Júpiter

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Júpiter é o maior planeta do sistema solar, mas ele gira muito rapidamente sobre o seu eixo.

Um dia em Júpiter dura apenas 9 horas e 55 minutos.

Júpiter é o gigante do Sistema Solar, com uma massa mais de 300 vezes a massa da Terra.

Júpiter é o maior dos planetas do Sistema Solar e o quinto em distância do Sol. Pode ser observado a olho nu, distinguindo-se pelo seu brilho, menor apenas que o de Vênus, o da Lua e o do Sol. De densidade muito baixa, o planeta é composto basicamente de gases.

Júpiter é o quinto planeta do sistema solar a partir do Sol, e o primeiro após o cinturão de asteróides. Júpiter é um planeta gasoso sendo formado por 87% de hidrogênio e hélio na maioria do restante, similar ao do Sol. Júpiter é tambem o maior planeta do Sistema Solar sendo a sua massa maior que o dobro da massa de todos os outros planetas juntos, tendo o seu diâmtro equatorial 143.000 Km, mas sua densidade cerca de quatro vezes menor a da Terra.

Segundo teorias atuais, Júpiter possuiría um núcleo do ferro e niquel, com uma massa 10 vezes superior a massa da Terra. Esse núcleo estaría envolvido por uma camada de hidrogênio metálico líquido, a uma temperatura e pressão enormes, onde o estaría dissociado em átomos. Esta camada é eletricamente condutora, originando um campo magnético quase tão poderoso quanto o do Sol.

Próximo a superfície, o hidrogênio está presente sobre a sua forma molecular sendo as pressões mais baixas, sobre esta camada existe uma atmosfera de de 1000 Km de espessura.

Júpiter irradia duas vezes mais calor do que recebe do Sol, isto ocorre porque o planeta ainda está se resfriando, e o calor remanescente da energia gasta na contração gravitacional que formou o planeta ainda é transferido para fora deste. As temperaturas em Júpiter ficam em torno de -150 ºC.

Júpiter foi descuberto por volta de 1610 por Galileu Galilei, e possui 16 satélites sendo os quatro maiores: Io, Europa, Calisto e Ganimedes que é o maior satélite do sistema solar tendo o seu diâmetro quase igual ao de Mercúrio. Não há qualquer hipotese de existência de vida em saturno devido as baixas temperaturas e devido a constituição gasosa do planeta.

Júpiter recebe o nome do pai dos deus romanos devido ao seu tamanho.

Júpiter – Planeta

“Os colossais sistemas de tempo e nuvens de fumaça de Júpiter, girando no espaço à nossa frente, hipnotizaram-nos. O planeta é imenso. É duas vezes mais massivo do que todos os outros planeta juntos. Não há montanhas, vales, vulcões, rios, fronteiras entre a Terra e o ar, somente um vasto oceano de gás denso e nuvens flutuantes – um mundo sem superfície. Tudo o que podemos ver em Júpiter está flutuando em seu céu.”

Assim Carl Sagan no capítulo Histórias de Viajantes do livro Cosmos descreve em parte o que um capitão registraria num diário de bordo numa das sondas que visitou Júpiter.

Júpiter
Foto rara de Júpiter (à esquerda), Saturno (embaixo a direita) e aglomerado estelar das Plêiades ou M45 (em cima) na constelação de Touro sem auxílio de telescópio. (Crédito Ken Webb)

Como é visível a olho nu, o planeta Júpiter é conhecido desde o começo da humanidade. Em seu brilho máximo pode ser o 4° astro mais brilhante do céu! Entre os planetas, nesta fase é apenas superado por Vênus. Com um telescópio modesto é possível ver algumas luas e características da atmosfera do planeta. Júpiter (Zeus para os antigos gregos) era o deus dos deuses e patrono da cidade de Roma.

Júpiter
Foto de Júpiter e duas luas com auxílio de um telescópio de 250mm em Araraquara (São Paulo) no dia 2/jan/2001. (Crédito Jaime C. Pires)

Em 1610 Galileu Galilei descobriu 4 astros girando em torno de Júpiter, mas foi Marius Simon que deu o nome aos primeiros satélites a orbitar outro planeta. São chamados de satélites (ou luas) galileanos.

A partir de então o planeta foi observado exaustivamente e revelaram o seguinte: as intercalações de faixas escuras e claras por Zuchi em 1630; manchas claras por Robert Hooke em 1664; a Grande Mancha Vermelha por Giovanni D. Cassini em 1665, que também obteve o período de rotação e mediu o achatamento polar de Júpiter. O astrônomo Rupert Wildt, durante os anos 1940 e 1950, elaborou um quadro geral de Júpiter que mais tarde foi comprovado pelas sondas espaciais. Em suma, sabia-se muitas coisas do enorme planeta, porém foi com a exploração de naves não tripuladas que o conhecimento de Júpiter aumentou grandemente.

Júpiter
Foto de Júpiter obtida com o Telescópio Óptico Nórdico (NOT) de 2,6 metros. Esse é um bom exemplo das melhores imagens que podem ser obtidas de telescópios situados na Terra. (Crédito NOTSA)

É um dos planetas mais pesquisados do Sistema Solar, sendo visitada por 7 sondas espaciais – uma delas construída especialmente para o sistema joviano – além é claro do uso do telescópio espacial Hubble.

A primeira foi a Pioneer 10 alcançou o ponto de máxima aproximação em 01 de dezembro de 1973 a 132.250 quilômetros de distância.

Em 02 de dezembro de 1974 foi a fez da sonda gêmea Pioneer 11 que passou apenas a 34.000 quilômetros do planeta, e foi bombardeada por uma grande quantidade de partículas energéticas.

As informações colhidas ajudaram na missão seguinte, que começou em 1979 com as Voyager 1 e Voyager 2. Revelaram muito detalhes da complexa atmosfera de Júpiter, descobriram os anéis e as particularidades de algumas luas, como os vulcões em Io; deveras suas informações levaram anos para serem analisadas.

A sonda Ulysses, também fez uma breve visita em 08 de fevereiro de 1992, quando se posicionava para ficar em órbita polar em torno do Sol.

Júpiter
Esta foto foi processada em 1990 sob uma imagem enviada pela Voyager 1 em 1979. As cores foram realçadas para observa-se detalhes da atmosfera de Júpiter. A Grande Mancha Vermelha encontra-se no sul (embaixo a esquerda) do planeta. (Crédito U.S. Geological Survey/NASA)

Quase quatro séculos depois, outro Galileo observou Júpiter.

A sonda homenageando o astrônomo italiano foi projetada para fazer várias visitas ao planeta Júpiter e seus satélites, especialmente os maiores. A missão Galileo está sendo tão bem sucedida, que já foi várias vezes prorrogado seu encerramento. “Estamos orgulhosos por essa confiável sonda ter mantido seu desempenho bom o suficiente para servir a ciência por mais pouco”, disse Jay Bergstralh, diretor interino de exploração do sistema solar da NASA. Em 7 de dezembro de 1995, uma pequena sonda enviada pela Galileo atravessou a atmosfera de Júpiter, enviando informações antes de ser destruída pela enorme pressão a 150 quilômetros abaixo das nuvens; entre outras coisas, descobriu um forte cinturão de radiação a cerca de 50.000 quilômetros acima das nuvens de Júpiter.

Por fim, a Cassini (que explorará Saturno) em dezembro de 2000 aproveitou a oportunidade para testar seus equipamentos obtendo excelentes imagens de Júpiter e outros dados científicos. Junto com a Galileo pesquisaram a atmosfera, a magnetosfera e a ionosfera do planeta. O projeto foi chamado pela NASA de Jupiter Millennium Flyby.

Júpiter
Esta vista de Júpiter em crescente foi feita pela Voyager 1 em 24/mar/1979. Esta imagem foi montada através de três filtros de cor e recombinadas para produzir a cor real. (Crédito JPL/NASA)

Júpiter
Imagem artística de um balão-sonda flutuando na atmosfera de Júpiter, como a cápsula enviada pela Galileo. No fundo as maiores luas de Júpiter estão em crescente. (Crédito Don Dixon)

Sem dúvida o que mais chama atenção em Júpiter são suas dimensões.

Por exemplo, se tomarmos como medidas as terrestres, temos: diâmetro mais de 11 vezes, massa 317,80 mais “pesado” e ocupa um volume 1.401 vezes maior!

No entanto sua densidade é baixa, sendo de apenas 1,33 g/cm³. Na realidade este é o primeiro dos chamados planetas gigantes ou gasosos, formados basicamente de hidrogênio e hélio. O que chamamos de superfície nos planetas rochosos, nesses planetas estamos se referindo as camadas superiores da atmosfera.

Júpiter
Esta vista em cor falsa de Júpiter foi obtida pela Voyager 1 combinando filtros coloridos para produzir a imagem. Além da Grande Mancha Vermelha, vê-se uma mancha branca e nuvens de formatos variados. (Crédito JPL/NASA)

Não há certeza se o núcleo de Júpiter (ou qualquer outro planeta gasoso) é rochoso. No entanto, parece que o centro do planeta é quente (talvez 30.000° C) visto que Júpiter irradia para o espaço 2,5 vezes mais energia do que recebe do Sol. Devido à pressão de milhões de atmosferas os átomos de hidrogênio devem está comprimidos em estado líquido. O hidrogênio em tais condições adversas adquire propriedades metálicas, gerando corrente elétrica e conseqüentemente um forte campo magnético.

Isto explicaria porque o campo magnético de Júpiter é intenso (cerca de 14 vezes o da Terra), sendo que produzem ondas de rádio tão potentes, que no Sistema Solar é apenas superada pelo próprio Sol. O eixo desse campo está inclinado 11 graus em relação ao eixo de rotação, afastado 10.000 km do centro. O interessante é que como os pólos estão invertidos em Júpiter, se levássemos uma bússola para o planeta a agulha apontaria para o sul.

A magnetosfera é gigantesca: mais de 7 milhões de quilômetros em direção ao Sol e até 700 milhões de quilômetros na direção oposta, ou seja, além da órbita do planeta Saturno!

Júpiter
Imagem das nuvens de Júpiter obtida em 29/jun/1979 quando a Voyager 2 estava a 9,3 milhão km do planeta. As características menores tem 172 km. Todas as nuvens de forma oval marrons e brancas visíveis nesta imagem foram observadas pela Voyager 1 em março do mesmo ano, ilustrando a estabilidade deste tipo de característica na atmosfera joviana. (Crédito JPL/NASA)

Em vista destas características extremas de Júpiter, o astrofísico Isaac Asimov escreveu em O Colapso do Universo: “É possível que Júpiter ainda esteja se contraindo ligeiramente, e que a energia cinética daquela contração seja transformada em calor. É ainda possível que os átomos no centro de Júpiter estejam submetidos a uma temperatura e a uma pressão que os estejam levando à beira do ponto de ruptura, que um pouco de fusão de hidrogênio esteja correndo – apenas o suficiente para explicar aquela pequena emissão extra de calor do planeta. Se isso estiver acontecendo, Júpiter está à beira da ignição nuclear. Não há perigo de ignição real, naturalmente; Júpiter não é bastante grande e permanecerá para sempre à beira da ignição, apenas.”

Júpiter é o primeiro e o maior dos planetas gasosos, feitos basicamente de hidrogênio. No caso de Júpiter, a composição química da atmosfera é de 90% de hidrogênio e 10% de hélio, com traços de amônia, metano e outros compostos químicos. Então por que há faixas coloridas na atmosfera de Júpiter? As cores vivas são o resultado complexo de temperaturas diferentes e reações químicas de vários elementos químicos que existem em pequena quantidade na atmosfera.

Elas também ajudam a identificar a altitude das nuvens: as azuis são as mais baixas, seguindo as marrons, as brancas e as vermelhas, estas últimas nas camadas mais altas. É provável que três camadas de nuvens composta de gelo de amônia, hidrossulfeto de amônia e mistura de gelo e água. (No entanto, no local da descida da cápsula da Galileo só foi constatada a camada de nuvens formada por hidrossulfeto de amônia; além disso, a quantidade de água e hélio encontrados foram menos do que o previsto).

Júpiter
Uma das primeiras imagens obtidas por uma sonda espacial do planeta Júpiter, pela Pioneer 10 em dezembro de 1973. (Crédito JPL/NASA) água e hélio encontrados foram menos do que o previsto).

Na atmosfera do planeta são vistas diversas formações.

As faixas de latitudes (ou paralelas) são bem nítidas em Júpiter. São resultados dos ventos em alta velocidade que sopram em direções opostas em faixa adjacentes.

A diferença de direção parece depender das correntes quentes ascendentes e das correntes frias descendentes.

As faixas claras são chamadas de zona e as faixas escuras são chamadas de cinturões.

Nas regiões próximas das faixas estão os vórtices ou redemoinhos, complexos sistemas de ventos, descobertas pelas sondas Voyager. Às vezes aparecem buracos (furacões em alta velocidade) que dão acesso a informações das camadas mais internas da atmosfera.

Até auroras foram vistas nas regiões polares de Júpiter, que parecem está relacionadas à matéria do satélite Io, que cai na atmosfera do planeta, movendo-se em espiral segundo as linhas do campo magnético. A temperatura registrada nestes locais foi de 700° C!

Também foram observadas relâmpagos acima das nuvens. Numa única imagem da Voyager 1 distingui-se 19 relâmpagos que iluminavam ao mesmo tempo regiões diferentes do planeta! Ondas de rádio da sonda atmosférica da Galileo também indicaram raios 100 vezes mais fortes que os terrestres a 10.000 quilômetros de distância da descida.

Em Júpiter, os ventos sopram ora do leste ora do oeste e de maneira mais forte que na Terra. Para se ter uma idéia, a cápsula lançada pela Galileo indicou ventos de mais de 640 km/h, e intensa turbulência durante sua descida. Na verdade, os astrônomos ficaram surpresos com a temperatura alta (152° C) e a densidade das partes superiores da atmosfera de Júpiter.

Na realidade, o sistema meteorológico do planeta é bem complexo, conforme observado em imagens e vídeos produzidos pela sonda Galileo. Há mudanças que ocorrem tanto em intervalos curtos – poucos “dias” jupiterianos – quanto em períodos mais longos.

Além disso, foram observadas em Júpiter algumas manchas ovais e embranquecidas, enormes ciclones que giram no sentido anti-horário no hemisfério sul e no sentido horário no hemisfério norte.

No entanto nenhuma se destaca como a Grande Mancha Vermelha (GMV), um enorme furacão de alta pressão. De formato oval, mede 12.000 quilômetros de largura por 25.000 quilômetros de comprimento, ou seja, cabem quase dois planetas iguais ao nosso! Está ativa há pelo menos 3 séculos e a matéria próxima as bordas tem rotação de 4 a 6 dias, enquanto no centro o período é menor e aleatório. A Galileo observou que enquanto a parte externa gira no sentido anti-horário, a região central gira no sentido horário. A temperatura é de cerca -150° C e os ventos podem chegar aos 480 km/h. É a maior tempestade conhecida do Sistema Solar! No infravermelho foi observado que as partes externas da GMV estão 10 quilômetros mais altas que as regiões circunvizinhas. A coloração avermelhada pode ser por causa do fósforo. Sua origem e funcionamento ainda intrigam os cientistas.

“Gostaríamos de entender por que o clima de Júpiter é tão estável, enquanto o da Terra está sempre em transformação”, afirma o cientista Andrew Ingersoll, do Instituto de Tecnologia da Califórnia. As imagens de Júpiter sugerem que suas imensas tempestades se alimentam da energia de outros fenômenos similares, mas de menor intensidade, que ocorrem no planeta, com pequenas tempestades se formando apenas para depois serem absorvidas por outras maiores.

Os anéis de Júpiter são tão opacos e rarefeitos, que os instrumentos da Pioneer 11 não registrou nada ao atravessá-los!

Por esta razão o responsável das imagens enviadas pela Voyager 1 à imprensa em 07 de março de 1979, ao anunciar a descoberta de um dos anéis disse: “A descoberta do anel não era esperada, já que as teorias que tratam da estabilidade, a longo prazo, dos anéis planetários, não previam sua existência.” A Voyager 2 pode estudá-la com mais cuidado quando estava a 1,5 milhões de quilômetros do anel em 10 de julho de 1979. Como estava do lado noturno de Júpiter, o anel apareceu bem visível contra o fundo escuro.

É formado por poeira e minúsculos fragmentos de rocha escura proveniente de algumas luas de Júpiter. O albedo é muito baixo (0,05), mas da Terra são visíveis no infravermelho.

Geralmente são citados pelo menos 4 anéis. O halo que é muito débil, está mais próximo ao planeta (cerca de 29.000 quilômetros das nuvens), tem de cor alaranjada e formato de toróide. O anel principal que é o mais brilhante, porém é o menor, com 7.000 quilômetros de extensão; os 600 quilômetros mais externos refletem 10% mais que o resto da estrutura, tendo pequenas “divisões” entre as órbitas das menores luas de Júpiter.

O anel Gossamer que a Galileo revelou que na realidade são dois anéis entrelaçados: o interno (que é o mais largo com 52.800 quilômetros) e o externo (que é o mais afastado de Júpiter, sendo que seu limite está a 153.500 quilômetros da atmosfera). Aparentemente a colisões constantes com meteoros nas 4 pequenas luas próximo a Júpiter fornecem o material para o anel. Tanto o anel como essa luas estão dentro de um cinturão de radiação intensa capturada pelo campo magnético de Júpiter.

Júpiter
Comparação do maior planeta do Sistema Solar com o nosso planeta. Parece simplesmente uma lua orbitando Júpiter! (Crédito Ielcinis Louis)

DADOS NUMÉRICOS DE JÚPITER

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Massa (Terra =1) 317,80
Volume (Terra=1) 1.401,17
Densidade (g/cm³) 1,33
Gravidade (Terra=1) 2,36
Temperatura Média (atmosfera) -144º C
Temperatura Máxima (atmosfera) -108º C
Temperatura Mínima (atmosfera) -163º C
Componentes Principais da Atmosfera Hidrogênio e Hélio
Satélites 16

CARACTERÍSTICAS ORBITAIS

Distância Média do Sol (km) 778.400.000
Distância Máxima do Sol (km) 816.620.000
Distância média da Terra ( Km ) 1.197.000.000
Diâmetro Médio (km) 142.770
Período de Revolução (anos) 11,86
Período de Rotação 09h 56min
Inclinação do Eixo (graus) 3,13
Excentricidade da Órbita 0,050

Júpiter – Tamanho

Após o cinturão de asteróides estão os planetas gasosos, que ainda possuem a composição da nebulosa solar que originou o sistema solar, sendo ricos em elementos voláteis. O primeiro planeta gasoso é também o maior do sistema solar, Júpiter, com 2,5 vezes a massa do restante dos planetas e cerca de 0,001 vezes a massa do Sol. A constituição básica do planeta é de hidrogênio e hélio, similar a do Sol, e possui densidade de 1330 km/m^3, da mesma ordem de grandeza da densidade do Sol.

O diâmetro angular de Júpiter chega a cerca de 50″ quando em oposição. Mesmo utilizando um instrumento de pequeno porte podemos distinguir linhas escuras e regiões claras sobre o planeta, estas manchas são formações de nuvens, e sempre estão paralelas ao equador do planeta. A formação mais notável é a ‘Grande Mancha Vermelha’, um ciclone que possui rotação em sentido antihorário com período de 6 dias. Esta mancha foi descoberta em 1655 por Giovanni Cassini. A mancha existe há séculos, mas sua idade continua indeterminada.

A rotação de Júpiter é rápida, a rotação do campo magnético (e também do núcleo sólido) é de 9h 55min 29,7s. Esta rotação faz com que o planeta não possua uma forma esférica, pois ela causa um achatamento na direção dos polos. Como o planeta não se comporta como um corpo rígido, o período de rotação das nuvens que formam as camadas superficiais é maior na região dos polos que no equador.

Segundo as teorias atuais, Júpiter possuiria um núcleo de niquel-ferro, com uma massa de cerca de 10 vezes a massa da Terra. Este núcleo seria envolvido por uma camada de hidrogênio metálico líquido, a uma temperatura de mais de 10000 K e uma pressão de 3000000 atm, onde o hidrogênio está dissociado em átomos (metálico). Esta camada é eletricamente condutora, originando um campo magnético intenso. Próximo à ‘superfície’, o hidrogênio está presente na sua forma molecular, as pressões são mais baixas. Sobre esta camada existe uma atmosfera de 1000 km de espessura.

Um fato interessante sobre Júpiter é que ele irradia duas vezes mais calor do que recebe do Sol. Isto ocorre porque o planeta ainda está se resfriando, e o calor remanescente da energia gasta na contração gravitacional que formou o planeta ainda é transferido para fora deste, através de convecção. É esta convecção que gera um fluxo no hidrogênio metálico, gerando o campo magnético do planeta. Além de emitir no infravermelho, Júpiter também emite na faixa das ondas de radio (comprimento de onda maior que o infravermelho).
As linhas e zonas vistas no planeta podem sofrer variações de cor e espessura. As cores das regiões polares são similares as das linhas escuras. As linhas mais escuras possuem coloração marrom ou avermelhada, e possuem um movimento descendente (“para dentro do planeta”). As zonas claras possuem movimento ascendente (“para fora do planeta”), e são mais elevadas que as linhas escuras e possuem temperatura mais baixa. Entre estes dois tipos de formação ocorrem ventos fortes ou correntes, segundo medidas da sonda Galileu em 1995, o vento em algumas destas regiões chega a 150 m/s.

A coloração da Grande Mancha é similar a das linhas escuras, mas algumas vezes se apresenta mais clara. As dimensões da Grande Mancha são 14000 km de espessura e entre 30000 e 40000 km de comprimento. No planeta também ocorrem manchas vermelhas e brancas de menores dimensões, mas não duram mais que alguns anos.
A composição da atmosfera do planeta foi determinada pelas sondas Pionner 10 e 11, Voyager 1 e 2 e Galileu, esta última determinou que a abundancia de hélio na alta atmosfera é apenas a metade da encontrada no Sol, mas também foram encontrados metano, etano e amônia. A temperatura do topo das nuvens é de cerca de 130 K.

Júpter possui anéis, descobertos em 1979. Eles são pequenos e distanciados, com cerca de 6500 km de comprimento e menos de 1 km de espessura. Os anéis são formados de pequenas partículas, que ‘refletem’ melhor a luz vinda de trás que de frente. Estas pequenas partículas possuem alguns microns de comprimento e não formam um sitema estável, de forma que nova matéria é continuamente acrescentada aos anéis, esta matéria é provavelmente proveniente de Io.

Júpiter possui 16 satélites naturais conhecidos. Os quatro maiores, Io, Ganimede, Europa e Calisto foram descobertos em 1610 por Galileu Galilei e são chamados satélites galileanos; podem ser visto com auxílio de instrumentos de pequeno porte. Estes satélites possuem dimensões próximas da Lua ou de Mercúrio. Os demais satélites possuem diâmetros inferiores a 200 km.

Os satélites galileanos Io, Europa e Ganimede possuem as mesmas posisões relativas entre si, já que devido a efeitos de maré estão ‘fixos’ (i.e. presos) por ressonância, segundo a seguinte relação: a – 3.b +2.c = 180°

onde:

a = latitude de Io
b = latitude de Europa
c = latitude de Ganimede

Io

Io é o satélite que ocupa órbita mais interna e possui dimensãoes um pouco maiores que a da Lua. Sua superfície é coberta por formações denominadas ‘calderas’, que são vulcões formados diretamente sobre a superfície, sem montanhas. Através dessa estrutura material proveniente do interior do satélite é ejetado a uma altura de 250 km. A atividade vulcânica em Io é maior que na Terra, é possível que a atividade vulcânica aumente devido as forças de maré causadas por Júpter e pelos demais satélites galileanos, causando um aquecimento, este aquecimento faz com que os materiais sulfurosos permaneçam líquidos quando abaixo da superfície. Não há sinais de crateras de impacto, a superfície é continuamente renovada pelos materiais expelidos do interior do satélite.

Ganimede

Ganimede é o maior satélite natural do sistema solar, com 5300 km de diâmetro, sendo maior que o planeta Mercúrio. Metade de sua massa é constituida de gelo e a outra de silicatos. A quantidade de crateras formadas por impacto varia em regiões da superfície, indicando que exiatem áreas com idades diferentes.

Calisto

Calisto é o satélite galileano que possui órbita mais externa. Sua superfície é escura, com albedo geométrico menor que 0,2; é basicamente formada por gelo e rocha. Não há sinais evidentes de atividade geológica recente, as superfícies mais antigas estão repletas de crateras de impacto.

Europa

Europa é o menor dos satélites galileanos. Possui uma superfície coberta por gelo, de albedo geométrico 0,6 , não há indícios de crateras formadas por impacto.

A superfície é renovada constantemente por água proveniente de um oceano interno. O núcleo do satélite é formado por silicatos.

Os demais satélites são divididos em dois grupos. As órbitas do grupo mais interno são inclinadas 35° em relação ao equador do planeta, fazem parte deste grupo Amalthea, Himalia, Elara, Lysithea, Leda, Thebe, Adrastea e Metis. Os quatro satélites com órbitas mais externas percorrem órbitas ecentricas retrógradas, são eles Carme, Ananke, Pasiphae e Sinope; é possível que sejam asteróides capturados.

Fonte: br.geocities.com/www.colegiosaofrancisco.com.br

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