Engenharia de Materiais

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A função básica do Engenheiro de Materiais é desenvolver novos materiais com características especiais de resistência e pesquisar aplicações tecnológicas para os materiais tradicionais.

O Engenheiro de Materiais estuda desde o desenvolvimento de processos de tratamento das matérias-primas até a fabricação e o controle de qualidade dos produtos.

O Engenheiro de Materiais cria novas ligas e compostos em cerâmica, metais e polímeros – borrachas, resinas, plásticos e acrílicos. Nesse processo, realiza testes e ensaios para determinar as propriedades ópticas, elétricas e mecânicas dos produtos, analisa os processos de transformação da matéria prima em produto como fundição, laminação, soldagem e usinagem.

Este profissional se preocupa principalmente com a qualidade do material, desenvolve tecnologias de fabricação minimizando os custos de produção.

História

A indústria atual vem exigindo um maior conhecimento científico e tecnológico dos materiais empregados nos processos de fabricação, que são os mais diversos.

Esta necessidade é cada vez mais premente devido à grande competitividade entre as empresas em um mercado globalizado.

A tecnologia passa a definir a viabilidade da existência da empresa no mercado, sendo necessária não só a atualização dos processos de fabricação, mas também o conhecimento das propriedades, potencialidades e limitações dos materiais utilizados.

Há algumas décadas surgiram os cursos de Engenharia Metalúrgica, que tinham como objetivo a formação de um profissional com habilidade em obtenção e processamento de materiais metálicos, pois estes eram os materiais mais utilizados na indústria.

A Engenharia Metalúrgica desenvolveu uma abordagem científica e tecnológica própria que possibilitou um grande desenvolvimento da Humanidade, como o registrado no século 20. Os cursos para a formação de Engenheiros Metalúrgicos no Brasil foram criados em uma época em que o domínio da siderurgia ainda era uma aspiração nacional e o parque metal-mecânico regional buscava tecnologia para a fabricação dos primeiros produtos.

Hoje a indústria metal-mecânica é de reconhecida qualificação tecnológica, surgindo as indústrias automotivas e de implementos agrícolas.

Há algum tempo está ocorrendo uma mudança de enfoque na comunidade técnico-científica mundial e brasileira em especial, resultando em uma transferência das atribuições dos profissionais da área de Metalurgia para a área de Materiais, atendendo aos seguintes fatores:

As necessidades tecnológicas, econômicas e sociais e a crescente competitividade de mercado de materiais poliméricos, cerâmicos e conjugados em relação a algumas classes de ligas metálicas;

As atividades de cursos de graduação e pós-graduação na área de Engenharia de Materiais, formando profissionais com atributos interdisciplinares e diferenciados dos clássicos Engenheiros Metalúrgicos, com grande competitividade no mercado de trabalho e desempenhando relevante papel na moderna indústria de tecnologias convencionais e avançadas;

O surgimento no Brasil de atividades científico-tecnológicas nas empresas, objetivando o desenvolvimento e estabelecimento de tecnologia própria com relação aos materiais de uso industrial;

A ampliação do campo de aplicação dos materiais conjugados ou não-convencionais, presentes em quase todas as áreas tecnológicas, o que exige uma competência profissional além daquelas particulares apenas aos metalurgistas, ceramistas ou “polimeristas”.

São possíveis todas combinações entre as diferentes classes de materiais, buscando-se com isso a otimização simultânea de mais de uma propriedade do material resultante. A partir destes fatores existe consenso quanto à necessidade de formação de cursos capazes de suprir a demanda por profissionais especialistas em materiais no País.

É óbvio o papel das faculdades de Engenharia neste processo, em particular o da Engenharia de Materiais, cujo escopo baseia-se em uma formação científica sólida, essencial para a compreensão tanto dos materiais convencionais quanto avançados.

A Profissão

A Engenharia de Materiais é a área do conhecimento humano que está relacionada à pesquisa, ao desenvolvimento, à produção e à utilização de materiais com aplicação tecnológica.

Apesar das áreas de Engenharia Metalúrgica e Química contarem há tempos com cursos para formação de Engenheiro Metalúrgicos e Químicos, a área de Materiais como um todo passou a contar com formação de pessoal em nível de graduação somente a partir de 1.970; e sua ocupação, que antes era confiada a Engenheiros Metalúrgicos, Mecânicos, Químicos, Civis e outros, passa agora a contar com um profissional mais adequado.

O Ministério do Trabalho, por intermédio do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia-CONFEA, baixou a Resolução no 241/76 em 31 de julho de 1.976 publicada no Diário Oficial da União de 18 de Agosto de 1.976, à folha 3.298, Seção I – Parte II; estabelecendo as atribuições do Engenheiro de Materiais, como segue:

“Compete a esse profissional supervisão, estudo, projeto, especificação, assistência, consultoria, perícia e pareceres técnicos; ensino, pesquisa, ensaio, padronização, controle de qualidade; montagem, operação e reparo de equipamentos e outras atividades referentes aos procedimentos tecnológicos na fabricação de materiais para a indústria e suas transformações industriais; e equipamentos destinados a essa produção industrial especializada, seus serviços afins e correlatos”.

A Engenharia de Materiais integra a Modalidade Industrial de Engenharia onde se incluem as Engenharias Aeronáutica, Mecânica, Industrial, Metalúrgica, de Minas, Naval, de Petróleo, Química, de Tecnologia de Alimentos e Têxtil.

O Currículo do Curso de Graduação em Engenharia de Materiais está incluído entre as seis grandes áreas de Engenharia como estabelecido pelo Processo no 8.877/74 do Conselho Federal de Educação, aprovado em 02 de dezembro de 1.975, de acordo com o parecer no 4.807/75 da Comissão de Especialistas de Ensino de Engenharia. Esse Currículo é provisoriamente baseado em duas áreas tradicionais, Metalurgia e Química, e o aluno desse curso pode ter ênfase em Metais, Cerâmicas e Polímeros. A base científica em Matemática, Física, Química e Ciência de Materiais é indispensável para a sua formação.

Essa nova categoria de Engenheiros está cumprindo uma função catalítica no desenvolvimento de novas tecnologias dentro das metas do Plano Básico de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Governo Federal.

Uma das particularidades deste curso é o oferecimento pioneiro de um estágio semestral supervisionado obrigatório como disciplina curricular, proporcionando ao aluno treinamento em condições reais de trabalho não reprodutíveis na Universidade. Esse estágio se originou no PROJETO INTEGRAÇÃO ESCOLA – EMPRESA – GOVERNO (PIEEG), do então Ministério da Educação e Cultura.

O mercado de trabalho se mostra bastante atraente e muitos Engenheiros de Materiais estão ocupando posições de responsabilidade em empresas privadas e estatais, particularmente vinculadas aos setores de pesquisa e desenvolvimento. Muitos dos Engenheiros formados foram treinados pelas empresas e trabalham atualmente em áreas relacionadas com materiais no campo de Engenharia Nuclear, Petroquímica, Eletro-Eletrônica, Engenharia Biomédica, Indústrias de Transformação, Mecânica, Aeronáutica, e outras. Até 2.002 já se formaram mais de 1.200 Engenheiros de Materiais.

Pelo Guia do Estudante 2.002 da Editora Abril publicado em agosto/2.001 esse curso foi avaliado como EXCELENTE (cinco estrelas) sozinho dentre os dezesseis cursos dessa carreira oferecidos no Brasil, e pelo 19o Ranking Playboy publicado em setembro/2.000 o curso foi avaliado em 1o lugar sozinho dentre os quinze cursos homônimos brasileiros.

O Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da UFSCar iniciou o oferecimento do curso de Mestrado a partir de 1.979 e de Doutorado a partir de 1.987, nas áreas de concentração Metalurgia, Cerâmica e Polímeros como consolidação do curso de graduação. Recebeu o conceito máximo 7 da Capes-MEC referente ao período entre 1.998 e 2.000.

O Curso

Engenharia de Materiais é um curso que engloba a geração e aplicação do conhecimento que relaciona a composição, a estrutura e o processamento dos materiais com suas propriedades e aplicações.

Atua na indústria em colaboração com a Engenharia Mecânica, Industrial, Metalúrgica, de Minas, Petroquímica, Química, Tecnologia de Alimentos e Têxtil, entre outras.

O curso de Engenharia de Materiais tem como objetivo formar profissionais com sólida base científica e tecnológica no campo da Engenharia de Materiais, capaz de compreender, desenvolver e aplicar tecnologias. O profissional formado terá visão reflexiva, crítica e criativa, com competência para identificar, formular e resolver problemas, comprometido com a ética e a qualidade de vida, para o pleno desenvolvimento humano aliado ao equilíbrio ambiental.

As principais áreas de atuação do Engenheiro de Materiais são: metais, polímeros, cerâmica, compósitos e biotecnologia.

O profissional formado terá conhecimentos e habilidades no campo científico e tecnológico, que seja capaz de:

desenvolver e aplicar conhecimentos lógicos, matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais no campo profissional
desenvolver novas tecnologias, a partir das já estabelecidas, com o objetivo de gerar novos produtos
identificar, formular e resolver problemas relacionados à Engenharia de Materiais
desenvolver capacidade técnica que permita avaliar e aproveitar oportunidades, necessidades regionais, nacionais e globais no sentido de atender demandas econômicas, políticas e sociais
planejar, supervisionar e coordenar projetos no campo da Engenharia de Materiais
compreender e interagir com o ambiente no qual os produtos projetados ou construídos irão operar
desenvolver a capacidade de liderança, empreendedorismo e gerenciamento
ensinar e pesquisar inovações no campo da Engenharia de Materiais
padronizar e controlar a qualidade dos produtos e processos de fabricação
desenvolver e aplicar modelos na Engenharia de Materiais
especificar materiais e procedimentos tecnológicos
prestar assistência técnica, consultoria, perícia e elaborar pareceres técnicos, conforme prevê a legislação que regulamenta a atuação profissional do Engenheiro de Materiais.

O curso de Engenharia de Materiais tem duração de 10 períodos semestrais, já incluso o Estágio Supervisionado.

O Profissional

Essa modalidade da engenharia se dedica ao desenvolvimento de novos materiais, principalmente com características de maior resistência. Por isso, o profissional dedica-se a pesquisa de materiais novos e a aplicação tecnológica dos já existentes.

Esse engenheiro é altamente especializado pois a profissão une a engenharia metalúrgica e a química. Ele cria materiais dos mais sofisticados aos mais simples, plásticos, ligas metálicas, combustíveis, etc.

Aptidões Desejáveis

É preciso estar em constante pesquisa, habilidade numérica e meticulosidade.

Especializações possíveis

Cerâmicas, Metais, Polímeros e Ciências dos Materiais.

Campo de atuação do engenheiro de materiais

Inspeção e Controle de Qualidade – Fiscalizar a qualidade de produção Pesquisar as causas de problemas e propor soluções ou alterações no processo industrial.
Pesquisa –
Estudar os novos materiais ou novas aplicações para os materiais já conhecidos. Trabalhar em Indústrias, Institutos de Pesquisa e Universidades em laboratórios, no desenvolvimento de materiais mais eficazes, mais econômicos, menos poluentes e, de preferência, recicláveis.
Produção –
Gerenciar os fatores que influem na qualidade do produto. Acompanhar todo o processo de fabricação, desde a seleção de matérias-primas até a saída, o produto final, garantindo o cumprimento das normas e especificações técnicas.

Mercado de Trabalho

Há vários sinais indicando que, em breve, precisaremos de engenheiros preocupados com os materiais não-renováveis.

Nessa área, a cada dia surgem indústrias que se aproveitam do subproduto de outras para criar novos compostos.

Boas chances, também, para os especialistas em desenvolvimento de polímeros e cerâmicas usados nas indústrias automobilística e aeronáutica e na área de biomateriais. Nesta última, são especialmente requisitados os engenheiros que fazem pesquisas para a criação de novos materiais utilizados em implantes.

Há boas oportunidades de emprego na região Sudeste, onde estão várias indústrias de plástico e metal-mecânicas, e no Estado de Santa Catarina que, com cerca de 2000 indústrias de pequeno e médio porte, é considerado o segundo maior pólo ceramista do mundo.

O mercado de trabalho absorve esses profissionais, que desempenham papel relevante nas empresas de fornecimento de matérias-primas, de transformação, de prestação de serviços, de consultoria, como também em instituições de ensino e pesquisa e de desenvolvimento científico e tecnológico.

Nesta área, a cada dia, surgem novas indústrias que utilizam os produtos e subprodutos de outras para criarem novos compostos, sendo o Engenheiro de Materiais um de seus principais profissionais.

Os especialistas em desenvolvimento de polímeros e cerâmicas são disputados pelas indústrias automobilística e aeronáutica. Na área biomédica, são requisitados os engenheiros que fazem pesquisas para criação de novos materiais utilizados em implantes. Há boas oportunidades de emprego na região Sudeste onde estão localizadas várias indústrias de plástico, cerâmica e metal/mecânicas, sendo o Estado de Santa Catarina que com cerca de 2000 indústrias de pequeno e médio porte, é considerado o segundo maior pólo ceramista do mundo.

Além da atuação específica na área de Engenharia de Materiais, tem excelente aceitação no mercado de capitais e na assessoria aos departamentos de vendas técnicas.

Duração do Curso: 5 anos.

Fonte: www.dema.ufscar.br/www.cefetmg.br/www.mackenzie.br

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