Papa Nicolau V

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Papa Nicolau V (1397 – 1455)

Papa da Igreja Católica Romana (1447-1455) nascido em Sarzana, La Spezia, na então República de Gênova, que eleito em 19 de março (1447) como sucessor de Eugênio IV (1431-1447), um dos mais influentes pontífices do Renascimento. Conhecido pelo caráter simples e generoso, e recuperador do antigo prestígio da igreja, e cuja grande parte da sua fama deve-se à sua obra de mecenas. Órfão aos nove anos, estudou em Bolonha e teve formação renascentista. Doutor em teologia, trabalhou com o cardeal-arcebispo de Bolonha, Niccolò Albergati (1419-1444), a quem substituiu no arcebispado após sua morte (1444). Desempenhou várias funções na cúria romana e muitas vezes realizou missões diplomáticas em nome dela. Como arcebispo liderou as conversações com vistas à redução das divergências doutrinárias com coptas, armenianos e jacobitas. O êxito da missão seguinte, junto à Dieta de Frankfurt, elevou-o ao cardinalato (1446) e a ser eleito papa (1447), onde se distinguiu pela seu humanismo, procurando harmonizar a religião e a cultura secular. Deve-se a ele a solução do chamado Cisma de Basiléia, último foco de dissenso no seio da Igreja derivado do Cisma do Ocidente. Lançando mão de uma notável atividade diplomática junto ao imperador Frederico III, conseguiu fazer com que o antipapa Félix V renunciasse à tiara (1449), tornando-se assim o único pontífice romano. Proclamou 1450 o Ano do Jubileu, o 6º Ano Santo, na tentativa bem sucedida de restaurar a autoridade papal. Apaixonado bibliófilo e compilador de textos da antiguidade desde sua época de estudante, enviou representantes a toda a Europa para buscar e compilar os códices e manuscritos e, com um número superior a oitocentos, transladou para o Vaticano as duas bibliotecas lateranenses, formando assim o primeiro núcleo da Biblioteca Vaticana. Também revelou grande entusiasmo pela atividade edificadora e urbanística, determinando a restauração e a construção de grande número de edifícios e monumentos. Promoveu a reconstrução da atual basílica de São Pedro e de outros monumentos arquitetônicos de Roma, no intuito de tornar a Cidade Eterna o centro da cristandade.

Fortificou a cidade, consertou as muralhas, restaurou muitas igrejas, pavimentou com pedras as ruas de Roma, e aperfeiçoou o sistema de fornecimento de água para beneficiar os peregrinos. Como admirador e protetor das artes, mandou traduzir para o latim clássicos gregos e contratou os mais importantes artistas da época, como o mestre florentino Angelico, para decorar as construções. Patrono das artes e da literatura, abrigou em sua corte os maiores talentos do humanismo literário e artístico, dentre os quais se destacam Bracciolini e Valla, Alberti e o cardeal Bessarion de Trebizonda, Piero della Francesca e Fra Angelico. No âmbito do Estado da Igreja, geralmente procurou realizar uma política de moderação, que em ampla medida conseguiu acalmar os conflitos e as aspirações de autonomia sobretudo por parte dos senhores e das cidades mais periféricas. Ajudou a Espanha a expulsar os sarracenos e também na própria Roma procurou manter boas relações com as turbulentas famílias da aristocracia, porém teve os últimos anos de vida marcados por uma conspiração para assassiná-lo. O papa de número 209, faleceu em 24 de março (1455), em Roma, e foi sucedido por Calisto III (1455-1458).

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

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