Vozes do Verbo

Vozes do Verbo – Língua Portuguesa

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Na área gramatical da língua portuguesa, encontramos uma classe a qual é chamada de verbo, que especifica ações realizadas, e que dentre as outras existentes, é a que mais carrega consigo flexões, sendo elas de tempo, modo, pessoa, número e voz.

Destacando-se as vozes do verbo, é necessário saber que elas estão diretamente relacionadas ao modo como é apresentada na ação, determinada pelo verbo em relação ao sujeito.

Voz ativa

O sujeito é quem pratica ou participa da ação, ou seja, é o agente da ação verbal.

Exemplo:

João leu o jornal – João é o sujeito agente, aquele que praticou a ação de ler, e leu o jornal é o verbo na voz ativa.

Voz passiva

Professora com alunos na sala de aula.Nesta, a situação é contrária da voz ativa, ou seja, o sujeito recebe a ação expressa através do verbo, portanto, torna-se paciente.

Exemplo:

O jornal foi lido por João – o jornal é sujeito paciente, e foi lido por João é o verbo na voz passiva.

A voz passiva pode ser dividida em: sintética ou pronominal e analítica.

Voz passiva sintética ou pronominal

A composição da frase é de verbo transitivo direto em 3° pessoa + se + sujeito paciente.

Exemplo:

Alugam-se casas. – alugam-se é voz passiva sintética, e casas – sujeito paciente.

Voz passiva analítica

Professora ensinando aluno. Formada pelos verbos auxiliares ser e estar + particípio do verbo transitivo + agente da passiva.

Exemplo:

Jogos solidários foram realizados – jogos solidários equivale ao sujeito paciente, e foram realizados é voz passiva analítica.

Voz passiva reflexiva

A ação verbal é praticada e recebida pelo sujeito, ou seja, o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo.

Exemplo:

O garoto machucou-se – o garoto – sujeito agente, e machucou-se é verbo na voz reflexiva.

Voz reflexiva recíproco

Sujeito composto e verbo, existe indicação de que um elemento do sujeito realiza ação sobre o outro mutuamente.

Exemplo:

Aline e João se casaram. – sujeito composto, praticando a mesma ação.

Essas são as flexões de vozes do verbo existentes em nossa língua portuguesa.

Vozes do Verbo – Tipos

Vozes Verbais

Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.

Voz Ativa

Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação expressa pelo verbo.

Exemplos:

O rapaz dançou muito na festa.
Érbio beijou sua namorada.
Janderlaine aplaudiu o cantor Belo.

Voz Passiva

Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.

Voz Passiva Sintética

A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente.

Exemplos:

Vendem-se leitões.
Aluga-se sala comercial.
Consertam-se gaitas.

Voz Passiva Analítica

A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar SER + verbo principal no particípio (formando locução verbal) e agente da passiva.

Exemplos:

O cantor Belo foi aplaudido por Janderlaine.
As gaitas foram consertadas pelo técnico.
Joelma foi traída pela lua.

Voz Reflexiva

Há dois tipos de voz reflexiva:

Reflexiva

Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.

Exemplos:

Rutherfórdio feriu-se com a faca.
Os soldados ocultaram-se na mata.
A menina machucou-se.

Reflexiva recíproca

Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.

Exemplos:

Os noivos beijaram-se no casamento.
As motocicletas chocaram-se na pista.
Renato e Pedro amam-se.

Passos da Transformação Passiva

Para efetivar a transformação da ativa para a passiva, procede-se da seguinte maneira:

Passo 1: objeto direto vira sujeito
Passo 2: verbo Principal vai para o particípio
Passo 3: surge o verbo auxiliar ser, assumindo o mesmo modo e tempo do verbo principal
Passo 4: sujeito vira agente da passiva (passo não obrigatório)

Observe:

VOZ ATIVA

Vozes do Verbo

O passo 4 não é obrigatório quando, na voz ativa, o sujeito é indeterminado.

Observe:

Vozes do Verbo

Dica: a transformação da ATIVA -> PASSIVA sempre resultará no aumento de verbos (+1), pois surgirá o verbo auxiliar SER na composição da locução verbal

Voz do Verbo

Voz do verbo é a forma que este assume para indicar que a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito.

Três são as formas verbais: a ativa, a passiva, e a reflexiva.

A VOZ ATIVA

Um verbo está na voz ativa quando a flexão verbal nos indica que o sujeito é quem pratica a ação expressa pelo verbo, ou seja, ele é o agente da ação: Os jogadores ganharam o torneio.

O sujeito da oração é representado por: Os jogadores (foram eles que ganharam o torneio). São, portanto, os “agentes da ação expressa pelo verbo”. Se o sujeito é o agente da ação, a forma verbal [ganharam] está na voz “ativa”.

“O torneio” funciona como objeto do verbo e representa o “paciente da ação” na voz ativa.

De modo prático, a estrutura básica de uma oração na voz ativa se compõe de: Um sujeito agente + verbo de ação + objeto paciente.

Um ladrão + roubou + seu carro. – O caçador + abateu + a ave.
As doenças afligem o homem.
As águas isolavam as aldeias.
O pai acompanhava a noiva.

A VOZ PASSIVA

Um verbo está na voz passiva quando a flexão verbal nos indica que o sujeito é quem sofre a ação expressa pelo verbo: O torneio foi ganho pelos jogadores.

Jogadores, agora, expressa a ação verbal na voz passiva, por isso denominado agente da passiva.

É introduzido normalmente pela preposição [por], que pode vir combinadas com os artigos [o, os, a, as] nas contrações: pelo(s), pela(as).

Apesar das diferenças formais entre as vozes ativas e passivas, as orações continuam transmitindo a ideia de ação: “jogadores” continua o agente.

A nomenclatura gramatical considera duas estruturas possíveis para a voz passiva: a passiva analítica e a sintética ou pronominal.

1. A Passiva Analítica é formada normalmente pelo verbo auxiliar ser, estar, ficar, seguido do particípio do verbo principal:

O Homem é afligido pelas doenças.
A aldeia estava isolada pelas águas.
O jogador foi afastado pelo técnico.
A noiva vinha acompanhada pelo pai.
A gazela estava sendo devorada pelo leão.

A passiva analítica, de preferência com a omissão do agente da passiva, foi muito usada pela mídia, na ditadura militar, devido à censura.

A mídia precisava informar sem ferir a imagem do governo: “Policia Militar espanca trabalhadores”; tornava-se: “Trabalhadores são espancados”.

2. A Passiva Sintética ou Pronominal é formada por um verbo ativo (t. direto ou direto e indireto) na 3ª. pessoa, seguido de pronome [se] (apassivador): Vendem-se casas (Casas são vendidas = Ativa)

Organizou-se o campeonato.
Discutiram-se os programas.

NA REFLEXIVA a forma verbal indica que o ser representado pelo sujeito faz (agente) e recebe (paciente) a ação verbal.

Em outras palavras, ele ao mesmo tempo pratica e recebe a ação verbal: Carlos cortou-se com um canivete. A forma verbal cortou-se está na voz reflexiva, porque Carlos é, a um só tempo, agente e paciente, ou seja, ele praticou e recebeu a ação de cortar-se.

Na voz reflexiva, o verbo é sempre transitivo (direto ou direto e indireto) e tem como objeto um dos pronomes oblíquos átonos (pronomes reflexivos) me, te, se, nos, vos. Para sabermos se é reflexivo, basta acrescentar a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a nós mesmos, a vós mesmos, respectivamente.

O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos:

Considera-te (a ti mesmo = objeto direto) aprovado?
O garoto feriu-se (a si mesmo = objeto direto).
O preso suicidou-se.
O coração nunca mais se (obj. direto) libertava do seu poder (obj. indireto)

Observações: os verbos dos exemplos não expressam, sozinhos, a reflexibilidade. Esta surge com a presença do pronome oblíquo átono da mesma pessoa do sujeito. O pronome substitui o ser que recebe a ação vinda do verbo.

Não se deve atribuir sentido reflexivo a verbos que designam sentimentos como: queixar-se, alegrar-se, arrepender-se, zangar-se, indignar-se e outros. A prova de que não são verbos reflexivos é que não se pode dizer.

Outros Exemplos:

O garoto magoou-se.
Nós nos perdemos na serra.

A Voz Reflexiva Recíproca denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos, nesse caso, são usados, geralmente, no plural.

O pronome oblíquo corresponde a um ao outro, mutuamente:

Os Presidentes se cumprimentaram (mutuamente).
Amam-se (amam um ao outro) como irmãos.
Os dois pretendentes insultaram- (um ao outro, mutuamente) se.
Gustavo e Amanda se casaram.
Eles se amam muito.

O verbo é a classe gramatical que mais sofre flexões. Uma dessas flexões diz respeito à voz verbal, que é a forma como o sujeito se relaciona com o verbo e os  complementos deste.

Há três vozes verbais:

1) A voz ativa. Quando o sujeito é o agente da ação ou processo verbal.

Exemplos:

Roberto cortou a melancia. Quem cortou a melancia? Roberto.

2) Voz passiva. O sujeito sofre a ação verbal.

A voz passiva pode ser:

a) Analítica (verbo ser + particípio do verbo principal):
           A melancia foi cortada por Roberto.

Aqui se percebe que o objeto direto da oração do verbo na voz ativa se tornou o sujeito (paciente) na voz passiva. E que o sujeito da voz ativa se tornou o agente da passiva.

b) Sintética. A voz passiva é feita com o pronome SE (partícula apassivadora) em vez do verbo SER: Cortou-se a melancia.

03) Voz reflexiva. O sujeito pratica e sofre a ação expressa pelo verbo: Roberto cortou-SE.

Notas:

a) Só o verbo transitivo direto (ou direto e indireto) pode passar para voz passiva.

Vejamos por quê:

Antes de tudo, na voz passiva, é necessário um agente da passiva, que na voz ativa é o sujeito, e de um sujeito paciente, que na voz ativa é objeto direto.

Vamos tentar passar um verbo transitivo indireto (VTI)  para voz passiva:

Ele assiste ao filme (VTI).
Ao filme foi ‘assistido’ por ele (errado). Inclusive a oração fica sem sentido.

Tentemos a voz passiva sintética:

Assiste-se ao filme. Temos aí um sujeito indeterminado. O SE é índice de indeterminação do sujeito.
Em ambos os casos, teríamos um sujeito preposicionado, o que é proibido por lei municipal, estadual e federal.
Eu gosto de abacaxi.
De abacaxi eu sou gostado (errado). Uma aberração!
Gosta-se de abacaxi. Outra vez temos um sujeito indeterminado.
Eu dei o picolé a Luiz.
O picolé foi dado a Luiz
Deu-se o picolé a Luiz.

DAR é um verbo transitivo direto e indireto. Assim, ele pode passar para voz passiva, como vimos.

Resumindo: Só se pode passar para a voz passiva o VTD ou o VTDI. O VTI não é possível.

b) Não confundir SE, partícula apassivadora, com SE, índice de indeterminação do sujeito.

Uma das maneiras de se  indeterminar o sujeito, é usar o verbo na terceira pessoa do singular, na voz ativa, acompanhado do pronome SE.

E isso só ocorre com os verbos intransitivos, os transitivos indiretos, e os de ligação:

Morre-se fácil aqui (Verbo Intransitivo)
Precisa-se de encanadores (Verbo Transitivo Indireto).
Em uma sala de cirurgia, sempre se fica tenso (Verbo de Ligação).
Já o SE, partícula apassivadora, o verbo, na voz passiva, pode estar no singular ou plural em concordância com o sujeito. Aliás, essa é uma das dicas de como saber  se o pronome SE é ou não partícula apassivadora: Se o verbo estiver no singular, passa-se para o plural, se o verbo flexionar-se, é partícula apassivadora:  Cortou-se a melancia. Cortaram-se as melancias.

c) Se houver dúvida se um pronome é ou não reflexivo, basta substituí-lo pela expressão A SI MESMO. Se puder, trata-se de um pronome reflexivo: Ele cortou-se. Ele cortou a si memo.

d) Para se formar a voz passiva analítica nunca se usa como auxiliar os verbos TER e HAVER. Então, quando em uma locução verbal estiverem como verbo auxiliar um desses dois verbos, já se sabe que se trata de um tempo composto e a locução está na voz ativa. Os principais auxiliares da voz passiva é SER e ESTAR (este muito mais raro).

D) Como vimos, o tipo de relação (de atividade, passividade, ou de ambas) do sujeito e seu verbo é o que chamamos de VOZ. Há um caso particular de voz reflexiva: A reflexiva recíproca, quando, num caso de sujeito composto, um age sobre o outro (ou outros) de modo recíproco: Beijaram-se Natan e sua namorada.

E) O uso de uma ou de outra voz não é totalmente indiferente:

Quando se usa a voz ativa se tenciona enfatizar o agente da ação. Na voz passiva, o destaque é para a ação. Em não havendo o desejo  consciente de se enfatizar a ação, somos mais diretos, concisos, objetivos e claros, usando a voz ativa.

Fonte: www.colegiosaofrancisco.com.br/www.graudez.com.br/br.geocities.com

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