Prefixo

Prefixo – O que é

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Prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. Ex: antídoto, antipatia, antagonista, antítese

Prefixos são palavras/termos colocados no INÍCIO de outras palavras afim de mudar o sentido da mesma.

Prefixo é a parte que vem antes do radical, essa é fácil, já que “pre-alguma coisa” é bem recorrente em nosso vocabulário.

Os elementos mórficos que compõem as palavras da língua portuguesa são: radical, vogal temática, desinências, afixos, vogais e consoantes de ligação.

No texto de hoje, observaremos os prefixos latinos e gregos.

Os prefixos originam-se, em geral, de advérbios ou preposições em suas línguas de origem. Alguns passaram por modificações expressivas até atingirem a forma em que são conhecidos na língua portuguesa.

Vejamos o que nos diz o professor Celso Cunha na Nova Gramática do Português Contemporâneo:

[Os prefixos] são de origem grega ou latina, embora normalmente não sejam sentidos como tais. Alguns sofrem apreciáveis alterações em contato com a vogal e, principalmente, com a consoante inicial da palavra derivante. Assim, o prefixo grego an- que indica “privação” (an-ônimo), assume a forma a- antes de consoante (a-patia).

Prefixos são os afixos que aparecem antes do radical.

infeliz
imoral
amoral
preocupar
desleal

A maioria dos prefixos encontrados na língua portuguesa é de origem latina. Eles podem apresentar-se sob a forma erudita ou popular como acontece com super e sobre, sub e sob.

Prefixo – Exemplos

prefixo sentido exemplos
ab-, abs- afastamento, separação abster-se
ad-, a- aproximação, direção adjunto, abeirar
ambi- duplicidade ambidestro
ante- posição anterior antepor
bene-, ben-,bem- bem, muito bom benemérito
bis-bi- duas vezes bisneto, bisavô, bípede
in-, im, i- negação inútil, ilegal
de-, des-,dis- movimento para baixo, afastamento, negação decapitar, desviar, desleal, discordar
extra- posição exterior, superioridade extraterrestre, extraviar
in-, im-, i-, em- en movimento para dentro, posição interna imigrar, embarcar, enlatar

Há também, na língua portuguesa, um número considerável de prefixos gregos:

prefixos sentido exemplos
a- an- privação, negação amoral, ateu, anarquia
ana- repetição, separação análise, anacrônico
anfi- duplicidade anfíbio
di- duas vezes dígrafo
dia- através de diálogo
hemi- metade hemisfério
ex- ec- exo- movimento para fora êxodo, éctipo, exógeno
hiper- posição superior, excesso hipertensão

Prefixo – Usos

Usos do hífen em palavras formadas por prefixos ou por falsos prefixos.

Prefixos e falsos prefixos são elementos que não existem isoladamente como palavra da Língua Portuguesa.

Eis alguns exemplos:

ab, ad, aero, agro, além, alfa, ante,  anti, aquém, arqui, auto, bem, beta, bi, bio, circum, co, contra, di, eletro, entre, ex, extra, foto, gama, geo, giga, grã, grão, hetero, hidro, hiper, hipo, homo, infra,  intra, inter, lacto, lipo, macro, mal, maxi, mega, meso, micro, mini, mono, morfo, multi, nefro, neo, neuro, ob, paleo, pan, peri, pluri, poli, pós, pré, pró, proto, pseudo, psico, recém, retro, sem, semi, sob, sub, sobre, super, supra, tele, termo, tetra, tri, ultra, etc.

1) Prefixos ou falsos prefixos terminados em vogal:

Com hífen se o segundo elemento for iniciado por H ou pela mesma vogal:

anti-higiênico, mini-horta, proto-história, sobre-humano,

ultra-humano, anti-imperialista, anti-inflacionário,

anti-inflamatório, auto-observação, contra-ataque,

micro-ondas, micro-ônibus, semi-internato

Obs. 1: Os prefixos co-, re-, pro- (o fechado), pre- (e fechado) aglutinam-se, sem hífen, com o segundo elemento:

coobrigação, coordenar, cooperar, coautor, coerdeiro,

reescrever, reeleger, reospitalizar, preencher, preeminente

Obs. 2: Se o segundo elemento se iniciar por R ou por S essas letras se duplicam:

antirreligioso, antissocial, contrarregra, minissaia,

multissecular, neorrealismo, semirreta, ultrassom, ultrassonografia.

Essa regra é insolentemente ignorada pelos brasileiros quando se trata de construir uma palavra que indique ser contra alguém, algum país ou empresa: invariavelmente se constrói com o nome próprio com letra maiúscula e se usa o hífen inadequadamente: anti-Collor, anti-Lula, anti-Globo, anti-Cristo, enquanto se deveria escrever anticollor, antilula, antiglobo, anticristo.

2) Prefixos ou falsos prefixos terminados em consoante:

Com hífen se o segundo elemento for iniciado por HR ou mesma consoante:

hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário,

super-racista, super-resistente, ab-rogar, ob-reptício,

sob-roda, sub-bibliotecário, ad-digital, ad-rogar,

inter-regional, super-homem, hiper-humano

Facultativamente, porém, se escreve ab-rupto ou abrupto.

Exceção: não ocorre hífen quando o primeiro elemento for des-, in-, trans- ou an-:

desumano, inumano, inábil, transumano, transexual, anistórico

Palavra composta iniciada por prefixo

Formação de palavras compostas

Sem hífen:

1. Prefixo termina em vogal e o segundo elemento inicia-se por consoante: antevéspera anticaspa anticorrosivo antiético antiferrugem microcirurgia retroescavadeira semideus, etc.

Nota:

Nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo inicia-se por ‘s’ ou ‘r’, duplicam-se essas consoantes: antirradical antirreflexo antirretroviral antirroubo antissensual antissemita antisséptico antissoro antissocial autossupressão contrarreforma contrassaudação extrarrenal extrassístole infrassom minissaia semirracional semirreta semissintético suprarrenal suprassensorial, etc.

2. Prefixo termina em vogal diferente da vogal inicial do segundo elemento: antiaéreo antieconônico autoajuda autoescola autoestima autoestrada autoimune contraestima contraestudo extraescolar extraeuropeu extraescolar semierótico semiesférico semioculto, etc.

3. Nas palavras com os prefixos ‘co’, ‘re’, ‘pre’ e ‘pro’, mesmo que tenham encontros de vogais iguais: coadaptação coautor coeditor coadaptação coexistência copiloto coocupante coerdeiro coorientador preanunciar preaquecimento precognição predefinição preestabelecido preexistência proativo prodiagnóstico proembrionário reabilitar reescrever, etc.

Pseudoprefixo

Procurando tornar mais simples e preciso o estudo que ora nos propomos a discutir, voltemo-nos a exemplos práticos, como, por exemplo, algumas palavras que nos soam bastante familiares, no caso, “ortografia e fonologia”. Ambas se constituem por meio de um mecanismo de composição utilizado para a formação de um tipo específico de palavras conhecidas como compostos eruditos, uma vez dotados de elementos de origem grega e latina. Nesse sentido, temos que orto (proveniente do grego, cujo sentido se atém a correto) + grafia= escrita, bem como fono = som, voz + logia= estudo.

Indo mais além, situemo-nos em outros exemplos, também corriqueiros, tais como “antissocial”, “pré-agendamento”, “pós-cirúrgico”, “autodidata”, “autógrafo”, entre outros. Ora, ao analisarmos tais prefixos, inferimos que esses possuem uma significação independente – aspecto esse que representa apenas um dos fatores que fazem os prefixos adquirirem essa denominação, ou seja, eles representam uma unidade significativa. Tais pressupostos, uma vez analisados, permitem-nos fazer uma diferenciação quanto aos compostos eruditos, visto que esses apresentam um caráter culto e neológico, utilizados para denominar termos técnicos e científicos.

Reforçando ainda mais a ideia da presente denominação (pesudoprefixos), vale mencionar algumas concepções de renomados gramáticos, como Celso Cunha e Lindley Cintra, em que ambos asseveram que além da característica antes mencionada, os pseudoprefixos possuem “uma significação mais ou menos delimitada e presente à consciência dos falantes, de tal modo que o significado do todo a que pertencem se aproxima de um conceito complexo, e portanto de um sintagma”.

Voltando a eles, constatamos que o prefixo “anti” (antissocial) denota uma ideia contrária, oposta; “auto” (autógrafo) significa próprio, relativo a si mesmo; “pré” (pré-agendamento) é relativo a algo antecipado; e “pós” (pós-cirúrgico), referente a algo que ocorre depois de um dado acontecimento.

Outro aspecto que a eles é atribuído é a chamada deriva semântica, manifestada por um processo de recomposição, justificado pelo fato de os elementos ingressarem em outras formações com sentido diverso do etimológico, como bem constatamos por meio de outros casos representativos, como a partir do radical electro = âmbar, eletricidade, que forma novos compostos, como “eletrodinâmica e eletroscópio”. De forma semelhante, o processo também ocorre com “autoatendimento e autódromo”, entre outros.

A título de ampliarmos ainda mais nosso conhecimento acerca do assunto, analisemos outros casos:

Pseudoprefixo Exemplos
Aero- Aeroclube…
Astro- Astronauta…
Auto- Autoatendimento…
Bio- Biodegradável…
Electro- Eletrodoméstico…
Geo- Geopolítico…
Hidro- Hidroelétrica…
Micro- Microfilme…
Multi- Multinacional…
Pluri- Pluripartidário…
Poli- Policlínica…
Pseudo- Pseudoprefixo…
Retro- Retrovisor…
Termo- Termoelétrica…

Hífen

Falar acerca do uso do hífen significa, sobretudo, fazer alusão às mudanças oriundas do novo acordo ortográfico, em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2009.

Trata-se de uma ocorrência que, nós, usuários da língua, temos de conhecer, dada a necessidade de nos adequarmos o quanto antes às novas exigências.

Em virtude desse fato, ocupemo-nos, pois, conhecer mais acerca do prefixo “pré”, visto que ele pode se apresentar ora com o hífen, ora sem.

Para que possamos compreender de forma efetiva as elucidações aqui abordadas, faz-se necessário retomarmos alguns conceitos sobre os monossílabos átonos e tônicos, retratados por meio do texto “Monossílabos tônicos e átonos”.

Conceitos assim revividos, constatemos:

Nos casos em que o prefixo “pré” se demarca como tônico, ou seja, quando possui autonomia fonética, o uso do hífen se faz presente. Dessa forma, vale afirmar que se torna notório o acento gráfico.

Observemos alguns casos:

pré-arquétipo
pré-artigo
pré-científico
pré-classicismo
pré-datado
pré-revisado…

Nas circunstâncias em que o prefixo “pré” se apresenta como átono, isto é, sem autonomia fonética – razão pela qual se torna evidente o fato de ele se apoiar na sílaba seguinte -, não aparece acompanhado do hífen, não recebendo, portanto, acento gráfico.

Constatemos, pois, alguns casos:

preanunciar
preconcebido
preconceito
preaquecer
predefinido
preconceituoso…

Prefixo – Língua Portuguesa

Os prefixos utilizados na Língua Portuguesa provieram do latim e do grego, línguas em que funcionavam comopreposições ou advérbios, isto é, como vocábulos autônomos. Por essa razão, os prefixos têm significação precisa eexprimem, em regra, circunstâncias de lugar, modo, tempo, etc.

Grande parte das palavras de nossa língua é formada apartir da utilização de um prefixo associado a outra palavra. Em muitos desses casos, é de rigor o emprego do hífen,seja para preservar a acentuação própria (tônica) do prefixo ou sua evidência semântica, seja para evitar pronúnciaincorreta do vocábulo derivado.

a) os seguintes prefixos nunca vêm seguidos de hífen (ligam-se, portanto, diretamente ao vocábulo com o qual compõem uma unidade):

aer(o), aerotransporte
agro, agroindústria
ambi, ambidestro
anfi, anfiteatro
audio, audiovisual
bi, bicentenário
bio, biogenético
cardio, cardiovascular
cis, cisplatino
de(s), desserviço
di(s), dissociação
ele(c)tro, eletroímã
fil(o), filogenético
fisio, fisioterapia
fon(o), fonoaudiólogo
fot(o), fotolito

gastr(o), gastr(o)entero-
logia
ge(o), geotécnica
hemi, hemicírculo
hepta, heptassílabo
hexa, hexafluoreno
hidr(o), hidr(o)elétrica
hipo, hipotensão
homo, homossexual
in, inapto
intro, introversão
justa, justaposição
macro, macroeconomia
micr(o), microrregião
mono, monoteísmo
moto, motociclo

multi, multinacional
para, parapsicologia
penta, pentacampeão
per, perclorato
pluri, plurianual
poli, polivalente
psic(o), psicossocial
radi(o), radioamador
re, reversão
retro, retroativo
tele, teledinâmica
term(o), term(o)elétrica
trans, transalpino
tri, tricelular
uni, unidimensional

b) o prefixo ex exige hífen quando indica ‘estado anterior’, ‘que foi’:

ex-deputado
ex-mulher
ex-ministro
ex-secretário

c) o prefixo vice exige sempre o hífen:

vice-almirante
vice-presidente
vice-diretor
vice-versa

d) os prefixos pós, pré, pró – assim, tônicos e de timbre aberto – requerem hífen sempre:

pós-escrito
pós-guerra
pós-moderno
pós-natal
pré-aviso p
ré-nupcial
pró-republicano

mas sem hífen quando átonos (e, normalmente, fechados):

posfácio
pospor
predeterminar
predizer
preestabelecer
preestipulado
preexistir
prejulgar

e) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por vogal, h, r ou s:

auto (auto-estima, auto-retrato, etc.)
contra (contra-ataque, contra-oferta, etc.)
extra (extra-oficial, extra-humano, extra-sensível; extraordinário é a única exceção – que, no entanto, é lícito distinguir de extra-ordinário ‘não ordinário, não rotineiro; imprevisto’)
infra (infra-estrutura, infra-hepático, infra-renal, etc.)
intra (intra-ocular, intra-hepático, intra-renal, etc.)
neo (neo-escolástico, neo-hegeliano, neo-realismo, etc.)
proto (proto-história, proto-revolução, etc.)
pseudo (pseudo-esfera, pseudo-humano, pseudo-sigla, etc.)
semi (semi-anual, semi-úmido, semi-selvagem, semi-humano, etc.)
supra (supra-renal, supra-sumo, etc.)
ultra (ultra-romântico, ultra-sensível, etc.)

f) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por h, r ou s:

ante (ante-histórico, ante-sala, etc.)
anti (anti-humano, anti-herói, anti-regimental, etc.)
arqui (arqui-histórico, etc.)
sobre (sobre-humano, sobre-saia; exceções: sobressair, sobressalto)
hiper (hiper-humano, hiper-realismo, etc.)
inter (inter-hemisférico, inter-regional, etc.)
super (super-homem, super-requintado, etc.)

g) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por vogal ou h:

circum (circum-ambiente, circum-hospitalar, etc.)
mal (mal-entendido, mal-humorado, etc.)
pan (pan-americano, pan-helênico, etc.)

h) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por r:

ab (ab-rogar: anular, suprimir)
ad (ad-rogar: adotar ou tomar por adoção)
ob (ob-rogar: contrapor-se)
sob (sob-roda: saliência capaz de estorvar o deslocamento de um veículo)
sub (sub-reitor, sub-região, etc.; no caso de sub também separamos por hífen as palavras iniciadas por b: sub-bloco, sub-bibliotecário)

Observação: Hífen de composição vocabular ou de ênclise e mesóclise é repetido quando coincide com translineação:

decreto-/-lei, exigem-/-lhe, far-/-se-á.

Fonte: www.colegiosaofrancisco.com.brwww.planalto.gov.br/www.recantodasletras.com.br

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