Comércio Exterior

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Comércio Exterior
Comércio Exterior

Comércio internacional X Comércio Exterior

É muito comum confundirmoscomércio exteriorcomcomércio internacional, algo que diria até natural considerando a relação direta entre os temas.

Pois bem, ainda que se assemelhem no nome e também na prática, estas áreas são distintas. Primeiramente, é necessário estar claro que estas duas áreas compõem o universo normativo que define e disciplina as operações de importação e exportação.

Dividindo este universo entre os dois Comércios, temos o seguinte:

Comércio Internacional: questões internacionais, tais como operações de trocas entre países decorrentes de intercâmbio econômico (aplicável a mercadorias, serviços e mão-de-obra), político e cultural. Estas normas são aplicáveis uniformemente a mais de um país, visando a facilitação dos negócios internacionais que seriam as trocas comerciais entre países. Observe que estes tipos de regras são criadas e disciplinadas por acordos estabelecidos entre países, ou então, são criadas por organismos internacionalmente acreditados e aderidas pelos países em todo o mundo, por exemplo, as regras da OMC – Organização Mundial do Comércio ou da CCI – Câmara de Comércio Internacional

Comércio Exterior: termos, regras e normas nacionais das transações e estudos realizados no comércio internacional. Estas regras são normas nacionais, criadas para disciplinar tudo o que diz respeito a entrada no país de mercadorias procedentes do exterior (importação) e a saída de mercadorias do território nacional (exportação). Estas regras refletem diretamente em questões tributária, comercial, financeira, administrativa e por fim aduaneira.

Uma vez conhecidos os dois grupos, pode-se dizer que qualquer negócio internacional, seja ele uma importação ou exportação, terá de ser conduzido por meio do estudo de três conglomerados normativos que podem ser chamados de tripé internacional, composto por: comércio exterior do país exportador, comércio exterior do país importador e comércio internacional, sendo que o último apoiará e complementará os dois primeiros e os dois primeiros deverão sempre estar em sintonia com o último.

OUTROS CONCEITOS BÁSICOS:

IMPORTAÇAO:entrada de mercadorias e saída de dividas do país.
EXPORTAÇAO:
saída de mercadorias e entrada de dividas no país.
DIVISAS:
moeda conversível no âmbito internacional (Dólar e Euro)
BALANÇA COMERCIAL:
diferença entre as exportações e importações de um país
DEFICIT COMERCIAL:
importações > que as exportações
SUPERÁVIT COMERCIAL:
exportações > que as importações
EQUILIBRIO COMERCIAL:
exportaçoes = importaçoes  

RAZOES QUE INDUZEM A TROCA DE BENS OU SERVIÇOS ENTRE NAÇOES:

As desigualdades entre as nações no tocante às reservas não reprodutíveis (recursos naturais )

Desigual existência de jazidas minerais(Brasil é produtor de petróleo ainda não é auto-suficiente, consome 1 milhao de barris de petróleo diariamente e produzimos também 1 milhao de barris ao dia, devemos ter uma reservar por isso temos que importar

Diferenças internacionais no tocante a fatores climáticos (que são determinados por fatores relativamente estáticos como altitude, latitude, topografia e tipo de superfície ) e a fatores edáficos ( natureza e distribuição de solos )

Diferenças de solo e clima; (Brasil é exportador de café e açúcar porque o solo e o clima são apropriados para estas produções, da mesma forma importamos TRIGO da Argentina porque segundo Agronomos o nosso clima não é ideal para este cultivo); Brasil importava em 2008  80% do trigo que consumia, hoje menos devido ao melhoramentos dos grãos; HOJE 50%

Desigualdades nas disponibilidades estruturais de capital e trabalho; Pouco capital disponível para investir na industria local; déficit mao-de-obra qualificada

Diferenças nos estágios de desenvolvimento tecnológico. Diferença dos estágios de desenvolvimento tecnológico; há países que detem menos tecnologia que outros, e importa produtos de alta tecnologia: Brasil, Embraer, exporta aviões de médio porte (líder no mercado mundial)  e importa de grande porte.

É a partir da combinação desses quatro fatores que surge a divisão internacional do trabalho, ou seja, a especialização das nações. Por decorrência, o comércio externo tem contribuído, contínua e persistentemente, para a internacionalização dos processos econômicos e, é inegável, para o gradativo aumento das taxas de dependência de cada economia com relação ao resto do mundo

Por que as nações comercializam?

O bom senso nos leva a crer que as nações comercializam porque podem obter vantagens. Essa afirmação, seca e direta, pode nos parecer óbvia, mas passou a freqüentar as principais obras, os manuais e as discussões econômicas há apenas pouco mais de dois séculos. Devemos nos lembrar de que oque é verdadeiro no comércio é igualmente verdadeiro no comércio internacional.

E as verdades são:

O comércio é mutuamente benéfico – Duas pessoas não trocam bens e serviços a não ser que ambas esperem benefício. Se uma pessoa lucra com o comércio, isso não significa necessariamente que a outra perde. Os dois lados lucram, senão não negociam.
Exportação
é aquilo que você vende e importação é aquilo que você compra – Os países exportam bens a fim de comprar importações. Às vezes você poderá ouvir o argumento de que exportações são boas e importações são más. Na realidade, o país eficiente tenta obter de volta o máximo possível em troca do que vende.
Quanto mais baratas as importações
, melhor para o país – Quando as importações de um país custam menos, um certo montante de suas exportações compra mais importações.
As entradas tendem a igualar as saídas de moeda
– Os países vendem para um país para obter moeda local com a qual vão comprar bens e serviços daquele país. O setor de exportações do país local estaria devastado se seus cidadãos deixassem de adquirir produtos importados.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CI

VANTAGENS:

Melhorar a competitividade no mercado interno:O mercado externo exige que seu produto tenha um nível ótimo de qualidade, não apenas na concepção final do seu produto, como também nos processos, gestão de pessoas e praticas ambientais. Com estas exigências, seu produto se torna mais competitivo tanto no mercado externo quanto interno.
Aumento das vendas e dos lucros:
Aqui é uma lição rápida sobre custos, que se dividem a grosso modo em dois tipos, os custos fixos que não mudam de acordo com o aumento de demanda (ex: o aluguel da fabrica ou o financiamento do maquinário), e os custos variáveis que variam de acordo com a produção (ex: a matéria-prima). Quando se consegue explorar um novo mercado externo, você aumenta a demanda por seus produtos, e com isto reduz os custos fixos da produção. Além de obter vantagens na aquisição de algumas variáveis, como a matéria-prima, aumentado assim além das vendas, o lucro.
Aumento do market share :
Como você agora explora novos mercados em outros países, seu market share (participação no mercado) aumenta  naturalmente.
Diminuição da dependência do mercado interno:
Com a exportação dos produtos, a empresa fica menos vulnerável às mudanças drásticas de demanda do mercado interno, fazendo com que a diversificação de mercados faça a mais forte contra mudanças dentro do seu ambiente externo.
Possibilidade de contato com novas tecnologias:
Com a exportação, o benchmarking é ampliado, sendo possível conhecer diversas novas tecnologias dentro de sua área de atuação nos diferentes mercados que estiver atuando. Também vai conseguir melhorar o networking nas diversas feiras e eventos internacionais do qual poderá participar.
Melhoria no escoamento da capacidade ociosa e menor impacto da sazonalidade:
Com a exportação a empresa pode facilmente diminuir sua capacidade ociosa, aproveitando, assim, a redução de seus custos fixos na produção, além de se beneficiar da sazonalidade, por conta das diferenças sazonais entre o hemisfério norte e o hemisfério sul. Por exemplo, uma empresa que venda “moda praia” no Brasil vai ter seu ápice de vendas no nosso verão, porém ela também pode vender com facilidade para os Estados Unidos e para a Europa na época de queda de vendas no mercado interno, por conta do inverno aqui, porém estes lugares estarão em pleno verão. Assim, a demanda se mantém constante durante todo o ano.
Novos postos de trabalho:
com a abertura econômica de um País, existe a probabilidade de instalações de empresas estrangeiras, que irão demandar mao-de-obra local.

DESVANTAGENS:

O retorno pode vir no longo prazo:Provavelmente, as primeiras exportações não serão tão rentáveis quanto se imagina. Existirá certo cuidado entre as duas partes (comprador e vendedor) e, também, certa desconfiança natural, podendo resultar em ganhos menores e maiores custos no curto prazo, porém a confiança com as futuras exportações poderá reverter este quadro.
Necessidade de adaptações no produto:
Os produtos que você vai exportar podem necessitar de uma adaptação para o mercado o qual será inserido. As diferenças culturais podem ser gigantescas entre os países, e esta prática de adequação pode gerar custos extras no início do processo.
Necessidade de uma equipe especializada:
Você vai precisar de funcionários que conheçam a sistemática existente por trás do comércio internacional, além de conhecimento em outros idiomas.
Dor de cabeça causada por entraves logísticos no Brasil:
Pode acontecer de você perder algumas noites de sono por conta da demora excessiva em algumas operações de exportações de alguns produtos, principalmente em épocas de greve dos fiscais.
Possível exploraçao de matéria prima e mao-de-obra
em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento;
Desemprego
: principalmente nos primeiros anos de abertura econômica de um País, uma vez que se as industrias locais não investirem o suficiente em novas tecnologias e mao-de-obra qualificada, não conseguirão competir com os produtos que vem de fora, e isso pode levar ao fechamento da mesma e consequentemente desemprego.

Globalização

É o processo de criação de uma economia global integrada em que as nações produzem e comercializam livremente bens e serviços com base em suas vantagens comparativas, dotações de fatores e competitividades. É também fundamentado nas vantagens produtivas e alocativas decorrentes da liberdade econômica e do livre comércio entre as nações.

Dimensões da globalização:A globalização pode ser avaliada do ponto de visto dos seus efeitos sobre o comércio de produtos e circulação de serviços, e, dos fluxos internacionais dos fatores de produção (capital e trabalho), conforme feito abaixo:

Liberalização do comércio de produtos

a) Vantagens

Competitividade e eficiência produtiva
Produtividade e enriquecimento
Internacionalização do consumo
Queda dos preços das mercadorias

b) Desvantagens

Adequação da estrutura produtiva (prejuízo para ineficientes)
Adequação da estrutura do emprego (perda de emprego)
Desestruturação da empresa nacional

Liberalização da circulação de serviços

a) Vantagens:

Investimento externo (novas empresas e mais emprego)
Melhoria da competitividade e nível de prestação de serviços
Melhoria da infraestrutura de serviços públicos

b) Desvantagens:

Adequação da estrutura de serviços (prejuízo para ineficientes)
Adequação da estrutura do emprego (perda de emprego)

Liberalização dos fluxos internacionais de capitais

a) Vantagens:

Aumento do investimento (benefícios do ingresso da poupança externa);
Progresso tecnológico e ganho de produtividade (benefícios do capital produtivo);
Aumento da capacidade produtiva e da competitividade internacional

b) Desvantagens:

Internacionalização ou desnacionalização do capital (empresas)
Dependência do capital externo (empréstimos e financiamentos)
Dependência tecnológica (produtos e serviços)

Liberalização do trânsito de pessoas (trabalhadores)

a) Vantagens:

Fuga da mão-de-obra especializada (país sub-desenvolvido)
Liberdade de viajar e buscar o melhor emprego e remuneração

b) Desvantagens:

Concorrência no mercado de trabalho e queda do nível salarial
Redução do nível do emprego (via importação e avanço tecnológico)
“Estrangeirização” da população (raça, costumes, língua, religião, cultura)

Globalização – Contras

Com a globalização, são gerados problemas de exploração da mão-de-obra e dos recursos naturais dos países do Terceiro Mundo e em desenvolvimento. As multinacionais apostam na deslocalização das empresas para os países que oferecem melhores condições de investimento, preço mais baixo da mão-de-obra e menor incidência fiscal sobre a economia e o movimento dos capitais. Essas multinacionais “sem rosto” esgotam os recursos naturais dos países do Terceiro Mundo e em vias de desenvolvimento e quando os abandonam levam a riqueza, degradam o ambiente e a economia social . Os Estados que se queiram impor contra a saída desses conglomerados correm o r isco de sofrer sanções económicas por par te das grandes potências ou por par te de organismos internacionais.

Com a globalização o desemprego aumenta. De modo a reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzi r mais com menos gente, incorporando novas tecnologias e máquinas.

Globalização – Prós

A globalização para as economias dos países tem algumas vantagens. A entrada de produtos importados mais baratos e de melhor qual idade faz com que a oferta dos produtos nacionais seja maior e fazendo que os preços sejam menores e a qual idade aumente. Com isto a inflação é combatida e os países modernizados. Para os defensores da globalização, este é um meio de multiplicar os recursos financeiros, permite expandir os mercados de exportação dos produtos, comprar as matérias-primas nos países cujo preço é mais barato, deslocar as indústrias para os paraísos fiscais, mão-de-obra e capital menos onerosos. Apostam na desregulamentação das barreiras alfandegárias dos países e dos blocos económicos ao movimento de mercadorias.

PRINCIPAIS TEORIAS DO COMERCIO INTERNACIONAL

MERCANTILISMO: 1500 – 1700

As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através do incremento das exportações e da restrição das importações (procura de uma balança comercial favorável). Países como Espanha e Portugal, exploravam estes metais preciosos de suas colonias (Colonialismo).

O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações, (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufaturados.

A intervenção dos governos,via protecionismo, monopólios e exploração colonial, fortaleceu os reinos e enriqueceu a burguesia que acumulou grandes lucros com tais práticas. Os mercantilistas consideravam a agricultura uma atividade secundária em relação ao comércio e a produção de manufaturas, devendo apenas fornecer gêneros alimentícios à população, a baixos preços. Dessa maneira, os comerciantes e os empresários eram favorecidos, pagando salários reduzidos aos seus trabalhadores. As práticas mercantilistas promoveram o desenvolvimento do comércio, incentivando o aparecimento de novos sistemas de produção de manufaturas (além das corporações de ofício existentes desde a época medieval) e estabeleceram o sistema colonial que vigorou até o início do século XIX.

LIBERALISMO ECONOMICO – 1776 – ADAM SMITH “A Riqueza das Naçöes”

Teoria das Vantagens Absolutas

A partir da segunda metade do século XVIII a doutrina mercantilista é substituída pelo liberalismo econômico e pelo racionalismo. O comércio com outros países, então, passa a ser tratado como a principal forma de um país obter impulso no seu crescimento econômico – outras atividades externas, como o tráfico de escravos e a colonização de países para a exploração agrícola e mineral também possuíam destaque, mas em escala inferior à atividade comercial.

O argumento dos mercantilistas era o de que tanto a produção como as exportações tinham que contar com o apoio do Estado – via subsídios – enquanto que as importações deveriam ser desestimuladas por restrições protecionistas, principalmente aquelas indústrias de relevância estratégica.

Em 1776, Adam Smith demonstrou que as trocas entre países beneficiavam a todos, ou seja, se dois países concentrassem suas produções nos bens em que possuíssem vantagens absolutas e os exportassem – entre si – ambos poderiam consumir mais do que se recusassem a comerciar, proporcionando um aumento de consumo, que é o objetivo sempre buscado pelo comércio.

Daí resultava o conceito de vantagem absoluta:se um país é capaz de produzir um bem com menos recursos do que outro país, poderá lucrar concentrando-se na produção desse bem e, exportando parte desse produto, poderá comprar um bem que um outro país possa produzir com menos recursos do que seriam necessários na sua produção interna.

Vamos olhar mais de perto o princípio da vantagem absoluta no comércio internacional. Suponha que existam, no mundo, dois países4 e dois produtos (modelo do tipo 2×2) que podem ser comercializados entre eles, como trigo e sapato. Portanto, para seguir em nosso exemplo, vamos determinar que os dois países consigam produzir os dois produtos, porém com custos diferentes em cada um deles.

Possibilidades de produção de trigo e sapato na ausência de produtividade
Produção por hora trabalhada
País Trigo Sapato
Brasil 50 sacas 80 pares
Argentina 120 sacas 40 pares

De acordo com Smith, os custos diferem-se entre as nações por causa da produtividade dos fatores de produção. As produtividades podem ser atribuídas àsvantagens naturaiscujos fatores são relacionados com o solo, o clima e a riqueza mineral ou àsvantagens adquiridasresultantes de aptidões, habilidades e técnicas especiais na produção. Uma explicação lógica para as vantagens naturais seria que a Argentina possui clima temperado na maioria de seu território, propício para a produção de trigo. Em contrapartida, o Brasil possui uma enorme extensão territorial – o que facilita a criação de animais que fornecem a matéria-prima para a indústria calçadista.

Continuando com nosso exemplo, o Brasil possui uma clara vantagem absoluta na produção de sapatos, pois a produtividade dos trabalhadores é maior, resultando em custos menores. Com a Argentina, ocorre o mesmo com relação ao trigo. Com relação a isso, afirma Smith que cada nação se beneficia, especializando-se na produção do bem que produz a um custo menor que o da outra nação, importando o bem que ela produz a um custo maior. Como resultado do emprego dos recursos produtivos de forma mais eficiente, proporcionado pela especialização, ocorre um aumento da produção (o Brasil produzirá muito mais sapatos e a Argentina muito mais trigo), beneficiando ambas as nações (CARBAUGH, 2004).

Fazendo uma releitura da argumentação de Smith sobre a vantagem absoluta, devemos supor que cada nação deve ter pelo menos um produto que produz com menor custo. Isso possibilitaria a ela exportar para seu parceiro comercial. Todavia, é muita pretensão acreditar que isso realmente sempre acontece.E se uma nação for mais eficiente que seu parceiro comercial na produção de todos os produtos?

Essa também é uma situação difícil de ocorrer, mas não impossível. Lembre-se de que o Brasil já foi um país altamente dependente da exportação de café na primeira metade do século XX. E se um outro país ocupasse sua posição de maior produtor e exportador de café, assegurando o mercado que antes era nosso? Certamente não teríamos mais vantagem absoluta para com nossos parceiros comerciais e responderíamos a pergunta anterior.

DAVID RICARDO – 1817

Teoria das Vantagens Relaticas (ou Comparativas)

Em 1817, David Ricardo, em seus “Princípios de Economia Política e Tributação”, havia introduzido o conceito das vantagens comparativas, abordando os custos das mercadorias internacionalmente comercializáveis. No caso desses custos serem distintos em dois países, a especialização da produção com maior vantagem – gerando excedentes para a exportação – traria um benefício para esse país, já que os ganhos com o comércio lhe permitiria importar os produtos que necessitava e cuja produção interna não era satisfatória.

A das vantagens comparativas afirma que um país deve comparar seus preços relativos antes do comércio. O país deve, então, exportar os bens que pode produzir a um menor preço relativo que os outros países e importar os bens que teria de produzir a um maior preço relativo. Fazendo isso, o país pode ter mais de todos os bens. Mas como isso é possível? É que quando cada bem é produzido pelos países que têm o menor custo relativo de produção, serão produzidos mais de todos os bens.

Para demonstrar, suponha que haja unidades de recurso (parte trabalho, parte capital e parte terra ) que os países usam para produzir roupas e alimentos. A tabela abaixo mostra o que essa unidade pode produzir no Brasil e na França.

País Produto de 01 unidade de recurso Preço relativo do alimento
  Alimento Roupa  
Brasil 5 10 2
França 2 8 4

Por exemplo, uma unidade de recurso pode produzir 5 unidades de alimento ou 10 unidades de roupa no Brasil. O preço do alimento no Brasil é 1/5 de uma unidade de recurso; o preço da roupa é 1/10 de uma unidade de recurso. Portanto, o preço relativo é 1/5 dividido por 1/10, ou seja, 2. Para cada unidade de alimento produzido, o Brasil deve desistir de 2 unidades de roupas.

Nesse exemplo, o Brasil tem uma vantagem absoluta na produção de roupas e alimentos. Pode produzir mais alimentos e mais roupas com uma unidade de recursos do que a França. Mas, mesmo que o Brasil seja mais eficiente em cada item, ainda assim ganha negociando com a França. Por quê?

O Brasil tem uma vantagem comparativa em produzir alimentos:tem menor preço relativo para produzir alimentos ( 2 versus 4 da França ).

Inverta o preço relativo do alimento para obter o preço relativo de roupa:é metade de uma unidade de alimento para o Brasil e ¼ de uma unidade de alimento para a França – a França tem a vantagem comparativa de produzir roupas. De acordo com a lei das vantagens comparativas, o Brasil deve produzir a exportar alimentos e a França deve produzir e exportar roupas. IVANI FERREIRA

Conceito de Comércio exterior

Atividade de compra e venda internacional de atividade de produtos e serviços de um determinado país.

Do comércio exterior participam empresas de pequeno, médio e grande porte, muitas delas especializadas, como as chamadas trading companies, que gozam, no Brasil, de estatuto especial.

É uma atividade econômica regulada, no plano interno, pelos estados-nacionais, e no plano internacional, por um sem-número de acordos comerciais, tarifários, de transporte, etc.

Relação de troca comercial entre países
Ação de intercambiar produtos e serviços para atender determinada necessidade do mercado
É muito complexo porque envolve leis entre países.

O Estado absolutista e o mercantilismo

Comércio Exterior

Monopólio das cidades italianas:Gênova e Veneza
Rota do mediterrâneo
Presença de Portugal na navegação
A rota do atlântico e a revolução comercial

Características do mercantilismo Metalismo

Balança comercial favorável
Protecionismo alfandegário
Intervenção na ordem econômica
Monopólio do Estado na exploração, no comércio e no transporte
Colonialismo
O papel das companhias de comércio
O surgimento dos corsários
Comércio de pau brasil, ouro e açúcar

Mercantilismo no Brasil

Colonização do Brasil
A guerra mercantilista no Brasil:
franceses, ingleses, holandeses

Mercantilismo

Enfim…

O mercantilismo estabeleceu as bases de funcionamento do relacionamento entre as nações num período de formação do Estado nacional. O comércio internacional hoje se baseia em muitos princípios mercantilistas. Definições, conceitos e formulações permanecem muito atuais.

“O período mercantilista caracterizou-se como uma revolução comercial que integrou a América, África e Ásia nos marcos do Sistema Econômico europeu” (Dias, 2008. p. 50), e serviu de base para o surgimento da revolução industrial

Liberalismo e comércio internacional

A intensificação das trocas comerciais permitiu:

Ampliação dos mercados consumidores pelos ganhos de escala
Acesso a maior número de fornecedores de matérias prima

A intensificação das trocas comerciais permitiu:

Acesso a novas tecnologias e diferentes padrões de produção
Ampliação do fluxo monetário entre os países
Novos arranjos nos sistemas de produção

A intensificação das trocas comerciais permitiu:

Desenvolvimentos de novas oportunidades de negócios, como base nas potencialidades de cada país
Ampliação do contato entre povos de diferentes etnias e culturas, o que representa potencial de novos negócios
Disponibilidade de fatores de produção
Especialização setorial
Competitividade internacional

Liberalismo

Conjunto de teorias que visavam substituir a presença do Estado na economia
Defesa de economia aberta ao máximo

Agora reflita…

Qual a vantagem de importar um produto que pode ser produzido domesticamente, gerando renda e emprego para a população do país?
Como se define que produtos o país vai importar e quais vai exportar?
Pelo que vimos até aqui é possível todos os países se beneficiarem do comércio internacional?

Teorias clássicas sobre o comércio internacional

Teoria das Vantagens Absolutas
Teoria das Vantagens Comparativas
Teoria da Demanda Recíproca

Comércio Exterior – Curso

Objetivo Geral

O Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior objetiva formar profissionais na qualidade de tecnólogos em comércio exterior com uma forte base conceitual, no âmbito das ciências relativas às suas atividades, capacitados a atuarem efetivamente no mercado de trabalho, bem como prosseguirem seus estudos em níveis superiores tanto em lato sensu e stricto sensu.

Objetivos Específicos

O Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior possui as seguintes diretrizes específicas:

Oferecer formação global, apoiada em conhecimento disciplinar, multidisciplinar e interdisciplinar, que proporcione uma visão abrangente das atividades de comércio exterior, prevendo o domínio sobre a técnica, os instrumentos, as estratégias e práticas inerentes ao comércio exterior, preparando o tecnólogo para os grandes desafios das situações exigidas no desempenho das funções do Comércio Exterior Global

Produzir e disseminar conhecimento na área de Comércio Exterior, através do desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão, em uma contínua interação entre a Instituição e a Sociedade

Proporcionar aos alunos informações e procedimentos indispensáveis à análise, estudo, estratégia, interpretações, planejamento, implantação, coordenação, pesquisa e controle de atividades relacionadas ao comércio exterior, no seu campo de atuação, bem como em outros campos com os quais tenha conexão.

Perfil Profissiográfico

O Tecnólogo em Comércio Exterior é o profissional especializado em gerir ou atuar em empresas, organizações ou instituições que trabalham Comércio Exterior.

Para isso, esses profissionais devem conhecer administração geral, finanças, gestão de pessoas, custos, estatística, contabilidade e, principalmente, operações de Comércio Exterior nas áreas de importação, exportação, serviços internacionais, finanças internacionais, marketing internacional, logística internacional, legislação aduaneira, direito internacional além de terem boa visão de economia internacional.

Estes tecnólogos gerenciam empresas, atuando como planejadores de estratégias organizacionais no mundo globalizado, ou como assessores específicos das comercializações internacionais, bancos (departamento de comércio exterior), receita federal, entidades governamentais, departamentos de desenvolvimento econômico, empresas privadas de transporte internacional, empresas de serviços internacionais, de seguros ou câmbio constituem campo de atuação para esse profissional, que também pode trabalhar como consultor ou assessor de agências e empresas de pequeno, médio e grande porte que desejam iniciar ou desenvolver suas negociações internacionais.

Considera-se ainda, que este profissional preste serviço de assessoria e/ou consultoria, orientando e controlando as atividades de vários departamentos ou de toda organização, exercendo funções de chefia, de direção intermediária ou superior. Além de contribuir para a consolidação dos resultados setoriais e globais planejados para a empresa.

Portanto, este profissional deve ser possuidor de um conjunto de habilidades essenciais e competências profissionais, que conduzam a um procedimento ético e comprometido com o desenvolvimento sustentável da sociedade.

Mercado de Trabalho

O Tecnólogo em Comércio Exterior tem um vasto campo de atuação no mercado de trabalho sendo que o mesmo está carente de bons profissionais nesta área devido a tardia abertura econômica do Brasil ao comércio e negócios internacionais.

As carreiras de atuação são as mais variadas possíveis com destaque nas abaixo:

1.auxiliar, assistente, analista, supervisor, gerente e diretor de operações de comércio exterior, de comércio exterior de marketing internacional nas pequenas, médias e grandes empresas
2.
trader
3.
atuar em consultoria para empresas que desejam ingressar ou desenvolver o comércio exterior
4.
cargos em instituições bancárias, portos, aeroportos, fronteiras, despachantes nos departamentos de comércio exterior
5.
comprador ou vendedor internacional
6.
agente de compras Internacionais
7.
gerente de vendas e/ou operações em empresas de serviços de comércio exterior (logística internacional, seguros, armadores, agências marítimas, transitários de cargas)
8.
operadores logísticos Internacionais.

Este profissional deve possuir uma visão global aliada ao conhecimento médio de alguns campos, sendo um generalista, assim como o conhecimento aprofundado em uma única área, sendo também um especialista. Tal característica pressupõe que o tecnólogo atual tenha um perfil de profissional não acabado, isto é, em busca de constante aperfeiçoamento e atualização.

Outros traços individuais, como criatividade, habilidade de pesquisa e tomada de decisão, poder de convencimento e coesão, capacidade de resistência a pressões, aptidão para trabalhar individualmente e em grupo, habilidades tecnológicas, comunicação intercultural e habilidade para trabalhar com pessoas são elementos importantes para a base de um perfil ideal.

Comércio Exterior – O que é

Comércio Exterior é o estudo, avaliação, planejamento e execução de estratégias em transações comerciais entre países ou empresas estrangeiras.

O Profissional em Comércio Exterior

Estuda, analisa e planeja importações e exportações de mercadorias, suas vantagens e desvantagens.

Estuda e determina o mercado com o qual deseja operar, avaliando as efetivas possibilidades comerciais, preocupando-se além do produto, com os tipos e qualidades apresentados.

Estuda as normas mercantis de cada país, como negociar as mercadorias e as formas de concorrências existentes.

A linguagem comercial mais adequada (utiliza pesos, medidas, condições de fornecimento) e propõe formas de pagamento.

Estuda normas alfandegárias e cambiais, sistemas de impostos e taxas em vigor nos países em que pretende operar, bem como, realiza todo o desembaraço alfandegário.

Acompanha o seguro, transporte e chegada do produto ao seu destino.

Estuda e avalia o valor das moedas dos diversos países e efetua comparações de preços entre mercadorias de um país e de outro.

Onde Pode Trabalhar

Departamentos específicos de Comércio Exterior de empresas e indústrias.
Em bancos e departamentos de câmbio.
Empresas de agenciamento de transporte marítimo, aéreo e terrestre ou empresas de assessoria.

O Curso

Surgiu como uma habilitação do Curso de Administração e, em algumas faculdades, é ofertado dessa maneira.

É fundamental ao profissional ser um “empreendedor” e saber se expressar em várias línguas.

São ofertadas disciplinas das áreas de Matemática, Economia, Direito, Psicologia Organizacional e Administração que permitem ao aluno o embasamento necessário para montar uma empresa ao concluir o curso e tornar-se um empreendedor para o mercado internacional.

Além de dominar também o espanhol, pela abertura do mercado entre os países do Cone Sul, outra necessidade que é ofertada e ntre as disciplinas do curso — é a Administração Aeroportuária que deverá preparar o aluno para administrar os portos do País que estão em constante modernização.

Duração: 04 anos.

Comércio Exterior – Profissão

O profissional de comércio exterior é responsável pela mediação entre compradores e vendedores de nações diferentes. É ele quem analisa os mercados, conhece a legislação fiscal de vários países, controla as exportações das empresas e realiza os despachos aduaneiros.

O profissional de comércio exterior deve conhecer bem as ferramentas de administração de empresas e a legislação tributária. Precisa dominar a logística de transporte e armazenagem e também ter boas noções de direito internacional.

Este profissional tem autonomia para cuidar de todas as etapas da negociação comercial de exportação e importação. Além desses conhecimentos técnicos, quem vai trabalhar com comércio exterior, precisa manter um bom nível cultural. Saber reconhecer as peculiaridades de seus parceiros comerciais é fundamental.

É da sua responsabilidade desembaraçar os trâmites legais e preparar toda a documentação da transação comercial. Pode também, trabalhar com a logística da venda, garantindo a armazenagem, o transporte e a recepção das mercadorias, além da área de marketing, buscando novos mercados para a produção nacional.

Tipos de Curso

a) Nível Superior

Bacharelado

Duração de 4 anos, com apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso(TCC) e estágio obrigatório.

O currículo do curso contém disciplinas como direito internacional, administração, contabilidade, economia, finanças e estatística; sistemas de importação e exportação, legislação tributária e aduaneira, além de inglês e espanhol – básico e avançado, imprescindível à carreira. Em algumas instituições o curso aparece como uma especialização do curso de Administração ou Relações Internacionais.

b) Nível Superior

Tecnólogo

Duração de 2 a 3 anos, com apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso(TCC) e estágio obrigatório.

Este curso possui o currículo semelhante ao de bacharelado, mas se apresenta, também, na forma de uma especialização em outros cursos correlatos como Administração, por exemplo.

c) Nível médio

Curso Técnico

Duração de 2 anos, com estágio obrigatório.

Este curso tem como objetivo ensinar ao aluno a aplicação das regras do comércio exterior e as políticas cambiais e alfandegárias de diversos países e as formas de incentivos e benefícios, bem como os trâmites aduaneiros e portuários, bem como os principais procedimentos de transportes, armazenamento e logística internacional destinada aos processos de exportação e importação.

Mercado de Trabalho

O Brasil contabilizou um aumento de cerca 150% no volume de exportações na última década, sendo que, em 2005, negociou mais de 118 bilhões de dólares em exportações, totalizando 20 % do PIB, o triplo de dez anos atrás.

Este crescimento expressivo se deve, em parte, à diminuição da carga tributaria, que faz parte do programa governamental de incentivos à exportação, beneficiando as pequenas e médias empresas e, em parte, ao surgimento de uma geração de profissionais especializados em comércio exterior, que também facilitou a vida de quem quer alcançar os mercados internacionais.

Toda essa movimentação no mercado de exportações e importações aqueceu o mercado de trabalho para os profissionais de comércio exterior. E ainda temos muito o quê investir e crescer no setor, pois ainda somos o 26º país no ranking de negociantes mundiais, atrás da Índia e da Tailândia, o que vai gerar um aumento na procura por profissionais especializados nesta área para os próximos anos.

Vários cursos de extensão e especialização complementam a formação do profissional, que, quanto mais generalista, mais tem oportunidades de alcançar uma boa colocação.

Ofertas de Emprego

Para os próximos anos há uma promessa de crescimento na oferta de postos de trabalho para o profissional em Comércio Exterior nos Estados do Nordeste e Sul, porém atualmente as ofertas de emprego continuam concentradas em São Paulo e Rio de Janeiro.

Zonas de desenvolvimento industrial também contratam profissionais e as regiões costeiras com portos internacionais também oferecem boas oportunidades de emprego, principalmente para os despachos burocráticos da atividade aduaneira.

As empresas privadas são as que mais contratam, mas este profissional pode encontrar ótimas colocações em empresas estatais e órgãos públicos ligados à indústria e comércio, trabalhando com o desenvolvimento de políticas públicas para o setor ou então na fiscalização das transações internacionais.

Este profissional é requisitado por empresas de todos os ramos da economia, empresas de vestuário, de alimentos, de siderurgia, de calçados, agroindústrias e outras, para desenvolver atividades nas áreas de marketing e logística. Pode trabalhar em empresas de consultoria ou então como consultor independente.

Comércio Exterior – Profissional

O administrador organiza organogramas, identifica documentos, prevê investimentos, fixa preços e quantidades a serem exportadas. Analisa a concorrência.

Avalia oportunidades no mercado internacional, cuida também da importação.

A Carreira em Comércio Exterior

O Profissional de Comércio Exterior tem entre suas habilidades a capacidade de realizar serviços administrativos e comerciais direcionados ao mercado internacional de bens de serviço. Neste processo, faz análise de produtos relativos ao processo político e mercantil no país em que o este está inserido, além das viabilidades na negociação e transação.

Há possibilidade de especializações na área de atuação, visando crescimento do profissional. São disponíveis estudo aprofundado na parte Cambial, nas Transações de Importação e Exportação, Logística Internacional e Marketing Global.

Noções de Comércio Exterior

É o intercambio de bens e serviços entre países, resultante de suas especializações na divisão internacional do trabalho. Seu desenvolvimento depende basicamente do nível dos termos de intercambio (ou relações de troca), que se obtém comparando o poder aquisitivo de dois países que mantenham comércio entre si.

Grade Básica do Curso de Comércio Exterior

Língua Estrangeira
Sistemática de Comércio Exterior
Matemática
Teoria Econômica
Contabilidade
Direito Privado e Público
Direito Comercial
Direito Internacional
Pesquisa Operacional

Pontos Positivos da Profissão de Comércio Exterior

A possibilidade de atuar internacionalmente é com certeza um experiência sensacional para qualquer profissão.

Ter conhecimento voltado para esta área, abre ampla vantagem de atuação para o profissional, podendo ser inserido no mercado de trabalho de diversos países.

Pontos Negativos da Profissão de Comércio Exterior

As necessidades de constantes viagens e atualizações sobre culturas distintas é sempre um obstáculo constante para o profissional da área de comércio exterior, há necessidade de ser informado contantemente sobre todas as mudanças sócio-político-econômicas dos países em que há oportunidades mercantis favoráveis.

Noções básicas de Comércio Exterior

Regimes Aduaneiros

É o conjunto de procedimentos ou regras previstas em lei para efetivar uma importação ou exportação.
Podem ser:
Regimes Aduaneiros Comuns ou Regimes Aduaneiros Especiais.
Regimes Aduaneiros Comuns:
são procedimentos genéricos aplicados no comércio exterior indistintamente.

Regimes Aduaneiros Especiais

São regras ou procedimentos que visam regular situações especiais no comércio de importação e exportação em um país.
Importância:
traz vantagens financeiras ou operacionais para as empresas.
Via de regra, traz vantagens fiscais ao suspender ou impedir a cobrança de tributos.

Drawback

Permite a importação de insumos para industrialização de bens destinados à exportação, sem incidência de tributos.

Pode ser:

Suspensão
Restituição
Isenção

Admissão ou franquia temporária

Permite a entrada de produtos estrangeiros com suspensão de tributos.

Prazo:1 ano, prorrogável por mais 1.

Exemplos:

Feiras, congressos e eventos internacionais
Competições ou exposições esportivas
Promoção comercial
Prestação, por técnico estrangeiro, de assistência técnica a bens importados em virtude de garantia
Outros bens definidos na IN nº 285/2003 da SRF

Exportação temporária

Permite a saída e futuro regresso de produtos nacionais ou nacionalizados, não havendo a incidência de impostos.

Prazo:1 ano, prorrogável por mais 1.

Exemplos:

Feiras, congressos e eventos nacionais
Competições ou exposições esportivas
Promoção comercial
Prestação de assistência técnica a bens exportados em virtude de garantia
Atividades temporárias de interesse da agropecuária
Outros bens definidos na IN nº 319/2003 da SRF

Trânsito Aduaneiro

Permite o transporte de mercadorias de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos.

Exemplo:

Transporte rodoviário de mercadorias do Uruguai para o Paraguai, passando pelo território brasileiro.

Entreposto Aduaneiro

Permite o depósito de mercadorias em local determinado do território aduaneiro, com suspensão de tributos.

Pode ser direto (produtos discriminados pela SRF) ou indireto (produtos da pauta de importação autorizados pela SRF)

Prazo: 1 ano prorrogável por até 3.

Exemplo:

Mercadoria acondicionada no Porto de Santos que aguarda embarque para a Argentina

Entreposto Industrial

Permite importar insumos para a industrialização que deverão ser destinadas ao mercado externo, com suspensão de tributos.

Os produtos industrializados podem ser destinados ao mercado interno desde que haja o recolhimento dos tributos devidos.

Exemplo:

Importação de polipropileno para fabricação e exportação de sacolas plásticas

Colis Postaux – Importação ou exportação de bens via Remessa Postal ou Encomenda Aérea Internacional, inclusive para recebimento ou Remessa de Compras realizadas via Internet

Permite a importação e exportação de pequenos objetos via postal.

Valor máxiimo:US$ 3.000,00

Não se aplica a bebidas alcoólicas, fumo e produtos de tabacarria.

Imposto de importação:

Para bens de até US$ 500,00:o imposto será pago no momento da retirada do bem, no correio
Para bens com valor acima de US$ 500,00:
o destinatário deverá apresentar
Declaração Simplificada de Importação (DSI)

Valor do Imposto de Importação:60% do valor declarado ou da fatura mais despesas com frete e seguro.

No caso de utilização de empresas de transporte aéreo internacional expresso (courier), será acrescido o ICMS

Isenções:

Remessas no valor total de até US$ 50.00 não pagam impostos, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas
Medicamentos, destinados à pessoa física, sendo que no momento da liberação do medicamento, o Ministério da Saúde exige a apresentação da receita médica.
Livros, jornais e periódicos impressos em papel não pagam impostos (art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal).

Zonas Francas

Áreas de livre comércio de importação e exportação.
Há isenção de tributos
Visa promover o desenvolvimento econômico e social de certas regiões
Situadas nas imediações de portos marítimos, fluviais ou aéreos

Zona Franca de Manaus:

Criada com o Decreto Lei nº 288/67
Fica suspensa cobrança do II, IE e IPI dentro de seu território
Excluem-se dos benefícios fiscais:
armas, munições, perfumes, cosméticos, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros.

Lojas Francas

Localizados em portos e aeroportos internacionais
Habilitados pela SRF mediante processo de qualificação
Vendem mercadorias nacionais ou estrangeiras com suspensão de impostos

Bagagem

São os bens de propriedade do passageiro ou viajante, em quantidade e qualidade que não revele intuito comercial.
Legislação específica delimita os limites de quantidade, qualidade e valores
Não estão sujeitos a tributação

Institutos de Comércio Exterior

Contingenciamento:

É o estabelecimento de quotas de importação e exportação
Na importação:
visa proteger o mercado interno contra a concorrência externa excessiva ou predatória
Na exportação:
no propósito de evitar o desabastecimento do mercado interno

Cláusula da Nação mais favorecida

Os países contratantes se obrigam a conceder um do outro as mesma vantagens que qualquer deles conceder a uma terceira Nação, estranha ao Tratado.
Adotada no GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio)
Exemplo:
a Nação A firma um acordo com a nação B, com a cláusula de Nação mais favorecida. Assim, se A assinar acordo com C, todos os benefícios concedidos serão extensivos à B

Tratados Internacionais de Cooperação Econômica

Visam uniformizar padrões a serem adotados
Objetivo:
aumento do comércio e eliminação de barreiras alfandegárias.
Exemplo:
acordos comerciais entre Brasil e Argentina antes da criação do MERCOSUL

Tratados de Integração Econômica

Visam integrar interesses econômicos entre dois ou mais países, contribuindo para a formação de Blocos Econômicos.
Exemplo:
Tratado de Assunção que deu origem ao MERCOSUL

Regionalização Econômica

Tendência natural com o processo de globalização: formação de Blocos Econômicos para complementar ou suprir interesses comerciais.
Visa atender interesses econômicos e/ou político-ideológicos
Observa-se a cooperação e/ou integração de países

Blocos Econômicos

Tem como finalidade o desenvolvimento do comércio em certa região ? Gera o crescimento da concorrência, a melhoria de qualidade e redução de custos.

Classificam-se em:

Área de Livre Comércio: não existem barreiras alfandegárias para o trânsito de bens.
Exs: área de livre comércio de Santana e de Macapá, entre Brasil e Venezuela; área de livre comércio de Tabatinga, entre Brasil, Peru e Colômbia.
União Aduaneira:
não existem barreiras alfandegárias e pratica-se tarifas externas comuns (TEC) entre si e com terceiros países.
Ex:
NAFTA
Mercado comum:
não existem barreiras alfandegárias, pratica-se TEC, há o livre trânsito de pessoas e capitais, e há regras comuns para indústria, comércio e consumo.
Ex: MERCOSUL
União monetária:
não existem barreiras alfandegárias, pratica-se TEC, há o livre trânsito de pessoas e capitais, e há regras comuns para indústria, comércio e consumo, e adota-se uma moeda comum nos paísesmembros.
Ex: União Européia
União Política:
não existem barreiras alfandegárias, pratica-se TEC, há o livre trânsito de pessoas e capitais, e há regras comuns para indústria, comércio e consumo, adota-se uma moeda comum nos paísesmembros e há um parlamento comum.
Ex: União Européia

Dumping

É a venda de produtos abaixo do preço de custo, com objetivo de eliminar concorrentes e dominar o mercado.

Pode contar com subsídios governamentais
Prática condenada pela OMC.
Regras da OMC autorizam o país prejudicado a aplicar taxas anti-dumping
Essas taxas são aplicadas pela CAMEX – Câmara de Comércio Exterior, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no Brasil
Exemplo:
Importação de tecidos da China Importação do aço no mercado americano

As diferenças entre Comércio Exterior e Relações Internacionais

A globalização da economia, com a abertura dos mercados nacionais, potencializou a importância do comércio internacional e das profissões com ele relacionadas. Embora economistas e advogados, entre outros, também participem desse mercado de trabalho, há duas profissões dedicadas exclusivamente ao tema, a de relações internacionais e a de comércio exterior.

Embora as duas sejam convergentes e complementares, há características específicas na formação de cada um desses profissionais, embora não haja uma delimitação rígida de espaço de atuação no mercado de trabalho.

Abaixo as principais características:

Relações internacionais – os cursos de relações internacionais procuram dotar o profissional de uma visão macro sobre as políticas de governo e relações comerciais com as outras nações. Ele é preparado para trabalhar em negociações de acordos internacionais, função que pode ser exercida tanto no governo quanto no setor privado. No setor público, embora a condução das negociações seja atribuição do Ministério das Relações Exteriores, outros órgãos, como o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Agricultura, participam ativamente das discussões. E para isso precisam de mão-de-obra qualificada.

Como o beneficiário dessas negociações em última instância é o setor privado, que participa subsidiariamente das negociações, o profissional de relações internacionais pode atuar também em grandes empresas e entidades empresariais.

Comércio exterior – o profissional de comércio exterior, em tese, atua na aplicação das regras acertadas nos acordos internacionais, ou seja, na questão prática do dia a dia dos exportadores e importadores. Ele é fundamental na prestação de assessoria e consultoria às empresas, identificando mercados, oportunidades de negócios e barreiras a serem superadas no processo de exportação.

Este profissional, portanto, precisa ter conhecimento dos acordos internacionais e legislações correlatas e das regras de comércio do país onde está a empresa com a qual pretende fazer negócio. Ao contrário do profissional de relações internacionais, mais voltado para as questões gerais e conceituais, o profissional de comércio exterior busca resultados práticos. Por exemplo, ele precisa estar atento às variações cambiais, que, muitas vezes, pode tornar lucrativo ou não o fechamento de um negócio.

A Carreira de Analista de Comércio Exterior

A carreira de analista de comércio exterior é bem recente no Brasil: foi criada pela Lei nº 9.620, de abril de 1998, para atender à crescente necessidade da área em função da globalização da economia, que exige uma presença mais ativa do País na busca de novos mercados e na abertura de espaços para a exportação dos produtos brasileiros.

A Lei criou 280 cargos de analista de comércio exterior, com atribuições voltadas para as atividades de gestão governamental, de formulação, implementação, controle e avaliação de políticas públicas de comércio exterior.

O Decreto 2.908, de dezembro de 1998, que regulamentou a distribuição dos cargos por órgãos do Poder Executivo, previu a lotação dos analistas em cinco ministérios: do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Fazenda; do Planejamento, Orçamento e Gestão; e das Relações Exteriores.

Os analistas lotados no Ministério do Desenvolvimento podem ainda ser alocados na Câmara de Comércio Exterior ou cedidos a outros órgãos, por tempo determinado, para a realização de outras atividades consideradas estratégicas pelo Governo, desde que relacionadas ao comércio exterior. Para isso, a atividade deve ser definida por ato expresso do Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior como estratégica.

Existem hoje cerca de 130 Analistas, todos lotados no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que ingressaram na carreira por meio de dois concursos públicos realizados em 1998 e 2001.

Agora, está em andamento a realização do terceiro concurso público para seleção de 94 novos analistas de comércio exterior, com previsão de nomeação dos aprovados no início de 2003. O trabalho exige disposição para enfrentar desafios na busca do desenvolvimento do comércio exterior brasileiro.

No dia a dia, os analistas têm oportunidade de auxiliar as autoridades no processo de negociações internacionais, elaboram estudos de mercado e projetos de fomento às exportações, examinam as investigações com vistas à aplicação dos mecanismos de defesa comercial e controlam as operações de comércio exterior, por meio do Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior). Eles também atuam em outras atividades relacionadas às competências do Ministério, como política industrial, fomento às micro, pequenas e médias empresas e tecnologia industrial.

São atividades que, mesmo não estando diretamente ligada à exportação, fazer parte do esforço de preparar a produção nacional para concorrer no mercado internacional, aumentar as vendas externas, exportando cada vez mais produtos com maior valor agregado. O aumento das exportações vem ganhando crescente importância no processo de desenvolvimento sustentado brasileiro. A maior inserção econômica do Brasil no mundo globalizado, com o aumento dos saldos comerciais, é um eficiente mecanismo de defesa contra a vulnerabilidade das contas externas. Além disso, o geração de superávits comerciais e o incremento das exportações são um estímulo constante ao crescimento econômico do País e, portanto, à geração de emprego e renda.

O aumento das exportações, entretanto, exige a contínua melhoria da qualidade dos produtos, mudanças nos processos de produção, o que juntamente com os ganhos de escala, conduzem a reduções de custos. Atualmente, os produtos brasileiros são, de modo geral, competitivos em preço e qualidade, pois o País obteve ganhos recordes desde o início dos anos 90, com a abertura da economia.

Embora tenha reagido bem à abertura comercial, a difusão de conhecimento na área de comércio exterior é ainda incipiente. É necessário investir maciçamente na formação de uma equipe especializada na magnitude proporcional aos grandes desafios que o País enfrenta nos cenários nacional e internacional – difusão de uma cultura exportadora, redução do “custo Brasil”, negociações para redução do protecionismo e para abertura de novos mercados, entre outros.

Fonte: www.cursocerto.com.br/www. geocities.com/www.cfh.ufsc.br/professor.ucg.br

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