Arte Naif

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Arte Naif – O que é

Arte Naif é uma classificação de arte que é muitas vezes caracterizado por uma simplicidade infantil em seu assunto e técnica.

Enquanto muitos artistas ingênuos aparecem, a partir de suas obras, por ter pouco ou nenhum treinamento formal de arte, isso muitas vezes não é verdade. As palavras “ingênuo” e “primitivas” são considerados pejorativos e são, portanto, evitado por muitos.

Características

Arte Naif
Arte Naif

Arte Naif é muitas vezes visto como arte marginal, que é, ou pouco ou grau, sem treinamento formal.

Enquanto isso era verdade antes do século XX, há agora academias de Arte Naif.

Arte Naif é agora um gênero de arte plenamente reconhecido, representado em galerias de arte em todo o mundo.

As características da Arte Naif é um relacionamento estranho com as qualidades formais da pintura, especialmente não-respeito das três regras da perspectiva (tal como definidos pelos pintores progressiva do Renascimento):

  • de diminuir o tamanho dos objetos proporcionalmente à distância,
  • silenciamento de cores com a distância,
  • diminuição da precisão de detalhes com a distância,

Os resultados são os seguintes:

  • efeitos de perspectiva geometricamente errônea (aspecto estranho das obras, desenhos infantis olhar, ou olhar pintura medieval, mas a comparação pára por aí)
  • forte utilização do teste padrão, cor não refinado em todos os planos da composição, sem enfraquecimento no fundo,
  • uma precisão igual trazido para detalhes, incluindo as do fundo que deve ser protegido fora.

Simplicidade em vez de sutileza são todos os supostos marcadores da arte naïf.

Arte Naif – Pintura

Arte Naif
Arte Naif

O adjetivo  Naif  é o mais empregado para o gênero de pintura chamado também de ingênuo e às vezes primitiva (no Brasil). Na época em que foi lançado, o termo naïf era um apelido, como em outras épocas, os pintores foram chamados de impressionistas, cubistas, futuristas, etc…

Os naïfs, em geral, são autodidatas e sua pintura não é ligada a nenhuma escola ou tendência. Essa é a força desses artistas que podem pintar sem regras, nem constrangimentos. Podem ousar tudo. São os “poetas anarquistas do pincel”.

Quem são os pintores naïfs?

Ser Naif é um estado de espírito que leva a uma maneira toda pessoal de pintar. Podemos encontrar pintores naïfs entre sapateiros, carteiros, donas de casa, médicos, jornalistas e diplomatas.A arte naïf transcende o que se convencionou chamar de arte popular.

A Pintura Naïf no Brasil

Arte Naif

O Brasil junto com a França, a ex-Iugoslávia, o Haiti e a Itália, é um dos “cinco grandes ” da arte naïf no mundo. Um grande número de obras de pintores naïfs brasileiros faz parte do acervo dos principais museus de arte naïf existentes no mundo.

A pintura Naif brasileira é muito rica e cheia de imprevistos. Devido à diversidade de temas relativos à fauna, à flora, ao sincretismo religioso e às suas várias etnias, o Brasil ocupa lugar de destaque no contexto mundial de arte naïf.

Os quadros de naïfs brasileiros são reproduzidos nos mais importantes livros estrangeiros sobre arte naïf. Não há uma exposição naïf internacional importante sem que os artistas naïfs brasileiros sejam convidados a participar.

Em toda a história da pintura brasileira, nunca tantos artistas tiveram suas obras expostas, publicadas, comentadas e citadas como são as dos pintores naïfs. O único pintor brasileiro (entre todas as tendências) a ser premiado numa Bienal de Veneza foi um naïf, Chico da Silva, em 1966, na 33ª Bienal. Ganhou menção honrosa com a sua pintura.

Arte Naif – História

Arte Naif é uma criação artística instintiva e espontânea realizada por pintores autodidatas que sentem uma impulsão vital de contar suas experiências de vida.

Arte Naif
Soltando balão – 50×60 – Airton das Neves

Podemos dizer que desde o início dos tempos, quando o homem sentiu a necessidade de criar algo com o único intuito de se deleitar, surgiu a Arte Naif, assim sendo, ela encontra-se presente ao longo da história da humanidade, pelas mãos de indivíduos que, alheios aos movimentos artísticos, sociais e culturais de sua época, criam unicamente movidos por suas emoções.

Arte Naif
Jarra de flores – 40×30 – Bebeth

A denominação “Arte Naif” (aplicada para designar um certo grupo de pintores) como utilizamos atualmente, surgiu no fim do século XIX, com a aparição do pintor francês Henri Rousseau no “Salão dos Independentes”, em Paris.

Atualmente podemos dizer que o Brasil é um dos grandes representantes da arte naif mundial.

Arte Naif
O violeiro – 50×60 – Ernane Cortat

Por ser um país de imensos contrastes, com uma cultura resultante do amálgama de inúmeras outras (a africana, a européia e a indígena), ele é um canteiro fértil para o surgimento e desenvolvimento dessa forma de expressão artística.

Apesar desse imenso potencial, somente na década de 50, o Brasil começou a dar atenção a esse grupo de artistas, com as primeiras exposições de Heitor dos Prazeres, Cardosinho, Silvia de Leon Chalreo e José Antonio da Silva.

Arte Naif
Vaso com flores na paisagem – 80×60 – Ernani Pavaneli

Depois desse início, as décadas de 60 e 70, vão conhecer uma verdadeira explosão de pintores naifs brasileiros, tais como: Ivonaldo, Isabel de Jesus, Gerson Alves de Souza, Elza O .S., Crisaldo de Moraes, José Sabóia e muitos outros que juntamente com seus predecessores, estão presentes em nosso acervo.

Arte Naif
Hoje a festa é da vovó – 60×80 – Ana Maria Dias

A Arte Naif é simples, pura, autêntica e não exige prévios conhecimentos intelectuais e artísticos para ser compreendida, chega direto ao nosso coração e toca nossa alma sem subterfúgios, somente ultrapassando o filtro de nossas emoções.

Características gerais

Composição plana e bidimensional
Tende à simetria; e a linha é sempre figurativa
Não existe perspectiva geométrica linear
Pinceladas contidas com muitas cores

Arte Naif – Origem

Arte Naif
Arte Naif

Originada na Arte Plástica Pré-histórica, 40 à 45.000 anos A.C. a Arte Naïf é a arte mais antiga, pura, ingênua e anti naturalista.

Posteriormente substituído por outras artes do estilo acadêmico, impressionismo, expressionismo, surrealismo e cubismo, a Arte Naïf caiu em desuso muito pelas rupturas estéticas da arte européia, que necessitavam de veículos mais ágeis e flexíveis. As apresentações anti-naturalista da idade pré-histórica, tinha perdido por muitos séculos seus valores da criação e expressividade. Assim esta arte durante muitos séculos, essa forma de expressar-se transformou-se numa arte perdida no tempo.

No século XX com a Renascença, descoberta do pintor francês Henrie Rousseau, também conhecido como Douanier Rousseau, e dos primeiros estudos mais profundos da arte Naïf pelo alemão Wilhem Uhde, que trabalhava na França foram projetadas as obras de Seraphine, a pintura mística com flores de Camille Bombois e de Louis Vivin.

Além disso outros Naifs da qualidade foram descobertos nos EUA, na Itália, na Alemanha, sobre tudo na Iugoslávia, aonde uma escola de Artistas Pintores sobre Vidro desenvolvesse em torno de Ivan Generalic, a arte Naïf se desenvolveu aqui no Brasil com vários mestres reconhecidos internacionalmente, como Antônio Poteiro, Djanira, Heitor dos Prazeres, Gérson, José Antônio da Silva, Iracema Arditi, Maria Auxiliadora, Waldemiro de Deus, Chico da Silva e Outros.

Arte Naif
Heitor dos Prazeres

Todos esses artistas plásticos com suas obras que formam a sua linguagem, tem um estilo, um componente técnico indispensável a sua produção.

Eu mesmo, em minhas pinturas recentes da forma autodidata, faço o uso desta arte perdida.

As primeiras obras descobertas e conhecidas dos Continentes Europeus, Africanos, Latino Americanos e Australianos apresentam em si, unindo o simbolismo mágico da forma ingênua e natural.

Esta forma da pintura Naïf, traz a luz, o significante e o significado que ungido na poesia desta arte perdida, provoca o encontro, sempre bem vindo, da criação, expressão e percepção própria.

Por suas características e frescor pictórico, o pintor estilo Naif, sua arte Naïf ou seja, um pintor ingênuo fazendo uma arte ingênua, é visto como um anti naturalista.

Isto é, não pretendo retratar a realidade tal, como ela é, mas como ele a vê.

Quando cria na tela a imagem de uma árvore, simplifica o conjunto, destaca os galhos e pinta folha por folha de forma não acadêmica, altera as proporções dos diferentes elementos de seus temas.

Registra as formas anatômicas com total liberdade. As cores são utilizadas ao seu bel-prazer, sempre sem compromissos com as cores naturais de seus motivos, mas mesmo assim, sempre bem harmonizados.

Esta pintura, este estilo é figurativo, narrativo, conteudista e temática.

As pinturas Naïf sempre tiveram e tem um perfil semelhante ao parágrafo acima mencionado.

Aqui no Brasil são mais conhecidas como primitivos, embora outras denominações estão sendo propostas: instintivos, primitivo moderno, para diferenciar sua arte dos povos primitivos, nativos, dos flamengos e italianos anteriores à 1400 da arte africana insitos, ingênuos.

Pela presente mostra, ante naturalista, desvinculada da escola e preceitos acadêmicos, a arte ingênua e primitiva é exemplo dos conceitos, que afirmei nessa narração.

Esta Arte Naïf não é a arte popular, sobre ponto de vista da produção, mas mantém intensa relação com o cotidiano, em cenas populares e pitorescas, traduzidas em cores policromos e formas descabidas, longe da representação real, mas que conseguem ser significativas, tanto aos eruditos, quanto aos leigos que as apreciam elogiam ou criticam.

No estilo da minha pintura, não gosto muito de pintar o rosto das pessoas porque nesse universo tão grande, um rosto não diz muito é anônimo.

Mas quando pinto um rosto o ponto mais forte são os olhos, pois são eles que nos permite ver a beleza neste mundo.

Que tristeza para as pessoas cegas, impossibilitadas de enxergar as maravilhas deste mundo.

Quero apresentar com esta narração, meus pensamentos sobre a demonstração desta arte com algumas de minhas obras.

As vezes não adianta a pessoa ser amorosa, compreensiva, flexível, colaboradora, etc. se ela está em um meio que não ressoa nestas vibrações. Seria o mesmo que eu queria oferecer uma exposição de pintura para os cegos do instituto de cegos.

Por mais que fosse minha benevolência, compreensão, colaboração, espírito solidário eu nunca faria um cego entender e perceber minha obra, eu estaria no meio errado e seria mesmo uma grande burrice fazer uma coisa desta. Não é?

Eu não estou me referindo aos predicados extras, que um cego tem, que as vezes são superiores mil vezes do que daqueles que enxergam.

Eu não estou especulando a respeito das qualidades de um ser humano que não pode enxergar, eu estou exemplificando o fato de querer atingir a uma escala das pessoas que sabem pelo fato a elogiar ou criticar uma obra, que existe tal forma de observação.

No trabalho artístico encontra-se o respeito e o amor de cada um de nós para com o próximo.

Assim conseguimos a comunicação sem barreiras, sem fronteiras dos idiomas e sem preconceitos.

O idioma a linguagem da arte, os povos no mundo inteiro entendam esta linguagem.

Não procuro guiar-se apenas pelo gosto não gosto, deixe que o quadro o observe, pois, sendo a pintura é uma linguagem de comunicação visual, a ela cabe comunicar-se com você, e não você com ela.

Deixe de interrogar a toda hora quando estiver em frente de um quadro – que quer dizer isso?

A linguagem da pintura são as formas, criatividades, expressões e conteúdos que o próprio artista sente pela alma dele.

A linguagem da pintura, o conteúdo são as formas da criatividade e da expressão do pintor cada um reflete mundos próprios impossíveis de serem imitados. Siegfried Kreutzberg

Fonte: www.artenaif.hpg.ig.com.br/oseculoprodigioso.com/en.wikipedia.org

 

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2 comments

  1. Carlos Eduardo Rodrigues Arruda

    Um assunto demasiado interessante, um tipo de pintura em que o artista mergulha em seu próprio mundo e ponto de vista, solte sua imaginação e crie um mundo sem limitações e preocupações quanto a detalhes, minha opinião quanto à essa arte é de que o artista pode ter uma mente aberta, sem limitações de nossa realidade e assim, criar algo que sente…

  2. Sou auto-didata e pinto paisagem, mas sempre buscando luz e sombra. Há entre muitos pintores a recusa pelas cores primárias e são as que mais gosto de usar, sendo assim, estou me identificando nesta arte Naife pela simplicidade e liberdade como os versos brancos. As explicações me ajudaram dando-me outros caminhos, pois ficava em dúvida se teria que pintar como as crianças, desprezando as perspectivas e as cores primárias, muito obrigado.

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