Ilhabela

Histórico

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A ilha de São Sebastião, a maior da costa Brasileira foi descoberta e identificada por Américo Vespúcio, a 20 de Janeiro de 1502, dando-lhe o nome do Santo do dia, São Sebastião.

O povoamento, desta faixa litorânea, pelo elemento branco, iniciou-se em 1608, contando como primeiros habitantes das terras que margeiam o canal de São Sebastião, dos lados da ilha e do continente, com Diogo Unhote e João de Abreu que vieram de Santos trazendo suas famílias para desenvolverem atividades agrícolas nas terras que haviam recebido por concessão do Capitão-Mor da Capitania de São Vicente.

O Padre Manoel Gomes Pereira Marzagão construiu na ilha de São Sebastião, em fins do século XVIII, uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Ajuda e Bom Sucesso, formando-se, em pouco tempo, um povoado que ganhou o foro de Cidade e Município, graças a um cidadão que se projetou na história da Província e da região: o Capitão-Mor Julião de Moura Negrão.

A unidade político-administrativa compreendendo as ilhas de São Sebastião, Búzios, Vitória e outras ilhotas, foi decretada por ordem do Governador da Província de São Paulo, o Capitão-General Antônio José de França e Horta, em 1805, que a chamou de Villa Bella da Princesa, em homenagem à Princesa da Beira.

Reduzido à condição de Distrito de Paz, em maio de 1934, foi incorporado ao Município de São Sebastião e novamente elevado a Município em setembro do mesmo ano, passando a denominar-se Formosa, em 1940, e quatro anos depois, Ilhabela.

Formação Administrativa

Freguesia criada Vila Bela da Princesa, por alvará de 20-09-1809, subordinado a vila de São Sebastião.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Vila Bela da Princesa, por portaria e provisão 154 de 03-09-1805 e por ordem régia de 23-01-1809, desmembrado da antiga vila São Sebastião. Instalado em 23-01-1806.

Elevado à condição cidade e sede municipal com a denominação de Vila Bela, pela lei municipal de 22-04-1901.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município de Vila Bela é constituído do distrito sede.

Pela lei nº 6448, de 21-05-1934, reconduz o município de Vila Bela à categoria de distrito, sendo seu território anexado ao município de São Sebastião.

Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Vila Bela, por decreto no6844, de 0512-1934, desmembrado do município de São Sebastião. Constituído do distrito sede.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído do distrito sede.

Pelo decreto-lei estadual nº 9775, de 30-11-1938, o município de Vila Bela passou a denominar-se Formosa.

Pelo decreto-lei estadual nº 14334, de 30-11-1944, o município de Formosa passou a denominar-se Ilhabela. O decreto-lei acima citado cria os distritos de Cambaquara e Paranabi e anexandos ao município de Ilhabela.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município de Ilhabela é constituído de 3 distritos: Ilhabela, Cambaquara e Paranabi, e pertence ao termo e comarca de São Sebastião.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos Ilhabela, Cambaquara e Paranabi

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.

Alterações toponímicas municipais

Vila Bela da Princesa para Formosa teve sua denominação alterado, pelo decreto estadual nº 9775, de 30-11-1938.

Formosa para Ilhabela teve sua denominação alterado, pelo decreto-lei estadual no 14334, de 30-11-1944.

Fonte: biblioteca.ibge.gov.br

Ilhabela

Ilhabela é considerada, hoje, um gigantesco santuário ecológico onde se contam lendas sobre piratas, tesouros escondidos e navios submersos.

A cidade é conhecida como a capital da vela devido às excelentes condições climáticas. Existe uma intensa e variada programação de atividades esportivas que podem ser feitas na cidade, como mountain bike, rapel, passeios à cavalo, motocross e kitsurf.

Em torno de 100 barcos naufragaram ao redor da ilha, sendo o mais famoso o Príncipe de Astúrias, devido a forte tempestade e a desorientação de bússola.

Hoje, a Ilhabela possui 20.000 habitantes fixos e 100.000 flutuantes.

Em 1977, Ilhabela foi transformada em Parque Estadual, declarada Reserva da Biosfera pela Unesco, garantindo uma das últimas reservas praticamente virgens da Mata Atlântica.

ATRAÇÕES E PONTOS TURÍSTICOS

Parque Estadual de Ilhabela

Observar atentamente a natureza numa ilha oceânica é entender um pouco a evolução da vida sobre a Terra. Praias exuberantes. Cristas e picos de montanhas com mais de 1300 metros de altitude cobertos de floresta. Milhares de córregos e riachos que se lançam pelas encostas em mais de 250 cachoeiras de todos os tamanhos.

Rios que serpenteiam a planície litorânea formando manguezais em busca do mar. Ilhas, grandes e pequenas, ilhotas e lajes que abrigam uma rica e diversificada flora e fauna. Todos esses cenários podem ser desfrutados no Parque Estadual de Ilhabela.

Os 27.025 hectares do Parque englobam 85% do município de Ilhabela, a Ilha de São Sebastião, sede do município, as ilhas de Búzios, da Vitória entre outras que compõem o arquipélago que integram a rede de Unidades de Conservação administrada pela Secretaria do Meio Ambiente através do Instituto Florestal.

Praia da Feiticeira

As cores das velas do kitesurf contrastam com a fachada do antigo engenho de cana-de-açúcar da Fazenda São Mathias. Vale a pena encontrar o caminho que leva você a esta praia. Ao chegar, um pequeno riacho banha seus pés. A praia é rodeada por coqueiros e chapéus de sol que completam o visual místico e paradisíaco.

Praia da Fome

Com 150 metros de extensão, tem acesso por trilha ou mar, cortada por dois riachos, é ideal para a prática de esportes náuticos e mergulho. Antigamente era principal ponto de tráfico de escravos, no local em que as ruínas de uma senzala se transformou em casa de veraneio. O nome “Praia da Fome” vem da história que ali os escravos eram alimentados depois de longa e precária viagem da África para depois serem vendidos conforme seu peso.

Praia da Vila

No centro histórico de Ilhabela, mais freqüentada em dias de maré baixa, quando aparecem as pedras junto aos coqueiros, criando um visual artístico, onde todos os elementos fazem parte desta obra-prima que é um local especial da Ilha. Um ótimo píer para se pescar e curtir o pôr-do-sol. Ao lado do píer realizam-se shows, concertos e exibições durante o ano inteiro.

Praia de Castelhanos

Antigamente usada como refúgio de piratas, onde encontraram aqui tesouros tão preciosos quanto o ouro que guardavam: água e comida.

Hoje, os Castelhanos é considerado um refúgio para o stress e o agito de grandes cidades, tendo como visual o imenso mar com ondas agitadas, a enorme faixa de areia branca na praia que cobre seus 2 km de extensão, os dois riachos de água transparente, e uma enorme cachoeira próxima dali.

Praia Grande

Falar de Praia Grande é falar de diversidade. Você pode escolher entre uma caminhada na areia, uma cerveja gelada em um dos vários barzinhos, passear de banana boat ou disco ski, visitar a igrejinha, ou simplesmente se deliciar com um belo banho de mar.

Trilha da Água Branca

Com 2.145 metros de extensão, é a trilha mais sinalizada da Ilha, com pontos de descanso para piqueniques ao ar livre e identificação das diversas espécies de árvores. Deliciosas cachoeiras e piscinas naturais refrescam a caminhada. Essa trilha começa na guarita do Parque Estadual de Ilhabela, na Estrada de Castelhanos.

Trilha da Praia Mansa e Vermelha

Partindo de Castelhanos pode-se chegar até estas três praias através de uma trilha que sai do lado sul da Baía. São 30 minutos até a primeira praia, onde vale uma pequena parada. Através da mata, seguindo por mais 45 minutos atinge-se a Praia Vermelha. A cerca de mais duas horas fica a Praia da Figueira. Todas com encantos peculiares, são habitats naturais da fauna e flora da mata Atlântica e de gente que vive da pesca e artesanato.

Trilha do Poço

Fica no final da estrada ao norte da ilha. Após a praia do Jabaquara, seguindo por 4 horas em uma trilha próxima a costeira atinge-se a praia do Poço, onde uma cascata despenca nas areias, formando uma piscina de água doce.

Fonte: www.bibliotecavirtual.sp.gov.br

Ilhabela

GASTRONOMIA

Ilhabela é um verdadeiro paraíso para os apreciadores da boa mesa, peixes e frutos do mar é a pedida da culinária local.

O visitante tem também a sua disposição, receitas a base de massas, aves e carnes que podem ser saboreados em restaurantes de padrão internacional.

Durante o ano, diversos eventos são realizados, com destaque em agosto, para o Festival Gastronômico, que recebe a vista de renomados chefs e gourmets.

Os restaurantes encontram-se situados na avenida ao longo da orla da praia, que liga o sul ao norte da ilha, passando pelo seu pequeno centro, carinhosamente chamado de “Vila”. Não dá para se perder, por toda a ilha, o visitante conta com um eficiente sistema de sinalização.

No norte da ilha, o Restaurante Viana, tem seus deliciosos pratos supervisionados diretamente pelos proprietários, que fazem do Viana, há duas décadas, referencia da alta gastronomia. No quiosque a beira-mar, a pedida é a casquinha de camarão ou o camarão a “Cataplana”.

A poucos passos dali, junto ao mar, a boa comida alemã pode ser saboreada no restaurante do charmoso Hotel Porto Pacuiba.

Na vila, você encontra restaurantes para todos os paladares. Dos econômicos Cheiro Verde e Badejo & Companhia a pizzas deliciosas.

Também na Vila, o Copacabana Beer oferece pratos saborosos passando pela comida de botequim até as pérolas do chef.

Falando nas redondas, a Pizza Pazza, na Barra Velha , proximo ao Supermercado da Colina, oferece um cardapio variado, a preços honestos, elaborado por quem entende do assunto.

O Restaurante do Hotel Maison Joly, também Gls friendly, está aberto ao público todas sextas e sábados a partir das 20 horas, com pescados frescos grelhados, frutos do mar e massas com sabor mediterrâneo; café da manhã aos domingos.

Próximo a vila, no Saco da Capela, o bem frequentado Restaurante Pinauna do Hotel Itapemar.

Outra boa pedida para quem gosta de boa comida italiana, é a Pasta del Capitano, localizado no Pequeah, espaço intimista onde a cozinha a vista integra os clientes num ambiente de uma veradedira casa italiana.

No Itaguassú, o tradicional Bar Restaurante Deck, parada obrigatória para quem vem à ilha, cardápio diversificado, onde você pode encontrar o famoso camarão à Ilhabela. Conta também com sushibar no quiosque da praia.

Próximo ao Deck, na praia do Perequê, outro restaurante tradicional é o Cura, refeição econômica por quilo com a qualidade e o bom atendimento da Família Cura. O Restaurante OCA do Hotel Ilha Flat, é tambem uma outra boa opção.

Seguindo em direção sul, a quinhentos metros da rotatória, o restaurante do Hotel Porto Piuva, dos irmãos, Fabio e Artur, é recomendado principalmente no fim da tarde quando o sol se põe no canal. Oferece também deck e um píer para atracação de embarcações. Mais adiante, próximo à Praia da Feiticeira, o Restaurante Ilha Sul, a pedida é o camarão na cerveja.

Mais ao sul, antes da Praia do Curral, no bairro do Bexiga, outra parada obrigatória para os apreciadores da boa gastronomia é o Restaurante Barulho D’Água, a beira de um riacho. Outra indicação de qualidade é o Restaurante da Pousada do Alemão.

Para quem gosta de passear a procura de um lugar diferenciado, o Restaurante All Mirante e o Nova Iorqui, ambos no sul da ilha. Vista deslumbrante para o mar, acompanhado de generosas porções de frutos do mar.

Fonte: www.ilhabela.com.br

Ilhabela

O próprio nome Ilhabela já denomina e confirma que a cidade é bonita por natureza. Não é por acaso que a ilha principal deste arquipélago ( Ilha de São Sebastião) possua desde 1977 uma área de 27.025 ha. tombada como Parque Estadual.

Esta área abriga mais de 80 % de Mata Atlântica, entremeada por cerca de 400 cursos d’água que formam belíssimas cachoeiras.Pela excelência de suas 36 principais praias, o município tornou-se também uma das 14 Estâncias Balneárias do Estado.

Ladeando a ilha, 129 km de costões abrigam uma diversificada flora e fauna marinha, onde peixes, golfinhos, tartarugas e até baleias convivem em harmonia. A vocação turística desta cidade do Litoral Norte também é marcada por sua história.

Constituindo o arquipélago da Ilha de São Sebastião, estão incluídas outras doze ilhotas, das quais, além da principal, três são habitadas: Vitória, Búzios e Ilha das Cabras.

São inúmeros os pontos turísticos e as possibilidades de se deliciar neste paraíso que também é a Capital da Vela no Brasil. Sua história é marcada desde a presença de piratas e corsários até o naufrágio de transatlânticos que repousam no mar em redor de Ilhabela. Mergulhar neste paraíso é uma aventura fascinante, desvendando mistérios, segredos e quase quinhentos anos de história.

Local de descanso dos Tupinambás, que a chamavam de Ciribaí ( lugar tranqüilo), sua descoberta data de 1502, quando o navegador Américo Vespúcio, navegante italiano, a serviço da Coroa Portuguesa encarregado de conhecer e batizar lugares por onde passasse na Costa Brasileira, passando pelas águas do canal que a separa do continente.

Era 20 de janeiro e o santo do dia ficou marcado, abençoando a ilha, o canal e a cidade vizinha que hoje leva o nome São Sebastião. A ocupação das terras de sesmaria nos tempos coloniais fez surgir o povoado da “Villa Bella” em 1532.

Com a concessão de uma sesmaria em 1608, a Diogo de Unhate, inicia-se o povoamento. Aparecem culturas de fumo, banana, cana e os engenhos de açúcar e água ardente, além da mandioca, ainda cultivada pelas comunidades caiçaras.

No fim do século XVII e começo do XVIII, a ilha era próspera, com engenhos e comércio. A elevação do povoado à categoria de vila só ocorreria em 3 de setembro de 1805, contando com uma população de três mil moradores.

O seu crescimento foi favorecido pela proliferação de engenhos de cana-de-açúcar, que aproveitavam as cachoeiras para mover suas rodas d’água. Entre os mais de 30 engenhos que funcionaram na ilha, o da Fazenda da Toca, o Engenho da Cocaia e do Engenho D’Água ainda exibem suas moendas e outros maquinários que produziam cachaça e melaço até os anos 80.

No início da fase das fazendas de engenho, paralelamente a cultura de fumo, anil, feijão, frutas e produção de farinha de mandioca se desenvolveram também, junto a criações de animais. Mais tarde o ciclo do café substituiria parte dos engenhos de aguardente.

Alguns retornariam numa segunda fase. Uma pesca farta garantia a subsistência e ajudava o comércio. Na praia da Armação era extraído o óleo de baleia para ser exportado e abastecer as luminárias do Rio de Janeiro. A mestiçagem com os índios tupinambás que tinham Ilhabela como “lugar tranqüilo” (Ciribaí), fez surgir na ilha e em todo o litoral o “caiçara”, nome que os índios davam a quem vivia nos núcleos dos colonizadores – que eram cercados por varas de bambu – e também às armadilhas indígenas de pesca.

O sistema marítimo das embarcações da nau portuguesa desembarcavam na praia de Castelhanos e os escravos trazidos da África e transportavam as riquezas do Brasil para Portugal, através do Porto de Santos.

Como era intenso o tráfego de navios mercantes, os piratas e corsários ficavam nas águas próximas a costa e no canal de São Sebastião. Com seus navios os corsários ingleses Francis Drake e Edward Fonton armavam tocaias esperando as frotas de D. João VI e D. José I. As Vilas e povoados também eram pilhados.

Após os saques se abrigavam por muitas vezes na Baía de Castelhanos e outras enseadas da ilha, onde também se abasteciam de provisão e água. Conta-se que muitos tesouros teriam sido escondidos na Ilha, por piratas que estiveram aterrorizando a região e que aqui Thomas Cavendish fora enforcado pela tripulação de seu navio durante um motim.

Para defender a Ilha nos tempos em que piratas e corsários espalhavam terror no litoral, foram construídas quatro fortificações na ilha defendendo a frente do canal.

Outras embarcações conhecidas como “canoas de voga” , movidas a pano e remo, serviam de transporte à população, que comercializava peixe, banana e aguardente com outros povoados do continente. Os bons ventos trouxeram a emancipação da Ilha em 1805, ganhando a categoria de Vila.

Somente em 1901a Ilha tornou-se um município. Marcaram sua economia até meados deste século a extração de limo e salga de peixes, introduzidas pelos japoneses e a cultura de cocos. Com desenvolvimento, urbanização, hotéis, restaurantes e marinas, para o crescimento turístico da cidade, que hoje é conhecida também como a Capital da Vela, por sediar  regatas durante o ano inteiro.

TURISMO

A VILA DA ILHA

Villa Bella do século XVIII é hoje o centro cultural. Destacam-se construções antigas, como a cadeia, a igreja e a antiga prefeitura. O antigo Hotel São Paulo tornou-se um simpático shopping onde alternam-se lojas de decoração, roupas e serviços. 

Na Vila colonial destacam-se lojas de moda praia e moda náutica, onde a sofisticação está no simples, no passeio a pé, a cavalo ou de bicicleta por suas ruas.

A Igreja Matriz Nossa Senhora D’Ajuda é um dos pontos mais importantes funcionamento: diariamente, das 6:00h às 20:00h. Entrada franca. Inaugurada em 1803, a Igreja Matriz de Ilhabela está situada numa colina, aos pés do Morro do Baepi. 

O seu interior é amplo, tem 40m de comprimento por 10m de largura, com maior destaque para a imagem da Santa Padroeira pintada em ouro. A capela foi construída em pedra, conchas e óleo de baleia, sendo seu estilo o colonial, típico do final do século XVII e começo do século XVIII. 

O piso de mármore da igreja é procedente da Espanha, Minas Gerais e Santa Catarina e o forro da nave, pintado a óleo, reproduz Nossa Senhora da Ajuda. O ornamento em gesso é réplica exata da antiga Igreja da Sé, em São Paulo. Ao lado dos trinta e cinco degraus que conduzem à igreja, estão as imagens de São Sebastião, São Benedito e São Paulo. As pinturas na nave central e as figuras esculpidas na parte externa são obras do artista Alfredo Oliani.

COMUNIDADES CAIÇARAS

Praia de Castelhanos

Localizada a leste de Ilhabela , com acesso somente feito de 4×4 (off-road) ou barco, tem uma extensão de aproximadamente 1.500 mts, onde se localiza uma lagoa de águas cristalinas. Cerca de 15 famílias de pescadores habitam o local. Existe também um acesso para a Cachoeira do Gato com uma caminhada de 40 minutos, até onde se desvenda no meio da mata uma queda d’água de 50 mts de altura. 

Para grupos de 12 pessoas. Seis partem em Land Rover, atravessando a Mata Atlântica em uma estrada regada por cachoeiras e flora tropical, enquanto as outras seis pessoas navegam com uma lancha se dirigindo a mesma praia, parando em praias semi desertas com lagos refrescantes e cachoeiras. Chegando ao destino são trocados os passageiros da lancha com os do Land Rover para a viagem de retorno.

Praia do Bonete

Localizada ao sul de Ilhabela, acesso somente realizado por trilha ou de barco, é a maior colônia de pescadores isolada do município com cerca de 60 famílias.

Tem aproximadamente 1.000 mts de extensão, com rios e cachoeiras, local ideal para prática de surf . Para grupos de 06 pessoas, partem de Land Rover até o bairro de Sepituba, onde se inicia uma caminhada de aproximadamente 04 hrs até a praia, sem muita dificuldade pois o acesso era uma antiga estrada que ligava a praia a zona urbana. No caminho através da Mata Atlântica com sua riqueza de fauna e flora, desfruta-se de cachoeiras como a da Lage e Areado, chegando a praia a lancha estará aguardando para o retorno.

PARQUE ESTADUAL DE ILHABELA

O Parque Estadual de llhabela, corn 27.075 hectares, compreende parte da ilha de São Sebastião e demais ilhas do arquipé1ago, cerca de 75% da área do município, com vegetação tipica da Mata Atlântica e ecossistemas associados.

A variedade de formas de vegetação cria condições para uma fauna muito rica espalhada pelos diferentes ambientes.Abriga 17 comunidades de pescadores artesanais que conservam muitas das tradições da cultura caiçara em Ilhabela.

Criado pelo Decreto Estadual 9.414 de 20 de janeiro de 1977 o Parque Estadual de Ilhabela preserva uma das maiores áreas de floresta inclusas nos 3% do que ainda resta da Mata Atlântica do estado de São Paulo. Com árvores de 20 a 30 metros de altura e muitas epífitas ( bromélias, caraguatás e orquídeas) o Parque reserva uma floresta densa, onde pode ser observado a vida de todo ecossistema e seus recursos naturais.

Observar atentamente a natureza numa ilha oceânica é entender um pouco a evolução da vida sobre a Terra. Praias exuberantes. Cristas e picos de montanhas com mais de 1300 metros de altitude cobertos de floresta. Milhares de córregos e riachos que se lançam pelas encostas em mais de 250 cachoeiras de todos os tamanhos.

Rios que serpenteiam a planície litorânea formando manguezais em busca do mar. Ilhas, grandes e pequenas, ilhotas e lajes que abrigam uma rica e diversificada flora e fauna. Todos esses cenários podem ser desfrutados no Parque Estadual de Ilhabela.

Os 27.025 hectares do Parque englobam 85% do município de Ilhabela, a Ilha de São Sebastião, sede do município, as ilhas de Búzios, da Vitória entre outras que compõem o arquipélago que integram a rede de Unidades de Conservação administrada pela Secretaria do Meio Ambiente através do Instituto Florestal.

Refúgio de vida selvagem

A ilha de São Sebastião, a maior do arquipélago, apresenta um relevo bastante acentuado, com destaque para os picos do Baepi, com 1025 metros, o do Papagaio, com 1037 metros e o de São Sebastião, com 1379 metros. Essas grandes formações formam uma barreira para os ventos carregados que vêm do mar. Por essa razão, o clima da região é o tropical úmido, com grande ocorrência de chuvas.

A Mata Atlântica e seus ecossistemas associados, como a restinga e o mangue, abrigam centenas de mamíferos como o macaco-prego, o caxinguelê e a cada vez mais rara jaguatirica. Tucano, maritaca, tiê-sangue, macuco, gavião-pega-macaco, apuim-das-costas-amarelas, jacu e jacutinga, entre outros pássaros, compõem a avifauna do Parque.

Algumas espécies são endêmicas (só existem nesse ecossistema), como o cururuá, um rato peludo que vice na restinga de Ilhabela. O arquipélago serve também de refúgio para espécies de aves migratórias que lá encontram pousada e alimento, durante o intervalo de grandes jornadas que realizam todos os anos.

Riqueza Cultural

Além do patrimônio natural, Ilhabela preserva a riqueza da cultura caiçara. Resultado do contato entre diferentes povos-europeus, indígenas e negros- a cultura caiçara se manifesta na arquitetura das casas, no artesanato, nas embarcações de pesca e nas festas populares como a Congada de São Sebastião e outras manifestações folclóricas animadas pela “cirandinha” e “quebra-chiquinha”.

Uma trilha de cachoeiras

Antigos caminhos usados pelos caiçaras levam a todos os cantos da Ilha

Na área do Parque está implantada a Trilha da Água Branca, com 2.145 metros de extensão. A Estrada dos Castelhanos é a referência desta trilha de dificuldade média. Como atrativos, o visitante observa a riqueza da vegetação da Mata Atlântica como a figueira, pau-jacré, guapuruvu, manacá-da-serra, e quaresmeira.

Um pouco de sorte e inúmeras espécies de pássaros, como o tangará, o trinca-ferro, a araponga e o pica-pau podem seer observados, como também o caxinguelê, uma espécie de esquilo que se alimenta de sementes.

Mas as cachoeiras e as piscinas naturais de águas cristalinas são o grande espetáculo e um convite irresistível ao visitante. O poço da Pedra é a primeira delas, que fica a pouco mais de 100 metros do início da trilha. A 500 metros fica o Poço da Escada e, na sequência, a ducha e o tobogã. O poço do Jabuti é a última das piscinas a 1400 metros do começo da caminhada.

Visitas

A trilha da Água Branca é sinalizada em toda a sua extensão. Para grupos organizados, o Parque pode colocar monitores mediante agendamento prévio. As visitas devem ser marcadas pelo fone/fax (012) 3896-2660. O horário de visitação é das 9:00 às 16:30 horas.

O endereço da sede administrativa do Parque é: Rua do Morro da Cruz, 608 – Bairro do Itaguaçú., Ilhabela CEP 11630-000

O que é um Parque Estadual?

É uma área geográfica delimitada, dotada de atributos naturais excepcionais, objeto de preservação permanente. Os Parques Estaduais destinam-se a fins científicos, culturais, educativos e recreativos, constituindo-se bens do Estado e destinado ao uso do povo. O objetivo principal de um Parque Estadual é a preservação dos ecossistemas e da diversidade geográfica.

O que é um Plano de Gestão Ambiental?

Elaborados com a participação da comunidade local, de representantes dos municípios, de cientistas, de ONG’s (Organização não Governamental), ambientalistas e de instituições diversas, os Planos de Gestão Ambiental são processos dinâmicos, interativos e participativos para a definição do que se quer de uma Unidade de Conservação, dentro dos limites e diretrizes legais.

O zoneamento, os programas de educação ambiental e ecoturismo, a pesquisa e a conservação dos ecossistemas, são estratégias de ação que buscam conciliar conflitos e assegurar sustentabilidade ecológica, econômica e social de uma Unidade de Conservação.

Recursos para o Parque

O Parque Estadual de Ilhabela é uma das Unidades de Conservação que integram o Projeto de Preservação da Mata Atlântica, PPMA. Executado através de uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo e o banco alemão KFW e inserido no Programa de Conservação Financeira Brasil Alemanha, o projeto está investindo recurso na fiscalização, implantação e consolidação das Unidades de Conservação assim como no apoio aos programas de educação ambiental.

No Parque de Ilhabela, os recursos aplicados na aquisição de veículos e equipamentos, sistemas de comunicação e treinamento de pessoal estão melhorando a qualidade das ações de fiscalização e outras atividades. A elaboração do Plano de Gestão Ambiental para o Parque é uma das principais metas do PPMA.

PRAIAS DA ILHA

Ilhabela, com suas 39 praias de diferentes tamanhos e carcteréisticas, algumas voltadas para o continente, outras voltadas para o mar aberto , é impossível você na achar um pedacinho de areia para poder se bronzear.

Escolher uma praia deserta ou uma praia com bares e restaurantes, você estará entre um mar de águas cristalinas e uma grande porção de Mata Atlântica. Quem só pensa em tomar sol e quer badalação dever ir às praias do Saco da Capela(em frente ao Hotel Itapemar), Praia do Pinto ao Norte da Ilha, Feiticeira e Curral ao Sul.

Já quem tiver disposição para se aventurar por trilhas pode ir a três recantos: Bonete, bem ao sul; Jabaquara, no norte e Castelhanos, no lado leste.

As praias estão em ordem de localização, do sul para o norte, até a Praia do Jabaquara, última a ter acesso por estrada.

A partir da Praia da Fome, compreende-se o grupo de praias do lado leste da ilha, de caráter mais selvagem e com acesso por trilhas:

Praia do Veloso: Águas tranqüilas; 16 km.

Praia do Curral: Prática de mergulho; 14 km.

A praia mais badalada de Ilhabela a praia do agito onde a moçada se encontra em um de seus inúmeros bares e restaurantes. Localizada a 12 km da balsa em direção ao sul. 

Ilhabela
Praia do Curral

Praia Grande: 13 km;  Localizada a 12 quilômetros da Vila de Ilhabela, praia de Tombo com agua deliciosamente cristalina.

Praia do Julião: Acesso por trilha; 12 km. 

Praia da Feiticeira: Piscina natural; 11 km. 

A lenda diz: Onde está localizada a Fazenda São Matias. Dizem os antigos moradores que a proprietária amealhava imensa riqueza, explorando um bar que era ponto de encontro de piratas e marinheiros de navios negreiros e mercantes que ali aportavam em busca de provisões e informações.

Um dia, envelhecida, temendo ser saqueada, enterrou seu tesouro e matou todos que a ajudaram. Conhecida como Feiticeira, enlouqueceu e não mais foi vista.

Praia do Portinho: 10 km. 

Uma das mais charmosas praia de Ilhabela , serviços de bares e restaurantes. Um bom programa é ir até o Restaurante Ilha Sul para se comer um delicioso arroz de polvo.

Praia do Oscar; Prática de pesca. 

Praia da Pedra Miúda: Prática de mergulho; Ilhas das Cabras; reserva marinha; 6 km.

Praia do Perequê: 5 km. 

A Praia da Perequê está de frente ao porto de São Sebastião, não é uma boa praia para banho, porém é o ponto do kite surf, quando o vento vem do sul ou suldoeste.

Ilhabela
Praia do Perequê

Praia de Itaquanduba: Fundo lodoso; 3,5 km. 

Praia de Itaguaçu: Casas de veraneio; 3 km.

Praia Engenho d’Água: Prática de vela 2 km. 

Na praia do Engenho D´agua podesse andar de para quedas ou alugar um veleiro monotipo, tem ainda escola de vela e wind surf.

A Praia da Armação, ao Norte é um das mais procuradas por velejadores de monotipo pois, lá se encontra a escola de vela BL3. Além do charm das velas coloridas a praia possue um pequena igreja aonde se realizam cerimonias. É uma praia perfeita para quem quer ver as belezas da vela e a animação dos velejadores. 

Praia de Pequeá: Areia Inclinada; 1 km. 

Saco da Capela: Praias Campo da Aviação e da Vila; 1 km;    Em frente ao Hotel Itapemar, com cerca de 600m, junta num só espaço, amantes da pesca, esportes naúticos e banhistas. Um dos points badalados de Ilhabela. Bares e quiosques fazem a agitação local.

Ilhabela
Saco da Capela

Praia de Mercedes: Areia batida; 2,5 km.

Praia do Viana: Pequena com grandes pedras; 2,5 km.

Praia de Siriúba: 3 km.

A praia com 300m de extensão, encontra-se distante 3,5km ao norte da Vila e apresenta areia preta. Indicada para a prática de wake board, canoagem e windsurf por não ter muitos banhistas.

Praia do Indaiá

É a praia onde de um lado esta a sede do Iate Clube de Ilhabeal e de outro a subsede do Iate clube de Santos. Agradável e tranquila é recomendada para banho e tranquilidade. 

Praia de Garapocaia (da Pedra do Sino): 4 km.

A Praia da Pedra do Sino ou pria da  Garapocaia foi por muito anos o cartão posta de Ilhabela,odemos encontrar as famosas pedras que, quando batidas, soam como sinos. De águas tranquilas é ideal para ficar tranquilo sobre o sol.

Praia da Ponta Azeda: Pequena e tranqüila; 5 km.

Praia do Pinto: Larga e com árvores; 6 km.

Uma das mais belas praias de Ilhabela é preservada do excesso de turistas por não poder ser vista da estrada. O acesso se dá através da entrada de um condomínio. Localizada ao Norte, tem cerca de 400 m de extensão, e uma estreita  faixa plana de areia branca e fina.

Praia da Armação: Prática de vela; 7 km.

Praia de Pacuíba: 10 km. 

Localizada a 12 quilômetros da Vila (centro da cidade), a Praia da Pacuíba é uma praia muito reservada e de baixa frequência, talvez pelo difícil acesso ocasionado pela estrada,  e acesso difícil . É uma praia procurada para snorkel pois ao seu lado se encontra uma das pedrarias mais ricas em peixes.

Praia do Jabaquara: 14 km. 

Ilhabela

Umas das praias quase intocadas de Ilhabela, de carro é a que mais está ao norte. É também um bom passeio para se ir de bicicleta pelo caminho ou de barco pelo as aguas abrigadas do vento suldoeste. Dois rios desaguam na praia e formam deliciosos lagos para um bom banho Prática de mergulho, pesca e caça submarina;

Praia da Fome: Prática de mergulho; rio e queda d’água. 

Praia do Poço: Prática de mergulho e pesca; pedras e rochedos. 

Praia da Serraria: Prática de mergulho.

Praia da Caveira: Prática de mergulho; acesso por barco.

Praia de Guanxuma: Pedras.

Saco do Eustáquio: Riacho.

Baía de Castelhanos 24 km.

Praias de Castelhanos, Antigo porto de piratas, hoje uma tranquila praia de ondas com águas límpidas e claras.

Ilhabela
Baía de Castelhanos

Mansa, Figueira e Vermelha; prática de surf; 27 km.

Saco do Sombrio: Prática de mergulho e vela; cercada por morros altos; águas transparentes; base náutica; acesso por barco.

Praia de Indaiatuba: 1h50 de barco ou por trilha.

Praia das Enchovas: Paredões de pedra; 1h40 de barco (a partir do centro) ou por trilha partindo de Sepituba.

Praia do Bonete: Prática de surf; aceso por barco (1h30) ou trilha (4h saindo de Sepituba).

Nesta praia mora a comunidade do Bonete com aproximadamente 400 pessoas, mantendo-se virgem pois não possui acesso para autos. Para se chegar, além de barco, pode-se andar por uma trilha de 15 km, onde se passa pela Cachoeira da Laje. Para os aventureiros e os amantes da natureza é um programa imperdível.

CACHOEIRAS

Quem depois da praia não gosta de um banho de água doce? Se for de cachoeira então, melhor ainda. Ilhabela oferece muitas cachoeiras.

CACHOEIRA DA LAJE

Ilhabela

Águas extremamente cristalinas, deixando ver pequenos pitus. Sua piscina natural é excelente para banhos e suas partes mais profundas convidam a mergulhos.

Localização: Na trilha que dá acesso a praia do Bonete, são aproximadamente 40 minutos andando após a Ponta da Sepituba.

CACHOEIRA DO GATO

Cercada pela Mata Atlântica, com verde para todos os lados, ladeada por árvores das mais variadas espécies, a Cachoeira do Gato é uma queda d’água com 15 metros de altura, que forma uma piscina natural.

Localização: Está situada na Baia dos Castelhanos, em uma trilha de aproximadamento 40 minutos.

CACHOEIRA DA ÁGUA BRANCA

Ilhabela

 É cachoeira da Água Branca é a mais visível de toda a Ilha. Quem sai da balsa e se dirige para o norte, pode ver a cachoeira até de dentro do carro, olhando à direita ao passar sobre a primeira ponte da estrada.

Essa imensa queda d’água, com mais de 65 m de altura, já moveu a turbina da antiga usina hidrelétrica que gerava toda a energia da Ilha. Hoje, a usina está desativada.

CACHOEIRA DOS TRÊS TOMBOS

É formada por várias quedas que resultam em piscinas naturais, ladeada pela mata com verde para todos os lados.

Localização: Na praia da feiticeira a aproximadamente 200 m de altura do nível do mar.

CACHOEIRA DA TOCA

Ilhabela

No início do caminho para Castelhanos, possui várias quedas. Em uma delas forma-se um “tobogã” que se dirige a um dos lagos. Área de preservação ecológica, pode-se conhecer o velho alambique da famosa aguardente da Toca.

Fonte: www.itapemar.com.br

Ilhabela

O próprio nome já traduz o que se pode encontrar em Ilhabela, a maior ilha do Brasil.

Localizada apenas 3 km do continente, as atrações da ilha vão desde praias paradisíacas até os famosos bistrôs e restaurantes.

O centro histórico, ou a Vila, como é mais conhecido, se destaca em meio a construções modernas e estrutura luxuosa para o turismo que contrastam com o azul do mar e o verde das montanhas.

A ilha é nacionalmente conhecida como a capital da vela, mas também é um excelente lugar para o mergulho, o surf e o trekking. Com tudo o que este pedaço de paraíso oferece, pode-se afirmar que Ilhabela é o lugar ideal para desfrutar das maravilhas da natureza, com muito conforto e requinte.

Ilhabela

História

Pesquisas arqueológicas realizadas desde o final da década de 1990 mostram que pelo menos quatro das ilhas do arquipélago de Ilhabela foram habitadas muito antes da chegada dos europeus ao Brasil. Isso foi possível graças à descoberta de sítios arqueológicos pré-coloniais denominados “concheiros”, “abrigos sob rocha” e “aldeias indígenas”. Em 1502 a primeira expedição exploradora enviada ao Brasil pelos portugueses, comandada pelo navegador português Gonçalo Coelho e trazendo a bordo o cosmógrafo italiano Américo Vespúcio, encontrou uma grande ilha que, segundo o aventureiro alemão Hans Staden, era chamada pelos tupis de Maembipe (“lugar de troca de mercadorias e resgate de prisioneiros”).

O primeiro povoador da ilha foi o português Francisco de Escobar Ortiz, que obteve de Pero Lopes de Sousa, donatário da capitania, cem léguas de terra.

Em 1608 chegariam outros sesmeiros que viriam a se estabelecer em ambas as margens do Canal de São Sebastião. Em 16 de março de 1636 seria criada a Vila de São Sebastião, que se desmembrou político-administrativamente da Vila do Porto de Santos. A nova Vila abrangeu também o território da Ilha de São Sebastião. No começo do século XIX, foi iniciado um movimento por emancipação da Ilha de São Sebastião da Vila de São Sebastião, liderado pelo capitão Julião de Moura Negrão, pelo Alferes José Garcia Veiga e pelo senhor de engenho Carlos Gomes Pereira.

Sensibilizado, o capitão-general (cargo equivalente, nos dias de hoje, ao de governador) Antônio José da Franca e Horta baixou, em 3 de setembro de 1805 a portaria elevando a antiga Capela de Nossa Senhora D’ajuda e Bom Sucesso à condição de Vila. Por indicação do próprio Franca e Horta, a nova vila seria denominada Vila Bela da Princesa, em homenagem à Princesa da Beira, a filha mais velha de D. João VI e D. Carlota Joaquina, irmã de D. Pedro I. Vila Bela da Princesa foi oficialmente instalada à 23 de janeiro de 1806.

Em 21 de maio de 1934, o governo paulista realizou, em meio a grave crise econômica pela qual atravessava o país, uma reestruturação na divisão territorial do Estado, quando extinguiu 18 pequenos municípios, entre eles o de Vila Bela da Princesa (cujo nome já havia mudado para Vila Bela), que voltou a integrar o território da Vila de São Sebastião. A extinção do município foi revogada em 5 de dezembro de 1934. Por imposição do governo ditatorial de Getúlio Vargas o nome de Vila Bela mudou, em 1939, para Formosa. Inconformados, os moradores iniciaram um movimento popular contra o novo nome até que, em 30 de novembro de 1944, o governo estadual baixou um decreto mudando o nome do município, a partir de 1º de janeiro de 1945, para Ilhabela.

Fonte: www.guiatrip.tur.br

Ilhabela

Como chegar

De automóvel

Pela Via Dutra, Rodovia dos Trabalhadores (SP 170) e Rodovia Carvalho Pinto até São José dos Campos, Rodovia dos Tamoios (SP 99) até Caraguatatuba.

Seguir rumo a São Sebastião pela Rodovia Rio-Santos (BR 101). Pegar a balsa para atravessar o canal com destino a Ilhabela. Vindo de São Paulo ou Rio de Janeiro pela Rio-Santos, o visitante chega direto a São Sebastião.

Praias

Praia de Castelhanos

Localizada a leste, Castelhanos é a maior praia de Ilhabela, com 1 km e oferece aventura do começo ao fim da viagem. O acesso pode ser feito por mar e por terra, a pé ou de jipe, por uma trilha de 22 km. Chegando em Castelhanos, uma trilha leva para a Cachoeira do Gato. Para os adeptos do surf, o mar oferece boas ondas.

Praia do Gato

O Gato é uma praia pequena, com cerca de 200 m de areias grossas e enormes pedras que formam um verdadeiro labirinto. De barco é impossível desembarcar ou mesmo chegar nadando até a praia devido a enormes pedras submersas em toda sua imediação. O único caminho é pela trilha que sai da ponta esquerda de Castelhanos.

Praia do Jabaquara

O Jabaquara é uma das praias mais belas e preservadas da Ilha. Tem cerca de 500m de extensão, numa larga faixa de areia branca, cortada por dois riachos, um em cada extremidade. O rio que deságua no lado direito forma uma linda lagoa de água doce.. É a última praia ao norte cujo acesso de carro é possível. Dois bares de praia atendem aos banhistas com bebidas e alguns pratos a base de peixe.

Praia do Pinto

Uma das mais belas praias da Ilha é preservada do excesso de turistas por não poder ser vista da estrada. O acesso se dá através da entrada de um condomínio.

Localizada ao Norte, tem cerca de 400 m de extensão, e uma larga faixa plana de areia branca e fina.

Praia Saco da Capela

Possui dois quiosques que pertencem há hotéis localizados em frente que servem refeições, porções, sucos. Possuí ótima estrutura que permite ao turista passar o dia todo na praia. Todo o movimento pode ser visto da avenida.

Praia Pequeá

Na Praia do Pequeá está localizado a Secretaria Municipal de Turismo e o Projeto Navegar, escola de Vela e Caiaque especialmente montada para ensinar o esporte para crianças das escolas municipais de Ilhabela. Freqüentada mais por moradores e veranistas a praia oferece boa estrutura.

Praia Engenho d’Água

A Praia é uma das mais frequentadas por praticantes de todas as modalidades do iatismo. Uma das melhores escolas do esporte instalou uma sede no local, que garante a praia bem cheia durante o ano inteiro. Possui estacionamento, chuveiro e bar.

Praia do Perequê

A Praia do Perequê está próxima dos principais comércios de Ilhabela e é totalmente avistada da avenida principal. Possui bares em toda sua orla que ficam repletos na temporada. Ultimamente foi descoberta pelos praticantes do Kite Surf que, em dias de vento, lotam a praia.

Praia do Portinho

Apesar de pequena a Praia do Portinho é uma praia muito agradável para curtir com a família. A praça próxima a praia foi reurbanizada recentemente tornando agradável a permanência até a noite. Possui estacionamento, quiosque com mesinhas, além de comércio perto.

Praia da Feiticeira

A praia da Feiticeira já foi uma das praias mais badaladas de Ilhabela. Hoje em dia, quem freqüenta a praia opta por um lugar mais sossegado com apenas algumas barracas que contribuem para que o lugar se torne ainda mais agradável.

Praia do Julião

Para chegar na praia do Julião é preciso seguir uma trilha, um pouco escondida, mas de fácil acesso ou entrar pela praia Grande através de uma trilha nas pedras.

Opção para quem procura tranqüilidade, as barraquinhas de praia, bem mais simples do que nas outras praias, só aparecem nas temporadas.

Praia Grande

É a maior das praias do sul com cerca de 650 m de extensão. A praia pode ser vista da avenida com seus quiosques e mesas espalhadas por sua orla além de calçadão com banquinhos e até uma quadra poliesportiva. A praia também é procurada para a prática do windsurf e mergulho.

Praia do Curral

Com mais de 400 metros de extensão, a Praia do Curral é a mais freqüentada e agitada do município. Possui bares e restaurantes por toda praia com uma excelente infra-estrutura, com mesas e cadeiras, banheiro, ducha de água doce, estacionamento além de servir almoço, porções e bebidas. Na alta temporada, o som não para durante todo dia.

Praia do Veloso

Com cerca de 200 m de areias amareladas e águas tranqüilas, o Veloso é a última praia que pode ser alcançada de carro na costa sul da Ilha. Muito tranqüila, é para aqueles que optam pelo descanso e um banho em suas águas calmas.

Lendas de Ilhabela

LENDA DA PEDRA DO SINO

Corria o ano de 1647 quando certa noite, o repicar dos sinos despertou a pacata população de Ilhabela. Correram todos em direção aos sinos e, assombrados, viram passar defronte a praia um caixão com quatro (seis) velas. Sobressaltados, puseram-se de joelhos e rezaram enquanto o caixão passava pelo canal, levado pela correnteza, em direção ao sul. Era a imagem do Bom Jesus que foi encontrada em Iguape e até hoje é venerada lá como Bom Jesus da Cana Verde.

Esta lenda tem base histórica. Segundo o historiador Calixto, foi o “vaso”, navio de guerra de Segismundo Van Schkope que pôs à pique o navio português que transportava a imagem destinada à igreja de Pernambuco. Este fato se deu em fevereiro de 1647 e a imagem, levada pelas correnteza, chegou em Iguape aos 2 de Dezembro de 1647.

Há referências desta mesma lenda em outras versões no livro de Maria Cecília França, “Pequenos Centros Paulistas de Função Religiosa”, e também em “Lendas do Litoral Paulista” de Hipólito do Rêgo.

LENDA DA PEDRA DO SINO II

Na praia chamada Garapocaia encontram-se pedras que, quando batidas, soam como sinos.

A lenda conta que, em tempos passados, no século XVII, ao amanhecer, surgiu uma caravela de piratas que se dirigia à ilha de São Sebastião, enquanto a população ainda dormia. Estavam os piratas prontos para abrir fogo contra a ilha quando ouviram soar sinos despertando o povo que se preparou para receber os inimigos. Nisto surge um guerreiro que tomou o comando e, em pouco tempo, fez o inimigo recuar. Este guerreiro era São Sebastião. Voltou a calma ao povoado e quiseram saber onde estavam os sinos.

Não eram os sinos da Igreja da Armação. Ninguém sabia explicar, a não ser os indígenas que diziam “Garapocaia, Garapocaia” enquanto apontavam para as pedras dessa praia que passaram a chamar-se “Pedras do Sino” e que hoje são atração turística da ilha.

Esta lenda confunde-se, também com a cidade de São Sebastião.

LENDA DA FEITICEIRA

Na praia da Feiticeira se encontra a Fazenda São Mathias. Dizem os antigos moradores que a proprietária amealhava imensa riqueza, explorando uma taverna que era ponto de encontro de piratas e marinheiros de navios negreiros e mercantes que ali aportavam em busca de provisões e informações.

Um dia, envelhecida, alquebrada temendo ser saqueada, com auxílio de seus escravos, enterrou seu tesouro no local conhecido por Tocas e matou todos eles para evitar que revelassem o segredo.

Conhecida como a feiticeira, enlouqueceu e não foi mais vista.

LENDA DO PEIXE TAPA

Peixe Tapa ou lambaca é o nosso linguado e, segundo o pescador Pedro Jacinto, do bairro de São Pedro, é um peixe que anda sempre no fundo do mar, no meio da lama, e tem o “fundo” branco e as costas pardas. Conta ele que este peixe, ao virar-se para enxergar o sol, ficou com a boca torta.

Entre outros pescadores a versão mais conhecida é a seguinte: andava S. Pedro ( ou Jesus) passeando pelas praias da Ilhabela quando, preocupado com a maré, perguntou ao linguado: “A maré enche ou vaza?”. O linguado ao invés de responder direito, imitou S. Pedro, com voz fanhosa e boca torta. São Pedro deu-lhe um tapa e falou-lhe: “Com os olhos para trás hás de ficar”.

É por isto que o linguado é chamado de peixe tapa, é chato, tem boca torta e os olhos “por cima da costas em um lado só”.

Toninha do Perequê comenta: “Isto é verdade mesmo. Contado pelos pescadores”.

PRAIA DA CAVEIRA

Um navio negreiro ao passar atrás da ilha, afundou; todos seus tripulantes, escravos, morreram e seus corpos ficaram a boiar. Um padre que passava de barco por aquele lugar viu os corpos e os enterrou debaixo de uma enorme figueira.

Os moradores da Ilha afirmam que às seis horas da tarde, ao passar perto daquela figueira, ouvem “vozes de defundo”.

Na realidade há muitas pedras no local e o vento, entrando e saindo entre as pedras emitem um som “de teclas” como a imitar vozes de outro mundo.

CACHOEIRA DA LAGE

Conta Manoel Leite Santana, caiçara, que num domingo pela manhã, viu duas moças louras penteando seus cabelos, que iam até o calcanhar, com um pente de ouro. Dizia o povo que era a MÃE-DE-OURO. Ao voltar, já à noitinha, ele olhou para o fundo do rio e viu um tacho de ouro. Cortou um galho e tentou “engatar” na alça do tacho mas não conseguiu, pois era um tacho encantado. No dia seguinte, o encarregado do trabalho, chamado Rafael, voltou da mata todo apavorado dizendo que não podia contar o que tinha vista senão morreria logo. Este homem morreu muito velho e não contou o que tinha visto.

No fundo da Cachoeira da Lage existem malacachetas de mais de vinte centímetros de comprimento, daí ser uma cachoeira encantada, pois elas brilham como pedras preciosas.

Informações prestadas por Antônio Leite Santana, filho de Manoel Leite Santana.

TOCA DO ESTEVÃO

Há muitos anos, ainda no tempo da escravidão, havia em Ilhabela entre tantos outros engenhos, o Engenho D’água, onde se desenrola esta estória que vamos contar: Estevão era um escravo trabalhador e servil. Era esperto, inteligente e queria aprender a ler e escrever. Como era muito querido pela “Sinhá”, esta, as escondidas, ensinou-o a ler.

O capataz que sentia grande ciúme pelas atenções que eram dispensadas a Estevão pela “Sinhá” descobriu que o escravo sabia ler e escrever. Imediatamente contou ao “Sinhô” que mandou aprisionar Estevão. A prisão e os castigos dispensados a um escravo alfabetizado eram torturantes, muito mais do que os de um escravo comum. Um belo dia, Estevão fugiu do cativeiro, ajudado pela “Sinhá”, que tinha como ama a mãe do próprio Estevão. Quando descobriram a fuga foram direto à “Sinha” e sua ama.

Estas ao verem chegar o capataz, o “Sinhô” e os policiais, imediatamente tiveram uma idéia: ocultaram Estevão embaixo da longa e engomada saia da ama e negaram até o final, terem visto o escravo. Assim que os homens se foram, Estevão partiu ocultando-se em uma toca que fica logo acima do Engenho D’ Água, e nunca mais o pegaram.

Ainda hoje, quando passam perto dessa toca, os caçadores dizem ouvir os lamentos do escravo. Daí o nome “Toca do Estevão”.

TOCA DO “COME BALA”

Localizada na praia da Armação (Norte da Ilha), recebeu esse nome pela estória que se segue:

Vivia em uma toca, um velho combatente que teria sido ferido e perdido uma perna em alguma revolução ou guerra. Sem ter ajuda de ninguém alojou-se em uma toca. Como era homem muito bom, tornou-se amigo de todos do lugar. Contava suas proezas e sonhos nos quais se encontrava cercado de homens estranhos que o baleavam, de barulhos de canhões, de gritos aflitos e outras façanhas apavorantes. Quando esse homem morreu a toca ficou conhecida como “Come Bala”.

LENDA DO PORTINHO

Esta lenda, também conhecida como a lenda de Maria Fixi, passa-se em uma fazenda do bairro do Portinho, ao sul da ilha de São Sebastião.

Antigamente, contam, morava nessa praia uma “dona de escravos” que era muito ruim, maltratando-os e surrando-os até arrancar sangue.

Chegou a esse lugar um navio negreiro para vender escravos para a “dona” que se chamava Maria Fixi, e lhe deram de presente uma imagem muito milagrosa de Santo Antonio.

Certo dia os negros fugiram da Fazenda levando tudo quanto era “louça de prata”. Ela, vendo-se perdida, pediu ao Santo Antonio que se eles voltassem com tudo o que tinham levado prometia não mais lhes bater.

Apareceu então, na mata onde se escondiam os escravos um velhinho com um cordão na mão, que os fez voltar para a Fazenda. Ao chegarem lá Maria Fixi ficou sabendo do velho e nunca mais maltratou seus escravos.

LENDA DA TOCA DA SERPENTE

Havia no bairro da Armação, norte da ilha de São Sebastião, uma enorme serpente que atraia os pescadores para sua toca e os matava.

Os moradores dessa praia, aterrorizados com os constantes ataques, pediram a um padre que a “amaldiçoassem”. Não sabem se foram a benção do padre e suas orações, mas a serpente enraivecida mordeu a pedra e, deixando nesta o sinal de seus dentes saiu mar a fora.Daí esse local passou a ser conhecido como “Toca da Serpente”.

Esta lenda tem muita semelhança com a da praia de Guaecá em São Sebastião, onde Anchieta é o padre. “Lendas do Folclore Indígena”.

ÁGUA DA SAÚDE

Contam os antigos moradores da ilha que, tendo morrido um velho no bairro do Bonete (praia) levaram-no para ser enterrado nos Castelhanos (praia atrás da Ilha). Como era costume na época, foi embrulhado em um lençol.

Na caminhada pararam para beber água em um córrego e, ao voltar encontraram o velho sentado, pedindo água . Saíram todos correndo, largando o pobre coitado lá.

Esse córrego ficou conhecido como Água da Saúde.

CACHOEIRA DA ÁGUA BRANCA

Esta cachoeira, localizada no bairro da Água Branca, centro da ilha, é muito bonita, principalmente no tempo das chuvas quando suas águas se avolumam, sendo visível até no lado do continente.

Entre dois braços da queda d’água da cachoeira há um buraco bem fundo, onde acreditam morar a MÃE D’ÁGUA OU MÃE DO OURO. Foi aí que, dizem, está enterrada uma “tacha” de ouro.

Todas as noites de luar a Mãe d’Água senta-se nas pedras para pentear os longos cabelos prateados com um pente de ouro.

Contam os antigos moradores que a Mãe d’Água atrai para o fundo da cachoeira os que dali se aproximam para roubar-lhe a riqueza, e eles nunca mais voltam.

Informações de pessoas esclarecidas dizem que a beleza é tanta em noite de luar, que elas se vêem atraídas pela queda d’água.

Fonte: www.ilhabela.com

Ilhabela

Localizada a apenas 210 quilômetros da capital paulista e a 350 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, Ilhabela tem atrativos para todo tipo de turista.

A natureza exuberante, no entanto, é uma de suas principais características. O lugar é composto por 39 praias – dentre elas a de Castelhanos, reconhecida pelos visitantes como uma das dez mais bonitas do País -, além de 365 cachoeiras com águas límpidas e cristalinas. Neste contexto também se destaca o Parque Estadual da Serra do Mar. Dos quase 300 quilômetros quadrados de área protegida por lei que faz de Ilhabela o maior arquipélago oceânico brasileiro, ao menos 85% é do Parque, considerado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), Reserva Mundial da Biosfera.

O ambiente não poderia ser mais propício ao ecoturismo, com a prática de trilhas, cavalgada, bike e rappel e também aos esportes náuticos, a exemplo da pesca esportiva e amadora, surf, mergulhos em naufrágios e vela. Este último, inclusive, faz com que a cidade seja conhecida internacionalmente como a “capital da vela” devido aos campeonatos promovidos na região.

Junto à riqueza natural somam-se ainda o clima agradável que favorece a visita durante todo o ano, a culinária, badalação e uma excelente rede hoteleira.

Os restaurantes de Ilhabela chamam atenção por sua refinada gastronomia, com farta opção de pratos a base de peixes e frutos do mar – muitos elaborados por renomados goumerts.

Ilhabela

Depois de muito sol e bronze, a badalação noturna se concentra no centro do município, conhecido carinhosamente por “vila”. Lá, o antigo povoado deu lugar a um sofisticado comércio, com bares, cafés, sorveterias e shoppings.

Em relação à hospedagem, na baixa temporada os preços praticados na rede hoteleira, com cerca de quatro mil leitos, são bastante convidativos. Há desde hotéis luxuosos até pousadas românticas e bucólicas – todas com equipamentos de ótima qualidade e padrão internacional, sendo referência em todo o Brasil.

Raquel Santos

Fonte: www2.uol.com.br

Ilhabela

Ilhabela situa-se no Litoral Norte do Estado de São Paulo, Sudeste do Brasil. Os Aeroportos Internacionais mais próximos são o de Cumbica em São Paulo, cerca de 200 Km de distância, e o do Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, com cerca de 400 Km de distância, com possibilidade de baldeação para o Aeroporto de São José dos Campos à cerca de 100 Km de Ilhabela; desses, chega-se através de Carro, Ônibus ou Helicóptero.

O nome da Ilha de São Sebastião foi atribuído à ilha principal do arquipélago por Américo Vespúcio, navegante italiano a serviço da Coroa Portuguesa, encarregado de conhecer e batizar lugares por onde passasse na costa brasileira. A Ilha de São Sebastião, com 330km² de área, abriga cerca de quinze mil habitentes em 36 km de praias de águas cristalinas, quase quatrocentas cachoeiras e picos altos, como o do Baepi.

ORIGEM DO NOME DA CIDADE

Ilhabela (portuguesa): Em 03 de setembro de 1805, o capitão-geral e governador da província de São Paulo, Antônio José de França e Horta, batizou o povoado de Vila Bella da Princesa em homenagem Princesa da Beira (região de Portugal). Em 1938, o município passou a se chamar Formosa, por causa da sua beleza. Em 1944, quando da fixação da divisão territorial do município, ele passou definitivamente a Ilhabela.

HISTÓRIA

Em 1532, foi iniciada uma povoação pelos membros da expedição de Martim Afonso de Souza na então Ilha de São Sebastião, que já havia sido visitada por Américo Vespúcio trinta anos antes.

A primeira sesmaria na ilha, cedida a Diogo de Unhate, foi instalada em 1602. Graças à prosperidade promovida pela multiplicação de engenhos de açúcar e à necessidade de controle dos contrabandos na região, a freguesia de Nossa Senhora da Ajuda e Bom Sucesso tornou-se vila em 3 de setembro de 1805, recebendo o nome de Vila Bela da Princesa, autônoma da Vila de São Sebastião, no continente.

Sua economia, assim como a da cidade de São Sebastião com a qual sempre manteve ligação estreita, baseava- se, inicialmente, no cultivo do anil, depois da cana-de-açúcar e de cereais, que foram substituídos pelo café no século XIX.

A vila foi reconduzida à categoria de distrito, sendo novamente incorporada ao município de São Sebastião em 21 de maio de 1934. Nesse mesmo ano, no dia 5 de setembro, adquiriu autonomia municipal, recebendo a denominação de Vila Bela.

O nome do município sofreu mais duas alterações: para Formosa, em 4 de maio de 1940 e, finalmente, para Ilhabela, em 30 de novembro de 1944.

CURIOSIDADES

Parque Estadual de Ilhabela

Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, tem 83% de sua área coberta por Mata Atlântica. O Parque Estadual de Ilhabela é abrigo de uma rica biodiversidade, que reúne mais de 800 espécies de aves, 180 de anfíbios e 131 de mamíferos. A área é preservada, e integra a rede de Unidades de Conservação, administrada pela Secretaria do Meio Ambiente por meio do Instituto Florestal.

Criado em 1977, o parque tem mais de 27 mil hectares e é aberto para visitas, desde que agendadas. O passeio inclui trilhas, cachoeiras, piscinas naturais e a paisagem verde, um espetáculo à parte.

Vivem dentro da área 22 comunidades caiçaras, diferentes pela cultura e pelo modo de viver de quem está do lado de fora do parque. Mantendo-se por meio da pesca e da agricultura, os moradores possuem língua, costumes e valores próprios.

O endereço da sede administrativa do Parque é Rua do Morro da Cruz, 608 – Bairro do Itaguaçú.

Fonte: www.cidadespaulistas.com.br

Ilhabela

É muito fácil falar alguma coisa sobre Ilhabela. Uma cidade que começa com esse nome não pode decepcio- nar ninguém. Some-se ao nome o fato do arquipélago compreendido como “Ilhabela” ser abençoado pela natureza com todo o tipo de beleza, desde praias magníficas até pontos perfeitos para várias práticas esportivas como pesca submarina e trilhas de off-road.

Para completar, os habitantes da Capital da Vela São o melhor povo que poderia habitar este pedaço do paraíso, pois recebem com alegria e educação todos os que chegam em Ilhabela.

Nada do que foi dito aqui é inédito e não há como dizer algo diferente deste lugar único e raro, integrante do Litoral Norte paulista.

Ilhabela
Cidade de Ilhabela

História

Município de Ilhabela compreende: Ilha de São Sebastião, Ilhas de Búzios, Ilha da Vitória (habitadas), e mais os ilhotes: das Cabras (também habitada), Serraria (em frente a praia do mesmo nome), Castelhanos, Lagoa, Figueira (na baia de Castelhanos) e das Enchovas (na baia das Enchovas).

A Ilha de São Sebastião recebeu este nome em 20 de janeiro de 1502 dado por Américo Vespúcio, nome alusivo ao santo do dia, quando de sua passagem por este canal. A cidade de São Sebastião surgiu muito mais tarde. Dizem os historiadores que o povoado de São Sebastião teve como primeiro nome Vila da Ilha de São Sebastião, portanto, Ilhabela é o nome do Município, a Ilha (acidente geográfico) é Ilha de São Sebastião.

O povoado da Ilha recebeu o nome de Villa Bella da Princesa. Alcançou a sua emancipação política-administrativa em 03 de setembro de 1805 com este nome. Passou a se chamar apenas Villa Bella (popularmente) sem que houvesse medida legal (decreto), para essa mudança. Ficou com este nome até 1940, quando ai sim, por decreto mudou de nome para Formosa, e em 1944 para Ilhabela.

A População

A População do município de Ilhabela sempre se concentrou na faixa próxima ao mar, principalmente na parte do canal, embora o caiçara tenha vivido até hoje, em toda volta da Ilha, principalmente nas praias e lugares mais abrigados.

Até a década de 50 a População do município era genuinamente caiçara. A partir daí começam a chegar os primeiros migrantes e turistas, estes vindos principalmente da capital paulista. E assim é que algumas famílias de turistas que adquiriram propriedades aqui na Ilha naquela época e até antes de 50, as conservam suas até hoje, como a Vila Caiçara, o Engenho D’água, a Garapocaia, a Ponta das Canas e a do Catatau.

Naufrágios Incríveis marcam a História do Arquipélago

Dezenas de naufrágios pontilham as costeiras de Ilhabela. A explicação para tantos naufrágios, segundo antigos marinheiros e caiçaras, é a de que as embarcações tinham seus instrumentos de navegação alterados por inexplicável e misterioso campo magnético; o que fazia as embarcações desviarem muitas milhas de suas rotas e colidirem em cheio com as rochas e lages da costeira.

Exagero ou não, se por um lado a perigosíssima costa sul da ilha de São Sebastião ficou conhecida como o Triângulo das Bermudas da América do Sul; por outro lado Ilhabela também é considerada o paraíso do mergulho em naufrágio. Cerca de cem embarcações- entre rebocadores, cargueiros, veleiros antigos, vapores e navios de passageiros, além de servirem de moradia para os habitantes do fundo do mar, fazem a alegria dos modernos mergulhadores.

Não é necessário ser um atleta para mergulhar, muito menos há necessidade de fazer mergulhos profundos para visitar um destes naufrágios. O importante é fazer um curso de mergulho livre (respiração suspensa) ou autônomo (com aparelhos de ar comprimido).

A longa lista de naufrágios registrados começa a partir do inglês “Dart”, embarcação movida a vela e vapor, que em 1894 foi de encontro a costeira da Itaboca, durante uma cerração.

Dentre as embarcações que se acidentaram podemos destacar o brasileiro “Atílio” (1905), o britânico “Whator” (1909), e o espanhol “Príncipe das Astúrias” (1916), um luxuoso transatlântico que afundou em uma terça-feira de carnaval; registrando um número oficial de 477 mortes. Porém é dada como certa a morte de 1 mil refugiados da I Guerra Mundial, que lotavam os porões do paquete.

Os índios a chamavam “lugar tranqüilo”. Os portugueses a descobriram e os ingleses a transformaram em refúgio pirata. Ilhabela na realidade é um arquipélago cujas ilhas principais São as de São Sebastião, dos Búzios e da Vitória. A ilha de São Sebastião é a segunda maior ilha marítima brasileira – com 346 km² e 140 Km de costas, e onde hoje vivem cerca de 14 mil moradores. Seus primeiros habitantes teriam sido os tupinambás – bravos guerreiros e ótimos navegadores, que chamavam a ilha de Ciribaí – “Lugar Tranqüilo”.

Pela época do Descobrimento do Brasil, era tal a influência que a nação tupinambá exercia na região hoje conhecida como Litoral Norte, que chegaram a ser conhecidos como “senhores do mar”. Datam de meados de 1.550 os primeiros relatos escritos sobre os tupinambás, de autoria do aventureiro Hans Staden – que foi por eles aprisionado em Ubatuba. Os principais indícios da ocupação desta nação indígena em Ilhabela foram encontrados no local hoje conhecido por Viana. Os primeiros brancos teriam chegado na Ciribaí em 1.502 no dia consagrado a São Sebastião, na expedição portuguesa chefiada por Américo Vespúccio.

Existem escassos relatos sobre os primeiros cem anos da ocupação branca na ilha de São Sebastião. Porém é sabido através de relatos do inglês Anthony Knivet que seu conterrâneo Thomas Cavendish (1555-1592) transformou a ilha de São Sebastião em refúgio para seus atos de pirataria contra embarcações e Vilas ao longo da costa brasileira.

Thomas Cavendish foi o segundo homem a circunavegar a Terra (1586-1588). Em sua segunda viagem – iniciada em 26 de agosto de 1591 e que reuniu cinco navios, Cavendish passou quatro meses utilizando a Ilha de São Sebastião como base. No Natal deste mesmo ano o pirata inglês atacou a Vila do Porto de Santos (ou Vila de Todos os Santos ) e pouco depois ateou fogo à Vila de São Vicente.

Origem do nome

Chamou-se o município Villa Bela da Princesa, Formosa e agora é Ilhabela, evidenciando todos os nomes a beleza que domina no Município. O primitivo nome de Villa Bela da Princesa foi em homenagem à Princesa da Beira.

Fonte: www.explorevale.com.br

Ilhabela

HISTORIA

Parte das ilhas que integram o arquipélago de Ilhabela já era habitada muito antes da chegada dos primeiros europeus ao Brasil. Pesquisas arqueológicas realizadas pelo Projeto Arqueológico de Ilhabela já identificaram no território do município 14 sítios arqueológicos pré-coloniais, ou seja, locais que foram ocupados por seres humanos antes de 1500.

Treze desses sítios – descobertos nas ilhas de São Sebastião, dos Búzios e da Vitória – são o que os especialistas denominam “acampamentos concheiros”; que foram habitados – acredita-se que desde o ano 2.000 antes de Cristo – por “homens pescadores coletores do litoral”, indígenas assim denominados porque não dominavam a agricultura e nem a produção de cerâmica, vivendo apenas do que encontravam na natureza, especialmente animais marinhos.

Um outro sítio arqueológico pré-colonial foi localizado na Ilha de São Sebastião, no bairro do Viana, graças à existência no local de farto material cerâmico; o que permitiu determinar que ali existiu uma aldeia indígena do tronco lingüístico macro-jê. Recentes pesquisas laboratoriais comprovam que esses indígenas viveram ali há cerca de 590 anos.

Milhares de fragmentos arqueológicos já foram recolhidos e integram o acervo do Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico de Ilhabela.

Apesar de os indígenas da família lingüística tupi-guarani terem dominado, por muitos anos, o litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, não existe qualquer comprovação arqueológica ou bibliográfica de que eles tenham estabelecido alguma aldeia nas ilhas do arquipélago de Ilhabela. Talvez isso explique porque esses indígenas denominavam a Ilha de São Sebastião como Maembipe, o que significa “local de resgate de prisioneiros e troca de mercadorias”. A escolha de um local neutro para a troca de prisioneiros e mercadorias é um antigo costume tribal vigente até hoje em alguns países da África, Ásia, Oriente Médio e até mesmo na Amazônia.

Os tupis eram profundos conhecedores da natureza e viviam guerreando entre si. Os inimigos eram mortos e comidos pela tribo, durante o chamado ritual antropofágico, no qual se acreditava que as qualidades do inimigo morto seriam transmitidas a quem comesse da sua carne.

Inúmeras palavras de origem tupi-guarani permanecem entre nós até hoje, tais como capim, goiaba, pitanga, mingau, baiacu, mandioca, biju, além de topônimos (nomes próprios de locais) ilhabelenses como Pacoíba, Baepí, Pirabura, Pirassununga, Jabaquara, Perequê, Itaquanduba, Itaguaçu, Cocaia, Guarapocaia, Piava, Piavú, Pequeá, Papagaio, Itapecerica, Sepituba, dentre outros.

Além da grande herança lingüística, os tupis exerceram uma grande influência na cultura e na alimentação do Brasil colonial, sendo que muitos desses hábitos permanecem vivos até os presentes dias na cultura caiçara.

A história colonial de Ilhabela começa quando os integrantes da primeira expedição exploradora enviada por Portugal à Terra de Santa Cruz chegaram a Maembipe em 20 de janeiro de 1502, dia consagrado, pela Igreja, a São Sebastião. Essa expedição – que rebatizou a ilha de Maembipe com o nome de São Sebastião – foi comandada por Gonçalo Coelho, era composta por três caravelas, e dela fez parte Américo Vespúcio, conhecido navegante italiano.

Vespúcio escreveu mais tarde que, se realmente existisse um paraíso na Terra, este certamente estaria muito próximo a esta região, hoje denominada Litoral Norte de São Paulo.

Por diversos motivos, essa região permaneceu completamente desabitada ao longo dos primeiros 100 anos após a passagem da expedição comandada por Gonçalo Coelho.

Somente em 1608 é que viriam a se estabelecer os primeiros colonos (sesmeiros) em ambas as margens do canal do Toque-Toque (hoje canal de São Sebastião). Foram eles Diogo de Unhate e João de Abreu, burocratas portugueses oriundos da Vila do Porto de Santos.

A principal atividade exercida pelos colonos era o plantio da cana e a produção de açúcar, utilizando exclusivamente mão-de-obra escrava, na época comercializada livremente. Plantavam-se em menor escala o fumo-da-terra, o anil, o arroz, o feijão e a mandioca, que substituía o trigo.

Com a chegada de mais colonos e escravos, formou-se um povoado onde hoje se localiza o centro histórico de São Sebastião. Em 16 de março de 1636, esse povoado emancipou-se da Vila de Santos, passando a denominar-se primeiramente Vila da Ilha de São Sebastião, depois Vila de São Sebastião da Terra Firme e, finalmente, Vila de São Sebastião.

Francisco de Escobar Ortiz, que tentara, sem sucesso, estabelecer-se em outra ilha, a da Vitória do Espírito Santo, construiu os dois primeiros engenhos de açúcar da Ilha de São Sebastião, mas sua principal atividade era o comércio de escravos, trazidos de Angola em um navio de sua propriedade.

A Ilha de São Sebastião foi integrada ao território da Vila de São Sebastião e assim permaneceria até o início do século XIX.

Durante todos esse tempo, as águas do Litoral Norte foram intensamente procuradas por corsários e piratas europeus e argentinos. Qaurto dos mais famosos aventureiros dos mares que freqüentaram o Litoral Norte foram os ingleses Thomas Cavendish, Francis Drake e Anthony Knivet, e o francês Duguay-Trouin, cujas peripécias, aventuras e desventuras correram mundo e deram origem a lendas que até hoje mexem com o imaginário de muitos aventureiros e caçadores de tesouros.

Menos famosos, mas tão terríveis quanto Cavendish e Duguay-Trouin, foram os corsários e piratas franceses, ingleses, holandeses e argentinos; sendo que estes últimos infestaram a costa brasileira durante a Guerra da Cisplatina, em ações de corso.

Mais do que inspirar lendas, os ataques de piratas e corsários foram tantos que acabaram motivando a construção de um sistema para defesa das vilas Bela da Princesa e de São Sebastião, cuja espinha dorsal era constituída por sete fortificações erguidas nas duas margens do Canal do Toque-Toque. A principal delas foi o forte do Rabo Azedo, ao norte da Ilha de São Sebastião; e que fica próximo da fortificação da Ponta das Canas, cujas ruínas ainda permanecem em pé.

O aumento significativo da população na Ilha de São Sebastião viria a ocorrer somente na segunda metade do século XVIII, ocasião em que um pequeno povoado começou a ser formado onde hoje se localiza o centro turístico de Ilhabela. Por volta de 1785, esse povoado foi elevado à condição de capela (denominação colonial para o primeiro estágio de um povoamento), recebendo o nome de Capela de Nossa Senhora D´ajuda e Bom Sucesso.

No final do século XVIII, com o ciclo do açúcar em crise, a Ilha de São Sebastião contava com uma população espalhada por todo o seu território, estimada em três mil moradores, cujos líderes pleiteavam a emancipação do território abrangido pela ilha.

Esse movimento – que foi liderado pelo capitão Julião de Moura Negrão, pelo alferes José Garcia Veiga, pelo senhor de engenho Carlos Gomes Moreira, e outros 27 proeminentes moradores da ilha – sensibilizou o capitão-general da Capitania de São Paulo Antônio José da Franca e Horta, que, em 3 de setembro de 1805, baixou uma portaria determinando a elevação da capela à condição de vila, que passaria a chamar-se Vila Bela da Princesa.

O nome na nova vila – escolhido pelo próprio Franca e Horta – foi uma homenagem à Princesa da Beira, dona Maria Teresa Francisca de Assis Antonia Carlota Joana Josefa Xavier de Paula Micaela Rafaela Isabel Gonzaga de Bragança, filha mais velha dos reis portugueses D. João VI e D. Joaquina Carlota; irmã, portanto, de D. Pedro I.

Vila Bela da Sereníssima Princesa Nossa Senhora – como também era chamada – foi oficialmente instalada com solenidades em 23 de janeiro de 1806.

Nesse período, começava a tomar vigor em Vila Bela da Princesa um novo ciclo econômico: o do café; plantado, colhido, descaroçado, secado, torrado, ensacado e embarcado única e exclusivamente por mão-de-obra escrava. Nessa época, o comércio de escravos era realizado de forma clandestina, pois já fora proibido por autoridades internacionais. Por isso, a região de Vila Bela da Princesa voltada para o alto-mar – principalmente a Baía dos Castelhanos – era utilizada para o desembarque de escravos contrabandeados.

Após sua emancipação, Vila Bela da Princesa experimentou 80 anos de opulência e grande poder econômico, graças à agricultura e, principalmente, ao café, plantado em cerca de 30 fazendas espalhadas pelas Ilhas de São Sebastião e dos Búzios. A população rapidamente ultrapassou a casa de 10 mil habitantes. Os fazendeiros enriqueceram, o comércio era próspero e a vida cultural intensa.

Em contrapartida, essas oito décadas de plantio extensivo de café impuseram um alto índice de degradação ao meio ambiente. A produção – extensiva e sem qualquer sustentação ecológica – de açúcar e de café, além de absolutamente nada deixar capitalizado para as gerações futuras, provocou não só uma grande devastação da Mata Atlântica, como também acarretou o desaparecimento de espécies animais e vegetais de um ambiente insular único no País.

Diversos foram os motivos que inviabilizaram a cafeicultura em Ilhabela. O último deles foi a Abolição da Escravidão, em maio de 1888. Isso porque era escrava toda a mão de obra empregada na atividade.

Vila Bela da Princesa e o Litoral Norte entrariam em um longo período de estagnação econômica, que perduraria por quase 70 anos; o que permitiu que a natureza, por si própria, repusesse uma grande e significativa parte da floresta que foi devastada pela agricultura.

A partir do primeiro quarto do século XX começa a ganhar força em Vila Bela a produção de cachaça, já fabricada em 13 engenhos – ou fábricas de aguardente – instalados na Ilha de São Sebastião; sendo a maioria movida por rodas d’água. A cachaça era escoada, em pipas, principalmente para Santos, por meio de uma flotilha de grandes canoas de voga, juntamente com os excedentes agrícolas produzidos pelas roças de subsistência.

Com a crise econômica cada vez mais se aprofundando, o governo do Estado de São Paulo resolveu realizar em 1934 uma reestruturação na divisão territorial estadual, extinguindo 18 pequenos municípios cuja arrecadação não era suficiente para arcar com os gastos da própria administração, entre eles Vila Bela da Princesa, que passou à categoria de distrito e foi anexado ao município de São Sebastião.

A revolta foi grande e o governo estadual, apenas sete meses depois, viu-se obrigado a elevar Vila Bela da Princesa novamente à condição de município. Em 1º de janeiro de 1939, Vila Bela da Princesa passou a denominar-se Vilabela. Pouco mais de um ano depois, o presidente da República, Getúlio Vargas, determinou, sem maiores justificativas, que Vilabela deveria passar a chamar-se Formosa. A formalização da mudança no nome de Vilabela para Formosa veio em 4 de maio de 1940. Um movimento popular levou o governo a mudar o nome do município para Ilhabela, o que passou a vigorar em 1º de janeiro de 1945.

A partir da segunda metade da década de 1950, a produção da cachaça começou a entrar em declínio, sendo encerrada definitivamente em meados da década de 1970.

Se a região se mostrava inviável do ponto de vista econômico, o pequeno porte das roças e do plantio da cana-de-açúcar, a baixa densidade demográfica, a dificuldade de acesso e o relevo geográfico inóspito acabariam propiciando, novamente, as condições favoráveis para que a natureza providenciasse, por seus próprios meios, uma significativa recuperação do meio ambiente e da Mata Atlântica.

Com a melhoria das estradas de ligação entre São José dos Campos e Caraguatatuba, e entre esta cidade e São Sebastião, o turismo começou a ganhar importância econômica em Ilhabela e região a partir da década de 1970.

A construção de residências de veraneio, por moradores das classes média e alta do planalto paulista, também começou a ganhar impulso. A pavimentação da SP-55 – rodovia Dr. Manoel Hypóllito do Rego – na década de 1980, provocou um grande aumento na atividade da construção civil voltada para edificação de residências de veraneio e, em conseqüência, Ilhabela e as demais cidades do Litoral Norte começaram a receber um grande afluxo de migrantes oriundos de diversos Estados brasileiros. Desde a década de 1990, as cidades da região têm enfrentado o maior crescimento demográfico do Estado, o que tem provocado o crescimento urbano desordenado.

Para minimizar este problema, desde 1997 a prefeitura de Ilhabela tem realizado um rígido controle de edificações em áreas de risco e/ou de preservação permanente, o que provocou uma importante redução no crescimento desordenado em relação às demais cidades do Litoral Norte.

Fonte: Prefeitura Municipal de Ilhabela

Ilhabela

Maior ilha marítima do Brasil, Ilhabela é famosa pela prática de esportes náuticos, em especial a vela – os ventos constantes que sopram no Canal de São Sebastião tornam as praias da costa Norte perfeitas para a atividade. O charme também é característica marcante da região, reunindo aconchegantes pousadas, restaurantes, lojas de artesanato e cafés nas ruas no entorno da Vila, como é chamado o badalado centrinho, ponto de encontro de todas as tribos depois da praia.

“Praias do Curral e de Perequê oferecem mais que areias douradas e águas cristalinas”

Os ares paradisíacos da ilha ficam por conta dos cenários emoldurados por mar azul, montanhas cobertas com vegetação nativa de Mata Atlântica, cachoeiras – são mais de 300 – e praias de areias douradas e águas cristalinas como as badaladas do Curral e de Perequê.

Ilhabela
Praia do Bonete: Paradisíaca e frequentada por surfistas, Bonete é acessível por lancha

Os atrativos de Ilhabela, entretanto, vão além da natureza: concorridos eventos atraem profissionais e turistas que chegam no inverno para curtir a Semana Internacional da Vela, a maior do gênero realizada na América Latina e que acontece em julho; e o Festival do Camarão, com intensa programação gastronômica e cultural, em agosto.

Glamourosa, Ilhabela começa a apresentar, aos pouquinhos, uma outra faceta bastante diferente da sofisticação da Vila, porém, não menos fascinante. Na costa voltada para o mar aberto, freqüentada pelos surfistas, mergulhadores e aventureiros, ficam as praias mais selvagens da ilha, com acessos nada fáceis – e por isso, garantia de paisagens praticamente intocadas. Na praia do Bonete, uma vila de pescadores sem luz elétrica ou sinal de celular, chega-se depois de quatro horas de caminhada. Já para aportar na Baía de Castelhanos é preciso enfrentar os 22 quilômetros de uma estrada de terra ruim, chacoalhando dentro de veículos com tração nas quatro rodas. No caminho, porém, surgem cachoeiras de até 70 metros de queda com tobogãs e poços cristalinos capazes de fazer esquecer qualquer perrengue.

CHACOALHAR EM UM JIPE RUMO À BAÍA DE CASTELHANOS

Ilhabela
Baía de Castelhanos

Passeio preferido dos jipeiros, a aventura que leva à Baía de Castelhanos, no selvagem o lado Sul da ilha, dura cerca de uma hora sacudindo em veículos 4×4 – os únicos que enfrentam a precária estrada de terra de 22 quilômetros. Chegando na baía, prepare-se para encontrar uma extensa faixa de areia dourada e fina e trilhas que levam a praias com boas ondas e surfistas. Não deixe de conhecer a cachoeira do Gato, acessível depois de 40 minutos de caminhada, com 70 metros de queda e piscina natural.

Uma outra maneira de chegar à Baía de Castelhanos é de lancha – se o mar permitir – , em viagem de cerca de uma hora e meia.

Há duas opções de roteiros: pelo litoral Sul, passando por Bonete, Enchovas e Indaiaúba; e o que vai pela costa Norte, contornando a ilha até Castelhanos.

AS PRAIAS DE ILHABELA

Com 41 praias, Ilhabela vai muito além do título de Capital da Vela. Nas águas calmas voltadas para o continente (Costa Norte), o mergulho em meio a peixes coloridos é praticado nas diversas enseadas, entre elas, na tranqüila praia de Jabaquara e na badalada do Curral. Já no lado do mar aberto (Sul), onde estão as paradisíacas Baía de Castelhanos e a praia do Bonete, o surf toma conta do cenário selvagem.

SACO DO EUSTÁQUIO

Ilhabela

O mar transparente do Saco do Eustáquio atrai os mergulhadores, que dividem o cenário com os pescadores da vila caiçara. Areias amareladas e árvores frondosas emolduram a paisagem.

PRAIA DA FOME

Ilhabela

Cortada por dois riachos, a praia da Fome tem mar calmo, sendo freqüentada por adeptos dos esportes náuticos. Antigo ponto de tráfico de escravos, guarda as ruínas de uma senzala.

PRAIA DA SERRARIA

Ilhabela

Acessível apenas por barco ou por trilha bastante difícil, a praia da Serraria é pouco visitada, sendo procurada pelos adeptos do mergulho e da pesca esportiva.

PRAIA DO VELOSO

Ilhabela

Com águas tranqüilas e dois naufrágios, a praia do Veloso é procurada para a prática do mergulho. Tem pedras, areias monazíticas e vegetação com árvores frutíferas.

JABAQUARA

Ilhabela

Considerada uma das mais bonitas praias de Ilhabela, Jabaquara pode ser apreciada ainda da estrada, onde um mirante descortina vista panorâmica. Preservada, é rodeada de árvores e cortada por riachos. As águas limpas são procuradas para a prática da caça submarina.

ARMAÇÃO

Ilhabela

Freqüentada por iatistas, velejadores e praticantes de kitesurf, a preservada praia da Armação fica ao lado do farol da Ponta das Canas. O cenário inclui coqueiros e riachos.

PRAIA DO PINTO

Ilhabela

Acessível por um condomínio particular, a praia do Pinto tem larga faixa de areia clara e sombreada por coqueiros e flamboyants. Badalada e indicada para a prática de esportes náuticos, conta com estrutura de barracas.

SIRIÚBA

Ilhabela

Praia tranqüila e pouco freqüentada, Siriúba tem um mar calmo que, em dias de vento, é invadido pelos kitesurfistas. Com coqueiros e extensa faixa de areia, descortina bonito pôr-do-sol.

SACO DA CAPELA

Ilhabela

Movimentada e repleta de quiosques, é indicada para a prática de canoagem e mergulho.

PEREQUÊ

Ilhabela

Cenário de shows e eventos, a praia de Perequê tem mar azul, areias claras, coqueiros e quiosques badalados.

PEDRA MIÚDA

Ilhabela

Em frente à Ilha das Cabras, a praia da Pedra Miúda é indicada para o mergulho. Além dos peixes coloridos, é habitada por estrelas-do-mar e cavalos-marinhos. A infra-estrutura inclui bares e restaurantes.

Fonte: www.feriasbrasil.com.br

Ilhabela

FOTOS

Ilhabela
Praia de Castelhanos

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Praia do Gato

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Praia do Jabaquara

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Praia do Pinto

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Praia Saco da Capela

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Praia Pequeá

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Praia Engenho d’Água

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Praia do Perequê

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Praia do Portinho

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Praia da Feiticeira

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Praia do Julião

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Praia Grande

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Praia do Curral

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Praia do Veloso

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