Chapada Diamantina

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Terra primitiva, espécie de mundo perdido pela civilização – assim é a Chapada Diamantina, 84.360 km verdadeiro oásis úmido em plena região seca. Ali estão algumas das mais belas serras e montanhas do país, milhares de quilômetros de rios águas claras, vales de vegetação exuberante, cascatas, cachoeiras, gutas, matas ainda virgens, além de diversos espécimes vegetais e animais raros.

Parte desse santuário natural, graças ao Decreto 91.655 assinado pelo presidente José Sarney em 17 de setembro, está agora livre da ação predatória do homem – iniciada no século XVIII com as descobertas de minas de ouro, reforçada no século seguinte com as de diamante e intensificada nas duas ultimas décadas com a instalação indiscriminada dos garimpos mecanizados e de atividades agropecuárias.

Por esse decreto, foi criado o Parque Nacional da Chapada Diamantina, com 152 mil hectares, situado na serra do Sincorá, flanco leste da Chapada, englobando áreas dos municípios de Lençóis, Andaraí, Mucugê, Palmeiras e Ibicoara.

A gruta do Lapão, no município de Lençóis, é um belo e singular comprovante da antiguidade das terras da Chapada – período pré-cambriano. A gruta é formada por uma exuberante composição de rochas calcárias e lá dentro nasce um rio. Filodendros, musgos liquens, bromélias, trepadeiras, samambaias e arbustos variados crescem nas laterais externas da gruta e no solo.

A beleza do novo parque é completada pelas diversas trilhas pavimentadas com pedras, abertas no passado pelos garimpeiros para o transporte do diamante.

Alguns desses caminhos – pelos quais se pode atingir qualquer ponto da Chapada -, mesmo com centenas de anos de uso, conservam-se em bom estado e poderão agora ser utilizados pelos visitantes do Parque.

Devastação já é grande

A criação do Parque Nacional possibilitará a preservação de fauna e flora singulares, inexistentes em outras regiões do país, outrora abundantes e agora dizimadas por queimadas e desmatamentos indiscriminados, pela caça ilegal e pela coleta em larga escala de plantas.

A presença contínua e intensiva do garimpo – primeiro artesanal e mais recentemente mecanizado – vem causando a devastação das matas ciliares e o assoreamento dos rios, perturbando a dinâmica fluvial e contribuindo para a dizimação de espécimes de plantas raras.

Utilizando-se do devastador recurso da queimada, essa atividade econômica tem contribuído decisivamente para a redução de grande parte das florestas da Chapada.

No entanto, a população local também contribui para o processo de devastação. Provoca incêndios, pratica a caça ou arranca plantas locais.

A situação da fauna não é menos preocupante. À exceção de uma ou outra ave ou calango e excluindo os insetos, todos os demais representantes de uma outrora abundante fauna estão ameaçados de desaparecer. A triste situação é causada pela caça desenvolvida nos últimos 150 anos – os garimpeiros, por exemplo, têm especial preferência pela carne de anta – ritmo que supre a demanda dos restaurantes típicos.

A civilização do ouro e diamante

O ouro e o diamante deram nome à então desconhecida região central da Bahia – Chapada Diamantina -, propiciando sua colonização . Desde a descoberta das auríferas (século XVIII) na bacia do rio de Contas e do diamante (século XX) nas nascentes do Paraguaçu, na serra do Sincorá, a região passou a receber fluxos migratórios de várias partes do país.

As civilizações do ouro e do diamante criaram vilas e povoados, transformando Rio de Contas e depois Lençóis em capitais regionais, abriram ferrovia, ativaram a navegação fluvial , construíram uma era de fausto e gloria e deixaram um rico patrimônio representado pelos belíssimos conjuntos arquitetônicos coloniais das cidades históricas de Lençóis, Andaraí, Mucugê e Rio de Contas.

Depois de quase dois séculos de exploração intensiva, as serras hoje possuem muito pouco minério e o garimpeiro autônomo e solitário desaparece progressivamente, dando lugar ao garimpo mecanizado, atividade que ainda consegue sobreviver na região e é muito mais prejudicial ao meio ambiente, devido ao uso de dragas.

Oásis dentro do sertão

Com altitudes que variam de 1000 a 1400 m, a Chapada Diamantina eleva-se como importante muralha que separa o Vale do São Francisco. O relevo montanhoso que domina grande parte da área da Chapada, associado às características geológicas e orográficas e ao clima, faz da região um verdadeiro oásis úmido e verdejante em pleno sertão baiano.

Parte do oásis do sertão baiano foi transformada em parque nacional. O parque dará ainda especial impulso à nascente e próspera atividade turística que se vem desenvolvendo nos últimos anos na região – fazendo crescer mais rapidamente o já significado número de pousadas, pensões e restaurantes típicos e o fluxo de visitantes.

Outros importantes monumentos naturais da Chapada devem ser preservados por meio da criação de pequenos parques estaduais ou municipais, entre eles o morro do Pai Inácio – castelo de granito de 250 m de altura, considerado o símbolo da Chapada, no município de Palmeiras –, o pico das Almas, com 1.875 m de altitude, em Rio de Contas, considerado o ponto mais alto da Bahia, e a gruta da Lapa Doce, em Iraquara, com impressionante formação de estalactites e estalagmites.

Fonte: www.bidvb.com

Chapada Diamantina

Chapada Diamantina – Bahia

A primeira vez que estive na Chapada Diamantina foi de deixar de queixo caido. Aquelas formações rochosas eram paisagem de outro mundo, e a cidade de Lençois é simplesmente contagiante com seus casarões e seus interessantes habitantes.

Para quem chega a primeira impressão é de que se trata de uma cidade comum. Mas aos poucos se vai descobrindo a magia do local. Aí quando você se da conta, já está enfeitiçado.

Cachoeira da Fumaça por dentro do canyon

Eramos em oito pessoas. Começamos a caminhar tarde, atravessamos o escorrega e pegamos a trilha que segue do outro lado do rio. O sol estava quente e a subida era em local de nenhuma sombra. Fazia quase um ano que não chovia na região e nos disseram que possivelmente a Cachoeira da Fumaca estaria seca.

Mas, mesmo seca, é um espetaculo e tanto. Caminhamos por 4 horas e resolvemos parar ao lado de um corrego. A vista da boca do canyon era linda. No outro dia, como estavamos em ritmo de Bahia, andamos um pouco mais até a Cachoeira do Palmital e passamos o dia nadando. De noite choveu muito. O rio começou a subir muito rápido e o barulho da cachoeira aumentou consideravelmente.

Pela manhã corremos para ver como estava e que espetáculo: o volume de água aumentou umas 10 vezes. Ficamos imaginando como estaria a Cachoeira da Fumaça.

Chapada Diamantina
Cachoeira da Fumaça

Cidade de Lençois

Do Palmital a triha é difícil de achar se você não conhece. Desce o rio pelo lado direito da margem ate embaixo. Depois vai por dentro do rio até a fumaça. No caminho tem vários poções para se nadar. Acampamos no braço do rio que segue para baixo da Fumaça. Existe ali uma toca que é habitada por um milhão de pernilongos. A melhor opção é a barraca.

Acordamos cedo. Depois do café da manhã fomos conhecer a Cachoeira. Que espetáculo da natureza! Ela tem 400 metros de altura e o vento faz com que suas águas dancem até chegarem ao chão.

No outro dia comecamos a subida da trilha. É super ingrime, mas a vista vale a pena. Chegamos a tardinha e acampamos perto do rio da Cachoeira. Este é um lugar em que vale a pena ficar pelo menos um dia inteiro. Tem um local do qual se tem a melhor vista, mas deixa muita gente com medo. Batizamos de “mela cueca”. Não oferece perigo se você for engatinhando até a borda, mas mesmo assim a sensação é estranha. Parece que a borda inteira vai cair canyon abaixo.

Dali seguimos para o Capão, uma vila encravada dentro de um canyon, povoada por agricultores, comunidades esotéricas, hippies, mucho loucas e alienigenas. Um lugar super interessante onde vale a pena uma estadia. Existem algumas pousadas para diferentes gostos. Pode-se acampar nas comunidades também.

Se você gosta de caminhar, existem muitas trilhas interesantes para se fazer em Lençois: trilhas de horas, de um dia, de 4 dias, 8dias ….

A mais interesante em minha opinião é a da Cachoeira da Fumaçaa por baixo, depois subir e pernoitar em cima, descer para Capão e seguir para os Gerais e Andaraí. São 8 dias ou mais. Depende de quanto se quer andar por dia.

Trilhas curtas e divertidas são as que levam para o Escorrega, Cachoeira do Sossego, Cahoeira da Primavera. O Escorrega é o passeio mais popular. É super divertido. Consiste em uma pedra lisa onde se escorrega até uma piscina natural.

Alto do Pai Inácio: O frio nos pegou de surpresa. Improvisamos agasalhos com toalhas

Chapada Diamantina

Nos arredores de Lençois tem vários outros passeios interressantes: Poço do Diabo, uma cachoeira onde tem um bar dentro de uma caverna e de onde se pode dar mergulhos de até 30 m de altura. Pai Inácio, uma formacao da chapada com 400 m de altura. Diz a lenda que o Pai Inácio, escravo fujão, pulou de guarda chuva de lá de cima para fugir da polícia que o encurralava e não morreu. Pode-se subir quase até o topo de carro e depois continuar por uma trilha morro acima. A vista no por do sol é inesquecível.

O Poço Encantado é também um passeio imperdível. Pode-se ir de carro ou pagar um tour. É mais ou menos longe e de difícil localização, mas é um dos passeios memoráveis da Chapada. Uma gruta com um lago interno de águas super transparentes. Dá práenxergar o fundo a 50m de profundidade. Para completar a lagoa é de um azul mágico.

Um bom conselho para quem vai se aventurar pelas trilhas é nunca acampar próximo demais dos rios. Com qualquer chuva o nível da água sobe rapidamente devido a pouca infiltração no solo rochoso da Chapada. Outro conselho é ter sempre um mapa da região, que pode se adquirido no IBGE ou em Institutos Cartográficos.

Localização: Lençois está localizado a 350 km de Salvador em pleno sertão. Próximo ao Parque Nacional da Chapada Ciamantina.

Como chegar:

A partir de Salvador são 2 opções: carro ou ônibus. As condições da estrada até 1994 eram precárias, sendo aconselhavel fazer este trajeto de dia. Existem poucos postos de gasolina na estrada.

De ônibus a partir de Salvador são 7 horas de viagem.

A empresa que faz este trajeto é a Paraíso, com somente dois horários: as 9hs e as 21hs. No verão partem onibus extras.

Onde dormir:

Camping Lumiar, no centro da cidade, praça Afranio Peixoto. Muita sombra e árvores enormes, um local simpático e barato. Banheiros um pouco precários mas aceitáveis. As vezes funciona no local uma lanchonete que serve cafá da manhã e almoço.

Pousada Alegre, na praça Aureliano Sé. fone 334-1124. Barato e com bom café da manhã.

Café da manhã da dona joaninha: café da manhã tradicional dos mochileiros e ponto de partida de várias “trips” pela região. Ambiente acolhedor, amigável e gordo cafe da manhã. Barato, vale a pena conferir.

Onde comer:

A cada ano surgem novos restaurantes. Restaurantes por quilo são uma boa opção.

Um pouco de história de Lençois

A cidade de lençois surgiu com a febre dos diamantes em 1822. Dirigiram-se para a região grande quantidade de garimperos com suas tendas que pareciam lençois espalhadas por toda parte, daí o nome da cidade.

Dos acampamentos surgiram as cidades. Com o esgotamento das jazidas muitas cidades nos arredores de Lençois foram abandonadas. Uma bem interessante de se visitar é Xique Xique do Igatu, cidade toda de pedra que tem o apelido de Machu Pichu do Brasil.

Hoje a cidade vive de uma pequena agricultura e do turismo. Falam até na construção de um aeroporto internacional. Não existe festa de carnaval, mas uma semana antes tem uma festa muito tradicional, a do Nosso Senhor dos Passos, o padroeiro da cidade. Toda a populacao participa dançando a noite inteira. Esta festa é realizada para impedir que uma enorme serpente devore a cidade. Diz a lenda que ela vive embaixo da ponte dos arcos romanos.

Clima

 Apesar de ser na Bahia, no verão pode fazer frio. No inverno com certeza em alguns dias você vai esquecer que está no sertão. No verão é seco e no inverno chove mais, mas em compensação as cachoeiras vão estar cheias.

Passeios

existem várias agências de turismo local que oferencem passeios e guias.

Alguns passeios que você não deve perder:

Escorrega: tobogã de pedra com piscinas naturais.

Cachoeira do sossego: vale a pena conferir.

Serrano: poções perto da cidade.

Cahoeira da primavera: no caminho muitas piscinas naturais.

Cachoeira da fumaça, a maior cachoeira do Brasil.

Gruta do Lapão

Gruta da Lapinha

Poço encantado: poço dentro de uma gruta com águas azuis. Espetacular entre abril e maio. O espetáculo é maior quando um facho de luz entra por uma fenda e o teto da gruta fica azul.

Capão: cidade encravada dentro de um canyon, muito interessante e com muitas comunidades.

Gerais: altiplano a 400m de altura em cima de capão.

Poco do diabo: cachoeira muito linda com vários pontos para mergulho.

Xique xique do igatu: cidade toda construída com pedras abandonada no declinio da extração de diamantes. Apelidada de machu pichu brasileira,

Pai inácio: uma das muitas formações rochosas da região. expetacular vista da chapada ao por do sol.

Pratinha: rio de águas cristalinas.

Fonte: www.tecepe.com.br

Chapada Diamantina

Chapada Diamantina

O cenário da Chapada Diamantina, mundialmente famosa por sua rica biodiversidade, é formado por paisagens de relevo montanhoso, quedas livres, lagos subterrâneos, além de um grande número de nascentes, corredeiras, canyons e cavernas que a tornam um excelente local para a prática do turismo de aventura e do turismo ecológico. Sua principal atração é o Parque Nacional da Chapada Diamantina.

Localizados na região central da Bahia, os municípios (Lençóis Palmeiras, Iraquara, Andaraí, Mucugê, Rio de Contas e Morro do Chapéu) compreendidos nesses circuitos têm a sua história relacionada a momentos importantes da vida nacional, como a exploração do garimpo nos séculos XVII, XVIII e XIX.

A região do Parque Nacional da Chapada Diamantina, no coração da Bahia, desenvolveu-se com a mineração de ouro e diamantes nos séculos XVIII e XIX.

Esgotadas as jazidas, o principal meio de sobrevivência da população passou a ser a agropecuária. Numerosas histórias são contadas sobre a época em que poderosos coronéis possuidores de muitas terras e comandantes de “exércitos” de jagunços, faziam suas próprias leis e tinham poder de vida e morte sobre as pessoas.

O parque de 152 mil hectares, área de preservação ambiental administrada pelo IBAMA, abrange Lençóis, Palmeiras, Andaraí, Mucugê, Itaeté. Iraquara, Seabra e Ibicoara, cidades que conservam seus antigos casarões e igrejas dos tempos da mineração.

O tombamento em 1973 e a criação do parque em 1985, além de proteger os ecossistemas da Serra do Sincorá e evitar a deterioração dos sítios de interesse histórico e cultural, incentivaram o turismo na região.

Até duas décadas atrás, só mochileiros iam à Chapada. A recente melhora da infra-estrutura turística, a abertura de hotéis de bom padrão e a construção de um aeroporto facilitaram a atuação de empresas de turismo receptivo. Hoje, brasileiros e estrangeiros visitam as cavernas, cachoeiras, rios, vales e montanhas.

Muitos procuram a região para praticar esportes como trekking, mountain bike, canoagem e rappel. Os sítios que foram quilombos atraem turístas interessados em conhecer pratos típicos e festas populares.

Artistas plásticos, esotéricos e pessoas que buscam “contatos imediatos” com extraterrestres também visitam o local.

Como as jazidas se esgotaram há muito tempo, você não encontrará pepitas de ouro ou diamantes. O tesouro à sua espera é a própria Chapada.

Fonte: www.bahia.ws

Chapada Diamantina

Chapada Diamantina
Parque Nacional da Chapada Diamantina, principal destino de ecoturismo do Brasil

Bem no meio do estado da Bahia, a Chapada Diamantina é um destino que vale por muitos. Reúne cânions, quedas d’água, rios, corredeiras e cavernas, num cenário que varia entre Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, de onde brotam bromélias e orquídeas, assim como cactos. Para usufruir de toda a exuberância dessa região, é indispensável contratar um guia, já que muitas das trilhas não têm sinalização.

Lençóis, a principal porta de entrada para a Chapada, está a 400 quilômetros de Salvador. Seus casarões dos anos 1920 e ruas estreitas são a base para explorar o principal destino de ecoturismo do Brasil, o Parque Nacional da Chapada Diamantina.

Fica na cidade também o melhor hotel da região, o Canto das Águas, à beira do Rio Lençóis, que dispõe de uma sala de massagem entre a copa de árvores e mima seus hóspedes preparando lanches para levarem nos passeios. Há também outros destinos nos arredores do Parque Nacional que servem de base para o turista.

Para conhecer as impressionantes paisagens do Parque Nacional é preciso andar muito. Escalar, cavalgar, fazer rapel, canoagem ou mergulho também são alternativas para cumprir o checklist obrigatório, que inclui o Morro do Pai Inácio (lá de cima, a vista que se tem da Chapada Diamantina emociona); as grutas da Pratinha, de águas transparentes e peixes coloridos, e da Torrinha, com formações de estalactites; e a Cachoeira da Fumaça, no Vale de Capão, cujas águas que caem de uma altura de quase 400 metros nem chegam a tocar o chão, dispersando-se numa nuvem de fumaça que forma um cenário bem incomum. Para guardar tudo para sempre, conte com sua memória, claro, mas tenha sempre uma máquina fotográfica por perto.

Chapada Diamantina
Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão. Para ser recompensado pela bela paisagem,
é preciso enfrentar uma caminhada de duas horas por um terreno íngreme

COMO CHEGAR

De Salvador e da região Centro-Oeste até Lençóis, o melhor caminho é pela BR-242; do sul, desde Vitória da Conquista, pegue a BA-262 e a BA-142.

QUANDO IR

De dezembro a fevereiro, as diárias sobem e as trilhas lotam — em compensação, as cachoeiras estão com maior volume d’água. Em junho, tem festa de São João e, em eagosto ou setembro, o Festival de Lençóis. No período entre novembro e janeiro pode chover bastante, enquanto de abril a setembro as águas dão trégua e as temperaturas não são tão extenuantes.

Fonte: viajeaqui.abril.com.br

Chapada Diamantina

Nada de preferências ou predileções. Do mesmo jeito que a Chapada Diamantina acolhe os mais variados tipos de visitantes, trilheiros ou não, ela própria cai nas graças de todos, indistintamente. Não há como eleger sua paisagem mais bonita sem cometer injustiça, tamanha fartura de atrações e cenários naturais.

Chapada Diamantina
Chapada Diamantina

Ainda que a Chapada Diamantina, estrategicamente inscrustada no coração da Bahia, disponha de roteiros para todos os “tipos” de pernas e espíritos, embrenhar-se pelas matas é o melhor meio de conhecer as belezas da região, repleta de trilhas abertas por garimpeiros.

Quem tem ânimo, preparo físico e predisposição para aventura encara bem a trilha Lençóis/Caeté-Açu/Andaraí. São 90 km percorridos em sete dias de caminhada. Opção mais leve é Lençóis/Caeté-Açú. Os 36 km percorridos para conhecer a cachoeira da Fumaça –por baixo e por cima– exigem três dias de caminhada. Quem prefere passeios de um dia pode optar por Lençóis/Pai Inácio (18 km) ou cachoeira do Sossego –14 km a partir de Lençóis.

No Parque Nacional Chapada da Diamantina, que compreende parte dos territórios de Lençóis, Mucugê, Palmeiras, Itaitê e Ibicoara, os passeios não se limitam às trilhas, mas das longas distâncias não há como escapar. Para chegar ao azulado poço Encantado, em Itaité, o visitante enfrenta 145 km de carro em uma estrada esburacada. É preciso chegar cedo para não perder o raio que acentua a coloração da água.

A caverna Torrinha é outra atração imperdível. Distante 64 km, é considerada uma das mais completas do Brasil devido à riqueza e diversidade de seus espeleotemas. Na mais completa escuridão é fácil perder a noção de tempo dentro da Torrinha, em meio a suas fascinantes flores de aragonita e agulhas de gipsita. Quem se interessa por formações de caverna pode dedicar, sem peso na consciência, uma tarde inteira para a visita. Vale a pena!

Bucólico e contemplativo é o passeio de canoa por Marimbus, região alagadiça de Andaraí (a 94 km de Lençóis). A melhor hora para visitá-lo é ao cair da tarde, apesar do assédio dos insetos. Bandos de garças e jaçanãs sobrevoam o rio, onde, com sorte, vêem-se jacarés e capivaras sob as plantas aquáticas.

A 1.120 metros de altitude, o morro do Pai Inácio sintetiza a beleza da região e o que ela representa. A imagem da serra do Sincorá, em especial no pôr-do-sol, é uma das melhores que se pode levar da Chapada Diamantina.

JANAINA FIDALGO

Fonte: www1.folha.uol.com.br

Chapada Diamantina

A famosa música de Sá e Guarabira seria perfeita se estivesse no passado. O sertão baiano já foi mar, há mais de 600 milhões de anos. A velha imagem do sertão é bem diferente nestas terras que um dia estiveram forradas de pedras preciosas.

A diversidade de paisagens deslumbrantes presentes em um mesmo lugar impressiona: grutas, cachoeiras, morros exuberantes, além de cidades históricas fazem da Chapada Diamantina um dos destinos mais originais do Brasil.

A Chapada Diamantina foi um importante centro econômico da Bahia durante o ciclo de diamantes. Após décadas de exploração e com o esgotamento das jazidas, a região caiu no abandono até ser descoberta como um paraíso ecológico. Para proteger essa área de relevo montanhoso, repleta de cachoeiras, rios e grutas foi criado o Parque Nacional da Chapada Diamantina em 1985, com 152.000 hectares.

Localização

O Parque Nacional da Chapada Diamantina localiza-se no centro da Bahia, pertencendo aos municípios de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê e Ibicoara.

Para chegar até lá, pegue a BR-242 através da BR-116. Siga até Lençóis, cidade com melhor infra-estrutura. Nela também há um aeroporto que recebe vôos de São Paulo, Brasília, Salvador e Barreiras.

Clima

O clima da região é tropical, com temperatura média anual entre 22°C e 24°C. O parque pode ser visitado o ano todo. O período mais seco vai de agosto a outubro. Durante o verão chove mais e as cachoeiras ficam mais cheias.

Chapada Diamantina

Aspectos Naturais

O relevo montanhoso apresenta formações características de chapadas, abrangendo a Serra do Sincorá, com altitudes variando de 400m a 1400m. Essa diferença de altitude contribui para a biodiversidade da região, incrementada por um microclima de temperaturas agradáveis. Diversos cursos d`água atravessam esse cenário criando saltos e cachoeiras.

A vegetação do parque dividi-se em campos rupestres, campos gerais e densas matas de galeria. As espécies mais encontradas são a unha-de-vaca, o gravatá-de-cacho, orquídeas e bromélias.

Entre os animais, encontramos o quati, a cotia, a capivara, a onça-pintada e a suçuarana, além de répteis como a jibóia e a sucuri.

Diversas aves habitam a região: periquitos, curiós e araras.

Atrações

Difícil mesmo é arrumar tempo para conhecer todas as atrações do parque. Cachoeiras de todos os tipos estão dentro de seus limites, inclusive a impressionante Cachoeira da Fumaça, que despenca de um paredão de 400m de altura. Para chegar até seu poço e depois subi-lá, há um trekking de 3 dias. Aqui também está uma das caminhadas mais bonitas do país, o trekking do Vale do Pati.

Algumas atrações ficam fora dos limites do parque, mas são imperdíveis. O cartão postal da região é o Poço Encantado, uma gruta com um lago azul. Poço Azul, Gruta da Pratinha, Gruta Azul são similares. Gruta do Lapão e Gruta da Lapa Doce apresentam formações interessantes.

Para apreciar a paisagem fantástica da Chapada, o melhor ponto é o Morro do Pai Inácio, com 1120m. A diversidade é tanta, que há até um pantanal, o Marimbus, com locais para banho e pesca.

Infraestrutura

Lençóis é a cidade com melhor infra-estrutura, possuindo hotéis, pousadas, campings, restaurantes, lojas, além de agências que organizam os passeios. Para quase todos os passeios é preciso contratar um guia, ou em uma das agências ou um guia local independente.

Igatu, Mucugê e Andaraí são cidades menores, mas com algumas opções de hospedagem.

Fonte: www.amadeusturismo.com.br

Chapada Diamantina

O coração da Bahia fica na Chapada Diamantina. É nesta região serrana, de topografia diversificada, que nascem 90 por cento dos rios que formam as bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do rio de Contas.

São milhares de quilômetros de águas cristalinas que brotam dos cumes, escorrem pelas serras em cachoeiras, deságuam em planaltos e planícies formando belíssimos poços e piscinas naturais. A beleza das águas é complementada por uma vegetação exuberante que mistura espécies cactáceas da caatinga com raros exemplares da flora serrana, especialmente bromélias, orquídeas e sempre-vivas.

Na Chapada estão os três pontos mais altos de todo o Estado: o Pico das Almas, com 1.958 metros de altitude, o do Itobira, com 1.970m, e o do Barbados, com 2.080m. Também é nesta região onde estão a cachoeira Glass ou da Fumaça, com seus 420 metros de queda livre. E o fascinante Poço Encantado que emociona tantos quantos o visitem.

Formada por um altiplano de cerca de 700 m de altitude, oferece amplas possibilidades de aventuras eco-turísticas e se pode desfrutar de um agradável e especial micro-clima.

A procura de ouro e diamante no passado levaram a descoberta de um panorama natural de rara beleza que faz o cenário da Chapada Diamantina.

Neste ambiente foram definidos dois circuitos turísticos: o Circuito do Diamante, no município de Lençóis e o do Ouro, no de Rio de Contas. Em torno de Jacobina, na Chapada Norte, vem sendo estabelecido um novo Circuito turístico, o “Circuito das Cachoeiras” com base em um moderno modelo de planejamento de ecoturismo. A região conta, atualmente, com cerca de 3 mil leitos e um aeroporto doméstico, em Ilhéus.

Algumas regiões da Chapada Diamantina

Andaraí e Igatu

Cidades que surgiram em decorrência da exploração dos diamantes, despontam como destino de turismo ecológico, possibilitando aventuras pelas trilhas dos garimpeiros, grutas, serras e cachoeiras, organizadas no Circuito do Diamante.

Estas opções turísticas aliadas a inquestináveis belezas naturais como a Gruta da Paixão e o Poço Encantado, garantem amplas perspectivas de crescimento dessas cidades como turísmo. Andaraí está situada a 70 km do aeroporto de Lençóis.

Vale do Capão

Local onde se pratica, turismo ecológico: trilhas, caminhadas e outros; surge a opção de turismo esotérico: medicina alternativa, alimentação natural, meditação e outros. Também faz parte do Circuito dos Diamantes, situando-se a 60 km do aeroporto de Lençóis.

Chapada Norte

Região situada ao norte da Chapada Diamantina, torna-se cada vez mais conhecida e compõe o Circuito do Ouro, denominação decorrente de várias expedições de “entradas” dos desbravadores de Francisco Dias D’Ávila, em busca das jazidas do precioso metal.

Especialmente os municípios de Jacobina e Morro do Chapéu são ricos em grutas com inscrições rupestres, rios, serras e cachoeiras. Nesta região está localizado o Parque das Cachoeiras, com mais de 45 quedas d´água e diversas trilhas ecológicas. Em Jacobina existe um aeroporto para aviões de pequeno porte.

As atrações naturais são tantas que é possível escolher entre roteiros subterrâneos das grutas, das cachoeiras, caminhar por antigas trilhas de garimpeiros ou cavalgar entre vales como o do Pati em meio a comunidades esotéricas e alternativas. Com muita sorte é possível até, da serra do Capa Bode, em Mucugê, avistar no céu naves de extraterrestres, como já viram muitos habitantes da cidade.

O patrimônio histórico conta a saga do garimpo em cada beco e nos casarões seculares das cidades de Lençóis, Rio de Contas, Andaraí, Mucugê e no minúsculo distrito serrano de Xique-xique do Igatu, “a cidade de pedras”.

Estas cidades nasceram e floresceram com o Ciclo do Minério, a partir do século XVII, quando aconteceu a febre do ouro, dos diamantes e o sonho do enriquecimento rápido. Os distritos e povoados que compõem os municípios da Chapada Diamantina têm qualquer coisa envolvendo o fantástico.

Os moradores, a maioria velhos e crianças, contam histórias de coronéis perversos, tesouros escondidos, escravos sacrificados que no final viram fantasmas, assombrações ou coisa parecida. Entre as mais fantásticas está a “lenda do Pai Inácio”, transformada em roteiro para cinema.

As belezas cênicas da Chapada Diamantina encantam os visitantes a tal ponto que muitos acabam ficando. Foi o caso do biólogo americano Roy Funch, que se naturalizou brasileiro e mora em Lençóis há mais de 20 anos.

A paixão de Funch pela Chapada foi tamanha que em 1982 chegou a escrever um trabalho “Chapada Diamantina, uma reserva natural” em defesa da criação de um parque nacional, o que veio a acontecer três anos depois.

O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi criado em 1985, por decreto federal, abrangendo uma área de 152 mil hectares da serra do Sincorá e arredores, entre os municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí, incluindo o distrito de Igatu, e Mucugê.

Para fazer turismo na Chapada Diamantina é necessário observar alguns pré-requisitos indispensáveis como ter resistência física, consciência ecológica no sentido de respeitar a natureza contribuindo para a preservação da fauna e da flora (nunca adquirir plantas ou animais silvestres nas estradas para desestimular a captura), contratar os serviços de um bom guia para os passeios ecológicos e, especialmente, não ter pressa, pois os caminhos da Chapada escondem atrações surpreendentes só reveladas a quem tem calma e disposição.

Parque da Chapada Diamantina

Em 1985 foi criado, por decreto federal, o Parque Nacional da Chapada Diamantina, que abrange 84 mil km2 da serra do Sincorá e arredores, entre os municípios de Lençóis, Palmeiras, Mucugê e Andaraí, incluindo o distrito de Xique-Xique do Igatu, conhecido como “a cidade das pedras”.

O orgão oficial de turismo da Bahia, a Bahiatursa, definiu duas áreas dentro da Chapada, conforme suas origens: Circuito do Diamante, que abrange Lençóis, Andaraí, Mucugê e Palmeiras; e o Circuito do Ouro, compreendendo Rio de Contas, Abaíra, Jussiape e Piatã.

As atrações naturais são tantas que é possível escolher entre os variados roteiros: subterrâneos das grutas, das cachoeiras, caminhar por antigas trilhas de garimpeiros ou cavalgar nos vales como o do Pati ou do Capão, em meio a comunidades esotéricas e alternativas. Com muita sorte é possível até, da serra do Capa Bode, em Mucugê, avistar no céu naves de extraterrestres, como já viram muitos habitantes da cidade.

O Morro do Pai Inácio é o cartão postal mais famoso da Chapada Diamantina. Do alto dele, se vêem quilômetros e quilômetros de planalto enfeitados por morros íngrimes e de topo chato. A subida é fácil, mas exige algum fôlego de quem subir numa tacada só. Lá em cima, o guia conta aos turistas a Lenda do Pai Inácio, uma história cujo desfecho é completamente surreal. Se bem contada, a lenda pode provocar risos compulsivos.

Um dos maiores atrativos da Chapada são as grutas subterrâneas com águas cristalinas dentro, como o Poço Encantado e o Poço Azul. Um único homem, o Miguel, é autorizado pelo Ibama a mergulhar no Poço Encantado para retirar o calcário que com o tempo se acumula na superfície, afetando a transparência da água. De março a setembro, um raio de sol invade a gruta por uma abertura na parede e ilumina o fundo de pedra, 60 metros abaixo, compondo vários tons de azul . É uma visão inesquecível.!!

Dicas para Conhecer o Parque

Para quem vai conhecer as belezas do parque é necessário ter em mente que a maior parte do tempo você vai passar andando. Há pontos turísticos interessantes que podem ser feitos de carro ou até mesmo em alguns minutos a pé, mas os lugares realmente bonitos levarão dias de caminhada entre matas, rios e penhascos gigantescos.

Por isso, algumas dicas são importantes para que não se fique frustrado na hora de enfrentar uma trilha:

Procure andar calmamente, não transforme a caminhada numa marcha forçada. A maior parte das belezas naturais da serra vai estar ao seu redor durante os vários dias de caminhada. Procure admirar a beleza das paisagens, sinta o prazer de olhar para as formações rochosas e as planas exóticas, admire os pássaros coloridos que cruzam os céus. As trilhas são para conhecer as paisagens e não uma maratona. O silêncio é importante. Não leve a agitação da cidade para o passeio. Pratique meditação enquanto caminha.

Informe-se sobre as dificuldades do passeio antes da partida, e avalie se suas condições físicas e psíquicas são adequadas. Na chapada existem passeios de todos os tipos. Ajuste-se para não se prejudicar ou prejudicar os outros. Procure conversar com algum turista que já tenha feito a trilha. O guias não sabem descrever as dificuldades muito bem porque já estão acostumados com a serra.

Não ande encostado na pessoa a sua frente. Tente manter 4 ou 5 metros entre você e os outros. Isto vai ampliar seu campo de visão, não somente para enxergar melhor a serra, mas também para poder evitar pedras e tocos no caminho e para não estar sujeito às chicoteadas dos galhos arrastados pela mochila do companheiro à frente.

Descanse. Como já falamos, um passeio não é uma marcha forçada. Procure seu próprio ritmo de andar e descanse sempre que necessário. Aproveite o momento para olhar a paisagem, tomar um banho, tirar uma foto ou merendar.

Pare no primeiro instante que sentir algum problema com os pés ou a mochila. Tire os sapatos ou mochila e trate do problema enquanto ainda estiver pequeno. Não deixe pra depois, não fique andando (e sofrendo) só para não atrasar o grupo por alguns minutos. Mais tarde, se o problema piorar (e vai se não for logo tratado), você vai atrasar o grupo muito mais.

Procure não andar sozinho pelas trilhas da serra. Um pé torcido ou uma picada de cobra podem ser fatais sem a ajuda de alguém, mesmo que esta pessoa não seja nenhuma especialista em primeiros socorros. Procure agir com responsabilidade.

Procure só levar o essencial, não ande com mais de 10 Kg na sua mochila. Você pode até achar que pode andar com mais do que isso, mas depois de 8 horas de caminhada com este peso nas costas você terá transformado seu passeio numa tortura. Não leve toalha, pesa muito e depois de qualquer banho você seca rapidamente depois de 5 minutos. Leve somente duas camisas, uma pra caminhar (que vai ficar imunda e deve ser lavada no último rio que for encontrado no passeio) e outra pra dormir confortavelmente (esta poderia ser mais grossa para o frio das partes mais altas da serra).

Procure andar com um short jeans que é resistente e não faz calor nas pernas. Leve uma calça comprida que pese pouco e seja quente para a hora de dormir.

Nunca molhe seus tênis. Se tiver que atravessar algum rio, retire os sapatos e depois recoloque-os na outra margem. Você vai perder um pouco de tempo mas é melhor do que o incômodo da água no sapato. Isso também evita que ele se rasgue mais rapidamente.

Equipamentos: 1 cantil (1 litro), fósforos, velas, lanterna (uma simples, do tipo que usa 2 pilhas AA), pilhas alcalinas, um copo de alumínio, mapas, bússola, canivete, estojo para costura de emergência (com linha e agulhas pesadas para reparos nas mochilas e nos tênis), produtos de higiene pessoal, algum dinheiro, medicametos pessoais (mini pronto-socorro), e alguns itens opcionais como máquina fotográfica, lápis e caderno.

Aprenda a ler mapas e a usar bússolas. Além de evitar que você se perca, vai fazer com que você conheça melhor a região.

Leve sacos plásticos para não deixar lixo nas trilhas. Contribua para a beleza do parque. Se você levou, traga de volta!

Se você for picado por uma cobra não entre em pânico pois a maioria da picadas são cegas (sem veneno, somente pra assustar). Não faça torniquete e nem corte ou fure o ferimento. Alguns tipos de veneno causam emorragia e isto só agravaria a situação. Mantenha o membro afetado pra cima para diminuir a circulação do sangue na região. Procure saber qual a cobra que o picou. Se não conhecer, procure matá-la. O tratamente eficaz depende do tipo de cobra. Não coloque nada no ferimento. Carregue a pessoa picada até a cidade mais próxima, não a deixe caminhar sozinha.

Se for picado por um escorpião verifique se ele é do tipo amarelo, pois é o único na região que possui veneno para imobilizar o ser humano. Procure rapidamente sair da trilha e chegar à cidade mais próxima.

Não coloque a mão em buracos ou atrás de pedras onde não puder ver. E só ande nas trilhas. Caso contrário estará pedindo pra ser picado ou atacado por abelhas.

Fique atento ao caminho que estiver fazendo, seja responsável por sua segurança. Não vá colocar sua vida nas mãos de um guia ou de seus amigos. Finja para si mesmo que vai ter que fazer o caminho de volta sozinho.

Não use drogas na serra, elas irão atrapalhar na sua concentração e irão aumentar as chancer de você sofrer algum acidente. A serra não é um lugar para se esconder das leis da cidade, é um lugar para se apreciar as belezas naturais. Afinal, se você não consegue deixar as drogas em casa antes de um passeio é porque já está viciado. Então procure uma ajuda e resolva este problema.

Não leve alimentos que precisem de várias horas pra ser preparado. O vento e a falta de galhos secos na serra irá dificultar a alimentação do fogo por um longo prazo. Não leve alimentos do tipo “instantâneo” pois você vai enjoar deles depois de três dias. Procure levar coisas que não precisem ser preparadas e sejam ricas em energia como queijo, requeijão, alimentos desidratados, ovos cozidos, mel, leite em pó, chocolate ou rapadura, biscoitos/bolachas, frutas secas, granola, nozes, chá, farofa, etc. Leve sanduíches para o primeiro dia de caminhada, mas cuidado com a maionese pois ela se estraga rápido e pode fazer muito mal.

Escolha um lugar plano para colocar a barraca, nada pode ser pior do que dormir em um terreno inclinado ou com pedras. Procure ficar próximo a um rio para ter água com facilidade, mas não fique na margem pois o solo da chapada é muito rochoso, e no caso de uma chuva forte pode acontecer a “tromba d’água”, onde o rio sobre uns 10 metros arrastando tudo que há por perto. Há vários registros de pessoas que morreram por não terem este tipo de cuidado.

Não destrua a área pra acampar. Deixe somente grama amassada. Não corte a vegetação pra acampar, não cave a terra, e faça uma fogueira mínima para não desperdiçar a madeira local. O que é um tronco seco pra você é na realidade um habitat completo para muitos animais, os pequenos “cidadãos” da serra. O negócio é compartilhar a natureza com suas outras criaturas e não se apoderar de tudo.

Na hora de defecar, vá pra longe da trilha. Procure um lugar onde tenha um pouco de solo, areia ou pedras soltas pra cobrir o material. Leve fósforos para queimar o papel higiênico depois de usado. Mas certifique-se que o fogo já está apagado quando for embora. Um incêndio não seria agradável para o passeio.

Nunca urine ou defeque nos rios, por razões óbvias.

Nunca deixe passar uma oportunidade de tomar um banho num rio ou cachoeira. Isso irá aliviar significativamente o cansaço da caminhada. Irá lhe deixar pronto para os próximos quilômetros.

Se você se perder por algum motivo, procure ficar calmo e não ande à noite. Siga a primeira trilha que encontrar. Elas sempre vão pra algum lugar e não estão ali à toa. Se não encontrar uma trilha, siga o curso de um rio pois pode haver algum povoado no final dele.

Fonte: www.revistaturismo.com.br

Chapada Diamantina

Lençóis

Lençóis é a principal cidade da Chapada Diamantina e se destaca pela arquitetura colonial de suas casas e sobrados, além das belezas naturais em sua volta. É tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O antigo povoado sofreu uma invasão de garimpeiros em 1845, provenientes principalmente de várias outras lavras, principalmente de Minas Gerais. Diz a lenda que os garimpeiros acamparam no alto do Serrano, cobrindo suas tendas com tecidos brancos. De longe, pareciam lençóis estendidos – daí o nome. Teve o seu declínio a partir de 1871 com a descoberta de diamantes na África do Sul.

Em 1880 retomou parcialmente as atividades com a valorização do diamante carbonado, largamente utilizado nas indústrias européias da época. Lençois dispõe de infra-estrutura turística internacional, com dezenas de hotéis e pousadas, agências de ecoturismo e restaurantes. Conta com aeroporto que recebe vôos regulares e pode ser acessada pela rodovia federal (BR-242).

A partir de Lençóis é que são organizados os principais roteiros de ecoturismo, como:

Morro do Pai Inácio – Cachoeira
Serrano – Salão de Areias – Primavera
Córrego do Meio – Sossego
Iraquara – Cavernas
Rio Garapa – Andaraí
Mucugezinho – Poço do Diabo

Palmeiras

A partir de Palmeiras são organizados alguns dos principais roteiros de ecoturismo, como:

Cachoeira da Fumaça – Riachinho
Queda das Rodas
Vale do Capão
Cachoeira do Rio Preto

Andaraí

Andaraí é a segunda principal cidade da Chapada Diamantina e se destaca pela arquitetura colonial de de seus casarões, que abrigavam os barões do diamante na fase de esplendor, além das belezas naturais em sua volta. É tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Seu nome vem das palavras indígenas andira-y (rio de morcego, em tupi-guarani), numa referência aos habitantes das grutas nos paredões de pedra em volta dos rios da região. A cidade, que dispõe de uma certa infra-estrutura, pode ser acessada pela rodovia estadual BA-142. Dali se visitam pontos de atração internacional, como o Poço Encantado.

A partir de Andaraí são organizados alguns dos principais roteiros de ecoturismo, como:

Gruta da Paixão
Marimbus

Mucugê

Encravada em meio a grandes serras, a cidade de Mucugê destaca-se por ter sido provavelmente o berço do ciclo do diamante na região, pois foi onde apareceram as primeiras pedras de grande valor, no rio Cumbuca. O nome indígena da cidade vem da fruta mucugê (Couma rigida), comum na região. Numa altitude média de 1.000 metros, possui um clima ameno de 19º C em média, ao ano.

Tem-se registro do início oficial do garimpo desde 1844, tornando a cidade um importante centro urbano com contato com a cultura européia. Em Mucugê existe o único cemitério em estilo bizantino da América Latina (encravado ao pé da serra, com o costume de se transferirem os restos mortais para jazigos feitos na pedra, com ornamento que lembra a arquitetura de Bizâncio, antiga capital do império turco-otomano). Por seu conjunto arquitetônico em estilo colonial foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional e hoje é ponto de referência para o turismo ecológico.

Dispõe de infra-estrutura hoteleira, inclusive um resort com clima de montanha em certas épocas.

A partir de Mucugê são organizados alguns dos principais roteiros de ecoturismo, como:

Parque Sempre-Viva
Mirante-Cemitério
Mar de Espanha – Sibéria
Andorinha – Cardos

Xique-Xique de Igatu

A antiga vila do Xique-Xique de Igatu é a principal referência da história do ciclo do diamante na Bahia, pois viveu o esplendor no século 19 e a decadência no século 20, quando a maioria das casas foi abandonada.

Hoje se destaca por suas ruínas de casas de pedras, algumas reconstituídas, dando um ar especial ao povoado onde escavações revelaram frascos de remédios para doenças venéreas, provavelmente usados pelos frequentadores de famosas casas de diversão noturna, com figurantes importadas da Europa, segundo a lenda.

A maior atração hoje é mesmo a cidadezinha, com suas casas e ruas de pedras, encravadas em meio a serras. Pode-se chegar a partir de Andaraí, passando pela estrada antiga, com sete quilômetros de subida, toda calçada com pedras. Ou, a partir de Mucugê, indo pela BA-142 e depois pegando o pequeno acesso de terra. A cidadezinha dispõe de pouca infra-estrutura, mas tem pousadas e restaurantes.

A partir de Igatu são organizados alguns roteiros de ecoturismo, como:

Ruínas
Iguatu- Andaraí
Iguatu- Mucugê

Rio de Contas

Situada a sudoeste da Chapada Dimantina, Rio de Contas é do ciclo do ouro, fundada por bandeirantes paulistas antes do descobrimento posterior de diamante nos sertões baianos. Já no final do século 17 há notícias de um povoado com o nome de “Pouso dos Criolos”, onde paravam viajantes que vinham dos sertões.

Pouco mais de uma década após a descoberta de ouro emMinas Gerais, o bandeirante paulista Sebastião Raposo e seu filho Antônio Raposo Tavares obtiveram autorização em 1713 para adentrar os sertões ao norte das Gerais. Foram ter nas nascentes do rio das Contas, onde primeiro descobriram ouro na localidade chamada Matogrosso, no vale da serra da Tromba, na Bahia. A cidade Rio de Contas viria a tornar-se um importante posto de controle do fluxo de ouro que vinha das minas das Gerais e de Goiás, além do metal produzido localmente (conta-se que Sebastião Raposo chegou a ter oitenta arrobas de ouro).

A partir de Rio de Contas são organizados alguns dos principais roteiros de ecoturismo, como:

Itobira/Serra do Barbado
Pico das Almas
Cachoeira do Fraga
Cachoeira do Brumado

Fonte: www.eco.tur.br

Chapada Diamantina

Turismo de aventura na Chapada Diamantina

A Chapada Diamantina está localizada no coração das Bahia, onde encontram-se o três pontos mais altos do Estado: O Pico dos Barbados com 2.080m, o Pico do Itobira com 1.970m e o Pico das almas com 1.958m. É nessa região de topografia diversificada que nascem 90% das bacias dos rios Paraguassú, Jacuípe e do Rio de Contas, de onde surgem centenas de cachoeiras espalhadas pela região trazendo a singularidade para este local abençoado e gerador de tantas energias.

Chapada Diamantina reúne variados atrativos naturais e culturais, no coração do Estado da Bahia. Roteiro certo para quem busca paz e tranquilidade ou para quem está atrás de história e aventura.

A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina. Inicialmente habitada pelos índios Maracás, a ocupação de fato da região remonta aos anos áureos da exploração de jazidas e minérios, a partir de 1710, quando foi encontrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, marcando o início da chegada dos bandeirantes e exploradores.

Em 1844, a colonização é impulsionada pela descoberta de diamantes valiosos nos arredores do Rio Mucugê, e os comerciantes, colonos, jesuítas e estrangeiros se espalham pelas vilas, controladas e reguladas pela força da riqueza. A atividade agropecuária tomba diante da opulência do garimpo.

Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do séc. XX, atua como órgão protetor de toda essa exuberância.

A beleza local pode ser vislumbrada ainda através da vegetação exuberante que mistura espécies de cactos da caatinga, com espécies de bromélias, orquídeas e sempre-vivas. A região é também detentora de uma das maiores concentrações de cavernas do mundo, em 1993 foram registradas cerca de 60 cavernas no município de Iraquara, sendo que em estudos atuais este número supera mais de 100 cavernas.

Nas paredes de algumas destas cavernas, encontram-se pinturas rupestres, com figuras de animais, mãos, flechas, sol e desenhos geométricos que arqueólogos acreditam ter sido realizados por homens pré-colombianos, que ali viveram a cerca de 5.000 a 10.000 anos atrás, apesar de não haver datação comprovada por espeleólogos.

Nas trilhas da Chapada Diamantina, os problemas pessoais diminuem de tamanho diante da beleza gigante da paisagem. Formada por 57 municípios no sertão da Bahia, a região atrai visitantes de todas as partes estimulados pelo conhecido potencial para o turismo de aventura.

Com o garimpo mecanizado proibido desde 1996, o poder público e os moradores apostam em novas fontes de renda, como a visitação a cavernas, grutas, rios, cachoeiras, morros e trilhas cravados na rocha há séculos.

Lençóis é a principal porta de entrada da Chapada, com aeroporto e boa infra-estrutura de hotéis, pousadas e restaurantes. Fica a 409 km de Salvador.

Agências locais organizam pacotes diários, de van ou jipe, para cartões-postais como o Morro do Pai Inácio, o Poço Encantado, a Cachoeira do Buracão e a gruta da Lapa Doce. Estão à disposição também guias bilíngües e instrutores para esportes radicais como rapel e mountain bike. Mas, vá devagar nas trilhas, comece pelas mais fáceis até pegar o ritmo de longas caminhadas. Leve dois pares de calçados para subir e descer em pedras escorregadias.

Sucos e achocolatados podem forrar as mochilas: ar puro dá fome. E não se constranja de parar tudo para assistir ao espetáculo das bromélias vermelhas na pedra.

Na Serra das Paridas, há um extenso corredor de pinturas rupestres localizado a 36 km de Lençóis. Acompanhado de um guia, o visitante percorre paredões de figuras coloridas que lembram mamíferos, peixes, pássaros, mulheres em posição de parto de cócoras e, ao final, uma pintura de duas partes que lembra a imagem de um extraterrestre, o pescoço longo, a cabeça grande e projetada, dois olhos abertos e apenas três dedos nas mãos.

Se, em Lençóis, se olham as pedras, em Mucugê, cidade vizinha no roteiro da Chapada, uma aposta é olhar para o céu, à noite. Incentivado por empresários locais, o chamado “turismo pedagógico” oferece aulas de astronomia a 1.200 metros de altitude, com a garotada deitada ao ar livre em lonas, esteiras e almofadas.

Um planetário natural, recortado ao fundo pela imensidão das serras. Mucugê abriga ainda o Museu Vivo do Garimpo e o Projeto Sempre Viva, de pesquisa e preservação da flora nativa. A 70 km de Lençóis, o Vale do Capão, distrito de Palmeiras, é praticamente uma comunidade alternativa instalada nas bordas do Parque Nacional da Chapada Diamantina, a 960 metros de altitude, onde vivem cerca de 1.400 habitantes.

São 350 leitos para receber turistas, mais dezenas de campings. Quem chega até lá costuma buscar a aventura de escalar o morro da Cachoeira da Fumaça e percorrer as longas trilhas do Vale do Paty.

Fonte: www.bahia.com.br

Chapada Diamantina

Cachoeira da Fumaça

A cachoeira da Fumaça, com percurso de 48 km, entre os municípios de Lençóis e Palmeiras é o que se qualifica de “aventura punk”. São quatro dias e três noites com direito a trekking através do Vale do Capão e tirolesa – descida em cabo de aço a uma altura de 60 m para, em seguida, saltar no poço da cachoeira.

Chapada Diamantina
Cachoeira da Fumaça

“Overdose de adrenalina pura” é o que o turista vai encontrar na Chapada Diamantina, onde o cascading e o caving são praticados na maior parte das cachoeiras e cavernas, com diversos níveis de dificuldades.

O cascading na cachoeira da Fumaça, em Palmeiras, com 340 m de queda d’água e 420 m de altura do poço ao topo, é um dois maiores desafios, por ser considerado dos mais arriscados, só recomendado para esportistas com muita prática.

Além da altura máxima – é a maior queda livre do Brasil – a grande velocidade do vento que circula no canyon pode interferir na descida. Todo cuidado é pouco.

Morro do Camêlo

Localizado ao norte da Chapada, ao lado do Morro do Pai Inácio. São 4 km de distância, com acesso através de carro e trilha. Sua altura é de aproximadamente 170 m e altitude, 1.090 m.

Possui vegetação semelhante ao Morro do Pai Inácio.

Existem duas interpretações do morro para os observadores: visto da BR-242, em direção a Seabra, ele lembra a imagem de um camelo; do topo do Pai Inácio, a elevação parece a face e o busto de uma mulher deitada olhando para o lado oposto de quem a observa.

Poço Paraíso

Vale a pena uma descida ao poço Halley ou poço Paraíso (nome original), formado pelo rio Lençóis e situado em um canyon. O rio desce por sobre o leito pedregoso e se espalha para o largo, formando o poço com cerca de 3 m de largura por 10 m de comprimento e profundidade máxima de 2 m.

O local é excelente para banho e mergulho, inclusive para crianças. A água é gelada e de cor acobreada – como a maioria dos rios da chapada – por causa da grande quantidade de essência de material orgânico que a correnteza traz das nascentes.

Cachoeira do Diabo

O leito de pedras desalinhadas forma diversas cachoeiras e saltos, o maior – a cachoeira ou Poço do Diabo, com um trampolim de 22 m de altura e, em seguida, um belíssimo canyon. Algumas tocas no leito do rio foram transformadas em bares.

No final da tarde, de volta a Lençóis, uma deliciosa opção é almoçar uma galinha caipira ao molho pardo, especialidade de alguns restaurantes locais. É preciso encomendar com antecedência o almoço.

Morro do Pai Inácio

Depois de tantas descidas ao subsolo, no final do dia chega-se pertinho do céu, escalando os 400 m de trilha que liga o fim do asfalto ao topo do morro do Pai Inácio. Do seu pico, que fica a 1.150 m acima do nível do mar, avista-se a Serra do Sincorá, a Serra da Bacia e a Serra da Chapadinha. Ele está localizado cerca de 30 km a partir do centro de Lençóis. São 5 h de caminhada.

Do alto deste mirante natural, tem-se uma visão de 360 graus da paisagem, que torna-se ainda mais encantadora ao sol poente. O perfil das serras verde-azuladas se confunde com nuvens douradas, o vento é muito frio e completa a sensação de estar no topo do mundo.

O nome do morro deve-se a uma lenda existente na região. Segundo ela, um escravo, Inácio, apaixonou-se pela esposa de um poderoso coronel. Quando um dia ele descobriu o romance, mandou pistoleiros no seu encalço. Inácio foi encurralado no alto dessa montanha, e não tendo como escapar, saltou com a sombrinha da amada. Conta-se que muitos conseguiram ver Pai Inácio correndo entre os vales para nunca mais voltar.

Serrano

A descida é agora em busca do leito do rio Lençóis para um banho reconfortante, desta vez no Serrano. O local, de antigo garimpo, é um belvedere natural, de onde se descortina a cidade e o vale do rio São José que, mais adiante, se junta ao primeiro para desaguar no Paraguaçu. O nome Serrano originou-se dos primeiros garimpeiros da área, vindos da região serrana de Minas Gerais.

A queda d´água tem aproximadamente 15 m de altura, dividida em várias quedas pequenas; a principal é conhecida como “sonrisal” porque cura qualquer ressaca. As rochas são de tonalidade rósea e incrustadas de seixos, lembrando painéis em mosaico. O Serrano fica a menos de um quilômetro de distância da cidade.

Poço do Diabo

A cachoeira a do rio Mucugezinho, localizada na margem direita de quem desce a BR-242, a 18 km de Lençóis. São 15 min de carro e 10 min de caminhada.

O leito de pedras desalinhadas forma diversas cachoeiras e saltos, o maior – o Poço do Diabo, com um trampolim de 22 m de altura e, em seguida, um belíssimo canyon. Algumas tocas no leito do rio foram transformadas em bares.

No final da tarde, de volta a Lençóis, uma deliciosa opção é almoçar uma galinha caipira ao molho pardo, especialidade de alguns restaurantes locais. É preciso encomendar com antecedência o almoço.

Fonte: www.brasilviagem.com

Chapada Diamantina

CHAPADA DIAMANTINA – NO CORAÇÃO DA BAHIA

Localizada no coração da Bahia, a Chapada Diamantina com certeza é uma aventura que não pode ficar de fora de seu roteiro de viagem. A cada passo é possível encontrar poços de águas azuis, trilhas repletas de belezas, flores, cachoeiras, grutas, vegetação deslumbrante, enfim, o turista tem em suas mãos um verdadeiro paraíso ecológico.

Atividades como trekking, rapel, mergulho, espeleologia, caminhadas, canyoning despertam a adrenalina nos visitantes durante os passeios pela Chapada. Depois de se aventurar, ainda é possível relaxar em águas cristalinas dos rios e cachoeiras existentes.

Chapada Diamantina
Chapada Diamantina

AQUI TUDO QUE RELUZIA ERA DIAMANTE!

A região da Chapada Diamantina começou a ser colonizada com a chegada de bandeiras e exploradores que estavam em busca de minerais descobertos na região. Em 1710 foi descoberto a presença de ouro no sul da Chapada Diamantina, aguçando ainda mais os desbravadores.

Em 1844, foi a vez do diamante despertar a cobiça dos garimpeiros. Desde comerciantes até jesuítas vasculhavam a região do Rio Mucugê em busca de pedras valiosas. O patrimônio histórico conta a saga do garimpo em cada beco e nos casarões seculares das cidades de Lençóis, Rio de Contas, Andaraí, Mucugê e no minúsculo distrito serrano de Igatu, “a cidade de pedras”.

A partir do século XIX, a região era dominada pelo coronelismo. Foram poucos os coronéis que dominaram a Chapada, mas esses conseguiram formar verdadeiros impérios e conquistar a confiança dos garimpeiros, que ganhavam abrigo em troca de serviços prestados a favor de seus respectivos coronéis. Um dos coronéis mais famosos foi Felisberto Augusto Sá, Felisverto Sá e Heliodoro de Paula Ribeiro.

PORTAS E JANELAS ABERTAS PARA A CULTURA

A história e riqueza cultural da Chapada Diamantina pode ser percebida facilmente por uma volta pela região, principalmente pela cidade de Lençóis. Tombada pelo Patrimônio Histórico, Lençóis conserva viva a memória dos anos de exploração de garimpo e conta, por meio de suas ruas de pedra e as ruínas dos antigos casarões, ainda existentes, parte da História do Brasil.

Os visitantes podem apreciar essas lembranças e sentir as tradições no convívio da população, aproximadamente 11 mil pessoas. Hoje em dia, a Chapada Diamantina tem como principal atividade o turismo, por ter lindas áreas ecológicas, como é o caso do Parque Nacional da Chapada.

A Chapada Diamantina é um lugar deslumbrante que proporciona a todos os visitantes ótimos passeios. Esse paraíso natural é repleto de lindas cachoeira, grutas, vales encantados e muita, muita água cristalina.

Sem falar nos esportes radicais que podem ser praticados na Chapada: biking, rapel, mergulho, enfim, há uma infinidade de atrações. Se por acaso você ficar na dúvida, conheça todas!

PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DIAMANTINA: PROTEGIDO POR LEI!

Chapada Diamantina

O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi fundado com a intenção de proteger a região – já muito prejudicada pela mineração e criação de gado – e incentivar o turismo e a pesquisa científica. O ecossistema atual da região é bem diferente do encontrado pelos primeiros bandeirantes que a exploraram.

Grandes árvores foram derrubadas para facilitar a mineração, que também ocasionou a erosão do solo. A região é serrana, de topografia diversificada, onde nascem 90 por cento dos rios que formam as bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do rio de Contas.

São milhares de quilômetros de águas cristalinas que brotam dos cumes, escorrem pelas serras em cachoeiras, desaguam em planaltos e planícies formando belíssimos poços e piscinas naturais. A beleza das águas é complementada por uma vegetação exuberante.

Os dois pontos mais altos da Bahia estão na Chapada: o Pico do Barbado com 2.080 metros (o mais alto do nordeste) e o Pico das Almas com 1.958 metros.

E foi com o intuito de proteger essas riquezas naturais que foi criado em 1985, o Parque Nacional da Chapada Diamantina, preservando os ecossistemas da Serra do Sincorá. Para amantes do ecoturismo esta região é perfeita, característicaspois a natureza está quase intocada e as pousadas procuram preservar o naturalismo. Aliás, o turismo ecológico consciente dá à Chapada as melhores de um pólo de lazer que preserva a natureza.

A DÚVIDA: QUAL DESSES LUGARES É O MAIS LINDO?

Chapada Diamantina

Lugares lindos é o que não falta na Chapada Diamantina. As belas cachoeiras e tobogãs naturais se formam com o desague dos rios e riachos, formados pelas águas das constantes chuvas vindas do litoral. Com tantas variedades de cachoeiras, grutas e morros fica difícil decidir qual local conhecer. Um dos lugares mais tradicionais da região são a Cachoeira da Fumaça, com quase 400 m de queda livre, e a Cachoeira do Sossego, como o próprio nome diz, é a paz que todos procuram.

Para quem gosta de grutas, a Chapada é o lugar ideal, pois conta com várias, uma mais encantadora que a outra: Gruta do Lapão, Gruta da Lapa Doce, Gruta Azul e Gruta da Torrinha. Para entrar na disputa de qual lugar é mais lindo na Chapada, apresentamos os Poços, que vão desde o Azul até o Poço do Diabo.

CARTÃO-POSTAL DA CIDADE E MUITO MAIS ATRATIVOS

O Morro do Pai Inácio, considerado o cartão-postal da Chapada Diamantina, oferece uma das vistas mais sensacionais da região, além de ser uma das mais belas também. Os 1.120 m de altitude do morro tem história, pois segunda a lenda um escravo engravidou a filha de um fazendeiro, fugiu das autoridades, subindo este morro. Lá do alto, Pai Inácio pulou com um guarda-chuva aberto, desaparecendo para sempre. É possível ir de carro pela BR-242 (30 km) ou por trilha de 6h a partir de Lençóis. A subida do morro leva de 20 a 30 minutos.

Outros pontos que merecem visitas são: Serrano, complexo formado pelo Rio Lençóis e suas piscinas e caldeirões naturais; a corredeira do Ribeirão do Meio e os tradicionais Marimbus. O turista não pode deixar de visitar a vila de Xique-Xique de Igatú e a fonte Olho D´Água do Praia.

UBA, DESÇA, ESCALE, PULE, CAVALGUE… AQUI TUDO ISSO É POSSÍVEL!

Os fãs de adrenalina não podem deixar a Chapada Diamantina fora de seus roteiros de viagens. O bom da Chapada é que o visitante tem a possibilidade de se aventurar em trilhas, rapel, mergulho, canyoning; e depois ainda pode descansar à vontade nas águas cristalinas da região. Não há um turista que não se surpreenda com o ritmo e com as atividades da Chapada Diamantina.

Já que o assunto é atividade, nada melhor do que fazer uma boa caminhada. A trilha do Vale do Pati, é considerada a principal aventura da Chapada. É fato, não há um visitante que chegue a Chapada Diamantina e não fique na dúvida. São tantas atividades, atrativos, que o turista não sabe qual escolher. Caso a pessoa queira sentir adrenalina em suas veias, há opções de trekking/rappel, cavalgada, mergulho ou biking.

LENÇÓIS: A CIDADE QUE BRILHA!

Lençóis é a “Capital do Diamante” e considerada por muitos turistas a base da Chapada Diamantina. Esta cidade conta, em suas ruas de pedra, parte da História do Brasil. Reduto do ecoturismo, Lençóis se abre em meio a uma natureza extravagante e diante da grande quantidade de serras e morros, como o Morro Pai Inácio, de onde é possível ter uma vista panorâmica de toda a região.

A flora serrana formada por bromélias, orquídeas e sempre-vivas, proporcionam colorido especial a paisagem contrastando com espécies típicas da caatinga. Grutas, caniôns e uma imensidão de cachoeiras, cercadas pela vegetação de Mata Atlântica, completam o cenário local. Tombada pelo Patrimônio Histórico, Lençóis conserva viva a memória dos anos de exploração de garimpo.

CIDADES DA CHAPADA

Apesar de Lençóis ser considerada a cidade preferida dos turistas, a Chapada Diamantina traz outros municípios que contém muitas atrações naturais e que refletem os fatores históricos da região, cada uma com sua particularidade.

A cidade de Mucugê, por exemplo, é conhecida entre os visitantes pela sua maior atração, um cemitério todo branco encravado nas rochas. O município de Rio de Contas é o mais antigo da região, tombado pelo Patrimônio Histórico e o de Jacobina, diz a lenda, foi palco de dois índios e por isso recebeu esse nome.

A cidade de Palmeiras encanta por ter como principal atração a Cachoeira da Fumaça.

Outros municípios que devem ser visitados são: Andaraí, onde fica o Poço Encantado; e Iraquara, conhecida como a cidade das grutas.

CACHOEIRA DA FUMAÇA

Uma das cachoeiras mais impressionantes do Brasil, com quase 400m de queda livre. Nos períodos mais secos, a água nem chega ao poço, dispersando-se no ar como fumaça. Para ver a Fumaça por cima, há uma trilha de 7km a partir da cidade de Capão. Para vê-la por baixo, só mesmo fazendo um trekking de 3 dias com um visual maravilhoso.

CACHOEIRA DO SOSSEGO

Concordando com o nome, a Cachoeira do Sossego é um lugar de imensa paz. A trilha de 7km, partindo de Lençóis, passa pelo leito do Rio Ribeirão e por um grande cânion. Quando chove não é possível chegar até lá.

GRUTA DO LAPÃO

Maior gruta em pedra quartizítica do Brasil, fica a 4,5 km de Lençóis por trilha. A travessia de 1 km por dentro da gruta deve ser feita com guia e demora cerca de 2h. O visual na saída é muito bonito.

GRUTA DA LAPA DOCE

São mais ou menos 24 km de extensão já mapeados repletos de estalactites e estalagmites, com formações curiosíssimas. Antigamente a gruta era passagem de um rio, por isso o nome Lapa Doce. Fica a 70 km de Lençóis, na região de Iraquara.

GRUTA AZUL

Bem próxima à Gruta da Pratinha está a pequena gruta com águas azuis, onde não é permitido tomar banho.

POÇO AZUL

Semelhante ao Poço Encantado, porém menos exuberante. A vantagem é que aqui você pode tomar banho nas águas cristalinas. Foi encontrada dentro do Poço uma ossada de preguiça gigante, que está na Universidade Federal da Bahia. Fica a 110 km de Lençóis.

POÇO DO DIABO

Ótimo para tomar banho e curtir o visual do cânion e da cachoeira. Quem quiser se arriscar, pode pular de várias alturas, inclusive de mais de vinte metros. Fica no rio Mucugezinho, a 20 km de Lençóis.

RIBEIRÃO DO MEIO

Corredeira que forma um tobogã natural, ótimo para escorregar. Descendo o rio, há o Ribeirão de Baixo, onde se encontra um caminho de garimpos. Fica a 4 km de Lençóis.

XIQUE-XIQUE DE IGATÚ

Da movimentada vila da época do garimpo restam apenas 400 moradores. O interessante são as ruínas de casas construídas de pedras. Fica a 114km de Lençóis.

CAMINHADAS E TRILHAS

Nada melhor do que fazer uma caminhada rodeado de belas paisagens. Na Chapada Diamantina isso é mais do que comum. Para os iniciantes, há trilhas feitas em um dia como as de Lençóis-Capão, com 23 km de serras e campos de orquídeas do vale do Rio Ribeirão, e Pai Inácio – Capão, com 18 km de campos gerais, serras e o Morrão. Quem curte mais agitação, a dica é o Trekking da Fumaça.

TRILHA DO VALE DO PATI

Outra trilha muito conhecida na região é a Trilha do Vale do Pati, considerada a principal aventura da Chapada Diamantina. É um caminho, ligando Lençóis à cidade de Andaraí, passando por Capão. São cerca de 70 km, atravessando rios, cânions, vales, cachoeiras, serras e gerais, sugerindo um resumo de todas as atrações da Chapada Diamantina. Se você preferir fazer a trilha de bike ou em um veículo 4×4 a melhor pedida é a trilha Lençóis-Andaraí. São 37 km de Off-Road, passando pela antiga estrada de terra do garimpo.

TREKKING/RAPPEL

Você quer aventura? A Chapada Diamantina é o lugar certo! Como a região é serrana, de topografia diversificada, facilita a prática do esporte.

O que não falta é opção: Morro do Camelo, do Pai Inácio, entre tantas outras.

CAVALGADA

Para quem gosta de andar a cavalo, nada melhor do que optar por cavalgar nas trilhas da Chapada. Nesse caminho o visitante divide espaço com belezas cinematográficas, cachoeiras, flores e como a atividade é ágil, o turista ganha tempo para aproveitar cada cantinho da região. As trilhas são as mesmas para as caminhadas.

BIKING

É fato, não há um visitante que chegue a Chapada Diamantina e não fique na dúvida. São tantas atividades, atrativos, que o turista não sabe qual escolher. Caso a pessoa queira sentir adrenalina em suas veias, uma das opções é o biking. Hámuitas trilhas que cortam toda a região e permitem que o visitante curta belos cenários desse grande templo da natureza.

RIO DE CONTAS

Rio de Contas é a cidade mais antiga da região (270 anos), sendo tombada pelo Patrimônio Histórico. Suas ruas são largas e floridas e dão espaço a antigos casarões coloniais.

As construções centenárias que encantam os turistas são: os prédios do Paço Municipal, a antiga Casa de Câmara e Cadeia – onde funciona atualmente o Fórum -, a antiga Casa de Fundição, as igrejas matriz do Santíssimo Sacramento e de Santana (ambas do século XVIII), as capelas de Bom Jesus da Lapa e de São Sebastião (ambas do século XIX), e o único teatro construído na Chapada, o Teatro São Carlos.

É em Rio da Contas que os montanhistas se divertem, pois os 3 pontos mais altos da Chapada estão lá: Pico das Almas, o do Itobira e o do Barbados. Rio de Contas está a 1.050m de altitude e possui um excelente clima, o que agrada bastante os visitantes.

JACOBINA

Diz a lenda que a cidade levou esse nome por ter sido palco do romance de dois índios: Jacob e Bina. Assim como todas as cidades da Chapada, Jacobina apresenta inúmeros atrativos, tanto históricos quanto naturais. Conhecida também como Cidade do Ouro, devido a exploração das minas na época dos bandeirantes paulistas, Jacobina é o paraíso dos esportes radicais.

Tem para todos os gostos: rapel, treking, biking, entre outros. Depois de muita aventura durante o dia, nada melhor do que curtir um som e um bom agito nos bares , boates e restaurantes de Jacobina.

PALMEIRAS

Uma de suas principais atrações é a Cachoeira da Fumaça, que encanta a todos com seus 370m de altura e o intenso fluxo de água. Para os praticantes de rapel é com certeza a sétima maravilha do mundo. Palmeiras faz parte do Parque Nacional da Chapada Diamantina e ainda hoje concentra sua atividade econômica na exploração de diamantes, carbonatos, cristal de rocha e calcário.

GRUTA DA TORRINHA

Também em Iraquara, essa gruta foi aberta para visitação a poucos anos. É considerada a gruta mais bonita da Chapada Diamantina, rica em formações distribuídas em diversos salões. Quem quiser pode gastar um dia inteiro visitando a gruta.

Fonte: www.cvc.com.br

Chapada Diamantina

O sertão que já foi mar

O sertão baiano já foi mar, há mais de 600 milhões de anos. A velha imagem do sertão é bem diferente nestas terras que um dia estiveram forradas de pedras preciosas.

A diversidade de paisagens deslumbrantes presentes em um mesmo lugar impressiona: grutas, cachoeiras, morros exuberantes, além de cidades históricas fazem da Chapada Diamantina um dos destinos mais originais do Brasil.

Aspectos Culturais e Históricos

Com o surgimento do ciclo da mineração principalmente do diamante, na Chapada Diamantina, apareceram vários povoados. Na mesma época, o plantio de café e algodão produziu o surgimento do coronelismo, o qual dominou a região e suscitou o surgimento de muitas lendas. Dentre estas as mais difundidas são a da Moça Loura e a do escravo “Pai Inácio”.

Aspectos naturais

O relevo montanhoso apresenta formações características de chapadas, abrangendo a Serra do Sincorá, com altitudes variando de 400m a 1.200m. Essa diferença de altitude contribui para a biodiversidade da região, incrementada por um microclima de temperaturas agradáveis. Diversos cursos de água atravessam esse cenário criando saltos e cachoeiras.

A vegetação do parque se divide em campos rupestres, campos gerais e densas matas de galeria. As espécies mais encontradas são; o gravatá-de-cacho, a unha-de-vaca, orquídeas e bromélias.

Entre os animais, encontramos o quati, a cotia, a capivara, a onça-pintada e a suçuarana, além de répteis como a jibóia e a sucuri.

Diversas aves habitam a região: periquitos, curiós e araras.

Clima

O clima da região é tropical, com temperatura média anual entre 22°C e 24°C. O parque pode ser visitado o ano todo. O período mais seco vai de agosto a outubro. Durante o verão as chuvas são abundantes, sendo mais concentradas entre os meses de novembro e janeiro. Nessa época as cachoeiras ficam mais cheias.

Atrações

Difícil mesmo é arrumar tempo para conhecer todas as atrações do parque. Cachoeiras de todos os tipos estão dentro de seus limites, inclusive a impressionante Cachoeira da Fumaça, que despenca de um paredão de 400m de altura. Para chegar até seu poço e depois subi-la, há um trekking de 3 dias. Aqui também está uma das caminhadas mais bonitas do país, o trekking do Vale do Pati.

Algumas atrações ficam fora dos limites do parque, mas são imperdíveis. O cartão postal da região é o Poço Encantado, uma gruta com um lago azul. Poço Azul, Gruta da Pratinha, Gruta Azul são similares. Gruta do Lapão e Gruta da Lapa Doce apresentam formações interessantes.

Para apreciar a paisagem fantástica da Chapada, o melhor ponto é o Morro do Pai Inácio, com 1.120m. A diversidade é tanta, que há até um pantanal, o Marimbus, com locais para banho e pesca.

Infra-estrutura

Não possui infra-estrutura, mas tem como cidades de apoio Lençóis, que fica próxima do parque, e possui hotéis, hotéis-fazenda e pousadas bem equipadas, restaurantes e aeroporto; Igatu, Mucugê e Andaraí, com bons hotéis e restaurantes.

Objetivos específicos

Proteger amostras dos ecossistemas da Serra do Sincorá, na Chapada Diamantina, assegurando a preservação de seus recursos naturais e proporcionando oportunidades controladas para visitação, pesquisa científica e conservação de sítios e estruturas de interesse histórico-cultural.

Decreto e data de criação

O Parque Nacional da Chapada Diamantina Foi criado pelo Decreto n° 91.655 de 17.09.1985.

Localização

O Parque Nacional da Chapada Diamantina localizado no centro da Bahia, pertence aos municípios de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê e Ibicoara.

Acesso

O acesso pode ser feito pela rodovia BR-242: partindo de Salvador segue-se, rumo a Feira de Santana e Itaberaba. Também pode ser acessado a partir do aeroporto de Lençóis. A sede do parque está situada na cidade de Palmeiras, que dista 448 km de Salvador.

Fonte: ecoviagem.uol.com.br

Chapada Diamantina

História

Um lugar com água, florestas, cavernas e pedras preciosas é com certeza um lugar especial, sendo assim e diante de centenas de pinturas e inscrições rupestre comprovamos que a região foi ocupada à milhares de anos.

Porém a invasão colonizadora e escravocrata foi intensificada com a descoberta de ouro no começo do século XVIII. As ultimas tribos indígenas foram dizimadas, e através de Jacobina ao norte da Chapada e Rio de Contas sudoeste , essas foram as primeiras cidades da região. 

No final do século XVIII , encontra-se na região os primeiros diamantes, provocando uma corrida de milhares de garimpeiros de todos os lados do Brasil, principalmente de Minas Gerais e do recôncavo baiano. Mucugê , Lençóis e Andaraí nasceram em berço diamantífero mas com o sangue da mão de obra escrava.

Utilizando as trilhas dos índios e construindo novos caminhos na região. A Serra do Sincorá foi quase em sua totalidade revirada pelos garimpeiros, fazendo dessa região um dos lugares mais ricos do mundo. È nessa época que se encerra a escravidão e é proclamada a Republica e são encontradas jazidas diamantíferas na África.

Beco – Guiné

No começo do século XX o Diamante Negro ou Carbonato, até então sem valor comercial, passa a ser utilizado na construção do Canal de Suez do Panamá e em túneis Franceses e Brasileiros tornando-se a maior riqueza, já que valia dezenas de vezes mais que o diamante. Essa riqueza logo acaba com a descoberta pela indústria de material resistente que substitui o Diamante Negro.

Ainda no final do século XIX, o novo regime tinha massacrado de forma desumana, a Comunidade Bom Jesus do Belo Monte, apelidada pelo regime de Canudos que se localizava no estremo nordeste da chapada.

O medo do regime deu origem ao Coronelismo pois a Guarda Nacional passa a vender patentes para civis de até Coronel e encontra a forma de conviver com os sertanejos, nomeado coronéis para ocuparem cargos de na administração federal.

Essa estratégica provoca uma guerra entre coronéis de origem mineira e coronéis de origem baiana, guerra essa vencida pelos Serranos,conhecidos assim por causa do Cerro de minas, liderados pelo coronel Horacio de Matos.

Nesse período a maior riqueza da chapada era também a maior riqueza do Brasil o Ouro Verde, Café. Pois bem, é nesse período que novos centros urbanos surgem na Chapada sob a influencia do café, Capão, Pati e Palmeiras são alguns dos muitos lugares da chapada que tiveram sua época áurea por conta dessa cultura.

A cafeicultura da chapada era tão forte que o governo resolve intervir de forma parcial para favorecer a produtores do sul m favorecendo assim a política Café com Leite, na qual revezavam na presidência Mineiros e Paulista. Na década de 30, a coluna Prestes era ameaça para o regime, e o governo pede ajuda aos coronéis da Chapada e seu grande líder Horacio de Matos, lidera os batalhões patrióticos, perseguindo de forma estratégica “pois não tinha interesse em acabar com a coluna” e empurra ate a Bolívia os Revoltosos como era conhecida na região a Coluna de Prestes.

MAIS HISTÓRIA

Texto original: Xavier Bartaburu, de Rio de Contas

A Bahia tem um coração de ouro. Enorme, pulsante e generoso como poucos. Um coração do tamanho da Holanda, encravado no centro do estado – ou 38 mil quilômetros quadrados, para ser mais exato.

Incansável, bombeia a água de 90% dos rios baianos, fornece pedras preciosas e ainda recebe 80 mil visitantes por ano. Estranho mesmo é que, apesar de sua importância vital, falta muito para se conhecê-lo melhor. Bem, isso hoje. Porque há 200 anos a Chapada Diamantina era realmente o coração da Bahia.

Dali saíam toneladas de ouro e diamante para a Europa e para o mundo, gerando uma riqueza como nunca mais se viu. Hoje, o tesouro que resta na Chapada é seu incomparável patrimônio natural. Mas o que poucos sabem é que essa natureza toda se estende muito além da cidade de Lençóis.

Rio Espalhado – Cachoeira das OrquideasAté onde esse grande coração de pedra traça suas fronteiras com o sertão. O sul da Chapada sempre foi uma espécie de porta dos fundos da região. Embora a colonização tivesse começado por aqui, quem assumiu a dianteira do turismo nas últimas décadas foram Lençóis e Palmeiras, ambas no centro da Chapada. Com a criação do parque nacional em 1985, boa parte da área que ficou de fora foi relegada ao esquecimento.

Rio de Contas, por exemplo, é a porta de entrada meridional da região. Cidade opulenta nos tempos do ouro, hoje nem sequer lembrada como sendo parte da Chapada. Grande injustiça. Aos pés da cidade, a serra se eleva por um grande paredão a mais de 1 000 metros de altura, dando início a um longo platô que vai até Jacobina, 300 quilômetros acima.

A Chapada Diamantina nada mais é do que uma continuação da Serra do Espinhaço mineira que avança pelo centro do país rumo ao norte. Cheia de altos e baixos durante seu caminho, a serra encontra em Rio de Contas o lugar exato para voltar a seu esplendor, criando dali em diante um gigantesco complexo de serras, vales, campos rupestres, cavernas, cânions e cachoeiras de fazer inveja a qualquer outra chapada. E se você acredita que o melhor da Chapada está nas imediações da Cachoeira da Fumaça e do Morro do Pai Inácio, espere só para ver o que o sul tem para lhe revelar.

Chapada Diamantina
Vista aérea do povoado do Capão

O Grande Vale. O fluxo de visitantes da Chapada começou a migrar para baixo há apenas poucos anos. A locomotiva foram as cidades de Mucugê e Igatu, antigas comunidades garimpeiras que mantem intacta toda a simpatia das cidades coloniais. Como a exploração ainda é recente, há muitos lugares pouquíssimo freqüentados nas redondezas, longe das multidões típicas de grandes atrações turísticas.

Um deles é a Rampa do Caim, o mirante certo para se contemplar uma visão inédita do monumental Vale do Pati: visto de cima do morro, o vale surge inteiro à sua frente, em toda sua grandiosa beleza.

A poucos metros dali, outra paisagem incrível: o cânion do Rio Paraguaçu, o mesmo que irá desaguar no Recôncavo Baiano. Duas imagens de tirar o fôlego, desconhecidas, e a três horas de caminhada a partir de Igatu. No caminho, dezenas de tocas de garimpeiros construídas embaixo das rochas, usadas até hoje.

Se há uma coisa na qual a Chapada é pródiga são as cachoeiras. Este é o mais importante berçário de nascentes da Bahia, e a impressão que se tem é que a todo momento descobre-se alguma queda d’água nova. A Cachoeira dos Cristais, próxima a Mucugê, foi descoberta há exatos dois meses.

Antes da visita de nossa reportagem, apenas quatro pessoas tinham estado aqui – as mesmas que, por sinal, abriram a trilha até ela. A queda tem cerca de 100 metros e fica num lugar completamente intocado, poucos quilômetros acima de outra bela cachoeira, a de Três Barras (que por si só também é bastante desconhecida).

O homem por trás dessa descoberta é o guia Chiquinho, cujo nome real é Raimundo Cruz dos Santos (“minha madrinha queria me pôr Raimundo, mas minha mãe queria me chamar Chiquinho. Aí ficaram os dois…”). Mateiro por excelência, Chiquinho tem como um de seus ofícios explorar os arredores selvagens de Mucugê, Igatu e Andaraí e revelar ao mundo os segredos da Chapada. “Conheço tudo dessas trilhas que existem por aí”, garante.

Não muito diferente dos garimpeiros da região, Chiquinho percorre grandes áreas – sozinho – atrás de novos tesouros. Numa dessas investidas, acabou descobrindo mais esta cachoeira. “Ninguém sabia o que havia para cima do rio. Aí eu resolvi explorar.”

São pessoas como Chiquinho que, com paciência, garimpam as futuras atrações da Chapada. Graças a eles, belas imagens da natureza vão sendo devidamente postas no mapa. Alguma, mais tarde, pode até vir a tornar-se uma Cachoeira da Fumaça.

Este processo ainda está começando no sul da região, mas já há descobertas suficientes para se saber que três municípios prometem ser as grandes estrelas da Chapada Diamantina nos próximos anos: Itaeté, Ibicoara e Rio de Contas. O primeiro abriga o famoso Poço Encantado, uma das poucas atrações consagradas do sul da Chapada.

Mas começa a atrair a atenção para o seu distrito de Colônia, repleto de grandes cachoeiras quase desconhecidas. Uma das mais bonitas é a do Herculano, na verdade três quedas de 90 metros que se jogam uma ao lado da outra.

Ibicoara, por sua vez, tem no turismo uma atividade ainda mais incipiente. Seu maior destaque, por enquanto, é ser a maior produtora de hortigranjeiros do Nordeste, fruto de um solo extremamente fértil. Mas os imponentes chapadões que amparam as plantações também têm os seus segredos. Por trás deles, escondem-se campos de sempre-vivas, estranhas formações rochosas e, claro, cachoeiras.

Há uma queda, no entanto, que por si só garantiu o lugar de Ibicoara no Olimpo da Chapada: a Cachoeira do Buracão. Quem visita o lugar garante que a Buracão é mais bonita que a Cachoeira da Fumaça. Exagero?

De modo algum: o cenário daqui é único – e inesquecível. A comparação não pode ser medida pela altura, já que esta cachoeira tem 85 metros (contra os 400 da outra). A diferença é que a Cachoeira do Buracão, como já anuncia o nome, cai dentro de um grande rombo na terra, um buraco quase circular ao qual só se chega por dentro de um apertado desfiladeiro de 5 metros de largura e com paredões de 60 metros de altura. É como se a natureza tivesse criado um teatro só para ela.

Serra dos Esbarrancados

De todas as cidades da Chapada, Rio de Contas foi uma das que teve melhor sorte.

A razão dessa sorte era apenas uma: o ouro. Descoberto no início do século 18 ao mesmo tempo aqui e em Jacobina, do outro lado da região, o ouro tornou-se segredo de Estado por três décadas. Era o medo da Coroa Portuguesa da cobiça espanhola, da disseminação dos quilombos e do abandono das lavras de cana-de-açúcar.

Quando viram que já havia garimpeiros clandestinos demais, a corrida do ouro foi liberada. De repente, Rio de Contas era uma das cidades mais ricas da Bahia. Os seus domínios eram tão grandes que chegavam até Itacaré, na época um porto que comercializava o ouro escoado pelo rio homônimo. Durante a Festa do Divino, pó de ouro era jogado nas procissões, tamanha era a riqueza daquele lugar.

Hoje, Rio de Contas é uma entre tantas cidades da Bahia que vive das glórias do passado. Verdadeira cidade-museu, abriga quase 300 construções históricas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, entre elas a Igreja Matriz, com seu altar folhado a ouro, e o Teatro São Carlos, o primeiro do interior baiano. O arquivo municipal guarda preciosidades tão valiosas quanto o ouro sobre a história do lugar, com descrições detalhadas de compras de escravos e brigas de coronéis.

Mas Rio de Contas tem algo de estranho: ao contrário de outras cidades históricas, suas ruas são largas. Isso porque esta é uma cidade planejada. No século 18, uma forte epidemia de febre amarela levou o governo local a remanejar toda a população da cidade vizinha de Livramento de Nossa Senhora, no pé da serra, para o topo da Chapada. Foi construída então uma nova cidade, com ruas amplas o suficiente para ventilar e evitar doenças.

Muito da história da Chapada está contada nessas ruas de Rio de Contas, mas uma boa parte dela está nos povoados de Barra do Brumado e Mato Grosso, a 20 quilômetros do centro. Na verdade, foi aqui que muita coisa começou. Antes mesmo que houvesse brancos, já existia, no século 17, um quilombo formado por negros fugidos de um navio naufragado em Itacaré.

O grupo se embrenhou sertão acima pelo Rio de Contas e veio parar no alto da serra, onde fundaram uma comunidade, hoje dividida em duas: Barra do Brumado e Bananal. Anos depois, em 1718, os primeiros bandeirantes a chegar na região encontraram ouro e logo se instalaram por aquelas redondezas. Lá ergueram o arraial de Mato Grosso, que viria a ser um dos primeiros povoados do interior da Bahia. Os brancos, na sua maioria descendentes de portugueses, escravizaram os negros para usá-los em seu garimpo, deixando porém que vivessem em seu antigo quilombo.

Seixos Agromerados

Hoje, ambos continuam de pé, isolados na serra de Rio de Contas, mas de aspecto completamente diferente. Mato Grosso é todo habitado por brancos com cara de português, e a própria vila, vista de longe, lembra um povoado qualquer do Alentejo. Seus moradores cultivam flores, café, abacaxi, xuxu, laranja – e o lugar inteiro parece ser uma grande horta.

Barra e Bananal, por sua vez, lembram um povoado qualquer do sertão do Piauí: pobre, sem linha telefônica (Mato Grosso tem 7 telefones públicos), com moradores negros e engenhos de cana movidos a boi. Ambas as comunidades se dão bem e fazem comércio entre si. Mas nunca se misturam.

“Isso aqui já foi bem pior. Hoje as coisas estão melhorando”, afirma Carmo Joaquim da Silva, presidente da associação comunitária de Barra e Bananal. Depois de perder boa parte de suas terras na década de 70 por causa de uma barragem e de ver a luz elétrica passar ao lado de suas casas (sem parar) e ir direto para Mato Grosso, os 300 quilombolas começam a vislumbrar um futuro. “Em 96, a energia finalmente chegou. Em 99, ganhamos a titulação de nossas terras. E, graças a um trabalho conjunto com a Pastoral da Criança, erradicamos a desnutrição”, diz Carmo.

A qualidade de vida também melhorou: “Pessoas que antes tinham saído da comunidade agora estão voltando. Estão percebendo que aqui não é sertão, aqui tem água, tem clima bom.”

De fato, tanto Barra quanto Mato Grosso estão num pedaço especial do Nordeste: um lugar rodeado de serras, onde os termômetros acusam 6 graus no inverno e onde as casas estão equipadas com fogão à lenha. A caatinga, nisto que já foi chamado de “Alpes baianos”, é uma terra distante. Mato Grosso é o vilarejo mais alto de todo o Nordeste: 1 450 metros, acima de Petrópolis, Gramado e Visconde de Mauá, para se ter uma idéia.

Não fosse o sotaque, qualquer um pensaria estar no Rio Grande do Sul ou em Minas. E já que estamos falando de alturas, nada mais natural que os pontos mais altos do Nordeste também estejam por aqui, vizinhos a essas vilas. O mais alto é o Pico do Barbado, que tem 2 033 metros e fica entre Rio de Contas, Abaíra e Piatã – esta última, aliás, cidade famosa pelo clima serrano com que festeja seu São João. Os outros dois são o Pico do Itobira, com 1 970 metros, e o Pico das Almas, com 1 958 metros, ambos em Rio de Contas. Os três podem ser alcançados em caminhadas que levam a visões incríveis de toda a Chapada sul.

Mas foi o Pico das Almas que se tornou a menina-dos-olhos de Rio de Contas. Para chegar ao seu topo, são três horas a pé no meio de formações de quartzito que afloram da terra, orquídeas, bromélias e uma vegetação única. O pico atraiu, em 1974, uma equipe do Jardim Botânico de Londres, o Kew Gardens, que fez um levantamento de 1200 espécies de plantas, 100 delas endêmicas – o que faz do Pico das Almas um dos lugares de maior biodiversidade da América do Sul (proporcional ao seu tamanho, claro). Uma riqueza que já foi comparada à da Floresta Amazônica.

Os ingleses, pelo visto, já sabiam o que nós levamos 30 anos para descobrir: que há muito mais tesouros enterrados no coração dourado da Bahia do que nós pudemos imaginar. E nem todos são pedras preciosas.

A saga do garimpo

Séculos antes da chegada do turismo, a mineração foi o grande motor econômico da Chapada Diamantina. Primeiro o ouro, encontrado no século 18 em Rio de Contas e Jacobina, em seguida o diamante, cujas primeiras jazidas foram descobertas no começo do século 19 em Mucugê.

Muitas das cidades da Chapada guardam, em seu casario, a lembrança daqueles tempos áureos. Por quase todo o século 19, a Bahia foi a maior produtora de diamantes do mundo. Quando foram encontradas as minas da África do Sul, em 1870, a produção decaiu e só foi salva por causa do carbonado, o chamado “diamante negro”, uma raríssima variedade do diamante usada na indústria.

A Chapada concentrava praticamente toda a produção mundial do carbonado, e foi nos arredores de Lençóis que se encontrou uma pedra de nada menos que 3 167 quilates, batizada de “Sérgio” – até hoje o maior diamante já visto no planeta.

No século 20, a chegada do diamante sintético levou à extinção do garimpo de carbonado. Mas não o ouro e o diamante, que continuam brotando do chão da Chapada, embora de forma artesanal, já que o Ibama proibiu o uso de dragas para mineração no ano de 1998.

O ouro ainda dá as caras em Rio de Contas, e o diamante costuma aparecer próximo a Mucugê e a Igatu. Aguinaldo Leite dos Santos, o Guina, passa três dias da semana garimpando em Igatu. “Já cheguei a pegar 140 pedras numa semana”, conta.

Ele as guarda na carteira e sai para vendê-las em Andaraí, onde o garimpo movimenta cerca de 300 mil reais por mês. “Ainda dá para viver de diamante por aqui. A gente faz um acordo com um patrão, que dá comida em troca de metade do lucro. Então quase não tem gasto. Enricar é que fica difícil.”

Como chegar:

A cidade de Lençóis, a 420 quilômetros de Salvador, continua sendo o epicentro da Chapada Diamantina, com a melhor infra-estrutura para receber visitantes.

Para chegar a ela de carro a partir da capital, vá até Feira de Santana e dali pegue a BR-242. Para quem chega pelo sul, pode-se ir por Vitória da Conquista, onde há vôos regulares, diários de São Paulo e Salvador.

Quando ir:

O clima da Chapada Diamantina e bastante variado devido a variação de altitudes, de 220 metros a 2033 metros, porem a região é semi-arida o que faz com que tenhamos Sol o ano inteiro, a melhor época de visitação é quando estamos de férias pois o destino necessita de muitos dias para ser conhecido.

A baixa estação que começa depois do carnaval e vai até meados de Junho, e de agosto até o Natal também é uma época interessante, pois além da tranqüilidade nos atrativos, os preços das estadas são menores.

Fonte: www.terrachapada.com.br

Chapada Diamantina

História

A criação e ocupação das cidades e vilas da Chapada Diamantina é fruto direto da exploraçào do diamante. Antes da descoberta desta pedra preciosa a região era vagamente povoada e ainda comandada pelo índios Maracás, que respondiam com violência à chegada de estranhos. A agropecuária praticada nas grandes fazendas era a atividade econômica principal.

Em 1710, com a descoberta de ouro no sul da Chapada (próximo ao rio de Contas Pequeno) e a consequente chegada de bandeirantes e exploradores vindos de outros pólos mineradores, começou a colonização da região.

Não se sabe ao certo quando o diamante foi encontrado pela primeira vez na Chapada Diamantina. Com as tentativas do governo português de controlar e até impedir a exploração de pedras preciosas no Brasil para evitar a queda de preços no mercado internacional e garantir o pagamento do quinto, certamente essa atividade certamente já existia antes das explorações regulamentadas.

Em 1844, com o anúncio da descoberta de diamantes muito valiosos próximo ao rio Mucugê, começou a corrida pela pedra na região. Garimpeiros vindos do Arraial do Tijuco (hoje Diamantina) e locais já em crise devido ao fim do ciclo do ouro puxaram a população itinerante que explorava o Brasil atrás de riquezas.

Comerciantes, colonos (responsáveis pelas plantaçòes), jesuítas, contrabandistas e estrangeiros se espalhavam em vilas marcadas pela falta de leis e autoridades oficiais.

É importante destacar também a exploraçào do carbonato na Chapada Diamantina. Inicialmente desprezado pelos garimpeiros, a partir de 1871 foi disputado a altos preços pelos países europeus, interessados em elementos resistentes para as máquinas e construções que alavancavam a Revolução Industrial.

O esgotamento parcial das jazidas de diamante foi agravada pela descoberta de novas fontes no sul da África, iniciando um longo período de recessão e pobreza.

As atividades agropecuárias voltaram a ser a principal fonte de renda e emprego da região, ao mesmo tempo que favoreciam a concentração de poder e dinheiro pelos grandes coronéis.

Coronelismo na Chapada Diamantina

Região marcada por grandes diferenças sociais e concentrações de renda, a Chapada Diamantina foi, da segunda metade do século XIX até década de 1930, um barril de pólvora comandado por poucos e muito poderosos coronéis.

As tradicionais famílias proprietárias de terra davam abrigo e emprego para os colonos e exploradores a procura de riquezas, e em troca conquistavam a gratidão e fidelidade dessas pessoas. Formaram-se assim verdadeiros exércitos de jagunços disposto a defender com a própria vida os interesses dos patrões.

As divergências entre coronéis levaram à criação de dois partidos políticos que, mais que uma posição ideológica, representavam uma escolha social. Os liberais e conservadores (ou pinguelas e mandiocas, apelidos dados a um pelo outro) dividiam-se em tudo, do uso obrigatório da cor-símbolo do partido à formação de duas orquestras filarmônicas que disputam as atenções nas festas populares.

As mudanças da transição do Império para a República, ainda que chegando com certo atraso à região, acirraram ainda mais a tensão política dos grupos rivais.

A tentativa de centralização do poder em um governo federal (e a consequente perda de influência na política local) e a abolição da escravatura foram mudanças que assustaram a política conservadora local.

Com a morte do coronel Felisberto Augusto de Sá em 1896, acirraram-se as disputas pelo poder na região. Os coronéis Felisberto Sá e Heliodoro de Paula Ribeiro travaram, através de seus jagunços, uma verdadeira guerra na região. O seqüestro do filho de Felisberto, Francisco Sá, agravou a disputa, que só terminou com a intervenção do governador baiano.

Um período de relativa paz marcou a passagem de comando dos coronéis a seus sucessores. Horácio de Matos, sobrinho de Clementino de Matos (outro coronel), é chamado para assumir as áreas do tio e propõe paz entre as famílias. Um curioso início de carreira para o homem que, após violentas batalhas contra a Coluna Prestes, seria definitivamente considerado o coronel mais temido e respeitado da Chapada.

Fonte: www.cidadeshistoricas.art.br

Chapada Diamantina

Vale do Pati

A maioria dos turistas que já fizeram o trekking, afirmam que é um dos melhores roteiros da Chapada Diamantina, ou mais: a sua beleza cênica é comparada às trilhas mais belas do mundo, como Machu Picchu, no Peru, e Santiago de Compostela, na Espanha.

O que torna o trekking do Vale do Pati uma experiência única é passar quase uma semana em um local isolado, onde os automóveis não chegam e não existe sinal de celular ou internet. Além de poder se hospedar e fazer as refeições na casa de nativos. É uma oportunidade de sentir um pouco da vida bucólica e aproveitar o clima nostálgico sob a luz das velas e das lamparinas.

Sua beleza cênica é comparada às trilhas mais belas do mundo, como Machu Picchu, no Peru, e Santiago de Compostela, na Espanha.

A maioria dos turistas que já fizeram o trekking, afirmam que é um dos melhores roteiros da Chapada Diamantina, ou mais: a sua beleza cênica é comparada às trilhas mais belas do mundo, como Machu Picchu, no Peru, e Santiago de Compostela, na Espanha.

O Pati fica escondido no meio do Parque Nacional da Chapada Diamantina, entre os municípios de Andaraí e Mucugê. O roteiro mais procurado possui duração de cinco dias, com caminhada média de 80 km. A trilha pode começar no Vale do Capão e terminar em Andaraí, passando pelos Gerais do Vieira, Gerais do Rio Preto, Morro do Castelo e Cachoeirão, que possui mais de 150 metros de desnível.

Ela se caracteriza por caminhadas em extensas áreas planas, porém com alguns momentos de subidas e descidas íngremes e passagens por leitos de rios. Quem faz essa trilha diz que, além de ser deslumbrante, ela proporciona momentos de reflexão e auto conhecimento.

O que torna o trekking do Vale do Pati uma experiência única é passar quase uma semana em um local isolado, onde os automóveis não chegam e não existe sinal de celular ou internet. Além de poder se hospedar e fazer as refeições na casa de nativos. É uma oportunidade de sentir um pouco da vida bucólica e aproveitar o clima nostálgico sob a luz das velas e das lamparinas.

Parque Nacional

O Parque Nacional da Chapada Diamantina é guardião de muitas riquezas naturais, ocupando cerca de 152 mil hectares, um dos maiores Parques de Preservação do país.

Em 1985, através do Decreto Nacional n?91.655, foi criado o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) [veja mapa de localização] para a preservação das belezas cênicas do local. Porém, o grande objetivo da manutenção do parque está na preservação das suas nascentes e de um banco genético importantíssimo para a pesquisa científica e para a conservação da biodiversidade. De acordo com o coordenador da unidade de conservação, Christian Liel Briilintk, foram catalogadas no Parque 200 espécies vegetais endêmicas e 50 animais.

Atualmente o PNCD é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação Ambiental, uma autarquia ligada ao Ministério do Meio Ambiente, que trabalha exclusivamente em prol das áreas de preservação e possui duas linhas básicas de atuação: a fiscalização e a pesquisa.

Porém, a conscientização da população também tem sido uma das frentes de trabalho realizadas em parceria com os movimentos ambientalistas. Nos últimos anos, a sociedade civil tem se organizado significantemente para a proteção do lugar.

Um dos exemplos está no GAP (Grupo Ambientalista de Palmeiras) e no GAL (Grupo Ambientalista de Lençóis). Além do apoio dado pelas 14 brigadas voluntárias e pelas ACVs (Associações de Condutores de Visitantes) espalhadas pelos municípios ao redor do parque. Junto a órgãos públicos como o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), uma das ações do instituto tem sido a regularização fundiária. Fazendeiros e até comunidades tradicionais estão desapropriando o local, de forma pacífica, para contribuir com a sua preservação.

Trabalho coletivo

Cuidar de um paraíso do tamanho do Parque Nacional da Chapada Diamantina não é tarefa fácil. Além do mais, é tarefa de todos nós. Os órgãos e entidades ligados à preservação da área tem lançado campanhas de conscientização para que a comunidade e o turista também tenham esse compromisso. Qualquer pessoa que testemunhar algum incêndio ou irregularidade no PNCD e em seus arredores deve denunciar.

Fonte: www.guiachapadadiamantina.com.br

Chapada Diamantina

Um país no coração do Brasil

Maior que a Bélgica e no coração do Brasil, a Chapada Diamantina reúne incontáveis opções pra quem quer botar a mochila nas costas e conhecer cenários de rara beleza e rica história.

Dividida em várias serras, como a do Bastião, da Mangabeira, do Rio de Contas, das Almas e a Serra do Sincorá, a região reflete um país desconhecido que vive no dia-dia e no imaginário do povo sertanejo.

Da primeira década do século XIX ao final do século XX, a Chapada viveu da riqueza e prestígio (dos diamantes e do ouro) ao abandono e esquecimento; renascendo enfim no turismo. É sem dúvida, um dos parques nacionais com a maior diversidade em relevo e paisagens do país, unindo cachoeiras em cânions monumentais – muitas recém descobertas, ao azul esverdeado de lagos como o da Pratinha, que destoam do chão batido de tom vermelho e empoeirado do sertão, passando por paisagens que lembram o Pantanal, como o Marimbus, até o desconcertante Vale do Capão com seus arco-íris e noites inigualáveis.

Mergulhar em cavernas, percorrer trilhas de cinco dias entre paisagens fascinantes cortadas por belos vales e morros. Circular pelo casario colonial e já estar cumprimentando a cidade inteira depois de dois dias nela ou experimentar os pratos da culinária local, como o godó de banana (feita com a fruta verde) e o cortado de palma (uma espécie de cacto refogado), nos insere em um Brasil do qual muitos brasileiros apenas ouvirão falar.

O Parque Nacional

O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi criado em 1985, abrangendo cidades como Andaraí, Lençóis, Mucugê e Palmeiras; locais que centralizam os principais roteiros ou pontos de partida para outros tantos e boa infra-estrutura turística.

Ali está concentrado um dos mais belos exemplares do chamado Cerrado, ecossistema que se refere às savanas brasileiras (uma espécie de vegetação semi-densa, um pouco diferente da primeira savana que nos vem à cabeça, a africana).

Campos rupestres, matas, vales, áreas rochosas e até pântano fazem parte dele. Sua beleza se revela em pequenos detalhes, como nas inúmeras flores que embelezam o cenário, por exemplo, rumo à Cachoeira da Fumaça.

Tentaremos fazer aqui o que parece impossível: mostrar um pouco da incomensurável Chapada Diamantina!

Principais atrações

Chapada Diamantina
Rio Lençóis

Chapada Diamantina
Morro do Pai Inácio

Chapada Diamantina
Centro de Lençóis

Cachoeira da Fumaça

O vento “borrifa” pelo ar, as águas da cachoeira de 340m de queda d´água e 420m de altura! Um dos caminhos que leva até ela foi feito para que o gado suba a serra, mas quem aproveita mesmo são os mais de 80 mil turistas que visitam o local por ano.

A paisagem durante a trilha é de tirar o fôlego: de um lado o Morrão (outro cartão postal da Chapada) e do outro o Vale do Capão. Este é o chamado “Fumaça por cima”. Para fazê-lo os viajantes partem do vale. São cerca de 6 km de distância, 1,5 km deles via Serra do Sincorá.

O chamado “Fumaça por baixo” é para quem está com melhor preparo físico. São quatro dias e três noites em meio a cenários belíssimos.

Em ambos os casos é imprescindível o acompanhamento de guia local.

Morro do Pai Inácio

No km 231 da BR-242 está o ponto de partida para a subida ao Morro do Pai Inácio. São cerca de 20 ou 30 minutos sempre acompanhados é claro, de lindas cenas. No alto do morro, vista panorâmica – fonte de fotos de um dos principais cartões-postais do Brasil. Certamente você já viu os Três Irmãos em uma vinheta de comercial na TV ou num cartaz em uma feira de turismo.

Diz a lenda… que um escravo chamado Inácio apaixonou-se pela esposa de um poderoso coronel da região que, ao descobrir o romance, mandou pistoleiros em seu encalço. Sem saída, no topo da montanha, Inácio saltou e… vá ao Morro para conferir, estragaríamos a surpresa!

Uma trilha pouco explorada é a Morro do Pai Inácio – Morrão. São 7km que valem a pena ser percorridos.

Serrano

É o mais popular passeio de Lençóis, a menos de 1Km da cidade. O chão de seu leito parece mármore, as águas escuras como chá propiciam reconfortantes banhos em suas “banheiras” formadas pela natureza.

Salão de Areias Coloridas

A 10 minutos do Serrano; a área foi formada pela erosão de rochas graníticas e conglomerados de arenito. Fica a 1,5 km do centro de Lençóis.

Ribeirão do Meio

Ainda a partir de Lençóis via caminhada fácil a partir da Igreja do Rosário (rua dos Negros).

Essas atrações, mais Cachoeira Primavera e Poço Halley ou Poço Paraíso fazem parte do chamado “roteiro das cachoeiras” em Lençóis.

Cachoeira do Sossego

Partindo de Lençóis são 6 km de caminhada em trilha e dois através do leito do rio Ribeirão. São cerca de 3 horas de subidas e descidas e pedras a pular para chegar a essa bela cachoeira, cuja trilha exige bom preparo físico.

Cachoeira do Rio Mucugezinho/Poço do Diabo

Vários trechos têm poços formados. Lá está o chamado Poço do Diabo, a 22m de altura de um verdadeiro “trampolim”!

Poço encantado

Um dos ícones da Chapada. Entre abril e setembro e em certas horas do dia, os raios do sol passam por uma fenda cuja luz é refletida no espelho d´água. A cor azul intensa é mágica. Embora não pareça, suas águas têm 40m de profundidade e os mergulhos são permitidos somente com autorização do Ibama e acompanhamento de guia experiente. A atração faz parte da cidade de Andaraí.

Morro do Camelo

Fica ao norte da Chapada, ao “lado” do Morro do Pai Inácio. São 4 km de distância, com acesso através de carro e trilha. Sua altura é de aproximadamente 170m e altitude de 1090m.

Marimbus

O passeio de barco a remo (canoa de madeira ou alumínio) pelo pântano da Chapada formado pelas águas dos rios Santo Antônio e Utinga é bastante tranqüilo.

Várias espécies animais se fazem presentes neste “mini pantanal” baiano. Não esqueça do repelente.

Gerais do Vieira

Altiplano onde estão as mais lindas cenas do parque nacional. Guias e agências de receptivos locais organizam “expedições” que exploram o imenso vale.

Vale do Capão

Faz parte do município de Palmeiras, cujo principal distrito é Caetê-açu. O vale de indescritível energia e beleza é destino obrigatório para quem visita a Chapada Diamantina.

Vale do Paty

A trilha Lençóis-Vale do Paty é uma das mais atraentes da Chapada. O caminho liga Lençóis à Andaraí, passando pelo Capão. São 70 km atravessando rios, canyons, vales, cachoeiras, serras e gerais, sugerindo como que um resumo de todas as atrações da chapada.

Dos campos, do topo e das águas rumo ao subterrâneo

Dentre tantas atrações, a natureza também foi generosa no número de grutas e sumidouros (gruta ou fenda por onde passar um rio subterrâneo – desaparece em um ponto e surge em outro) na região.

Muitas cavernas oferecem condições propícias para mergulho. Atente para os cuidados e equipamentos especiais para essa prática, além de obter autorização dos órgãos ambientais.

Lapa Doce

O turista pode visitar cerca de 1Km dos mais de 24Km de extensão já mapeados. Essa é a terceira maior gruta do Brasil.

Torrinha

Fica na mesma região da Lapa Doce. Riqueza incomum de espeleotemas (estalactites e estalagmites – grosso modo, formação a partir do teto da caverna e formação a partir do chão da caverna respectivamente, ambos formados pela ação da água). É composta de grandes salões e há travessias nela que podem durar até 5 horas. Possui inscrições rupestres e formações que parecem ouriços!

Pratinha – Gruta Azul

Fica 7Km depois da Lapa Doce. A Pratinha é um verdadeiro oásis no sertão baiano.

A água cristalina, inúmeros peixes e os micro-búzios fascinam. No local é praticada a Tirolesa, num nível bastante “light”, bem como o mergulho.

A caverna da Gruta Azul tem aproximadamente 120m, com profundidade de 1,5m a 2,5m. Faz parte da cidade de Iraquara, a 76Km de Lençóis. Está em propriedade particular.

Na Gruta Azul, ainda no complexo da Pratinha, a luz refletida no espelho d´água é cenário de intensa beleza. É permitido o mergulho no local.

Lapão

É uma das maiores grutas de quartzo da América do Sul e a segunda maior do Brasil. Diferencia-se das demais por ser formada de rochas areníticas e conglomeráticas (as demais são de formação calcária). Tem 1200m de extensão e cerca de 10m de largura com uma saída de 60m de altura! Nessa “porta”, o rapel é praticado.

Outros municípios

Ibicoara

O município de Ibicoara fica 80 km de Mucugê e é o “novo destino” da Chapada Diamantina.

Suas principais atrações são as imperdíveis: Cachoeira do Buracão, que fica em um Cânion sinuoso de 80m de altura, e a Cachoeira da Fumacinha com seu cânion es-pe-ta-cu-lar. Para chegar às cachoeiras é necessário pegar trilhas consideradas de média dificuldade.

Rio de Contas

Conta com grandes atrações e ainda é pouco conhecida. A cidade possui um casario incrivelmente preservado. São 414 prédios tombados pelo Patrimônio Histórico.

Trilhas (entre elas a “Caminho Real” – caminho de pedra construído no século XVIII para transporte do ouro), a Cachoeira do Brumado (70m de altura) e o Pico das Almas (1958m de altura, o terceiro maior do nordeste oferece bela vista para a Chapada) são algumas das atrações.

Igatu (Andaraí)

Distrito de Andaraí, distante 114Km de Lençóis. A vila que já teve por volta de 15 mil habitantes, conta com menos de 500 e é uma verdadeira cidade de pedra.

Acredita-se que Igatu ou Xique-xique (como era conhecida) foi descoberta por volta de 1840, por garimpeiros e eles é que fizeram as obras em pedra que você pode encontrar por lá. Foi um século de exploração e riqueza e a decadência no século 20, quando a maioria das casas foi abandonada. Os próprios garimpeiros chegaram a destruir ruas inteiras em busca dos últimos diamantes o que deu início aos cerca de 7Km de ruínas que hoje podem ser visitadas.

História – da abundância à estagnação

Até o início do século XVIII não havia colonização na região. Em 1701, Portugal já sabia da ocorrência de ouro no norte da Chapada Diamantina (próximo à cidade de Jacobina). A fase áurea do ouro na Bahia durou quase dois séculos, até os primeiros anos do século XX, quando as jazidas começaram a se esgotar.

Por volta de 1817 são descobertos diamantes na serra do Bastião, a oeste da Serra do Sincorá.

A mineração foi responsável pelo povoamento do local. Paulistas começam a explorar em Rio de Contas (já na área sul da Chapada), logo chegam garimpeiros de Minas Gerais. Aventureiros, foragidos, lavradores, boiadeiros, ricos comerciantes da capital e senhores de engenho do Recôncavo baiano e seus escravos chegam à região.

A importação de produtos europeus e exportação do ouro e diamantes eram controladas pelos ricos comerciantes do Recôncavo, portugueses e ou seus descendentes. Hoje você pode conferir em Lençóis o prédio do então Consulado francês, que também funcionava como um “QG” para negociar as riquezas da região com a Europa.

O “povo” era formado por pessoas do alto sertão baiano, do planalto central e do Vale do São Francisco. Brancos brasileiros e portugueses do vale lutam pela independência do Brasil, movimento conhecido com Guerra Mata-maroto. O conflito teve como cenário a cidade de Rio de Contas, sul da Chapada.

Isso se dá no período Regencial, com a abdicação de D. Pedro I (1831) até 1840, quando D. Pedro II é considerado maior de idade. Essa é uma época conturbada e de grande revolta social. Os brasileiros pobres continuam fora da vida política nacional e qualquer levante é violentamente reprimido.
No ano de 1861 em Lençóis há uma “eleição” para a indicação de um membro do conselho municipal para representante no Senado Estadual. Começa uma violenta disputa entre “Serranos” – liberais representados pelo coronel Felisberto Augusto de Sá; e “Baianos” – conservadores, representados pelo coronel Antonio Gomes Calmon.

Com a proclamação da república e libertação dos escravos os coronéis do litoral se deixam abater enquanto os do sertão intensificam suas lutas pelo poder regional.

Claudia Severo

Silnei Laise

Fonte: www2.uol.com.br

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