Imagismo

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Lançado no ano de 1921, na Inglaterra, mais precisamente na cidade de Londres, o Imagismo teve como fundador Pound, que tinha o ideal de defender a utilização da linguagem coloquial, além de versos livres, poesia clara, ritmos sonoros que ultrapassassem a métrica e imagens que servissem para detalhar as coisas com maior precisão.

Seus pensamentos fortes fizeram com que Pound fundasse depois, outro estilo estético, isso foi no ano de 1925. O nome do novo movimento era vorticismo, que possuía um aspecto de experimento, que estava próximo aos antigos movimentos, seguindo alguns preceitos deles.

Sua maior influência foi o futurismo, onde o escritor obteve vários pensamentos do imagismo, na qual adicionou também uma nova estética gráfica, na qual seus poemas foram submetidos. Isso por ser chamado de início da de um estilo de poesia mais concreta. Uma novidade também chamou atenção, que era a poesia definida de forma condensada.

Pound teve várias vertentes em sua obra. Era de uma inteligência admirável, porém tinha um temperamento difícil, com pensamentos intensos e obras carregadas. Ele e Eliot foram os dois maiores artistas do período moderno dos poemas e poesias, isso no século 20. Pioneiro em vários movimentos, ele possui o vorticismo e o imagismo como principais feitos, sendo que não parou por aí, fez várias outras coisas e declarou pensamentos.

Nascido nos EUA, Pound é de Idaho (estado americano), no entanto cresceu em uma cidade próxima a Filadélfia, chamada de Wyncote. Teve sua formação na universidade da Pensilvânia no ano de 1906. Em certo tempo foi professor de crawfordsville, situada em indiana, esse fato aconteceu nos anos de 1906 e 1097.

Viajou para vários lugares, entre eles França, Itália e Espanha. Lançou seu primeiro livro no ano de 1908, o nome do artigo era A Lume Spento, que teve seu lançamento na cidade de Veneza. No mesmo ano do lançamento do livro, foi morar na Inglaterra, mais precisamente na cidade de Londres.

Viveu lá até o ano de 1920, onde compartilhou ideias com os escritores mais famosos da época, que eram Joyce, Lewis, Yeats, Eliot e Ford.

Em 1924 foi para a Itália, com seus pensamentos fortes e teorias não agradáveis, acabou sendo considerado um fascista, onde seu nome começou a ser questionado. Em 1945 foi preso por ter se ligado de vez ao fascismo.

Para se livrar da prisão, foi tido como doente mental, por causa disso foi colocado em um clinica psiquiátrica por quase 15 anos. As acusações contra Pound foram excluídas no ano de 1958, assim ele voltou pra Itália. Trabalhou até 1972, ano no qual faleceu.

Fonte: olharcurioso.com

Imagismo

O imagismo foi um movimento iniciado na Inglaterra por Thomas Ernest Hulme (1883-1917) em reação às representações vagas do simbolismo. Amy Lowell foi imagista em sua poesia e na difusão do movimento. Freyre ficou encantado com uma conferência de Lowell sobre Walt Whitman, tendo escrito sobre ela um artigo publicado por Armstrong num jornal de Waco: artigo ampliado em capítulo de Vida, Forma e Cor (1962).

Estão aí as raízes do imagismo freyriano: influência de Lowell. A “enumeração caótica” – expressão criada por Leo Spitazer em ensaio sobre Whitman – ele herdou tanto do autor de Leaves of Grass como de outro poeta, Vachel Lindsay, que conheceu em Nova York, em 1922, quando fazia pós-graduação na Universidade Columbia.

Há nos primeiros artigos de Gilberto Freyre (1918-1922) – reunidos nos dois volumes de Tempo de Aprendiz (1979) – exemplos de imagismo. No poema “Bahia de Todos os Santos e de quase todos os pecados” há casos tanto de imagismo como de “enumeração caótica”. Manuel Bandeira – que o considerava “um dos mais belos do ciclo das cidades brasileiras” – reproduziu-o em Antologia de Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos (1946).

No ensaio “Gilberto Freyre poeta” – da coletânea Gilberto Freyre: sua Ciência, sua Filosofia, sua Arte (1962) – comentou as versões do poema: versões reproduzidas no póstumo de Freyre Bahia e Baianos (1990).

Note-se que o poema é de 1926: antes, portanto, da exaltação de valores baianos por Ary Barroso e Dorival Caymmi. O hoje esquecido brasilianista norte-americano William Berrien salientou o imagismo no poema. Lembre-se a influência da “enumeração caótica” de Whitman e, sobretudo, a de Lindsay. Em alguns versos são evidentes as influências.

Em conferência lida na Faculdade de Direito do Recife, em 24 de maio de 1934, e publicada no mesmo ano, há uma “enumeração caótica” na qual Freyre exemplifica seus variados contatos nos EUA fora da rotina pedagógica de leituras, aulas, seminários e laboratórios.

É uma enumeração entre travessões que se estende por páginas, obrigando o leitor a voltar ao início da frase para melhor entendê-la. Lembre-se que Freyre usou muito travessões, em vez de parênteses, para acrescentar informações adicionais sem alterar a estrutura sintática das frases.

Imagismo e enumeração

No prefácio à primeira edição de Casa-grande & Senzala, Freyre definiu seu livro como “ensaio de sociologia genética”. Mas logo nesse prefácio ele seduz o leitor com a linguagem e o estilo de um ensaísta literário.

O imagismo desponta quando o autor se refere à escassez, no Brasil, de diários íntimos que, entretanto, abundam em países de formação protestante, como que substituindo o confessionário dos católicos.

Escreve ele, numa frase ao mesmo tempo enumerativa e imagística:

“Em compensação, a Inquisição escancarou sobre nossa vida íntima da era colonial, sobre alcovas com camas que em geral parecem ter sido de couro, rangendo às pressões dos adultérios e dos coitos danados, sobre as camarinhas e os quartos de santos, sobre as relações de brancos com escravos – seu olho enorme, indagador”.

É impressionante a imagem de um “olho” que, além de “enorme, indagador”, está “escancarado” sobre alcovas, camarinhas, quartos de santos e relações de brancos com escravos.

O verbo “escancarar” – abrir de par em par, expor, mostrar, exibir, franquear – muito usado para indicar abertura de portas e janelas – exerce papel insólito na frase, pois o comum seria estar o olho aberto, arregalado e, no máximo, esbugalhado.

Aqui ele está “escancarado”, como o jato de luz de um holofote na escuridão acobertadora de adultérios, coitos danados e relações de brancos com escravos.

Ao longo do livro há imagens como essa, de grande poder expressivo, não havendo capítulo em que não apareçam, dando-nos a impressão de ver o que estamos lendo. Luis Jardim, no prefácio a Artigos de jornal (1935) – que parece ter sido escrito pelo próprio Freyre – assinala que é “neste uso de imagens para exprimir idéias, quase sensualmente, como se a palavra não bastasse” que consiste a forma da expressão freyriana. As cartas de Freyre a Amy Lowell – conservadas na Houghton Library, de Harvard – e as da poetisa a ele – hoje na Fundação Gilberto Freyre – mostram como um brasileiro absorveu o imagismo.

Para mostrar, no segundo capítulo de Casa-grande & Senzala, como “o ambiente em que começou a vida brasileira foi de quase intoxicação sexual”, Freyre escreve como se estivesse pintando, fotografando ou filmando colonizadores e evangelizadores descendo das caravelas:

“O europeu saltava em terra escorregando em índia nua; os próprios padres da Companhia [de Jesus] precisavam descer com cuidado, senão atolavam o pé em carne”.

Note-se a força dos verbos “saltar” – muito mais expressivo do que “desembarcar” -, “escorregar” e “atolar”, os dois últimos usados tanto em sentido literal como no figurado, pois também se escorrega e se atola nos chamados pecados contra a castidade.

Fonte: www.academia.org.br

Imagismo

Uso de imagens, isto é, de todas as figuras de estilo que têm por base uma comparação, esteja ela explícita ou implícita em metáforas, símbolos ou alegorias.

Doutrina poética professada por um grupo de poetas ingleses e norte-americanos, entre os quais se incluem Ezra Pound, Amy Lowell, Hilda Doolittle ou D. H. Lawrence, e que privilegiou, entre 1912 e 1917, a concisão e brevidade em poemas construídos a partir de imagens simples.

Referência

Imagismo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-05-14].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$imagismo>.

Fonte: www.infopedia.pt

Imagismo

Nome dado a um grupo de poetas norte-americanos e ingleses, onde se incluem Ezra Pound, Amy Lowell, Hilda Doolittle, Richard Aldington e F. S. Flint, que, em 1912, propõem um novo estatuto para a poesia: libertar a expressão de obscuridades e artifícios retóricos, privilegiando o uso rigoroso de imagens visuais e abandonando o sentimentalismo vitoriano que dominava ainda a poesia. Pound publicou a primeira antologia em 1914: Des Imagistes.

O grupo sucedeu de alguma forma ao movimento simbolista francês, embora tivesse privilegiado a escultura como arte de diálogo estético, contrariando o privilégio concedido à pintura pelos simbolistas. O imagismo teve uma existência tão efémera como a de um outro movimento seu contemporâneo, o vorticismo, muito por força do triunfo do modernismo europeu.

Quando Pound se virou para o vorticismo ainda em 1914, foi Amy Lowell quem tentou ainda manter o grupo imagista (ou “amygista”, como na época se dizia depreciativamente. Alguns dos grandes escritores modernistas que a seguir se revelariam, como D. H. Lawrence e T. S. Eliot, não deixaram de manifestar alguma inspiração no imagismo.

Pound concebeu uma espécie de arte poética sobre a nova estética, “A Retrospect” (1918), onde define imagem como uma criação complexa (“An ‘Image’ is that which presents an intellectual and emotional complex in an instant of time.”) e dá conselhos sobre o bom uso da linguagem na poesia: “Use no superfluous word, no adjective which does not reveal something. Don’t use such an expression as ‘dim lands of peace.’ It dulls the image. It mixes an abstraction with the concrete. It comes from the writer’s not realizing that the natural object is always the adequate symbol. Go in fear of abstractions. Do not retell in mediocre verse what has already been done in good prose.” (in Literary Essays of Ezra Pound, Nova Iorque, 1968; trata-se de um conjunto de ensaios publicados inicialmente em Pavannes and Divagations (1918).

O grupo anglófono dos imagistas tomou como seu pensador de referência T. E. Hulme, cuja crítica do optimismo romântico, em especial no ensaio “Romanticism and Classicism”, entusiasmou Pound e outros imagistas, para quem o rigor de uma imagem visual podia ser o suficiente para produzir uma obra de arte poética única, algo que só poderia ser conquistado com o recurso a uma linguagem simples, retirada do quotidiano, e com total liberdade de expressão na escolha do tema.

Bibliografia

Natan Zach: “Imagism and Vorticism”, in Bradbury and McFarlane (eds.), Modernism: A Guide to European Literature, 1890-1930 (1991); P. Jones (ed.): Imagist Poetry (1973).

Fonte: www.edtl.com.pt

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