Caxias do Sul

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Caxias do Sul – História

história de Caxias do Sul começa antes da chegada dos italianos, quando a região era percorrida por pecuaristas e ocupada por índios. Naquela época, a região era chamada de “Campo dos Índios”. A ocupação dos imigrantes italianos, em sua maioria agricultores da região do Vêneto (norte da Itália), começou a ocorrer em 1875, em Nova Milano. Por isso, eles estavam em busca de um lugar melhor para morar. Eles também conheceram pessoas da Lombardia, de Trento e de outros lugares. Embora tivessem obtido algum apoio governamental, como ferramentas, suprimentos e sementes, tudo teve que ser reembolsado.

Dois anos depois, a sede colonial do Campo dos Índios recebeu o nome de Colônia Caxias. A cidade foi criada em 20 de julho de 1890 e reconhecida no mesmo ano, em 24 de agosto. Muitos ciclos econômicos marcaram a evolução da cidade ao longo daquele século.

A primeira está ligada ao aspecto mais peculiar da sua identidade cultural: o crescimento da vinha e a produção de vinho, num primeiro momento para consumo próprio e, posteriormente, para comercialização.

Em 1º de junho de 1910, Caxias do Sul foi elevada à categoria de cidade. No mesmo dia chegou o primeiro trem ligando a região à capital mineira. Embora os imigrantes fossem agricultores, muitos deles exerciam outras atividades. Eles se estabeleceram, urbanizaram a região e iniciaram um processo acelerado de industrialização.

No campo, a agricultura de subsistência concentra-se no cultivo de uva, trigo e milho. A produção caseira começou a surgir e a superprodução foi comercializada. A manufatura caseira e Caxias do Sul evoluíram de pequenas oficinas caseiras para as grandes fábricas de hoje, conhecidas internacionalmente.

Hoje, Caxias do Sul é uma cidade importante e, devido aos seus colonos industriosos, abriga vastos vinhedos, vinícolas, um parque industrial variado e um mercado rico e dinâmico. Esses atributos conferem grande importância a esta terra, razão pela qual Caxias do Sul, chamada de “pérola das colônias”, é considerada o centro da presença italiana no Sul do Brasil.

Caxias do Sul é hoje o pólo centralizador da região mais diversificada que o Brasil, com seus industriosos colonos, seus vastos vinhedos, sua vinícola, seu variado parque industrial e um comércio rico e dinâmico, que dá à terra uma dimensão maior, por que Caxias do Sul , a “Pérola das Colônias”, é, por si só, o pólo centralizador da marca italiana no Sul do Brasil.

Caxias do Sul – Brasil

Caxias do Sul, cidade, nordeste do estado do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Situa-se a 760 metros acima do nível do mar, na cadeia de morros que separa os vales dos rios Antas e Caí.

Foi fundada em 1875 por colonos italianos e recebeu o status de cidade em 1910. As indústrias metalúrgicas – incluindo a fabricação de peças automotivas, chassis de caminhões, equipamentos agrícolas e motocicletas – e a viticultura são os pilares econômicos da cidade; os vinhedos do entorno são considerados os melhores do Brasil. Ali está localizada a Universidade de Caxias do Sul (1967), assim como dois estádios de futebol.

Sendo a segunda maior cidade do Rio Grande do Sul, Caxias do Sul possui diversas ligações de transporte, incluindo um campo de aviação, e é o terminal de um ramal ferroviário de Porto Alegre, a capital do estado, ao sul.

Caxias do Sul – Município

Município de Caxias do Sul, como tantos outros da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, resultou do agrupamento de imigrantes oriundos da Itália.

Em maio de 1875 chegavam a Porto Alegre os primeiros colonos saídos em fevereiro de Olmate, província de Milão. Em pequenos grupos foram transportados até o porto de Guimarães (atual cidade de Caí, e seguindo o vale do rio Caí, chegaram em setembro, finalmente, ao Campo dos Bugres, paragem assim denominada porque tinha sido habitada pelos índios caáguas e onde hoje se ergue Caxias do Sul.

O grupo étnico que compunha a primeira leva de colonizadores era o mais variado possível, constituído de tiroleses, venetos, lombardos e trentinos, vindos das cidades italianas de Cremona, Beluno e Milão.

As facilidades que se apresentavam aos que desejassem emigrar para o Brasil fez com que outros grupos, acrescidos de emigrantes russos. poloneses e suecos, fossem chegando até 1894, época em que terminou a concessão do transporte transoceânico gratuito por parte do governo.

Um recenseamento efetuado em dezembro de 1876 acusou a existência de 2.000 colonos concentrados na região. Ao chegarem eram recebidos por uma comissão governamental, que se incumbia da demarcação dos lotes e da abertura de estrada. Em geral, os colonos permaneciam poucas semanas em barracões.

Enquanto aguardavam a demarcação dos lotes. que correspondiam a 63 ha de área para cada família, eram aproveitados nos trabalhos da Comissão. O Governo Imperial dava-lhes, além das terras para cultivar, as ferramentas e sementes necessárias.

Em 1877 a sede da Colônia de Campo dos Bugres recebeu a denominação de “Colônia de Caxias”. Nesse mesmo ano era rezada a primeira missa pelo padre Antônio Passagi. A 12 de abril de 1884. foi desligada da Comissão de Terras do Império e anexada ao Município de São Sebastião do Caí, do qual ficou constituindo o 5.° Distrito de Paz.

Caxias do Sul –  Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Caxias, pela lei provincial nº 1455, de 26-04-1884, subordinado ao município de são Sebastião do Caí.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Caxias, por ato nº 257, de 20-06-1890, desmembrado do município de São Sebastião do Caí. Sede na antiga povoação de Caxias. Constituído do distrito sede. Instalado em 24-08-1890.

Pelo ato nº 5, de 03-07-1890, é criado o distrito de Nova Trento e anexada a vila de Caxias.

Pelo ato municipal nº 38, de 25-09-1902, é criado o distrito de Nova Milano e anexada a vila de Caxias.

Pelo ato municipal nº 57, de 28-01-1904, é criado o distrito de Nova Pádua e anexada a município de Caxias.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Caxias, pela lei estadual n° 1607, de 01-06-1910.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 4 distritos: Caxias, Nova Milano, Nova Pádua e Nova Trento.

Pelos atos municipais nºs 14, de 02-02-1914 e 150, de 30-06-1921, é criado o distrito de Galópolis e anexado ao município de Caxias.

Pelo ato municipal nº 84, de 21-17-1917, o distrito de Nova Milano tomou a denominação de Nova Vicenza.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 5 distritos: Caxias, Galópolis, Nova Pádua, Nova Trento e Nova Vicenza (ex-Nova Milano).

Pelo ato municipal nº 150, de 30-06-1921, é criado o distrito de São Marcos e anexado ao município de Caxias.

Pelo decreto estadual nº 3320, de 17-05-1924, desmembra do município de Caxias os distritos de Nova Trento e Nova Pádua, para constituir o novo município de Nova Trento. Elevado à categoria de município.

Pelo ato municipal nº nº 82, de 07-08-1927, é criado o distrito de Ana Rech e anexado ao município de Caxias.

Pelo to municipal nº 148, de 01-07-1933, é criado o distrito de Nova Milão e anexado ao município de Caxias.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 6 distritos: Caxias, Ana Rech, Galópolis, Nova Milão, Nova Vicenza e São Marcos.

Pelo decreto estadual n.° 5.779, de 11-12-1934, o distrito de Nova Milão foi transferido do município de Caxias, para constitui o novo município de Farroupilhas.

Em divisões territoriais datadas de 3 1-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído de 4 distritos: Caxias, Ana Rech, Galópolis e São Marcos.

Não figurando o distrito de Nova Vicenza.

Pelo decreto estadual nº 7842, de 30-06-1939, Caxias adquiriu de município de São Francisco de Paula de Cima da Serra o distrito de Seca.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 6 distritos: Caxias, Ana Rech, Galópolis Santa Lucia do Piai São Marcos e Seca.

Pelo decreto-lei estadual nº 720, de 29-12-1944, o município de Caxias tomou a denominação de Caxias do Sul e adquiriu o município de Caí o distrito de Santa Lucia do Piai.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 6 distritos: Caxias do Sul (ex-Caxias), Ana Rech, Galópolis, Santa Lucia do Piai, São Marcos e Seca.

Pela lei municipal nº 177, de 10-05-1950, é criado o distrito de Oliva, com terras desmembradas do distrito de Eletra e anexado ao município de Caxias do Sul.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 7 distritos: Caxias do Sul, Ana Rech, Galópolis, Oliva, Santa Lucia do Piai, São Marcos e Seca.

Pela lei municipal nº 390, de 21-11-1951, é criado o distrito de fazenda Souza com terras desmembrada do distrito de Ana Rech e anexado ao município de Caxias do Sul.

Pela lei municipal nº 493, de 25-11-1952, é criado o distrito de Forqueta e anexado ao município de Caxias do Sul.

Pela lei estadual nº 2531, de 15-12-1954, Caxias do Sul adquiriu do município de São Francisco de Paula de Cima da Serra o distrito de Criúva.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 10 distritos: Caxias do Sul, Ana Rech, Criúva, Fazenda Souza, Forqueta, Galópolis, Oliva, Santa Lucia do Piai, São Marcos e Seca.

Assim permencendo em divisão territorial datada de 1-VII-1963.

Pela lei estadual nº 4576, de 09-10-1963, desmembra do município de Caxias do Sul o distrito de São Marcos. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 9 distritos: Caxias do Sul, Ana Rech, Criúva, Fazenda Souza, Forgueta, Galópolis, Oliva, Santa Lucia do Piai e Seca.

Pela lei municipal nº 2535, de 28-12-1979, foram extintos os distritos de Ana Rech, Forqueta e Galópolis, sendo seus territórios anexado ao distrito sede do município de Caxias do Sul.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 6 distritos: Caxias do Sul, Criúva, Fazenda Souza, Oliva, Santa Lucia do Piai e Seca.

Assim permencendo em divisão territorial datada de 1999.

Pela lei nº 4318, de 20-12-1994, é criado o distrito de Vila Cristina e anexado ao município de Caxias do Sul.

Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 7 distritos: Caxias do Sul, Criúva, Fazenda Souza, Oliva, Santa Lucia do Piai, Seca e Vila Cristina.

Assim permencendo em divisão territorial datada de 2007.

Caxias do Sul –  Clima

Caxias do Sul tem clima montanhoso e é extremamente frio no inverno, mas com verões amenos.

Nos meses mais frios, as temperaturas podem cair para 8°C, com temperaturas abaixo disso em alguns anos; no verão, as médias variam de 26 °C a 16 °C. Todos os anos chove; não há estação seca em Caxias do Sul.

Freqüentemente, ocorrem geadas no inverno, com possibilidade de neve.

Caxias do Sul – Parque Industrial

Caxias do SulCaxias do Sul

parque industrial de Caxias do Sul nasceu atrás do balcão de alguma casa comercial. O comércio viabilizou o surgimento de empresas que se transformaram em gigantes dos ramos metalúrgico, vinícola, moveleiro, têxtil e alimentício.

Artesãos e agricultores de mão cheia, os colonizadores do Campo dos Bugres também sabiam vender. “0 italiano do Vêneto é empresário por natureza’, diz o professor Mário Gardelin, 68 anos. Os pioneiros eram descendentes dos famosos mercadores de Veneza.

Em 1899, o lançamento de impostos do município registrava a existência de 103 casas de negócios em Caxias. Trinta anos depois da imigração, o município de 30.500 habitantes tinha 318 empórios. No centro da cidade funcionavam selarias, açougues, padarias, funilarias, carpintarias, alfaiatarias e ferrarias.

O interior era movido por cantinas de vinho, serrarias e moinhos de trigo. Um ano antes do final do século 19, a ex-colônia contava com 223 fábricas. “0 artesanato sozinho não teria condições de impulsionar a indústria”, acredita o escritor José Clemente Pozenato, 58 anos.

O empurrão veio com a estrada de ferro Porto Alegre-Montenegro-Caxias, em junho de 1910. “0 trem viabilizou o comércio em grande escala e o acúmulo de capital”, afirma o autor do romance O Quatrilho. Assim nasceu uma das maiores indústrias do Brasil. Herdeiro de uma funilaria, Abramo Eberle sempre foi um grande comerciante.

Em suas andanças pelo Centro do país, vendia o vinho e os produtos dos colonos de Caxias. Trazia dinheiro. Quando achou que tinha o suficiente, largou a estrada para erguer a primeira grande metalúrgica do Estado.

Um bom vinho, depois de muita teimosia

Os primeiros italianos que se instalaram no Campo dos Bugres, por volta de 1875, sabiam beber vinho. Produzir seria outra história. Oriundos da região do Vêneto, norte da Itália, a maioria trabalhava na lavoura plantando cereais, ou na cidade, dedicando-se ao artesanato.

A enologia era um hobby de poucos entendidos. O italiano médio sabia fazer vinho de baixa qualidade. “Eles não dominavam a tecnologia a ponto de saber produzir um bom vinho”, afirma o escritor José Clemente Pozenato, 58 anos. Somente com a política de subsídios e pesquisa do governo gaúcho foi que a Serra se transformou na terra das cantinas.

O vinho era bebida predileta destes imigrantes. Na esperança de desenvolver belos parreirais que serviriam de matéria-prima para as adegas do porão, eles trouxeram na bagagem bacelos (mudas em forma de galhos) de boas uvas. Pura decepção.

O solo ácido de grande parte dos lotes acabou com o sonho dos italianos. Cerca de 20 anos antes, o governo imperial havia importado videiras dos Estados Unidos para incentivar a produção de uva nas colônias alemãs.

O projeto da Princesa Isabel não vingou, mas a uva que foi batizada com o seu nome caiu como uma luva para a sede dos italianos, apostaram todas as fichas nos parreirais. Foi um tiro no escuro. “Em geral, os colonos não possuem conhecimentos de viticultura, e o pouco que sabem aprenderam-no pela prática e às próprias custas”, escreveu num relatório de 1905 o professor Humberto Ancarini, funcionário do governo italiano.

Resistente ao sobe-desce das temperaturas, a isabel virou unanimidade entre os colonos. Percebendo a falta do produto no mercado brasileiro, os imigrantes logo usaram seu tino comercial para negociar o excedente da produção caseira nas cidades de outros Estados.

Mas o solo fraco poduzia uma boa bebida. “A uva isabel contém sais de cal em baixíssima proporção, pois as terras são desprovidas de calcáreo”, informava Ancarini. “Com isto obtém-se um vinho fraco, áspero e com sabor de morango, sabor este, porém, que agora está sendo modificado artificialmente’ ” Eleito produto de exportação, o vinho precisava ganhar qualidade. Foi assim que, na década de 20, o governador Borges de Medeiros criou o primeiro laboratório de videiras a céu aberto do Brasil.

Instalada numa área onde hoje funciona a Universidade de Caxias do Sul (UCS), a Estação Experimental de Viticultura e Enologia passou a desenvolver novas variedades a partir de bacelos importados. Técnicos franceses e italianos chegavam da Europa para repassar tecnologia aos colonos. Caxias se transformou em pólo da vitivinicultura.

A fuga dos grevistas

No início de 1890, um comício promovido pelos operários do Lanificio Rossi, na cidade italiana de Schio, provocou a expulsão de 308 tecelões. Tiveram que deixar a empresa e o país. Eles protestavam contra a redução de 20% dos seus salários. As autoridades ficaram do lado do conde Alexandre Rossi, que perdoou apenas os grevistas com família.

Os solteiros vieram parar no Brasil. Um grupo tentou a sorte em Caxias, em terras devolutas da quarta e quinta légua. Construíram rodas d’água e montaram uma cooperativa para uma pequena tecelagem de lã. Em 29 de janeiro de 1898 era inaugurado o Lanificio São Pedro.

Sem experiência administrativa, os italianos uniram-se a um antigo industrial de Piemonte que modernizou a empresa. Em pouco tempo, Hércules Galló assumiu o controle da indústria de tecidos de lã e o poder político na vila. Até hoje a localidade fundada pelos grevistas de Schio tem o nome de um capitalista.

Caxias do Sul –  Festa da uva

A história da uva na Serra Gaúcha começa em 1875, ano em que chegaram as primeiras levas de famílias imigrantes, vindas das províncias do Norte da Itália. As mudas de videiras trazidas pelos italianos logo começaram a cobrir os vales e encostas da região. Em poucas décadas a viticultura tornou-se a principal atividade econômica.

No ano de 1920, eram cultivados na Região dos Vinhedos mais de 11 mil hectares de videiras, área que passou para 25 mil hectares em 1950 e chegou a quase 50 mil hectares na década de 70.

Com o grande desenvolvimento do setor vinícola, surgiu a idéia de se realizar em Caxias do Sul uma exposição de uvas, de caráter festivo. E no dia 7 de março de 1931 se realizava a primeira Festa da Uva, com duração de apenas um dia, no centro da cidade. No ano seguinte, a festa foi ampliada, com a montagem de pavilhões de exposições na praça Dante Alighieri (centro da cidade).

Também em 1932, foi organizado o primeiro desfile de carros alegóricos da Festa da Uva. As alegorias desfilavam pelas ruas centrais da cidade, puxadas por carros de bois. Na terceira edição, em 1933, foi instituído o concurso da escolha da rainha da Festa da Uva.

Através de um pleito de cunho popular, foi escolhida a primeira rainha da festa: Adélia Eberle, com 5.934 votos, ficando outros 5.500 votos do concurso divididos entre as demais candidatas.

A história que é contada aos visitantes da Festa da Uva é inspirada na saga dos imigrantes que chegaram em 1875, oriundos das regiões italianas de Lombardia, Vêneto e Tirol.

Fugiram da miséria que assolava a Itália após a unificação. Vinham atraídos pelo discurso dos recrutadores e pelo sonho de serem proprietários de terra no Novo Mundo. Receberam 8 mil quilômetros quadrados de terra na Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul. Terras devolutas, inaproveitáveis para a produção agrícola, que precisavam ser povoadas.

A vinda deles e os recursos para adquirirem os lotes, ferramentas e sementes foram financiados pelo governo brasileiro, que estipulou um prazo entre cinco e dez anos para pagamento da dívida. Os colonos recebiam título provisório da terra quando quitavam 20%. Dívida paga, o título era entregue em definitivo.

Aos poucos, os descendentes dos imigrantes viram as dificuldades da nova pátria sendo superadas, tornando-se verdadeiramente a terra da “fartura”. A cultura trazida pelos imigrantes italianos, transmitida pelas gerações, foi propagada por todo o Estado, ultrapassando as fronteiras gaúchas.

A Festa da Uva é um dos maiores eventos do Brasil. Quem conhece o Brasil, conhece a “Festa da Uva”. É um orgulho da cidade de Caxias do Sul e da Serra Gaúcha. As transformações na cidade em épocas de Festa da Uva são gigantestas. Vitrines, shows, decorações, gastronomia, a simpatia de seu povo e muita uva transformam a cidade em clima de festa. É uma grande alternativa econômica da cidade.

Caxias do Sul – Origem

Originalmente chamada de Campo dos Bugres, a região era percorrida por tropeiros e foi ocupada por índios. Em 1876 chegaram os primeiros agricultores italianos vindo da Lombardia, Vêneto e Piemonte, dando início à ocupação desta região íngreme, de clima europeu.

Em 1890 veio a emancipação do município de Caxias do Sul, desmembrando-se de São Sebastião do Caí, e em 1910, foi elevada à categoria de cidade. Nesta data também chega o primeiro trem, ligando a região à capital do Estado.

Na zona rural instalou-se, na época, a agricultura de subsistência concentrada na produção de trigo e milho e, mais tarde, a uva.

Junto com os italianos, outras etnias partilharam deste caminho. Aconteceu a miscigenação, onde hábitos e tradições se fundiram. Com o tempo Caxias do Sul notabilizou-se através da uva e do vinho. Em 1931, por obra de Joaquim Pedro Lisboa, nasce a maior e mais tradicional festa do sul do país, a Festa da Uva.

Assim é Caxias do Sul: a soma de folclore, do prato típico, da convivência harmônica de técnicas artesanais com tecnologia de ponta, da hospitalidade ítalo-gaúcha e dos atrativos turísticos inigualáveis.

Caxias do Sul –  Pontos Turísticos

Caxias do Sul faz parte do roteiro da Serra Gaúcha e é um dos destinos preferidos dos apreciadores de vinhos. É uma cidade com muita opção de entretenimento, sem muito trânsito e com muitas opções de diversão. As lembranças dos colonizadores italianos estão por toda a parte, principalmente na zona rural, onde a paisagem é enfeitada por parreiras, construções em pedras e capelinhas.

Caxias do Sul tem muitas atrações, para todos os gostos e para todos os turistas, conheça a historia dessa bela cidade da Serra Gaúcha, abaixo vamos relacionar os atrativos culturais e os atrativos naturais.

Casa de Pedra: É feita de pedras irregulares, com barro e madeira trabalhada a mão.

Igreja de São Pelegrino: É um dos mais belos templos católicos da região, abrigando a obra de Aldo Locatelli.

Programação para os turistas é o que não falta: há museus, igrejas, casas históricas e, em fevereiro dos anos pares, acontece a tradicional Festa da Uva.

Veja alguns pontos turísticos que valem a pena conhecer:

Monumento Nacional ao Imigrante: A pedra fundamental foi lançada em 1950 em comemoração ao 15º aniversário da imigração italiana.

Pavilhões da Festa da Uva: é um marco da Serra Gaúcha, onde ocorre o evento e mostra como era Caxias de 1875 por meio das réplicas de casinhas e igreja. Durante a Festa da Uva, além da programação cultural do evento e a grande hospitalidade dos gaúchos, há espetáculo de som e luz .

Castelo Château Lacave: durante o roteiro os turistas conhecem a produção artesanal dos vinhos Lacave, a arquitetura e decoração medieval, além de encontrar algumas das safras mais valiosas do Antiquário Reserva Especial (um tinto de produção limitada). Os corredores e porões de pedras também guardam reservas do Antiquário Sur Lie, vinho branco envelhecido em tonéis de carvalhos.

Caminhos da Colônia: lembrando o interior da Itália, é um cenário típico e histórico da região. Durante o caminho é possível curtir a natureza, conhecer a cultura preservada dos colonizadores italianos e degustar vinhos e produtos típicos da região.

Largo da Estação Férrea: para quem gosta de um bom bar e boa música, esse é o lugar certo. O local conta com uma série de bares, dos mais variados estilos. Há o Mississípi Delta Blues Bar, com ótimos drinks e música internacional, logo ao lado é possível curtir um happy hour no Boteco 13, o qual apresenta shows com roda de samba de raiz. Há também o Havana Café e o La Barra, ambiente moderno, com alta gastronomia e ideal para quem curte uma baladinha.

Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho: ponto de encontro para quem curte cultura. O espaço abriga teatro, cinema e galerias de arte plásticas. Promove diversas atrações como shows musicais, peças teatrais e filmes do circuito alternativo.

Jardim do Chá: localizado na antiga Chácara Eberle, é um tradicional endereço de Caxias do Sul. O local oferece um cárdapio riquíssimo de chás nacionais e internacionais, evidenciando suas propriedades naturais, sabores e aromas, além de petiscos e doces deliciosos.

Réplica de Caxias antiga: Trata-se de um conjunto arquitetônico de 15 casas de madeira, incluindo uma igreja e um coreto) cuja construção obedeceu rigorosamente aos padrões vigentes na época (1885) e que reproduz a Av. Júlio de Castilhos. Localiza-se na Rua Ludovico Cavinatto, s/n.º, junto aos Pavilhões da Festa da Uva.

Parque Cinqüentenário: Possui vegetação nativa, inclusive araucárias, numa área de 2,5 ha. Está localizado entre as ruas Teixeira Mendes, Praça Anchieta e Av. Júlio de Castilhos.

Igreja São Pelegrino: Templo católico que abriga obras de Aldo Locatelli. No átrio, está exposta a réplica da Pietá de Michelângelo, doada pelo Papa Paulo VI por ocasião do Centenário da Imigração Italiana. As portas de bronze, em alto relevo, reproduzem a epopéia da colonização e foram criadas pelo artista Augusto Murer. Localiza-se na Av. Itália, esquina com Av. Rio Branco, a 1Km da sede.

Espetáculo Som e Luz: Narra a saga da imigração italiana na região.Junto à Réplica de Caxias do Sul.

Réplica de Caxias do Sul: Conjunto arquitetônico, cuja construção obedeceu aos padrões vigentes na época.

Museu da Casa da Pedra: Construído em 1878 pela Família Lucchese, abriga em seu interior objetos, utensílios e móveis utilizados pelos imigrantes na época da colonização. É considerado Museu Vivo da América Latina. Localizado na Rua Matheo Gianella, 531 Funciona de terça a domingo e feriados, das 09 às 17h.

Museu Municipal: O acervo é constituído por peças referentes ao cotidiano dos colonizadores da região, na maioria, imigrantes italianos e da aculturação com outros grupos vizinhos; o museu funciona como centro de memória da cidade. Horário: terça a domingo das 9h às 17h. Rua Visconde de Pelotas, 586/CENTRO

Parque Mário Bernardino Ramos: Possui área verde formada por árvores nativas. Nele encontram-se os pavilhões da Festa da Uva e a réplica de Caxias antiga, além do Monumento do Jesus Terceiro Milênio. Localizado na Rua Ludovico Cavinatto,1431.

Vale Trentino: O amor à terra e ao seu fruto, a UVA, transformou o Vale Trentino num passeio emocionante: belas paisagens e muitos parreirais. O turista poderá visitar cantinas e conhecer o processo desde o plantio da videira até o descanso do vinho e, é claro, degustar vinhos e sucos saborosos.

Caminhos da Colônia: Os Caminhos da Colônia convidam você a percorrer lugares bucólicos e pitorescos entre os municípios de Caxias do Sul e Flores da Cunha. Além da bela paisagem, você estará em contato com descendentes de imigrantes italianos e suas tradições, representadas no canto, no dialeto e na gastronomia. Produtos coloniais, artesanato, igrejas, restaurantes e vinícolas fazem, a diferença no roteiro. Maiores informações pelo fone (54) 3223-3679, com a SEMTUR

Festa da Uva: Realizada a cada dois anos, simboliza a glorificação do trabalho de um povo. Na festa, os visitantes encontram em exposição as mais diversas variedades cultivadas na região, com direito à degustação no final. Os Pavilhões da Festa da Uva são utilizados para feiras e eventos, regionais, nacionais e internacionais, durante o ano inteiro, impulsionando o desenvolvimento industrial e comercial.

Catedral Diocesana: Inspirada na Basílica de Santo Antônio (Bologna – Itália), foi construída no estilo neogótico italiano, apresentando dez altares – um principal e nove laterais.

Fonte: www.paginadogaucho.com.br/en.wikivoyage.org/biblioteca.ibge.gov.br/hjobrasil.com/www.brasilsul.com.br

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