Complemento Nominal

Complemento Nominal – O que é

PUBLICIDADE

Complemento Nominal é imprescindível para o sentido da oração estar completo.

Complemento nominal é o termo complementar reclamado pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos, adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição.

O complemento nominal é exigido, é essencial para que se complete a significação de um substantivo, de um adjetivo ou de um advérbio.

Existem não somente verbos que precisam ser completados em sua significação; dos substantivos, dos adjetivos e dos advérbios há também os que não têm significação absoluta; necessitam, para que sua significação se complete, de um complemento que lhe inteire a significação.

Se há substantivos adjetivos e advérbios que têm significação absoluta, como “parede”,”dedo”, “vivo” etc, há os que necessitam de um termo que lhe integre o sentido: gosto (a alguma coisa), obediência (a alguma coisa), desejo ( de alguma coisa) etc..

O complemento de palavra como estas vem a ser o Complemento Nominal.

Exemplos:

“Amor à pátria”
“Obediência ao mestre”
“Desejo de aprender” etc.

Portanto o complemento nominal é integrante, é essencial, pertence intrinsecamente ao substantivo, ao adjetivo ou a um advérbio.

Complemento Nominal – Pronomes

1. Colocação dos pronomes átonos.

Antes de nós começarmos a estudar algumas diretrizes gramaticais sobre a colocação dos pronomes oblíquos átonos (ME – TE – SE – LHE – LHES – O – A – OS – AS – NOS – VOS), faz-se necessário deixar claro que se trata de um assunto controvertido na nossa língua.

Estamos falando da colocação desses pronomes em relação aos verbos: antes, no meio ou depois deles.

Essas três posições são nomeadas da seguinte forma:

Próclise: o pronome é posto antes do verbo.
“Eu quero que você me aqueça neste inverno”
Mesóclise: o pronome é posto no meio do verbo.
Dar-te-ia tudo para que ficasses ao meu lado.
Ênclise: o pronome é posto depois do verbo.
Aqueça-me neste inverno.

A própria Gramática orienta para que as regras sejam usadas, seguindo-se o princípio da eufonia, quer dizer do som que parecer mais “belo”; a construção que soar melhor aos ouvidos.

De fato, não é bem assim: usamos os pronomes oblíquos de uma maneira, quando falamos, e eu diria que até na escrita em geral; mas a Gramática orienta para outra, não exatamente a que nos parece “soar” melhor. Esse problema já é antigo.

Leia esse poema de Oswald de Andrade, modernista da primeira metade do século passado.

Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

Creio que você entendeu o “problema”… Nós temos a nossa maneira de usar o pronome, que não é a mesma dos portugueses; sonoridade do português brasileiro é diferente. Mesmo assim, para o vestibular, e sempre que você fizer uso da norma culta, será necessário observar algumas regras básicas.

Vamos a elas:

2. Ocorrência de próclise, ênclise e mesóclise.

2.1 A próclise é obrigatória quando houver palavra atrativa antes do verbo, desde que entre a palavra atrativa e o verbo não haja pausa, marcada na escrita por sinal de pontuação.

Casos de Próclise

1. Palavras de sentido negativo (não, nunca, ninguém, nada, jamais).

Ninguém me chamou…

2. Advérbios.

Ontem a avisaram sobre o ocorrido.
Ontem, avisaram-na sobre o ocorrido. Aqui se trabalha

3. Conjunções subordinativas e pronomes relativos.

Ele desejava que se entendessem.

4. Pronomes indefinidos, pronomes demonstrativos.

Todos se impressionaram com aqueles fatos.

5. Nas orações iniciadas por pronomes ou advérbios interrogativos.

Quem te contou isso?

6. Nas orações iniciadas por palavras exclamativas.
Como me
sinto feliz!

7. Nas orações que exprimem desejo (orações optativas).

Deus te ajude!

8. Com verbo no gerúndio precedido da preposição “em”.

Em se tratando de assuntos do coração, é melhor deixar de lado a razão.

9. Nas orações sindéticas alternativas.

Ou se decidia pela compra ou desistia de vez.

2.2 A mesóclise só ocorre se o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro de pretérito, sem que haja fator de próclise.

Os amigos encontrar-se-ão na festa.
Os amigos não se encontrarão na festa.

2.3 A ênclise pode ser considerada a colocação básica no Brasil, pois segue a ordem direta dos elementos da oração: sujeito, verbo e complemento.

Casos de Ênclise

a) Não se inicia frase com pronome oblíquo átono.

Devolveram-me os livros.

b) Com o verbo no infinitivo impessoal.

Era necessário envolver-nos com o projeto.

Muito bem: o que ocorrerá se você tiver dois verbos formando a oração? Caso apareça uma locução verbal, você terá de analisar se há elementos para que ocorra próclise, ênclise ou mesóclise e quais os verbos principais dessa locução. Por vezes, haverá duas opções, observe.

Relembrando: locução verbal é a reunião de dois ou mais verbos para exprimir uma só ação. O primeiro verbo é chamado auxiliar; o último é o principal e está sempre no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.

3. Colocação dos pronomes oblíquos nas locuções verbais

3.1 Verbo auxiliar + verbo principal infinitivo ou gerúndio.

a) Sem fator de próclise

Quero-lhe falar algumas coisas.
Quero falar-lhe algumas coisas.

3.2 Verbo auxiliar + verbo principal particípio

a) Sem fator de próclise

Tinha-lhe contado a verdade.

b) Com fator de próclise

Não lhe tinha contado a verdade.

Observe que se o verbo auxiliar estiver no futuro do indicativo, ocorrerá mesóclise.

Ter-me-iam entregado os convites.

Atenção: não se pode ligar pronome oblíquo a verbos no particípio.

3.3. Verbo auxiliar + verbo principal no infinitivo com preposição

Começou a se preparar para o exame.
Começou a preparar-se para o exame.

Complemento Nominal – Nome

Complemento Nominal é o termo que complementa o sentido de um nome (adjetivos, substantivos e advérbios).

Ex.: Meu pai é insubstiuível em minha vida.

IMPORTANTE:

O complemento nominal é SEMPRE precedido de preposição.

ATENÇÃO!

TERMOS EXEMPLOS COMPLEMENTO
NOMINAL
SUBSTANTIVO Todos sentem segurança em
vocês.
EM VOCÊS
ADJETIVO Já estamos próximos do amanhecer. DO AMANHECER
ADVÉRBIO Ele aguardava o resultado ao lado do amigo. DO AMIGO

ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL

Amor dos pais. X Amor aos pais.

1º termo: dos pais = adjunto adnominal
2º termo: aos pais = complemento nominal

O adjunto adnominal indica o possuidor (os pais possuem amor).

O complemento nominal indica a alvo.
(os pais receberão amor).

Complemento Nominal – Características

Dá-se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome ou um advérbio, conferindo-lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica.

Como o complemento nominal vem integrar-se ao nome em busca de uma significação extensa para nome ao qual se liga, ele compõe os chamados termos integrantes da oração.

São duas as principais características do complemento nominal:

sempre seguem um nome, em geral abstrato;

ligam-se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória.

Os complementos nominais podem ser formados por substantivo, pronome, numeral ou oração subordinada completiva nominal.

Exemplos:

Meus filhos têm loucura por futebol.
…[substantivo]

O sonho dele era saltar de pára-quedas.
…[pronome]

A vitória de um é a conquista de todos.
…[numeral]

O medo de que lhe furtassem as jóias a mantinha afastada daqui.
…[oração subordinada completiva nominal]

Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes a verbos transitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo.

São exemplos dessa correlação:

obedecer aos pais Þ obediência aos pais
chegar em casa Þ chegada em casa
entregar a revista à amiga Þ entrega da revista à amiga
protestar contra a opressão Þ protesto contra a opressão

É importante conhecer outras particularidades do complemento nominal, tais como:

Complemento nominal x Adjunto adnominal

É comum confundirem-se duas categorias sintáticas da língua portuguesa. Isso se verifica em relação ao complemento nominal e adjunto adnominal, já que ambas as categorias seguem um nome e podem ser acompanhadas de preposição.

É importante lembrar, então, as suas principais funções:

complemento nominal: complementa o sentido do nome, conferindo-lhe uma significação extensa e específica. Ex.: Sua rapidez nas respostas é admirável.

adjunto adnominal: acrescenta uma informação ao nome. Essa informação tem valor de adjetivo e, em princípio, é desnecessária para a compreensão da expressão. Ex.: Ela se dizia carioca da gema.

Uma regra prática para distinguir essas duas categorias sintáticas é tentar transformar o termo relacionado ao nome em adjetivo ou oração adjetiva. Se for possível o emprego de uma dessas construções adjetivas, o termo selecionado será um adjunto adnominal. Do contrário, será um complemento nominal.

Exemplos:

O menino tinha uma fome de leão.
…[fome leonina = adjetivo]

…[fome que parecia ser de leão = oração adjetiva]

…[de leão: adjunto adnominal]

A leitura de jornais é aconselhável a um bom profissional.
…[de jornais: complemento nominal]

A preposição e o complemento nominal

Dentre as características do complemento nominal destaca-se a presença obrigatória da preposição.

A preposição tem por função relacionar dois ou mais termos de uma oração. Como o complemento nominal realiza a integração com o nome ou advérbio ao qual está ligado, a preposição torna-se indispensável.

Exemplo:

A riqueza raciocínio é sempre presente nos teus trabalhos, Roberta. [Inadequado] A riqueza de raciocínio é sempre presente nos teus trabalhos, Roberta. [Adequado]

Em geral, os problemas relativos a esse tema ocorrem com a preposição “a”.

É importante lembrar: sempre que o complemento nominal tiver como preposição a palavra “a”, deve-se observar se é possível empregar a crase, obrigatória nessa posição.

Exemplos:

A boa notícia é: você está apto a pesquisa! [Inadequado] A boa notícia é: você está apto à pesquisa! [Adequado]

Quero lembrar que todos aqui devem obediência a administração geral. [Inadequado] Quero lembrar que todos aqui devem obediência à administração geral. [Adequado]

A preposição e o complemento nominal depois do Advérbio

Casos há em que o advérbio necessita de informações adicionais para que o sentido da expressão seja completo. Assim, o complemento nominal une-se ao advérbio fornecendo esse tipo de informação e, nessa ligação, a presença da preposição é obrigatória.

Exemplos:

É dispensável a tua presença, relativamente a prestação de contas da loja. [Inadequado] É dispensável a tua presença, relativamente à prestação de contas da loja. [Adequado]

NA VOZ PASSIVA

Os verbos na voz passiva apresentam o verbo principal no particípio. O particípio também representa uma forma de nome, já que pode ser empregado com valor de adjetivo (ex.: iluminado, autenticado).

Sempre que o verbo, no particípio, apresentar um complemento que acrescente informações à expressão, este será um complemento nominal e deve vir acompanhado de preposição.

Exemplos:

Esses meninos foram acostumados a desordem. [Inadequado] Esses meninos foram acostumados à desordem. [Adequado]

Complemento Nominal – Sentido

O Complemento Nominal complementa o sentido de nomes de sentido incompleto.

Sempre com preposição(a, de, em, com…).

DIFERENÇA ENTRE OBJETO INDIRETO E COMPLEMENTO NOMINAL

1.Eu necessito de ajuda.
2.Eu tenho necessidade de ajuda.

Em 1, de ajuda completa o sentido de um VTI, por isso é OI.
Em 2, de ajuda completa o sentido de um substantivo, por isso é complemento nominal.

DIFERENÇAS ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E O ADJUNTO ADNOMINAL

ADJETIVO OU ADVÉRBIO + PREPOSIÇÃO= SEMPRE COMPL. NOMINAL

Nosso time está confiante na vitória.
Agiu contrariamente ao esperado.

SUBSTANTIVO CONCRETO + PREPOSIÇÃO = SEMPRE ADJUNTO ADNOMINAL

As árvores da praça estão cheias de flores.

Substantivo abstrato + preposição
Se pratica a ação = adjunto adnominal
Se recebe a ação = complemento nominal

A crítica do técnico irritou os jogadores.
(pratica a ação= adjunto adnominal)

A crítica ao técnico irritou os jogadores.
(recebe a crítica= complemento nominal)

O complemento nominal também pode ser representado por um pronome oblíquo átono. Nesse caso, não virá precedido de preposição.

Caminhar a pé lhe era saudável.
(saudável a ele)
Aquele remédio nos era prejudicial.
(prejudicial a nós)

O Complemento Nominal e a oração

Tenho necessidade / de que você preste atenção.
Oração Principal Oração subordinada substantiva completiva nominal

Os alunos são favoráveis / a que a prova seja cancelada.
Oração Principal Oração subordinada substantiva completiva nominal

Mediante o estudo dos fatos linguísticos, constatamos que determinados elementos necessitam de outros que os complementem, como é o caso dos verbos e dos nomes. Dada essa realidade, ocupemo-nos em estabelecer familiaridade com o último deles (os nomes), cuja ocorrência se manifesta pelo complemento nominal.

Tendo em vista que o complemento nominal completa o sentido de nomes, sejam eles substantivos, adjetivos e advérbios, eles são regidos por uma preposição.

Dessa forma, veja:

Complemento nominal de substantivos

Como afirmado anteriormente, ele complementa o sentido de um substantivo de significação transitiva, ou seja, que necessita de algo para ser compreensível, claro.

A obediência aos pais é necessária.

Nesse caso, o substantivo abstrato “obediência” se completa por intermédio do termo “aos pais” – o qual representa o complemento nominal.

Tenho necessidade de seu carinho.

Aqui da mesma forma, haja vista que o substantivo “necessidade”, então derivado do verbo necessitar, mostra-se complementado pelo termo “de seu carinho”.

Complemento nominal de adjetivos e advérbios

Assim se classifica em virtude de complementar o sentido de adjetivos e de advérbios deles derivados.

Atentemo-nos aos enunciados que seguem:

As decisões foram favoráveis a você. (adjetivo)

Decidiram favoravelmente a você. (advérbio).

Fonte: www.nilc.icmc.usp.br/www.colegiosaofrancisco.com.br

Veja também

Estrofe

Estrofe

Estrofe é um conjunto de versos. E Verso é cada linha do poema. As estrofes são separadas por espaços ...

Redação no ENEM

Redação no Enem

A prova de redação exigirá de você a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema ...

TCC

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, Regras, Estrutura, Critérios, Monografia, Escrever, Dicas, Como fazer, O que é, Trabalho de Conclusão de Curso - TCC

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.