Papa Pio IX

Papa Pio IX – (1792 – 1878)

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Giovanni Maria Mastai-Ferretti, papa Pio IX

Papa da igreja católica romana (1846-1878) nascido em Senigallia, Ancona, que proclamou o dogma da Imaculada Conceição (1854), condenou a ideologia liberal na encíclica Quanta cura (1864) e convocou o Concílio Vaticano I (1869), que estabeleceu o dogma da infalibilidade papal.

De origem nobre, preparou-se para uma carreira religiosa e tornou-se sacerdote (1819). Passou a trabalhar na cúria romana, esteve no Chile (1823-1825) acompanhando o núncio G. Muzi, tornou-se cônego em Roma (1827), depois bispo de Spoleto (1831) e de Ímola (1832), até que foi nomeado cardeal (1840).

Eleito papa (1846), após a morte de Gregório XVI (1831-1846), adotou o nome de Pio IX. Empreendeu uma intensa atividade missionária, sobretudo na África, e iniciou uma política reconciliadora em relação à Igreja ortodoxa. Tido como líder do movimento nacional italiano em função das reformas que promoveu no processo de unificação da Itália, após essa unificação (1848) procurou manter a independência dos Estados Pontifícios.

Convocou eleições e criou um Parlamento em Roma, mas teve que fugir da cidade, perseguido pelos italianos, que queriam sua pátria unificada. Em seguida voltou sob a proteção da França e da Áustria e, nos anos seguintes, procurou reforçar a autoridade pontifícia.

Resistiu aos revolucionários nacionalistas, liberais e republicanos, até que tropas italianas invadiram Roma (1870) e realizaram um plebiscito que determinou a incorporação da cidade ao reino da Itália. O papa declarou-se prisioneiro no Vaticano, onde ficou até sua morte, iniciando uma disputa que duraria mais de meio século (1870-1929).

No plano teológico, proclamou o dogma da Imaculada Conceição em oito de dezembro (1854) com a bula Ineffabilis Deus, um dogma exclusivo da Igreja católica, o primeiro definido diretamente por um papa. Também proclamou o dogma da infalibilidade papal com a constituição dogmática Pastor aeternus, aprovada em 18 de julho (1870) no decorrer do Concílio Vaticano I. O Concílio Vaticano I (1869-1870), vigésimo concílio ecumênico da Igreja católica (1869-1870), foi convocado por ele com a bula Aeternis Patris de 29 de junho (1868).

Foi aberto na basílica de São Pedro, no Vaticano, em 8 de dezembro de 1869. Já anteriormente, dois dias antes da publicação da encíclica Quanta cura e do anexo Syllabus complectens praecipuos nostrae aetatis errores, uma lista de oitenta proposições referentes aos erros do tempo.

A aprovação da infalibilidade papal no concílio (533 votos a favor e 2 contra) favoreceu a unidade e a união da Igreja católica e a autoridade moral do papado, mas também despertou reações negativas, particularmente na Alemanha, onde os partidários de Döllinger constituíram a Altkatholische Kirche ou Igreja dos velhos católicos.

Neste Concílio também foi aprovada na terceira sessão solene de 24 de abril (1870) a constituição dogmática Dei Filius, onde se afirmou a existência e o conhecimento de um Deus pessoal, a existência e a necessidade da revelação divina e tratou-se da essência da fé e das relações entre razão e fé.

Devido à guerra franco-prussiana e à posterior ocupação de Roma, em 20 de outubro (1870) o papa suspendeu o Concílio com a bula Postquam Dei munere, que juridicamente só se encerrou com a convocação do Concílio Vaticano II. Papa de número 256, foi foi substituído por Leão XIII (1878-1903).

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

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