Epistemologia

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Epistemologia – O que é

Epistemologia, também chamada de Teoria do Conhecimento é, segundo Hessen: a área da Filosofia que busca compreender as questões ligadas ao conhecimento humano.

Para isso, ela recorre a filósofos desde os antigos aos contemporâneos, que com as mais diversas abordagens e tematizações fornecem diversas possibilidades de se pensar esse fenômeno tão humano quanto é o conhecimento.

Dentre as correntes filosóficas que trabalham embasadas na teoria do conhecimento, citamos: Dogmatismo, Ceticismo, Relativismo, Pragmatismo e Criticismo (ponto intermediário entre o ceticismo e dogmatismo).

A seguir, uma breve definição das referidas correntes filosóficas:

Dogmatismo: Entende a verdade como pressuposta e aceita de forma irrefletida.
Ceticismo: Rejeita a relação epistemológica entre sujeito e objeto a ponto de inviabilizar o conhecimento da verdade.
Relativismo: Teoria que rejeita a universalidade do conhecimento e afirma a inexistência de verdades absolutas. É claramente expresso na frase de Leonardo Boff: “Todo ponto de vista é a vista de um ponto”.
Pragmatismo: Doutrina fundada pelos filósofos americanos C. Pierce e W. James, o pragmatismo identifica a veracidade de uma proposição à sua utilidade para o indivíduo ou grupo de indivíduos. Essa corrente encontra-se claramente expressa,no pensamento de Nietzsche, nos seguintes termos: “A falsidade de um juízo não chega a constituir, para nós, uma objeção contra ele; […] A questão é em que medida ele promove ou conserva a vida, conserva ou até mesmo cultiva a espécie […].
Criticismo: O conhecimento é possível, a verdade existe, mas precisa ser posta constantemente à prova. Seu expoente principal é o filósofo prussiano Kant que estabelece um meio termo entre o dogmatismo e o ceticismo.

Epistemologia é o ramo da filosofia que se ocupa da natureza e do escopo do conhecimento.

Ele responde às seguintes perguntas: “O que é conhecimento? “, “Como o conhecimento é adquirido? “, “O que as pessoas sabem? “, “Como sabemos o que sabemos? » e “Por que sabemos o que sabemos? “.

A epistemologia é geralmente dividida em duas categorias:

O primeiro abrange o conhecimento baseado em proposições, que pode ser considerado conhecimento “racional” ou “teórico”, em oposição ao “conhecimento prático”. Em matemática, por exemplo, sabemos que 1 + 1 = 2, mas também podemos saber como praticar matemática
A segunda categoria é o conhecimento pessoal adquirido através da experiência. Por exemplo, o conhecimento teórico da física envolvida na manutenção do equilíbrio em uma bicicleta não pode substituir o conhecimento prático (pessoal) adquirido por meio do ciclismo.

Epistemologia também lida com o que acreditamos. Conhecimento implica crença e, portanto, a declaração de crença de uma pessoa não pode estar em contradição com seu conhecimento. Por outro lado, o conhecimento de uma crença não implica necessariamente sua aprovação.

Por exemplo: “Eu conheço a religião do islamismo, mas não acredito nela” é uma afirmação coerente.

Com base em princípios epistemológicos, a crença é considerada subjetiva, enquanto a verdade é considerada uma realidade objetiva, independente das crenças ou experiências do indivíduo. Embora alguém possa “acreditar” que o ateísmo é verdadeiro, tal orientação não tem relação alguma com a veracidade do ateísmo. A verdade é independente e transcendente às crenças e opiniões de cada pessoa sobre a realidade.

Em que se baseia a epistemologia?

Sobre a ciência e a razão dedutiva, que nos permitem adquirir conhecimento e pressupõem que o universo é lógico e ordenado e que obedece a leis matemáticas consistentes no tempo e no espaço. De fato, mesmo que as condições em diferentes regiões do espaço possam ser radicalmente diferentes, há, no entanto, uma uniformidade subjacente que governa o todo.

O cristão, que acredita em uma realidade causal transcendente, espera que o universo seja ordenado, já que a Bíblia ensina que Deus sustenta todas as coisas pelo seu poder (Hebreus 1:3). Como Deus é onipresente e autoconsistente, o cristão também espera que todas as regiões do universo obedeçam às mesmas leis, mesmo que as condições físicas de diferentes regiões do universo possam ser diferentes.

Deus transcende o tempo (2 Pedro 3:8). Assim, mesmo que as condições do passado possam ter sido diferentes das atuais, as leis da natureza não estão sujeitas a mudanças arbitrárias. O cristão, portanto, tem uma base sobre a qual assumir que o universo é mantido de forma coerente e, portanto, tem uma base epistemológica sobre a qual adquirir conhecimento.

Epistemologia – Definição

Epistemologia

Epistemologia nasceu como um termo muito técnico.

Embora possa parecer assustador hoje, acreditamos que essa ciência desapareceu muito dos nossos horizontes contemporâneos. Na verdade, as experiências recentes do desafio climático ou da pandemia deveriam fazer-nos regressar à epistemologia.

A Epistemologia é um termo que parece bárbaro e redundante: ciência sobre ciência. No entanto, esse termo só surgiu no início do século XX, em um momento de crise do conhecimento, para definir a ciência da reflexão sobre a ciência.

Epistemologia é a parte da filosofia que tem como objeto o estudo crítico dos princípios, conceitos fundamentais, métodos, práticas, teorias e resultados das diferentes ciências. Ao considerá-los do ponto de vista de sua evolução, a epistemologia se esforça para determinar sua origem lógica, seu valor, seu escopo científico e filosófico.

Epistemologia moderna tem suas origens na filosofia do conhecimento de Immanuel Kant (1724-1804), bem como em tradições mais antigas, notadamente a cartesiana. Tornou-se um campo disciplinar autônomo no início do século XX.

Nos países anglo-saxões, o termo epistemologia tem um significado mais amplo e designa a teoria do conhecimento em geral e não apenas científica.

Ao abordar a epistemologia pela primeira vez, é preciso ter cautela porque o significado do termo variado. Por epistemologia, um falante de inglês geralmente se refere a um ramo especializado da filosofia, a teoria do conhecimento. Os falantes de francês, por sua vez, usam o termo mais para designar o estudo de teorias científicas. Na verdade, como Pierre Jacob acertadamente observa, os dois significados são etimologicamente justificadas, porque a “palavra grega epistèmê (que se opõe à palavra doxa que significa “opinião”) pode às vezes ser traduzida pela palavra “ciência”, às vezes pela palavra “conhecimento”.

Podemos reconciliar estes dois significados quando se fala, de forma muito geral, de epistemologia como de teoria da conhecimento científico. Em todos os textos encontrados neste site, utilizaremos primeiramente e acima de tudo esse significado, mais próximo do lado francês do termo.

epistemologia tem, portanto, como objeto de estudo a ciência e, analítica e reflexiva, constitui-se, neste sentido, uma abordagem de segundo grau que examina uma atividade primária. Em outras palavras, “ela faz questão de fazer completamente abstrato das coisas que a ciência visa, que ela mesma toma como seu objeto, (…) atribui a si próprio como campo exclusivo de estudo, não aquilo que a ciência trata (…), mas aquilo que ela disse. “Como tal, não tem como objetivo promover o conhecimento ou explorar novos campos empíricos, por exemplo, a observação de estrelas ou moluscos. Preferia estar lá, sem dúvida, objetos e projetos da própria ciência. Na verdade, a epistemologia estuda a formação e estrutura de conceitos e teorias científicas. Também analisa procedimentos e métodos retidos pelos cientistas. Para ser mais preciso e completo, podemos dizer que ele realmente oferece quatro campos delimitados de análise e reflexão.

Quanto à origem do conhecimento evidenciam-se duas correntes filosóficas de suma importância na Modernidade: Racionalismo e Empirismo que, em desacordo, propõem métodos específicos para a investigação filosófica, apelando ora para as ideias inatas ora às experiências na possibilidade de se alcançar o conhecimento.

O racionalismo é a corrente epistemológica que vê na razão a principal fonte do conhecimento universal e objetivo que independe da experiência sensível (empírica). Exemplo desse conhecimento teríamos a matemática e a lógica que não são baseadas na experiência, mas na necessidade lógica e validade universal.

Seus principais representantes são: Platão, Plotino, St. Agostinho, Malebranche, Descartes e Leibniz.

O empirismo vê a experiência como a principal fonte para o conhecimento.

Seus representantes máximos são: Locke e Hume que, baseados nos métodos das ciências naturais, veem a mente humana como se fosse uma espécie de folha de papel em branco (“tábula rasa”) a ser preenchida pelos caracteres da experiência, das sensações. Nessa perspectiva, o sujeito apreende o objeto por meio da experiência, mas especificamente pela mediação dos órgãos dos cinco sentidos.

Fonte: Colégio São Francisco/Fábio Guimarães de Castro/www.radiofrance.fr/www.toupie.org/www.physique.usherbrooke.ca/www.gotquestions.org

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