Rapel

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Rapel
Rapel na Cachoeira

O que é

O rapel consiste no uso de uma série de procedimentos e equipamentos visando uma perda gradativa de energia potencial, de maneira controlada, na passagem vertical de um ser humano entre dois níveis de altitude.

Em outras palavras: São técnicas de descida vertical em corda.

Derivado do alpinismo, o rapel têm origem na França, inicialmente criado para a busca de pessoas perdidas nos Alpes. Hoje, apresenta iversas sub-divisões e adaptações à geografia dos países onde vai sendo introduzida e se tornando popular.

O Brasil, por suas características tropicais e grande riqueza fluvial, se presta muito bem à exploração consciente e prática do esporte; Esta é uma mania que vem conquistando mais adeptos a cada dia.

Existem mesmo aqueles que, não estando ao alcance de uma bela cachoeira, se prestam a procurar um tipo de rapel urbano, utilizando inclusive como técnicas de salvamento e resgate.

O rapel é uma técnica de descida derivada do alpinismo, usada na exploração de grutas e cavernas e em resgates. No entanto, cada vez mais vem sendo praticado como esporte radical, seja em paredes especialmente desenvolvidas para o esporte, na modalidade chamada indoor, seja em cachoeiras, grutas e paredões.

Tipos de Rapel

Rapel de contato ou positivo: Este tipo de rapel é muito utilizado e pode ser feito de frente ou de costa. O rapelista tem que estar em contato direto com a estrutura.
Rapel Inclinado:
É o tipo de rapel mais simples de ser executado, como o próprio nome diz, ele é feito em uma parede ou pedra com menos de 90º de inclinação. Ele serve de base para os outros tipos, e é nele que nós nos familiaremos e sentiremos segurança no equipamento.
Rapel Vertical:
É o tipo de rapel mais simples de ser executado. Como diz o próprio nome, ele é feito em uma parede ou pedra com 90º de inclinação, utilizando equipamentos e técnicas verticais.
Rapel de Frente Inclinada:
Nas mesmas condições que o inclinado, sendo agora de frente para a descida (tipo o filme Soldado Universal), além de dar mais “medo” deve-se tomar cuidado na hora do freio quanto a posição do corpo e a elasticidade da corda, pois estamos em uma posição em que a força da gravidade atua mais do que no inclinado.
Aranha:
Requer um bom preparo físico, em pé e de frente para a descida é feito um giro de 90° sobre o eixo dos pés e atingindo a posição com equipamento preso pelas costas, começa a descida correndo na estrutura.
Rapel de Cachoeira – Cascading (Canyoing): Descida com técnicas verticais pelo leito de cachoeiras. Refrescante atividade que revela muitas belezas e fortes emoções aos exploradores. Podemos encontrar aqui diversos tipos de descida (quanto a posição de descida e meio). Mas o principal aqui é alertar quanto ao fato de estamos descendo em pedras escorregadias que ao menor descuido nos fará perder o equilíbrio e trará conseqüências imprevisíveis. Também devemos considerar a força da queda d’água. Não é qualquer cachoeira que nós podemos enfrentar, devemos ter prudência na hora de a escolhermos, pois se entrarmos embaixo de uma “tromba d’água” teremos conseqüências desastrosas, como não conseguir frear por exemplo.
Rapel Negativo:
Esse tipo de Rapel é feito em “livre”, ou seja, sem o contato dos membros inferiores com qualquer tipo de “objeto” (pedra, parede, etc). A velocidade da descida é controlada pela mão posicionada na parte traseira do quadril.
Rapel Guiado:
Semelhante ao o Rapel Negativo consiste em descida sem o contato direto com o “objeto” utilizando equipamentos de montanhismo orientados por um cabo de aço, que aumenta a segurança, mesmo que o praticante não domine totalmente as técnicas de Rapel em Cachoeira.
Rapel Intercalado:
Rapel este que teremos que fazer “escalas”, ou seja, desceremos com a corda dobrada e a prenderemos em um outro ponto de fixação (pelo menos três metros antes do final da primeira corda, a qual, estamos descendo) e então a descida deverá seguir uma seqüência que é normalmente estabelecida antes de ser iniciada. Como norma de segurança, deve-se amarar as pontas da corda com um nó de pescador e colocar ali um mosquetão, procedimento este que em caso de perdermos o controle da descida, ficaremos presos no final da corda, evitando uma queda que seria fatal.

Rapel

Rapel
Rapel

Técnica

O Rapel é uma técnica de descida, na qual o montanhista desliza de forma controlada, por cordas ou cabos, vencendo obstáculos tais como, cachoeiras (cascading, canyoning), prédios, paredões, abismos, penhascos, pontes, declives, etc…, e tudo mais o que você puder imaginar…

Antes o Rapel era usado para desvendar os segredos das cavernas, por equipes de resgates e por alpinistas para descerem as montanhas depois de uma escalada.

Hoje em dia é praticado também como esporte radical, mesmo por quem não sabe escalar, uma vez que ele permite várias “manobras” durante a descida…

O Rapel é feito por meio de equipamentos seguros (mosquetões, freios que normalmente tem a forma de um 8, cadeirinha, luvas e etc… ).

Para se manter preso à corda, usa-se a cadeirinha (baldrier) , presa ao freio por um mosquetão que é uma peça oval com um sistema de abertura e na maioria das vezes com uma trava, e permite que escaladores, espeleólogos ou mesmo os trekkers que gostam de aventuras mais radicais, desçam pelas cordas, com a alternativa de parada no meio da descida, para fotografias ou mesmo contemplação da paisagem; cumprindo-se as norma s de segurança sempre à risca, o Rapel não oferece riscos, essas normas dizem respeito tanto ao equipamento quanto a seus atos durante a prática desse esporte…

O equipamento deve estar sempre em boas condições, devem ser de boa marca e procedência e devem passar sempre por uma manutenção.

A segurança deve estar acima de tudo, inclusive na escolha dos equipamentos, portanto é melhor comprar um bom equipamento do que comprar um outro mais barato mas que não se sabe a resistência, procedência e principalmente a qualidade… Já seus atos devem ser os mais cuidadosos possíveis, afinal a vida que estará em risco (se você deixar) será a sua, por isso, sempre que for praticar o RAPEL ou qualquer outro esporte radical, faça-o sempre equipado e nunca faça nada sozinho, pois se acontecer algo com você, não terá como pedir ajuda…

O rapel tem alguns estilos bem diferentes de ser praticados. Dê uma olhada abaixo e saiba um pouco mais sobre cada um deles.

CUIDADO!

O Rapel é um esporte fácil, mas se você quiser praticá-lo, é essencial que você faça um curso ou que pelo menos a pessoa que vai lhe ensinar tenha feito tal curso, ou seja, procure instrução de uma pessoa qualificada para garantir a segurança durante a prática do esporte.

Qualquer adepto dos esportes-aventura, precisam usar a técnica do rapel para satisfazer a sua sede de emoção; descer de uma montanha após uma escalada, se aventurar cachoeira abaixo ou adentrar nos mistérios de uma caverna. Para alguns, o rapel é um esporte em si.

A técnica do rapel é bem conhecida e não apresenta grandes segredos. O freio oito continua sendo um dos instrumentos mais comum, pois é barato e seu uso simples.

Equipamentos do Rapel

Corda: Deve ser estática. Existem modelos apropriados para o rapel em cachoeira que não absorvem água. São as chamadas com Sistema DRY. O tamanho da corda vai variar do local onde vai ser praticado. A espessura deve ser maior que 8 milímetros. Os preços variam de acordo com a marca.
Bouldrier:
Também chamada de cadeirinha pelos mais íntimos. É um conjunto de fitas que fica na cintura e nas pernas, ligando o “rapeleiro” a corda através do freio. Existem modelos totalmente ajustáveis, nas pernas e na cintura. As boas marcas são: Petzl, Simond, Beal, Trango, Ferrino, etc.
Freio Oito ou ATC:
É o aparelho de atrito que controla a velocidade de descida. Conforme a atividade (canyoning, espeleologia ou escalada), pode ser de três modelos: oito, reco ou ATC. Marcas aconselhadas: Petzl, Simond, Camp.
Mosquetão:
Argola de fecho rápido usada para clipar o freio à cadeirinha. Existem de vários modelos e formas. Prefira as marcas com trava ou rosca. Boas marcas: Petzl, Simond, Camp, Kong.
Capacete:
É sensato o uso do capacete. Use cores chamativas, como: vermelho, branco, amarelo… As marcas mais conhecidas são: Petzl, Camp, Montana, Ferrino, etc…
Roupas:
Use o que quiser. Dependendo da temperatura da água é aconselhável o uso de roupa de neoprene, pois o frio da água pode causar caimbras. Indicações: as roupas leves e que secam rápido da marca BY e SOLO são bastante indicadas. E quanto as roupas de neoprene você pode encontrar em casas de material de mergulho excelentes marcas.

ATENÇÃO: Dê preferência aos equipamentos que tenham os sêlos do UIAA e CE, e que tenham a sua capacidade de peso suportada gravada no próprio aparelho. Estes dois sêlos garantem que todos são testados e aprovados.

Tipos de Corda

1. Corda Estática

Pela definição técnica americana, uma corda estática deve ter o coeficiente elástico passivo (carga de 90 kg) de menos de 2% e apresentar um baixo coeficiente de deformação até muito próximo da carga de ruptura. A especificação de carga obviamente varia de acordo com o diâmetro do material em questão. Para se ter um parâmetro comparativo, uma corda de escalada com 11 mm de diâmetro possui a elongação passiva da ordem de 7,5% e a deformação máxima próxima da carga da ruptura supera 30%.

Note-se que o parâmetro elástico não consegue por si só definir a corda estática e mesmo aquelas que são virtualmente estáticas podem não possuir a aprovação de um órgão oficial, por exemplo a NFPA (National Fire Protection Association – EEUU).

No Brasil a maioria das pessoas chamam as cordas não dinâmicas de estáticas. Nós defendemos a tese de que apenas as cordas com características definidas tecnicamente como estáticas devem assim ser chamadas. As que não se enquadram nessa categoria devem ser chamadas de cordas de baixa elasticidade, principalmente para evitar confusões e o mau uso.

Cordas estáticas são especialmente úteis em situações em que a elasticidade (efeito iô-iô) é perigosa e são recomendadas para todas as situações em que o risco de impacto não existe.

Exemplos de uso: Espeleologia (uso genérico), rapel, resgate, operações táticas e segurança industrial.

2. Corda de Impacto

Em certas situações de segurança industrial e mesmo em resgate, existem operações com possibilidade do sistema sofrer impacto. Na área industrial é comum o emprego de corda estática em conjunto com lanyards (amortecedor passivo de choque) em operações que podem envolver carga de choque.

Os amortecedores de choque não são recomendáveis para sistemas tradicionais de resgate como içagem e tirolesas mas podem ser úteis para alguns sistemas específicos para minimizar o choque – tanto no pessoal quanto na ancoragem.

A corda de impacto difere da estática por possuir o coeficiente elástico mais progressivo podendo sofrer elongação superior a 20% próximo à carga de ruptura.

A PMI está na fase final do desenvolvimento da Corda de Impacto (um projeto 100% novo) que deverá estar no mercado no segundo semestre de 97.

Atenção: A corda de impacto é corda de impacto. Ela não é dinâmica e muito menos estática.

Exemplos de Uso: Resgate, operações táticas e segurança industrial quando existe a possibilidade de impacto.

FLEXIBILIDADE

Se você está buscando uma corda de fácil manuseio, talvez fique tentado a comprar a corda mais macia que encontrar no mercado.

Mas antes de mais nada, você deve considerar os pontos do projeto que envolvem a fabricação de uma corda mais flexível:

A- Menos material na capa ou na alma,
B-
Menos fibras na capa,
C-
Capa mais solta sobre a alma,
D-
Malha mais aberta no trançado da capa.

O emprego de qualquer um destes pontos (ou a combinação deles) aumenta a flexibilidade de uma corda. Mas dependendo do processo escolhido pelo fabricante, acaba também diminuindo a resistência à abrasão, corte, derretimento e ao próprio uso. Também pode diminuir a proteção à alma, que em termos de estrutura é a parte fundamental da corda.

É certo que você deve ter uma corda que combine manuseabilidade e resistência. Mas também é certo que a manuseabilidade é um parâmetro relativo. Um usuário bem treinado e com técnica correta consegue trabalhar bem mesmo em cordas consideravelmente mais duras do que a média. Este é um dos pontos que diferenciam um usuário profissional.

COR

Para muitas pessoas a cor de uma corda é mera questão de gosto pessoal. Mas as cores podem também ter funções importantes. Por exemplo, uma corda laranja possui melhor visibilidade em ambientes pouco iluminados e também aparecem bem em ambientes de fundo claro (cordas brancas ou amarelas possuem boa visibilidade mas não com fundo claro). Por outro lado, unidades táticas devem utilizar cordas escuras ou camufladas de acordo com o ambiente, exatamente com o intuito de fazer a corda desaparecer no ambiente.

Cordas com capa colorida em relação à alma branca possibilitam a fácil identificação de danos localizados. Os times de resgate que utilizam mais de uma corda empregam em geral materiais de diferentes cores para fácil identificação durante as operações. Cordas com cores diferentes facilitam a comunicação e evitam confusões.

CUIDADOS

1. Produtos químicos: Existem dois grupos de produtos relativamente comuns (principalmente em ambientes industriais) que não devem entrar em contato com cordas: ácidos e hidrocarbonetos (derivados de petróleo).

Existem vários relatos de acidentes por rompimento de corda devido ao enfraquecimento do material causados por esses grupos de produtos. E é ao mesmo tempo interessante e assustador saber que uma parcela considerável dessas contaminações ocorreram dentro dos carros. A água (ácido) das baterias tem sido um dos vilões da história juntamente com resíduos de óleo, querosene, gasolina e diesel.

Os hidrocarbonetos ainda são detectáveis em maior ou menor grau devido ao cheiro e cor. Mas os ácidos são extremamente perigosos sendo que muitas vezes a corda se mantém em perfeito estado visual, mesmo quando consideravelmente degradada.

2. Pré-Tensionamento: Mesmo as cordas tecnicamente estáticas possuem uma pequena elasticidade. Dependendo do tipo de operação ou comprimento da corda, essa característica pode não ser bem vinda.

Assim sendo é uma prática relativamente comum pegar uma corda nova e tensionar com carga de 200 a 300 kg antes do uso. Isso faz com que ela sofra uma esticadinha de caráter definitivo, tornando-a um pouco mais estática.

VIDA ÚTIL

A vida útil de uma corda não pode ser definida pelo tempo de uso. Ela depende de vários fatores como grau de cuidado e manutenção, freqüência do uso, tipo de equipamentos que foram utilizados em conjunto, velocidade de descida em rapel, tipo e intensidade da carga, abrasão física, degradação química, exposição a raios ultravioleta, tipo de clima etc.

A Importância dos Nós na Escalada

Escaladores depositam uma confiança extrema em cordas e fitas; consequentemente, confiam as próprias vidas aos nós. Vistos como uma “ciência” incompreensível por alguns, os nós representam a mais refinada forma de resolver algumas situações na rocha, através da combinação dos vários tipos existentes. Trabalham também com a ligação do escalador ao “mundo seguro”, unindo seu corpo aos sistemas de segurança.

Enfim, o conhecimento profundo dos nós aqui apresentados pode separar o sucesso do fracasso numa escalada. O treinamento na confecção deve ser constante, através de um cordelete ou um pedaço de fita. Faça e desfaça os nós dezenas de vezes, com uma ou duas mãos, até que consiga montá-los de olhos fechados. E, mais importante, utilize-os abundantemente nas suas escaladas. Quanto mais prática, melhor! Afinal, é para isso que você está aprendendo a faze-los.

A dupla inspeção visual

Os nós conectam escaladores às cordas e às ancoragens, unem cordas e fitas, possibilitam resgates. Um nó bem acabado deve ser perfeitamente “assentado”, sem voltas soltas. Deve também estar ajustado e apertado, para evitar que se desfaça com a movimentação natural da corda.

Após a conclusão do nó, uma dupla inspeção visual é indispensável, e pode evitar acidentes fatais. Caso alguma coisa pareça errado com o nó, não tente consertar. Desfaça tudo e comece novamente, e crie o hábito de sempre inspecionar os nós do seu parceiro.

Resistência dos nós

Naturalmente, uma corda ou fita são mais fortes quando tensionadas diretamente, sem curvas ou dobras, em linha reta. As voltas e dobras de um nós reduzem a resistência de carga da corda ou fita. Quanto mais abruptas forem as curvas, menor será a resistência. Por este motivo, alguns nós são mais fortes que outros.

De qualquer maneira, a redução da resistência não é tão catastrófica assim, com exceção do Nó Quadrado, que reduz 55% a resistência da corda. Fitas com mais de 15 mm, tubulares ou “flat”, devem preferencialmente ser costuradas. Não utilize uma fite emendada com nó para segurar altas taxas de carga. Tenha sempre um conjunto de fitas costuradas, em várias medidas.

Regras

Como não trata-se de um esporte e sim uma técnica e/ou atividade de aventura, ou seja, não é institucionalizado, não tem regras definidas nem competições especificas, sua pratica se restringe a estudos, prazer, resgates e trabalhos em alturas e outros.

Fonte: www.rapel.net/www.arteradical.com

Rapel

História

Palavra Francesa que significa trazer, recuperar, voltar.

Hoje, com passar dos anos podemos afirmar que se trata de uma técnica aplicada em descida vertical em corda por grupos de operações e forças especiais do mundo inteiro, incluindo a escalada em rocha e geleira.

As técnicas são aplicadas em várias situações e terrenos como: retorno de uma escalada, resgate, intervenções de forças especiais, espeleologia, cachoeiras, prédios, pontes e outros tipos de descidas.

A descida vertical em corda consiste em uma série de procedimentos e condutas. É preciso estar preparado psicologicamente e fisicamente pois o rapel proporciona uma perda de energia potencial gravitacional de maneira controlada, na passagem de um corpo na vertical (entre dois níveis de altura). Em outras palavras, poderíamos dizer que seria uma descida vertical em corda, onde a ação da gravidade é superada e controlada pela técnica e pelo prazer.

Não poderíamos deixar de relatar o surgimento da escalada e da técnica vertical em corda conhecida como rapel onde verdadeiramente se deu: nos Alpes, depois da conquista do Mont Blanc, em 1786, por Jacques Balmat e pelo Doutor Paccard.

Em seguida deu-se início a técnica vertical em corda em 1879 por Jean Charlet-Stranton e seus companheiros Prosper Payot e Frederic Folliguet. Mas existem outras versões e segredos para o surgimento desta arte que encanta a todos através da magia da emoção e adrenalina.

Equipamentos

Os Equipamentos utilizados na técnica vertical em corda são homologados e certificados por normas internacionais.

Recomendamos que só utilize materiais reconhecidos por essas normas, pois até o momento nós não temos nenhuma certificação que garanta que estes materiais são específicos para determinados trabalhos em altura, como o rapel, a escalada e trabalhos industriais.

Fazemos parte de uma comissão de estudos na certificação de cordas para trabalho específico nas alturas junto à ABNT( Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Mosquetões: São elos de duro alumínio ou aço, com fecho de mola, usado no encaixe de outros equipamentos (cordas, alças de fita, oito, baudrier, etc). Peça importantíssima e prática para sistemas de segurança, descidas e ancoragens.

Cordas ou Cabos: As cordas mais utilizadas em montanhismo, rapel e canyoning são fabricadas com fibras sintéticas, como nylon e perlon, devido a alta resistência e elasticidade. A maioria das cordas usadas são estrangeiras, com o selo oficial da UIAA – Union Internacionale d`Associations d`Alpinisme, que é uma entidade mundial que realiza rigorosos testes de segurança em equipamentos de escalada. Ao adquirir este equipamento, procure orientação de pessoas especializadas e competentes. Evite cordas nacionais, pela baixa qualidade e ausência de testes que garantem a segurança.

Cadeirinha ou Baudrier: Trata-se de uma “cadeira” de fitas de nylon que distribui a tensão causada pelo peso do corpo na cintura (região lombar da coluna) e virilha (região proximal da coxa). Existem vários modelos, mas as diferenças não são tão significativas, como controle de ajuste nas coxas, tamanhos, etc.

Aparelhos Descensores: Oitos, podem ser de vários modelos diferentes, é um aparelho fabricado em duro alumínio ou aço, que pode ser usado em sistemas de segurança e em descidas pela corda

Capacete: Uso optativo, embora seja certo que o mesmo contribui na prevenção de acidentes sérios, protegendo o escalador de objetos cadentes ou numa queda. Muito semelhante ao capacete de ciclismo, leve, ajustados à cabeça e forrados com espuma.

Nós da Corda do Rapel

Existe uma grande variedade de nós e laços. A maioria é de grande utilidade para determinados fins, enquanto outros são apenas decorativos. Seria interessante e divertido conhecer todos porém, na prática, é mais importante conhecer a fundo os nós verdadeiramente úteis para o seu fim particular, conhecer sua aplicação correta e saber fazê-los sob circunstâncias adversas.

Isto é uma verdade principalmente no montanhismo onde a sua vida depende de nós bem feitos.

Esta seção apresenta os nós mais utilizados no montanhismo e também mostra esquematicamente a execução de cada nó.

É muito pouco provável que apenas com uma leitura desta seção se consiga aprender a executar bem estes nós. O aprendizado só vem com a prática e por isso é importante treinar a execução de cada um dos nós apresentados com uma corda ou cordelete e assim adquirir alguma experiência que com certeza evitará contratempos na hora da escalada.

Oito Duplo

O oito duplo é um dos principais nós utilizados em escaladas.

Feito pelo meio da corda, ele serve principalmente para rebocar material, encordar um participante ou fixar a corda em um mosquetão.

Esta forma pode ser utilizada no lugar da azelha simples, apresentando a grande vantagem de ser mais fácil de se desfazer após ser submetido a uma carga elevada ou quando molhado.

Feito pela ponta da corda, o seu principal uso é o de encordamento do guia ou do último participante da cordada. Esta forma também pode ser usada para fixar a ponta da corda diretamente em um grampo ou árvore. Para fazer este nó é necessário fazer antes o oito simples e então acompanhá-lo com a ponta da corda no seu sentido inverso.

Feito desta forma, o oito duplo também serve para emendar duas cordas em um rapel mais longo, mas é preferível usar o pescador duplo que é um nó menos volumoso e tem menos chance de se enganchar durante o recolhimento da corda.

Em todos estes casos é sempre bom deixar uma folga de pelo menos um palmo e meio de ponta de corda, arrematado com um nó de frade.

Prusik

Este é um nó auto-blocante, ou seja, sob tensão ele trava e quando frouxo ele corre “facilmente”. Em resgates, ascensões por uma corda fixa ou mesmo em cabo de aço, o prusik é muito utilizado e quase sempre essencial.

Ele também pode ser utilizado para evitar que a corda desça quando você estiver rebocando uma carga pesada (ou mesmo um acidentado) enquanto você descansa.

Muitos acidentes ou quase acidentes já aconteceram porque os participantes não conheciam o prusik ou não tinham as cordinhas para o caso de uma necessidade. Por isso, é imprescindível que cada participante tenha duas ou três cordinhas e saiba usá-las.

A cordinha utilizada para este nó deve ter aproximadamente a metade do diâmetro da corda principal, tendo suas pontas emendadas com um pescador duplo ou um nó duplo. Quanto mais se aproximem os diâmetros, menos eficiente o prusik será.

Ele é normalmente feito com duas voltas, como mostra a figura, mas no caso de escorregar, pode ser utilizado com três ou mais voltas.

É importante verificar que o nó de emenda da cordinha não atrapalhe o prusik nem fique na extremidade inferior onde o mosquetão será preso.

Existem outros nós que podem ser utilizados para o mesmo fim como por exemplo o nó de Machard e variações com a utilização de um mosquetão.

Pescador Duplo

Nó utilizado para emendar duas pontas de uma mesma corda, como um cordelete para prusik ou de duas cordas diferentes, como em um rapel mais longo, por exemplo.

Este é um nó seguro e exige menos esforço para ser desfeito do que o nó duplo (mais usado para fitas).

Para cordas de rapel, é importante deixar uma folga de pelo menos um palmo e meio nas pontas para maior segurança.

Volta do Fiel

Chamado simplesmente de fiel este nó é a forma mais rápida de se fixar a corda, podendo ser reajustado ou desfeito com facilidade.

A volta do fiel é um nó muito fácil de se fazer e muito útil em uma escalada, como por exemplo quando se deseja fixar a corda do participante sem soltar a segurança ou quando desejamos fazer uma solteira de comprimento variável, podendo mudar o seu comprimento sem soltar a segurança. Com um pouco de prática, pode-se fazê-lo rapidamente com uma mão só. Normalmente o fazemos pelo meio e utilizamos um mosquetão, mas é também muito importante e útil saber fazê-lo pela ponta.

Feito pelo meio da corda ele serve para fixar a corda em um mosquetão ou pé-de-galinha.

Feito pela ponta e com um bom arremate de segurança, ele serve para fixar a corda em uma árvore, por exemplo.

Azelha

O nó azelha é um nó forte e confiável. É muito utilizado durante a escalada para fixar a corda ou para rebocar material.

Seu grande inconveniente, no entanto, é ser difícil de desfazer após ser submetido a grande tensão e/ou numa corda molhada. O nó oito duplo ameniza esse inconveniente e é portanto preferível.

Falcaça

Apesar de não ser usado diretamente na escalada, este nó é muito útil e deve ser aprendido pelos alunos do CBM. Ele serve para arrematar a corda após ser enrolada, facilitando o seu transporte e manuseio quando não utilizada.

Após enrolar a corda, deixe uma volta mais curta para o ajuste final e reserve uma braçada de corda para executar o nó como mostra a figura.

Termine o nó passando a ponta da corda pela alça e ajustando-o com firmeza, para evitar que o nó se desfaça.

Nó de Fita ou Nó Duplo

O nó de fita é um nó usado para emendar as pontas de uma fita, criando-se um anel de fita que pode ser usado como costura ou como fita solteira.

Faz-se um nó simples em uma das pontas da fita e depois, com a outra ponta, segue-se esse nó pelo caminho inverso. O nó de fita deve ser ajustado para que as fitas fiquem todo o tempo paralelas e com folgas de pelo menos três dedos em cada ponta.

Para uma solteira pode-se usar uma fita de 260 cm a 300 cm, que após dobrada e emendada deve ficar com cerca de 110 cm a 130 cm. Para costuras médias, usa-se uma fita de uns 160 cm, que após dobrada e emendada ficará com 60 cm, podedo ser levada a tiracolo.

Se o nó for aplicado em uma corda ou cordelete, em vez de em uma fita, o nó muda de nome e passa a se chamar nó duplo. Deve-se ter muito cuidado com o nó duplo neste caso, pois ele possui uma forma correta e outra errada! A forma errada é insegura e pode se desfazer com o uso.

A menos que você tenha muita familiaridade com o jeito certo e o errado do nó duplo, para emendar as pontas de uma corda ou cordelete prefira sempre o pescador duplo ou o oito duplo, ambos confiáveis e facilmente identificáveis.

Fonte: www.rapelradical.com.br/sites.google.com

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