Astronomia

Astronomia – Definição

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Astronomia é o estudo do universo, os objetos celestes que compõem o universo, e os processos que governam o ciclo de vida desses objetos. A astronomia é em grande parte uma ciência de observação.

Astrônomos usam a radiação eletromagnética emitida por estrelas e outros corpos celestes, que pode incluir a luz visível, ultravioleta, infravermelho e raios-X.

Porque a luz a partir desses objetos é o principal meio para estudá-los, uma das ferramentas mais importantes para um astrônomo é o telescópio.

Dado o tamanho do universo (que pode ser infinita), a astronomia é um enorme campo.

Os objetos celestes que os astrônomos estudam incluem estrelas, galáxias, nebulosas e supernova. Devido às enormes distâncias entre a Terra e outros objetos, quando os astrônomos olhar mais longe, eles também estão olhando para trás no tempo. Isto é por causa da quantidade de tempo que leva a luz que vemos a viajar a partir da fonte para nós aqui na Terra.

Astronomia – O que é

Astronomia é o estudo de tudo no universo além da atmosfera da Terra. Isso inclui objetos que podemos ver a olho nu, como o Sol, a Lua, os planetas e as estrelas.

Também inclui objetos que só podemos ver com telescópios ou outros instrumentos, como galáxias distantes e partículas minúsculas.

E ainda inclui perguntas sobre coisas que não podemos ver, como matéria escura e energia escura.

A Astronomia é o estudo do sol, lua, estrelas, planetas, cometas, gás, galáxias, gás, poeira e outros organismos não-terrestres.

Historicamente, a astronomia tem-se centrado em observações de corpos celestes. Ele é um primo próximo à astrofísica. Sucintamente, astrofísica envolve o estudo da física da astronomia e concentra-se no comportamento, propriedades, e movimento dos objetos lá fora.

No entanto, a astronomia moderna inclui muitos elementos dos movimentos e características desses corpos, e os dois termos são frequentemente usados.

A astronomia é uma das ciências mais antigas. Culturas antigas, como a dos babilônios, realizavam observações metódicas do céu noturno, e artefatos astronômicos como Stonehenge foram encontrados desde os tempos antigos. No entanto, a invenção do telescópio foi necessária antes que a astronomia pudesse se tornar uma ciência moderna.

Historicamente, a astronomia incluiu disciplinas tão diversas como astrometria, navegação celestial, astronomia observacional, construção de calendários e até astrologia, mas a astronomia profissional é hoje frequentemente considerada sinônimo de astrofísica.

Durante o século 20, o campo da astronomia profissional se dividiu em ramos observacionais e teóricos. A astronomia observacional está focada na aquisição de dados de observações de objetos celestes, que são então analisados usando princípios básicos da física. A astronomia teórica é orientada para o desenvolvimento de modelos computacionais ou analíticos para descrever objetos e fenômenos astronômicos.

Os dois campos se complementam, com a astronomia teórica buscando explicar os resultados observacionais, e as observações sendo utilizadas para confirmar os resultados teóricos.

Astrônomos amadores contribuíram para muitas descobertas astronômicas importantes, e a astronomia é uma das poucas ciências em que os amadores ainda podem desempenhar um papel ativo, especialmente na descoberta e observação de fenômenos transitórios.

Astrologia e Astronomia – Diferença

Embora as práticas de astrologia e astronomia têm raízes comuns, há uma distinção importante na astrologia e na astronomia hoje.

Astronomia é o estudo do universo e seu conteúdo fora da atmosfera da Terra. Os astrônomos examinam as posições, movimentos e propriedades dos objetos celestes.

Astrologia tenta estudar como essas posições, movimentos e propriedades afetam as pessoas e os eventos na Terra. Por vários milênios, o desejo de melhorar as previsões astrológicas foi uma das principais motivações para observações astronômicas e teorias.

Astrologia continuou a ser parte da ciência dominante até o final dos anos 1600, quando Isaac Newton demonstrou alguns dos processos físicos pelos quais corpos celestes afetam uns aos outros. Desde então, a astronomia evoluiu para um campo completamente separado, onde as previsões sobre fenômenos celestes são feitas e testadas através do método científico.

Astronomia – Origem

Astronomia
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O Astronomia surgiu, podemos dizer que quase junto com o homem, pela necessidade de se orientar, observando a Lua, as estrelas, o Sol, com a necessidade do calendário e muitos outros motivos como estes.

Os chineses já sabiam a duração do ano e possuíam calendário vários séculos antes de Cristo, além de registrarem anotações precisas de cometas, meteoros e meteoritos desde 700 AC.

Também observaram as estrelas que agora chamamos de novas.

Os babilônios, assírios e egípcios também sabiam da duração do ano desde épocas pré-cristãs. Em outras partes do mundo, evidências de conhecimentos astronômicos muito antigos foram deixadas na forma de monumentos, como o de Stonehenge, na Inglaterra, que data de 2500 a 1700AC.

Nesta estrutura algumas pedras estão alinhadas com o nascer e o pôr do Sol no início do verão e do inverno. Os maias, na América Central, também tinham conhecimentos de calendário e de fenômenos celestes, e os polinésios aprenderam a navegar por meio de observações celestes.

Mas as maiores descobertas da ciência antiga se deu na Grécia, de 600AC a 400DC, só ultrapassadas no século XVI.

Pitágoras, que morreu em cerca de 497AC, achava que os planetas, o Sol, e a Lua eram transportados por esferas separadas da que carregava as estrelas.

Aristóteles (384-322 AC) já explicou que as fases da Lua dependem de quanto da face da Lua, iluminada pelo Sol, está voltada para a Terra. Explicou também os eclipses. Aristóteles argumentou a favor da esfericidade da Terra, já que a sombra da Terra na Lua durante um eclipse lunar é sempre arredondada.

Aristarco de Samos (310-230 AC) já acreditava que a Terra se movia em volta do Sol, e já estudava o tamanho e distância do Sol e da Lua.

Eratóstenes (276-194 AC), bibliotecário e diretor da Biblioteca Alexandria de 240 AC a 194 AC, foi o primeiro a medir o diâmetro da Terra.Ele notou que na cidade egípcia de Siena (atualmente chamada de Aswân), no primeiro dia do verão a luz atingia o fundo de um grande poço, ao meio-dia.

Alexandria está a 5000 estádios ao norte de Siena (um estádio é uma unidade de distância usada na Grécia antiga). Esta distância equivale à distância de 50 dias de viagem de camelo, que viaja a 16 km/dia.

Medindo o tamanho da sombra de um bastão na vertical, Eratóstenes observou que, em Alexandria, no mesmo dia e hora, o Sol não estava diretamente no zênite, mas aproximadamente 7 graus mais ao sul. Como 7 graus corresponde a 1/50 de um círculo (360 graus), Alexandria deveria estar a 1/50 da circunferência da Terra ao norte de Siena, e a circunferência da Terra deveria ser 50×5000 estádios.

Infelizmente não é possível se ter certeza do valor do estádio usado por Eratóstones, já que os gregos usavam diferentes tipos de estádios. Se ele utilizou um estádio equivalente a 1/6 km, o valor está a 1 porcento do valor correto de 40 000 km.

Hiparco, considerado o maior astrônomo da era pré-cristã, construiu um observatório na ilha de Rhodes, onde fez observações durante o período de 160 a 127 AC.

Como resultado ele compilou um catálogo com a posição no céu e a magnitude de 850 estrelas. A magnitude, que especificava o brilho da estrela, era dividida em seis categorias, de 1 a 6, sendo 1 a mais brilhante, e 6 a mais fraca visível a olho nu; Hiparco deduziu corretamente a direção dos polos celestes, e até mesmo a precessão, que é a variação da direção do eixo de rotação da Terra devido à influência gravitacional da Lua e do Sol, que leva 26 000 anos para completar um ciclo. Para deduzir a precessão, ele comparou as posições de várias estrelas com aquelas catalogadas por Timocharis e Aristyllus 150 anos antes.

Estes eram membros da escola Alexandrina do século III a.C., e foram os primeiros a medir as distâncias das estrelas de pontos fixos no céu (coordenadas eclípticas).

Foram dos primeiros a trabalhar na biblioteca de Alexandria, que chamava-se Museu, e foi fundada pelo rei do Egito, Ptolémée Sôter Ier, em 305 a.C.

Hiparco também deduziu o valor correto de 8/3 para a razão entre o tamanho da sombra da Terra e o tamanho da Lua, e também encontrou que a Lua estava a 59 vezes o raio da Terra de distância; o valor correto é 60. Ele determinou a duração do ano com uma precisão de 6 minutos.

Cláudio Ptolomeu, que viveu entre 85DC e 165DC, compilou uma série de 13 volumes sobre astronomia, conhecido como o Almagesto, que é a maior fonte de conhecimento sobre a astronomia na Grécia.

Fez uma representação geométrica do sistema solar com cículos e epiciclos, que permitia predizer o movimento dos planetas com considerável precisão, e que foi usado até o Renascimento, no século XVI.

Grandes descobertas feitas através de um telescópio

As primeiras observações astrônomicas feitas com ajuda de uma luneta foram realizadas por Galileu Galilei (1564-1642) em 1610, usando uma luneta que ele mesmo construiu, baseado na notícia da invenção de instrumento similar na Holanda. As observações de Galileu fizeram sensação em sua época. Galileu observou pela primeira vez os satélites mais brilhantes de Júpiter (hoje conhecidos como galileanos), identificou estruturas que posteriormente foram compreendidas como os anéis de Saturno, pode observar em detalhe as crateras da Lua, as fases de Vênus e que o céu possuía muito mais estrelas do que aquelas visíveis a olho nu. A repercussão do trabalho observacional de Galileu é, em termos históricos, incalculável.

Foi um trabalho intrinsecamente inaugural. Em termos imediatos, a identificação dos satélites de Júpiter e das fases de Vênus tornou mais aceitável a ideia de que o Sol poderia ser o centro do sistema ao qual a Terra pertencia, abrindo o caminho para a constituição da física inercial, cuja forma acabada seria dada por Newton, em detrimento da física aristotélica.

Esta mesma descoberta observacional dos satélites de Júpiter criou o terreno científico para o chamado princípio copernicano que, mais do que dizer que a Terra gira ao redor do Sol, afirma que ela não é um lugar privilegiado do Universo, pois sequer é o astro mais pujante do próprio sistema do qual é um membro. Além disso, é de significado mais profundo e duradouro, ao estabelecer um instrumento como mediador entre homem e mundo, abriu caminho para o questionamento da relação sujeito-objeto da metafísica tradicional, questionamento que por sua vez constitui o terreno intelectual de toda a filosofia moderna, inaugurada por Descartes, admirador e contemporâneo de Galileu com seus princípios Ergo logo sum (Penso, logo existo) e Omnia dubitantur est (tudo pode ser posto em dúvida).

Não é, portanto, exagerado dizer que a revolução intelectual-científica e filosófica dos últimos trezentos anos tem como um de seus fundamentos a invenção da astronomia observacional com instrumentos ópticos por Galileu e das descobertas por ele inauguradas.

Outra observação historicamente importante foi a descoberta de Urano por W. Hershel (1738-1822), em 1781, o que acrescentou um novo planeta à família do Sistema Solar, que até então tinha como planetas apenas aqueles conhecidos desde a Antiguidade.

A descoberta de outro planeta, Netuno, por Galle em 1846, também teve caráter singular por ser a primeira identificação observacional de um corpo previsto através de cálculo de perturbação. De fato, tal previsão foi feita independentemente pelo matemático e astrônomo frances Urbain J. J. Leverrier (1811-1877) e pelo também astrônomo inglês e professor de Cambridge John Couch Adams (1819-1892) tendo como ponto de partida desvios apresentados por Urano em seu movimento ao redor do Sol. A confirmação da previsão se constituiu também numa não mais necessária à época – mas definitiva – prova de que o Sol é o centro do sistema ao qual a Terra pertence.

No ano de 1814, o físico alemão Joseph von Fraunhofer (1787-1826) construiu o seguinte dispositivo: Os raios Solares recolhidos por uma luneta incidiam paralelamente sobre um prisma.

Outra luneta recolhia os feixes refratados e os focalizava numa tela. Desta forma ele pode identificar as primeiras 547 linhas escuras do espectro do Sol. Com alguns experimentos, R. W. Bunsen (1811-1899) e R. Kirchhoff (1824-1887) apresentaram, em 1859, a interpretação correta para este fenômeno, associando estas linhas escuras à presença de elementos químicos identificáveis na atmosfera do Sol. Cada linha era, assim, uma “assinatura” de um elemento químico, podendo cada elemento apresentar várias destas “assinaturas”. Com isto, estava vencido um dos maiores desafios ao conhecimento humano, a possibilidade de saber a constituição química de objetos que estavam a distâncias inimagináveis. Uma figura muito considerada nos círculos intelectuais do século passado, o francês Auguste Comte (1798-1857), fundador do positivismo, havia enunciado a impossibilidade absoluta da obtenção deste conhecimento.

Um outro conjunto de observações, em nosso século, revolucionaram completamente a imagem que o homem possuía até então do Universo que habita e observa.

Esse conjunto de observações teve início na segunda década desse século pois foi somente 1923 que foram reunidas suficientes evidências observacionais para afirmar a existência de sistemas estelares que não a nossa própria galáxia, ou seja a existência de outras galáxias no Universo.

Quase imediatamente a seguir, o astrônomo Edwin Powell Hubble (1889-1953) em 1927 reuniu elementos suficientes concluir a existência de uma razão de proporcionalidade entre a distância das galáxias à nossa galáxia e a velocidade com que elas se distanciavam da nossa. Na década de 20 deste século, portanto, o Universo passou então não só a estar povoado de galáxias, mas também passou a estar em expansão, o que levou a elaboração da ideia de um momento inicial finito e portanto de uma idade mensurável para sua existência. Daí nasce a ideia de Big-Bang, que terá como sustentáculo maior a descoberta (agora não mais com telescópio, mas como uso de antenas), em 1965, de uma radiação cósmica no fundo do céu, cuja única explicação consistente é dada pela teoria do Big- Bang ao se constituir numa relíquia dos instantes iniciais da história do Universo.

O telescópio espacial Hubble, ao proporcionar observações sem a barreira da atmosfera terrestre inaugurou uma nova era em termos de resolução de imagem, ampliando a capacidade de observação humana em termos equivalentes à passagem da observação com vista desarmada ao uso do telescópio. Entretanto, com o uso de novas tecnologias que planejam cancelar o efeito atmosférico, telescópios com poder de resolução equivalente a do Hubble estão sendo planejados e construídos para funcionarem na superfície terrestre.

Mais recentemente, Michel Mayor e Didier Queloz, astrônomos suíços, reuniram, em trabalho publicado no ano de 1994, evidências observacionais da existência de um planeta fora do Sistema Solar, que, se confirmada, seria o primeiro planeta extra-Solar identificado em torno de uma estrela normal. Embora este caso em particular desperte atualmente controvérsias, a técnica utilizada levou a identificação de outros planetas extra-Solares.

Por fim, é justo mencionar também o trabalho do astrônomo brasileiro Gustavo Frederico Porto de Mello, professor de Astronomia do Observatório do Valongo, da UFRJ, que, como um dos resultados de sua pesquisa para obtenção do grau de doutor no Observatório Nacional, sob a orientação de Licio da Silva, identificou uma estrela que é a mais perfeita gêmea Solar, isto é, uma estrela, a 18 do Escorpião com massa, idade, composição química e outros parâmetros astrofísicos muito similares ao nosso Sol.

Assim, a astronomia foi não só uma das responsáveis pelo deslanchar da revolução intelectual dos últimos três séculos, mas suas descobertas continuam a alimentar de novidades inimagináveis aos cientistas deste final de milênio. Tudo isto começou com uma luneta na mão e muita curiosidade frente ao mundo no espírito.

Origem dos nomes dos planetas

Astronomia
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Muitos povos da Antiguidade, como os babilônicos e posteriormente os gregos, observaram que alguns dos objetos celestes apresentavam um movimento diferente das demais estrelas do céu.

Enquanto as estrelas se movimentavam de maneira inteiramente uniforme e conjunta, na mesma direção e com a mesma velocidade, de maneira que suas configurações permaneciam inalteradas, possibilitando a identificação de conjuntos permanentes, as constelações, outros astros moviam-se através destas constelações com velocidades diferentes, mudando constantemente as suas posições relativas.

Esses astros foram chamados “planetas”, que significa astro errante, em grego. Os gregos atribuíram nomes próprios aos planetas visíveis a olho nu, utilizando para isso os nomes dos deuses do Olimpo.

Anos mais tarde, quando diversos aspectos da cultura grega foram incorporados por Roma, os nomes latinos correspondentes aos nomes dos deuses gregos foram adotados e se mantêm até hoje.

Mercúrio (nome grego Hermes): O mensageiro dos deuses: provavelmente o seu nome foi associado a Hermes porque apresenta um movimento relativo maior do que o movimento dos outros planetas.
Vênus (nome grego Afrodite): 
Deusa da beleza e do amor: a beleza do planeta observado ao amanhecer ou ao entardecer pode ter sugerido esse nome.
Marte (nome grego Ares): 
Deus da guerra: a sua cor vermelha sugere a associação com sangue e com o deus da guerra.
Júpiter (nome grego Zeus): 
Deus do Olimpo: provavelmente recebeu este nome por ser o planeta mais brilhante.
Saturno (nome grego Cronos): 
Pai de Zeus e senhor do tempo: recebeu este nome por ser o mais lento dos planetas visíveis a olho nu.

Os demais planetas, Urano, Netuno e Plutão, foram descobertos bem mais tarde (1781,1846 e 1930, respectivamente) e foram batizados com esses nomes para dar continuidade à nomenclatura iniciada pelos gregos.

Urano (nome grego Urano): Pai de Saturno e avô de Júpiter
Netuno (nome grego Poseidon): 
Irmão de Júpiter, deus dos mares. A coloração azulada do planeta foi definidora deste seu nome.
Plutão (nome grego Hades): 
Irmão de Júpiter, deus do mundo subterrâneo (os infernos): o nome Plutão foi escolhido também por conter as iniciais do descobridor deste planeta, Percival Lowell.

Os asteroides mais brilhantes (pequenos corpos que orbitam entre Marte e Júpiter) e os satélites dos planetas também receberam nomes de deuses e semi-deuses gregos e romanos.

Alguns satélites descobertos posteriormente receberam nomes sheakespeareanos (por exemplo, Miranda de “A Tempestade” ).

Além da cultura greco-romana, os povos do Egito, Babilônia e Mesopotâmia, assim como os Maias, Astecas e Incas na América, também observavam esses astros errantes e chamavam-nos pelos nomes dos seus deuses.

Porque nosso planeta chama-se Terra

O nome Terra para o lugar que habitamos é muito anterior à constatação de que tal lugar vem a ser, na realidade, o que hoje designamos por planeta. Ou seja, demos um nome ao lugar que vivemos antes de compreender “o que é” esse lugar; somente depois da invenção do telescópio (veja pergunta “grandes descobertas com telescópio” nesta seção) foi que a Terra passou a ser vista como um planeta em órbita ao redor do Sol.

A própria ideia do que eram os planetas também mudou: o homem deixou de vê-los como “astros errantes” e passou a vê-los como corpos em orbitas de estrelas.

Uma dos mitos mais antigos do mundo ocidental narrava que “Terra” era uma das quatro divindades originárias, nascida após “Kaos” e antes de “Tártaro” e “Eros”.

A forma escrita deste mito foi elaborada pelo grego Hesíodo no canto “Teogonia”.

A divindade Terra está ali associada ao lugar em que vivemos e aquilo sobre o qual nos existimos de forma segura: solo, chão, fundamento.

Este significado duplo de habitação e sustentáculo é a ideia que está na origem do nome.

A medida em que a compreensão da civilização ocidental sobre o lugar que habitava e tudo que a cercava foi progredindo e deixando de estar associada a uma visão mítica, a concepção sobre o que vinha a ser a Terra foi sendo reelaborada, até chegar na concepção que partilhamos hoje, mas o nome permaneceu o mesmo do das concepções mais antigas e/ou originárias por força do hábito. O que mudou no decorrer do tempo foi apenas a concepção associada ao nome.

No Universo da Física Aristotélica, por exemplo, Terra já designava ao mesmo tempo o elemento terra, do qual a Terra era formada (por este elemento ocupar um lugar físico naturalmente abaixo de todos os demais – água, ar e fogo) e o lugar que habitamos. E a Física Aristotélica foi o modelo que perdurou até a época da invenção do telescópio.

Origem dos termos Equador, Bissexto e Trópico

Equador: Vem do latim aequator, que significa divisor em duas partes iguais.
Bissexto:
 a origem do nome pode ser explicada da seguinte forma: O dia representativo do início de cada mês no calendário romano era chamado calendas. Era costume inserir-se o dia intercalado após o dia 24 de fevereiro, ou seja, 6 dias antes do início das calendas de março; assim, esse dia era contado duas vezes, daí ficando conhecido como bis sexto anti calendas martii, ou segundo sexto antes das calendas de março. Depois disso, o ano passou a ser acrescido de um dia passou a chamar-se bissexto.
Trópico: 
Vem do grego tropein, que significa inverter. Indica que o Sol, após o desvio máximo para o Norte ou para o Sul (no Solstício), inverte o seu movimento aparente, voltando-se novamente para o equador (até o Equinócio).

Fonte: study.com/www.colegiosaofrancisco.com.br/tucsonastronomy.org/orbita.starmedia.com/www.space.com/ichef.bbci.co.uk/www.amnh.org

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