Linguagem Verbal e Não Verbal

Linguagem Verbal e Não Verbal – O que é

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Dialogar pode ser muito mais complicado do que parece.

A comunicação não envolve somente a linguagem verbal articulada, como escrita e fala, mas também compreende a linguagem não-verbal. Mais antiga, ela se desenvolve de maneira complexa na sociedade contemporânea e abrange outras linguagens – a moda, os gestos, a arte, os sons e os sinais, entre outros.

No livro O verbal e o não-verbal Vera Teixeira de Aguiar, 62, professora doutora do Departamento de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, discute o tema de maneira mais aprofundada. Em entrevista, a acadêmica explica como surgiu a oportunidade para a composição de seu livro e discute a questão da linguagem não-verbal no presente.

O que é linguagem não-verbal?

Consideramos linguagem todas as formas de comunicação que o homem criou ao longo dos tempos. A linguagem verbal é a da palavra articulada e pode ser oral ou escrita.

As outras todas são não-verbais: linguagens que se valem dos sons, como a música, as linguagens clássicas e as visuais. Há também as linguagens que são múltiplas, como, por exemplo, o teatro, a televisão, o cinema, que são visuais, sonoras, sinestésicas. Envolvem a visão, a audição e o movimento. O homem se comunica por todo tipo de linguagem, nem sempre é necessário repassar [uma mensagem] pela linguagem verbal.

Por exemplo: atravessamos uma rua e há um sinal vermelho. Na maioria das vezes não está escrito “Pare”, há somente o sinal vermelho e ele é uma linguagem.

Entendemos que a cor de sinal vermelha é para parar, que na verde se pode andar e assim por diante.

Quais as principais diferenças entre as linguagens verbal e não-verbal?

A primeira diferença é o meio. Cada linguagem tem o seu suporte. A linguagem verbal, é também uma linguagem mais racional. Daí poder explicitar o raciocínio lógico, talvez, mais que o movimento, uma cor, ou o som de uma música. Mas isso não é um julgamento de valor. Depende da necessidade de uso da linguagem.

Normalmente nós usamos mais de uma.

Por exemplo: escrevemos um texto, colocamos um gráfico, uma foto e com isso, nos apoiamos também na linguagem visual. Das linguagens, talvez a mais pobre em eficiência, em certo sentido, seja a escrita. Na linguagem escrita não temos modulação de voz, não temos a entonação. Ao falar, posso ser irônica, engraçada, tremer a voz, demonstrar emoção e na linguagem escrita não há como fazer isso. Escrevo “amor” e está escrito a palavra “amor”.

E isso não atrapalha a compreensão?

Exatamente essa “pobreza da linguagem escrita” dá mais margem à imaginação. Como o leitor não tem todos os dados, ele formula hipóteses mentais, imaginárias, e cria todo um contexto e uma situação na sua mente que, às vezes, é muito mais rica do que aquilo que o próprio autor pensou. Então as coisas não podem ser colocadas de maneira única, maniqueísta. Depende da intenção da mensagem, do contexto, das pessoas que estão em contato, da participação de cada um na comunicação para que certo tipo de linguagem seja mais eficiente que o outro, ou para que um conjunto deles promova uma melhor comunicação.

Em alguns casos, a linguagem não-verbal é utilizada como complemento da verbal, ou vice-versa. Como se dá essa relação?

Acredito que seja sempre por uma necessidade de comunicação. Aliás, por exemplo, se a linguagem verbal é oral, ela sempre vem acompanhada, em comunicações “face a face”, do gesto, da expressão do rosto e, de qualquer maneira, ela sendo oral, sempre tem uma entoação. Posso dizer uma mesma frase de uma forma alegre, triste, irônica. Isso vai depender. Quando a comunicação não é face a face, algumas coisas se perdem. Não se sabe do contexto do interlocutor, onde ele está, qual a sua expressão, como ele reage a o que se diz. Então trabalha-se com suposições que não são tão eficientes quanto se a conversa fosse realizada “frente-a-frente”.

Qual é o tipo de linguagem, atualmente, mais valorizado pela sociedade?

Vejo dois movimentos. O primeiro é que a sociedade como um todo valoriza muito o visual. Vivemos em uma sociedade de imagem, alavancada , talvez, pela publicidade, pela sociedade de consumo. Por todos os lados nos batem imagens, outdoors, a televisão, o cinema, a moda, as vitrines enfeitadas. A sociedade de consumo é altamente visual. Fui há quatro ou cinco anos a Cuba e lá nota-se exatamente o oposto. Quase não há lojas e as poucas que há são muito mal arranjadas. No próprio interior dos estabelecimentos os produtos são mal arranjados, não exploram o aspecto apelativo que há na sociedade de consumo ocidental em geral. Como o regime não baseia-se no consumismo como tal, o modelo ainda é contra o capitalismo, sobretudo o norte-americano, fica evidente o que falta de apelo visual. Talvez possamos aprender mais, olhando o diferente. Então começamos a entender o que somos. Não é uma questão de ser bom ou ruim, apenas é, está aí na sociedade. O outro dado é de que a sociedade ocidental é altamente alfabetizada. Tudo tem que acontecer via papel escrito.

Por exemplo: no ônibus há o nome e o número da linha para onde ele vai. Quando precisamos ir para determinado lugar, tudo é informado através da palavra escrita e isso faz com que ela seja um tipo de linguagem extremamente valorizada, o verbal escrito.

Como a mídia se utiliza da linguagem não-verbal?

Usam sobretudo, a imagem e a música, creio. Além disso, há as novelas, que são uma linguagem oral e manipulam extremamente o comportamento do brasileiro.

Há, sem dúvida alguma, uma relação de causa e efeito entre a cultura de massa e o comportamento. E com muitas outras linguagens além da linguagem verbal. Os costumes em geral, a moda, a alimentação, a bebida. Em todas as novelas é possível observar que, sempre que uma personagem entra em um espaço, geralmente na casa de alguém, o dono da casa oferece uma bebida, seja água, uísque, um licor, um suco, para estimular o hábito de beber.

Criam-se modos de falar: há o “carioquês, o “gauchês”, dependendo da novela, ou o “nordestês”. Por isso que as novelas são muito mais atuais, do que de época, pois ela estabelece um distanciamento com a vida de hoje, ela é menos eficiente nesse sentido.

Linguagem Verbal e Não Verbal – Forma

Linguagem Verbal

Existem várias formas de comunicação.

Quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita,dizemos que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando lemos, quando escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita, expomos aos outros as nossas idéias e pensamentos, comunicando-nos por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas.

ela está presente em textos em propagandas;

em reportagens (jornais, revistas, etc.);

em obras literárias e científicas;

na comunicação entre as pessoas;

em discursos (Presidente da República, representantes de classe, candidatos a cargos públicos, etc.);

e em várias outras situações.

Linguagem Não Verbal

Linguagem Verbal e Não Verbal

Observe a figura abaixo, este sinal demonstra que é proibido fumar em um determinado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não utiliza do código “língua portuguesa” para transmitir que é proibido fumar. Na figura abaixo, percebemos que o semáforo, nos transmite a idéia de atenção, de acordo com a cor apresentada no semáforo, podemos saber se é permitido seguir em frente (verde), se é para ter atenção (amarelo) ou se é proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante.

Linguagem Verbal e Não Verbal

Como você percebeu, todas as imagens podem ser facilmente decodificadas. Você notou que em nenhuma delas existe a presença da palavra? O que está presente é outro tipo de código. Apesar de haver ausência da palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos decifrar mensagens a partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra, denomina-se linguagem não-verbal, isto é, usam-se outros códigos (o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores)

Linguagem Verbal e Não Verbal – Tipos

Sempre que nos comunicamos com alguém utilizamos dois tipos de linguagem: verbal e não verbal. A linguagem verbal compõe-se de palavras e frases.

A linguagem não verbal é constituída pelos outros elementos envolvidos na comunicação, a saber: gestos, tom de voz, postura corporal, etc.

Que ninguém duvide do poder da linguagem não verbal. Se uma pessoa lhe diz que está muito feliz mas sua voz é baixa, seus ombros estão caídos, o rosto inexpressivo, em qual mensagem você acredita? Na que ouviu ou na que viu? À esta discrepância entre a linguagem verbal e não verbal damos o nome de incongruência. Portanto, uma pessoa incongruente em determinado aspecto diz uma coisa e expressa outra diferente através de seus gestos, postura, voz, etc.

A linguagem não verbal provém do inconsciente de quem se comunica. Esta é a razão pela qual é tão difícil controlá-la conscientemente (por exemplo, um candidato a um emprego tem dificuldades para disfarçar suas mãos trêmulas em virtude da ansiedade na hora da entrevista). E será processada pelo inconsciente de quem recebe esta comunicação. Deste fato decorrem algumas observações interessantes.

Somente os bons atores são capazes de convencer outras pessoas com relação a uma mensagem da qual discordem inconscientemente. Isto porque esboçam sinais mínimos de incongruência. Ou seja, são treinados para controlar as manifestações do inconsciente (os sinais que poderiam denunciá-los, tais como a voz, que precisa ser forte ao interpretar um personagem agressivo e corajoso, mesmo que no fundo o ator esteja morrendo de medo da platéia).

Outra observação diz respeito à interpretação que fazemos desta linguagem não verbal e inconsciente. Nós às vezes não sabemos explicar por que não acreditamos no que uma pessoa disse. Simplesmente sentimos que algo está errado. Alguns chamarão a isto de intuição. Na verdade, nosso inconsciente observou os sinais do inconsciente da outra pessoa e os codificou. Ele registrou, por exemplo, os sinais que a pessoa emitiu a cada vez que expressou alegria. Imagine que esta pessoa juntava as mãos e respirava fundo sempre que se dizia alegre. Se um dia ela apenas sorri e não repete aqueles sinais, então concluímos que em uma das duas situações ela não estava se sentindo alegre.

Num outro exemplo, temos aqueles nossos amigos que nos conhecem tão bem a ponto de ser quase impossível mentir para eles. Isto porque eles já têm codificados no inconsciente todos os nossos sinais. Eles conhecem, por terem participado de momentos importantes de nossas vidas, a expressão que temos quando estamos cansados, preocupados, alegres, etc.

Imagine agora a seguinte situação: Uma mãe diz a seu filho que o ama, mas com uma voz ríspida e expressão agressiva. Obviamente, o inconsciente da criança registrará a incongruência e ela não se sentirá amada. Todavia, a fim de se proteger da dor que isto causa, ela poderá não dar ouvidos à mensagem inconsciente, procurará ignorá-la e assim se convencer de que a mãe a ama. Com o tempo e com a repetição, ela poderá aprender a desconsiderar sempre a mensagem de seu inconsciente.

O ideal seria que toda criança fosse educada de forma a confiar no que seus sentidos são capazes de perceber: confiar no que seus olhos vêem, confiar que o remédio realmente tem um gosto amargo e não é saboroso e doce como lhe afirmaram. Neste sentido, seria igualmente importante que aprendesse a confiar em sua intuição, aqui entendida como a capacidade de perceber a comunicação inconsciente que recebe de outras pessoas.

Em geral uma pessoa que expressa uma incongruência está dividida internamente. Imagine um político explicando sua plataforma política a seus eleitores de uma forma que não os convence. É como se uma parte dele confiasse no plano e estivesse convencida de seus benefícios, mas outra parte sua tivesse dúvidas a respeito de sua eficácia. Por este motivo, a comunicação será vacilante, insegura ou artificial (exceção feita aos bons atores e àqueles que convencem a si próprios).

Com relação às mensagens verbais e não verbais, ou conscientes e inconscientes, vale ressaltar que para a PNL ambas são reais e igualmente importantes. Porque cada uma delas é a expressão de uma parte da pessoa.

Se alguém lhe diz que gosta de você e a nível não verbal expressa o contrário, é possível que esteja dividido a seu respeito. É como se um lado desta pessoa tivesse ressalvas em relação a você e outro lado realmente gostasse (ou quisesse gostar) de sua companhia.

Há alguns contextos onde a incongruência pode ser útil. Por exemplo, uma mãe não desejará que seu filho, que acabou de se ferir com certa gravidade, perceba que ela está apavorada. Ao contrário, neste momento a criança precisa de alguém que possa lhe dar apoio e segurança. Nesta situação, como em muitas outras, é melhor ser incongruente do que causar danos ainda maiores.

Existem várias maneiras de se lidar com as incongruências. A menos eficaz é comentar a incongruência observada, pois isto costuma colocar a outra pessoa na defensiva. Imagine o que acontece se alguém comenta que você parecia não estar falando o que sentia quando disse algo. É possível que você passe a tentar convencer esta pessoa, e para isto você defenderá o que disse. Comentários dão bons resultados quando existe um relacionamento muito próximo entre duas pessoas, quando elas têm liberdade para isto Uma outra forma seria acompanhar a incongruência. Se alguém lhe diz “Estou muito empolgado com este projeto “e olha para baixo, suspira, cruza os braços, etc., você poderia dizer “Fico feliz”, enquanto também olha para baixo, suspira e cruza os seus braços. Esta estratégia inicialmente fará com que a pessoa fique um pouco pensativa e confusa, passando depois a perceber a sua incongruência e possivelmente a querer falar sobre ela.

Algumas incongruências são devidas a divisões internas muito fortes, a conflitos internos significativos, que costumam causar sofrimento a quem os experimenta. Como o pai que fica sem jeito ao abraçar o filho porque tem dificuldades para dar e receber afeto. Neste caso, é necessário um trabalho de integração das partes envolvidas (da parte que gostaria de expressar afeto e da parte que acha que não deveria fazê-lo). Outras incongruências deste tipo são expressas através da fórmula “Eu gostaria de poder X mas Y me impede”.

Linguagem Verbal e Não Verbal – Comunicação

Linguagem Verbal e Não Verbal
Sinal vermelho, um exemplo de linguagem não-verbal

Comunicação é o processo de troca de informações entre um emissor e um receptor.

Um dos aspectos que podem interferir nesse processo é o código a ser utilizado, que deve ser entendível para ambos.

Quando falamos com alguém, lemos um livro ou revista, estamos utilizando a palavra como código. Esse tipo de linguagem é conhecido como linguagem verbal, sendo a palavra escrita ou falada, a forma pela qual nos comunicamos. Certamente, essa é a linguagem mais comum no nosso dia-a-dia. Quando alguém escreve um texto, por exemplo, está usando a linguagem verbal, ou seja, está transmitindo informações através das palavras.

A outra forma de comunicação, que não é feita nem por sinais verbais nem pela escrita, é a linguagem não-verbal. Nesse caso, o código a ser utilizado é a simbologia. A linguagem não-verbal também é constituída por gestos, tom de voz, postura corporal, etc. Se uma pessoa está dirigindo e vê que o sinal está vermelho, o que ela faz? Pára. Isso é uma linguagem não-verbal, pois ninguém falou ou estava escrito em algo que ela deveria parar, mas como ela conhece a simbologia utilizada, apenas o sinal da luz vermelha já é suficiente para ela compreender a mensagem.

Ao contrário do que alguns pensam, a linguagem não-verbal é muito utilizada e importante na vida das pessoas. Quando uma mãe diz de forma áspera, gritando e com uma expressão agressiva, que ama o filho, será que ele interpretará assim? Provavelmente não. Esse é apenas um exemplo entre muitos, para ilustrar a importância da utilização da linguagem não-verbal.

Outra diferença entre os tipos de linguagens é que, enquanto a linguagem verbal é plenamente voluntária, a não-verbal pode ser uma reação involuntária, provindo do inconsciente de quem se comunica.

Fonte: www.facasper.com.br/www.graudez.com.br/docentes.puc-campinas.edu.br

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