Concordância Verbal

Concordância Verbal – Verbo

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Sujeito simples – verbo concorda com o suj. simples em pessoa e número

Ex.: uma boa Constituição é desejada por todos os brasileiros / de paz necessitam as pessoas

Sujeito coletivo (sing. na forma com idéia de pl) – verbo fica no singular, concordando com a palavra escrita não com a idéia

Ex.: o pessoal já saiu

Observação

Quando o verbo se distanciar do sujeito coletivo, o verbo poderá ir para o pl concordando com a idéia de quantidade (silepse de número) – a turma concordava nos pontos essenciais, discordavam apenas nos pormenores

sujeito é um pronome de tratamento – verbo fica na 3ª pess

Ex.: Vossa Senhoria não é justo / Vossas Senhorias estão de acordo comigo

expressão mais de + numeral – verbo concorda com o numeral

Ex.: mais de um candidato prometeu melhorar o país / mais de duas pessoas vieram à festa

Observações

mais de um + se (idéia de reciprocidade) – verbo no plural (mais de um sócio se insultaram)

mais de um + mais de um – verbo no plural (mais de um candidato, mais de um representante faltaram à reunião)

expressões perto de, cerca de, mais de, menos de + suj. no pl. – verbo no plural

Ex.: perto de quinhentos presos fugiram / cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio / mais de mil vozes pediam justiça / manos de duas pessoas fizeram isto

nomes só usados no plural – a concordância depende da presença ou não de artigo

  • sem artigo – verbo no singular (Minas Gerais produz muito leite / férias faz bem)
  • precedidos de artigo plural – verbo no plural (“Os Lusíadas” exaltam a grandeza do povo português / as Minas Gerais produzem muito leite)
  • Observação

    para nomes de obras literárias, admite-se também a concordância ideológica (silepse) com a palavra obra implícita na frase (“Os Lusíadas” exalta a grandeza do povo português)

    expressões a maior parte, grande parte, a maioria de (= suj. coletivo partitivo) + adj. adnominal no pl. – verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o especificador (AA)

    Ex.: a maior parte dos constituintes se retirou (retiraram) / grande parte dos torcedores aplaudiu (aplaudiram) a jogada / a maioria dos constituintes votou (votaram)

    Observação

    quando a ação só pode ser atribuída à totalidade e não separadamente aos indivíduos, usa-se o singular (um bando de soldados enchia o pavimento inferior)

    quem (pronome relativo sujeito) – verbo na 3ª pessoa do sing. concordando com o pronome quem ou concorda com o antecedente

    Ex.: fui eu quem falou (falei) / fomos nós quem falou (falamos)

    que ( pronome relativo sujeito) – verbo concorda sempre com o antecedente

    Ex.: fomos nós que falamos

    sujeito é pron. interrogativo ou indefinido (núcleo) + de nós ou de vós – depende do pron. núcleo

    pronome-núcleo no sing. – verbo no singular

    Ex.: qual de nós votou conscientemente? / nenhum de vós irá ao cinema

    pronome-núcleo no pl. – verbo na 3ª pessoa do plural ou concordando com o pronome pessoal

    Ex.: quais de nós votaram (votamos) conscientemente? / muitos de vós foram (fostes) insultados

    sujeito composto anteposto ao verbo – verbo no plural

    Ex.: o anel e os brincos sumiram da gaveta

    com núcleos sinônimos – verbos no singular ou plural (o rancor e o ódio cegou o amante / o desalento e a tristeza abalaram-me)

    com núcleos em gradação – verbo sing. ou plural (um minuto, uma hora, um dia passa/passam rápido)

    dois infinitivos como núcleos – verbo no singular (estudar e trabalhar é importante

    dois infinitivos exprimindo idéias opostas – verbo no plural (rir e chorar se alternam)

    sujeito composto posposto – concordância normal ou atrativa (com o núcleo mais próximo)

    Ex.: discutiram/discutiu muito o chefe e o funcionário

    Observação

    se houver idéia de reciprocidade, verbo vai para o plural (estimam-se o chefe e o funcionário)

    quando o verbo ser está acompanhado de substantivo plural, o verbo também se pluraliza (foram vencedores Pedro e Paulo)

    sujeito composto de diferentes pessoas gramaticais – depende da pessoa prevalente

  • eu + outros pronomes – verbo na 1ª pessoa plural (eu, tu e ele sairemos)
  • tu + eles – verbo na 2ª pessoa do plural (preferência) ou 3ª pessoa do plural (tu e teu colega estudastes/estudaram?)
  • Observação

    se o sujeito estiver posposto, também vale a concordância atrativa (saímos/saí eu e tu)

    sujeito composto resumido por um pronome-síntese (aposto) – concordância com o pronome

    Ex.: risos, gracejos, piadas, nada a alegrava

    expressão um e outro – verbo no singular ou no plural (um e outro falava/falavam a verdade)

    Observação

    com idéia de reciprocidade – verbo no plural (um e outro se agrediram)

    expressão um ou outro – verbo no singular (um ou outro rapaz virava a cabeça para nos olhar)

    sujeito composto ligado por nem – verbo no plural (nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a felicidade)

    Observação

    aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-se em conta a prioridade gramatical (nem eu, nem ela fomos ao cinema)

    expressão nem um nem outro – verbo no singular (nem um nem outro comentou o fato)

    sujeito composto ligado por ou – faz-se em função da idéia transmitida pelo ou

  • idéia de exclusão – verbo no singular (José ou Pedro será eleito para o cargo / um ou outro conhece seus direitos)
  • idéia de inclusão ou antinomia – verbo no plural (matemática ou física exigem raciocínio lógico / riso ou lágrimas fazem parte da vida)
  • idéia explicativa ou alternativa – concordância com sujeito mais próximo (ou eu ou ele irá / ou ele ou eu irei)
  • expressão um dos que – verbo no singular (um) ou plural (dos que)

    Ex.: ele foi um dos que mais falou/falaram

    Observação

    se a expressão significar apenas um, verbo no singular (é uma das peças de Nelson Rodrigues que será apresentada)

    sujeito é número percentual – observar a posição do número percentual em relação ao verbo

  • verbo concorda com termo posposto ao número (80% da população tinha mais de 18 anos / dez por cento dos sócios saíram da empresa)
  • o verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele (perderam-se 40% da lavoura)
  • verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no plural (os 87% da produção perderam-se / aqueles 30% do lucro obtido desapareceram)
  • sujeito é número fracionário – verbo concorda com o numerador

    Ex.: 1/4 da turma faltou ontem / 3/5 dos candidatos foram reprovados

    sujeito composto antecedido de cada ou nenhum – verbo na 3ª pessoa do singular

    Ex.: cada criança, cada adolescente, cada adulto ajudava como podia / nenhum político, nenhuma cidade, nenhum ser humano faria isso

    sujeito composto ligado por como, assim como, bem como (formas correlativas) – deve-se preferir o plural, sendo mas raro o singular

    Ex.: Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades / tanto uma, como a outra, suplicava-lhe o perdão

    sujeito composto ligado por com – observar presença ou não de vírgulas

  • verbo no plural sem vírgulas (eu com outros amigos limpamos o quintal)
  • verbo no singular com vírgulas, idéia de companhia (o presidente, com os ministros, desembarcou em Brasília)
  • sujeito indeterminado + SE (IIS) – verbo no singular

    Ex.: assistiu-se à apresentação da peça

    sujeito paciente ao lado de um verbo na voz passiva sintética – verbo concorda com o sujeito

    Ex.: discutiu-se o plano / discutiram-se os planos

    locução verbal constituída de: parecer + infinitivo – verbo parecer varia ou o infinitivo

    Ex.: as pessoas pareciam acreditar em tudo / as pessoas parecia acreditarem em tudo

    Observação

    com o infinitivo pronominal, flexiona-se apenas o infinitivo (elas parece zangarem-se com a moça)

    verbos dar, bater e soar + horas – verbos têm como sujeito o número que indica as horas

    Ex.: deram dez horas naquele momento / meio-dia soou no velho relógio da igreja

    verbos indicadores de fenômenos da natureza – verbo na 3ª pessoa singular por serem impessoais, extensivo aos auxiliares se estiverem em locuções verbais

    Ex.: geia muito no Sul / choveu por muitas noites no verão

    Observação

    em sentido figurado deixam de ser impessoais (choveram vaias para o candidato)

  • haver = existir ou acontecer, fazer (tempo decorrido) é impessoal
  • Ex.: havia vários alunos na sala (=existiam) / houve bastantes acidentes naquele mês (=aconteceram) / não a vejo faz uns meses (=faz) / deve haver muitas pessoas na fila (devem existir)

    Observações

    considera-se errado o emprego do verbo ter por haver quando tiver sentido de existir ou acontecer (J há um lugar ali / L tem um lugar ali)

    os verbos existir e acontecer são pessoais e concordam com seu sujeito (existiam sérios compromissos / aconteceram bastantes problemas naquele dia)

    verbo fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno da natureza (impessoal)

    Ex.: fazia anos que não vínhamos ao Rio / faz verões maravilhosos nos trópicos

    verbo ser – impessoal quando indica data hora e distância, concordando com a expressão numérica ou a palavra a que se refere (eram seis horas / hoje é dia doze / hoje é ou são doze / daqui ao centro são treze quilômetros)

    se estiver entre dois núcleos das classes a seguir, em ordem, concordará, preferencialmente, com a classe que tiver prioridade, independente de função sintática.

    pronome pessoal > pessoa > subst. concreto > subst. abstrato > pronome indef, demonstr ou interrog

    Ex.: Tu és Maria / Maria és tu / Tu és minhas alegrias / Minhas alegrias és tu / Maria é minhas alegrias / Minhas alegrias é Maria / As terras são a riqueza / A riqueza são as terras / Tudo são flores / Emoções são tudo

    Observação

    RL registra que o singular também aparecem (“Tudo é flores no presente” Gonçalves Dias)

  • se o sujeito é palavra coletiva, o verbo concorda com o predicativo (a maoria eram adolescentes / a maior parte eram problemas)
  • sujeito indica peso, medida, quantidade + é pouco, é muito, é bastante, é suficiente, é tanto, verbo ser no singular (três mil reais é pouco pelo serviço / dez quilômetros já é bastante para um dia)
  • silepse de pessoa – verbo concorda com um elemento implícito

    Ex.: a formosura de Páris e Helena foram causa da destruição de Tróia / os brasileiros somos improvisadores (idéia de inclusão de quem fala entre os brasileiros

    Concordância Verbal – O que é

    A regra básica da concordância verbal manda que o verbo concorde com o sujeito gramaticalmente.

    O verbo, porém, pode concordar, por atração.

    Pode, ainda, deixar de concordar com o sujeito, para concordar com o predicativo.

     A) Quando os substantivos são sinônimos ou têm sentidos aproximados, o sujeito, embora composto, pode deixar o verbo no singular:

     a) “O medo e a covardia destrói a auto-estima.”
     b) “A pureza e a inocência ainda comove.”

     B) Quando o sujeito composto está posposto (após o verbo), o verbo pode concordar apenas com o mais próximo, por atração:

     a) “Morava ali o fazendeiro e as filhas.”
     b) “Morreu o jumento e todas as ovelhas, por causa da seca.”

     C) Se o sujeito composto contiver pronomes pessoais, a Norma aconselha que o verbo concorde, no plural, com o núcleo pronominal que for mais predominante.

    A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª:

     a) “Ele e teu pai são sócios.” (3ª pessoa com 3ª pessoa)
     b) “Sereis amaldiçoados vós e vossa geração.” (2ª pessoa e 3ª pessoa)
     c) “Tu e ela decidireis tudo juntos.” (2ª pessoa e 3ª pessoa).
     d) “Seremos felizes tu e eu.” (2ªº pessoa e 1ª pessoa)

    D) “No caso de o sujeito composto possuir núcleos unidos pela conjunção ou, o verbo concordará com o núcleo mais próximo, se essa conjunção indicar retificação ou exclusão:

     a) “O culpado ou os culpados serão punidos.”
     b) “O pai ou a mãe ficará com a criança, após o divórcio.”

     Obs. Se a idéia expressa no verbo puder se referir a qualquer dos núcleos, indiferentemente, o verbo irá para o plural:

     a) “Uma maçã ou uma pêra me satisfariam neste momento.”

     E) Quando o sujeito composto tem núcleos unidos pela conjunção com, o verbo pode ficar no singular, por atração com o núcleo singular, que queremos enfatizar:

     a) “Abandonou a fazenda o sertanejo com todos os filhos.”
     b) “Leonardo, com seus colegas, pichou a parede da sala.”

     F) Se o sujeito composto tiver os núcleos unidos pela conjunção nem, o verbo ficará no singular, se a idéia expressa pelo verbo se refere apenas a um dos núcleos e não pode se referir aos dois:

     a) “Depois do divórcio, nem o pai nem a mãe ficará com a criança.”
     b) “Nem Conde nem Cabral será eleito prefeito.”

     Obs. Se a idéia puder se referir a qualquer um dos núcleos, o verbo ficará no singular ou no plural:

     a) “Nem o Valle nem o Bittar será eleito deputado (= nem o Valle será nem o Bittar será…)
     b) “Nem o Valle nem o Bittar serão eleitos deputados.”

     G) Sujeito composto com núcleos correlacionadas pode levar o verbo ao singular ou ao plural. Se quiser enfatizar o núcleo mais próximo, deixe o verbo no singular:

     a) “Não só o professor, mas também o médico merecem as atenções do Governo.”
     b) “Não só o professor,  mas também o médico merece as atenções do Governo.”

     H) O verbo ficará no singular se o sujeito é um substantivo coletivo no singular:

     a) “O pelotão descansou após a batalha.”
     b) “O enxame penetrou na sala.”

     Obs. Caso o sujeito coletivo tenha substantivo no plural, o verbo ficará gramaticalmente no singular, mas poderá ficar no singular, se a intenção for enfatizar a ação individual dos elementos da expressão coletiva:

     a) “Um enxame de abelhas invadiu a casa.”
     b) “O enxame de abelhas invadiram a casa, por todos os lados.

     Obs. Há uma diferença se sentido no verbo invadir. Em “a” você imagina o enxame entrando em massa. Em “b”, imaginamos o enxame disperso, as abelhas não são vistas como um enxame. Podem ser vistas, individualmente, em todos os lugares da casa.

     I) As expressões a maior parte, grande número etc deixam  o verbo gramaticalmente no singular, mas pode levar o verbo a concordar, por atração, no plural, com o substantivo, se houver substantivos nessas expressões coletivas:

     a) “A maior parte faltou à aula.”
     b) “A maior dos alunos faltou à aula.
     c) “Grande número de peixes morreram com a poluição”.
     d) “Grande número de peixes morreu com a poluição.”

     J) Com as expressões um e outro, nem um nem outro, o verbo pode ficar no singular ou no plural, indiferentemente.

     a) “Um e outro merece / merecem o presente.”
     b) “Nem um nem outro compareceu / compareceram à reunião.”

     L) A expressão um ou outro deixa o verbo no singular:

     a) “Um ou outro remédio lhe fará bem.”
     b) “Uma ou outra jovem aceitará sua companhia.”

     M) Com a expressão um dos que, o verbo deve ficar no plural. Essa expressão indica que algo ou alguém se destaca de um grupo de coisas ou pessoas.

    Atualmente há uma tendência em deixar o verbo no singular, por atração com a palavra um:

     a) “Geraldo é um dos que mais trabalham por essa escola.”
     b) “O Colégio Carmela Dutra é um dos que mais se esforçam para educar o aluno.”

     A concordância feita gramaticalmente se baseia, por exemplo, na letra “a”, no fato de que várias pessoas trabalham muito pela escola, e que Geraldo é uma dessas pessoas.

     N) A expressão mais de um deveria deixar o verbo gramaticalmente no plural, mas, como no item anterior, há uma tendência em se deixar o verbo no singular, por atração com a palavra um:

     a) “Mais de um aluno ficou em recuperação.”
     b) “Mais de um aluno ficaram em recuperação.”

     Às vezes, a idéia de plural dessa expressão fica mais evidente quando há reciprocidade.

    Neste caso, a concordância por atração seria inadmissível: o verbo tem de ficar no plural:

     a) “Mais de um deputado se agrediram na Câmara.”
     b) “Mais de uma candidata se abraçaram após a divulgação do resultado.”

     O) Embora a Norma Culta aconselhe que, no casos de expressões com pronomes pessoais, a concordância se faça com a pessoa gramatical que prevalecer, ela aceita a concordância por atração.

     Nas expressões quais de vós e alguns de nós, por exemplo, há pessoas gramaticais diferentes dentro de cada uma delas: quais (3ª pessoa do plural) e vós (2ª pessoa do plural); alguns (3ª pessoa do plural) e nós (1ª pessoa do plural):

     a) “Quais de vós aceitareis essa verdade ?”
     b) “Quais de vós aceitarão essa verdade ?”
     c) “Alguns de nós faremos tudo para aprender.”
     d) “Alguns de nós farão tudo para aprender.”
     e) “Quantos de nós não teremos amado em vão ?”
     f) “Quantos de nós não terão amado em vão ?”

     Em “a”, “c” e “e”, a concordância se faz, gramaticalmente, com aquela pessoa gramatical que, de conformidade com a Norma Culta, deve prevalecer. Nos demais exemplos, a concordância se faz por atração com o pronome indefinido interrogativo.

     P) Na situação de sujeitos, o pronome quem leva o verbo, gramaticalmente, à 3ª pessoa, e que deixa o verbo na mesma pessoa em que estiver o nome antecedente:

     a) “Eras tu quem sonhava com esta viagem.”
     b) “Somos nós quem se encarregará disso tudo.”
     c) “És tu que mereces o prêmio.”
     d) “Fui o primeiro que terminou a prova.”

     Essa regra não é rígida:

     a) “Sou eu quem paga isso.” (concordância gramatical)
     b) “Sou eu quem falo agora.” (concordância por atração com o sujeito da oração anterior).

     Q) Alguns nomes próprios locativos, embora estejam no plural, se referem a um local único ou unificado. Estados Unidos, Países Baixos, Campinas,  Minas Gerais, Campos Elísios, Laranjeiras, Ramos,  Umbuzeiros etc. Alguns desses nomes ainda guardam o sentido de unificação de unidades distintas. Nesse caso, até hoje aceitam o artigo plural.

    São exemplos em que o sujeito leva o verbo ao plural:

     a) “Os Estados Unidos não aceitam mais imigração de mexicanos.”
     b) “Os Países Baixos não exportam mais tais produtos.”

    Os demais nomes citados não têm artigo pluralizados e isso deixa claro que não se trata de um conjunto de coisas, embora tenham forma de plural. Sabemos que, enquanto Estados Unidos é um locativo que lembra a união de diversos estados confederados, os demais nomes são simples denominações de locais considerados unidades indecomponíveis.

    Deixam, portanto, o verbo no singular:

     a) “Campinas não fica tão distante.” (nome de cidade)
     b) “A Umbuzeiros ficou alagada.” (nome de rua)
     c) “Laranjeiras foi prejudicado pelas obras.” (nome de bairro)

     A concordância não se faz com a palavra, mas com a idéia de localidade: “A cidade (Campinas)…”; “A Rua (Umbuzeiros)…”; “O bairro (Laranjeiras)…”

    No caso de título de obras (livro, jornal, filme, peça teatral, novela, programa de rádio ou TV) esses títulos, ainda que tenham forma de plural , deixam o verbo no singular. O fato de terem artigo plural não muda essa regra: o verbo estará concordando com a idéia singular de romance, jornal, filme etc):

     a) “Os Lusíadas emociona os portugueses até hoje”.
     b) “Bonés é acentuado graficamente.”
     c) “Paulo Afonso foi considerada um monumento nacional.”
     d) “Os Trapalhões hoje começará  às oito horas.”
     e) “Dois-pontos não será empregado nessas frases.”
     f) “Quatro-olhos não larga os livros nunca.”

    Essa concordância que se faz, não com apalavra presente na frase mas com uma idéia, é chamada de concordância ideológica.

    Os nomes destacados em negrito são formas resumidas:  obra Os Lusíadas, palavra bonés, cachoeira  Paulo Afonso,  programa Os Trapalhões, sinal dois-pontos, menino quatro-olhos (= de óculos).

    Quando exemplos como esses aparecem com o verbo concordando, no plural, não se trata então de título de coisas ou pessoas, mas sim da pessoa ou coisa em si.

    Aí a concordância se faz gramaticalmente:

     a) “Bonés possuem abas.”
     b) “Os lusíadas inspiravam Camões.” (= os portugueses).
     c) “Os trapalhões desembarcam hoje no Galeão.”
     d) “Os dois pontos darão a vitória ao Flamengo.”
     e) “Do quarto dos gêmeos, quatro olhos olhavam fixamente para mim.”

     R) Você já aprendeu que, se um verbo é impessoal, ele não tem sujeito, e se não tem sujeito, não ficará no plural como se tivesse concordando com um sujeito.

    Então vamos apenas acrescentar o seguinte: o auxiliar de um verbo impessoal fica também impessoal, no singular:

     a) “Devia haver nesse cofre dois mil reais.”
     b) “Deve fazer dois anos que ele se formou.”

     S) A expressão de realce é que não interfere na concordância entre o sujeito e o verbo:

     a) “Nós é que sabemos a verdade.”
     b) “As crianças é que falam com sinceridade.”

     T) Com as expressões comparativas bem como, assim como, como, há sujeito composto. O verbo concordará com o primeiro núcleo, pois a intenção é destacar esse núcleo:

     a) “O saci, bem como a mula-sem-cabeça, não existe”.
     b) “Paulo César, como seu pai, se formou em Biologia.”

     Se, contudo, a intenção não é comparar, mas englobar os dois núcleos, o verbo irá para o plural:

     a) “Tanto Paulo quanto Francisco conseguiram aprovação.”
     b) “A matemática bem como a Filosofia devem ser estudadas.”

     U) Verbos que indicam marcação de horas, como bater, soar, dar, concordam com o número de horas indicado no sujeito:

     a) “Iam dar duas horas.”
     b) “Naquele momento, começaram a bater as seis horas.”
     c) “Soavam as dez horas, quando cheguei.”
     d) “Bateram nove horas na torre da igreja.”

     Se o sujeito for expressões como relógio, sino, o verbo concordará com elas:

     “O sino da igreja bateu nove horas.”

    Concordância Verbal – Regra geral

    O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

    Ex: Bancários iniciam campanha eleitoral.

    Concordância do verbo com o sujeito composto

    1º Caso

    Quando o sujeito composto vier anteposto ao verbo, o verbo irá para o plural.

    Ex: O milho e a soja subiram de preço.

    Obs.:  Quando os núcleos do sujeito forem sinônimos, o verbo poderá ficar no singular ou no plural.

    Ex: Medo e terror nos acompanha (acompanham) sempre.

    Quando os núcleos do sujeito vierem resumidos por tudo, nada, alguém ou ninguém, o verbo ficará no singular.

    Ex: Dinheiro, mulheres, bebida, nada o atraía.

    Quando o sujeito for formado por núcleos dispostos em gradação (ascendente ou descendente) o verbo ficará no singular ou no plural.

    Ex: Uma briga, um vento, o maior furacão não os inquietava (inquietavam).

    2º. Caso

    Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, o verbo irá para o plural ou concordará apenas com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo.

    Ex: Chegou o pai e a filha. Chegaram o pai e a filha.

    3º. Caso

    Quando o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo irá para o plural na pessoa que tiver prevalência. 1º , 2º , 3º. 2º , 3º.

    Ex: Eu, tu e ele fizemos o exercício.Tu e ele fizeste / fizeram.

    4º. Caso

    Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção “ou” , o verbo ficará no singular se houver idéia de exclusão. Se houver idéia de inclusão o verbo irá para o plural.

    Ex: Pedro ou Antônio será o presidente do clube. (Exclusão) Laranja ou mamão fazem bem a saúde. (Inclusão)

    Casos especiais de concordância verbal

    1º. Caso

    Com a expressão “um dos que” o verbo ficará no singular e no plural. O plural é construção dominante.

    Ex: Você é um dos que mais estudam (estuda).

    2º. Caso

    Quando o sujeito for constituído das expressões “mais de”, “menos de”, “cerca de” o verbo concordará com o numeral que segue as expressões.

    Ex: Mais de uma pessoa protestou contra a lei.Mais de vinte pessoas protestaram contra a decisão.

    Obs.: Com a expressão “mais de um”pode ocorrer o plural:- Quando o verbo dá idéia de ação recíproca (troca de ações).

    Ex: Mais de uma pessoa se abraçaram.- Quando a expressão “mais de um” vem repetida. Ex: Mais de um amigo, mais de um parente estavam presentes.

    3º. Caso

    Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo só concordará com ele. Se esses pronomes estiverem no plural o verbo concordará com ele ou com o pronome pessoal.

    Ex: Qual de nós? Alguns de nós.Qual de nós viajará? Quais de nós viajarão (viajaremos)?

    4º. Caso

    Quando o sujeito for um coletivo o verbo ficará no singular.

    Ex: A multidão gritava desesperadamente.

    Obs.:- Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o verbo ficará no singular ou poderá ir para o plural.

    Ex: A multidão de torcedores gritava (gritavam) desesperadamente.

    5º. Caso

    Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo “que”, o verbo concordará com o antecedente deste pronome.

    Ex: Sou eu que pago.

    6º. Caso

    Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo “quem”, o verbo concordará com o antecedente ou ficará na 3º pessoa do singular concordando com o sujeito quem.

    Ex: Sou eu quem paga (pago).

    7º. Caso

    Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de artigo, o verbo ficará no singular; se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo irá para o plural.

    Ex: Minas Gerais possui grandes fazendas.Os Estados Unidos são uma nação poderosa.

    8º. Caso

    Os verbos impessoais ficam sempre na 3º pessoa do singular.

    Ex: Faz 5 anos…Havia crianças na fila.

    Obs.:- Também fica na 3º pessoa de singular o verbo auxiliar que se põe junto a um verbo impessoal formando uma locução verbal.

    Ex: Deve haver crianças na fila.- O verbo existir não é impessoal.

    Ex: Existiam crianças na fila.Devem existir crianças na fila. (O verbo auxiliar de um verbo pessoal concordará com o sujeito).

    9º. Caso

    Com os verbos “dar”, “bater”, “soar” se aparecer o sujeito”relógio”a concordância se fará com ele; se não aparecer com o sujeito “relógio” a concordância se fará com o número de horas.

    Ex: O relógio deu cinco horas.Deram cinco horas no relógio da matriz. … relógio da matriz: Adjunto adverbial de lugar.

    10º.  Caso

    Quando o sujeito for formado por um pronome de tratamento o verbo irá sempre para 3º pessoa.Vossa Excelência leu meus relatórios?

    11º.  Caso

    Quando “se” funcionar como partícula apassivadora o verbo concordará normalmente com o sujeito da oração.

    Ex: Pintou-se o carro.Alugam-se casas.

    12º.  Caso

    Quando o “se” funcionar como Índice de Indeterminação do Sujeito o verbo ficará sempre na 3º pessoa do singular.

    Ex: Precisa-se de secretária.Vive-se bem aqui.

    13º.  Caso

    O verbo parecer, seguido de infinitivo admite duas construções:

    Flexiona-se o verbo parecer e não se flexiona o infinitivo.

    Flexiona-se o infinitivo e não flexiona-se o verbo parecer.

    Ex: Os prédios parecem cair.Os prédios parece caírem.

    Concordância com o verbo ser

    a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordarão com o predicativo.

    Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões.

    Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.

    Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

    b-   O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos QUE ou QUEM.

    Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos?

    c- Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será com a expressão numérica

    Ex.: São nove horas./ É uma hora.

    Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias pois subentende-se a palavra dia.

    Ex.: Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro.

    d- Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome.

    Ex.: Aqui o presidente sou eu.

    Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.

    Ex.: Eu não sou tu

    e-  Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.

    Ex.: O menino era as esperanças da família.

    f-  Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc, o verbo fica sempre no singular.

    Ex.: Cento e cinqüenta é pouco./ Cem metros é muito.

    g-  Nas expressões do tipo ser preciso, ser necessário, ser bom o verbo e o adjetivo podem ficar invariáveis, (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto.

    Ex.: É necessário aqueles materiais./ São necessários aqueles materiais.

    h- Na expressão é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo ser e o que, ficará invariável.Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.

    Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados./ São eles que sempre chegam atrasados.

    Concordância Verbal – Oração

    A concordância do verbo com o sujeito da oração apresenta, por vezes, algumas dificuldades com as quais tropeçamos com frequência na redação de artigos científicos.

            Embora se encontre nas gramáticas a orientação necessária baseada em exemplos colhidos em textos de escritores clássicos, julgamos útil transpor para a linguagem médica as regras de concordância verbal aplicáveis àqueles casos que geralmente nos trazem dúvidas.

            A regra básica é de que o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Em determinadas construções, no entanto, quando se trata de sujeito composto, a condição de pluralidade depende de interpretação e, em muitos casos, admite-se a concordância tanto no singular como no plural.

    Damos, a seguir, alguns exemplos :

    1. Os sujeitos na 3a. pessoa ligados pela conjunção e exigem o verbo no plural:

                Ex.: Dieta e exercício são essenciais ao diabético.

                Tratando-se, porém, de palavras sinônimas ou que expressam a mesma idéia, o verbo pode ficar no singular

                Ex.: Habilidade e destreza revela o bom cirurgião

    2. Quando os sujeitos forem resumidos em uma palavra como tudo, nada, nenhum, cada, o verbo ficará no singular.

                Ex.: As náuseas, a febre, a dor na fossa ilíaca direita, o sinal de Blumberg positivo, tudo indicava tratar-se de apendicite  aguda.

    3. Quando os sujeitos vierem após o verbo, admite-se a concordância com o mais próximo, no singular, ou, de preferência,  com a totalidade, no plural.

                Ex.: No singular – Na hemiplegia observa-se contratura muscular, marcha ceifante e sinal de Babinski.

                No plural – Confirmaram a hipótese diagnóstica a ultrassonografia e a tomografia computadorizada.

    4. Sendo o sujeito o pronome quem o verbo fica no singular.

                Ex.: Quem mede a temperatura e toma a pressão arterial dos doentes no Hospital são as auxiliares de enfermagem.

                Admite-se também a concordância com a palavra que antecede o pronome.

                Ex.: Fui eu quem operei o paciente, em vez de fui eu quem operou o paciente.

    5. Nos casos de sujeitos da 3a. pessoa do singular ligados pela conjunção nem, o verbo poderá ficar no singular ou no plural.

                Ex.: No singular – Nem a intubação traqueal, nem a massagem cardíaca reanimou o paciente.

                No plural – Nem os analgésicos comuns, nem os opiáceos aliviaram a dor.

    6. Nos casos de sujeitos ligados pela partícula com, o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Usa-se o singular quando se pretende realçar a ação do primeiro deles e o plural para indicar igualdade de cooperação entre os sujeitos.

                Ex.: No singular – O professor com seus assistentes operou o paciente.

                No plural – O professor com seus assistentes operaram o paciente.

    7. Os sujeitos ligados por assim como, tanto…como, não só…mas também pedem o verbo no plural.

                Ex.: A anamnese assim como o exame físico são imprescindíveis em qualquer especialidade.

                Tanto a história clínica, como a icterícia e o prurido cutâneo sugerem tratar-se de colestase extra-hepática.

                Não só os corticóides mas também os  imunossupressores, como a azatioprina, estão indicados no tratamento da doença de Crohn.

    8. Estando os dois sujeitos ligados por bem como, o verbo concorda com o primeiro.

                Ex.: Este antibiótico, bem como todos os macrolídeos, é eficaz nas infecções urinárias.

    9. Quando a expressão um e outro, uma e outra figura como sujeito da frase, o verbo tanto pode estar no singular como no plural.

                Ex.: No singular – Um e outro tratamento pode ser empregado.

                No plural – Uma e outra técnica foram usadas, ambas com bons resultados.

    10. Quando se trata do verbo ser, a concordância se faz de preferência com o predicativo. Se, entretanto, o sujeito for uma pessoa, o verbo ficará no singular..

                  Ex.: No plural – A causa da hipopotassemia foram os vômitos.

                  No singular – Médico não é apenas os curadores das doenças do corpo, mas também as da mente.

    11. Com o sujeito representado pela expressão mais de um, mais de uma, é preferível o verbo no singular. Contudo, também se usa no plural.

                  Ex.: No singular Mais de um médico cuidou deste paciente.

                  No plural – Mais de um pesquisador chegaram à mesma conclusão.

                  Com a expressão mais de dois, mais de três etc o plural é obrigatório.

    12. Com a expressão um dos…que, uma das…que, o verbo pode ser usado indiferentemente no singular ou no plural.

                  Ex.: No singular – Dentre os cientistas brasileiros, Carlos Chagas foi um dos que mais contribuiu  para a projeção da medicina brasileira no exterior.

                  No plural – A descoberta dos raios-X foi um dos marcos que assinalaram o início da era tecnológica na medicina.

    13. O sujeito representado por um substantivo coletivo, como grande número, grande parte, maioria, seguido de complemento no plural admite o verbo tanto  no singular ou no plural.

                  Ex.: No singular – Grande número de publicações médicas brasileiras não se encontra indexada. 

                  A maioria dos estudantes tomou parte na manifestação de protesto.

                  No pluralGrande parte dos recursos destinados à saúde são mal aplicados.

                 A maioria dos médicos em atividade possuem algum tipo de emprego e trabalham em mais de um local.

     14. Os sujeitos ligados pela conjunção ou admitem o verbo tanto no singular como no plural. O verbo ficará obrigatoriamente no singular se os sujeitos forem sinônimos.

                 Ex.: A tripanossomíase americana ou doença de Chagas é endêmica nos países sul-americanos.

    Há outras particularidades de concordância verbal que não foram aqui incluídas.

    Limitâmo-nos aos casos mais comuns e de maior interesse para a  linguagem médica.

    Concordância Verbal – Sujeito

    Regra geral

    O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

    Exemplos:

    O técnico escalou o time.

    Os técnicos escalaram os times.

    Casos especiais

    Sujeito composto

    a) anteposto: verbo no plural.

    b) posposto: verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural.

    c) de pessoas diferentes: verbo no plural da pessoa predominante.

    d) com núcleos em correlação: verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural.

    e) ligado por COM: verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o plural.

    f) ligado por NEM: verbo no plural e, às vezes, no singular.

    g) ligado por OU: verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU.

    Exemplos:

    O técnico e os jogadores chegaram ontem a São Paulo.
    Chegou(aram)
    ontem o técnico e os jogadores.
    Eu, você e os alunos iremos ao museu.
    Tu, ela e os peregrinos visitareis o santuário.
    O cientista assim como o médico pesquisa(m) a causa do mal.
    O professor, com os alunos, resolveu o problema.
    O maestro com a orquestra executaram a peça clássica.
    Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana.
    Valdir ou Leão será o goleiro titular.
    João ou Maria resolveram o problema.
    O policial ou os policiais prenderam o perigoso assassino.

    Sujeito constituído por:

    a) um e outro, nem um nem outro: verbo no singular ou plural.

    b) um ou outro: verbo no singular.

    c) expressões partitivas seguidas de nome plural: verbo no singular ou plural.

    d) coletivo geral: verbo no singular.

    e) expressões que indicam quantidade aproximada seguida de numeral: verbo concorda com o substantivo.

    f) pronomes (indefinidos ou interrogativos) seguidos de pronome: verbo no singular ou plural.

    g) palavra QUE: verbo concorda com o antecedente.

    h) palavra QUEM: verbo na 3ª pessoa do singular.

    i) um dos que: verbo no singular ou plural.

    j) palavras sinônimas: verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural.

    Exemplos:

    Um e outro médico descobriu(ram) a cura do mal.
    Nem um nem outro problema propostos foi(ram) resolvido(s).
    A maioria dos candidatos conseguiu(iram) aprovação.
    Mais de um jogador foi elogiado pela crônica esportiva.
    Cerca de dez jogadores participaram da briga.
    O povo escolherá seu governante em 15 de novembro.
    Qual de nós será escolhido?
    Poucos dentre eles serão chamados pelo Exército.
    Alguns de nós seremos eleitos.
    Hoje sou eu que faço o discurso.
    Amanhã serão eles quem resolverá o problema.
    Foi um dos alunos desta classe que resolveu o problemas.
    Seu filho foi um dos que chegaram tarde.
    A Ética ou a Moral preocupa-se com o comportamento humano.

    Verbo acompanhado da palavra SE

    a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente.

    Exemplos:

    Viam-se ao longe as primeiras casas.

    Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida.

    b) SE = índice de indeterminação do sujeito: verbo sempre na 3ª pessoa do singular.

    Exemplos:

    Necessitava-se naqueles dias de novas idéias.
    Estava-se
    muito feliz com o resultado dos jogos.
    Morria-se
    de tédio durante o inverno.

    Verbos impessoais

    Verbos que indicam fenômenos; verbo haver indicando existência ou tempo; verbo fazer, ir, indicando tempo: ficam sempre na 3ª pessoa do singular.

    Exemplos:

    Durante o inverno, nevava muito.
    Ainda havia muitos candidatos para a Universidade.
    Ontem fez dez anos que ela se foi.
    Vai
    para dez meses que tudo terminou.

    Verbo SER

    a) indicando tempo, distância: concorda com o predicativo.

    Exemplos:

    Hoje é dia três de outubro, pois ontem foram dois e o amanhã serão quatro.

    Daqui até o centro são dez quilômetros.

    b) com sujeito que indica quantidade e predicativo que indica suficiência, excesso: concorda com o predicativo.

    Exemplos:

    O homem sempre foi suas idéias.
    Santo Antônio era as esperanças da solteirona.
    O problema eram os móveis.
    Hoje, tudo são alegrias eternas.
    Mulheres discretas é coisa rara.
    A Pátria não é ninguém; somos todos nós.

    Verbo DAR

    Verbo dar (bater e soar) + hora(s): concorda com o sujeito.

    Exemplos:

    Deram duas horas no relógio do campanário.
    Deu
    duas horas o relógio da igreja.

    Verbo PARECER

    Verbo parecer + infinitivo: flexiona-se um dos dois.

    Exemplo:

    Os cientistas pareciam procurar grandes segredos.
    Os cientistas parecia procurarem grandes segredos.

    Sujeito = nome próprio plural.

    a) com artigo singular ou sem artigo: verbo no singular.

    Exemplos:

    O Amazonas deságua no Atlântico.
    Minas Gerais exporta minérios.

    b) com artigo plural: verbo no plural.

    Exemplos:

    Os Estados Unidos enviaram tropas à zona de conflito.
    “Os Lusíadas” narram as conquistas portuguesas.

    Fonte: br.geocities.com/www.colegiosaofrancisco.com.br/www.graudez.com.br

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