Engenharia de Computação

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Com a informática inserida em todos os segmentos do setor produtivo e os computadores transformados em objetos tão comuns quanto uma caneta esferográfica, aumenta a formação acadêmica voltada para esta área. E, na corrida para as especializações, surgem cursos com diferentes nomes, mas com currículos semelhantes, formando profissionais para atuar em atividades semelhantes – para a total confusão entre os estudantes e até mesmo entre os próprios profissionais.

Como as profissões da área de informática não são regulamentadas, as universidades têm liberdade para adotar o nome do curso. Informática, Análise de Sistemas, Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Engenharia de Informação são alguns exemplos. Há também o curso de licenciatura em Computação, destinado aos que querem dar aulas no ensino médio e fundamental.

Nos Estados Unidos não há distinção entre Engenharia da Computação e Ciência da Computação.

No Brasil, a diferença básica é que Ciência da Computação é um curso mais prático, enquanto Engenharia de Computação é amplo, com conteúdo de engenharia elétrica, engenharia de sistemas e mesmo de Ciência da Computação.

De modo geral, pode-se dizer que o engenheiro da computação cuida das questões referentes às máquinas (hardware) que operam isoladamente (PCs) ou que compõem uma rede (ou sistema) de comunicações. É ele quem se ocupa da arquitetura da rede e da organização física de computadores e periféricos.

Também projeta e constrói máquinas – micros, teclados, monitores, impressoras, chips, placas de som e de vídeo, além equipamentos de automação industrial e robótica. Planejar e administrar a rede de computadores de uma empresa também está entre suas atribuições. Como tem conhecimento profundo da área, ainda é capaz de criar sistemas operacionais, desenvolver linguagens específicas e fazer pesquisas tecnológicas.

O bacharel em ciência da computação se concentra mais no desenvolvimento dos programas (software). Ele pode organizar e desenvolver aplicativos (programas aplicados a determinado processo de trabalho) de acesso a bancos de dados ou elaborar os sistemas mais complexos, usados por bancos, lojas comerciais.

Trabalhar com marketing e vendas dando consultoria na escolha de equipamentos e na assistência técnica ou planejando e analisando novos produtos segundo a demanda do mercado é uma área comum aos dois profissionais.

O analista de sistemas é o profissional que atua na concepção, na aplicação e na manutenção dos programas de computação. A esse profissional cabe a administração do fluxo de informações geradas por uma rede de computadores e também a manutenção das máquinas. Bastante recente, o curso de Engenharia da Informação (que só existe na Universidade Federal do Rio de Janeiro) vai formar engenheiros especializados em infra-estrutura digital, programação e aplicações para a internet.

Fazer previsões sobre o mercado de trabalho em computação, tanto no Brasil quanto no exterior, é tarefa quase impossível. Um campo que desponta como atraente é o desenvolvimento de aplicativos para integração de tecnologias (celular com internet, TV com internet, celular com satélite etc.). Aliás, quando se trata da web, as oportunidades de atuação e desenvolvimento são incontáveis – a International Webmasters Association catalogou 54 especializações nessa área.

Duração média do curso: quatro anos, para Análise de Sistemas e Ciência da Computação; cinco anos para Engenharia de Computação e Engenharia da Informação

O curso

O currículo traz as matérias básicas de engenharia e outras específicas, como eletrônica, linguagens de programação, circuitos elétricos, circuitos lógicos, redes de computadores e banco de dados. No último ano, o aluno faz um estágio supervisionado e tem a oportunidade de cursar disciplinas eletivas que orientam sua formação para uma área específica da profissão, como, por exemplo, a criação de softwares. No projeto de conclusão de curso, ele desenvolve hardwares ou aplicativos para um sistema de computação.

Objetivo do Curso

O curso de Engenharia de Computação tem como objetivo formar profissionais especializados para atuar na análise e desenvolvimento de sistemas computacionais nos processos produtivos e nas áreas de pesquisa.

Preparar profissionais para atuar no planejamento e coordenação de projetos de sistemas de computação, na definição e na implementação de arquitetura de computadores, redes de computadores e processos de automação industrial e comercial.

Objetivo Geral

Formar profissionais para atuarem no desenvolvimento científico e tecnológico nas áreas de hardware e software, com visão humanística crítica perante problemas sociais relativos à profissão e capazes de assumir responsabilidades sociais e políticas.

Objetivos Específicos

Utilizar a linguagem científica na expressão de conceitos de Ciência da Computação, na descrição de procedimentos de trabalhos científicos e na divulgação de seus resultados.
Propiciar o desenvolvimento da cidadania por meio do conhecimento, uso e produção histórica dos direitos e deveres do cidadão.
Desenvolver a capacidade de solucionar problemas, liderar, tomar decisões e adaptar-se a novas situações.
Discutir a realidade sócio-econômica para adotar uma postura crítica construtiva na prática profissional.

Perfil Profissional

O profissional formado em Engenharia da Computação é habilitado a participar de projetos de automação empresarial e industrial, utilizar técnicas de modelagem para especificação e simulação de sistemas, desenvolver programas de computador por meio da utilização de linguagens de programação de computadores. Os egressos desses cursos devem estar situados no estado da arte da ciência e da tecnologia da computação, de tal forma que possam continuar suas atividades na pesquisa, promovendo o desenvolvimento científico, ou aplicando os conhecimentos científicos, promovendo o desenvolvimento tecnológico.

O Engenheiro de Computação deverá:

1. Ter uma sólida formação técnico-científica e profissional geral que o capacite a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos político-econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade, e

2. Ter formação nas áreas de hardware e software, com os conhecimentos de Ciência da Computação e de Engenharia Elétrica necessários ao projeto de sistemas de computação completos com componentes de software, hardware e de comunicação.

Habilidades e Competências

1. Utilizar a matemática, a ciência da computação, conhecimentos de física e tecnologias modernas no apoio à construção de produtos ou serviços seguros, confiáveis e de relevância à sociedade.
2.
 Projetar, construir, testar e manter software no apoio à construção ou incorporado a produtos ou serviços, principalmente nos produtos e serviços que requeiram a interação com o ambiente e ou dispositivos físicos, além do próprio sistema computacional utilizado para o processamento de dados.
3. 
Utilizar tecnologias já estabelecidas, e desenvolver novas técnicas, no sentido de gerar produtos e serviços como mencionados nos itens anteriores;
4. 
Entender e interagir com o ambiente em que os produtos e serviços, por ele projetados ou construídos, poderão operar de forma correta.
5.
 Ter conhecimento da ciência da computação e de métodos necessários para aplicá-la.
6. 
Ter conhecimento suficiente de outras áreas (física, eletricidade, matemática, administração, etc.), além da computação, que lhe permita assumir a responsabilidade completa de produtos e serviços até um determinado nível de especificidade.
7. 
Ter facilidade de interagir e de se comunicar com profissionais da área de computação e profissionais de outras áreas no desenvolvimento de projetos em equipe.
8. 
Ter facilidade de interagir e de se comunicar com clientes, fornecedores e com o público em geral.
9.
 Supervisionar, coordenar, orientar, planejar, especificar, projetar e implementar ações pertinentes à engenharia de computação e analisar os resultados.
10.
 Realizar estudos de viabilidade técnico-econômica e orçamentos de ações pertinentes à engenharia de computação.
11. 
Ter disposição e postura de permanente busca da atualização profissional.
12.
 Ter disposição em aceitar a responsabilidade pela correção, precisão, confiabilidade, qualidade e segurança de seus projetos e implementações.
13.
 Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissional e avaliar o impacto de suas atividades no contexto social e ambiental.

A Profissão

O bacharel em Ciência da Computação analisa as necessidades dos usuários, desenvolve programas e aplicativos, gerencia equipes de criação e instala sistemas de computação. É ele quem elabora softwares, desde programas básicos de controles de estoque até elaborados sistemas de processamento de informações, como os utilizados nas pesquisas espaciais ou de medicina genética. Presente em todos os setores da economia, também dá assistência aos usuários, mantém redes de computadores em funcionamento e assegura as ligações com a internet. Em indústrias e institutos de pesquisa, por exemplo, implanta bancos de dados e instala sistemas de segurança para as operações de compra e venda pela rede. A informatização da sociedade garante emprego para esse bacharel, tanto no Brasil quanto no exterior.

Características que ajudam na profissão

Agilidade, flexibilidade, espírito de equipe, habilidade de se comunicar e resolver problemas, capacidade de análise, raciocínio abstrato, facilidade de lidar com números.

O Mercado de Trabalho

Os formados nessa área não costumam ter difi culdade para arranjar trabalho, e a carreira deve permanecer assim pelos próximos anos. Geralmente, as portas para o primeiro emprego são abertas por um estágio numa grande empresa e, não raro, o estudante é contratado antes mesmo de terminar a graduação. Além de atuar em companhias do setor de tecnologia, o profissional pode encontrar espaço em diversos segmentos, já que toda empresa de grande porte tem uma área de TI.

Outros setores que podem contratar o engenheiro são os de telecomunicação e de desenvolvimento de software e hardware. A atividade em gerência e na área de banco de dados também é uma tendência. As ofertas de emprego continuam boas em bancos, empresas de comércio eletrônico e de consultoria tecnológica para o especialista em desenvolvimento de softwares e sistemas.

O governo federal vem dando prioridade para financiamentos destinados a formar mestres e doutores em engenharia da computação e assim estimular o desenvolvimento da indústria nessa área. Essa medida abre maiores perspectivas para o profissional dedicado ao ensino e à pesquisa. As regiões Sul e Sudeste, principalmente o estado de São Paulo, são responsáveis pelo maior número de empregos, mas há vagas por todos os estados. Fora do eixo Rio–São Paulo, todos os estados necessitam de professores universitários na área. Para atuar no ensino superior, no entanto, é preciso ter pós-graduação.

Duração média do curso: Cinco anos.

Fonte: www.dcomp.ufs.br/www.unitau.br/telecom.inatel.br

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