Museologia

Museologia – O que é

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A Museologia estuda, identifica, restaura e classifica peças de valor histórico e cultural.

O Museólogo é o responsável por este trabalho de documentar, pesquisar e conservar o acervo.

A área de atuação do museólogo também se concentra na organização de intercâmbios de peças e exposições de arte, planejamento e da programação de museus, sempre com objetivo voltado para o público alvo que se desejar atingir.

O museólogo pesquisa, conserva, restaura e divulgar o patrimônio histórico e cultural; atua em atividades ligadas à arte, história, meio ambiente, ciência e tecnologia.

Museologia é a área do conhecimento dedicada especialmente à administração, manutenção, organização de exposições e eventos em museus.

Os primeiros museus, chamados “gabinetes de curiosidades”, surgidos entre os séculos XV e XVI, eram um “amontoado” de objetos sem relação entre si, sem nenhuma classificação ou ordenação, que praticamente não transmitiam nenhuma informação.

Somente no fim do século XIX que um museu, o Museu de História Natural de Londres, exibiu seus objetos ordenados cientificamente, graças à classificação de Carlos Lineu.

Durante o século XX, as técnicas de exposição foram incorporando os avanços da comunicação e da ciência da informação, havendo hoje museus que fazem uso de multimídia. No Brasil, por exemplo, o Museu da Língua Portuguesa usa recursos como projeção de imagens para transmitir a informação sobre o “acervo” (no caso, a própria língua portuguesa).

A museologia hoje trata desde as técnicas de restauração, conservação, acondicionamento e catalogação do acervo até a preparação de mostras, exposições e ações culturais. Atualmente o museógrafo trabalha com as ciências da comunicação e da computação. A televisão e a informática têm sido incorporadas para transmitir os conteúdos de forma lúdica e eficiente e a manipulação, estudo e catalogação dos objetos passou a ser praticamente uma condição essencial aos museus, assim como a inclusão de tecnologia que durante muito tempo ficou restrita a parques de diversão (trens para percorrer réplicas de minas e cavernas, dinossauros, etc.).

Museu deve ser um centro cultural instigante e atuante. Por mais que essa idéia possa parecer estranha é a que melhor define, atualmente, esse espaço.

No comando do museu, deve estar um profissional capaz de coordenar a realização de mostras de arte, de incentivar a visitação ao acervo, de organizar eventos culturais. Tarefa nada fácil em um país onde, como se não bastasse ter que superar a falta de verbas para a área cultural, os profissionais ligados à arte e à cultura também sofrem com o baixo estímulo da população para as questões culturais.

Felizmente, esse quadro tem exceções. Em Diamantina, por exemplo, no interior de Minas Gerais, museus e centros culturais foram revitalizados desde que a cidade se tornou Patrimônio Histórico da Humanidade, em 1999. Mas isso não significou, necessariamente, maior número de empregos para os museólogos. Essa é uma carreira desconhecida – há poucas faculdades de graduação no Brasil – e exercida por profissionais de outras áreas que têm em comum com os museólogos a paixão pela arte, pela história e pela cultura.

A atividade, porém, não está restrita aos museus. A lei que regulamentou a profissão especifica que cabe ao museólogo planejar e executar serviços de identificação, classificação e cadastramento de bens culturais. É sua tarefa também promover estudos e pesquisas sobre acervos de arte e executar perícias sobre valor histórico, artístico ou científico, e sobre a autenticidade de bens museológicos.

Na organização de exposições, por exemplo, ele trabalha em conjunto com outros profissionais como artistas plásticos, historiadores, arquitetos, selecionando as peças e melhorando a forma de apresentá-las. Como educador, ele planeja e desenvolve atividades para públicos de faixa etária diferentes, podendo explicar a importância e o estilo do artista que está expondo ou buscando uma maneira clara e atraente de apresentar o acervo ao público. O museólogo também cuida da instalação e da conservação das peças do museu e da incorporação de outras obras ou documentos por meio da compra, troca ou doações.

Embora haja cerca de 900 museus no Brasil, é raro surgir vagas em museus públicos. Mas há boas oportunidades de trabalho nas empresas interessadas em preservar sua história, que contratam profissionais para organizar acervos e exposições.

Os cursos têm matérias de cultura geral, como história da arte, história geral do Brasil, estética, importantes para o bom desempenho da profissão. Há também disciplinas como arqueologia, documentação e noções de física, química e biologia, fundamentais para assuntos como restauração e conservação de obras de arte.

Com menos de duas dezenas de profissionais formados ao ano, mas com bastante espaço no mercado de trabalho. Esse é o cenário para quem cursa museologia. No entanto, pelo fato de ser uma carreira pouco conhecida, as funções de um museólogo acabam sendo exercidas por outras profissões, como a de historiador, a de arquiteto ou, ainda, a de cientista social.

Diferentemente de um historiador, que lida basicamente com acervo documental, o museólogo trabalha com objetos.

O mercado de trabalho para um museólogo engloba as áreas técnica (atuação em museus, bibliotecas, arquivos e centros culturais, além de órgãos do patrimônio histórico, artístico e cultural), docente (magistério em instituições de educação básica e média) e de conservação (em empresas de prestação desse tipo de serviço).

O profissional também pode fazer pesquisa (para televisão, teatro e cinema), prestar consultoria empresarial (coordenação de exposições nacionais e internacionais, organização de eventos e produção cultural) e turística (atividades relacionadas ao turismo ecológico, cultural e educativo).

O Curso

Algumas disciplinas da área das ciências humanas, como história da arte, história geral e do Brasil, oferecem conhecimentos para uma formação mais sólida. Há aula sobre conservação de acervos, documentação museológica e gestão de museus. Na parte prática do curso, o aluno aprende a construir maquetes, montar exposições e catalogar peças de acervo. As escolas exigem estágio e um projeto de conclusão de curso.

Atribuições do Museólogo

Entre as principais atribuições específicas do museólogo, a ele compete planejar, organizar, administrar, dirigir e supervisionar museus e exposições de caráter educativo e cultural, bem como quaisquer outros serviços educativos e culturais de museus e instituições afins; organizar, coordenar e supervisionar acervos museológicos públicos e privados;Gerenciar instituições museológicas relacionadas à preservação do patrimônio cultural e natural; participar da elaboração de políticas de criação e gerenciamento de espaços museológicos; propor o tombamento de bens culturais e seu registro em instrumentos específicos; e, numa perspectiva de ação interdisciplinar, articular-se com outros órgãos e instituições no planejamento e implementação de políticas públicas de turismo cultural.

Perfil do egresso

O egresso do curso de Museologia se caracterizará como um profissional consciente da relação profunda do ser humano (sujeito) com o bem cultural (objeto) e do valor que as teorias e os paradigmas da Ciência possuem para o desenvolvimento e preservação do patrimônio construído pelas sociedades; capaz de intervir e de interagir nos contextos sociais na defesa dos ideais éticos de respeito à vida, ao patrimônio natural e cultural e à igualdade de direitos; de agir como executor e gestor de políticas relacionadas à ciência da Museologia; de atuar no processo da musealização desde o resgate, a documentação, a pesquisa, a conservação e a socialização do conhecimento.

Campo Profissional

O Museólogo atua em diversos tipos de instituições que se voltem, direta ou indiretamente, à proteção, documentação, conservação, preservação, pesquisa e difusão do patrimônio integral da humanidade, tais como museus, centros culturais, institutos de pesquisa, centros de documentação e informação, universidades e escolas, bem como prestar serviços técnicos e de consultoria especializada em outros espaços organizacionais.

O Mercado de Trabalho

As leis de incentivo à cultura fazem surgir oportunidades para o profissional. O mercado está aquecido desde a criação do Sistema Nacional de Museus pelo governo federal, em 2004, cuja proposta é o estímulo de ações nos museus do país. A Biblioteca Nacional e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro (RJ), e a Fundação Palmares, em Brasília (DF), realizam concursos para a contratação de museólogos. Os centros culturais de empresas, sobretudo os de bancos, são outra possibilidade de emprego. Embora as vagas fixas tenham aumentado nos últimos anos, muitos formados ainda atuam como prestadores de serviço. As cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro são as que mais oferecem emprego devido à concentração de museus e centros culturais. Na Bahia, principalmente em Salvador, o museólogo encontra boas ofertas, devido à tradição do estado em preservar a memória histórica. O Rio Grande do Sul carece de bacharéis. As especialidades mais procuradas são catalogação e classificação de acervos, conservação e montagem de exposições.

Regulamentação

A profissão é regulamentada pela Lei n° 7.728/1984 e pelo decreto n° 91.775/1985.

Duração média do curso: 04 anos.

Museologia – Profissão

É a ciência de conservar, organizar e promover os acervos dos museus. O museólogo trabalha tanto com acervos históricos quanto com os acervos artísticos, científicos, culturais e coleções particulares.

Faz parte das atribuições desse profissional a classificação, a conservação e a exposição das peças, além do planejamento e implementação de processos de documentação de acervos, arquivamento de peças e indexação de documentos. Esse profissional também é preparado para administrar as coleções, promover aquisições e realizar intercâmbios entre museus.

A organização física das exposições também fica sob a responsabilidade do museólogo, que sabe como disponibilizar com segurança as peças, de forma que o público possa aproveitar a exposição. Esse profissional é de suma importância para o desenvolvimento cultural da sociedade.

Tipos de Curso

a) Nível Superior

Bacharelado

Duração média de 4 anos. O curso prepara o aluno para as funções de que envolvem ação cultural, documental, conservação e exposição de acervos e pesquisa acadêmica. Para isso, oferecem disciplinas da área de humanas como história da arte, história geral e do Brasil e estudos culturais. As disciplinas especificam se referem à técnica de organização de acervos, administração de museus, desenho técnico e maquete. As práticas em laboratório ensinam ao aluno princípios da química e da física para a conservação das peças. Algumas escolas exigem o estágio.

b) Nível Superior

Tecnológico

Duração média de 2 anos. Não existem cursos de museologia na graduação tecnológica, no entanto, o curso de Gestão do Patrimônio Histórico e Cultural, tem algumas disciplinas e objetivos comuns ao museólogo.

c) Nível Médio

Curso Técnico

Duração média de 18 meses. Oferecido principalmente para melhorar a formação dos profissionais que trabalham em museus, o curso é boa opção para quem quer uma formação rápida e técnica. O curso oferece disciplinas para formação em atendimento ao público, planejamento de mostras e exibições, entre outras. “A proposta é que estejamos certificando a experiência das pessoas que já trabalham nos museus”, explicou Almério Melquíades de Araújo, coordenador do ensino Técnico do Centro Paula Souza.

d) Cursos livres

Duração variada

Existem cursos diferenciados que podem complementar a formação dos profissionais ou formar auxiliares para o trabalho do museólogo.

Entre os vários cursos pode-se encontrar: Curso Livre Cultura e Mercado, Implantação de Sistema de Museus, Expografia, Treinamento de Equipes Administrativas e de Apoio e Gestão e Documentação de Acervos.

Mercado de Trabalho

A maior expectativa no mercado de trabalho para museólogos gira em torno da criação do Sistema Nacional de Museus, aprovado em 2004 pelo governo federal. A proposta do novo sistema é incentivar a implantação de novos museus no país e a melhoria dos serviços prestados pelos que já estão em funcionamento, abrindo novas vagas de emprego para os profissionais da área.

A forte tendência de investimentos das empresas privadas em centros culturais como os do Santander, do Itaú, banco do Brasil e banco Real, também incrementou o mercado de trabalho para o museólogo. Assim como a valorização da cultura nacional tem incentivado a criação de museus, inclusive pelas cidades do interior.

No entanto, mesmo com o aumento dos postos de trabalho fixo, a grande maioria das oportunidades são para profissionais liberais, contratados para a catalogação e conservação de acervos particulares, organização de exposições e classificação de coleções.

As melhores oportunidades estão nas capitais, com maior concentração de museus e circulação de pessoas. Cidades como Rio de Janeiro e São Paulo ainda são as mais atrativas, no entanto, outras capitais como Salvador, Porto Alegre, Curitiba também têm muitos museus e já estão no circuito das grandes exposições.

Ofertas de Emprego

O Museólogo pode encontrar trabalho em museus, galerias de arte, institutos de pesquisa, centros de documentação e informação, centros educacionais, escolas, universidades, centros de ciência e tecnologia, parques e reservas nacionais, sítios históricos e arqueológicos, com colecionadores, nas empresas de arquivo, em bibliotecas e teatros.

O trabalho público em autarquias também é uma boa opção, a Biblioteca Nacional, Fundação Palmares e Fiocruz realizam concursos para esse tipo de profissional.

Fonte: www.ufrgs.br/www.colegiosaofrancisco.com.br/www.cursocerto.com.br

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