheres, guardanapos combinando com a toalha e copos para água, vinho tinto e branco. Para a organizaçao dos pratos, temos primeiro o sousplat e, logo acima, o prato, com o guardanapo a sua esquerda.

Do lado direito ficarao a colher, em caso de haver consumê, ou a faca para a entrada, a faca para peixe ou a faca para carne ou ave.

Do lado esquerdo, deverao estar o garfo para a entrada, um outro para peixe ou para carne. Acima dos garfos ficarao pratinhos para pao e sobre ele uma faca para manteiga.

Acima dos pratos ficarao a faca, o garfo e a colher para sobremesa. Do lado direito, acima das facas, ficarao um copo para água, um para vinho tinto e outro para vinho branco.

Caso seja servido champanha, sua taça poderá ocupar duas posiçoes, dependendo da freqüência em que a bebida será consumida. Se este for servido somente uma vez ao longo do jantar, a taça deverá ficar à esquerda do copo para água, isto é, no lado oposto ao dos vinhos. Porém, se resolver servi-lo por todo o jantar, a taça deverá ficar à direita do copo para água.

O que servir em um almoço informal?

O cardápio deve ser organizado de modo a simplificar o serviço. Mas, ainda assim, deve-se servir, pelo menos, dois pratos principais, por exemplo uma espécie de carne e outra de peixe, buscando atender às preferências dos convidados.

Como os anfitrioes devem agir durante um almoço ou jantar à francesa?

Nao devem levantar-se durante a refeiçao, nem mesmo sentar-se depois dos convidados; a refeiçao só deve ser iniciada quando todos os convidados estiverem à mesa; nao devem levantar-se até que todos os convidados tenham terminado sua refeiçao; devem tratar sobre assuntos agradáveis, dirigindo-se a convidados próximos, sem deixar de conversar com os demais; devem supervisionar o serviço.

Quando usar o jogo americano?

O jogo americano pode ser usado em almoços, jantares e lanches; contudo, somente em ocasioes informais. Quando servir à americana e como proceder? A refeiçao servida à americana é ideal para uma grande recepçao com muitos convidados, pois deixa todos à vontade. Na arrumaçao da mesa, os pratos, talheres e guardanapos devem estar expostos no lado direito da mesa; um arranjo de flores ou frutas no centro; e as travessas no lado esquerdo. Bebidas e copos devem ficar em outra mesa. A preferência é dada para opçoes fáceis de serem consumidas, como saladas, risotos e strogonoff.

Como combinar bebida e comida?

Para realizar essa combinaçao com sucesso, basta observar algumas sugestoes: peixe e carnes brancas devem ser servidas com vinho branco; carne vermelha, com vinho tinto; a sobremesa pode vir acompanhada de champagne; licores e conhaques podem ser servidos após a sobremesa; enquanto que o whisky acompanha os aperitivos.

Como servir o cafezinho?

O cafezinho deve ser servido após a refeiçao principal, em uma bandeja composta por xícaras, açucareiro e adoçante, com ou sem bule, visto que pode ser servido apenas o café diretamente nas xícaras. Atençao: nao se deve colocar açúcar ou adoçante no cafezinho ao ser servido.

Quando optar por um cocktail, como realizá-lo?

O cocktail é perfeito para uma comemoraçao entre amigos. A depender do tipo de cocktail, o horário de início pode variar entre 19 e 21 horas. Possui duraçao relativamente curta. O anfitriao deve oferecer desde de canapés, pequenos sanduíches, salgadinhos e torradas a buffets. Para beber, whisky, champagne, vinho branco, água e refrigerante. Os garçons devem estar bem uniformizados. No caso de uma reuniao mais simples, pode-se optar por servir apenas vinho branco, água, refrigerante e salgadinhos.

E para reunir as amigas para um Chá?

Chá é uma forma de reunir um pequeno número de convidados. É geralmente servido por volta das 17 horas.

A mesa deve ser arrumara com uma toalha fina de linho bordado, com guardanapos combinando. Se desejar uma reuniao mais elaborada, pode utilizar três mesas bem ornamentadas, uma para colocar os frios, patês, torradas, paes, sanduíches; outra para os doces, bolinhos, biscoitos; e a terceira para servir chá, sucos, chocolate quente e frio, água de coco, onde também estarao disponibilizados xícaras, pratinhos, copos e guardanapos.

Como organizar uma festa infantil?

A festinha é geralmente realizada no playground do edifício, em um buffet ou mesmo em casa. O importante é decorar o ambiente com baloes, distribuindo brindes e doces para as crianças convidadas, sem esquecer da animaçao da festa, que pode ser com animadores contratados como palhaços e mágicos, ou seja, tudo aquilo que faz parte do universo infantil. Nunca esqueça de considerar a idade das crianças.

Fonte: requinte.3dwebstudio.com.br

Regras de Etiqueta

Regras Fundamentais de Etiqueta para Casamentos

Uma das regras fundamentais da etiqueta é o respeito pelo horário (isso não só para cerimônias de casamentos, mas para todos os compromissos). O noivo deverá chegar quinze minutos antes da sua futura esposa.
Segundo o ritual católico, a ordem do cortejo é a seguinte:

1º) entra o noivo, dando o braço direito à sua mãe, ficando ambos, no lado direito do altar.

2º) entra o pai do noivo, formando par com a mãe da noiva, seguidos pelos padrinhos dele, e todos também ficarão postados no lado direito do altar. Seguem-se os padrinhos da noiva, aos quais é reservado o lado esquerdo do altar.

3º) entra a noiva com o seu pai, precedida pelas damas-de-honra ou pajens.

Obs. Há outras modalidades de cortejo, podendo variar quando ocorrem casos de pais divorciados e que têm outros cônjuges, mas essa situação deverá ser previamente administrada pelas famílias enlaçadas, numa composição serena e elegante.

Saída do Cortejo:

Encerrada a cerimônia, os noivos caminham na frente seguidos de damas e pagens, pais da noiva, pais do noivo, padrinhos da noiva, padrinhos do noivo. Os convidados seguem o cortejo.

Fonte: pnsbrotas.com

Regras de Etiqueta

Muitas pessoas utilizam em casa um descanso para talheres. São charmosos e deixam a mesa mais composta.

Em um bufê, no quilo da esquina e sempre que não tiver um lugar para apoiar os talheres, coloque-os na lateral do prato e prenda com o dedo polegar.

Quem deve ser o primeiro a se levantar da mesa em um restaurante

As regras de etiqueta, principalmente aquelas que envolvem muitas pessoas e ainda sentadas perto uma das outras, acabam por ser inviável.

As pessoas de maior importância na hierarquia social devem iniciar e ou terminar uma refeição. Assim bispos, políticos ou militares teriam que iniciar o movimento para sentar ou levantar.

Mas o fato real é que a primeira pessoa a se levantar vai ser aquela que estiver com a cadeira livre o bastante para se movimentar, e assim permitir que as demais à sua volta consigam sair da mesa.

Servir uísque em festas e jantares comemorativos

Os estilos de festas podem variar um pouco de acordo com a época, com a turma de amigos.

Servir ou não uísque em uma festa depende do gosto dos anfitriões e dos convidados, da época do ano, algumas vezes até o número de garçons contratados pode pesar na hora de se decidir por um ou outro tipo de bebida ou comida.

A variedade de bebidas disponíveis no mercado aumentou e a qualidade melhorou muito, e com isso a freqüência com que certas bebidas são oferecidas mudou.

Não fere nenhuma regra de etiqueta servir uísque em festas e jantares comemorativos

Forma correta para se segurar uma taça

Como um copo normal, na parte alta.

Apenas e só nesses casos, pode se segurar uma taça pelo pé: durante uma degustação de vinhos. O motivo é para evitar que o calor das mãos aqueça o vinho que em uma prova deve se apresentar na temperatura correta para ser avaliado de maneira justa.

Não é mais elegante segurar pelo pé. E também quando à mesa o tempo que se segura a taça é pequeno – dura apenas o tempo para se dar um golinho.

Cor da camisa e da gravata que se deve usar com terno preto

Camisa branca e uma gravata de cor lisa e discreta.

O que calçar quando o par é mais baixo

A mulher não deve se preocupe com a altura do par.

Muitos homens baixos adoram sair com mulheres mais altas.

Não use um escarpin. Vista sandálias abertas ou fechadas atrás, ou se preferir um sapato estilo Chanel, fechado na frente e aberto atrás.

Roupa mais adequada para usar num batizado

A roupa precisa ser bem confortável.

Nada de tecidos que “pinicam” a pele ou cavas apertadas que podem dificultar o movimento dos braços.

Apesar da formalidade da cerimônia, é uma ocasião que permite um traje esporte, não há necessidade de terno e gravata para os homens ou roupas muito elaboradas para as mulheres.

Um vestido curto, com tecido leve ou calça comprida – informe-se se a igreja permite – e uma blusa bonita a mulher estará bem vestida.

Calça preta para um casamento

A roupa não parece pela descrição muito adequada para o casamento.

Normalmente em casamentos à noite as pessoas costumam usar vestidos com comprimento logo abaixo dos joelhos com tecidos delicados.

Fonte: www.independenciaoumorte.com.br

Regras de Etiqueta

Etiqueta Profissional

Musiquinhas fofas no celular, longos papos com a melhor amiga no telefone, e-mails extensos, decote arrasa-quarteirão, sandália de tiras finas e salto são coisas que todas as mulheres adoram. Mas, sentimos informar, devem ser evitadas no ambiente de trabalho. Por mais informal que seja a sua empresa, há uma expressãozinha chamada etiqueta corporativa que pode acabar derrubando a mais competente das profissionais. É, apenas técnica não basta. Para se destacar no disputado mercado de trabalho, aspectos comportamentais contam. E muito!

Que o diga a assistente de marketing Tatiana Ferreira. Graduada em uma faculdade de primeira linha e trazendo no currículo estágios em grandes empresas, a profissional achou que apenas sua competência no desempenho da função bastasse. Estava enganada. “Sempre fui uma pessoa muito espalhafatosa. Gosto de decote, saltão, maquiagem. Minhas roupas são de cores fortes e adoro uma bijuteria. O meu primeiro encontro com meu superior direto – quando fui contratada ele estava de férias – foi traumático. Curto e grosso, ele logo avisou que estávamos em uma empresa tradicional e que aquele tipo de roupa definitivamente não era adequado. Fiquei com a cara no chão”, lembra Tatiana, que agora aposta em um vestuário neutro.

A velha história de que a primeira impressão é a que fica é mais do que verdadeira quando o assunto é roupa de trabalho. A regra é ser o mais simples e discreto possível, mesmo no casual day, às sextas-feiras, quando as empresas liberam o uso de roupas mais descontraídas. Você conseguiria ter respeito pelo seu chefe se ele aparecesse de camiseta regata e bermuda? Então, a mesma regra vale para você. “Mulheres devem evitar decotes, roupas muito justas e acessórios extravagantes. Peças que estão na moda, como bermudas, são interessantes para os finais de semana, não para ir ao trabalho”, alerta a relações-pública e diretora do Instituto Brasileiro de Aperfeiçoamento e Desenvolvimento Profissional (Ibradep), Gilda Fleury Meirelles.

Você acha que são só as mulheres que passam por apertos por causa do vestuário? Nem pensar. O gerente administrativo do Grupo Planus, Vanderclei Ferreira passou por maus momentos por estar vestindo uma roupa inadequada. Ao repassar o convite de um coquetel, a secretária do executivo esqueceu de alertá-lo que o traje exigido era social – terno e gravata. “Eu e alguns amigos estávamos sem gravata e paletó. Muito constrangedor. Fomos, inclusive, repreendidos pela organização do evento”, lembra.

Assim como o vestuário, a troca de cumprimentos é outro ponto ao qual os profissionais devem ficar atentos. Optar pelo abraço e beijo em vez do aperto de mão – costume tipicamente brasileiro – por exemplo, pode causar uma primeira impressão tão ruim que pode não haver chance de um novo encontro. Excesso de intimidade, ensina Gilda Meirelles, em hipótese nenhuma. “Beijar e abraçar só quando já há uma relação de amizade. No primeiro contato, o aperto de mão é suficiente. Ao receber o cliente, também é de bom tom levantar da cadeira para cumprimentá-lo, assim como acompanhá-lo ao elevador quando ele for embora”, explica Gilda.

A relações-pública lembra até hoje da vez que foi visitar uma cliente que parece ter esquecido todas as regras de etiqueta. As boas maneiras, conta Gilda, passaram longe. “Entrei na sala e ela nem se levantou. Colocou o pé em cima da cadeira, porque disse que estava doendo. Além disso, ficou bebendo água no gargalo. Fiquei com uma péssima impressão”, recorda.

O telefone é outro item perigoso no que diz respeito à etiqueta empresarial. Segundo Lívio Callado, diretor da Essence Ética & Etiqueta, a postura mais indicada é concentrar-se na conversa, sem comer, digitar ou assinar documentos enquanto estiver falando. “Os aparelhos de hoje são muito sensíveis e qualquer ruído pode ser ouvido pelo interlocutor, o que pode causar uma má impressão”, diz. Outra atitude educada, segundo Callado, é jamais deixar uma pessoa aguardando na linha sem procurar falar com ela repetidamente. Além disso, é importante esclarecer o por quê de ela estar esperando e só em último caso pedir para a pessoa ligar novamente. “Ao pedir que seja feita uma ligação, esteja pronto para falar assim que a mesma for completada”, observa.

A publicitária Raquel Abreu já passou diversas situações embaraçosas envolvendo o telefone. Quando trabalhava em uma agência de publicidade, a profissional tinha um cliente, digamos, considerado chato por todos os funcionários. Sem perder tempo, ela logo o apelidou de “supermala”. De tanto chamar o pobre pelo apelido, ela acabou trocando o nome do homem na hora de atender uma chamada telefônica. “Quase perdermos o cliente, mas consegui contornar a situação dizendo que achava que ele fosse outra pessoa”, recorda.

Com o advento da telefonia celular, as regras sobre o uso do aparelho móvel passou a integrar os manuais de etiqueta empresarial. O motivo é que, em vez de ser usado a favor da produtividade, o celular costuma ir contra ela: reuniões interrompidas, toques musicais que atrapalham a concentração e ligações indesejáveis em almoços de negócios. Segundo Maria Aparecida Araújo, diretora da consultoria Etiqueta Empresarial, o uso do celular deve ser extremamente restrito no ambiente corporativo. “É imprescindível que o profissional dê preferência a toques discretos a musiquinhas e sons chamativos. O volume da campainha também deve ser o mais baixo possível. Com o crescimento dos espaços abertos nas empresas, o convívio se tornou mais delicado. O profissional deve respeitar o colega”, explica.

Outro item fundamental para quem quer ficar bem na fita na empresa é maneirar no uso do e-mail. Correntes, piadinhas e assuntos pessoais devem passar longe da caixa de saída do e-mail de trabalho. “Como em qualquer grupo social, deve-se usar o bom senso ao interagir com outras pessoas de maneira a evitar ofensas, agressões ou desentendimentos. O conhecimento dessas regras é recomendado a usuários que buscam praticar a comunicação mais apropriada na rede, via e-mail ou listas de discussão”, explica Maria Aparecida Araújo, da Etiqueta Empresarial.

O fim do namoro e a perda da credibilidade na empresa foram as conseqüências que a administradora Patrícia Silva enfrentou pela falta de cuidado ao passar um e-mail. A profissional, que tinha um namorado na empresa onde trabalhava, trocava e-mails picantes com outro colega. O deslize: ela errou ao colocar o endereço do dito cujo e acabou enviando o e-mail comprometedor para todo o departamento. “Levei quase um ano para superar isso. As piadinhas, inclusive do meu chefe, não paravam”, conta Patrícia, que garante que agora só usa o e-mail da empresa para fins profissionais e confere cuidadosamente o remetente. Competência continua sendo essencial, mas um pouco de bom senso não faz mal a ninguém!

Thiene Barreto

Fonte: www.trabalhando.com

Regras de Etiqueta

COMO SE COMPORTAR COM ESTILO DURANTE JANTARES E EVENTOS SOCIAIS

História de Etiqueta

Tão logo o homem deixou as cavernas, foram necessárias regras para organizar a vida em grupo, ou seja, a vida social. Quando as regras não eram seguidas, a pessoa era ridicularizada…

Já na Idade Média, as regras de comportamento tinham motivações militares, com gestos que significavam “paz”: o apertar de mãos, com a mão forte (guerreira), o retirar do chapéu (respeito), o retirar do elmo, ou o levantar da viseira (como gesto de reconhecimento e confiança dos Cavaleiros – em – armadura).

Até o final do século 17, os Europeus levavam consigo uma faca de caça, quando convidados para uma refeição, para cortar os alimentos em pedaços menores. Os Japoneses sempre prepararam os alimentos em pedaços pequenos, evitando a necessidade de usar talheres metálicos.

Começaram, então, a surgir os primeiros códigos escritos de Comportamento, para uso generalizado – anteriormente havia códigos para grupos fechados, na China, no Japão (os Samurais), na Grécia, na antiga Roma, e na França (os Livros de Cortesia ensinavam os Cavaleiros como se comportar na presença de uma dama, a quem deveriam defender). Os primeiros manuais amplos surgiram na Itália e na Inglaterra, por volta de 1530.

Mas foi na França, no século 17, que surgiram as “etiquetas”, pequenos bilhetes escritos por Luiz XIV, para ensinar como os convidados da Corte deveriam se comportar em determinada cerimônia. Esta é a origem do nome Etiqueta. As pessoas comuns procuravam, de todas as formas, imitar as maneiras da Corte.

O conjunto de regras originado na França e na Inglaterra foi amplamente adotado no Brasil, principalmente a partir do início do século 20. Com o correr dos anos, e o crescimento imenso da população, e mais, com a influência da televisão (que muitas vezes incentiva os comportamentos informais), a maior parte da população se afastou das Regras Clássicas de Comportamento.

Mas existe um “mínimo” de regras que devem ser seguidas, especialmente nos negócios, e algumas sugestões estão listadas mais adiante. Apenas não faça isso com excesso de afetação, ou para “aparecer”. O efeito pode ser o contrário do que você espera. Aja com naturalidade, e tudo irá bem! Quando não se lembrar de algum detalhe, use o bom senso!

As regras gerais foram adaptadas para o mundo dos negócios – veja as “dicas”, e compare com as pessoas com quem você convive, nos negócios. Tire suas próprias conclusões…

Código Visual

TRAJE

EXECUTIVO

EXECUTIVA

ESPORTE: reuniões ao ar livre, refeitório de fábrica, churrascos. Camisa sem gravata, jaquetas, malhas e moletons, top sider, mocassim (tênis só quando houver prática de um esporte) Saia e blusa, calça comprida (esta não é própria a cerimônias oficiais como inaugurações de praças), sandálias mais fechadas (no verão) e sapatos de salto baixo.
ESPORTE COMPLETO: café da manhã e almoços em ambientes descontraídos. Blazer, camisa de cor ou camiseta lisa, gravata opcional para os mais jovens (tecido fosco), sapato mocassim. Tailleur, saia e blazer em cores diferentes, vestidos tipo chemisier, saia e blusa, sapato mocassim. A bolsa, em expediente comercial, pode ser a usual.
PASSEIO – Tenue de Ville:coquetéis de lançamentos de produto, jantares, sessões não-solenes nas câmaras de vereadores, deputados e senado. Calça em tecido diferente ao blazer, terno príncipe-de-gales, pied-de-poule. Camisa branca ou de cor suave (listrada também). Gravata sempre. Sapatos escuros. Tailleur, blazer, vestido, sapato escarpin liso e bolsa pequena.
ALTO ESPORTE: atos inaugurais mais solenes à tarde e à noite. Terno completo liso ou calça mescla e paletó escuro, camisa branca e gravata mais refinada. É o mesmo de tenue de ville, mas pode incluir chapéu em casamentos matinais e luvas de pelica lisa.
RECEPÇÃO: festa à noite. Terno escuro, gravata discreta, em tecido nobre (seda pura). Sapatos e meias pretas, usados para casamentos, de manhã à noite. Vestidos ou duas peças, tecidos nobres (crepes, tafetá, brocado, musselina, renda, jérseis). Sapatos e carteira em couros metalizados, camurça ou tecido.
BLACK-TIE: jantares e festas mais sofisticados. Smoking Vestido curto recepção; saia longa e blusa; pantalonas em tecidos nobres; vestidos no comprimento de traje de gala (cobrindo o pé), sem pedrarias.

Armadilhas de uma entrevista

Tão importante quanto às exigências a serem atendidas para uma boa entrevista são as coisas que você deve evitar a todo custo, tanto em termos de vestuário como de comportamento. Você pode ser adepto de mascar chicletes e usar cores berrantes, mas essas duas coisas são grandes armadilhas em praticamente todas as empresas, exceto nas não muito convencionais. Eis o que evitar:

PARA MULHERES

Vestidos de coquetel ou qualquer roupa que sugira uma noitada.
Vestidos esvoaçantes ou floridos.
Minissaias ou calças justas.
Sandálias.
Veludo cotelê, brim ou lycra.
Mais de um piercing visível em cada orelha.
Bijuteria chamativa.
Corte ou cor de cabelo muito incomum.
Qualquer coisa com babado ou em estado menos que impecável.

PARA HOMENS

Camisa de manga curta com gravata.
Mais adornos do que (no máximo) dois anéis.
Excesso de água-de-colônia.
Excesso de criatividade com a barba.
Calças sem cinto.
Piercing em geral, dependendo da empresa.

PARA AMBOS

Chegar tarde.
Levar caixas ou sacolas de compras.
Usar cores berrantes em alguma peça do vestuário.
Despencar numa cadeira antes de o entrevistador convida-lo a se sentar.
Papear por muito tempo.
Mascar chicletes.
Fumar.
Ficar sacudindo os joelhos.
Ficar mexendo no cabelo.
Fazer movimento de inquietação em geral.

Soluções para erros comuns

NÃO FAZER

FAZER

Empurrar a comida para o garfo usando os dedos ou pão. Usar sua faca para empurrar a comida para o garfo ou usar seu garfo para espetar a comida.
Limpar os dentes com palito ou dentes do garfo. Usar sua língua discretamente para limpar os dentes ou pedir licença e ir até o banheiro para resolver a problema.
Limpar dentes com guardanapo. Vá até o banheiro. Os dentes nunca devem ser limpos em público.
Soprar seu nariz no guardanapo. Você pode limpar seu nariz discretamente e então pedir licença e ir até o banheiro para isto.
Falar com a boca cheia. Se lhe for pedido uma resposta ou opinião enquanto sua boca estiver cheia, mastigue e engula antes de responder.
Esticar o braço para pegar algo distante na mesa. Peça para alguém passar o que deseja para você.
Comer diretamente no prato de outra pessoa. Peça dois pratos e divida a comida em porções separadas.
Nunca diga que não aprecia alguma comida que esteja sendo servida para você. Apenas sorria e diga “Não, obrigado”.
Nunca eructar alto. Cubra sua boca com um guardanapo para abafar o som. Se continuar peça licença e vá ao banheiro.
Pedir pratos desconhecidos. Peça esclarecimentos ao garçom sobre o prato em questão.
Não faça escândalo se por acaso encontrar algo estranho em sua comida. Não coma a comida e/ou peça ao garçom para trocar o prato.
Cuspir um pedaço de osso de frango, espinha de peixe ou caroço de azeitona diretamente no prato. Coloque as partes não desejadas da comida (osso, espinha ou caroço) nos dentes do garfo e então as deposite no prato da esquerda.
Deixar a colher no copo de chá gelado ou xícara de café. Coloque a colher no pires da xícara ou peça um pequeno prato para tal.
Deixar o saquinho de chá dentro do copo. Coloque no pires da xícara ou solicite um pequeno prato para deixá-lo.
Retocar maquiagem ou pentear os cabelos na mesa. Peça licença e vá ao banheiro para retocar maquiagem ou arrumar os cabelos.

Fonte: www.jciriodosul.org.br

Regras de Etiqueta

Crianças precisam ter boas maneiras à mesa?

“Não implica”, “deixa o menino à vontade”, “isso é frescura!”. Toda mãe, principalmente quando as crianças estão com cinco ou seis anos, se pergunta se é certo ou errado pedir para o filho ou para a filha comer de boca fechada, não segurar a cabeça enquanto mastiga ou tirar o cotovelo da mesa.

O fato é que todo mundo aprende a comer de boca fechada na hora certa. Se a criança está comendo de boca aberta é porque a sua musculatura facial ainda não está amadurecida para abrir e fechar sem que a mãe diga “fecha a boca”. Em vez de reprimi-lo, ajude a musculatura a se desenvolver dizendo para a criança mastigar bem.

Repare como as crianças pequenas seguram a cabeça enquanto mastigam.

É que elas têm muitas idéias na cabeça e o esforço dos músculos do rosto é grande.

Alguém já viu uma mocinha de 12 anos segurar a cabeça à mesa? Seu filho não consegue usar a faca ainda?

Dê um pedacinho de pão para ele treinar empurrar a comida para a colher ou o garfo, com a coordenação motora bem afinada, na hora certa, ele vai cortar com a faca.

O mais difícil: fale com ele com a voz baixa e tranqüila, mesmo que a mesa pareça um campo de guerra! Dê um bom exemplo, as crianças imitam os gestos dos pais.

As crianças sempre aprendem e não só em casa. E mais para frente, como parte do processo de socialização, bons modos e regras de etiquetas serão também tema nas conversas dos pré-adolescentes.

Fonte: etiquetesima.blog.uol.com.br

Regras de Etiqueta

PANORAMA HISTÓRICO DA ETIQUETA SOCIAL

Historicamente, as regras de Etiqueta Social na perspectiva de hábitos e costumes, existem desde os primórdios da civilização. No antigo Egito os rituais faziam parte de toda a vida social das pessoas, do nascimento até a morte.

Outras culturas como as romanas e gregas clássicas, também mantinham seus padrões de comportamento. Nas formas de educação havia a sociabilização, ou seja, ao adolescente eram repassados ensinamentos sobre o tipo de comportamento a ser exercido na sociedades adulta.

A Educação dos ricos era, geralmente, voltada para a política, a moral e o poder. Como exemplo, Ptahhotep (MANACORDA, p.14, 2002,) cujo ensinamento dado aos seus alunos, era o que atualmente denominamos de “a arte da boa conversação”, o tom da voz, os gestos, as palavras corretas, o saber ouvir entre outros. Essas instruções eram direcionadas às castas ou pessoas dos palácios.

As instruções, dadas às pessoas das classes menos favorecidas, como forma de inclusão social. Na obra de Manacorda, (2002, p. 36), no período demótico o autor menciona a existência de um manual de boas maneiras com ensinamentos direcionados a essa classe, cujo objetivo maior é a subserviência como um caminho para aquele que almejava penetrar no mundo dos ricos.

Quando erras perante ao teu superior e teus discursos ficam desconexos, tuas adulações serão retribuídas com afrontas e tuas lisonjas com pancadas. Dizes a verdade perante o nobre, para que não se torne dono de tua cabeça. Não fiques comendo pão perante um magnata. Não escutes as conversas de um magnata em tua casa e não as espalhe fora para outros, não ofendas quem é maior que tu…deixes que ele te bata enquanto tua mão fica sobre o peito; deixes que ele te ofenda, enquanto tua boca cala: amanhã, se estiveres na frente dele, te darás pão à vontade. O cão late para quem lhe dá pão, pois ele é o seu dono (MANACORDA, p.10).

Os egípcios também atribuíam grande importância à culinária, pois acreditavam que a maior parte das doenças poderiam ser causadas pela forma como se nutriam. Segundo Heródoto (DONEL, p.20 1999), havia um cuidado minucioso com a gastronomia e um “protocolo a ser seguido”.

Contudo, como já foi dito, a etiqueta social teve sua maior expressão a partir do século XIV, cultivada pelo rei absolutista Luis XIV.

A teoria dos Direitos de uma monarca afirmava que os reis daquela época (absolutistas do século XV ao séc. XVIII) recebiam o poder diretamente de Deus. Luís XIV, é considerado uma representação máxima da monarquia absolutista. Incorporou as teorias da época e o maior exemplo de seu poderio advém da famosa frase “O Estado sou eu” (ARRUDA, 1998, p. 58).

E, como maior soberano europeu, sua corte foi uma das mais luxuosas e requintadas de todos os tempos. O rei mantinha uma vida social intensa e luxuosa. “ Em 1653, o jovem Luís XIV, apresentou-se num espetáculo de dança, como o próprio sol. Durante doze horas seguidas, fantasiado de sol, em uma indumentária toda dourada, daí a origem do título (PILETI, 1999, p.31).

O rei era modelo para todas as cortes européias e também para a classe burguesa composta por ricos financistas. Luís XIV criava e seguia regras minuciosas da moda e da etiqueta, nessa época surgiu o Grand Mâitre, o uso do garfo, as novas formas de comportamento perante o rei, inclusive o retorno do uso das perucas masculinas. A Etiqueta Social para o rei era símbolo codificado para diferenciá-lo dos demais mortais, já que “o trono real não é trono de um homem, mas do próprio Deus” (PILLETTI, 1999, p. 30.).

A “carne do rei”, era a maior manifestação de poderio, ostentação e o desperdício na casa real. Fortalecido pelo poder absoluto, o monarca exibia aos seus súditos “o verdadeiro comportamento de um rei”.

A história narra em seu cotidiano, a presença de pessoas ou telespectadores no momento em que degustava com a maior elegância, suas refeições:

Quando o rei jantava só, era servido no quarto, sobre uma mesa quadrada, diante da janela principal. Haviam dias que era permitido a espectadores verem o rei e a família jantarem. Quando eram admitidos à mesa do rei, não se deviam sentar-se sem serem convidados pelo próprio rei, e era de bom tom que se esperasse repetir o convite… Comer na mesma mesa em que o rei se servia, era privilégio excepcional. Para estes costumes a aristocracia se moldava pela corte e a burguesia imitava a aristocracia (LEA, 1962, p. 226)

No palácio havia centenas de cortesãos que residiam no palácio e outros milhares de serviçais que viviam nos arredores. A essas pessoas era dada a permissão para vê-lo (da parte externa) degustando suas refeições, numa demonstração de habilidades e requintes na arte das Boas Maneiras à mesa. O exibicionismo do rei e a grandeza de Versalhes contrastavam com a miséria vivida pelo povo.

Fraborcillet, em seu Estado da França em 1712 (LEA, 1962, p. 227), narrava a magnificência dos grandes banquetes da corte de Luis XIV, “o rei sol”.

Segundo o autor, um dos grandes acontecimentos no Palácio de Versalhes era o preparo da “carne do rei”, a “la Maioson-bouche”, composta por aproximadamente 500 pessoas, entre serviçais, chefs e convidados.

Saía à hora de cada refeição, longa fila de gente que levava o jantar chamado carne do rei. Mas antes de chegar aos aposentos reais, era necessário subir escadas, percorrer imensos corredores, e passar por algumas salas. Durante esse trajeto, o jantar era escoltado por dois guardas do poder real e cada pessoa que encontrasse esse cortejo deveria inclinar-se, com respeito, dizendo a meia voz: é a carne do rei…

Esse serviço era colocado sob o comando do grande mestre da casa real, o qual algumas vezes era um príncipe de sangue (Lea, 1962, p.

227).

Embora todas as regras impostas pelo soberano fossem carregadas de suntuosidade e houvesse na verdade grande ostentação, (Silva, 1962 p. 230), as normas de condutas e comportamento, criadas por Luis XIV, não resultavam apenas em bazófias e exageros, mas havia também uma hegemonia cultural de valores indiscutíveis, tanto na arte das boas maneiras à mesa, quanto nas apresentações de peças teatrais, concertos e óperas.

A conduta do rei absolutista presidia dos pequenos atos de sua vida luxuosos acontecimentos. Versalhes era copiado por todas as cotidiana aos cortes européias. Até mesmo os ingleses que possuíam uma forma dúbia de ver seu vizinho, ou seja, não suportavam o exagero e a arrogância dos franceses, porém sabiam admirar o talento e o bom gosto destes, principalmente na arte culinária, em que seus chefes eram respeitados e solicitados por toda a Europa (Veríssimo, l999, p.25).

Quanto à aristocracia, esta, moldava seus valores através da compostura de seu rei. Às crianças eram ensinadas e preparadas para viverem o modo de vida das cortes e dos castelos.

Certamente não faltam na história exemplos da importância atribuída à caça na formação do nobre e do guerreiro. Mas para completar a instrução intelectual e física, também são necessárias as boas maneiras: os pedagogos devem habituar os filhos do rei a serem limpos e saberem comportarem-se na hora de comer evitando pegar os alimentos com todos os cinco dedos, ou limpar a boca na toalha… (MANACORDA, 2002 p. 31)

Essas relações sociais foram transportadas através dos tempos. A exemplo temos na história o grande luxo dos Borbons dos séculos XVI e XVII, onde era costumes ter sempre a mesa posta a toda a corte. Ocorreu nesse período, o empobrecimento de muitas pessoas, que ao imitarem os costumes e suntuosidades conseqüentemente chegavam à falência.

desses ricos acabavam por endividarem-se Os Médicis também acrescentaram novos códigos de boas maneiras à mesa, aos costumes e os hábitos. Além do mais eram apreciadores da grandiosidade da arte renascentista, Botticelli era um dos seus pintores favoritos.

Gilda de Mello, (p.173), informa que Catarina de Médicis contribuiu para a moda, levando o uso do espartilho para a França, embora não fosse sua criação. Essa peça do vestuário feminino tornou-se a grande vedete da moda dos endinheirados, objeto de consumo entre as damas, que na maioria das vezes tinham o corpo desarranjado pelo excesso e espremidas em seus corpetes desfilavam com elegância (embora sufocadas) nos bailes mundanos organizados pelas cortes.

Os reis impulsionados pelas mudanças ocorridas no renascimento, passaram a convidar as mulheres e filhas de seus súditos para participarem do mundo até então exclusivo dos soberanos:

É a partir do renascimento, quando as cidades se expandem e a vida das cortes se organizam, que se acentua no Ocidente o interesse pelo traje e começa acelerar-se o ritmo das mudanças. A aproximação em que vivem as pessoas nas áreas urbanas desenvolve, efetivamente, a excitabilidade nervosa, estimulando o desejo de competir, o hábito de imitar. Nas sociedades mais enfastiadas, por exemplo, o ambiente torna- se propício às inovações que, lançadas por um indivíduo ou grupo de prestígio, logo se propagam de maneira mais ou menos coercitiva pelos grupos imitadores, temerosos de sentirem-se isolados.

E que se bem que a competição no início se efetue dentro de um grupo fechado, pois as leis suntuárias controlam o processo impedindo a participação nele das camadas inferiores da sociedade, aos poucos, devido às especulações do comércio ou da indústria, a riqueza e o nível social deixam de coincidir, os éditos se abrandam… (GILDA, 1987, p.20).

A história também cita Erasmo de Roterdã como um dos codificadores da etiqueta social, sua educação positivista, acreditava que as crianças deveriam receber desde pequenas, hábitos ligados às boas maneiras, entre elas, a conversação, os elogios, o saber ouvir aos mais velhos, as regras de savoir-vivre entre outras. Essas normas distinguiam os brutos dos refinados. Algumas das regras estabelecidas são os hábitos de não tocar a comida com as mãos, não colocar os cotovelos sobre a mesa, não lamber os dedos, não limpar a colher no guardanapo, entre outros.

Havia, nessa época, uma ambigüidade em relação à leitura feita da Etiqueta entre os nobres e os burgueses. Os nobres viam na Etiqueta Social um conjunto de regras cuja finalidade era a de melhorar o espírito indo de encontro com a polidez do homem “civilizado”, ou seja, a cortesia, o gosto pelas artes, a arte da boa conversação, as letras, a forma correta de receber o outro, as saudações, a arte da boa mesa e todos os preceitos capazes de levá-los à arte do convívio social.

Quanto à burguesia renascentista era caracterizada por profundas transformações políticas, sociais e econômicas. Nesse período o quadro social é marcado pela ascensão da burguesia, que se chocava com a nobreza feudal, que, mesmo ciente do poder de capital do burguês, na maioria das vezes o rejeitava pelas suas origens e costumes. O novo rico começou a se infiltrar no cotidiano do nobre (às vezes decadente) e copiar aquilo que lhes davam status, ou seja, suas condutas e regras sociais.

O homem da cidade ou o burguês, aquele que detinha o poder de mercado, nem sempre era capaz de “educar-se espiritualmente”, mesmo porque seus valores eram estimulados pelo capitalismo e pelo poder de consumo. O capital lhe conferia poderes para criar novas formas de comportamento de acordo com o que lhe convinha. Velhos conceitos e normas da boa educação nem sempre lhe rendiam lucros, em um mundo que passa a atribuir ao tempo um valor inquestionável.

Com a Revolução Industrial, a Etiqueta Social também passou por um processo evolutivo. Em várias regiões do mundo as monarquias foram substituídas pelos regimes republicanos. Em todo o mundo as novas elites ascendentes contribuíram para que surgissem novas regras de comportamento.

No entanto o capitalismo favoreceu maiores desigualdade e as fortunas fabulosas dos novos ricos, empresários e indústrias da nova classe derrubaram os limites do conforto, do refinamento, do luxo, da moda, criando tendências para o consumismo e o estrelismo. O preço tornou-se padrão da Etiqueta da Elite, dentro do aforismo capitalista de que o que é mais caro é melhor (Estellita, 1999,p. 23.

MUTAÇÕES NA ETIQUETA SOCIAL A Etiqueta Social sofre mutações de acordo com o momento histórico e a cultura de cada país ou comunidade. Essa cultura vem sendo repassada de geração em geração, isso demonstra que é resultado da memória, da herança dos hábitos e costumes e também da agregação de outros valores culturais.

Por ser um traço cultural vivo e dinâmico, como foi citado, a Etiqueta possui algumas regras que, além de acompanhar as mudanças dos tempos, variam de povo para povo. Cada qual desenvolveu normas sociais de acordo com o que considerava “certo” e “errado”. Os romanos da Antiguidade faziam suas refeições reclinados em coxins. No mundo árabe, ainda hoje, é de muito bom-tom arrotar após as refeições. Ambas as posturas são inaceitáveis no mundo ocidental contemporâneo. (Krell, 1993, p. 13).

A autora continua observando que o mundo globalizado tem exigido do profissional as regras básicas da Etiqueta Social, como aparência física, gentileza, interação entre os grupos, linguagem social, escrita, gestual e na deferência à seus superiores, além do respeito ao lidar com os mais simples, entre outros.

O homem de outrora, com o fenômeno da burguesia e da industrialização, incorporou estilos de vida que exerceram várias influências na maneira de viver e pensar o mundo. O prestígio crescente da carreira desviou seu interesse da competição da moda. Moda e beleza passaram a ser características apenas do mundo feminino. A mulher de outros tempos tinha seu lugar definido na sociedade. Atualmente a figura feminina tornou-se profissional, assim como o homem tem participado da administração da casa, tem acompanhado o cotidiano dos filhos na vida escolar e social. O mercado de trabalho está cada vez mais exigente em relação à postura profissional do indivíduo.

Outro fator que tem levado o homem pós-moderno à busca pelas boas maneiras é a transformação do estilo de vida nas relações conjugais. Essa mudança tem alternado papéis entre os casais e o que era característico da mulher passa a fazer parte do cotidiano masculino. As vestimentas, a preocupação com a aparência, as cirurgias plásticas, a ornamentação, a estética, a culinária, a educação mais próxima dos filhos, enfim, novos hábitos vão derrubando aos poucos o universo machista, responsável pela divisão dos sexos e cedendo lugar à um homem mais sensível nos seus hábitos e costumes.

A antropóloga Miriam Goldemberg (Isto é, julho, 2003) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, diz que “O modelo tradicional de masculinidade está em crise e à eles estão sendo incorporados outros valores, como a beleza. Isso não significa que o status e o dinheiro tenham perdido importância, apenas deixaram de ser pilares da masculinidade”.

Essa nova tendência do mundo pós-moderno tem levado a mulher a experimentar a emancipação no mercado de trabalho, e esse fenômeno tem acarretado uma série de mudanças no comportamento, nos hábitos e estilos familiares. Diferentes de alguns anos atrás, onde a figura feminina possuía atividades mais “sedentárias”, voltadas para a educação dos filhos, das atividades domésticas e ao atender ao marido todas as vezes que ele estivesse disposto à procriação (GILDA MELLO, 1987, p. 56).

À mulher do “passado” eram incorporadas uma série de atividades segregadas à moral, às tradições e a mentalidade. No Brasil, por exemplo, o mundo patriarcal, levava a figura feminina ao isolamento em determinados espaços da vida social. Essa segregação dividia os dois sexos, d e um lado o homem detentor do poder, do dinheiro e da família; e do outro lado as mulheres, em um mundo considerado quase infantil, onde estas eram submissas a todas as regras impostas pela sociedade.

O século XIX ainda está muito próximo de nós, com a divisão nítida dos dois mundos se espelhando no conjunto das atividades humanas, a barreira inexorável se elevando a todo momento entre os dois séculos: na praia, onde uma tabuleta informava o ocasional visitante que os cavalheiros deviam usar o lado direito e as senhoras o esquerdo. Nos jantares onde terminada as refeições só homens se retiravam para tomar o porto enquanto as mulheres se reuniam noutra sala, como se cada metade devesse ingerir em reclusão sexual. Na Igreja, cada sexo ocupando seu setor, pois provavelmente não se achava decente que as preces se misturassem enquanto subiam aos céus (MELLO.GILDA 1987, p. 130) .

De algumas décadas para cá a mulher tem recebido outros eixos valorativos na sociedade. Na educação informal ela é preparada para o mundo acadêmico, a vida dos negócios, as viagens, as agendas lotadas com os compromissos profissionais e sociais.

Claudilice de S O Santos

Fonte: www.modaecompanhia.com.br

 

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