Lambada

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A Lambada é um ritmo eminentemente brasileiro resultante da fusão de ritmos já existentes no Brasil como o forró, na região Nordeste e o carimbó, da região Amazônica,e outros ritmos da América Latina como: a Cumbia e o Merengue.

A Lambada veio descendo o Nordeste até chegar às areias dePorto Seguro, cidade localizada ao sul do estado da Bahia.

Cercada por uma natureza quase inexplorada e habitada por um povo muito criativo e alegre, estes elementos de ram à lambada a sensualidade e o vigor necessários para encantar o mundo, a qual inicialmente era dançada nas areias das praias, em frente às barracas, durante o dia e a noite,passando mais tarde para os salões.

De Porto Seguro veio para São Paulo,onde virou febre na cidade, mas teve a sua consagração nacional após o grande sucesso, na França, do grupo Kaoma, em 1989,com a música “Chorando se Foi” uma adaptação para a Lambada,feita pela cantora Márcia Ferreira em parceria com José Ari, de um ritmo folclórico andino, a Saya, de autoria de Ulisses,Gonzalo e Hermosa autores bolivianos.

A LAMBADA NO RIO DE JANEIRO

No final da década de 80 do século XX ,as pistas de dança foram invadidas por um novo ritmo que assim como o maxixe mexeu com a moral da época: a lambada.

Esta dança explodiu no verão europeu de 1989. A música Llorando se fue era um sucesso total, ocupando o primeiro lugar em várias paradas de sucesso em diversos países. Mesmo desaparecendo das listas de sucesso,a lambada como dança,continua em desta que na Bahia,onde independente da moda,permanece sendo dançada nas areias de Porto Seguro dividindo espaço com o Axé music.

A lambada como música saiu de moda cedendo lugar para outros ritmos latinos ,mas a vontade de dançar de muitos simpatizantes daquele ritmo não morreu com o enterro da mesma pelos disc jockeys.

A frase de nosso grande mestre de cerimônia Tio Piu, ex-diretor artístico da Ilha dos Pescadores (Rio de Janeiro),encerra uma grande verdade: “Enquanto o Lambadeiro viver a Lambada jamais morrerá”.

Atualmente,temos a lambada sendo dançada ao som do zouk,ritmo este originário da Martinica, cantado na sua maioria em creòle,dialeto francês,este ritmo é o que mais se aproxima da nossa lambada,posto que esta última sofreu influências do zouk em sua formação. Desde a época que estourou a lambada, o zouk já era executado em vários países da Europa e América Central.

É um ritmo realmente fascinante,sua cadência enseja muito romantismo,principalmente quando se trata do Zouk Love.O próprio nome já diz tudo:É uma verdadeira “Festa do amor” ,é puro romantismo para nenhum Latin Lover botar defeito.

A lascívia da lambada cedeu lugar para a sensualidade refinada do zouk. Na Martinica ,assim como em Guadeloupe foi criado para este ritmo uma dança.Aqui,no Brasil,primeiro chegou a música e a tradução em termos de movimento ficou a cargo dos dançarinos que viram no zouk uma possibilidade de manter a nossa Lambada viva.

Por sua estrutura melódica e harmônica diferenciada, a lambada de outrora sofreu alterações incorporando novos passos,formas e dinâmicas diferentes.Surge então o movimento zouk no Brasil.Muito forte em São Paulo,hoje em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e ganhando força novamente em Porto Seguro.

Fundei o Clube do Zouk no Rio com o objetivo de difundir este estilo musical e garan- tir aos antigos lambadeiros e novos zoukeiros um espaço para nossos encontros visan do o desenvolvimento de uma “nova” dança agora ao som do zouk love das antilhas francesas.Em 1993 iniciamos um projeto denominado Intercâmbio Cultural de DançaRio-Porto

Seguro,onde trazíamos de Porto os melhores dançarinos do gênero,isso graças ao apoio de um amigo,também amante do zouk,Júlio Cézar. Realizamos em 1994 o I baile latino-americano em Botafogo com a participação especial de Bijagô,dj estran geiro que em sua passagem pelo Brasil trouxe ao nosso conhecimen to o ritmo zouk em sua versão portuguesa das ilhas de Cabo Verde. Hoje o Clube do Zouk trabalha apoiando vários eventos que tenham em seus objetivos divulgar os ritmos quentes (samba,forró,lambada,zouk,salsa) dentro e fora do Brasil.

Seu idealiza dor ,Luís Fernando de Sant’Anna (Lufe para seus amigos do Centro de Dança Jaime Arôxa), escola por onde passou e ajudou a fixar o ritmo na mesma,não deixando a Lambada morrer como assim intentou a mídia na época.

O apoio do Jaiminho foi fundamental; mesmo ainda recém chegado em sua escola, deu-me a incumbência de continuar seu trabalho introduzindo as novidades da lambada em sua academia. Incialmente fiquei assustado com o convite mas aceitei o desafio e com a orientação do Jaime e o apoio e incentivo dos professores da escola planta mos a semente da nova fase da lambada ao som do zouk.

O Clube do Zouk é hoje uma realidade graças aos amigos que prestigiam nossos eventos desde o início e sabem do nosso esforço em tocar o que há de mais atual no cenário da música latina, africana e caribenha.

Fonte: www.esquadro.com.br

Lambada

História da Lambada-Zouk

“No início da década de 90 do século XX, a salsa marcou presença em alguns países da Europa, assim como em cidades dos Estados Unidos, aproveitando o estouro da lambada, dança que deu origem a várias produções cinematográfica, graças à sensualidade de seus movimentos e à força musical do Grupo Kaoma, que, reunindo com rara felicidade os diversos rimos caribenhos, criou sucessos musicais que logo transforma ram-se em hits tocados no mundo inteiro.

Hoje, sete anos depois, observa-se que a salsa manteve-se firme e forte na Europa,fazendo crescer o número de adeptos e de casas especializadas em ritmos latinos.

Enquanto isso, a lambada perdeu o fôlego, passando a figurar apenas como modismo, tanto que, atualmente, é praticada apenas por amantes inveterados.

Também as casas noturnas européias perderam o interesse em tocá-la, executando-a tão somente a título de “flash back”. Mesmo em festas particulares, hoje não há ânimo para lembrar os antigos sucessos desse ritmo latino.

No Brasil, a lambada migrou de sua plenitude para um desconfortável ostracismo, sendo agora apresen tada num mix em que se fazem presentes ritmos como kompa, soca, calipso, merengue (todos eles Caribenhos), mais forró, carimbó (brasileiros) e flamenco (cigano).

Inicialmente tocada em todas as regiões do país, hoje sobrevive apenas em algumas cidades, como Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Seguro, ainda assim por conta da forte influência do zouk, considerado o ritmo mais completo do Caribe, uma vez que reúne as mais belas e diferentes manifestações ritmicas do planeta.

O zouk – que significa festa – é uma dança praticada no Caribe, principalmente nas ilhas de Guadalupe, Martinica e San Francisco, todas de colonização francesa. Já o zouk praticado no Brasil difere daquele que se vê no Caribe, assim como da própria lambada, pois entre nós sofreu influência de outras formas de dança.

O zouk é dançado com movimentos contínuos,que resultam num passeio em liberdade melódica, com respiração nas pausas. Sua musicalidade e ritmo ensejam o romantismo e a amizade, fortalecendo um dos mais gratificantes prazeres da vida, que é dançar.”

Mara Santos

Fonte: maracongress.com.br

Lambada

A herdeira do Samba

No final dos anos 80 e início da década de 90, as pistas de dança conheceram um novo ritmo muito sensual: a lambada.

O surgimento desta dança dá origem a discussões sobre quem receber os direitos autorais. Atualmente, o debate deixou de existir nos tribunais e está entre os amantes desta dança.

O lançamento mundial da lambada aconteceu lentamente o que torna muito difícil descobrir sua origem. Nos anos 80, um jovem diretor de cinema, Olivier. Lorsac, e o jornalista Rémi Kolpa Kopoul investiram muito dinheiro para adquirir os direitos autorais de mais de quatrocentas composições, quase todas brasileiras.

Porém a música que gerou muitos problemas e proporcionou vantagens não era brasileira e sim, a composta pelos irmãos bolivianos Ulises e Gonzalo Hermosa. Com um sensível instinto comercial, Lorsac e Kolpa, fizeram com que a música dos bolivianos fosse brasileira, da Bahia, estado mais mestiço do Brasil, multireligioso e berço de ritmos variados. A música Llorando se fue teve sua letra e melodia modificada para adequar-se ao mercado europeu.

Para estilizar a dança, criou-se cuidadosamente um grupo multirracial que, com o nome de Kaoma, fez explodir a lambada no verão europeu de l989: Llorando se fue era um sucesso total, ocupou o primeiro lugar na lista dos CDs mais vendidos em quinze países simultaneamente.

Lorsac e Kolpa ganharam milhões de dólares, o que fez com que o governo boliviano iniciasse uma batalha jurídica para recuperar os direitos autorais que os irmãos Hermosa haviam vendido.

Finalmente, os direitos e os benefícios ficaram nas mãos de Losarc e Kolpa, apesar de surgirem outros “criadores”, como foi o caso de um desconhecido músico cubano que afirmava ser o criador da dança, com a música Lambire.

Os estudiosos de folclore encontram na lambada uma mescla de merengue e carimbó, dança do estado do Pará, onde era e é executada em círculo acompanhada de uma forte percussão, e em algumas vezes, por instrumentos de cordas.

O seu principal movimento é realizado quando as mulheres jogam um lenço no chão e seus parceiros abaixam para pegalo com a boca.

A lambada tem uma forte influência do merengue, do maxixe e do forró. Esta última é uma dança bastante popular do século XIX, da qual surgiu o samba. Quanto ao desenvolvimento da lambada, o que parece é que tratava-se de uma maneira de dançar pouco conhecida, mas já existente na América do Sul, provavelmente sua origem é brasileira.

A partir desta maneira de dançar, os irmãos Hermosa “criaram” a sua música e Lorsac e Kolpa tiveram suficiente tino comercial para transformá-la em um grande êxito.Mesmo desaparecendo das listas de sucesso, a lambada continua em destaque na Bahia, onde independente da moda, permanece como uma das mais fortes concorrentes do samba.

Os atuais substitutos da lambada Depois do grande êxito comercial, a lambada abriu caminho para outras danças e acabou se misturando a outros ritmos latinos. Atualmente, os jovens brasileiros se divertem ao som de três ritmos distintos: zouk, axé e forró. O zouk é originário da Martinica e, em função da sua origem, ainda é cantado em francês.

O axé, literalmente traduzido por energia positiva procede como a lambada, do estado da Bahia e tem influências do pop, rock, funk, reggae e, principalmente, do samba.O forró é uma designação popular dos bailes freqüentados e promovidos por migrantes nordestinos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Teve origem nas festas oferecidas pelos ingleses, em meados da década de 20, aos empregados que construíam as estradas de ferro brasileiras.

Coleção: AS MELHORES DICAS DE DANÇA DE SALÃO Editora: DEL PRADO Outra versão: Diversos relatos de paraenses contam que uma emissora local chamava de “Lambadas” as músicas mais vibrantes.

O uso transformou o adjetivo em nome próprio, batizando o ritmo cuja paternidade é controversa, motivo de discussão entre músicos e pesquisadores paraenses. Porém, é fato que o músico e compositor de carimbó Pinduca lançou, em 1976, uma música intitulada “Lambada(Sambão)”, faixa número 6 do LP “No embalo do carimbó e sirimbó vol. 5”.

É a primeira gravação de uma música sob o rótulo de “Lambada” na história da música popular brasileira. Há quem sustente a versão que o guitarrista e compositor paraense Mestre Vieira, o inventor da guitarrada , seria também o criador da lambada.

Seu primeiro disco oficial, “Lambada das Quebradas”, foi gravado em 1976, mas lançado oficialmente dois anos depois, em 1978.

O novo nome e a mistura do carimbó com a música metálica e eletrônica do Caribe caiu no gosto popular, conquistou o público e se estendeu, numa primeira fase, até o Nordeste. O grande sucesso, no entanto, só aconteceu após a entrada de empresários franceses no negócio.

Com uma gigantesca estrutura de marketing e músicos populares, o grupo Kaoma lançou com êxito a lambada na Europa e outros continentes. Adaptada ao ritmo, a música boliviana “Llorando Se Fue” tornou-se o carro chefe da novidade pelo mundo. Também há uma vertente que diz que a dança da lambada provém do forró.

Como acontece com certa freqüência em outras situações, a valorização do produto só se deu após reconhecimento no exterior. Seguiu-se um período intenso de composições e gravações de lambadas tanto no mercado interno quanto externo.

Os franceses, por exemplo, compraram de uma só vez os direitos autorais de centenas de músicas. Dezenas de grupos e diversos cantores pegaram carona no sucesso do ritmo, como Beto Barbosa, Márcia Ferreira, Manezinho do Sax, outros ainda incrementando suas carreiras, como foi o caso de Sidney Magal, Sandy e Júnior, Fafá de Belém e o grupo Trem da Alegria.

Depois dessa fase de superexposição, como acontece com quase todo fenômeno midiático, deuse um natural desgaste com a conseqüente queda nas vendas até cessar a produção.Surgida no Pará, a música lambada tem base no carimbó e na guitarrada, influenciada por vários ritmos como a cumbia, o merengue e o zouk.

Carimbó O carimbó é uma dança indígena, pertencente ao folclore amazônico, que é uma das principais fontes rítmicas da lambada.

Na forma tradicional, o carimbó é acompanhado por tambores de tronco de árvores afinados a fogo. Atualmente o carimbó tem como característica ser mais solto e sensual, com muitos giros e movimentos onde a mulher tenta cobrir o homem com a saia.

A maior influência hoje do Carimbó em região nacional é a banda Calypso (de Joelma e Chimbinha) que o apresenta a todo o Brasil, com todo um figurino colorido e alegre.A lambada A lambada dança teve sua origem a partir de uma mudança do carimbó que passou a ser dançado por duplas abraçadas ao invés de duplas soltas.

Assim como o forró, a lambada tem na polca sua referência principal para o passo básico, somando-se o balão apagado, o pião e outras figuras do maxixe.

Usa, normalmente, as cabeças dos tempos e o meio do tempo par, se começarmos a dançar no “um”, para as trocas de peso (pisa-se no “um”, no “dois” e no “e” – que é chamado comumente de contratempo). A lambada chega a Porto Seguro, e ali se desenvolve.

Boas referências foram a Lambada Boca da Barra, em Porto, e o Jatobar no Arraial d’Ajuda, onde desde o início também zouks (lambadas francesas) serviram para embalar os lambadeiros. Tudo isso acontece na época do apogeu do carnaval baiano, que ditava uma moda atrás da outra, e numa delas, apresentou a lambada ao Brasil.

Essa segunda fase da dança durou apenas uma temporada e foi um pouco mais abrangente que a primeira, que só havia chegado até o nordeste. Até esse ponto a lambada tinha como principal característica os casais abraçados. Era uma exigência tão forte que, quando da realização de alguns concursos, aqueles que se separassem eram desclassificados.

No exterior e aqui, a lambada torna-se um grande sucesso e em pouco tempo estava presente em filmes e praticamente todos os programas de auditório aparecendo até em novelas. É a hora dos grandes concursos e shows.

A necessidade do espetáculo faz com que os dançarinos criem coreografias cada vez mais ousadas, com giros e acrobacias. Depois de algum tempo, a música lambada entra em crise e pára de ser gravada.

Os DJs das boates aproveitam então para simular o enterro do estilo musical. A dança perde destaque, mas sobrevive, pois já haviam sido feitas nas lambaterias muitas experiências com variados estilos de música que tivessem a batida (base de marcação) que permitisse dançar lambada, só para citar um exemplo, a banda de rumba flamenca Gipsy Kings teve vendagem significativa por aqui por conta da dança, então as músicas francesas, espanholas, árabes, americanas, africanas, caribenhas etc. viraram a “salvação” e solução para a continuidade do estilo de dança.

De todas, o zouk foi o ritmo que melhor se encaixou na nossa dança tornando-se a principal música para dançar lambada.

Esta passa a ser dançada com um andamento mais lento, com mais tempo e pausas que praticamente não existiam na música lambada, permitindo explorar ao máximo a sensualidade, plasticidade e beleza da nossa criação.

Os movimentos ficaram mais suaves e continuam fluindo, modificando-se à medida que ela incorpora e troca com outras modalidades. Contribuem ainda as diversas pesquisas, até fora da dança de salão, como por exemplo, as de contato e improvisação.

Hoje a relação com o parceiro volta a ganhar valor, as acrobacias ficam praticamente exclusivas para os palcos e os locais para dançar reabrem em diversos estados.Mesmo não tendo por parte de alguns o devido reconhecimento, a lambada mostrou-se um grande incremento profissional.

Encontramos lambaterias e professores de lambada em diversos pontos do planeta e ainda que a chamem de zouk, muitos viveram e vivem dela até hoje.

Fonte: www.studiorenatomota.com.br

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