Karatê

PUBLICIDADE

No começo, a maioria dos alunos não é consciente do estilo de Karate que pratica, até algum tempo depois. Uma vez que o aluno progrediu de um nível baixo a um mais avançado, começa a compreender a “política” existente entre os diversos estilos.

Facilmente, existem uns cinquenta estilos de Karate no Ocidente. O curioso de tudo isto é que o Karate realmente nasceu de três estilos diferentes que havia na ilha de Okinawa. Além disso, cabe destacar que os três estilos desenvolveram-se partindo de um só, o estilo nativo conhecido como “Te” que significa “mão”.

Existem mais de trinta estilos autorizados ou reconhecidos no Japão e Okinawa. Ainda quando na sua maioria estes estilos tenham sido criados em Okinawa, outros foram desenvolvidos no Japão, por indivíduos que viajaram à China para completar seu treinamento. Por tanto, afirmar que todos os estilos de Karate são originários de Okinawa não é certo, ainda quando a maioria tenha origens nesta pequena ilha.

Caratê, Karatê, Karaté ou karate-do é uma forma de budo (caminho do guerreiro).

Arte marcial japonesa que se originou em Okinawa e foi introduzida nas principais ilhas do arquipélago japonês em 1922.

O Karatê enfatiza as técnicas de defesa (i.e. bloqueios, socos e chutes) ao invés das técnicas de luta com projeções e imobilizações.

O treinamento do Karatê pode ser dividido em três partes principais: kihon, kumite e kata.

Kihon é o estudo dos movimentos básicos.

Kumite significa luta e pode ser executada de forma definida ou de forma livre.

Kata significa forma e é uma espécie de luta contra um inimigo imaginário expressa em seqüências fixas de movimentos.

Karatê
Karatê

História

Originalmente a palavra karatê era escrita com os ideogramas (Tang e mão) se referindo a dinastia chinesa Tang ou, por extensão mão chinesa, refletindo a influência chinesa neste estilo de luta.

O karatê é provavelmente uma mistura de uma arte de luta chinesa levada até Okinawa por mercadores e marinheiros da província de Fujian com uma arte própria de Okinawa. Os nativos de Okinawa chamam este estilo de te, mão. Os estilos de karatê de Okinawa mais antigos são o Shuri-te, Naha-te e Tomari-te, assim chamados de acordo com os nomes das três cidades em que eles foram criados.

Em 1820 Sokon Matsumura fundiu os três estilos e deu o nome de shaolin (em chinês) ou shorin (em japonês), que são as diferentes pronúncias dos ideogramas (pequeno e bosque). Entretanto os próprios estudantes de Matsumura criaram novos estilos adicionando ou subtraindo técnicas ao estilo original. Gichin Funakoshi, um estudante de um dos discípulos de Matsumura, chamado Anko Itosu, foi a pessoa que introduziu e popularizou o caratê nas ilhas principais do arquipélago japonês.

O karatê de Funakoshi se originou da versão de Itosu do estilo shorin-ryu de Matsumura que é comumente chamado de shorei-ryu. Posteriormente o estilo de Funakoshi foi chamado por outros de shotokan. Funakoshi foi o responsável pela mudança na forma de escrever o nome desta arte marcial. Ele mudou os caracteres do caratê para e acrescentou a particula (Dô) para salientar a influencia Zen dessa arte marcial.

Ele fez isto para para fazer que o karatê fosse aceito pela organização de budo Dai Nippon Butokai, já que em uma época ascenção do nacionalismo japonês era importante não fazer do caratê parecer uma arte de origem estrangeira como a maneira antiga de escrever implicava.

O karatê foi popularizado no Japão e introduzido nas escolas secundárias antes da Segunda Guerra Mundial.

Como muitas das artes marciais praticadas no Japão, o caratê fez a sua transição para o karatê-do no início do século XX. O do em karatê-do significa caminho, palavra que é análoga ao familiar conceito de tao. Como foi adotado na moderna cultura japonesa, o caratê está imbuído de certos elementos do zen budismo, sendo que a prática do karatê algumas vezes é chamada de “zen em movimento”. As aulas freqüentemente começam e terminam com curtos períodos de meditação. Também a repetição de movimentos, como executado no kata, é consistente com a meditação zen pretendendo maximizar o autocontrole, a atenção, a força e velocidade, mesmo em condições adversas. Professores de caratê diferem muito na maneira em que eles em reconhecem a influência do zen nesta arte marcial.

A modernização e sistematização do caratê no Japão também incluiu a adoção do uniforme branco (dogi ou keikogi) e de faixas coloridas indicadoras do estágio alcançado pelo aluno, ambos criados e popularizados por Jigoro Kano, fundador do judô. Fotos de antigos praticantes de caratê de Okinawa mostram os mestres em roupas do dia-a-dia.

Desde que o fim da Segunda Guerra mundial, caratê tornou-se popular em Coréia do Sul sob os nomes: tangsudo ou kongsudo.

O estilo de caratê Shotokan é caracterizado por posturas que dão estabilidade e força aos movimentos. No outro extremo temos o Wado-ryu que dá preferência a movimentos rápidos e sutis (conhecidos como tai sabaki) que permitem ao praticante se esquivar de ataques e promover rápidos contra-ataques. O estilo Wado-ryu foi introduzido no ocidente por Tatsuo Suzuki. O estilo Shito-Ryu é basicamente o resultado da combinação das características do estilo duro-linear do SHURI-TE de Yasutsune “Anko” Itosu com estilo mais suave-circular do NAHA-TE de Kanryo Higashionna.

No Japão moderno existem duas correntes principais de caratê: os estilos de caratê tradicional como o Shotokan, Goju-ryu, Wado-ryu e Shito-Ryu, assim chamados porque foram os primeiros, todos fundados antes da II Guerra Mundial, e os estilos de caratê Full Contact como o Kyokushin-kaikan fundado por Masutatsu Oyama. O caratê Full Contact é assim denominado porque neste estilo é enfatizado a quantidade de dano causado ao oponente ao invés da qualidade da técnica demonstrada ( embora esta também seja importante). A maioria dos estilos de caratê Full Contact se originaram do estilo Kyokushin.

O caratê como esporte

O karatê também pode ser praticado como um esporte competitivo, muito embora não possua status de esporte olìmpico como o Judô e o Taekwondo. Isto se deve ao fato de que não há uma organização centralizadora para o caratê, assim como não existem regras uniformes entre os diversos estilos. A competição pode ser tanto de kumite como de kata e os competidores podem participar individualmente ou em grupo.

Na competição de kata pontos são concedidos por cinco juízes, de acordo com a qualidade da performance do atleta de maneira análoga a ginástica olímpica.

São critérios para uma boa performance a correta execução dos movimentos e a interpretação pessoal do kata através da variação de velocidade dos movimentos (bunkai). Quando o kata é executado em grupo (usualmente de três atletas) também é importante a sincronização dos movimentos entre os componentes do grupo.

No kumite dois oponentes se enfrentam por cerca de dois a cinco minutos. Pontos são concedidos tanto pela técnica quanto pela localização em que os golpes são desferidos. As técnicas permitidas e os pontos permissíveis de serem atacados variam de estilo para estilo. Além disto o kumite pode ser de semi-contato (como no Shotokan) como de contato direto (como no Kyokushinkai).

Dojo kun

É o conjunto de cinco preceitos (kun) que são normalmente recitados no começo e no fim das aulas de caratê no dojo (local de treinamento). Estes preceitos representam os ideais filosóficos do caratê e são atribuídos a um grande mestre da arte do século XVIII chamado “karatê ” Sakugawa.

Origem

Karate foi originado na Índia ou na China, há aproximadamente doze séculos. A medida em que a arte foi sendo desenvolvida, estudada, cultivada e transmitida através das gerações, mudanças e contribuições foram somadas para a formação de diversos estilos de karate em evidência atualmente.

Há milênios já existiam formas de lutas sem armas, e na época dos samurais no Japão, não existia o conceito de esporte. os guerreiros praticavam artes marciais também como forma de exercícios físicos, através dos quais educavam a disciplina, a moral, o civismo e impunham a paz e a moral à sua Nação.

O grande responsável pelo desenvolvimento do karate, foi o mestre Gichin Funakoshi, que introduziu o karate como esporte no Japão e foi convidado pelo ministério da educação japonês, para dar aulas de karate nas escolas e universidades do país. O mestre Funakoshi pretendeu com seu método que visava a educação física como forma de defesa pessoal, aliada à filosofia dos samurais, mas com base científica, ajudar os estudantes em sua formação como homens e cidadãos úteis a sociedade, tudo isso, sem perder o verdadeiro espírito marcial da luta.

O karatê foi considerado “arte divina” pela sua grande eficiência no combate real. Um dos fatos mais importantes para o desenvolvimento do karate, foi o surgimento do “karate-competição” como esporte. Nos anos 30 e 40, o karate começou a se espalhar pelo mundo.

Aqueles poucos indivíduos, que realmente alcançaram uma alta condição na arte do karate, exibem capacidades que parecem estar próximas dos limites do potencial humano. O praticante de karate, uma pessoa altamente treinada nos aspectos físico-mentais, quando se confronta com o atacante, apresenta um comportamento diferenciado e da provas de sentimentos completamente incomuns a alguém tão ameaçado. Existe um ruptura de pensamento intelectual e de emoções como raiva, medo e orgulho. Em lugar disso, ele não se sente como indivíduo separado das coisas que o cercam, como um indivíduo em seu ambiente.

Até mesmo seu oponente é olhado como uma extensão de si próprio. É natural que tais sentimentos subjetivos estejam abertos ao estudo científico.

Métodos

Impedidos de portar armas pelos conquistadores japoneses, os habitantes da ilha de Okinawa começaram a praticar no século XVIII métodos de auto-defesa com as “mãos vazias”, significado da expressão karate em japonês.

A arte se espalhou pelo Japão após 1922, quando o mestre Gichin Funakoshi, da Sociedade Okinawa de Artes Marciais, foi convidado pelo Ministério da Educação do país a fazer uma apresentação de karatê em Tóquio.

Para que pudesse ser praticado como um esporte de competição, foram formuladas regras de combate simulado, evitando que chutes e socos causem ferimentos graves nos atletas e criando a modalidade kumite (combate um-a-um).

Na modalidade kata (“forma”, em japonês) participantes sozinhos ou em grupo buscam executar formas com o maior grau de perfeição possível.

Estilos

Te

A Arte Marcial simplesmente conhecida como Te, é um dos sistemas de combate de Okinawa. Devido à proibição de armas imposta pelos governantes japoneses à povoação de Okinawa, no século XVI, o Te desenvolveu-se como método de defesa pessoal. O Te considerado como uma Arte completamente autóctona da ilha, mas reconhece-se a influência de outros países orientais, especialmente da China. Um dos primeiros Mestres reconhecidos desta forma de combate à mão vazia, foi Shungo Sakugawa (1733-1815) O qual recebeu sua instrução diretamente de um monge de nome Peichin Takahara. Sakugawa ensinou a Arte Marcial a Soken Matsumura, um dos maiores artistas marciais da história. Enquanto que a raiz da maioria dos estilos de Karate que desenvolveram-se em Okinawa, encontra-se na conexão SakugawaMatsumura, muitos outros estilos foram criados sem a influência de um ou de outro.

Na Okinawa do século XVIII, desenvolveram-se três centros importantes de estudo do Karate. Um deles ficava situado na antiga capital de Shuri, onde viviam os nobres e a família real. Um outro formou-se em Naha, o principal porto da ilha. O terceiro em Tomari. Cada uma destas cidades desenvolveu eventualmente seu próprio estilo.

Shuri-Te

Sakugawa, que está considerado como um dos primeiros Mestres de Te, também foi considerado como um dos primeiros Mestres de Shuri-Te, devido a viver nesta cidade. Sakugawa contava quase 70 anos de idade quando uma criança de nome Matsumura começou a treinar com ele. Matsumura tornou-se o melhor aluno de Sakugawa e depois da morte do Mestre, Matsumura chegou a ser o melhor instrutor de Shuri-Te. Sua influência originou a maioria dos diferentes estilos de Karate existentes hoje em dia.

Tomari-Te

Tomari fica perto da pequena povoação de Kumemura (Cidade Kume), que era habitada por grande números de militares treinados em diferentes estilos de Artes Marciais. Entre todos estes estilos havia sistemas “duros”, descendentes do Templo Shaolin, assim como outros estilos “internos”, que provinham de outros lugares da China.

Enquanto o Shuri-Te foi influenciado principalmente pelos estilos “duros” de Shaolin, o Tomari-Te teve influências tanto dos estilos “duros” como dos “suaves”.

Um dos principais Mestres de Tomari-Te foi Kosaku Matsumora, que ensinava o estilo sempre à porta fechada e em segredo. No entanto, só uns poucos estudantes de Matsumora chegaram a conseguir um nível suficientemente notável para transmitir a Arte.

Outro importante instrutor de Tomari-Te foi Kohan Oyadomari, o primeiro instrutor do grande Chotoku Kyan.

Naha-Te

Dos três estilos significativos daquela época em Okinawa, o Naha-Te era o estilo mais influenciado pelos sistemas “internos” chineses e o que menos contato tivera com a tradição Shaolin. O maior Mestre de Naha-Te foi Kanryo Higashionna. Parece provado que Higashionna tenha estudado o estilo Shuri-Te com Matsumura, mas apenas durante um curto período. Higashionna era ainda muito jovem quando foi morar na China, onde permaneceu durante muitos anos.

Quando regressou a Naha, abriu uma escola na qual destacavam padrões de movimentos respiratórios muito usados nos estilos “internos” chineses. Higashionna teve muitos bons alunos, os quais chegaram a ser famosos por eles mesmos, entre os que encontram-se Chojun Miyagi e Kenwa Mabuni.

Shorin Ryu

O Shuri-Te e o Tomari-Te fusionaram-se para fazer-se um só estilo denominado Shorin Ryu, que reconhece a influencia do Templo Shaolin. “Shorin” é a palavra chinesa para Shaolin. Foi na época de Sumura quando as duas formas se juntaram. Um dos maiores expoentes deste novo estilo foi Yatsutsume (Anko) Itosu, um dos melhores alunos de Matsumura.

Shorei Ryu

No momento de maior popularidade de Higashionna, o Naha-Te começou a ser conhecido como Shorei Ryu. Durante este mesmo período, o estilo começou a tomar uma nova direção e transformou-se num estilo de combate puramente “interno”. Isto foi devido em grande parte à influência de Choki Motobu. Apesar do estilo de Motobu ser considerado Naha-Te, na realidade não tinha nada a ver com Higashionna. Quando Motobu transformou-se em líder do Shorei Ryu, começou a orientar seu desenvolvimento numa outra direção, principalmente por ter treinado com Anko, do estilo Shuri-Te e também com Matsumora, do estilo Tomari-Te. Motobu teve grande reputação como lutador nas ruas e como instrutor de Karate.

Shotokan

O fundador do Karate Shotokan foi aluno de Yasutsune Itosu e de seu bom amigo Yasutsune Azato. Itosu aprendeu seu estilo de Karate de Sooken Matsumura, enquanto que Azato foi treinado pelo instrutor de Tomari-Te, Kosaku Matsumora. Por tanto, Funakoshi treinara extensamente em Shorin Ryu e em Shorei Ryu.

Devido à sua relação com estes dois grandes instrutores, Funakoshi teve ocasião de treinar também com outros mestres importantes.

Quando Funakoshi foi viver para Tóquio em 1930, fundou o estilo Shotokan. Shotokan traduz-se como a escola de “Shoto”, porque o nome de batismo de Funakoshi era “Shoto”.

Funakoshi encontrava-se na vanguarda quando a diversidade dos estilos de Karate transformaram-se em moda. Por não ser considerado partidário da especialização em apenas um estilo de Karate, sua influência ajudou em muito a provocar esta proliferação.

Shito Ryu

Enquanto Funakoshi treinava com ltosu, um de seus amigos e companheiros de aula era Kenwa Mabuni. Mabuni eventualmente, resolveu treinar num estilo diferente de Karate e viajou a Naha para treinar com Higashionna. Mabuni ficou com Higashionna durante muitos anos e inclusivamente treinou, ainda que por pouco tempo, com Chojun Miyagi. Miyagi regressara de seus treinamentos na China e a intenção de Mabuni era aprender dele as técnicas novas que ali tivesse aprendido.

Como Funakoshi, Mabuni mudou-se para o Japão e fundou o Shito Ryu. Shito era uma combinação dos nomes dos seus dois Mestres, Higa[shi]onna e I[to]su.

Mabuni ensinava uma combinação do estilo puro e lineal do Shuri-Te de Itosu e do estilo suave e circular de Naha-Te. Seu sistema de Shito Ryu está considerado como um dos sistemas mais praticados no Japão.

Goju Ryu

O Naha-Te que ensinava Higashionna, com o tempo, mudou seu nome para Shorei Ryu e começou a parecer-se aos estilos que tem origem no Templo Shaolin.

O estilo original de Higashionna estava influenciado por um sistema de combate que existiu na China antes da tradição de Shaolin e era um pouco mais suave que o Shorin Ryu. O estudante de Higashionna, Chojun Miyagi, queria ensinar um estilo similar aquele que ensinava seu instrutor e seguindo as recomendações de seu Mestre, resolveu viajar à China para completar seu treinamento. Ali, concentrou-se no estudo de diferentes sistemas internos e técnicas de respiração.

Miyagi regressou a Naha e depois de vários anos, viajou ao Japão para ensinar na antiga capital de Tóquio. A Arte de Miyagi evolui do Naha-Te que aprendera de Higashionna até aquilo que em 1929, Miyagi denominou Goju Ryu, cujo significado é “Duro” (Go) e “Suave” (Ju). Foi a combinação desta arte suave e dura o que fez do Goju Ryu um dos sistemas mais praticados na atualidade. Um dos melhores alunos de Miyagi foi Gogen Yamaguchi “O Gato”.

Wado Ryu

Quando Gichin Funakoshi realizava demostrações, normalmente era acompanhado do seus melhores alunos. O estudante que mais ajudou Funakoshi nas suas demostrações foi Hironori Otsuka, que começou a treinar com Funakoshi em 1926. A começos dos anos 30, Otsuka era considerado um dos melhores praticantes de Karate do Japão. É curioso assinalar o fato de que quando Otsuka fez-se aluno de Funakoshi, já era um Mestre de Shindo Yoshin Ryu Jujitsu, mas deixou de parte seu estilo para treinar com Funakoshi. Depois de treinar durante mais de dez anos com Funakoshi, de repente Otsuka deixou de treinar com Funakoshi e começou a estudar outros estilos de Karate, durante curtos períodos. Existem provas de ter inclusivamente treinado com Choki Motobu, antes de estabelecer-se por sua conta.

Em 1939, Otsuka fundou o Karate Wado Ryu (Wa significa “harmonia” e Do “caminho ou via”). Otsuka combinou o Karate que aprendera com Funakoshi com seu próprio estilo Yoshin Ryu Jujitsu, para desenvolver um sistema muito mais suave que o resto dos estilos. Seus treinamentos priorizam a perfeição da mente à perfeição da técnica. O Wado Ryu fez-se um estilo muito popular em todo o mundo.

Kyokushinkai

O Kyokushinkai é na atualidade um dos estilos de Karate mais duros. Seu fundador, o Mestre Masutatsu Oyama, começou seu treinamento em Shotokan num colégio militar, à idade de 14 anos. Na realidade, Oyama era um Coreano de nome Yee Hyung, mas mudou de nome quando foi viver para o Japão.

Oyama foi recrutado para o exército Imperial em 1941, depois de apenas dois anos de treinamento com Funakoshi. Depois da guerra, treinou com Chojun Miyagi e pouco depois, resolveu viver retiradamente e viajou à Montanha Kiyosumi, onde viveu isolado por mais de um ano e meio. Oyama tentou estabelecer sua própria escola mas não obteve muito êxito. No entanto, com o tempo sua prática de matar toiros com apenas um golpe de mão, proporcionou-lhe muita fama. Em 1952, Oyama viajou aos Estados Unidos para dar a conhecer o seu estilo. Aceitou todos os desafios e jamais perdeu um combate, acabando com a maioria de seus adversários por K.O. Quando Oyama regressou ao Japão, fundou o Kyokushinkai.

O Kyokushinkai dá prioridade ao combate descontrolado para ajudar os alunos a vencer o medo. Os competidores não usam equipamentos de proteção nos campeonatos e a maioria dos combates acabam com um K.O. Outra característica importante do Kyokushinkai são os exercícios de rompimento. Aos aspirantes a Cinto Preto são exigidos os teste de quebra.

Isshin Ryu

O fundador do Isshin Ryu, Tatsuo Shimabuku aprendeu Karate com diferentes instrutores de diferentes estilos. Estudou Goju Ryu com Chojun Miyagi, depois Shorin Ryu com Chotoku Kyan e finalmente Shorei Ryu com o Mestre Choki Motobu.

Foi durante a Segunda Guerra Mundial quando Shirnabuku ganhou fama corno instrutor. os oficiais japoneses estavam tão impressionados com os seus métodos de ensino que evitaram que fosse à guerra, para continuar a treinar com ele.

Depois da derrota dos japoneses, as forças americanas de ocupação em Okinawa mostraram-se muito interessadas pelo Karate de Shimabuku e muitos soldados americanos foram treinar com ele. Alguns dos melhores alunos de Shirnabuku eram americanos, entre eles contavam-se Steve Armstrong, Harold Mitchum e Don Nagel. Armstrong estava tão impressionado com Shimabuku que conseguiu do governo americano que lhe pagassem cinco dólares mensais, por cada soldado americano que treinasse com ele.

Em 1954, Shimabuku fundou o estilo lshshin Ryu, que significa “O estilo de um só coração”.

Motobu Ryu

A família Motobu era nobre e praticava uma Arte Marcial considerada tão efetiva como mantida em absoluto segredo. Só o primogénito tinha o direito de aprender a Arte da família. Choki Motobu era o terceiro filho e desejava desesperadamente aprender o estilo de sua família, mas não foi autorizado. Por muito que espreitasse seu irmão mais velho e seu pai, Choki jamais aprendeu o suficiente nem para poder defender-se na rua. Por este motivo, foi aprender com outros.

O irmão mais velho, Choyu, era o verdadeiro Mestre da família. Por volta de 1940, Choyu acabou com a tradição e ensinou a Seikichi Uehara a sua Arte. Uehara fundou o Karate Motobu Ryu em 1961. Apesar de seu estilo ter esse nome em honra de Choyu Motobu, na realiade não é idêntico aquele ensinado na família.

Uechi Ryu

Surpreendentemente, o Karate Uechi Ryu nunca esteve influenciado por Shungo Sakugawa, nem por Soken Matsumura ou Kanryo Higashionna. Este estilo é considerado um rebento do Naha-Te, devido à origem e influências similares.

O fundador deste estilo foi Kanbum Uechi, um nativo de Okinawa que viajou à China e estabeleceu amizade com o monge Chou Tzu Ho, o qual ensinou-lhe um estilo similar ao que Higashionna aprendera. Este estilo chamava-se Pangai Noon, que significa “metade duro, metade suave”.

Depois de quase quinze anos vivendo na China, Uechi voltou a Okinawa, mas nunca com a intenção de ensinar Artes Marciais. Apesar de muitos conhecerem a sua reputação como Mestre, levaram mais de 17 anos para conseguir convencer Kanbum Uechi a ensinar. Ao princípio, Uechi denominou a sua arte Pangai Noon, mas con o tempo mudou o nome para Uechi Ryu, a fim de evidenciar suas próprias inovações.

Infelizmente, o estilo só chegou a ser popular depois da morte de Uechi. Seu filho Kanei, continua a ensinar a sua Arte e hoje é um dos estilos mais populares de Okinawa.

Shorinji Ryu

O Karate Shorinji Ryu foi fundado depois da guerra por Hisataka e seu filho Masayuki. “Shorinji” é a tradução japonesa de “templo Shaolin”.

Kori Hisataka desenvolveu este sistema com a intenção de iniciar um estudo profundo do ensino original do Templo de Shaolin. Também estava influenciado pelo Shorinji Kempo, um estilo criado por monges de Shaolin.

Karate – Arte Marcial

A palavra Karate significa “mãos vazias” (kara – vazia / te – mãos), mas o karate (assim como outras artes marciais japonesas) ultrapassa a questão de arte marcial, e passa a ser um caminho para o desenvolvimento espiritual, sendo acrescentado ao nome a palavra “Do” que significa “caminho”.

Sendo assim, Karate-Do significa “caminho das mãos vazias”.

O Karatê é uma arte marcial originada a partir das técnicas de defesa sem armas de Okinawa, e tem como base a filosofia do Budo japonês. Através de muito trabalho e dedicação, ele busca a formação do caráter de seu praticante e o aprimoramento da sua personalidade. Cada pessoa pode ter objetivos diferentes ao optar pela prática do Karatê, que devem ser respeitados.

Cada um deverá ter a oportunidade de atingir suas metas, sejam elas tornar-se forte e saudável, obter autoconfiança e equilíbrio interior ou mesmo dominar técnicas de defesa pessoal. Contudo, não deve o praticante fugir do real objetivo da arte. Aquele que só pensa em si mesmo, e quiser dominar técnicas de Karatê somente para utilizá-las numa luta, não está qualificado para aprendê-lo, afinal, o Karatê não é somente a aquisição de certas habilidades defensivas, mas também o domínio da arte de ser um membro da sociedade bom e honesto.

Integridade, humildade e autocontrole resultarão do correto aproveitamento dos impulsos agressivos e dos instintos primários existentes em todos os indivíduos.

O Karatê é uma arte que vem se aperfeiçoando a mais de mil anos, não é apenas um esporte onde se trocam socos e pontapés, é uma filosofia de vida que ensina através do exercício físico. Não é só defesa pessoal, através da prática, você fortalece o físico, desenvolve a mente, lapida o espírito e com isso consegue viver em harmonia com o universo.

Do significa caminho, por isso quando se fala em Karate do, significa seguir o caminho do Karate, aplicando seus princípios em qualquer momento na vida para transpor os obstáculos.

O Karatê-Dô

Karatê
Karatê-Dô

O Karatê-Dô Tradicional focaliza o desenvolvimento do caráter humano a um nível que tem como objetivo alcançar a vitória sobre o oponente sem violência.

Tecnicamente o Karatê-Dô Tradicional é composto de:

Todome-waza (golpe definitivo) – onde um único golpe destrói o poder ofensivo do oponente;
Técnicas de defesa que anulam o ataque do oponente;
Técnicas de suporte;
Princípios mentais e físicos para execução correta das técnicas.

Com a prática correta do Karatê-Dô Tradicional, é possível fortalecer o corpo e o espírito, disciplinando os instintos primitivos e se aprimorando a personalidade. A busca diária do caminho do Budô, proporciona ao karateca o equilíbrio (corpo e espírito) e como conseqüência, adquire; boa coordenação motora, reflexos aguçados, autoconfiança, autocontrole em qualquer ocasião, senso de disciplina, responsabilidade, respeito pelos semelhantes e espírito de equipe. Fica evidenciada a forte conotação educacional, pois através da prática do Karatê-Dô Tradicional, procura-se melhorar o caráter, a personalidade, tendo como objetivo a vida em sociedade.

Com os treinamentos de KIHON e KATA; que são movimentos formais, os praticantes procuram desenvolver e automatizar golpes de defesas e ataques em várias direções enfrentando um ou mais adversários imaginários. Cada movimento tem uma aplicação real, onde é de suma importância a dinâmica corporal, a mecânica de cada golpe e o sincronismo com a respiração.

Com os treinamentos do EN-BU que é uma luta combinada, os praticantes desenvolvem a defesa pessoal, a versatilidade necessária para enfrentar principalmente adversários de porte físico superior.

Nesta modalidade, por exemplo, a fragilidade feminina pode superar a força do homem.

Com os treinamentos de KUMITÊ, que é o combate real, os praticantes utilizando conhecimentos de kihon, kata e en-bu, testam suas habilidades e aplicam a técnica de acordo com o adversário, buscando sempre o Todome-Waza(golpe definitivo), porém, sempre observando em primeiro lugar a humildade, o respeito e a disciplina que são características principais que demonstram equilíbrio.

Prática

Formas de autodefesa são, provavelmente, tão antigas quanto a espécie humana.

O Karate e as demais artes marciais atuais têm suas raízes mais remotas nos séculos V e VI antes de Cristo, quando se encontram os primeiros indícios de lutas na Índia. Esta luta era chamada “Vajramushti”, cuja tradução aproximada poderia ser “aquele cujo punho cerrado é inflexível”. Vajramushti foi o estilo de luta do Kshatriya, uma casta de guerreiros da Índia.

Em 520 A.D., um monge budista chamado Bodhidharma (também conhecido como “Ta Mo” em chinês ou ” Daruma Taishi” em japonês), viajou da Índia para a China para ensinar Budismo no Templo Shaolin (Shorinji). A lenda conta que quando ele chegou encontrou os monges do Templo numa condição de saúde tão precária, devido às longas horas que eles passavam imóveis durante a meditação, que ele imediatamente se preocupou em melhorar a saúde deles.

O que ele ensinou foi uma combinação exercícios de respiração profunda, yoga e uma série de movimentos conhecidos como “As Dezoito Mãos de Lo Han” (Lo Han foi um famoso discípulo de Buda). Esses ensinamentos foram reunidos em um só e os monges logo se descobriram capazes de se defender contra os muitos bandidos nômades que os consideravam uma presa fácil.

Os ensinamentos de Bodhidharma são reconhecidos pelos historiadores como a base de um estilo de arte marcial chamado Shaolin Kung Fu.

Diferentes estilos de Kung Fu se desenvolveram quando as personalidades e as nuanças dos monges emergiram.

Haviam dois templos Shaolin, um na província de Honan e outro em Fukien. Entre 840 e 846 A.D., ambos os templos, assim como muitos milhares de templos menores, foram saqueados e queimados. Isto foi supervisionado pelo Governo Imperial Chinês, que na época tinha uma política de perseguição e importunação sobre os Budistas. Os templos de Honan e Fukien foram mais tarde reconstruídos somente para serem destruídos por completo pelos Manchus durante a Dinastia Ming de 1368 a 1644 A.D. Somente cinco monges escaparam, todos os outros foram massacrados pelo imenso exército Manchu.

Os cinco sobreviventes tornaram-se conhecidos como “Os Cinco Ancestrais”. Eles vagaram por toda China, cada um ensinando sua própria forma de Kung Fu.

Considera-se que este fato deu origem aos cinco estilos básicos de Kung Fu: Tigre, Dragão, Leopardo, Serpente e Grou.

Como cidadãos chineses emigraram para as ilhas de Okinawa, novos sistemas se desenvolveram. O nome genérico dado às formas de luta de Okinawa foi “Te”, que significa “mão”.

Haviam três principais núcleos de “Te” em Okinawa. Estes núcleos eram as cidades de Shuri, Naha e Tomari. Conseqüentemente os três estilos básicos tornaram-se conhecidos como Shuri-te, Naha-te e Tomari-te.

O primeiro deles, Shuri-te, veio a ser ensinado por Sakugawa (1733-1815), que ensinou Sokon “Bushi” Matsumura (1796-1893), e que por sua vez ensinou Anko Itosu (1813-1915). Foi Itosu o responsável pela introdução da arte nas escolas públicas de Okinawa. Shuri-te foi o precursor dos estilos japoneses que eventualmente vieram a se chamar Shotokan, Shito Ryu e Isshin Ryu.

Naha-te tornou-se popular devido aos esforços de Kanryo Higaonna (1853-1916). O principal professor de Higaonna foi Seisho Arakaki (1840-1920) e seu mais famoso aluno foi Chojun Miyagi (1888-1953). Miyagi também foi à China para estudar. Ele mais tarde desenvolveu o estilo conhecido hoje por Goju Ryu.

Tomari-te foi desenvolvido juntamente por Kosaku Matsumora (1829-1898) e Kosaku Oyadomari (1831-1905). Matsumora ensinou Chokki Motobu (1871-1944) e Oyadomari ensinou Chotoku Kyan (1870-1945) – dois dos mais famosos professores da época. Até então Tomari-te era largamente ensinado e influenciou tanto Shuri-te como Naha-te.

As modalidades de competição são:

Kata individual – Apresentação individual de Kata:

Nas fases eliminatórias, dois competidores executam o mesmo kata (que é escolhido pelo árbitro central) lado a lado, e o vencedor é aclamado pelos árbitros através de bandeiras.

Na fase final, os competidores apresentam-se um de cada vez, executando o Kata de sua escolha, e a decisão é tomada pela média das notas de todos os árbitros, descontando-se desta a maior e a menor nota.

Kata em equipe – Apresentação de Kata e respectiva aplicação (bunkai) em equipes de três pessoas: Após a apresentação do kata, a equipe deverá apresentar uma aplicação para as técnicas do kata escolhido. A decisão é sempre tomada por nota.

No Kata Sincronizado, uma equipe composta de três pessoas executa o Kata (forma), como se esses três atleta fossem apenas um. O tempo certo e o ritmo expressam energia a habilidade.

Terminado o Kata, um dos três membros da equipe deve demonstrar a aplicação real desse Kata contra dois oponentes. Desta maneira fica demonstrada a conexão existente entre forma e combate (Kata e Kumitê).

Kumite individual – Combate individual. É o combate entre dois oponentes, envolvendo a aplicação de técnicas aprendidas durante o treinamento formal, o que dá a essas técnicas significado concreto. A competição deve ser feita com a atitude mental serena, lealdade retidão; com pleno conhecimento de que o atleta deve respeitar as habilidades técnicas, a dignidade pessoal e a integridade física do oponente.

Kumite em equipe – Combate em equipes de cinco pessoas: A cada luta são somados os pontos de cada lutador aos pontos de sua equipe. Será vencedora a equipe que obtiver o maior número do pontos ao final da última luta.

Enbu – Teatro marcial: Apresentação de aplicações de técnicas de Karate em duplas. A decisão é tomada por nota dos árbitros. O Enbu enfatiza a parte do Karatê relacionadas à defesa pessoal;. Os dois participantes devem demonstrar habilidades técnicas extremamente eficientes tanto quanto prestar particular atenção a uma realidade de combate hipotética que implica em situação de perigo e mudanças constantes.

A ênfase recai na criatividade e na performance das habilidades dos dois competidores envolvidos neste confronto que tem 60 segundos de duração.

Fuku Go – Disputa individual que engloba kata e kumite, alternando a cada rodada: A ITKF (Federação Internacional de Karate Tradicional ) instituiu o Kitei como kata oficial das competições de Fuku Go, para permitir as disputa direta (lado a lado) de competidores de estilos diferentes.

Para participar desta categoria são exigidas habilidades em combate e performance técnica (Kumitê- Kata). Sobretudo e pela primeira vez na história do Karatê, a competição de Kata deve incluir o Kata Kitei, que contém todos os elementos e estilos do Karatê Tradicional.

Graduação

As artes marciais provenientes do Japão e Okinawa, apresentam uma variedade de títulos e classes de graduações. O sistema atual de graduação de faixas coloridas é o mais aceito. Antes disso, muitos métodos distintos eram usados para marcar os vários níveis dos praticantes.

Alguns sistemas , recorriam a três tipos de certificados para seus membros:

1-SHODAN- significando que se havia adquirido o status de principiante.

2-TIUDAN- significava a obtenção de um nível médio de prática. Isso significava que o indivíduo estava seriamente comprometido com sua aprendizagem, escola e mestre.

3-JODAN- A graduação mais alta.

Significava o ingresso no OKUDEN (escola, sistema e tradição secreta das artes marciais).

Se o indivíduo permanecia dez anos ou mais junto ao seu mestre , demonstrando interesse e dedicação, recebia o Menkio, a licença que permitia ensinar.

Essa licença podia ter diferentes denominações como: Sensei, Shiran, Hanshi, Renshi, Kyoshi, dependendo de cada sistema em particular.

A licença definitiva que podia legar e outorgar acima do Menkio, era o certificado Kaiden, além de habilitado a ensinar, implicava que a pessoa havia completado integralmente o aprendizado do sistema.

O sistema atual que rege a maioria das artes marciais usando Kyu ( classe) e Dan (grau) , foi criado por Jigôro Kano, o fundador do Judô Kodokan.

Kano era um educador e conhecia as pessoas, sabendo que são muitos os que necessitam de estímulos imediatamente depois de haver começado a praticar artes marciais. A ansiedade desse tipo de praticante não pode ser saciada por objetivos a longo prazo.

No Karatê Shotokan, as faixas e côres são as seguintes:

Faixa Branca Iniciante 6 Meses
Faixa Amarela 6º Kyu 6 Meses
Faixa Vermelha 5º Kyu 6 Meses
Faixa Vermelha – 1 Ponta 5º Kyu 6 Meses
Faixa Laranja 4º Kyu 6 Meses
Faixa Laranja – 1 Ponta 4º Kyu 6 Meses
Faixa Laranja – 2 Pontas 4º Kyu 6 Meses
Faixa Verde 3º Kyu 6 Meses
Faixa Verde – 1 Ponta 3º Kyu 12 Meses
Faixa Verde – 2 Pontas 3º Kyu 12 Meses
Faixa Verde – 3 Pontas 3º Kyu 12 Meses
Faixa Roxa 2° Kyu 12 Meses
Faixa Roxa – 1 Ponta 2° Kyu 12 Meses
Faixa Roxa – 2 Pontas 2° Kyu 12 Meses
Faixa Roxa – 3 Pontas 2° Kyu 12 Meses
Faixa Marrom 1º Kyu 12 Meses
Faixa Marrom – 1 Ponta 1º Kyu 24 Meses
Faixa Marrom – 2 Pontas 1º Kyu 24 Meses
Faixa Marrom – 3 Pontas 1º Kyu 24 Meses
Faixa Preta 1º DAN (*) 24 Meses
Faixa Preta 2º DAN (*) 48 Meses
Faixa Preta 3º DAN (*) 48 Meses

Na classificação de faixas coloridas, KYU significa classe, sendo que essa classificação é em ordem decrescente.

Na classificação de faixas pretas, DAN significa grau, sendo a primeira faixa preta a de 1º Dan, a segunda faixa preta 2º Dan e assim por diante em ordem crescente até o 10º Dan (homenagem póstuma).

Em um plano simbólico, o branco representa a pureza do principiante, e o preto se refere aos conhecimentos apurados durante anos de treinamento.

No Japão, o título mais alto que uma pessoa pode obter nas artes marciais se denomina HANSHI;

É um alto cargo, cujo significado transcende as habilidades físicas ou técnicas, significa mestre exemplar.

Porém, nenhum título é mais conhecido que “Sensei”. Mas , o que significa Sensei ?

Literalmente, SENSEI significa vida prévia. Isto significa em contexto oriental, que se está ante uma pessoa com conhecimento avançado da arte e um nível de conhecimento humano elevado.

Portanto, Sensei não significa somente professor de arte marcial, mas também pessoa culta, educada e de conduta irrepreensível.

O Significado do OBI (FAIXA)

O obi é um cinturão ou faixa que serve para manter o kimôno fechado, a faixa tem um significado simbólico.

Esse aspecto simbólico são as cores.

Tradicionalmente, quando alguém começa a praticar Karatê, recebe a faixa branca.

Após anos de treinamento, a faixa tende a ficar cada vez mais escura, assumindo uma coloração marrom.

Se continuar praticando, ela vai se tornando preta.

A faixa preta significa que a pessoa esteve treinando Karatê por muitos anos.

Quando o karateca realmente se dedica ao Karatê, sua faixa, após a preta ,começa a ficar branca novamente, depois de muitos outros anos. Assim se completa o ciclo.

Branco é a cor da inocência

Indica quem tem a mente e o espírito “vazios”, alguém que é leigo nos aspectos espirituais do Karatê-dô. Também indica que esse praticante ainda não conhece bem as técnicas do Karatê.

Marrom, é a cor da terra

É a cor da solidificação.

A faixa marrom indica que o praticante já se tornou competente, mas sua mente ainda é fértil..

Nesta faixa muitos desistem e param o treinamento, julgando-se aptos o suficientes e caem na mediocridade, demonstrando a fraqueza que ainda possuem.

Preto é a fusão de todas as cores

Ela indica quem passou por dificuldades e desafios necessários para superar os obstáculos encontrados nos primeiros anos de Karatê.

Após tornar-se um Yudansha (faixa preta), é que realmente começa a jornada de um karateca.

Cada Karateca deveria saber que a faixa preta não é sinônimo de um prêmio, mas um objetivo e um símbolo da realização de um grande esforço dentro de um sistema de graduação.

EXISTEM TRÊS TIPOS DE FAIXAS PRETAS:

1-) Existe a pessoa que por colaborar na divulgação do Karatê-dô tem o reconhecimento de seu serviço com um certificado de Faixa preta Honorário (chamado em japonês de Mey-dan ) .
2-)
Existe a pessoa que é Karateka e treina regularmente, mas não possui índice técnico para ser aprovado em exame de faixas oficial, por ser muito antigo, e para evitar constrangimentos, pode receber uma faixa preta em reconhecimento ao empenho demonstrado.É o Suisen-dan (grau por antiguidade).
3-)
E, por último, existe o Jitsu-Kyoku–dan ( que é o meu caso ), que foi aquele praticante que se submeteu a banca examinadora e foi aprovado, possuindo nível técnico e treinamento que justifica a sua graduação.

IMPORTANTE: faixa preta de Karatê não é sinônimo de professor de Karatê, mas sim, de pessoa que se sacrificou o suficiente para conseguir um relativo controle de seu corpo e de sua mente .

REGRAS

Art.1º) PROPÓSITO DAS REGRAS

A CBKT reuniu estas regras gerais, identificando as particularidades especificas para o Campeonato Brasileiro Júnior/Juvenil, com a finalidade de atender o mínimo necessário para o crescimento do Karatê-Dô Tradicional no BRASIL, complementando as existentes sancionadas pela ITKF;

Art.2º) DEFINIÇÃO DO KARATE TRADICIONAL

Karatê Tradicional (KT) se baseia na utilização do corpo humano para capacitar o praticante a descobrir no seu corpo o mais completo desenvolvimento físico e mental através de técnicas de auto defesa.

As técnicas do KT estão focalizadas no controle mental/físico e habilidade na concentração da energia total do corpo;

Art.3º) DAS FINALIDADES E DEFINIÇÃO DO KARATE DE COMPETIÇÃO

As competições de Karatê-Dô Tradicional tem como finalidade principal reunir adultos, jovens e crianças, praticantes desta arte milenar oriundas de todos os níveis sociais, cidades e estados, em uma competição esportiva de auto nível para que possam desenvolver e demonstrar suas habilidades e assim descobrir novos valores para o nosso esporte, além de promover a integração social, trocas de informações e culturas.

A competição de KT visa principalmente testar corretamente a si mesmo com o propósito de desenvolvimento futuro. Ciente deste objetivo, a competição do KT deve promover a experiência e orientação necessária para que o atleta busque o seu auto desenvolvimento. Do mesmo modo, o respeito mútuo e mentalidade aberta devem também serem fatores presentes entre os participantes. Os oponentes devem respeitar um ao outro, da mesma maneira quanto aos árbitros, médicos, mesários e todos envolvidos no evento, de tal forma que cada um tenha a oportunidade de se aprimorar;

Art.4º) DA COORDENAÇÃO GERAL

A Confederação Brasileira de Karatê-Dô Tradicional-CBKT, será a promotora (coordenadora geral) de todas as competições de nível nacional ou internacional (da modalidade) no Brasil, portanto, qualquer pessoa ou entidade que pretender realizar qualquer evento inclusive apresentações com esta abrangência deverá ter primeiro a aprovação desta Confederação;

Art.5º) DOS OBJETIVOS

As competições de KT, tem por objetivo o congraçamento entre as entidades e órgãos envolvidos com este e outros esportes; através de seus dirigentes, representantes, árbitros, delegados, atletas, pais, colaboradores e autoridades, estimulando a prática do esporte e contribuindo para a formação integral, principalmente da criança nos aspectos bio-psico-social;

Art.6º) DO REGULAMENTO GERAL

O Regulamento Geral é o conjunto de normas que regerá as competições do Karatê Tradicional.

Os atletas, técnicos, delegados, enfim, todos os participantes e envolvidos no evento, serão considerados conhecedores das normas sancionadas pela CBKT e ITKF e das particularidades adotadas especificamente para cada caso, assim submeter-se-ão sem ressalva alguma a todas as conseqüências que possam emanar.

Art.7º) DA PARTICIPAÇÃO E INSCRIÇÃO

Poderão se inscrever para participar das competições do KT, as entidades ou atletas especificados no oficio específico do evento e para aquelas entidades ou atletas que possuírem vínculo com a CBKT ou filiadas, deverão estar regulares junto as mesmas e atenderem todas as orientações e exigências emitidas pela Comissão Organizadora, previamente aprovadas pela CBKT.

Será obrigatório a participação de todos os atletas inscritos para o campeonato, nos desfiles e solenidade de abertura e encerramento que acontecerão a partir da hora e local especificado para cada evento, podendo a entidade perder pontos na contagem geral conforme especificado pela organização do evento;

Art.8º) DAS PARTICULARIDADES

1. Nas modalidades de Kata Equipe e En bu, qualquer atleta poderá subir de categoria, ou seja, competir em uma faixa etária superior a sua. Esta flexibilidade não dá o direito de participação múltipla, competir por exemplo; Kata Equipe na sua categoria e também Kata Equipe em outra categoria acima, En bu na sua categoria e En bu em outra categoria acima. É legal a participação por exemplo de Kata Equipe na sua categoria e En bu em categoria acima de sua idade;

2. Nas modalidades de Kata Individual, Kumitê e Fuku-go, não será permitido subir de categoria, ou seja o atleta só pode competir nas categorias correspondente à sua idade;

3. Nenhum atleta poderá descer de categoria em qualquer modalidade, exceto, para as que fizerem aniversário no mês do evento (ex.: no dia 01/08 o atleta completará 16 anos e a competição acontecerá no dia 22/8, portanto, o atleta poderá optar em competir todas as modalidades na categoria de 14 e 15 anos ou na categoria de 16 e 17 anos).

4. As eliminatórias de Kata Individual de todas as categorias começarão por bandeiradas e o Kata solicitado deverá ser até no máximo o imediatamente inferior ao exigido ao menos graduado. Ex. competindo um faixa preta e um roxa, o Kata deverá ser no máximo o Heian Godan), até sobrarem 08 (oito) atletas os quais deverão se juntar obrigatoriamente no mesmo Dojô onde disputarão por nota as semifinais. No caso de atletas que forem apresentar kata que não seja do estilo Shotokan, deverá ser notificado no ato da inscrição e informar diretamente aos mesários antes de iniciar as disputas de sua categoria. Nas semifinais ficará definido o 3º e 4º colocados e os dois primeiros colocados disputarão nas finais o 1º lugar.

5. Nas modalidades de Kata Equipe e Individual, categorias até 11 anos poderão repetir o mesmo Kata em todas as etapas inclusive finais e ainda não será considerado a nota da semifinal;

Caso ocorra empate nas semifinais e ou finais, o critério de desempate será primeiro a somatória de todas as notas e caso persista o empate, no caso de Equipe poderá repetir o mesmo kata e no caso de individual, deverá ser executado kata por bandeirada obedecendo o mesmo critério das disputas nas eliminatórias por bandeiradas;

Observação.: Nas modalidades de kata equipe e individual nas categorias até 11 anos o desvio da posição original não devem ser consideradas;

6. Nas modalidades de Kata Equipe e Individual, categoria de 12 e 13 anos, deverão executar na final Kata diferente do que foi feito na semifinal e a pontuação total será o somatório das notas (semifinal + final);

Caso ocorra empate nas semifinais e ou finais, o critério de desempate será primeiro a somatória de todas as notas e caso persista o empate, deverá ser executado Kata diferente do apresentado. Se ocorrer na semifinal, o atleta ou a equipe poderá inclusive executar o mesmo que será apresentado na final.

7. Nas modalidade de Kata Equipe e Individual, categorias a partir de 14 anos, deverão executar na final kata diferente do que foi apresentado na semifinal e no caso de equipe; demonstrar a aplicação. A pontuação total para as disputas individuais será o somatório das notas (semifinal + final) e para o caso de disputas por equipe será (semifinal + final + aplicação);

Caso ocorra empate nas semifinais de equipe ou individuais, o critério de desempate será primeiro o somatório de todas as notas e caso persista o empate, deverá ser executado Kata diferente do apresentado, podendo o atleta ou a equipe inclusive executar o mesmo que será apresentado na final;

Caso ocorra empate nas finais de disputas individuais, o critério de desempate será primeiro o somatório de todas as notas e caso persista o empate, deverá ser executado Kata diferente do apresentado e no caso de disputas por equipes, o critério de desempate será primeiro pela maior nota da aplicação, e caso persista o empate será considerado a somatória das seis notas originais da aplicação e se ainda persistir o empate, as equipes deverão executar kata diferente do apresentado na final sem aplicação;

8. No caso de En-bu para as categorias até 13 anos, o tempo sem penalidades será tolerado 5”(cinco segundos) além do que determina as normas internacionais (Ex. Qualquer En-bu que termine exatamente aos 50”(cinqüenta segundos) ou 1’10”(um minuto e dez segundos) e para as categorias de 14 anos acima valerá as regras internacionais, ou seja, de 55″(cinqüenta e cinco segundos a 1’05”(um minuto e cinco segundos), sendo tolerável os centésimos e milésimos de segundos;

9. Na modalidade Fuku-go o Kata exigido deverá ser o KI-TEI;

10. Nas modalidades Kumitê Individual, Kumitê Equipe e Fuku-go para as categorias até 17 anos, será terminantemente proibido o contato na área da face (jyodan) sendo que tal contato, quando ocorrido, independentemente do tipo da lesão(leve, moderado ou forte) o atleta ou a equipe será penalizado com Hansoku;

A menção de ataque(finta) na área da face (jyodan) ocasionará Keikoku, ocorrendo pela segunda vez resultará em Chuí e assim sucessivamente;

11. Na modalidade de Kumitê e Fuku-go é obrigatório o uso do protetor bucal em todas as categorias e para os atletas que usam aparelho na parte inferior, deverão usar protetor superior e inferior. Para atletas do sexo feminino é obrigatório também o uso do protetor de seios, sendo que o equipamento de proteção deverá ser de uso pessoal, portanto, de responsabilidade da atleta, academia ou federação a que é filiada;

12. A graduação mínima para os atletas de Kumitê e Fuku go deverá ser faixa verde (3º kyu), e a comprovação será pelo passaporte da CBKT;

13. O uso de adereços, ataduras ou protetores não oficiais, somente poderão ser utilizados mediante aprovação da corte de juizes;

14. A indumentária a ser utilizada deverá ser oficial da ITKF padronizada e regulamentada e cada árbitro deverá apresentar-se com seu próprio Hakama, livro de regras e apito;

15. O CAMPEÃO GERAL será definido pela somatória de pontos conquistados em cada modalidade disputada.

Fonte: www.karatebrasil.com.br/www.meusite.pro.br/will-phoenix.vilabol.uol.com.br

Veja também

Romário

Romário

Romário, Jogador, Brasileiro, Futebol, Carreira, Clubes, Baixinho, Político, Gols, Títulos, Passagens, Vida, Biografia, Romário

Zico

Zico

Zico, Biografia, Vida, Flamengo, Galinho, Brasil, História, Arthur Antunes Coimbra, Jogador, Futebol, Seleção, Clubes, Títulos, Zico

Pelé

Pelé, Rei, Campeão, Jogador, Futebol, Títulos, Santos, Seleção Brasileira, Mundial, Nascimento, Três Corações, Vida, Pelé

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.