Paraquedismo

O que é

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Paraquedismo é uma atividade de cair à uma altura que varia de algumas centenas de metros a vários milhares (normalmente fora de um avião , mas outra aeronave pode ser usada) e, em seguida, retornar à Terra com a ajuda de um paraquedas . Se a pessoa corre para um ponto fixo (ponte, precipício, etc), falamos sim de base jumping .

Após o lançamento, o pára-quedista está em queda livre para um maior ou menor dependendo da disciplina praticada ea altura em que foi abandonada. Ele pode realizar sozinho ou com outras figuras, antes de abrir seu paraquedas . Uma vez que a vela (em vôo com paraquedas aberto), ele pode voltar a realizar, sozinho ou com outras figuras de pára-quedistas antes de atingir o chão voando seu paraquedas, de modo a pousar no local designado.

A história do paraquedismo começa no dia 22 de outubro 1797, durante as férias de André-Jacques Garnerin acima do Parc Monceau em Paris em um balão.

A melhoria das instalações permitiu que os militares inicialmente utilizar essa prática para deixar homens e equipamentos sobre uma área rapidamente, e esta atividade tornou-se um espaço de lazer e esportes uma caixa durante a segunda metade do século XX. A partir dos anos 1980 , mais uma vez, graças à melhoria de equipamentos, paraquedismo é aberto a não-pára-quedistas através de saltos tandem, quando uma pessoa é presa a um instrutor de conjunto que fornece todo o salto. Câmeras melhoradas também criou o papel de cinegrafista.

História

Há várias histórias de pessoas que utilizam paraquedas mas a história realmente começa com o desenvolvimento do balão de salto, 22 de outubro 1797 , por André-Jacques Garnerin acima do Parc Monceau em Paris a partir de seu balão . Sua esposa, Jeanne Genevieve Labrosse é a primeira paraquedista mulher de 12 outubro 1799 .

O desenvolvimento da aeronave no início do século XX, oferece uma nova maneira de saltar como mostrado Pioneiros pára-quedistas Albert Berry e Grant Morton para 1 911 – 1,912 (datas não estão bem definidos). Então, em 1919 , Leslie Irvin fez o primeiro salto com abertura manual do paraquedas durante a queda.

Os militares, então, viram o valor como uma cópia dos balões de observação durante a Primeira Guerra Mundial . Seu desenvolvimento inicial é, portanto, nas forças armadas, que desenvolvem e, eventualmente, também ser usado para despejar homens e materiais. Este é amplamente utilizado durante a Segunda Guerra Mundial, com as grandes operações aéreas , como a Operação Market Garden .

Durante a segunda metade do século XX, isso se torna um hobby e vários aventureiros desbravaram a terra, como Leo Valentin (que desenvolve o ancestral de Wingsuit e asa delta ), Jean-Louis Potron e Jacques Chalon perceber que em 1956 o primeiro vôo em passando uma testemunha durante uma queda chão face plana, Colette Duval com um salto de mais de 10.000 metros em 1958 .

Em shows aéreos, demonstrações de pára-quedistas são organizados, por vezes, com homens como Salvatore Canarrozzo que realizam baixo aberturas, coisa particularmente perigosa e, desde então, foram proibidos.

Em 1971 , Steve Snyder mercados, os Estados Unidos, as primeiras caixas de vela sob o nome Paraplane e é em 1972 que encontramos o primeiro de seu tipo a navegar a partir de França Championships paraquedismo. No final de 1970, haverá mais do que este tipo de vela este campeonato.

O paraquedas retangular (asa) é melhorada. Controláveis e com um pouso suave, em seguida, ele substitui o paraquedas hemisférica utilizado pelos militares.

A partir dos anos 1980 , mais uma vez, graças à melhoria de equipamentos, paraquedismo é aberto a não-pára-quedistas através de saltos tandem, quando uma pessoa é presa a um instrutor de conjunto que fornece todo o salto. A câmara também tem uma melhor a realização do papel de cinegrafista.

Também nessa época, homens como Patrick Gayardon inovar e popularizado diversas áreas do paraquedismo como estilo livre, base salto e skysurf.

Olav Zipser foi um dos pioneiros do paraquedismo moderno.

Paraquedismo
Paraquedismo

O sonho de voar sempre fez parte da alma humana. Conforme encontramos na literatura, os primórdios do Paraquedismo deram-se no início do século XIV na China. Os chineses já realizavam saltos de altas torres para abrilhantar festas imperiais. Estes acrobatas utilizavam imensos guarda sóis para segurar a queda.

Algum tempo depois, outro registro de Paraquedismo surgiu no século XV, através de Leonardo da Vinci. Ele desenhou e projetou o primeiro paraquedas em forma de pirâmide.

Até o século XVIII muito se estudou sobre Paraquedismo.

Mas historicamente, ficou registrado como sendo o primeiro salto de paraquedas o salto realizado por Andrew Jacques Garnerin, no dia 22 de outubro de 1797, saltando a partir de um balão. Considerado o primeiro pára-quedista, Garnerin realizou seu feito histórico na cidade de Paris, a 2000 pés de altura. Porém, para certificar-se que a engenhoca iria funcionar, Garnerin lançou seu cachorro como cobaia e depois lançou-se com sucesso.

Assim deu-se início o desenvolvimento do Paraquedismo. Mas foi no século XX que realmente se impulsionou o conhecimento e aperfeiçoamento desse esporte.

O paraquedas foi a solução que a maioria dos países encontrou para proteger seus tripulantes de aviões militares durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

O Paraquedismo teve sua maior evolução quando foi utilizado como meio de transporte na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) para o desembarque de tropas na retaguarda da linha de defesa do inimigo. Após a Guerra, como os paraquedas eram utilizados somente para o lançamento de tropas e suprimentos, os militares perceberam a possibilidade de fazer saltos por esporte e diversão.

A partir do desenvolvimento de um sistema de acionamento manual, foram realizadas as primeiras quedas livres com os paraquedas redondos conhecidos como T-10, os mesmos utilizados para o lançamento de tropas.

Sem dirigibilidade e muito pesados, os paraquedas, na época, eram muito perigosos, já que uma vez aberto o velame, os paraquedas pousavam onde o vento os levasse, sem conseguir que o impacto fosse amenizado.

Foi necessário o desenvolvimento de um velame com fendas direcionais traseiras para possibilitar a navegação. Porém, o forte impacto de aterragem ainda não estava resolvido.

A partir dos paraquedas redondos, o T-10 e T-U, foram desenvolvidos os velames conhecidos como Papillon de fabricação francesa e o Pára-Commander de origem norte-americana. Estes paraquedas tinham uma boa dirigibilidade, mas ainda os seus recursos eram muito restritos quanto à precisão da chegada ao alvo.

Nestes equipamentos o velame reserva era instalado na região ventral. Esse reserva era conhecido como reserva ventral.

Nos anos 70, as empresas norte-americanas investiram e desenvolveram um equipamento mais moderno, o qual usamos até hoje. A partir disso, o Paraquedismo começou a evoluir mais rápido.

Nos anos 80 foi inventado o salto duplo e desenvolvido o método Accelerated Free Fall – AFF ou queda-livre acelerada, o que possibilitou a difusão do esporte.

Atualmente os velames são de formato retangular sendo totalmente dirigíveis. Isto permite pousá-los com segurança no alvo e sem impacto, pois dispõem de tecnologia com freio aerodinâmico.

Após anos de evolução, o Paraquedismo atingiu um nível de segurança que possibilita a qualquer pessoa, em bom estado de saúde, experimentá-lo.

O Paraquedismo acabou virando um esporte de competição. Existem várias modalidades, desde as mais tradicionais, como a Formação em Queda Livre e Precisão ao Freefly, Freestyle, Skysurf e outras que estão sendo praticadas e desenvolvidas o tempo todo.

Quem diria que o Paraquedismo, originalmente uma necessidade militar, com a proposta de trazer uma pessoa ao solo com segurança a partir do salto de uma aeronave em vôo, teria várias modalidades esportivas, sendo um esporte seguro que tem praticantes que podem ir dos 7 aos 80 anos de idade.

O Paraquedismo progrediu muito. A queda livre, momento em que o atleta salta até a abertura do paraquedas foi muito aprimorada. Hoje em dia podemos dizer, sem sombra de dúvida, que os pára-quedistas aprenderam a “voar”.

Paraquedismo
Paraquedismo

Paraquedas

Um paraquedas é um aparelho normalmente de tecido com um formato semiesférico destinado a diminuir a velocidade da queda de pessoas (por exemplos soldados) ou objetos despenhados de grande altura.

Existem evidências de que Leonardo da Vinci fez projetos de um paraquedas um pouco rudimentar mas que funcionou em testes recentes. O paraquedas de da Vinci consistia em um quadrado com quatro pirâmides de pano espesso e em cujo centro (onde se cruzam as diagonais) se prendiam cordas que seguravam o corpo do paraquedista.

Em 22 de Outubro de 1797, André-Jacques Garnerin foi o primeiro homem a saltar de paraquedas.

Com a formação de unidades especializadas em salto (paraquedistas) a Força Aérea de quase todos os países dispõe assim de uma possibilidade de colocar tropas no solo a partir do céu, possibilitando-as de serem transportadas mais rapidamente.

Com novas opções de utilização do paraquedismo, começaram a aparecer várias modalidades desportivas, e o paraquedas evoluiu em vários sentidos: de abertura automática (tipicamente para uso militar)

Este tipo de paraquedas está preparado para ser engatilhado por um gancho que, amarrado a um cabo resistente, irá abrir o paraquedas depois do salto com a tensão no cabo resultante do afastamento do paraquedista em relação ao avião. Este tipo de paraquedas permite, assim, saltos de baixa altitude, já que o paraquedas é aberto quase instantaneamente.

Este tipo não é muito manobrável e é utilizado especialmente para a largada de militares em alvos cirurgicamente estudados.

Paraquedismo – Origem

Segundo alguns textos, os chineses são os criadores do paraquedismo.

Há 2.000 anos, eles saltavam com enormes guarda-sóis nas festas imperiais. Muitos anos depois, Leonardo da Vinci desenhou um paraquedas, o qual consistia em um quadrado com espesso e em cujo centro se prendiam cordas que seguravam o corpo do paraquedas. dois anos após, um francês o desenvolveu.

Contudo, em 22 de outubro de 1797, na cidade de Paris, Andrew Jacques Guarnerin realizou o primeiro salto de paraquedas a 600 metros de altura. Antes, certificou-se de que isso iria funcionar jogando seu cachorro e saltando logo atrás.

Durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), muitos países utilizaram o paraquedas como proteção dos tripulantes de aviões militares. E na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), soldados saltavam em lugares de difícil acesso e se escondiam do inimigo. Nos anos 70, o paraquedismo evoluiu mais rapidamente porque os empresários americanos aperfeiçoaram esse equipamento. Muitos clubes foram fundados para treinar os pára-quedistas.

Na década de 80, o esporte foi difundido em virtude da invenção do salto duplo. Atualmente são feitas competições com modalidades que incluem a Queda Livre, Freely, Freestyle, Skysurfing, Skydiving, Salto Tandem, Parapente, Base Jumping.

O Que é

O paraquedas é uma bolsa de lona de baixo peso em forma de sombrinha, desenhada para aumentar a sua superfície de contato com o ar, diminuindo a velocidade da queda de pessoas ou objetos lançados de grande altura, evitando assim danos corporais..

A Força Aérea de quase todos os países formam grupos de pára-quedistas que, quando saltam e chegam ao solo, tem a possibilidade de serem transportados mais rapidamente. Esse esporte é praticado por profissionais especializados, geralmente saltando de aviões.

Tipos de Paraquedas

Pode-se encontrar vários tipos, entre eles o de abertura automática. Ele é feito para ser engatilhado por um gancho que, amarrado a um cabo resistente, irá abrir o paraquedas depois do salto. Não permite muitas manobras, mas permite saltos de baixa altitude, já que o paraquedas é aberto quase instantaneamente. É utilizado, especialmente, para a largada de militares em alvos cirurgicamente estudados.

O Parapente evoluiu a partir do paraquedas e é rápido e flexível. Ele é a junção de “Pára” com o termo “pente”, que em francês significa pendente. Este tipo passou a integrar os desportos aéreos de vôo livre conjuntamente com a asa delta e o planador.

O Skysurfing utiliza um skate para realizar curvas, loopings e acrobacias radicais a 3.600 metros de altura. Lembra muito pelas belas manobras da ginástica olímpica e a aeróbica das academias. Quando chegam a 800 metros do solo, os paraquedas se abrem e descem suavemente. Esse tipo de salto exige que a pessoa seja profissional há um certo tempo. É atraída cada vez mais pelas mulheres e necessita de muito treino.

Um tipo de salto que é realizado num altitude menor, a 3.000 metros, é denominado Salto Tandem. É feito em queda livre onde o aluno se agarra a um instrutor, que leva um paraquedas duplo. Ele se abre a 1.500 metros de altura e o aluno pode controlar o paraquedas por 10 minutos. A aterrissagem é escolhida anteriormente e feita com suavidade.

O Free Fly é uma modalidade onde o atleta voa de cabeça para baixo (ou Headdown) e executa manobras de extrema dificuldade, e também chamado de Sitfly (sentado).

A modalidade Queda Livre busca aperfeiçoar os movimentos para formar figuras com maior número de pára-quedistas, além de treinar equipes de quatro a oito pessoas para Campeonatos Nacionais e Mundiais de Paraquedismo.

A idade mínima para a prática desse esporte é de 7 anos de idade. Menores de 15 anos precisam de autorização dos pais em impresso com firma reconhecida. O peso máximo para a prática desse esporte é de 100 quilos. Não se indica marcar o salto caso tenha praticado mergulho nas últimas 24 horas, se esteve gripado, resfriado, indicando obstrução das vias nasais e ouvidos internos. Deve-se consultar um médico antes, e caso a pessoa sofra de problemas cardiovasculares, respiratórios, ortopédicos, desmaios ou qualquer outro problema.

O paraquedismo é um esporte que depende da natureza e de vários outros fatores como descansar bem na noite anterior ao salto, usar roupas apropriadas ao salto, alimentação normal.

A história do paraquedismo

A história do paraquedismo está diretamente ligada a da conquista dos céus. É que o primeiro homem a saltar de um paraquedas foi o balonista francês Andre-Jacques Garverin.

O francês e sua esposa foram os primeiros a saltar no ano de 1798.

Depois de muitos saltos, a maioria com condições precárias, as forças armadas passaram a utilizar a técnica para invadir os territórios inimigos.

O desenvolvimento dos paraquedas tornou possível uma maior segurança e por volta da década de 50 o paraquedismo começou a ser visto como uma forma de esporte.

A dirigibilidade e a praticidade do equipamento foi conseguida através da evolução dos materiais utilizados. Hoje em dia o praticante tem todo o controle sobre a direção que quer seguir. Então quem quer começar no esporte não tem desculpa.

O que é o Paraquedismo

Voar, voar e voar. Esse é o resumo do paraquedismo, um esporte que possibilita ao homem sentir toda a liberdade de voar. Até o momento de abrir o paraquedas, é uma queda livre sem nada para atrapalhar, literalmente como o vôo dos pássaros.

A adrenalina de ficar solto ar nasceu praticamente junta com os primeiros balões. É que o primeiro homem a saltar de paraquedas foi o balonista francês Andre-Jacques Garverin, em 1798.

A sensação de voar logo fez com que as técnicas e equipamentos se desenvolvessem, o que facilitou, em muito, o seu crescimento. Hoje a grande divulgação e a segurança são as principais características do paraquedismo.

Segundo o instrutor Osmar da Silva, quem procura o paraquedismo está decidido. “É difícil encontrarmos pessoas que desistem na hora. Geralmente quem vem procurar uma escola especializada já está com a idéia amadurecida, até porque não é uma decisão nada fácil”.

Equipamentos

O principal equipamento é mesmo o paraquedas. Parece óbvio falar, mas você depende dele. O principal cuidado que deve ser tomado é com a dobragem.

Caso você não se sinta seguro para realizar, existem profissionais especializados. O cuidado com a manutenção e conservação do paraquedas também deve ser grande.

Em caso de problema com o paraquedas principal, o uso obrigatório do paraquedas de segurança evita qualquer tipo de acidente. O capacete, os óculos e o macacão são também equipamentos fundamentais.

Todos os pára-quedas são compostos de quatro partes essenciais:

Velame: parte superior do pára-quedas, que se abre como um cogumelo. É feito de seda ou nylon, e pode ter até 10 metros de diâmetro. Tem um pequeno orifício no meio para evitar o acúmulo excessivo de ar – que pode provocar oscilações muito fortes. Segundo a legislação brasileira em vigor na Confederação Brasileira de pára-quedismo, todos os equipamentos para uso desportivo devem possuir dois velames; um principal e o outro reserva.
Altímetro: indica a distância que o pára-quedista está do nível do mar. É usado para saber quando acionar o pára-quedas. Os altímetros sonoros são programados para apitarem em uma altura determinada, e são presos ao capacete do atleta.
Capacete: ainda não inventaram um capacete capaz de salvar o atleta cujos pára-quedas não abram. Mas o seu uso é importante durante a queda livre, pois protege no caso de esbarrões com outros pára-quedistas.
Óculos: protege os olhos do vento forte. Durante a queda livre, os pára-quedistas podem alcançar uma velocidade de até 300 quilômetros por hora. Quem tem medo pode também fechar os olhos.
Macacão: o tipo de macacão depende do que se objetiva no salto. Quanto maior ele for, maior será o atrito com o ar, diminuindo a velocidade da queda livre. Na modalidade Wing Fly, por exemplo, utiliza-se um modelo especial que garante deslocamentos verticais de até 160 quilômetros por hora.

Onde praticar

O local do salto é determinado de acordo com as características da região. Uma área com pouco tráfego aéreo dá maior segurança a quem está saltando.

Outros pontos fundamentais são o espaço para pouso e a proximidade com a sua residência.

A meteorologia também influi muito, já que em tempo chuvoso fica praticamente impossível realizar o salto.

Quem pode praticar

Para praticar o esporte é necessário fazer um curso teórico e prático em alguma escola certificada pela Confederação Brasileira de Paraquedismo. No curso você poderá aprender tudo sobre o esporte, além é claro, de realizar saltos.

Segundo o instrutor Osmar da Silva, o curso dá todo o embasamento necessário. “Quem faz o curso está apto a saltar. As avaliações são muito exigentes, o que garante a segurança dos alunos”.

Antes de saltar, porém, é importante que você realize um exame médico para certificar as condições de saúde. Como a adrenalina é muito alta, todo cuidado é pouco.

O paraquedismo não é indicado para quem tem problemas do coração saltar de paraquedas.

Tipos de cursos para saltar de paraquedas

A expansão do paraquedismo ajudou a difundir os cursos pelo país. Hoje, no Brasil, existem diferentes tipos de cursos para a prática do esporte.

Para aqueles que desejam somente experimentar a emoção de “voar”, é recomendável que realizem um salto duplo, conhecido também como Tandem.

Já para os que querem fazer da aventura um esporte, há dois tipos de cursos: o ASL (Acelerated Static Line) e o AFF (Accelerated Free Fall).

Se, depois de um dos cursos preparatórios, o aluno formado estiver interessado em melhorar seu desempenho em queda livre, existe o Basic Body Flight. Há também cursos para instrutores de Tandem Pilot, Instrutor de FQL, Jump Master AFF, mas para isso é exigido um número mínimo de saltos.

Salto Duplo de Instrução

A única diferença para o salto duplo fun é que, no de instrução, o aluno simula os principais comandos, tanto os procedimentos de emergência como a própria abertura do paraquedas principal. Esse salto é indicado para quem pretende se preparar para outros saltos. No método de aprendizado AFF – Accelerated Free Fall -, é obrigatório fazer um salto duplo de instrução.

Requisitos do curso: Não existe idade mínima, desde que o equipamento sirva na pessoa. Aos menores de 21 anos é exigida uma autorização assinada pelo pai ou responsável legal.

Programa de Treinamento AFF

O programa de treinamentos “A.F.F.” – que significa Accelerated Free Fall (queda-livre acelerada) – foi introduzido nos Estados Unidos em 1981 e, ao Brasil, chegou um ano depois.

O método A.F.F é composto por duas fases: parte teórica e prática. As aulas teóricas têm duração de oito horas. As práticas são divididas em níveis, que vão do I até o VIII.

O aluno salta da aeronave a 13.000 pés de altura, aproximadamente 4.000 metros, acompanhado por dois instrutores, que irão supervisioná-lo até a abertura do seu paraquedas. O programa tem como principal objetivo acelerar o aprendizado do aluno, já que os instrutores se comunicam com o aluno através de sinais para melhorar sua posição em queda livre. Aos 5.000 pés, 1.500 metros, o aluno pode acionar o paraquedas.

Passo a passo

Nível I, II e III: Acompanhado por dois instrutores, o aluno faz a checagem do seu equipamento, aciona o paraquedas e o navega sob orientação de um outro instrutor que está no solo e vai orientá-lo até o pouso. Também aprende a desenvolver técnicas em queda livre.
Nível IV até VII:
O aluno continua a desenvolver técnicas em queda livre, porém, estará acompanhado de apenas um instrutor.
Nível VIII:
É a formatura. O aluno colocará em prática sozinho tudo que aprendeu, sem a necessidade de um instrutor.

Transição

Aluno para profissional

Para conseguir a licença de categoria A, o pára-quedista deve ter acima de 20 saltos, saber dobrar o paraquedas, navegar sozinho, ter estabilidade em queda livre e acumular mais de cinco minutos em queda livre.

Requisitos do curso

A idade mínima para a realização de saltos de paraquedas é de 21 anos, ou 15 anos com autorização dos pais ou responsáveis.

Antes do primeiro salto o aluno deve apresentar a seu clube ou instrutor responsável o atestado médico para comprovação de seu estado de saúde. A validade deste atestado é anual. Também deve se cadastrar, através de seu clube e Federação, na Confederação Brasileira de Pára-quedista, que vai emitir a carteira de filiação, licença “Aluno em Instrução”.

Observação

Qualquer aluno, a qualquer tempo, poderá solicitar a licença de um determinado pára-quedista que está lhe oferecendo um curso, com o intuito de averiguar se o mesmo é capacitado para ministrar o curso oferecido.

Como Funciona

O paraquedas é um equipamento utilizado para oferecer arrasto quando em movimento através de um meio fluido, impedindo que um corpo caia com muita rapidez.

O primeiro salto de um homem com paraquedas foi realizado em 1797, mas o equipamento permaneceu como simples diversão por mais de um século.

Durante a Primeira Guerra Mundial, contudo, transformou-se em eficiente meio de salvamento, sendo empregado por balonistas ingleses e aviadores alemães para escapar de acidentes aéreos.

Atualmente é utilizado para salvamento em casos de desastres aéreos, lançamento de tropas, envio de pessoal, equipamento de socorro e suprimentos para regiões inacessíveis por outros meios, etc.

Quando fechado, o paraquedas fica dentro de uma bolsa fixada ao colete do pára-quedista. Esse colete deve ser projetado de modo a se ajustar firmemente ao corpo do pára-quedista, protegendo-o do violento impulso de desaceleração que ocorre quando o equipamento se abre. É necessário também que o paraquedas possa ser descartado facilmente caso o pára-quedista desça na água ou com ventos fortes, que poderiam arrastá-lo.

Alguns segundos depois de abandonar o avião, o pára-quedista puxa um cordel (extrator), removendo o pino que mantém as abas do paraquedas dentro da bolsa. Um pequeno paraquedas auxiliar, localizado entre as abas, é então ejetado por uma mola e, ao ser atingido pela corrente de ar, puxa o paraquedas principal para fora da bolsa. Entrando pela boca do equipamento, o ar é aprisionado pela coroa e a pressão criada espalha-se pelos gomos, inflando-os. Alguns equipamentos possuem dispositivos automáticos que abrem o paraquedas a uma altitude determinada.

Ao saltar de um avião, o pára-quedista cai com movimento acelerado, pois seu peso é maior que a resistência do ar. Quando o paraquedas se abre, a forma semi-esférica torna bastante considerável a força de resistência do ar, diminuindo a velocidade. Chega um momento em que a resistência do ar e o peso do pára-quedista se tornam iguais, e este continua descendo com velocidade constante.

Para manter uma velocidade de descida segura – 6,6 metros por segundo – pára-quedista militar emprega um paraquedas maior que os utilizados para finalidades civis, pois transporta mais equipamentos que um piloto ou um pára-quedista amador.

A força com que o pára-quedista atinge o chão eqüivale aproximadamente à que resulta de um salto de 2,6 metros.

Os “mergulhadores aéreos” descem em queda livre por centenas de metros, alterando a velocidade e a direção da queda pela contração ou distensão do corpo.

Por motivos de segurança, os amadores do paraquedismo são obrigados a abrir os paraquedas quando se encontram a pelo menos 670 metros de altitude.

Um problema comum nos paraquedas construídos até 1950 era a violenta oscilação devida ao escape do ar pelas bordas do equipamento. Constatou-se porém que, se o paraquedas sofresse um ruptura radical ao ser inflado, não oscilava, mantendo um deslizamento regular na direção oposta à ruptura.

A partir dessa verificação foram projetados paraquedas com razoável grau de controle de direção. Atualmente é possível controlar o equipamento com precisão suficiente para atingir um alvo de apenas alguns centímetros.

Os paraquedas

Os paraquedas é o objeto mais importante e eficaz na prática do paraquedismo. Ele é o responsável principal pela aterragem segura de todos os paraquedistas e possibilita a navegação tranquila por entre os céus.

Saiba quais são os tipos de paraquedas existentes no paraquedismo e saiba como a sua evolução foi benéfica para todas as modalidades deste desporto radical.

O paraquedismo já há muito que deixou de estar confinado à esfera defensiva e militar de um determinado país ou governo. Hoje, é um dos desportos mais radicais e emocionantes e encontra-se acessível a todos os praticantes.

Existem dois tipos principais de paraquedas no paraquedismo: os paraquedas redondos em forma de cogumelo e os retangulares, do tipo Asa.

Os paraquedas redondos em forma de cogumelo

Os paraquedas redondos e em forma de cogumelo são aqueles que, na maioria dos casos, são utilizados para fins militares, de emergência ou aplicação de carga.

Estes paraquedas são inconfundíveis graças ao seu velame arredondado, pelos seus gomos em forma de triângulo e pelo fato de não poderem ser manobrados quer à esquerda ou à direita, o que impossibilita a escolha do melhor local para aterrar.

No início do século XX, o paraquedas redondo começou a ser utilizado para proteger os tripulantes de aviões militares durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Anos mais tarde, em plena Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os paraquedas foram desenvolvidos para o lançamento de homens ou mantimentos num ponto estático, por exemplo, atrás das linhas defensivas do inimigo, o que constituía uma vantagem gigantesca.

Estes paraquedas apresentam um furo no topo superior do velame de forma a sair o ar interior e a reduzir as oscilações da queda. Depois de estarem em plena queda, os paraquedistas ou as mercadorias descem numa posição vertical e são colocados de forma estratégica no terreno. Quanto mais vertical for a queda, menor a possibilidade de haver alguma colisão no ar.

Neste período, o paraquedismo estava intimamente ligado a ações militares e a uma estratégia de combate ofensiva e o paraquedas redondo em forma de cogumelo era uma das armas que possibilitava o ataque.

Os paraquedas retangulares ou do tipo Asa

Os paraquedas retangulares ou do tipo asa são os paraquedas que são utilizados atualmente no paraquedismo, e também no parapente.

Na década de 70, deu-se a passagem do paraquedismo exclusivamente militar para um desporto radical de massas e isso fez com que o modelo de construção dos paraquedas se alterasse. A partir dos paraquedas redondos, como o T-10 e T-U, foram desenvolvidos os velames conhecidos por Papillon e Pára-Commander. De redondos e estáticos, passaram a ser retangulares e dinâmicos e assemelham-se às asas de um avião.

Trata-se de um paraquedas em forma de aerofólio. Os aerofólios consistem em duas camadas de nylon, ligadas a duas paredes de tecido que formam as células.

Estas células são preenchidas por ar pressurizado que entra pelas aberturas que se encontram na frente do velame, o que vai inflar o paraquedas e fazer com que a velocidade e direção sejam controladas como um parapente (paraglider).

Atualmente, os paraquedas retangulares são mais que um meio de transporte vertical, eles são autênticas asas de voo e são totalmente dirigíveis pelos paraquedistas.

Quando este paraquedas se encontra aberto, os gomos enchem-se de ar e possibilitam a elaboração de um movimento horizontal que faz com que o paraquedista possa escolher – com alguma liberdade – o local do pouso, através da condução dos batoques.

Estes paraquedas são muito utilizados em várias competições, principalmente na competição de precisão, onde todos os paraquedistas competem entre si para ver quem é o mais certeiro e regular.

Desde os primórdios que os paraquedas têm vindo a ser trabalhados e desenvolvidos e isso faz com que o paraquedismo e as suas modalidades estejam em constante evolução para patamares superiores.

Há diversos tipos de paraquedas.

Entretanto, os componentes essenciais são: velame, cordoame, guarnição (arnês) e bandeja (invólucro).

As maneiras de praticar o paraquedismo também são muitas:

Precisão:

Esta é a mais antiga modalidade do paraquedismo. É praticada com o velame aberto e o objetivo é atingir uma “mosca” no centro de um alvo determinado com 2,5 centímetros de raio. O alvo oficial de paraquedismo tem 25 metros de raio, sendo os primeiros 10 metros centrais de areia e os 15 metros periféricos de seixo rolado.

Atualmente os alvos modernos possuem marcação eletrônica na área próxima a mosca, facilitando e dando maior precisão nas marcações. Após o surgimento dos paraquedas retangulares, com maior manobrabilidade do velame, as marcas de pouso desta modalidade caíram de dezenas de metros no inicio dos anos 40 para menos de meio metro nos campeonatos atuais.

Durante as competições mundiais poucos atletas fazem marcas superiores a 15 cm, alguns deles costumam fazer sucessivas moscas seguidas, desempatando com diferenças menores que 5 centímetros ao final de vários saltos. Estas competições em geral são bastante emocionantes.

Estilo:

Junto com a “Precisão” compõe as provas do “Paraquedismo Clássico”. Em geral as provas clássicas são mais praticadas nas competições militares, uma vez que a precisão dos saltos é fundamental para a atuação das tropas de elite de qualquer força.

O “Estilo” é uma prova bastante técnica e realizada em queda livre. O atleta abandona a aeronave a sete mil pés de altura e face ao solo inicia uma seqüência de manobras com quatro curvas de 360 º para ambos os lados e dois loopings. Conhecida como “série de estilo” esta seqüência de manobras é registrada por uma câmera de solo possibilitando o julgamento do atleta.

O tempo que se demora a efetuar a série é registrado e os erros dos giros são transformados em acréscimo de segundos. Ganha quem alcançar a menor média de tempo para fazer às seqüências completas. No “Estilo” é necessário muita concentração, as disputas são bem acirradas pelos décimos de segundo.

Trabalho Relativo de Velame:

Modalidade também praticada com o velame aberto, onde conta a perícia de pilotagem dos paraquedas. O objetivo é reunir a equipe durante o vôo e construir o maior número de figuras no menor tempo possível.

A competição pode ser feita com um pool de figuras sorteadas, quando se repetem as seqüências estabelecidas pelo sorteio ou, por “rotação”, quando a figura é a mesma e revezam-se somente as posições dos atletas mantendo a figura original. Em ambos os casos o número de figuras ou pontos são observados e válidos dentro de um determinado período de tempo, ganhando a prova quem fizer o maior número de pontos. A beleza dos diversos velames voando juntos nestes saltos é indescritível.

Formação em Queda Livre – FQL:

Esta é a modalidade mais praticada e competitiva do paraquedismo, reúne um grande número de adeptos por exigir uma técnica apuradíssima dos fundamentos necessários para o vôo do corpo em queda livre. Esta modalidade objetiva a formação do maior número de figuras no menor tempo possível. As seqüências das figuras também são sorteadas e executadas por times de 4, 8 ou 16 pára-quedistas. Todos os times têm um “Camaraman” que registra o salto e entrega as imagens aos juizes das provas. Estes contam o número de figuras conseguidas dentro de um determinado tempo e as transformam em pontos, que somados ao final da competição determinam o time vencedor. Aqui, o desafio dos saltos garantem a adrenalina.

Freestyle:

Esta modalidade nasceu com a evolução das habilidades e conhecimentos das técnicas da queda livre. Os atletas saltam em duplas optando por um tipo de queda livre em que o controle dos giros e das posições dão origem a seqüências similares as da ginástica acrobática ou olímpica e dos saltos ornamentais. Equilibrar-se e ter controle nas mais variadas posições do corpo exigem bastante treinamento.

O uso do vídeo também esta presente nesta modalidade, mas agora não somente para registrar um salto para julgamento, mas sim para o “camaraman” interagir com o “freeflyer” na seqüência de manobras sendo também julgado pela qualidade artística da filmagem. O “freestyle” é um maravilhoso ballet aéreo.

Freefly:

É a mais nova modalidade do paraquedismo. A queda livre é feita de todas as formas, as manobras básicas são sentadas, em pé e de cabeça para baixo (“head dow”). Nos times de “Freefly”, formado por três atletas, o vídeo aparece novamente e também conta no julgamento. Apesar de nova, esta modalidade já atraiu muitos adeptos pela descontração e alegria dos saltos, que são sempre muito divertidos.

Skysurf:

Inventado pelo francês Patrick Degaerdon ao final dos anos 80, o “Skysurf “ é semelhante ao “Freestyle” e também é praticado em dupla com um “camaramam”. A prancha dá muita emoção aos saltos, permite manobras originais e possibilita giros bem mais rápidos, fazendo do surf no ar uma modalidade fascinante. A maior e mais famosa competição do “Skysurf” acontece anualmente no “Extreme Games”, a olimpíadas dos esportes de ação. Aqui a interação entre o “skysurfer” e o “camaramam” é de vital importância para as duplas.

Cross Country:

Esta é uma modalidade normalmente praticada em dias de vento forte com o objetivo de cobrir a maior distância possível com o paraquedas aberto. O salto é feito com vento de cauda (empurrando o pára-quedista) e o segredo está no cálculo correto do PS (ponto de saída da aeronave). Entram nas variantes deste cálculo a altitude da aeronave, a velocidade do vento, o planeio do velame e peso do atleta. Dependendo do vento no “Cross Country” é possível percorrer dezenas de quilômetros e ainda atingir o alvo, ou seja, saltar em uma cidade e chegar em outra por exemplo.

Wing Fly:

Nesta modalidade o grande atrativo é a velocidade horizontal, o objetivo aqui é curtir muito o vôo percorrendo a maior distância possível em queda livre. Para que isso seja possível, os saltos são praticados com macacões próprios para possibilitar este deslocamento, possuem asas que se inflam com o vento entre os braços e o tronco e entre as pernas.

Esta grande área permite os deslocamentos verticais de até 160 quilômetros por hora com uma razão bem menor de descida, o que faz a queda livre chagar a quase dois minutos. Por ser a modalidade mais nova do paraquedismo, ainda é a menos praticada no Brasil, mas promete pegar pela grande emoção descrita pelos que já experimentaram.

Salto Duplo ou Tandem:

Esta é a maneira mais fácil de conhecer o paraquedismo. Qualquer pessoa pode desfrutar dos prazeres da queda livre caindo na carona de um experiente pára-quedista por 45 segundos. O salto é extremamente seguro, dispensa o curso e após um rápido briefing o passageiro já pode voar. Para os iniciantes do paraquedismo, o salto duplo pode ser um excelente meio de adaptação funcionando como o começo de uma progressão no esporte.

Um pouco mais…

Os saltos normalmente são realizados entre 2.500 e 4.000 metros, que representa de 20 a 45 segundos de queda livre da saída do avião até a abertura do paraquedas.

Os equipamentos utilizados são especiais, bem maiores que os tradicionais, com duplos comandos e projetados especialmente para este tipo de salto. O piloto é sempre um pára-quedista bem experiente, um veterano do esporte que é responsável por todos os procedimentos, o passageiro só tem a obrigação de aproveitar ao máximo o salto.

Para registrar estas aventuras existe o serviço do “camaramam” para os saltos duplos. Este acompanha todo o salto da preparação ao pouso, registrando todos os detalhes em vídeo e foto.

Para saltar basta ter no mínimo entre sete nove anos, com altura compatível ao tamanho mínimo dos equipamentos e uma autorização dos pais para todos os menores de idade. Para os maiores não há limite de idade, mas há restrições aos passageiros acima de 90 Kg.

Paraquedismo é um esporte de risco?

Depende de quem pilota o paraquedas. Estou no esporte há mais de 15 anos, mais de 1.500 saltos acumulados (o que não é muito para esse tempo todo), dois títulos de campeão brasileiro em formação em queda livre e já presenciei muita coisa no esporte.

A maioria, muita alegria, muita adrenalina, amizade e energia boa. Mas nosso esporte é considerado de risco pois, por um certo aspecto, o paraquedismo pode ser analisado como uma “tentativa de suicídio controlada”. Essa foi a declaração de um psiquiatra, meu próprio pai, quando comecei a saltar.

Não deixa de ser uma tese interessante, afinal, lançar-se de um avião em vôo, exige uma certa dose de loucura. Mas, para quem já experimentou o primeiro salto e formou-se um paraquedista, já se habituou a voar a 200 km/h, acionar seu paraquedas na altura prevista e pousá-lo com segurança. Esse é basicamente o procedimento que nos leva ao chão sãos e salvos, saltos após salto.

Paraquedistas que competem representando seus países, buscam a perfeição nos movimentos, seja qual for a modalidade em que atuam e, para isso, chegam a fazer 10 a 16 saltos por dia. É muita coisa, pode acreditar. Esses atletas já acumularam mais de 10 mil saltos e nunca se machucaram. Por quê?

Risco de morte

Como todo esporte, ou atividade, existem regras de segurança. O downhill, por exemplo, que é despencar de bicicleta ladeira abaixo em meio a troncos de árvores, eu consideraria um esporte de altíssimo risco, pois você precisa desviar de obstáculos a uma velocidade alta e corre riscos a cada ligeira curva que faz.

No paraquedismo, por outro lado, estes obstáculos não existem e o risco maior está no impacto com o solo.

Caso você não acione o seu paraquedas, certamente vai atingir o solo numa velocidade que espatifará todos os ossos de seu corpo. Morte certa.

Há pouco mais de dez anos, as fatalidades deste tipo que aconteciam basicamente por dois motivos: pela falta de atenção ao altímetro, o que fazia com que o paraquedista perdesse a noção de altura e atingisse o solo com o paraquedas fechado (a falha mais absurda que pode acontecer no esporte); outra era a dificuldade – geralmente com alunos recém formados – em acionar o paraquedas, não localizando o punho de acionamento.

Equipamento seguro versus negligência

Com a evolução de acessórios de segurança como o altimetro sonoro (que apita na altura de comando) e de DAAs (Dispositivos de Acionamento Automático), esses tipos de fatalidades, que antes eram “comuns” acontecerem, passaram a ser quase nulas.

Atualmente a fatalidade acontece em nosso esporte por pura negligência do atleta, aliada à alta evolução dos velames, mais velozes e ágeis, que exigem maior destreza e experiência de quem os pilota. O índice de fatalidades relacionadas a pousos mal sucedidos aumentou na faixa de 500 a até 1000% em alguns países nos últimos 10 anos.

Comparando, podemos dizer que os carros também ficaram mais seguros com novos dispositivos que visam manter a integridade física de quem os pilota. Entretanto, eles se tornaram mais velozes, com mais recursos, e os paraquedistas não se educaram em como pilotá-los e acabam se machucando ou até morrendo por pura imprudência.

É nítido isso quando analisamos relatórios de acidentes ao longo de um período de um ano e comparamos com 10 anos atrás. Os paraquedistas recém-formados estão quase extintos dos quadros de fatalidades. Já os mais experientes, na faixa de 300 a 1.000 saltos, são a maioria das vítimas atuais.

Como resolver isso?

Consciência, educação e respeito aos limites de cada um. O paraquedismo evoluiu assustadoramente nos últimos 10 anos e continua em franca evolução. O que falta acompanhar esta evolução é a mentalidade do paraquedista que se arrisca em situações que estão fora de seu controle.

Resumo cronológico do esporte

1100 – Existem provas de que os chineses se divertiam saltando de lugares altos com estruturas rígidas que lembravam uma sombrinha.

1495 – O paraquedas de Leonardo Da Vinci tinha forma piramidal e se mantinha aberto por meio de uma estrutura de madeira. Não se sabe se algum protótipo foi testado por ele. Apenas em junho de 2.000 um modelo quase idêntico foi testado pelo britânico Adrian Nicholas.

1616 – 1617: O italiano FAUSTO DE VERANZIO, publicou um livro chamado “Machinae Nova”, no qual aparecia um homem saltando de uma torre com um equipamento retangular, com 4 linhas presas a um suposto harnese. O mesmo VERANZIO executa o primeiro salto da torre da Catedral de Veneza

1766: O cientista Cavendish descobre que o hidrogênio é mais leve que o ar. É dado inicio ao desenvolvimento dos primeiros balões, que futuramente seriam utilizados para saltos.

1779 – 1783: O físico francês SEBASTIAN LE NORMAND, fica conhecido por ser o primeiro construtor de paraquedas em série. Seus testes eram realizados com diversos animais, desde gatos até bois. Patenteia então o paraquedas como meio de escapar de um prédio em chamas.

1785 – Jean-Pierre Blanchard inventou o primeiro modelo de paraquedas dobrável de seda. Todos os modelos anteriores se mantinham abertos por meio de uma estrutura rígida.

1793: Após várias experiências utilizando balões e tendo como cobaia cães, o mesmo PIERRE BLANCHARD desenha e constrói o primeiro paraquedas de seda que podia ser dobrado. Alguns dizem que o próprio BLANCHARD utilizando-o para um salto que lhe custou as duas pernas quebradas!

1797 – André-Jacques Garnerin realizou vários saltos. Saltou de balões em Paris (600 metros de altura) e em Londres de (2400 metros). Morreu saltando, devido à forte oscilação de seus paraquedas. É considerado o primeiro pára-quedista.

1808 – Jodaki Kuparento, polonês, foi o primeiro a salvar a vida usando um paraquedas, quando teve que abandonar o seu balão que se incendiava.

1837: Ocorreu o primeiro acidente fatal da história do paraquedismo. ROBERTO COCKING saltou de 5.000 pés com seu paraquedas de cone invertido, porém os planos não saíram como desejado.

1885: Em 1885 THOMAS BALWING inventou o harnese que foi incorporado ao equipamento e tornou os saltos mais seguros e confortáveis.

1887: Ainda foi BALDWIN que aperfeiçoou o sistema para que ele fosse acondicionado dentro de uma mochila, até então o pára-quedista descia dentro de um cesto.

1890 – No Brasil, o norte americano Spencer Stanley saltou sobre a cidade de São Paulo. Depois dele – em 1931 veio Charles Astor, que iniciou a divulgação do esporte no país, dando cursos aos interessados.

1906: O brasileiro ALBERTO SANTOS DUMONT realiza um vôo com um avião acionado por motor a explosão. Com o progresso da industria aeronáutica, as velocidades dos aviões foram ficando cada vez maiores, porem as deficiências técnicas deste princípio de século, levou a morte centenas de pilotos. Mas agora os pára-quedistas tem ao seu dispor um meio de transporte para irem cada vez mais alto.

1908: O norte-americano LEO STEVENS desenhou um modelo de paraquedas acionado manualmente por uma argola ligada a um cabo que, uma vez acionado, abria a mochila que o piloto levava às costas, liberando o paraquedas Nos próximos dois anos a história fica meio controversa sobre quem foi a primeira pessoa a saltar de um avião em vôo.

1911: Alguns dizem que foi na California, o acrobata GRANT NORTON, quem realizou pela primeira vez um salto de uma aeronave em vôo, passando para a asa de um Wright modelo B, sobre um ponto previamente escolhido, largou seu velame que inflou imediatamente extraindo-o do avião.

1912: Outros afirmam que foi ALBERT BERRY, do exército norte-americano quem fiz o primeiro salto com êxito em 1° de março de 1912

1914: O paraquedismo como esporte surge neste ano juntamente com a primeira queda livre.

1917 – Durante a I Guerra Mundial, a maioria dos países adotou paraquedas para os tripulantes de seus dirigíveis de observação e para as tripulações de aviões militares.

1919: O primeiro salto livre foi realizado em 1919, por LESLIE EIRVIN, de um avião a 1500 pés, no melhor estilo sai-comanda.

1922 – Harold Harris foi o primeiro homem a realizar uma queda-livre, abandonando um avião em pane.

1924: O sargento norte-americano RANDAL BOSE acionou seu paraquedas após uma queda-livre de 2000 pés desfazendo a crença que uma pessoa perderia a consciência. Persistia ainda a crença que ao permanecer em queda-livre por um tempo muito longo a pessoa atingiria velocidades tão elevadas que impediriam a respiração causando perda da consciência e subseqüentemente a morte por asfixia.

1925: o norte-americano STEVEN BRUDEAU acabou com a polêmica saltando de um avião a 7000 pés (aproximadamente 2100m) com 25 segundos de retardo, atingindo pela primeira vez a velocidade terminal (aproximadamente 200 km/h).

1931: No Brasil , o paraquedismo teve início em 1931 com CHARLES ASTOR em São Paulo.

1936: A Rússia usou paraquedas para o lançamento de tropas militares.

1939 -1945 – Durante a II Guerra Mundial quase todos os países utilizaram-se de tropas pára-quedistas. Os alemães, na invasão de Creta, chegaram a lançar 14.000 soldados pára-quedistas em uma ilha.

1951 – O Primeiro Campeonato de Paraquedismo foi realizado na Iugoslávia. Participaram 5 países europeus.

1960 – Em 16 de Agosto de 1960, o capitão da força aérea norte-americana JOSEPH W. KINTTINGER realizou um salto de um balão no Novo México a 84.700 pés (aproximadamente 30.000 metros) atingindo uma vertiginosa velocidade terminal de 1.006 Km/h, velocidade marginalmente subsônica em 4min 50seg de queda livre. Esse feito está no Livro Guiness dos Recordes e se mantém imbatível até hoje.

1964 – Foi patentado o primeiro paraquedas retangular. Estes são muito mais dirigíveis e seguros que os antigos redondos. Foi um grande impulso para o paraquedismo esportivo.

1965 – Foi lograda a primeira formação de 8 pára-quedistas em queda-livre, uma “estrela”.

1996: O pára-quedista francês PATRICK DE GAYARDON desenvolveu um tipo de macacão que tem por objetivo aumentar o tempo de queda livre, assim como a velocidade horizontal atingida pelo pára-quedista.

1999: Morre o francês PATRICK DE GAYARDON, criador do skysurf e do macacão “asas de morcego” (protótipo do wing suit), acidentando-se após a falha no equipamento especialmente alterado por ele próprio poucos dias atrás.

2000 – O paraquedas projetado por Leonardo da Vinci em 1483 funciona. A prova, feita mais de quinhentos anos depois que o sábio renascentista elaborou seus desenhos, foi realizada pelo pára-quedista britânico Adrian Nicholas. O projeto de Da Vinci tem forma de pirâmide, é feito de madeira, cordas e tecido de algodão cru. Nicholas saltou de uma altura de 10.000 pés (aprox. 3.300m) com o equipamento, construído de acordo com as especificações de Da Vinci e usando somente materiais que estavam disponíveis na época do Renascimento.

O paraquedas se revelou ágil e eficaz. “Não houve ondulações ou quedas repentinas, e o paraquedas se moveu facilmente pelo ar”, disse Nicholas. Depois de descer 6.000 pés (aprox. 2.000m) com o projeto de Da Vinci, Nicholas desconectou-se da pirâmide de algodão e completou o salto com um paraquedas convencional, pois o paraquedas de Da Vinci, pesando 85 quilos, que desceu sozinho, suavemente e a poucos metros de distância, poderia machucá-lo no pouso. Para isso Nicholas utilizou-se de um Sistema Três Argolas duplo com dois desconectores, um para a pirâmide e outro para o velame principal.

Durante meses, Nicholas e sua mulher, a arquiteta Katarina Olliaken, trabalharam sobre o projeto de Da Vinci.

Apenas duas inovações foram acrescentadas: o uso do algodão, em vez de linho, e uma mudança no respiro de ar.

Fonte: www.aerodinamicaparaquedismo.com.br/www.clube700.com.br/oradical.uol.com.br

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