Papa São Eugênio III

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Papa São Eugênio III ( ~ 1090 – 1153)

Papa Igreja Cristã Romana (1145-1153) nascido em Montemano, Pisa, Itália, eleito em 18 de fevereiro (1145) substituto do papa Lúcio II (1144-1145), foi o promotor da Segunda Cruzada (1145). Entrou muito jovem para o convento, tornando-se abade de Santo Atanásio, em Roma, e foi nomeado cônego na catedral de Pisa, mas depois resolveu abandonar sua vida de cônego (1138) e para se tornar monge da Ordem Cisterciense e discípulo de São Bernardo de Claraval, o grande reformador da vida monástica e fundador do mosteiro de Claraval na França. Crescendo espiritualmente junto a São Bernardo, foi enviado como superior do mosteiro dos santos Vicente e Anastácio, em Roma, onde se tornou conhecido por seus dotes da virtude, de sabedoria e santidade. Após o falecimento do o papa Lúcio II, os cardeais unanimemente o elegeram papa, embora não fosse um cardeal e nem sequer bispo, apenas um monge, o que levou ao surgimento de reações contra sua posse, especialmente dos políticos romanos. No entanto seus partidários o sagraram bispo e o coroaram como papa em um mosteiro fora de Roma. Alguns meses mais tarde conseguiu assumir o trono, aclamado triunfalmente pelo povo, tendo seu pontificado durado 8 anos com o nome de Eugênio III. Em uma época das mais difíceis e turbulentas da igreja, ele provou que não havia sido escolhido à toa, demonstrando grande habilidade e diplomacia para contornar as dificuldades.

Aconteciam muitos tumultos em Roma, promovidos principalmente pelo senador romano Arnaldo de Brescia, e os palácios episcopais estavam sendo saqueados. Demonstrando um espírito de boa vontade e amor inerentes à sua personalidade de santo, associada a sua forte personalidade, teve que fugiu da cidade várias vezes, aproveitando para visitar igrejas fora de Roma, especialmente em Viterbo e em outras cidades do Lácio e na França. Residiu em Viterbo e só próximo ao fim da vida pode voltar definitivamente para Roma (1152). Aprovou a Ordem dos Cavaleiros de São João de Jerusalém, em Malta Reuniu sínodos de bispos, com o objetivo de incentivar a reforma dos costumes e a evangelização do povo. Neste ponto teve a ajuda fundamental de seu mestre, São Bernardo, que sempre o ajudou e incentivou na reforma da conduta e disciplina da Igreja, e chegando a lhe dedicar um livro De Consideratione, contendo normas, conselhos e sugestões relativas ao bom governo pastoral da igreja. Recebeu ajuda do Imperador Frederico Barba-Roxa, contra os republicanos de Roma. Afastou clérigos indignos, presidiu quatro concílios e defendeu a ortodoxia.

Promoveu uma cruzada, a Segunda, para defender a cristandade dos turcos, pregada por são Bernardo, que preparou durante sua permanência na França (1147-1148), onde, entre outras coisas, realizou o Concílio de Reims (1148). As conquistas da Primeira Cruzada foram facilitadas, em grande parte, pela desorganização dos muçulmanos. Porém sob a liderança Imad al-Din Zangi deu-se início a reunificação muçulmana no Oriente Próximo e, sob seu comando, as tropas muçulmanas obtiveram sua primeira grande vitória contra os latinos, quando tomaram a cidade de Edessa (1144). Depois disso, os estados cruzados do Oriente Médio foram caindo sistematicamente sob o domínio muçulmanos. A reação do chefe da Igreja de Roma foi proclamar a Segunda Cruzada logo depois que o novo papa assumiu o trono de São Pedro (1145).

Entre os novos expedicionários estavam o rei da França, Luís VII, e o imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Conrado III. Os reis Luís VII, da França, e Conrado III, da Alemanha, participaram da expedição militar, porém esta Cruzada fracassou e Jerusalém voltou (1187) às mãos dos turcos e permitiu o fortalecimento das potências muçulmanas nos anos seguintes. Sob o comando de Saladino, os muçulmanos reunificados e mais organizados inicialmente obtiveram o controle do Egito (1169), culminando sua ofensiva com a invasão do reino de Jerusalém (1187) e a tomada da maior parte das fortalezas dos cruzados no território. Começou a construção do Palácio Pontifício. O Papa de número 168, após seu falecimento em Tívoli, a caminho de Roma, teve seu corpo sepultado na Basílica de São Pedro. Foi sucedido por Anastácio IV (1153-1154) e tem sua data de devoção em 8 de julho. Após a queda de Jerusalém (1187) e a tomada da maior parte das fortalezas dos latinos na região, no mesmo ano (1187), o papa Gregório VIII proclamou a poderosíssima Terceira Cruzada, da participaram o imperador do Sacro Império Frederico I, Filipe II e Ricardo I Coração de Leão.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

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