História da Elsa Schiaparelli

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Logotipo Elsa Schiaparelli

Estilista Italiana nascida em 1890, em Roma; estudou filosofia. Passou o início de sua vida de casada em Boston e Nova York e em 1920 mudou-se para Paris.

Em 1928 abriu uma loja chamada Pour le Sport. Sua própria Maison, surgiu um ano depois (1929). Nada agradava mais Elza do que divertir, fosse sendo espirituosa, fosse chocando. Suas roupas eram elegantes, sofisticas e excêntricas, contudo possuía grande número de admiradores e clientes.

Contratou artistas famosos para criarem acessórios e tecidos, como por exemplo Salvador Dali e Jean Cocteau. O cubismo e o surrealismo influenciaram suas criações. Em 1933, introduziu a manga pagode, influenciada pela moda egípcia, e os ombros largos que determinaram a moda até o New Look.

Schiaparelli lançou broches fosforescentes, botões semelhantes a pesos, adorava cadeados nos casacos, tingia peles. Desenvolveu tecidos com estampas de jornal com os quais fazia lenços e bordava signos do zodíaco em suas roupas. Criou o tom de rosa que passou a chamar “rosa choque”.

Ao fundir arte com moda, Elza Schiaparelli ofereceu as mulheres outra opção de vestir. Durante a Segunda Guerra Mundial proferiu palestras nos Estados Unidos e em 1949 abriu uma filial em Nova York. Realizou seu último desfile em 1954, falecendo em 1973.

História da Elsa Schiaparelli

Vida

Elsa Schiaparelli , nasceu em 10 de setembro de 1890 em Roma. Filha de uma família de intelectuais e aristocratas. Era famosa pelo estilo audacioso e por improvisar suas roupas.

Abriu sua primeira butique em sociedade com Gabrielle Picabia (Gaby), mulher do pintor francês Frances Picabia, A sócia a apresentou a um grupo de amigos influentes no mundo das artes na França. Gaby trabalhava para CHANEL e usava roupas criadas por Schiaparelli o que acabou chamando a atenção do costureiro.

A influência de Poiret sobre o trabalho de Schiaparelli foi muito importante durante sua carreira na moda.

O trabalho de “Schiap”, como Paris a batizou, foi influenciado por pintores surrealistas como Salvador Dalí, Jean Cocteau, mas mesmo assim, ela não sacrificou a funcionalidade e a feminilidade em suas roupas e acessórios. Gostava de cores fortes, zipers e chapéus excêntricos. Seu processo de criação era de total liberdade. Muitas vezes buscava inspiração em livros do Egito, na renascença italiana e nos circos. Salvador Dali desenhou seus bordados e ajudou a desenvolver uma bolsa com uma lâmpada interna em 1938.

No começo dos anos 30, auge de suas criações, Schiap apresentou sua coleção inspirada no circo. Acrobatas, elefantes, fizeram parte dos desenhos desta coleção, juntamente com bolsas em forma de balões.

Criou um modelo de bolsa em formato de concha que tocava música quando se abria.

Essa lendária criadora, será lembrada sobretudo sobre a influência das artes no seu processo criativo.

História da Elsa Schiaparelli

Uma ou duas vezes pensei que em vez de pintura e da escultura, técnicas que conhecia bem, eu poderia inventar vestidos. Para eu criar roupas não é uma profissão, mas uma arte”. (Schiaparelli)

Elza Schiaparelli nasceu em Roma em 1890. Pertencia a uma família de aristocratas e intelectuais. Sobrinha de Giovanni Schiaparelli, ilustre astrônomo que descobriu os canais de Marte. Desde criança já demonstrava possuir uma mente fértil e inovadora.

Dizia que quando criança sentia-se muito feia, e para ficar mais bonita colocava sementes na boca e ouvidos na esperança de que elas florescessem (QUEIROZ, p.24, 1998). Aos 20 anos publicou uma antologia de poemas eróticos.

Esse fato soou como um escândalo para a família que insatisfeita enviaram-na para um colégio interno. Elza possuía espírito revolucionário, inconformada com a atitude iniciou uma greve de fome e conseguiu sair do colégio.

Foi pára a Inglaterra, e lá conheceu o conde teosofista, William de Wendt. Em 1914 casaram-se e nasceu Gogo, sua única filha. Durante a primeira guerra mundial, o casal permaneceu na França em seguida tiveram que mudar-se para os Estados Unidos. A união durou apenas cinco anos. A separação deixou Elza economicamente abalada.

Mas para a estilista essa fase foi apenas um empurrão para a fama e o sucesso. A situação em que se encontrava, ou seja, abandonada pelo marido em um país estrangeiro e com a filha para cuidar fez com que ela se ocupasse de vários tipos de trabalho.

Segundo, Queiroz, (p.25, 1998), um dos primeiros contatos com a moda, foi o de vendedora dos vestidos de Nicole Groult, irmã de Paul Poiret.

Em 1922 radicou-se em Paris. No intuito de conquistar sua independência financeira Elza exerceu vários tipos de funções entre elas, a de guia de mulheres endinheirada norte – americanas. A estilista começou sua criação fazendo tricô, lançou com sucesso um suéter feito à mão, com um laço tipo trompel’oeil (SABINO, p.250, 2007).

Elza era bem nascida. Embora seus recursos financeiros fossem curtos, a estilista contava com o prestigio social e os laços de amizades com grandes nomes de artistas modernistas. Uma de suas amigas, Caby, mulher do artista francês Picabia, ornou-se sócia em uma modesta boutique.

Essa sociedade lhe trouxe bons resultados, a amiga apresentava-lhe pessoas importantes da alta sociedade e pessoas ligadas à arte e a literatura, entre eles, Adolf de Meyer, Alfred Stieglitz, Man Ray e Edwaed Steichen e também famoso estilista Paul Poiret. Outra contribuição de Gaby, foi o fato de mostrar a criação de Schiaparelli para Paul Poiret.

Elza foi uma mulher que viveu a frente de seu tempo. Revolucionária e polêmica soube apropriar-se dessas características. A convivência com amigos modernistas como Salvador Dali e Jean Cocteau fez com que Elza trouxesse para a costura as primeiras influências artísticas como, modelos de casacos, chapéus, e outras peças.

Considerada como introdutora das idéias artísticas do surrealismo, do feio e do chique (QUEIROZ,p.24, 1998) Lançou modelos inspirados na arte de Salvador Dali como, o vestido – gavetas, o vestido lagosta homenageando a obra telefone-lagosta, apresentada pelo artista em 1916. Segundo Mendes e Haye, (p. 95) Schicaparelli foi a primeira estilista a trabalhar com coleções temáticas.

A primeira coleção foi em 1937 e celebrava a iconografia musical. Outra inovação foi o uso do zíper, embora já fosse sido patenteado anteriormente, no entanto era usado apenas em roupas íntimas, trajes utilitários e bagagens. Com a inovação da estilista o zíper passou a ser usado na parte exterior das roupas de alta-costura, e em várias cores.

A estilista inspirou-se nos desenhos de Cocteau, reproduzidos e bordados por Lésage. Em 1938 apresentou a coleção Lê Cirque ou O circo, onde o universo de acrobatas, elefantes e cavalos surgiram em suas criações.

Schiaparelli possuía um designer inovador e dava grande destaque aos detalhes. Um estilo inédito marcou a essência do hard chic (chic agressivo). Fez roupas direcionadas ao sport Wear e ousou nas cores, entre elas o rosa choque (Shcking pink). Essa cor deu nome ao perfume Shocking, que embora fosse polemico pelo fato do frasco vir em forma de um busto feminino, foi muito aceito e com isso lhe proporcionou grandes fortunas.

O Shocking para alguns era apenas um formato de ampulheta, para outros era a reprodução do corpo da atriz norte-americana Mae West, isso se dava por ser uma criação de Leonor Fini, artista da época, cujos traços eram considerados eróticos.

Schiaparelli tinha aversão ao tradicional e isso contribui para a experimentação de inusitados materiais como o crepe de raiom, o acetato de celulose, o celefone e o rhodofone (usados em roupas e acessórios de vidro).

Os chapéus também receberam grande destaque e mudanças no formato, entre eles o “mad cap”, com formato de bisteca de porco e sapatos . Os cabelos ganharam novos formatos para acompanhar as roupas, o corte Swept up ou voltados para cima foi um grande sucesso na época.

Schaparelli era severamente criticada pela também genial Coco Chanel. A rivalidade entre as duas era o prato cheio para a mídia da época. O clima de hostilidade entre as duas rendia comentários. Comentava-se que Chanel referia-se a SChaparelli em tons pejorativo como, “aquela artista italiana que faz vestido”. Schiaparelli rebatia dizendo “Burguesinha triste e monótona”.

Embora Chanel tivesse construído um império, o termo burguesinha, era bastante ofensivo, pois lembrava a seu passado de pobreza burguesinha era o mesmo que emergente, nova rica, porém sem berço. Chanel diziam os comentários ter sido de origem camponesa, criada em um orfanato.

Outro fato que diferencia de Schiaparelli é que segundo comentários da imprensa, Chanel por ter sido pobre, conseguiu sua independência através de seus amantes. Schacaparelli, conheceu um mundo diferente, bem nascida, criou-se no meio de uma família aristocrata, no palácio Corsim em Roma, viveu rodeada de grandes artistas e intelectuais, viajou por vários países. Para a sociedade a estilista tinha aquilo que o nobre mais aprecia prestigio e a linhagem da família.

Voltando a história de Schiaparelli. Durante a o período da Segunda Guerra Mundial, afastou-se indo para os Estados Unidos. Em sua ausência, a condessa de Haydn substitui-a. Após a libertação de Paris em 1945, Scaparelli retomou sua posição.

Desafiou a tradição ao adotar agressividades nas cores e aspereza nos tecidos. Sua marca registrada “O feio chic” e suas roupas notáveis já não tinham o mesmo brilho de outrora. A guerra trouxe grandes modificações na vida das pessoas.

Em 1945, Chaparelli apresenta sua última coleção, contudo graças ao seu poder de criação e ousadia ainda continuou a criar deixando sua marca em vários seguimentos da moda. Schiaparelli foi única costureira a participar da Feira Industrial francesa realizada na Rússia. Dizia que “as roupas têm de ser arquiteturais – o corpo nunca pode ser esquecido e deve ser visto como uma estrutura usada em um edifício”.

Schiaparelli fechou sua casa contudo, deixou seguidores entre eles Hubert de Givenchy, Philippe Venet, e Pierre Cardin (todos faziam parte de sua equipe). Fechou sua maison, mas não saiu do mundo da moda. Continuou como consultora das empresas licenciadas. Em 1954 encerrou definitivamente seus negócios, porém manteve uma vida confortável.

Morreu em 1973 aos 83 anos. Escreveu um livro de memórias intitulado Shocking, era o nome do tom de rosa favorito. Segundo críticos de suas criações, Schiaparelli foi a inovadora, a excêntrica, a bizarra, a polemica e até chocante, porém sua maior herança foi promover uma aliança entre a arte e moda.

Elza Schiaparelli quebrou paradigmas contidos em uma sociedade ainda fechada por ideais tradicionais. Teve sua inspiração criativa junto à corrente modernistas, surgida nas manifestações feitas à devastação causada pela primeira guerra mundial.

Acrescentou peças ligadas à arte Surrealista. Elza representou a arte através da moda. Seus vestidos e acessórios eram obras de artes “ambulantes”, uma forma de divulgar ao mundo novas concepções e ideais. A maior contribuição de Schiaparelli, foi realizar uma aliança entre a moda e arte.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SABINO, Marco. Dicionário da Moda. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2007
MENDES, Valerie e HAYE, Amy de. A Moda do século XX.
Martins Fontes, São Paulo
QUEIROZ. Fernanda Nechar de. Os Estilistas. São Paulo: SENAI Cetvest, 1998. (Coleção o mundo da moda, 1).
FASHION BUBBLES. http://www.fashionbubbles.com/tabs/hi … relli-1890-%E2%80%93-1973, em 03/06/2007
MODA TERRA. http://moda.terra.com.br/galerias/0,,OI14104-EI1395,00.html, em 03/06/2007
UOL.http://www2.uol.com.br/modabrasil/for … o_schiaparelli/index2.htm, em 03/06/2007

Fonte: acho-chic-extra.blogspot.com/ www.sinacouro.org.br/modaecompanhia.com.br

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