Descrição

Descrição – O que é

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A descrição caracteriza-se por ser um “retrato verbal” de pessoas, objetos, animais, sentimentos, cenas ou ambientes. Entretanto, uma descrição não se resume à enumeração pura e simples. O essencial é saber captar o traço distintivo, particular, o que diferencia aquele elemento descrito de todos os demais de sua espécie.

Os elementos mais importantes no processo de caracterização são os adjetivos e locuções adjetivas. Desta maneira, é possível construir a caracterização tanto no sentido denotativo quanto no conotativo, como forma de enriquecimento do texto.

Enquanto uma narração faz progredir uma história, a descrição consiste justamente em interrompê-la, detendo-se em um personagem, um objeto, um lugar, etc.

Elementos básicos de uma descrição:

Nomear – Identificar – dar existência ao elemento (diferenças e semelhanças)

Localizar – Situar – determinar o lugar que o elemento ocupa no tempo e no espaço.

Qualificar – Testemunho do observador sobre os seres do mundo

A qualificação constitui a parte principal de uma descrição. Qualificar o elemento descrito é dar-lhe características, apresentar um julgamento sobre ele. A qualificação pode estar no campo objetivo ou no subjetivo. Uma forma muito comum de qualificação é a analogia, isto é, a aproximação pelo pensamento de dois elementos que pertencem a domínios distintos. Pode ser feita através de comparações ou metáforas.

Descrição subjetiva X Descrição objetiva

Objetiva – sem impressões do observador, tentando maior proximidade com o real

Subjetiva – visão do observador através de juízos de valor

No terreno objetivo temos as informações (dados do conhecimento do autor do texto: livro comprado em Lisboa), as caracterizações (dados que estão no objeto de descrição: livro vermelho).

Já no subjetivo, estão as qualificações (impressões subjetivas sobre o ser ou objeto: livro interessante). O ideal é que uma descrição possa fundir a objetividade, necessária para a “pintura” ser a mais verídica possível, e a subjetividade que torna o texto bem mais interessante e agradável. Sendo assim, a descrição deve ir além do simples “retrato”, deve apresentar também uma interpretação do autor a respeito daquilo que descreve.

Descrição

Descrição – Texto

Uma descrição consiste em uma enumeração de parâmetros quantitativos e qualitativos os quais buscam fornecer uma definição de alguma coisa.

Uma descrição completa inclui distinções sutis úteis para distinguir uma coisa de outra.

Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É “fotografar” com palavras.

No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais comuns) são os VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características – representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS – aos seres caracterizados – representados pelos SUBSTANTIVOS.

Ex. O pássaro é azul .

1-Caractarizado: pássaro

2-Caracterizador ou característica: azul

O verbo que liga 1 com 2 : é

Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descreve e que se referem às características não-físicas do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo! (carcterização subjetiva).

Descrição – Dissertação e a Narração

Além da dissertação e da narração, temos a descrição como importante tipologia textual.

Enquanto a dissertação se caracteriza pela discussão de uma idéia, com a exposição de argumentos que visam a comprovar a tese do autor, e a narração se constitui no relato de um fato, a descrição é a tipologia textual que consiste no ato de descrever pessoas, cenários, situações, coisas em geral.

A descrição é o retrato verbal de algo, cuja principal finalidade é captar a “alma” desse algo, individualizando-o. É muito difícil exigir-se um texto puramente descritivo. A descrição geralmente vem atrelada a outra tipologia, principalmente à narrativa.

Características gramaticais da descrição

Verbos de ligação

É comum, ao descrever algo, usarmos verbos de ligação, que exprimem transformação, estado, continuidade, etc. Exemplo: Rubião é um cara muito esquisito.

Após o banho, ele costuma rolar na terra. Com sua pele precocemente enrugada, ele parece um ancião fora de época.

Frases e predicados nominais

Frases nominais são aquelas que não são compostas de verbo explícito. Servem para caracterizar, retratar algo de maneira estática. Daí a ausência dos verbos. O predicado nominal é o composto por verbo de ligação. Exemplo: Aquela casa era muito gelada. Nas paredes, quadros tristes. Muitas ranhuras na pintura, em torno de uma residência nutrida de saudade.

Verbos predominantemente no presente e no pretérito imperfeito do indicativo

Ao contrário da narração, a descrição não trabalha com a sucessão temporal. Ela é estática. Por isso, os verbos geralmente estão no presente do indicativo (como as coisas são no momento da fala) ou no pretérito imperfeito (como as coisas eram quando o observador as percebeu).

Adjetivos

É claro que num texto que descreve algo é marcante a presença dos adjetivos (e locuções adjetivas), palavras que servem para qualificar um nome. Ele pode aparecer em forma de adjunto adnominal, predicativo do sujeito (com verbo de ligação) ou de oração (oração subordinada adjetiva, introduzida por pronome relativo).

Exemplo: Praga – Flor de uma Primavera devorada pela História, a urbe silenciosa acordava com os ecos dos sons lançados pelos sinos dos campanários mais altos. Centenas de cúpulas reluzentes lançavam pináculos a um céu muitas vezes cinzento, e das florestas vizinhas chegava o primeiro chilrear dos pássaros madrugadores. Do leste, restava a memória de quem sempre viveu no centro da Europa, e de ocidente soprava um vento de mudança, que não embalava as árvores mas vestia de cores mais garridas a bela cidade milenar, orgulho do povo checo. São memórias de ambientes etéreos de Praga, ainda guiadas, aqui e ali, por evocações de Milan Kundera. (Jorge Adn Costa).

Fonte: www.graudez.com.br/www.colegiosaofrancisco.com..br

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