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Estoicismo – O que é
O estoicismo é uma doutrina ética helenística que propunha a resistência humana ante o sofrimento existencial.
Foi fundada por Zenão de Cítio (340 – 264 a.C.), cujo expoente máximo foi Crísipo de Sólis. Idéia
Em sua vertente romana cumpre ainda citar os nomes: Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio.
Para esse texto, temos como objetivo compreender a reflexão filosófica estoica da Antiguidade Tardia, por este motivo centraremos nossa atenção no neoestoicismo romano.
Dentre as características que marcaram o neoestoicismo romano, de acordo com Reale e Antiseri, cumpre citar:
Interesse centrado na problemática ética, em alguns casos tornou-se o problema exclusivo;
Redução considerável, chegando à quase anulação, dos interesses pela Lógica e Física se comparado as vertentes anteriores e demais doutrinas da antiguidade;
Busca intimista de uma perfeição da consciência individual;
Certa influência do platonismo em alguns de seus autores.
Estoicismo é uma filosofia de vida fundada por Zenão de Kition no final do século IV em Atenas, um filósofo grego de origem fenícia. Seu objetivo final é a busca pela sabedoria moral e considera que a única fonte de felicidade é a virtude, não o prazer..
O nome estoicismo vem de stoa, que significa pórtico em grego e corresponde ao local onde Zenão proferiu seus ensinamentos.
O estoicismo observa que os seres humanos são seres racionais e sociais e que eles florescem ao desenvolver sua racionalidade e sociabilidade. Os estóicos consideram a razão como uma ferramenta a serviço da felicidade individual e coletiva. Quando usado corretamente, ele garante uma conexão harmoniosa consigo mesmo, com os outros e com a natureza como um todo. Ela nos permite aceitar o que não depende de nós e manter o controle sobre nossos desejos, julgamentos e representações.
O método estóico consiste em compreender o mundo (física) e deduzir dele (usando a lógica) princípios de vida (ética) úteis para nossa felicidade individual e coletiva. Física, lógica e ética são, portanto, os três componentes deste sistema.
Elas são encontradas no leitmotiv estóico: viver (eticamente) em harmonia (logicamente) com a natureza (fisicamente).
Estoicismo – Definição
Uma importante doutrina filosófica da Antiguidade, o estoicismo recebe seu nome do grego: stoa, que significa “pórtico” porque seu fundador Zenão de Cítio (335-264) ensinava sob uma colunata da ágora de Atenas.
A física estoica é um panteísmo naturalista.
O Logos (uma espécie de razão divinizada) é um sopro de fogo que, imanente ao mundo, o organiza irrevogavelmente.
Os estóicos, diferentemente dos epicuristas, dos quais são formidáveisadversários, acreditam no destino.
A sabedoria consiste, portanto, em aceitar o lugar que nos é dado no universo, em viver em harmonia com a natureza, cuidando do corpo e da alma por meio da prática da virtude e da rejeição das paixões. “Suportar e abster-se” (sustine et abstine), “não se surpreender com nada” (nihil mirari) são fórmulas que resumem essa sabedoria, cujo espírito é preservado na linguagem cotidiana quando descreve uma atitude impassível como “estóica”.
Nascido em Atenas com Zenão, Cleantes e Crisipo, o estoicismo atingiu seu auge em Roma com Cícero e depois, durante o período imperial, com Sêneca, Epicteto e o imperador Marco Aurélio. Inspirando o cristianismo, que tinha como moralidade a virtude e o desapego às coisas externas, o estoicismo foi, no entanto, criticado durante o Renascimento, seja porque era percebido como impraticável (Montaigne o abandonou por considerar desumano não gritar de dor), seja porque era considerado um pecado por orgulho (essa é a censura que Pascal e Malebranche lhe fazem).
Mas essa dupla condenação não altera sua influência: Descartes e Spinoza se inspiraram nos preceitos do estoicismo para construir sua moral, Hegel vê nessa filosofia da consciência reorientada para seu eu interior uma etapa necessária no desenvolvimento da razão na história, e Nietzsche, ao rejeitar seu ascetismo, toma dos estóicos seu “amor ao destino” (amor fati).
Sêneca
Lúcio Aneu Sêneca transitou com maestria entre os gêneros literário e filosófico, daí ser largamente estudado no campo das ciências humanas e linguagem.Aproximando-se muito da doutrina do justo-meio aristotélica, o filósofo pensa a sua ética a partir da preponderância da moderação sobre o excesso. Nesse sentido, uma vida virtuosa pressuporia uma relação harmônica dos seres humanos com a natureza e a abstinência dos bens materiais.
Outra ideia interessante de Sêneca é a forma como ele trata a morte, mostrando-nos que o aprender a morrer é já em sua essência um aprender a viver. Em outras palavras, o homem é um animal que caminha inevitavelmente em direção à morte. E a consciência desse trajeto deve modificar a sua relação com a morte passando a encará-la como um alívio diante da impotência existencial a ponto de o indivíduo caminhar sem medo algum em direção à sua morte.
Epicteto
Semelhante à Sócrates, Epicteto não deixou escritos o que nos impõe dificuldade semelhante em termos filosóficos e históricos para se falar algo com absoluta exatidão acerca de seu pensamento. Em sua reflexão acerca da ética, partindo da dialética socrática, Sêneca propõe uma ética vinculada à vida prática das pessoas, que efetivamente transforme suas vidas, distanciando-se, portanto, das éticas idealistas que se resumem em teorizar o agir humano distante da práxis.
Marco Aurélio
Pautando-se numa visão pessimista da realidade, Marco Aurélio entende a humanidade como uma plateia passiva diante do seu próprio aniquilamento existencial, daí a necessidade de se voltar para seu próprio interior na busca de amenizar a fatal destruição para a qual caminhamos inevitavelmente em direção.
Dica de Vídeo (Sêneca)
Fonte: Colégio São Francisco/Fábio Guimarães de Castro/www.philomag.com/unregardstoicien.com/www.toupie.org
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