Fernando de Noronha

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Em 1504, um certo aristocrata lusitano Fernando de Noronha, mercador abastardo, recebeu de presente do rei D. Miguel I uma ilha perdida no meio do Atlântico.Ainda que o lugar fosse encantador e de natureza exuberante e praias cristalinas,o sujeito não deu muita bola ,inclusive batizando a ilha sem nunca sequer estado lá.

Por quase dois séculos a ilha ficou abandonada, sendo alvo fácil para piratas e invasores. Foi ocupada por holandeses,que a chamavam de Pavônia, e por franceses que lhe deram o nome de Ilha dos Golfinhos.

Em 1737, pernambucanos e portugueses recuperaram para o Brasil. Para evitar novas invasões, construíram dez fortes, formando o maior conjunto defensivo do período colonial.Hoje restam ruinas de apenas dois deles,o dos Remédios e o de São Pedro do Boldró.

Na segunda guerra, Noronha serviu de base para os aviões americanos.Mais tarde,durante os anos de ditadura, os militares tiveram a “brilhante” idéia de instalar na ilha uma colônia penal.

Hoje, passados 500 anos de sua descoberta, depois de ser palco de tanta balbúrdia, incrivelmente pouca coisa parece ter mudado na natureza de Noronha.Desde 1988 a ilha é propriedade do governo de Pernambuco sendo criado no mesmo ano o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha; são 112 quilômetros quadrados entre terra e mar,cujo gerenciamento e fiscalização cabem ao Ibama.

O maior desafio hoje é preservar um dos mais ricos ecossistemas brasileiros ao mesmo tempo que milhares de turistas desejam visitar a ilha durante o ano inteiro.

Fernando de Noronha é na verdade um arquipélago qua além da ilha principal, a única habitada, tem outras vinte ilhas e ilhotas. Contornando os seus 26 quilômetros quadrados de terras vulcânicas estão dezesseis praias.

Elas estão divididas em dois lados: o do Mar de dentro,voltado para o continente e o do Mar de Fora,voltado para o Atlântico.

No primeiro estão as preferidas dos surfistas: Conceição, Boldró,,do Americano, Quixaba e Cacimba do Padre, esta com as maiores ondas que podem ultrapassar 5 metros.

Mais a diante está a deslumbrante Baía do Sancho, pequenina enseada aonde só se chega pelas pedras, quando a maré está baixa, ou descendo por uma escada de ferro, no meio de um estreito rochedo. No por do sol,centenas de aves marinhas ficam nas árvores à beira mar. Ainda no mar de dentro, na baía de Santo Antonio, estão os destroços do navio grego Astúria, que afundou em 1940, e a Baía dos Porcos, onde se concentra as melhores piscinas naturais da ilha.

No lado do Mar de Fora estão a Praia de Atalaia,a Baía de Sueste,base do projeto Tamar, de preservação de Tartarugas marinhas e a Praia do Leão. Esta, na opinião de boa parte dos visitantes,rivaliza com a baía dos Sancho pelo dificílimos título de lugar mais encantador da ilha. Quando o mar está cheio, as ondas chocam-se contra as barreiras de pedra, formando enormes cortinas d’agua,o que torna o Leão ainda mais atraente.

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha

Túnel do Tempo

1500 – O Mapa de Cantino considerado o”mais antigo do Brasil”, indica o arquipélago com o nome de Ilha Quaresma.

1503 – Américo Vespúcio topa com o arquipélago.Sua nau naufraga,mas todos os tripulantes sobrevivem para descrever a ilha.

1504 – Noronha é doada para um tal de “Fernão de Loronha”, que nunca mais quis pisar na ilha,mas acaba dando origem ao lugar

1737 – Os portugueses se dão conta de que a ilha é a ligação marítima entre a América do Sul e a Europa e resolvem protegê-la. Expulsam os invasores e constroem fortes.Neste ano instaura-se ali uma colônia penal sendo parte da vegetação devastada.

1938 – Durante a ditadura de Getúlio Vargas, a colônia vira presídio político.

1817 – Até esse ano, as mulheres eram proibidas por lei de entrar na ilha.

1832 – Charles Darwin, o autor da Teoria da Evolução, visita o arquipélago e define o lugar como “um paraíso de rochas vulcânicas do Atlântico”

1942 – Em plena II Guerra Mundial, instala-se uma base militar americana e outra brasileira na ilha.Mas a guerra passa bem longe daqui.

1957 – O governo permite que os EUA construam um posto de observação de mísseis(hoje o único hotel), próxima ao Boldró. Os gringos ficam por lá até 1965.

1972 – Um grupo de 42 pessoas sai da cidade de Recife e desembarca na ilha. Começa o turismo em Fernando de Noronha.

1984 – Reconhecendo Noronha como importante local de reprodução das tartarugas marinhas, o Projeto Tamar instala uma base na ilha.

1988 – O arquipélago se transforma em Parque Nacional Marinho.

O mergulho é a maior atração de Fernando de Noronha.As águas são tão transparentes que a visibilidade no fundo do mar pode chegar a 40 metros.Excelente para contemplar um sistema natural com aproximadamente 230 espécimes de peixes, quinze variedades de corais e cinco tipos de tubarões que, provavelmente devido a fartura de alimentos escamosos, não atacam humanos.

Para a prática do mergulho livre (apenas com máscara,nadadeiras e snorkel) os locais mais indicados são a Baía dos Porcos, a Ponta de Caracas, a Baía de Sueste, e a Praia de Atalaia, onde, na maré baixa, forma-se a maior piscina natural da ilha.

O mergulho autônomo ou profissional, com cilindro de ar comprimido , é o mais praticado nas ilhotas do arquipélago, como a Ilha Rata, Morro de Fora, Rasuretas e Ponta da Sapata. Mergulhar com cilindro é programa indispensável no roteiro de Fernando de Noronha, existindo diversas operadoras locais que fazem o aluguel de equipamentos a preços salgados.

As águas cristalinas e praias limpas não são fruto unicamente do criador.Sua rica fauna quase intocada e seu clima praticamente primitivo deve-se a uma rígida fiscalização do Ibama.Apesar do respeito e reverência normalmente dispensados pelos turistas à natureza local, o órgão mantém 22 funcionários e fiscais prontos para multar quem cometer a mínima agressão ao ambiente.

O senso preservacionista que reina na ilha é reforçado pela presença de vários projetos bem-sucedidos de pesquisa.Os de maior destaque são o Tamar-Ibama,que estuda as tartarugas marinhas,e o Golfinho Rotador, que analisa científicamente as piruetas dos cetáceos mais simpáticos dos oceanos. Nos dois casos,há uma perfeita harmonia entre a preocupação e o estímulo ao turismo ordenado como uma forma de gerar divisas para as pesquisas.No Tamar, é possível nadar com as tartarugas, observar o nascimento dos seus filhotes ou até adotar simbolicamente um exemplar da espécie.

E na Baía dos Golfinhos, apesar do acesso permitindo apenas a cientistas, quem quer que apareça a bordo dos barcos de operadoras ou de equipes de pesquisa será sempre saudado por grupos de golfinhos, festeiros por natureza, a divertir os turistas.

Os golfinhos são os seres mais encantadores da variada fauna do arquipélago.Nadando em grupos de 200 “amigos”,são capazes de dar piruetas pelo ar e giros incríveis.Dóceis, deixam-se tocar facilmente e nadam ao lado de quem mergulhar a seu lado.São mais numerosos entre julho e fevereiro, passando os dias na baía e à noite no alto-mar.

BELEZA NATURAL

Além de Paraíso,Noronha também é sinônimo de desafio:todo ano, uma nova história de aventura e conquistas é contada no arquipélago:

Há alguns anos,um velejador francês sonhou que voava, partindo do Morro do Pico. Acabou realizando a tal façanha, depois de carregar toda a parafernália de sua asa-delta pela sinistra escadinha de ferroque dá acesso ao ponto culminante da ilha.

Cinco anos atrás, a nadadora Dailza Damas Ribeiro , conhecida por sua travessia no Canal da Mancha, deu uma volta a nado pelo arquipélago. Foram nove horas ininterruptas, encarando as fortes correntes do mar de fora.

No início deste ano, o pára-quedista Sabiá disputou espaço com as aves de Noronha

Nesta mesma época, o casal de alpinistas Eliseu e Elisabeth Frechou foi convidado pela ESPM Brasil e, pela primeira vez na história , abriu uma via de escalada em Noronha.

Uma das últimas grandes histórias de aventura vivida no arquipélago foi durante o primeiro campeonato de surfe realizado por lá. No início da competição, um raro vento forte bateu forte na ilha e melhorou o que já era bom.

Conclusão: nasceram tubos históricos, de 2 metros de pura perfeição.

FERNANDO DE NORONHA – TAXA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL – TPA

A TPA foi instituída pela Lei n0 10.430 de 29 de dezembro de 1989, modificada pela Lei nº 11.305 de 28 de dezembro de 1995.Sua finalidade está explicitada no artigo 83 e o fato gerador no artigo 84, que estabelecem:

“Art. 83. Fica instituída a Taxa de Preservação Ambiental, destinada a assegurar a manutenção das condições ambientais e ecológicas do Arquipélago de Fernando de Noronha, incidente sobre o trânsito e permanência de pessoas na área sob jurisdição do Distrito Estadual.

(Lei 11.305).

Art. 84. A Taxa de Preservação Ambiental tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, por parte das pessoas visitantes, da infra-estrutura física implantada no Distrito Estadual e do acesso e fruição ao patrimônio natural e histórico do Arquipélago de Fernando de Noronha.”

QUEM ESTÁ OBRIGADO A PAGAR E QUEM PODE SER DISPENSADO DE PAGAMENTO DA TPA ?

Estes itens estão definidos nos parágrafos 10 e 20 do artigo 83 da lei citada, que diz:

§ 1º A Taxa de Preservação Ambienta] será cobrada a todas as pessoas, não residentes ou domiciliadas no Arquipélago, que estejam em visita, de caráter turístico.

§ 2º Não incidirá a Taxa de Preservação Ambiental relativamente ao trânsito e permanência de pessoas:

a) que estejam a serviço;
b) que estejam realizando pesquisas e estudos de caráter científico sobre a fauna, a flora e os ecossistemas naturais do Arquipélago, quando vinculados ou apoiados por instituições de ensino ou pesquisas;
c) que estejam na região do Arquipélago de Fernando de Noronha a título de visita a parentes consangüíneos, residentes no Distrito Estadual, quando o tempo de permanência não for superior a 30 (trinta) dias;
d) que estejam na região do Arquipélago de Fernando de Noronha a título de visita a parentes afins, residentes no Distrito Estadual, quando o tempo de permanência não for superior a 15 (quinze) dias.

COMO E ONDE É COBRADA A TPA ?

A cobrança da TPA ocorre de acordo com o estabelecido no artigo 85 da referida lei, cujo texto é o seguinte:

“Art. 85. A cobrança da Taxa de Preservação Ambiental poderá se dar:

I – antecipadamente, por ocasião do embarque quando o visitante acessar à ilha através de transporte aéreo;

II – no momento do desembarque no terminal aéreo ou marítimo do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, quando não houver sido recolhido antecipadamente;

III – no momento do embarque de retomo ao continente relativamente ao período excedente não previsto quando do recolhimento antecipado ou do recolhimento no desembarque.”

Fonte: www.revistaturismo.com.br

Fernando de Noronha

Quem visitou já sabe e se você for para lá reconhecerá: o paraíso existe, fica na Terra e chama-se Fernando de Noronha.

Com areias douradas, mar azul-turquesa e verde-esmeralda, corais, rica vida marinha, mata virgem e formações rochosas o arquipélago só pode ser descrito como um pedaço do paraíso a 545 quilômetros de Recife.

A ilha tem apenas 17 quilômetros quadrados, o que facilita desbravar o território. As praias são divididas em mar de dentro e mar de fora, o que deixa ainda mais simples coordenar a infinidade de atrativos e atividades.

É possível fazer caminhadas, caiaque, passeios de barco, de bugue e observação de golfinhos. Para iniciantes ou esportistas experientes, mergulhar é imperdível, afinal, Fernando de Noronha é um dos melhores lugares do mundo para a prática do esporte.

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha

Fonte: www.flytour.com.br

Fernando de Noronha

Considerada a maior jóia do turismo nacional, Fernando de Noronha fica em alto-mar, a pelo menos 345 km da costa, que é a distância até o Cabo de São Roque, no Rio Grande do Norte, embora pertença ao estado de Pernambuco.

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha

Dotado de uma beleza natural estonteante, o arquipélago de Fernando de Noronha, um dos santuários ecológicos mais importantes do mundo, com 21 ilhas, ilhotas e rochedos, num total aproximado de 26 km² de área terrestre, é formado pelos topos das montanhas de uma cordilheira de origem vulcânica, cuja base está localizada a cerca de 4 mil metros de profundidade.

Isolado em meio à imensidão azul do Atlântico, quatro graus abaixo da linha do Equador, a 545 km de Recife, a capital pernambucana, o arquipélago, que recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Natural da Humanidade, transmite a sensação de ser o Brasil que deu certo, com um turismo desenvolvido de forma sustentável.

Graças à atuação do Ibama, que além de fiscalizar, dá palestras interessantíssimas, Fernando de Noronha é o exemplo cabal de que é possível promover o encontro racional e equilibrado do homem com a natureza.

Para assegurar o futuro desse ecossistema singular e exuberante, com aproximadamente 230 espécies de peixes, 15 variedades de corais e 5 tipos de tubarões, além de golfinhos e tartarugas, estudados pelo Projeto Golfinho Rotador e pelo Projeto Tamar, respectivamente, foi instituída uma Taxa de Preservação Ambiental e implantada uma legislação que proíbe atividades prejudiciais à natureza, desde acampar até catar conchinhas na praia.

Na única ilha habitada, também chamada Fernando de Noronha, as praias localizadas na face voltada para o Brasil, conhecida como Mar de Dentro, têm águas extremamente calmas, entre os meses de abril e novembro, ideais para banho e mergulho, com uma visibilidade que pode chegar a 50 metros . Nos demais meses, a mudança das condições do mar favorecem a prática do surfe, com ondas de 2 metros , em média, e picos que ultrapassam 5 metros .

Deste lado, ficam praias belíssimas, como Quixaba, Bode, Americano, Boldró, Conceição, Praia do Meio e Cachorro, mas os grandes destaques são para Cacimba do Padre, Sancho e Baía dos Porcos, todas de beleza excepcional, sem contar a extraordinária Enseada dos Golfinhos, balneário exclusivo destes simpáticos cetáceos, onde os humanos não podem ir, apenas observar os flippers, de longe, entrar na baía aos bandos, pela manhã, e ficar brincando durante horas.

No agitado Mar de Fora, região voltada em direção à África e acalmada em alguns pontos pelos arrecifes, a Praia de Atalaia e a Baía de Sueste, são magníficas, embora, no quesito plasticidade, a espetacular Praia do Leão reine de forma absoluta.

Fonte: www.brasilazul.com.br

Fernando de Noronha

O arquipélago de Fernando de Noronha, composto por 21 ilhas e ilhotas de origem vulcânica, está situado a 345km de Natal, capital do Rio Grande do Norte/RN e a 545Km de Recife, capital de Pernambuco/PE.

É sítio de reprodução da tartaruga-verde (Chelonia mydas), que utiliza as praias arenosas do lugar para desovar entre os meses de dezembro e julho. É também área de alimentação, crescimento e repouso para juvenis desta espécie e da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata).

Fernando de Noronha
Tartaruga-verde

As praias de desova apresentam características propícias a um monitoramento diário, inclusive noturno nas áreas principais. A do Leão concentra 80% das ocorrências.

As demais desovas acontecem ao longo do mar de dentro, entre as praias do Sancho e da Conceição. Cada estação reprodutiva, registra em média 100 desovas, gerando 8.900 filhotes da tartaruga verde.

O Tamar iniciou suas atividades na região em 1984, quando o arquipélago ainda era território federal administrado pela Aeronáutica (hoje é território do Estado de Pernambuco). Em 1986, foi criada a APA-Área de Proteção Ambiental. A praia do Leão, principal área de desova do arquipélago, tornou-se o embrião do Parque Nacional Marinho, criado por decreto federal, em 1988.

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha

Fernando de Noronha é uma das bases mais importantes para o trabalho do Tamar. É um verdadeiro laboratório natural, pois a transparência do mar oferece excelente condição ao desenvolvimento de pesquisas sobre a biologia e comportamento das tartarugas marinhas em ambiente natural, sobretudo debaixo d’água.

Além do monitoramento de fêmeas, durante o período reprodutivo, a base mantém um programa de marcação e recaptura de tartarugas que utilizam o arquipélago como área de alimentação, crescimento e repouso, durante uma etapa do seu ciclo de vida.

Desde 1990, mais de mil tartarugas já foram marcadas pelo Tamar através desse programa, em que os pesquisadores realizam mergulho livre, autônomo ou rebocado.

Além do mais, o grande fluxo turístico que o arquipélago registra é estratégico para o trabalho de sensibilização e educação ambiental, principalmente através do Centro de Visitantes-Museu Aberto das Tartarugas Marinhas.

Fonte: www.tamar.org.br

Fernando de Noronha

Além das praias, baías e natureza riquíssima, Noronha também reserva outras surpresas para os turist as. São 500 anos de história, que tornam o Arquipélago, além de um Patrimônio Natural, um verdadeiro Patrimônio Histórico que merece ser visitado e, sobretudo, preservado.

“O paraíso é aqui”, disse Vespúcio quando abordou n aquela ilha deserta em 10 de agos to de 1503, logo após o naufrágio da principal nau das seis que compunham a expedição.

A carta que escreveu, a LETTERA, é o primeiro documento relativo à Ilha, a qual chamava de São Lourenço, fala de “infinitas águas e infinitas árvores; aves muito mansas, que vinham comer às mãos; um boníssimo porto que foi bom para toda a tripulação”.

Em decorrência da descoberta, em 1504, foi doada a Fernão de Loronha, que havia financiado a expedição. Foi a primeira Capitania Hereditária do Brasil, porém jamais ocupada pelo seu donatário.

Fonte: caravanaturismo.com.br

Fernando de Noronha

RESUMO HISTÓRICO

A ocupação de Fernando de Noronha é quase tão antiga quanto a do continente. Em decorrência da sua posição geográfica, o arquipélago foi uma das primeiras terras localizadas no Novo Mundo, registrada em carta náutica no ano de 1500 pelo cartógrafo espanhol Juan de La Cosa e em 1502 pelo português Alberto Cantino, neste com o nome “Quaresma”.

Sua descoberta, em 1503, é atribuida ao navegador Américo Vespúcio, participante da segunda expedição exploratória às costas brasileiras, comandada por Gonçalo Coelho e financiada pelo fidalgo português Fernão de Loronha, cristão novo, arrendatário de extração de Pau-Brasil.

“O paraíso é aqui”, disse Vespúcio quando abordou aquela ilha deserta em l0 de agosto de 1503, logo após o naufrágio da principal nau das seis que compunham a expedição. A carta que escreveu, a LETTERA, é o primeiro documento relativo à Ilha, a qual chamava de São Lourenço, fala de “infinitas águas e infinitas árvores; aves muito mansas, que vinham comer às mãos; um boníssimo porto que foi bom para toda a tripulação”.

Em decorrência da descoberta, em 1504, foi doada a Fernão de Loronha, que havia financiado a expedição. Foi a primeira Capitania Hereditária do Brasil, porém jamais ocupada pelo seu donatário.

Invasões estrangeiras

Abandonada por mais de dois séculos e situada na rota das grandes navegações, foi abordada por muitos povos, sendo ocupada temporariamente no século XVII por holandeses (que a chamaram “Pavônia”) e no século XVIII por franceses (que a rebatizaram de “Ile Delphine”).

Esse ponto vulnerável a invasões motivou a definitiva ocupação por Portugal, através da Capitania de Pernambuco, a partir de 1737, sendo construído o sistema defensivo com dez fortificações – “o maior sistema fortificado do século XVIII no Brasil” -, dentre os quais a Fortaleza de N.Sª dos Remédios. A maioria desses fortes estão de pé ainda hoje e dos demais restam evidências arqueológicas.

Na mesma época, o Arquipélago transformava-se num Presídio Comum, para presos condenados a longas penas. Foram esses presidiários a mão-de-obra que ergueu todo o patrimônio edificado e o sistema viário que interliga vilas e fortes. O cruel regime possuía até mesmo solitárias e leitos de pedra, nos quais o prisioneiro mal podia se virar de lado.

Por medida disciplinar, a fim de evitarem-se fugas e esconderijos de presos, desde essa época a vegetação original foi sendo derrubada, alterando o clima do arquipélago. Por essa razão, somente em alguns locais da ilha pode ser vista um pouco da cobertura vegetal original, como na Ponta da Sapata, na encosta do Morro do Pico e nos mirantes do Sancho, Baía dos Golfinhos e Praia do Leão.

Interesse Científico

Cientistas ilustres visitaram o arquipélago em diversas épocas, como o naturalista Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução das Espécies, em 1832. Todos foram atraídos pela sua grande biodiversidade e levantaram dados sobre o meio ambiente, descrevendo-o em trabalhos memoráveis. Também no século XIX, artistas como os franceses Debret e Laissaily registraram em tela a ocupação humana.

Período Militar

Em 1938 o Arquipélago foi cedido à União, para a instalação de um Presídio Político. Em 1942, durante a II Guerra Mundial, criava-se o Território Federal Militar, juntamente com o Destacamento Misto de Guerra e a aliança com a Marinha norte-americana, que instalou na ilha uma Base de Apoio, com cerca de 300 homens.

Nesse período, uma superpopulação de mais de 3.000 expedicionários condicionaram a construção de casas pré-moldadas, para abrigá-los.

De 1942 a 1988, a ilha foi administrada por militares: Exército, até 1981; Aeronáutica, até 1986; e EMFA, até 1987. Ainda território federal passou para o MINTER, tendo o seu único Governador Civil. Nesse período, entre 1957 e 1965, houve uma nova presença americana, no Posto de Observação de Mísseis Teleguiados.

Em 1988, por força da Constituinte, foi reintegrado ao Estado de Pernambuco, sendo hoje um Distrito Estadual. Também em 1988 foi criado o Parque Nacional Marinho, coexistindo, no espaço de 26 km², o PARNAMAR/FN e a Área de Proteção Ambiental estadual.

Em 13 de dezembro de 2001, a UNESCO considerou o arquipélago SÍTIO DO PATRIMÔNIO MUNDIAL NATURAL, tendo o diploma sido entregue em 27 de dezembro de 2002. Em 2003, comemorou-se 500 anos da entrada de Fernando de Noronha na história dos homens. 500 anos da sua primeira abordagem, de sua descrição, por um dos maiores navegadores da história, Américo Vespúcio.

Fauna

FAUNA MARINHA

Em Fernando de Noronha existem inúmeras piscinas naturais que permitem o contato direto com a variada e exótica fauna marinha do arquipélago. As águas das ilhas estão repletas de peixes, esponjas, algas, moluscos e corais, dentre eles o mais abundante no arquipélago, o Montastrea cavernosa.

Águas rasas

Nas águas rasas encontram-se os peixes coloridos como a donzela de rocas; o sargentinho; a coroca e também as moréias.

Águas profundas

Nas águas profundas podem ser encontrados o frade; o budião; a ariquita; a piraúna e o borboleta. Os cações, o pacífico lambaru e as arraias podem ser vistas repousando no fundo.

Golfinhos rotadores

Os golfinhos da espécie Stenella longirostris são conhecidos como golfinhos rotadores devido aos saltos com a rotação do corpo que costumam executar fora da água. Estes animais podem atingir até 2 m de comprimento e 90 Kg de peso. Possuem o dorso cinza-escuro com faixas medianas cinza-claro e o ventre branco. O período de gestação dura aproximadamente 10 meses e meio e o filhote nasce com 80 cm de comprimento.

Os golfinhos rotadores se distribuem nas zonas tropicais e subtropicais em todos os oceanos. São gregáreos e apresentam um comportamento social bastante complexo. É comum deslocarem-se em grupos compostos por dois até várias centenas de indivíduos de todas as idade e ambos os sexos.

Em Fernando de Noronha, o mirante da Baía dos Golfinhos é um local onde esses animais podem ser observados em seu ambiente natural. Um dos espetáculos mais bonitos da ilha pode ser observado diariamente ao nascer do sol, quando grupos de golfinhos rotadores deslocam-se para o interior da baía, uma área de águas calmas e protegidas.

Utilizam esta área para o descanso, reprodução e cria, e à tarde deslocam-se para se alimentar de pequenos peixes e lulas em alto-mar. Este é o único local onde ocorre concentração de golfinhos rotadores em todo o Oceano Atlântico.

A proibição de circulação de embarcações e mergulho na enseada foi estabelecida em 1986 como medida de proteção para que seja possível a conservação desses animais. Vale lembrar que a Lei Federal nº 7643 estabelece a proibição à caça, captura e molestamento de todas as espécies de cetáceos (golfinhos, botos e baleias) em águas brasileiras.

Tartarugas marinhas

Duas importantes praias de desova das tartarugas aruanas (Chelonia mydas) estão protegidas pelo Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha: a Praia do Leão e a do Sancho.

As tartarugas são observadas a partir de novembro, agrupadas na superfície da água, quando os machos adultos disputam as fêmeas, dando início ao período de reprodução dessa espécie no arquipélago. Durante os meses de chuva (dezembro a maio) , as fêmeas, resguardadas pela temperatura da noite, sobem a essas praias para depositar os ovos que incubam durante 50 dias.

No ambiente marinho da área do Parque pode-se, mergulhando, observar jovens e adultas tartarugas-de-pente (Eretmochelys imbricata), espécie altamente ameaçada devido à pesca para a confecção de óculos, pentes e bijouterias. A tartaruga-de-pente utiliza o arquipélago apenas como local de crescimento a alimentação. Sua origem e suas rotas migratórias são desconhecidas pelos pesquisadores.

O Centro Nacional de Conservação e Manejo das Tartarugas Marinhas TAMAR / IBAMA desde 1984 zela no arquipélago pelas fêmeas, ovos e ambientes de reprodução e avalia as suas populações. Esses animais são protegidos por Decreto-Lei que estabelece a proibição da captura, pesca e molestamento de todas as espécies de quelônios em águas brasileiras.

FAUNA TERRESTRE

Vivem no arquipélago animais naturais e trazidos pelo homem:

Animais naturais

Ocorrem em Fernando de Noronha três espécies endêmicas: o passarinho sebito (Vireo gracilirostris), a lagartixa (Mabuya maculata) e a cobra de duas cabeças (Amphisbaena ridleyana). O caranguejo (Gecarcinus lagostoma) passa sua fase juvenil e adulta em terra e faz sua desova no mar.

Animais trazidos pelo homem

Algumas espécies de animais silvestres foram trazidas para o arquipélago pelo homem. São o teju (Tupinambis teguxim), o mocó (Kerodon rupestris) e as ovelhas, que hoje são criadas em áreas restritas para não prejudicarem a flora do arquipélago. Foto: Flávio Costa e Renata Victor

As ovelhas foram levadas pelo homem para a Ilha e hoje são criadas em áreas restritas para não prejudicarem a flora

AVIFAUNA

Existem 40 espécies de aves registradas no arquipélago que abriga as maiores colônias reprodutivas de aves marinhas entre as ilhas do Atlântico Sul Tropical.

Aves nativas

Dentre as aves protegidas pelo Parque Nacional a mais comum é a viuvinha (Anous minutos). Outras aves de grande concentração no arquipélago são a viuvinha grande (Anous stolidus), o trinta réis de manto negro (Sterna fuscata) e a viuvinha branca (Gygis alba).

Em todas as ilhas podem ser encontradas também seis espécies de aves parentes dos pelicanos: o mumbebo branco-grande (Sula dactylatra), o mumbebo marrom (Sula leucogaster), o mumbebo de patas vermelhas (Sula sula), a catraia (Fregata magnificens), além de duas graciosas espécies: o rabo de junco de bico amarelo (Phaeton lepturos) e o bico vermelho (Phaeton aethreus). Nas matas, vivem o sebito (Vireo gracilirostris), pássaro insetívoro e frutívoro que já se tornou endêmico, o cucuruta (Elaenia spectabilis reidleyana) e a arribaçã (Zenaida auriculata noronha).

Aves migratórias

Existe um grupo de aves que visita o Parque: são as migratórias de longo percurso e em geral provenientes do hemisfério norte. Essas aves chegam para descansar e se alimentar. São doze espécies de maçaricos e batuíras, sendo mais comum o vira pedra (Arenaria interpress).

Alguns dados

O único registro de reprodução da pardela-pequena (Puffinus assimilis) ocorre no arquipélago.

O Rabo-de-junco-do-bico-vermelho (Phaethon aethereus) tem 1 metro de comprimento dos quais 40 cm corresponde a cauda.

O Rabo-de-junco-do-bico-laranja (Phaethon lepturus) e Atobá (Sula dactylatra) serviram de alimentação para os presos entre 1870 e 1942.

Em junho de 1987, foram contados 10.630 ninhos de Viuvinha-negra (Anous tenuirostres).

A cucuruta e o sebito (Vireo glacilirostris) (Elaenia spectabilis ridleyana) são espécies endêmicas.

Fonte: www.noronha.pe.gov.br

Fernando de Noronha

Muitas controvérsias marcam o descobrimento de Fernando de Noronha. O mapa de cantino, enviado em novembro de 1502 a Ercole d’Este, Duque de Ferrara, já indica o arquipélago como Ilha da Quaresma. Isto faz supor que o conhecimento da existência da ilha só poderia advir de expedições que por ela passaram em 1500, 1501 ou 1502, no tempo da quaresma.

O Visconde de Santarém atribuiu a descoberta a Gaspar de Lemos, o comandante da nau de provisões da armada de Cabral, enviada de volta a Portugal em 1500 com a notícia de que fora achada a terra de Santa Cruz.

A nau certamente não cruzou a região no período da quaresma, mas, depois de bordejar a costa brasileira cortando pau-brasil, poderia ter avistado o arquipélago a 24 de junho, justamente no dia de São João, cujo nome teria dado a ilha.

Duarte Leite, após longa pesquisa, imputou a descoberta da ilha à expedição de 1501-1502, cujo comando atribuiu errôneamente a Fernão de Loronha. Para Jaime Cortesão, historiador português, nos anos de 1502-1503 teria vindo ao Brasil uma desconhecida expedição, mas da qual existem seguros vestígios.

Ela explicaria questões relacionadas à citação da ilha em cartas geográficas do período. No comando da expedição estaria Fernão de Loronha, que em pessoa, iniciava o desbravamento da terra que arrendara para a exploração do pau-brasil. No curso desta viagem, teria descoberto Fernando de Noronha.

Opiniões divergentes à parte, o certo é que o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespucci, ao participar da expedição de Gonçalo Coelho (1503-1504). Por decreto de 16 de fevereiro de 1504, D. Manuel I doou a Fernão de Loronha o arquipélago, sendo a primeira capitania hereditária do Brasil.

O sistema só seria implantado no continente entre 1534 e 1536, quando D. João III criou nada menos que quatorze, ao longo da costa, distribuídas a doze donatários. Os descendentes de Loronha foram recebendo por decreto real o título de posse da ilha até o último, seu trineto, João Pereira Pestana em 1692.

Em 1534 o arquipélago de Fernando de Noronha foi invadido por ingleses; em 1556 até 1612, por franceses. No ano de 1612 aportou o missionário capuchinho Cláudio de Abbeville, que encontrou no local um português e dezessete índios de ambos os sexos, todos desterrados pelos moradores de Pernambuco.

Em 1628, Noronha foi invadida pelos holandeses, desalojados dois anos depois pela expedição comandada por Rui Calaza Borges a mando de Mathias de Albuquerque em 14 de janeiro de 1630. Em nova investida, em 1635, os holandeses voltam a ocupar a ilha, sob o comando do almirante Cornelis Cornelizoon Jol, permanecendo por dezenove anos.

Neste período, a ilha foi usada pelos holandeses como local de tratamento e convalescença de seus homens devido a doenças como o escorbuto e pela disenteria sanguínea, que atingiram um terço da tropa estacionada em Pernambuco. A ilha passa a chamar-se Pavônia, em homenagem a Michiel de Pauw, um dos diretores da Companhia das Índias Ocidentais. Em 1646 os holandeses constroem um fortim na elevação onde mais tarde seria erguido o Forte de Nossa Senhora dos Remédios.

Em 1696, carta régia de 7 de setembro, manda povoar, guarnecer a ilha com um destacamento, escolher os melhores locais para fortificar, para evitar as constantes invasões. Essa resolução não foi cumprida, continuando o território atlântico a mercê dos invasores.

Em 24 de setembro de 1700 a capitania de Fernando de Noronha reverte à coroa, tornando-se por carta régia, dependência da Capitania de Pernambuco. Achando-se despovoada e em completo abandono, foi a ilha ocupada em 1736 pelos franceses da Companhia Francesa das Índias Orientais, passando-se a chamar Isle Dauphine

No ano de 1737 o arquipélago foi definitivamente ocupado pelos portugueses, sendo os franceses expulsos por uma expedição vinda do Recife a mando do governador Henrique Luís Pereira Freire e comandada pelo tenente-coronel João Lobo de Lacerda, à frente de 250 praças, sem nehuma resistência. A fim de impedir novas investidas dos franceses, são construídos os fortes de Nossa Senhora dos Remédios, Nossa Senhora da Conceição e Santo Antônio.

A igreja de N.S. dos Remédios, marco da nova povoação, foi concluída em 1772. Provavelmente nesta época, começaram a ser enviados para a ilha os primeiros presos, embora de forma ocasional. Essa destinação gerou medidas preventivas que vieram a alterar, profundamente, o meio ambiente insular, tanto com a destruição de grande parte de sua cobertura vegetal, derrubando-se árvores para evitar fugas e esconderijos de presos, como a introdução de espécies estranhas ao local, causando modificações de consequências visíveis até os nossos dias.

Em 1739 são construídos os fortes de São João Batista dos Dois Irmãos e São Joaquim do Sueste. Em 1755 por carta régia de 16 de agosto, Angola passou a contribuir com a quantia anual de 4.000$000, para cobrir as despesas do presídio de Fernando de Noronha, subsídio esse que durou até a véspera da proclamação da independência do Brasil.

Em 1789, o governo português pretendeu instalar uma colônia agrícola na ilha, visando torná-la menos dispendiosa aos cofres reais, idéia essa que não foi aceita pelo então governador de Pernambuco D.Thomás José de Melo. 

Em 1817, por ocasião da revolução republicana de Pernambuco, o governo provisório nomeou o capitão José de Barros Falcão de Lacerda para desmantelar as fortificações da ilha e levar de volta o destacamento e os sentenciados. Em 1822, assume o comando de Fernando de Noronha o coronel Luís de Moura Accioli.

A ilha continua a ser dependência de Pernambuco, passando seus assuntos internos para o âmbito do Ministério da Guerra. Em 1865 é promulgado o regulamento para o presídio e em 1877 é transferida a administração e o custeio para o Ministério da Justiça. Em 1885 o imperador Pedro II assina decreto aprovando novo regulamento para o presídio.

Proclamada a república, convidado para ministro da justiça, o Barão de Lucena, exigiu uma condição para aceitar o cargo: que Fernando de Noronha voltasse ao domínio de Pernambuco. Assim sendo, em 1891 foi concretizada a restituição, na forma do decreto 1.371 de 14 de novembro.

Em 1897 o governo do Estado de Pernambuco toma posse definitiva do presídio de Fernando de Noronha, que passa a ser prisão estadual, permanecendo o arquipélago sob domínio pernambucano até o ano de 1938, quando foi vendido ao Ministério da Justiça, tendo o governo federal pago a título de compensação a quantia de Cr$ 2.000.000,00, transformando a ilha em presídio político e colônia correcional.

No começo do século XX, instalaram-se os ingleses para cooperação técnica em telegrafia (South American Company); depois vieram os franceses do cabo Francês e os italianos da Italcable. Em 1942, em plena 2a. guerra mundial, transformou-se em Território Federal, sendo os presos políticos e comuns transferidos para o presídio da ilha grande.

Em 1943, decreto federal dispõe sobre a administração da nova unidade da federação, que ficou a cargo do então Ministério da Guerra. Em 23 de agosto, assume o cargo o primeiro governador do Território Federal de Fernando de Noronha, o coronel Tristão de Alencar Araripe. Noronha foi administrada pelo Exército até 1981, pela Aeronáutica até 1986 e pelo Estado Maior das Forças Armadas até 1987.

Deste tempo de administração militar, veio grande parte da infra-estrutura como aeroporto, estradas, escola, hospital etc. Acordos entre o governo brasileiro e os Estados Unidos foram feitos para a instalação de americanos no arquipélago de 1942 a 1945 (segunda guerra mundial) e de 1957 a 1962 (base de rastreamento de satélites), operada pela NASA.

Em 1987 começa a administração civil, através do Ministério do Interior, sendo o único governo civil que o território conheceu, durando até 1988 quando por dispositivo constitucional o arquipélago foi reanexado ao Estado de Pernambuco. Agora como Distrito Estadual, tem seu destino gerido por um Administrador Geral, nomeado pelo Governador do Estado e referendado pela Assembléia Legislativa de PE.

Hoje Fernando de Noronha vive da exploração racional do turismo, dentro das limitações impostas pelo seu delicado ecossistema e da atividade pesqueira, esta em caráter artesanal e voltada para o consumo interno.Além do interesse histórico mencionado anteriormente, o arquipélago foi alvo de atenção de vários cientistas que se dedicaram a estudar sua fauna, flora, geologia, geomorfologia, entre outros.Um dos primeiros trabalhos foi publicado há mais de 100 anos, por Pocock (1890). Posteriormente, Bjornberg (1954); Lopes e Alvarenga (1955); Almeida ( 1958); Paiva (1967) entre vários outros.

Em dezembro de 1995, foi promulgada a lei orgânica do arquipélago, sua constituição, ocorrendo em março de 1996 a primeira eleição para o Conselho Distrital, o fórum de representatividade da comunidade local junto ao poder público.

Fotos

Fernando de Noronha
Praia da Atalaia

Fernando de Noronha
Conceição

Fernando de Noronha
Manhã em Fernando de Noronha

Fernando de Noronha
Fim de tarde em Noronha

Fernando de Noronha
Praia do Americano

Fernando de Noronha
Praia do Bode

Fernando de Noronha
Praia do Sancho

Fernando de Noronha
Praia do Leão

Fonte: www.noronha.com.br

Fernando de Noronha

Os primeiros registros do arquipélago, no entanto, são de autoria do cartógrafo espanhol Juan de la Cosa, que em 1502 delineou perfeitamente o conjunto de ilhas em um de seus mapas. Em 1504, a então chamada ilha de São Lourenço foi doada ao português Fernão de Loronha — que havia financiado a expedição de 1503 — e convertida na primeira capitania hereditária do Brasil.

Situada em um ponto vulnerável, na rota das grandes navegações que cruzavam o oceano rumo à América do Sul, Fernando de Noronha ficou abandonada durante mais de 200 anos. Neste período, foi cobiçada e ocupada por diferentes povos, a exemplo dos ingleses, no século XVI, dos holandeses, no século XVII, e dos franceses, no século XVIII.

Para impedir que o lugar continuasse a ser invadido, Portugal optou em 1737 pela ocupação definitiva da ilha através da Capitania de Pernambuco. Foi construído então o maior sistema fortificado do século XVIII no Brasil, composto por dez fortalezas, entre elas a de Nossa Senhora dos Remédios.

De Colônia penal a Patrimônio Natural

Nesta mesma época, o arquipélago foi transformado em um presídio. Foram esses presidiários os responsáveis por erguer todo o patrimônio edificado e sistema viário que interliga as diversas vilas e fortes. Por medida de segurança — para evitar fugas e esconderijos —praticamente toda a vegetação original foi desmatada, o que resultou na alteração do clima da região.

Entre 1938 e 1945 Fernando de Noronha serviu novamente como colônia penal, desta vez, um presídio político. Esta condição voltou a prejudicar o meio ambiente local, devido à importação de espécies de fauna e flora e ao desmatamento desenfreado.

Outro episódio inesperado da história do arquipélago aconteceu em 1942, quando Fernando de Noronha foi transformado em Território Federal Militar e o Brasil concordou em que os norte-americanos — que entravam para a Segunda Guerra Mundial — montassem uma estação de rastreamento aéreo na vila do Boldró. A população local sofreu um enorme aumento e, para abrigar os cerca de 3 mil novos moradores, foi construída uma grande quantidade de casas pré-moldadas.

Nos anos seguintes, as Três Armas passaram a administrar o arquipélago em regime de rodízio, até que em 1988, o território foi reintegrado ao estado de Pernambuco. No mesmo ano, em uma área de 26 quilômetros quadrados, foi criado o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Parnamar / FN).

Treze anos depois, em 2001, Fernando de Noronha ganhou o título de Patrimônio Mundial Natural, concedido pela Unesco.

Passados mais de cinco séculos desde a chegada de Américo Vespúcio, Fernando de Noronha ainda guarda vestígios do passado nas diversas construções históricas que permanecem de pé. Andar pelas ruas da vila pode se transformar em um agradável passeio por diferentes períodos da história.

A Vila dos Remédios é um dos pontos mais badalados de Fernando de Noronha e também onde se encontram as construções de maior relevância histórica e melhor estado de conservação, como a Igreja e o Forte de Nossa Senhora dos Remédios e o Palácio de São Miguel.

Devido às suas condições favoráveis —como fácil acesso a água e ao ancoradouro — a Vila dos Remédios foi escolhida tanto pelos holandeses como pelos luso-brasileiros como o principal núcleo urbano de Noronha. A partir do século XVIII, toda a estrutura da ilha funcionava ali.

A administração — com seus prédios públicos, os alojamentos carcerários e oficinas para presidiários —, a igreja, a praça de comando, as residências, o almoxarifado, a escola, o hospital e os armazéns que guardavam a produção agrícola e os suprimentos que chegavam do continente.

Durante os dois séculos seguintes, a Vila dos Remédios continuou a ser utilizada como principal núcleo da ilha. Até meados do século XX, sua estrutura original se manteve totalmente conservada. No entanto, com a ocupação norte-americana ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial, o formato e as construções originais da vila foram perdendo espaço para as casas pré-moldadas.

Monumentos relevantes

Atualmente, o conjunto histórico de Noronha conta com cerca de 20 construções relevantes. Vale a pena conferir a Igreja Nossa Senhora dos Remédios, principal templo católico da ilha. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1981, esta construção, que data de 1772, levou 32 anos para ser totalmente concluída.

Erguida em um terreno elevado, com a frente voltada para uma enseada, a igreja possui uma fachada de arquitetura simples e interior formado por nave-salão única e capela-mor em cantaria arenítica. Desde sua construção, sofreu duas grandes restaurações, a última delas em 1988. Dez anos depois, em 1998, o templo foi pintado, voltando a exibir suas cores originais.

A devoção à Virgem dos Remédios inspirou também a denominação do principal forte da vila. O Forte de Nossa Senhora dos Remédios, que data de 1737, é a mais importante das dez fortificações erguidas nos séculos XVII e XVIII para defender a ilha.

Construído em um terreno alto, sobre as ruínas de um antigo reduto holandês, o forte tem a forma de um polígono irregular orgânico com quatorze ângulos e quatro edificações ao centro do terrapleno. Tombada pelo Iphan em 1937, a construção localizada ao norte da ilha serviu de abrigo para presos comuns e políticos ao longo da história.

O Palácio de São Miguel, por sua vez, pertence à história recente de Fernando de Noronha. Erguido em 1947, sobre as ruínas da antiga diretoria do presídio, funcionou durante décadas como sede do governo do Território Federal Militar.  Inaugurado em 1948, o casarão ainda guarda móveis de meados do século passado, duas obras do pintor pernambucano Wash Rodrigues e um vitral com a imagem do arcanjo São Miguel feito pela artista Aurora Lima.

Agradável recanto verde, o Jardim Elizabeth é um dos pontos mais procurados pelos turistas para dar um passeio ou simplesmente relaxar. Foi usado, a partir do século XVII, como espaço para a aclimatação de plantas trazidas da Europa e também como horta, pensada para abastecer a Vila dos Remédios. Além de uma farta e exuberante vegetação, guarda pontes originais do século XVII, terraços e estradas de pedra.

História oral

A cultura local de Fernando de Noronha está estreitamente ligada à sua história oral. São incontáveis as lendas, os relatos e os casos que permeiam o imaginário popular desta ilha tão singular.

Dizem, por exemplo, que o famoso pirata inglês do século XVII Capitão Kidd teria escondido seu extraordinário tesouro em uma caverna do arquipélago.

Acostumado a saquear embarcações que navegavam pelos oceanos, o capitão teria sido perseguido nas redondezas e, com medo de ser capturado, teria guardado ali suas riquezas. Desde então, aventureiros de todos os cantos passaram a procurar as jóias do pirata. Até hoje nenhum foi capaz de localizá-las. Aliás, ninguém sequer ousou descer o íngreme paredão que leva à caverna. O lugar, é claro, ficou conhecido como Caverna do Capitão Kidd.

Parece ser que esta ilha está repleta de riquezas escondidas. Contam também que um velho estranho de longas barbas atraía pessoas a um lugar onde havia uma cruz formada por duas raízes de cajazeira. Ali estava enterrado um tesouro.

Todos que se atreviam a cavar junto às raízes em busca das jóias, despertavam a árvore, que estremecia e movia violentamente os galhos, mesmo que não houvesse vento.  Tudo o que se sabe é que a região é mal-assombrada e fica perto da antiga estação de rádio da Marinha.

São muitas as histórias da época em que a ilha serviu como colônia penal.  Uma delas conta que a exuberante natureza local era utilizada para torturar os presidiários. Os indisciplinados eram isolados na Ilha da Rata sem comida e abrigo ou abandonados durante dias dentro de cavidades cheias de água.

O relato mais assustador, no entanto, é o de que os presos muitas vezes eram atirados do alto do morro onde fica o Forte dos Remédios. Ao caírem na água, eram tragados por uma fresta que produzia um som bastante sombrio.  Este som ficou conhecido como Ronco do Leão e é hoje um dos atrativos turísticos de Noronha.

São infinitas as histórias e lendas. Mas, melhor que ler os relatos é escutá-los da boca de um fernando-noronhense. A dica é tirar um dia para dar uma volta pela vila e conversar com os moradores. Com certeza o visitante voltará para casa com um rico repertório de casos e entendendo melhor a surpreendente cultura deste lugar.

Marina Rattes
Amanda Queiróz Caldeira
Assad Abrahão

Fonte: www.revistasagarana.com.br

Fernando de Noronha

SENSAÇÕES DE LIBERDADE EM NORONHA

Fernando de Noronha
Fernando de Noronha

Sentir-se livre para fazer o que quiser é o lema de Fernando de Noronha, uma belíssima ilha escondida no litoral norte do Brasil. O local realmente possui uma paisagem extraordinária, ganhando destaque a Ilha Dois Irmãos, a Baía dos Porcos, a Baía do Sancho, a Praia do Atalaia e a Ilha do Frade. As hospedagens têm um charme rústico e são muito aconchegantes. Todo este conforto somado com a bela vista do local resulta em uma viagem perfeita.

O destino

JÁ DIZIA AMÉRICO VESPÚCIO QUE ‘O PARAÍSO É AQUI!’

Dez de agosto de 1503. Guarde esta data, afinal, foi neste dia em que uma das ilhas mais paradisíacas do mundo foi descoberta. Sim, Fernando de Noronha, a preciosidade dos brasileiros! Américo Vespúcio, que participava da expedição comandada por Gonçalves Coelho e financiada por Fernão de Loronha, ao ver tal beleza, não pensou duas vezes e escreveu algumas linhas ressaltando a riqueza da fauna e flora do local. Após descrevê-la, batizou a ilha deserta de águas calmas como “São Lourenço” e, mais para frente, foi chamada de “Ilha da Quaresma”, “Ilha dos Golfinhos” e “Ilha de São João”.

Foi a primeira capitania hereditária de nosso país e por dois séculos foi considerada uma prisão. Por meio da mão de obra destes presidiários, que grande parte das construções de Fernando de Noronha foi erguida. Após um longo período cujo território pertenceu às mãos de países como França, Holanda e Estados Unidos, enfim, este pedacinho repleto de paisagens tornou-se “nosso”. No final da década de 80, a ilha foi reintegrada ao estado de Pernambuco e, hoje, o arquipélago é tido pela Unesco como Sítio do Patrimônio Mundial Natural, um título que deixa a desejar para sua tamanha beleza.

O LEMA É RESPEITAR A NATUREZA

Fernando de Noronha tem sua cultura marcada pela preservação do meio ambiente. Tudo por ali tem a intenção de não agredir a natureza. Desde os passeios, a diversão noturna e até os hábitos do dia-a-dia, como o banho, são marcados por atitudes ecologicamente corretas. Inclusive, um dos programas noturnos da ilha, proposto para entreter os turistas, são bate-papos e encontros no Projeto Tamar. O assunto Preservação, ecologia, extinção, cuidados com os animais e curiosidades sobre o paraíso noronhense estão entre os temas abordados.

Quanto à música, destaque ao forró. Este é o típico ritmo que marca a ilha de Fernando de Noronha. Pacata por natureza, o que vale é aproveitar noite afora a magia do forró e os luaus que integram os viajantes. No arquipélago, o ponto de encontro dos amantes da dança típica nordestina são os barzinhos que apostam no esquema “pé-na-areia” e realizam festas cujo lema é ser natural ao máximo.

Atrações

O PARAÍSO TEM NOME: FERNANDO DE NORONHA!

Ao todo, são 21 ilhas e ilhotas que formam o arquipélago de Fernando de Noronha, um paraíso para quem gosta de calmaria e muito contato com a natureza.

Situado no Oceano Atlântico, este território pertencente a Pernambuco guarda pontos turísticos perfeitos para os viajantes que simpatizam com o ecoturismo.

Inclusive, muitas pessoas já lhe deram o titulo de uma das 7 novas maravilhas do mundo, característica que se encaixa muito bem ao contexto do local.

Entre as belezas da região, anote alguns pontos turísticos para visitar durante a estadia por lá: a paradisíaca Baía dos Porcos com o grandioso Morro dos Dois Irmãos, a Baía do Sancho com suas águas clarinhas, perfeitas para um mergulho, entre outros locais de parada obrigatória.

ENTRE VOCÊ TAMBÉM NESTA ‘NEURONHA’

Alguns turistas brincam que após conhecer esse paraíso, todos os visitantes ficam com a chamada ‘neuronha’, uma brincadeira relacionada à “neura” de não querer mais ir embora. Além disso, eles alegam que o local é tão isolado da modernidade e com um contato tão grande com a natureza, que o viajante acaba entrando nesta “síndrome de neuronha”.

De fato, não é exagero quando as pessoas falam que Fernando de Noronha é realmente o paraíso aqui na Terra. O lema do local é preservar. A partir disso, é possível imaginar a paisagem que aguarda o turista.

Praias intocadas, mar com águas cujo tom varia de verde a azul e muitas, mas muitas, atrações ligadas ao meio ambiente. A ilha orgulha-se da honra de ter o sol brilhando todos os dias, ser dona dos melhores locais para mergulho e de cenários fascinantes. Para se ter uma idéia, em algumas épocas do ano, a visibilidade das águas chega a 50 metros.

DE PEIXINHOS COLORIDOS A GOLFINHOS!

Por ser conhecida como a capital do ecoturismo, Noronha se orgulha de apresentar aos turistas uma fauna rica e preservada. O viajante pode observar os peixinhos coloridos nas piscinas naturais como as espécies donzela de rocas, sargentinho, coroca e moréias. Nas águas mais profundas, o passeio é marcado pelas espécies budião, ariquita, piraúna e o borboleta.

Mas de todos os animais que moram por lá ou visitam a região, o mais esperado é o golfinho, que costuma encantar os visitantes fazendo lindas acrobacias no ar.

Anote o ponto para encontrá-los: estes dóceis animais aparecem na Baía dos Golfinhos, a cada nascer do sol, quando seguem para o interior da baía em virtude da calmaria das águas. Da mesma família que o boto e a baleia, o golfinho é muito preservado no arquipélago e, para se ter uma idéia, desde 1986, foi proibida a circulação de embarcações naquela região para protegê-los.

BAÍA DO SANCHO, CARTÃO-POSTAL NORONHENSE

Em nenhum outro canto do planeta, a natureza esteve tão em alta como em Fernando de Noronha. Uma das paisagens, dignas de estampar cartão-postal, é a Baía do Sancho, um dos pontos turísticos mais típicos do arquipélago. Por estar localizada logo depois da Baía dos Porcos e cercada por morros, este pedacinho do paraíso exige do turista um pouco de disposição para chegar até lá.

O acesso se dá por três opções: por uma escada na rocha, uma trilha, ou então, por mar.

Ao chegar, não deixe de fotografar a vista no alto do penhasco, que é simplesmente, incrível.

Gosta de mergulho? É na praia de mesmo nome que o turista encontra um dos melhores pontos para a prática do snorkelling. Alguns afirmam que o Sancho é uma miragem de tão gracioso que é.

Para se ter uma ideia de como a natureza manda por lá, ao redor da praia de mesmo nome, há uma gigantesca falésia de 50 metros de altura que protege a região. E o melhor de tudo, é saber que não há sequer um restaurante a beira-mar, muito menos pousada por ali. Tudo permanece preservado, ponto positivo que faz com que Fernando de Noronha se torne um dos destinos mais disputados de todo o país.

TARTARUGAS MARINHAS E AVES TAMBÉM ESTÃO POR LÁ!

Se o turista gostar de ficar à toa, só curtindo o cantar dos pássaros e descansar ouvindo o quebrar das ondas, uma viagem a Fernando de Noronha cai muito bem à situação. Em todo o arquipélago noronhense, há mais de quarenta espécies de pássaros já registradas.

Uma curiosidade: a ilha abriga as maiores colônias reprodutivas de aves marinhas de todas as ilhas do Atlântico. Entre as espécies que moram na região, há a viuvinha grande, o trinta réis de manto negro, o mumbebo branco-grande, entre outras espécies, muitas encontradas apenas lá.

Os apaixonados por tartarugas marinhas encontram em Fernando de Noronha um verdadeiro paraíso para observá-las. A ilha é conhecida como região de desova para estes répteis e há, até mesmo, passeios para avistá-las.

A partir de novembro, começa a melhor época para ver estes animais pelas águas noronhenses, pois é quando os machos disputam as fêmeas, dando início ao período reprodutivo. De dezembro a maio, as fêmeas seguem às praias para depositarem seus ovos nas areias, cuja incubação dura quase 2 meses.

Por isso, desde 1984, o Projeto Tamar tem uma base na ilha, afinal, o local é sítio reprodutivo da tartaruga-verde e área de alimentação da tartaruga-de-pente.

Os estudos na base do Tamar em Fernando de Noronha também ajuda a proteger as tartarugas da captura, pesca e molestamento.

BAÍA DOS PORCOS, CENÁRIO DOS DEUSES

Ao pensar em Fernando de Noronha, nos vem à mente a famosa imagem dos dois morros próximos à praia. É na Baía dos Porcos que está localizado este famoso cartão-postal, o Morro dos Dois Irmãos. Para chegar a um mirante e admirar esse paraíso, a caminhada é feita por cima das pedras, nas épocas de maré baixa. Apesar do acesso ser um pouco restrito, vale a pena conhecer!

A Baía dos Porcos já foi considerada a praia mais bonita do Brasil, ficando atrás apenas da Baía do Sancho, também em Fernando de Noronha. Na região, estão as ruínas do Forte de São João Baptista dos Dois Irmãos, uma das poucas fortificações que ainda existem ali.

O visual é magnífico: são apenas 100 metros de areia branquinha e estreita. Ao lado, um penhasco decora a paisagem da Baía dos Porcos, localizada entre a Praia da Cacimba do Padre e a Baía do Sancho.

Para completar esta vista simplesmente “sem palavras”, nada melhor do que águas claras e piscinas naturais, perfeitas para descansar e ficar à toa, só curtindo o clima de calmaria.

FERNANDO DE NORONHA, A TERRA DO MERGULHO

Quando o assunto é mergulho, o arquipélago de Noronha vai “bem, obrigado”. Aos mais aventureiros, a dica é ver o navio grego Eliane Estatatus, que naufragou em 1929 nas águas da região. Reza a lenda que a embarcação transportava material ferroviário para uma estrada na Argentina. Ao seguir viagem, o navio bateu o casco contra as rochas e após isso, seguiu para o Porto de Santo Antônio, onde encalhou.

O turista também pode observar a Corveta Ipiranga, um dos naufrágios mais conservados de todo o país. Em 1983, este navio, que realizava uma viagem de patrulhamento pela costa do país, chocou-se com a rocha da Ponta da Sapata.

A Corveta Ipiranga demorou cerca de 8 horas para afundar completamente nas águas de Noronha, tempo suficiente para socorrer todos os tripulantes. Hoje, a embarcação naufragada está em ótimas condições e é possível conhecer cada espaço do navio em virtude da conservação. Mas vale lembrar que este passeio deve ser operado por agências de mergulho sob orientação de profissionais e planejado com antecedência.

PAISAGENS MARINHAS QUE VALEM A PENA

Nem um outro lugar tem águas tão claras e uma fauna marinha tão variada. Seja no Mar de Fora ou no Mar de Dentro, o importante é aproveitar as paisagens marinhas. As águas cristalinas permitem uma visibilidade de 50 metros e é possível observar tartarugas, peixes coloridos, raias, tubarões e, até mesmo, golfinhos.

É o caso da Laje Dois Irmãos, bem pertinho do famoso Morro dos Dois Irmãos, onde o mergulho chega a 15 metros. A Cabeça da Sapata é outro destino que encanta os turistas com seu imenso paredão com aproximadamente 40 metros de profundidade. Pedras Secas é um gracioso lugar cujas rochas parecem brotar sob as águas do mar. A profundidade deste ponto da ilha é de 17 metros, com corredores, arcos e grutas em perfeitas formações.

Vale lembrar que a temperatura das águas noronhenses beneficia a prática do mergulho, uma vez que os termômetros acusam, em média, de 26°C a 28°C. Antes de cair na água e aproveitar estas belezas, o visitante deve se atentar em relação às operadoras de mergulho que, além de auxiliar neste passeio, garantem a segurança do percurso e indicam os melhores locais de visibilidade.

VILA DOS REMÉDIOS, UMA DOSE DE BELEZAS!

Quem quiser mergulhar na história de Fernando de Noronha, a Vila dos Remédios é uma ótima pedida, pois agrega construções de séculos atrás, dividindo espaço com o charme de ser o “centrinho” do arquipélago.

Toda essa fama tem alguns motivos: sua proximidade com o Riacho Mulungu, o acesso à Enseada do Cachorro e a facilidade para seguir até a Fortaleza da Vila dos Remédios.

É lá que está uma das igrejas mais elogiadas do país, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, tida como ponto principal do vilarejo. Sua construção começou em 1772, na época dos portugueses e é marcada pelo estilo colonial lusitano. Por ser a única igreja de Fernando de Noronha, torna-se impossível citar a história da ilha sem ao menos lembrar da capela.

É NO CENTRINHO QUE TUDO ACONTECE

A base do Projeto Tamar e também a sede do Ibama atraem visitantes interessados em aprender um pouco mais sobre o local. Todas as noites, há palestras muito concorridas sobre diversos temas ligados à natureza. As pautas diárias costumam abordar ecologia, golfinhos, tartarugas marinhas e outros assuntos.

Quando o sol vai embora e a noite chega, todo o bucolismo do centrinho da Vila dos Remédios cede lugar às baladas. Com um toque de preservação, é claro.

Música eletrônica, salto alto e luzes por todos os lados não atraem ninguém por lá. Afinal, o estilo da ilha pede forró, sandálias rasteiras e pé na areia. Tudo à luz da lua, é claro. E, modéstia à parte, os moradores confirmam que a balada é boa e segue noite afora entretendo todos que seguem à ilha em busca de calmaria.

ANOTE NA AGENDA E NÃO DEIXE DE VISITAR

Há locais que simplesmente marcam qualquer viagem. Em Fernando de Noronha, vários lugares seguem este conceito como é o caso da Praia do Boldró, queridinha dos turistas quando chega o verão. Visite também a Cacimba do Padre, considerada uma das praias mais compridas de Noronha com quase 1 km de extensão. É lá que está um dos melhores pontos para admirar a beleza do Morro dos Dois Irmãos. Aqui, vale a pena também curtir o pôr-do-sol, um visual digno de tirar o fôlego.

Quer outras praias? Não se preocupe que Noronha oferece muitas delas, todas com características únicas e um charme indescritível. É o caso da Praia do Cachorro, uma das mais badaladas da ilha, em virtude de sua proximidade com a Vila dos Remédios. Reserve um tempo para conhecer outras praias noronhenses, algumas muito escondidas, mas com paisagens que recompensam a dificuldade de acesso.

NO MAR DE FORA, A DICA É CONHECER…

As praias localizadas no Mar de Fora nem sempre são indicadas para o banho. A dica aqui é simplesmente ficar à toa, só contemplando as maravilhas do arquipélago. Por falar nisso, curta o mirante da Ponta das Caracas e também o da Ponta Air France, uma base de apoio criada pelos franceses nos anos 30.

Visite também o Buraco da Raquel, uma rocha furada onde, de acordo com a lenda local, uma menina chamada Raquel, filha de um dos comandantes militares, se refugiava. Se der, aprecie o pôr-do-sol deste ponto. Quem já viu, garante que é sensacional. A Praia do Atalaia, em frente à Ilha do Frade, é uma boa pedida para quem quer interagir com a natureza. No entanto, atente-se em relação à disponibilidade do passeio, afinal, para preservar a praia, o IBAMA permite grupos pequenos e visitas de no máximo 20 minutos.

Para fechar com chave-de-ouro a visita a Fernando de Noronha, visita a Baía do Sueste, ponto de encontro para tartarugas-marinhas. Com fácil acesso, a praia conquista admiradores pelo fato de ser permitido mergulhar com os animais. Não deixe de alugar o equipamento e se encantar com as tartarugas da região.

BAÍA DO SANCHO

A Baía do Sancho, vizinha da Baía dos Porcos, é considerada a praia mais bonita do Brasil e não há quem duvide deste título. Quem gosta de aves, fica encantado com o local, pois inúmeros ninhos estão por ali. Aproveite também para tomar um refrescante banho de mar neste ponto do arquipélago.

BAÍA DOS PORCOS

De porcos por lá, não há nada. O destaque são peixes coloridos nas piscinas naturais. O acesso é um pouco difícil, mas a satisfação de estar na segunda praia mais linda do Brasil, já vale o esforço.

SURF

Os surfistas ganham destaque em Fernando de Noronha, afinal, algumas praias deste santuário ecológico têm ondas perfeitas para a prática. O ponto de encontro para os adoradores do surf é na Praia da Cacimba do Padre, em Boldró, na do Cachorro e na Conceição, locais ótimos para curtir. Inclusive, a ilha possui até mesmo uma Associação de Surfistas visando desenvolver o esporte no arquipélago.

PARQUE NACIONAL MARINHO DE FERNANDO DE NORONHA

Este parque engloba dois terços da área total da principal ilha e é monitorado pelo Ibama. Os objetivos da reserva são proteger as espécies locais e de desenvolver projetos de pesquisa no arquipélago. Para que tudo isso dê certo, o Parnamar / FN mantém algumas regras como proibição de visita em algumas praias, mergulho autônomo, coleta de sementes, entre outras restrições.

MORRO DOS DOIS IRMÃOS

Não volte de Fernando de Noronha sem ter fotografado este gracioso ponto turístico do arquipélago. São duas elevações sobre o mar que parecem que brotam das águas. Formadas por rochas vulcânicas, as pedras “irmãs” possuem um depósito de “guano”, o que as deixa com uma camada esbranquiçada. Há uma história, chamada “lenda do pecado” que afirma que “são seios de uma mulher gigantesca, que se tornaram pedras em virtude de um pecado muito grande”.

PALÁCIO SÃO MIGUEL

Atual sede da administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, esta bela construção foi realizada entre os anos de 1947 e 1948, por pessoas da própria ilha onde estavam as ruínas da antiga Directoria do Presídio. Construção de grande valor arquitetônico, é mobiliada com móveis do início do século passado, bem como possui obras de valor incomensurável, como o vitral com a imagem do arcanjo São Miguel.

LOCALIZAÇÃO: centro da Praça d’Armas da Vila dos Remédios.

Gastronomia

TUBALHAU, TUBARÃO COM JEITINHO DE BACALHAU

Deu fome? Não se preocupe, pois o mar de Fernando de Noronha está para peixe. E para muitos frutos do mar também, diga-se de passagem. O arquipélago é conhecido por seu verdadeiro capricho no preparo dos quitutes e combina receitas variadas. O visitante pode provar o hambúrguer de lagosta e também a tapioca de charque.

Ao chegar à ilha, esteja preparado para provar uma outra iguaria certeira: tubalhau.

Se o nome lhe pareceu um tanto quanto familiar, você acertou: trata-se de uma combinação de tubarão com bacalhau. Na ilha, o tubarão é o animal mais pescado e um dos modos de preparo é semelhante ao feito com o bacalhau. Esta carne salgada torna-se a protagonista de muitos pratos do arquipélago. Inclusive, não se despeça da ilha sem cometer o pecado de saborear os maravilhosos bolinhos de tubalhau. Estes quitutes são o grande destaque do local e conquistam o paladar dos turistas apaixonados pelas delícias praianas.

De sobremesa, o destaque do arquipélago são as frutas cítricas, presentes nas proximidades. Outro grande queridinho dos turistas é o tradicional côco, costumeiro nas regiões praianas. Vale lembrar que a ilha, por ter um clima muito quente, exige que os viajantes se hidratem constantemente. Portanto, visitante, abuse das delícias naturais! Os sucos também são ótimas pedidas para os dias de calor. Aproveite o clima tropical e experimente refrescos a base de mangaba, caju, graviola, tamarindo, pitanga e goiaba.

ONDE COMER

TRATTORIA DI MORENA

Os pratos são inspirados no que há de melhor na culinária italiana. E para acompanhar uma boa massa, aproveite a variedade da carta de vinhos.

ENDEREÇO: Rua Nice Cordeiro, 2600.

MUSEU DO TUBARÃO

Com esse nome, já dá para saber qual é a especilidade da casa. Tem tubarão de todos os jeitos, seja em aperitivo, prato principal ou lanche. Também há boas opções de peixes e frutos do mar.

ENDEREÇO: Av. Joaquim Ferreira Gomes, 40.

TARTARUGÃO BAR E RESTAURANTE

Ideal para gostos variados, já que o cardápio do lugar é baseado na culinária contemporânea, nordestina e de Fernando de Noronha.

ENDEREÇO: Alameda do Boldro, 238.

RESTAURANTE ZÉ MARIA

Restaurante da pousada que leva o mesmo nome, possui uma variedade imensa de pratos, com destaque principal para a culinária nordestina.

ENDEREÇO: Rua Nice Cordeiro, 1.

CACIMBA BISTRÔ

De cardápio variado, com a opção do cliente poder montar o próprio prato, o local é aconchegante, com bela decoração.

ENDEREÇO: Pça. Pres. Eurico Dutra, 9.

Curiosidades

EM NORONHA, O IMPORTANTE É PRESERVAR!

Fernando de Noronha não poderia ser igual aos outros destinos de forma alguma. Por isso, até a hora por lá é diferente, em virtude do arquipélago estar em outro fuso horário. Esse pedaço do paraíso está sempre uma hora adiantado de Brasília, mesmo no horário de verão. Outra curiosidade de Noronha é em relação ao dessalinizador marinho, que ajuda no reabastecimento de água, afinal, não há nascentes no arquipélago. Por dia, são “produzidos” 288 mil litros de água, quantidade que representa 40 porcento do consumo de Fernando de Noronha.

Devido à preocupação com o meio ambiente, a regra na ilha é clara: proibido banhos quentes. Na verdade, como Noronha não possui uma rede elétrica desenvolvida, a energia provém de geradores a diesel e também da captação das águas da chuva, por que não fazer um processo de conscientização? A solução foi prática, afinal, economiza-se água (em virtude dos banhos não serem quentes) e energia elétrica. Algumas hospedarias se diferenciam por oferecerem banhos quentes, uma comodidade que pode ser dispensável naquele paraíso.

Outro diferencial de Fernando de Noronha é em relação à Taxa de Preservação Ambiental, cobrada por dia e por passageiro. Este pagamento visa assegurar a manutenção das condições ambientais e ecológicas do arquipélago. Além disso, este imposto refere-se ao trânsito e à permanência de pessoas na ilha, afinal, a contribuição aumenta conforme a estadia do turista no arquipélago.

Para se ter uma idéia de quanto é, se o viajante ficar por um mês em Noronha, irá desembolsar, em média, três mil reais de tributo para que este paraíso continue assim: lindo e preservado!

A VERDADEIRA ESMERALDA DO ATLÂNTICO

O arquipélago é conhecido como a esmeralda do Atlântico (imagine o porquê!). Suas águas de tons azulados e esverdeados foram as protagonistas para a escolha deste apelido. E por falar nisso, Noronha tem este nome por causa da expedição liderada por Fernão de Loronha e comandada por Américo Vespúcio.

Já que o assunto é história, é importante lembrar que a ilha foi a primeira capitania hereditária de nosso país.

Lá está localizada a menor BR de todo o Brasil, a BR 363, com quase 10 km de extensão. Além disso, as pousadas e hotéis possuem uma classificação diferente da conhecida por número de estrelas. A Administração de Fernando de Noronha, Embratur e Empetur adotaram que as hospedarias recebem a categoria relacionada aos golfinhos, onde as que possuem três golfinhos são as melhores. Já que o assunto é o dócil animal, até a televisão, leva o nome do mamífero.

Afinal, é o Sistema Golfinho de Comunicação que leva informação aos moradores através da TV Golfinho e da Rádio Noronha/Transamérica.

A ilha também é famosa por ser palco para as graciosas tartarugas marinhas que desovam em algumas praias. É lá que está uma das bases do Projeto TAMAR, que realiza diferenciados estudos com as espécies. As praias protegidas pelo Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha são as do Leão e a do Sancho, importantes para as tartarugas marinhas. Inclusive, entre janeiro e julho, a Praia do Sancho é interditada das 18h às 6h por ser local de desova de tartarugas marinhas. E não ouse desobedecer, afinal, a regra por ali é preservar!

Fonte: www.cvc.com.br

Fernando de Noronha

Conheça em um só lugar, as melhores praias do Brasil

Considerado um perfeito paraíso na Terra, Fernando de Noronha abriga um rico ecossistema e uma beleza natural estonteante. O visitante começa a perder o fôlego ainda no avião, com a exuberante vista do arquipélago. Tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural, o arquipélago de Fernando de Noronha é um dos principais parques marinhos do Brasil, sendo um local de intensa preservação ambiental. Apesar de estar mais próximo ao estado do Rio Grande do Norte, Noronha pertence a Pernambuco.

O conjunto apresenta belíssimas ilhas, praias, formações rochosas e vegetação nativa, além de oferecer o espetáculo dos golfinhos, que dão verdadeiros shows de acrobacia.

Com ótimas pousadas e bons restaurantes, a ilha se destaca pela segurança. O turista até esquece que está no Brasil.

Apesar das praias do nordeste apresentarem muita beleza, após conhecer as praias de Noronha, você não mais se surpreenderá com as outras praias brasileiras.

O clima também é perfeito. Se amanhecer com um pouco de nuvens, é quase certo, que em pouco tempo o vento ficará encarregado de limpar o céu e o sol virá bem intenso.

Na paisagem, o morro dois irmão, e o pico, são presenças constantes na maior parte da ilha.

As praias imperdíveis

Baía do Sancho
praia do Leão
baia dos Porcos
Sueste
Cacimba do Padre
Conceição
Porto
Atalaia

Como chegar

Atualmente já existem vôos diretos para ilha, apenas com escala, sem conexão em Recife, o que facilita em muito a viagem. O jeito antigo é ir até Recife, capital de Pernambuco ou Natal, capital do Rio Grande do Norte, e de uma dessas duas cidades pegar o vôo até a ilha, que dura cerca de 1 hora.

Vale a pena

Mergulhar com snorkel nas praias do Sueste, Porto e do Sancho para ver muitos peixes, tartaruga, moréias e até tubarões.

Surfar na praia da Cacimba do Padre.

Passar o final do dia na praia da Conceição vendo os pássaros mergulharem nas ondas para pegar peixes.

Ver o pôr do sol no boldro.

Acordar cedo, e andar na trilha para ver os golfinhos, na própria baia dos golfinhos.

Tentar ir até a praia do Atalaia para ver a piscina natural dos peixes. O problema é saber se a visitação irá estar liberada.

Conhecer a Fortaleza dos Remédios.

Curtir toda a beleza da ilha, toda a sua segurança e a hospitalidade dos moradores.

Passear pela menor BR brasileira sem trânsito.

Quem gosta de reggae curte a Pizzaria, cuja menor das atrações é a pizza. Do outro lado da rua, tem o forró no Bar do Cachorro.

E para os fãs de animais exóticos, conhecera a Mabuia, presente em qualquer canto da ilha.

Pousadas que estão mais para hotéis cinco estrelas.

Seguem nossas indicações:

Zé Maria
Maravilha
Triboju
Teju-açu
Beijupirá
Solar de Loronha
Pousada do Vale

Quando ir

Em Fernando de Noronha, a temperatura média é de 28 graus na terra e 26 graus no mar. Há duas estações bem definidas. A seca (de setembro à março) e outra chuvosa (de abril à agosto), sendo que o período de chuva é caracterizado por chuvas esporádicas, intercaladas por sol intenso.

Curiosidade

Antes de se tornar o paraíso turístico e ecológico dos dias atuais, o arquipélago foi local de detenção de condenados enviados a cumprir pena no presídio ali existente, que funcionou de 1737 a 1942, sendo que de 1938 em diante apenas para presos políticos do Estado Novo.

Fonte: www.clubedoshomens.com.br

Fernando de Noronha

O arquipélago de Fernando de Noronha, apontado como santuário ecológico, está localizado a 500 km da costa recifense e é constituído por 21 ilhas e ilhotas, entre elas Fernando de Noronha (com 15 km²), Rata, do Lucena, do Meio, Rasa, de S. José, Cuscus e Cabeluda, que abrigam diversas espécies animais e vegetais, algumas, inclusive, em processo de extinção. Também é formado de rochas vulcânicas, escarpadas nas costas, além de rochedos menores, ocupando ao todo uma área de 26 km², tendo um clima ameno e o solo fértil.

O arquipélago foi descoberto em 1503, pela armada de Américo Vespúcio, comandada por Gonçalo Coelho, que teve um dos seus navios naufragado em 10 de agosto daquele ano, quando de uma expedição exploradora da costa brasileira.

Em 16 de janeiro de 1505, El Rei D. Manoel doa a ilha a Fernan de Loronha, fidalgo financiador da expedição que a descobrira, como primeira Capitania Hereditária do Brasil, mas a ilha permaneceu em total abandono, pois seu donatário nunca se interessou por ela.

De 1505 a 1630, o arquipélago foi abordado por navegadores, cronistas, missionários e aventureiros e foram, sem dúvida, os viajantes estrangeiros que registraram a vida e a beleza da ilha nesse período, tanto através de relatos escritos como na forma iconográfica, pela mão dos artistas da época.

De 1635 a 1654, a ilha esteve ocupada pelos holandeses, de onde surgiram as primeiras modificações, como os experimentos agrícolas, a criação de animais e construções. Os holandeses a fortificaram, utilizando-a como presídio. Foram eles que ergueram um pequeno reduto, onde hoje é a fortaleza dos Remédios.

Depois que foram expulsos, a ilha ficou novamente abandonada, e só em 1736 caiu nas mãos dos franceses, que ampliaram as fortificações, das quais, hoje, só existem ruínas.

Em 1737, os portugueses, através da Capitania de Pernambuco, além de expulsarem os franceses, ergueram fortificações, as vilas de Nossa Senhora dos Remédios, com dois presídios, e a da Quixaba, que abrigou um alojamento para reclusos de mau comportamento. É desta época, o início da Colônia Correcional para presos comuns, que durou até 1938.

Vale registrar que, durante o Império, Fernando de Noronha esteve sob a jurisdição do Ministério da Guerra (1823 a 1877) e do Ministério da Justiça (1877 a 1891) como local de prisão civil, tendo recebido como presos ilustres Barbosa Lima e Abreu e Lima.

Em 1938, o Governo Federal, diante da necessidade de um local para recolher os presos políticos das intentonas de 1935 e 1937, solicitou ao interventor de Pernambuco, Agamenon Magalhães, a cessão da ilha que servia de presídio do Estado de Pernambuco, mediante uma quantia em dinheiro para construção de uma penitenciária agrícola modelo, na Ilha de Itamaracá e de uma ponte ligando-a ao Continente. Ressalte-se que, na época, o presídio de Fernando de Noronha era um peso para o Governo de Pernambuco, devido à distância e às dificuldades de comunicação.

No Estado Novo, década de 30, tornou-se presídio político, permanecendo nesta condição até 1942, quando então é declarado Território Federal pelo Decreto-Lei nº 4.102, de 9 de janeiro de 1942, em razão de sua localização estratégica no Atlântico, devido à ameaça da Segunda Guerra. Noronha torna-se, então, uma base avançada de guerra, onde mais de três mil homens do Destacamento Misto moraram, ao lado de uma companhia americana, instalada para construir o novo aeroporto.

De 1942 a 1988, o arquipélago ficou sob o comando dos militares, surgindo várias modificações no espaço urbano, como as vilas hierarquizadas, ou seja, as casas variavam de tamanho de acordo com a patente do militar.

Nesse período, pode-se citar alguns presos políticos importantes para a história do Brasil, como Gregório Bezerra, Miguel Arraes, Agildo Barata Ribeiro.

Efetivamente, o regime militar, durante o período de dominação na ilha, teve praticamente sob seu comando toda a vida da população civil, colocando-se como fornecedor de bens materiais e prestador de ampla assistência. Os ilhéus não precisavam comprar nada, a não ser comida.

Em compensação, eram os últimos a adquiri-la, sendo também proibidos de ir à baía do Sueste e à praia do Boldró, reservadas ao lazer dos militares, assim como de viver fora dos padrões estabelecidos: mãe solteira ou homossexuais, por exemplo, não podiam morar no local em hipótese alguma.

Em setembro de 1986, inicia-se o primeiro governo civil, o de Fernando César Mesquita, e com ele um fluxo migratório intenso, gerando mudanças importantes, quer seja na delimitação espacial, quer seja em outras esferas da vida social.

Pouco tempo depois, por força da Constituição de 1988, o arquipélago foi novamente anexado ao Estado de Pernambuco.

O administrador da ilha é indicado pelo governador do Estado de Pernambuco, tendo sua sede no Palácio São Miguel e conta ainda com um conselho distrital, eleito pelos moradores.

Atualmente, o arquipélago é visitado por centenas de pessoas, em busca da sua beleza natural, da sua história e para a prática de surf e mergulho de apnéia, sendo a visitação rigorosamente controlada, visando à preservação do meio ambiente.

Pode-se citar como passeios obrigatórios, o pôr-do-sol, que segundo os visitantes é um espetáculo à parte; a praia da Conceição, uma das mais belas e extensas praias do arquipélago, sendo bastante freqüentada pelos ilhéus e visitantes; a Baía do Sancho, outro ponto muito procurado, cercada por um paredão, cujo acesso pode ser por meio de uma escada fincada na rocha, por pequena trilha ou por mar.

Continuando por pontos deslumbrantes, a praia do Leão, a maior em extensão, tem uma das mais estonteantes paisagens do arquipélago, sendo o principal local de desova das tartarugas marinhas. A formação das piscinas naturais e os esguichos, semelhantes a um gêiser, são resultantes da entrada de água sob pressão na maré em enchente por debaixo dos corais.

Na praia da Caieira, pode-se deparar com o maior aquário natural do País. Suas piscinas na maré seca são extremamente rasas, com média de 80cm de profundidade, o que possibilita a visualização da variedade da fauna marinha existente na região. Para cuidar e conservar tamanho tesouro, a praia está localizada na área do Parque Nacional Marinho, projeto destinado à preservação ecológica.

Como bem o disse o Cel. Olegário Marcondes:

“a ilha é encantada, um pequeno e verdejante oásis balouçando sobre as ondas do mar profundo, emoldurada de lindas e sinuosas praias, onde a brancura da areia se confunde com o brilho excessivo do sol, aqui e ali abrandado pelas sombras dos coqueiros… Fernando de Noronha é para ser vivida e não descrita”.

FONTES CONSULTADAS:

DICIONÁRIO enciclopédico brasileiro ilustrado. 6.ed. Porto Alegre: Globo, 1958.
FERNANDO de Noronha. Revista Fácil, Recife, ano 7, n.8, p.38, 40, ago. 2002.
FERNANDO de Noronha: muita história para contar. Revista Fácil, Recife, ano 3, n.11, p.52-53 maio/jun. 1999.
IMBIRIBA, Beatriz de Lalor. História de Fernando de Noronha. Recife: Imprensa Industrial, 1951.
LIMA, Janirza Cavalcante da Rocha. Nas águas do arquipélago de Fernando de Noronha. 2000. Tese (doutorado)-Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2000.

Fonte: basilio.fundaj.gov.br

Fernando de Noronha

DECRETO N° 96.693, DE 14 DE SETEMBRO DE 1988

Cria o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando das atribuições que lhe confere o art. 81, item III, da Constituição, e o que dispõe o art. 5°, alínea a, da Lei n° 4.771, de 15 de setembro de 1965,

DECRETA:

Art. 1° Fica criado, no Território Federal de Fernando de Noronha, o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, com o objetivo de proteger amostra representativa dos ecossistemas marinhos e terrestres do arquipélago, assegurando a preservação de sua fauna, flora e demais recursos naturais, proporcionando oportunidades controladas para visitação, educação e pesquisa científica e contribuindo para a proteção de sítios e estruturas de interesse histórico-cultural porventura existentes na área.

Art. 2° O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, localizado no Mar Territorial Brasileiro, entre as coordenadas geográficas 3°45′ 3°56′ sul e 32°20′ longitude WGr, está compreendido dentro do seguinte perímetro:

Partindo do ponto 1, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’02,5″S e 32°26’33,2″WGr, localizado na extremidade sudeste das Ilhas Dois Irmãos, segue por uma linha reta até o ponto 2, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’06,9″S e 32°26’33,2″WGr, localizado no divisor de águas secundário; daí, segue pelo citado divisor até o ponto 3, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’23,5″S e 32°26’28,0″WGr, localizado na Estrada Principal; daí, segue pela citada estrada, na direção oeste, até o ponto 4, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’37,2″S e 32°26’32,9″WGr, localizado no cruzamento com uma estrada secundária; dai, segue pela citada estrada, na direção geral sul, passando pelos pontos 5, 6 e 7, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’44,0″S e 32°26’29,3″WGr, 03°51’43,9″S e 32°26’12,6″WGr, 03°52’03,0″S e 32°26’07,3″WGr, até o ponto 8, de coordenadas geográficas aproximadas 03°52’06,6″S e 32°25’57,2″WGr, localizado no cruzamento com a estrada do Rádio Farol; daí, segue pela estrada principal, em direção ao aeroporto, até o ponto 9, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’44,3″S e 32°25’29,0″WGr; daí, segue por outra estrada, em direção à cabeceira da pista de pouso, até o ponto 10, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’27,0″S e 32°24’51,4″WGr; daí, contorna-se a pista de pouso até o ponto 11, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’19,7″S e 32°25’02,0″WGr, localizado na linha de cota altimétrica 50 metros; daí, segue pela citada linha de cota até o ponto 12, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’12,0″S e 32°24’54,0″WGr, localizado no prolongamento do divisor de águas secundário; daí, segue pelo citado divisor até o ponto 13, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’07,1″S e 32°24’55,7″WGr, localizado na linha de cota altimétrica 100 metros; daí, segue pela citada linha altimétrica até o ponto 14, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’00,9″S e 32°24’40,1″WGr, daí, segue por uma linha reta até o ponto 15, de coordenadas geográficas aproximadas 03°50’59,6″S e 32°24’40,1″WGr, localizado na linha de cota altimétrica 107 metros, junto ao Morro do Curral; daí, contorna-se o citado morro até o ponto 16, de coordenadas geográficas aproximadas 03°50’56,0″S e 32°24’34,0″WGr, localizado na linha de cota altimétrica 107 metros; dai, segue por uma linha reta até o ponto 17, de coordenadas geográficas aproximadas 03°50’56,0″S e 32°24’31,4″WGr, localizado na cabeceira de um riacho sem denominação; daí segue por este, a jusante, até o cruzamento com a linha de cota altimétrica 50 metros, no ponto 18, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’03,0″S e 32°24’28,9″WGr; daí, segue pela citada linha de cota até o divisor de águas secundário, no ponto 19, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’22,3″S e 32º24’20,5″ WGr; daí, segue pelo divisor de águas até o ponto 20, de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’01,9″S e 32°24’14,0″WGr, localizado na linha de cota altimétrica 100 metros, junto ao Morro do Francês; daí, segue pela citada linha de cota até o ponto 21, de coordenadas geográficas aproximadas 03°50’52,8″S e 32°24’18,1″WGr, localizado no divisor de águas principal; daí, segue pelo citado divisor até o ponto 22, de coordenadas geográficas aproximadas 03°50’47,9″S e 32°24’27,8″WGr, localizado na estrada; daí, segue pela citada estrada, até um cruzamento, no ponto 23, de coordenadas geográficas aproximadas 03°50’43,0″S e 32°24’30,l”WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 24, de coordenadas geográficas aproximadas 03°5O’37,6″S e 32°24’18,1″WGr, localizado na cabeceira do Riacho da Caieira; daí, segue por este, a jusante, até sua foz na enseada da Caieira, no ponto 25 de coordenadas geográficas aproximadas 03°50’23,5″S e 32°24’06,4″WGr; daí, segue pela orla marítima até o ponto 26, de coordenadas geográficas aproximadas 03°49’53,8″S e 32°24’03,8″WGr, localizado na Ponta de Santo Antônio; daí, segue por uma linha reta até o ponto 27, de coordenadas geográficas aproximadas 03°49’43,1″S e 32°24’17,6″WGr, localizado na extremidade oeste da Ilha do Cuscuz; dai, segue por uma linha reta até o ponto 28, de coordenadas geográficas aproximadas 03°48’09″S e 32°24’18″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 29, de coordenadas geográficas aproximadas 03°47’33″S e 32°10’06″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 30, de coordenadas geográficas aproximadas 03°47’33″S e 32°22’06″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 31, de coordenadas geográficas aproximadas 03°50’36″S e 32°20’58″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 32 de coordenadas geográficas aproximadas 03°51’24″S e 32°21’22″WGr; daí, segue por linha reta até o ponto 33, de coordenadas geográficas aproximadas 03°52’42″S e 32°21’20″WGr; dai, segue por uma linha reta até o ponto 34 de coordenadas geográficas aproximadas 03°54’00″S e 32°21’20″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 35, de coordenadas geográficas aproximadas 03°55’00″S e 32°23’13″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 36, de coordenadas geográficas aproximadas 03°54’36″S e 32°25’18″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 37, de coordenadas geográficas aproximadas 03°53’48″S e 32°25’42″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 38, de coordenadas geográficas aproximadas 03°52’42″S e 32°29’08″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 39, de coordenadas geográficas aproximadas 03°52’03″S e 32°29’08″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 40, de coordenadas geográficas aproximadas 03°49’23″S e 32°26’28″WGr; daí, segue por uma linha reta até o ponto 1, inicial da descrição, fechando o perímetro da área em questão com a superfície aproximada de 11.270ha (onze mil, duzentos e setenta hectares).

Parágrafo único. Ficam também incluídas no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha todas as ilhas e ilhotas situadas ao redor da Ilha de Fernando de Noronha e não englobadas nos limites acima descritos.

Art. 3° O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha fica sujeito ao que dispõem, com relação à matéria, as Leis n°s 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 5.197, de 3 de janeiro de 1967, e o Decreto n° 84.017, de 21 de setembro de 1979.

Art. 4° Ficam excluídas da Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha Rocas, São Pedro e São Paulo, criada pelo Decreto n° 92.755, de 5 de junho de 1986:

I a área do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, com os limites descritos no art. 2° deste Decreto; e

II a Reserva Biológica de Atol das Rocas, com os limites definidos no Decreto n° 83.549, de 5 de junho de 1979.

Art. 5° O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha fica subordinado ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal IBDF.

Art. 6° As restrições deste Decreto não se aplicam no caso de utilização do Território para fins de operações militares (art. 3° da Lei n° 7.608, de 30 de junho de 1987).

Art. 7° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 14 de setembro de 1988; 167° da Independência e 100° da República.

JOSÉ SARNEY
Henrique Saboia

Fonte: www.cprh.pe.gov.br

Fernando de Noronha

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha

Em 1988 o Decreto nº 96.693 criou o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, subordinado ao Ibama. No mesmo ano, a promulgação da Constituinte reintegrou Fernando de Noronha a Pernambuco.

O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha – PARNAMAR / FN é formado por 2/3 da ilha principal e vai até onde o mar tiver a isóbata de 50 m. Nele estão incluídas todas as ilhas secundárias. Sua extensão total é de 112,7 km² e tem um perímetro de 60 km.

Os objetivos do Parque são proteger as amostras representativas dos ecossistemas terrestre e marinho, preservar a fauna, flora e demais recursos naturais, proporcionar oportunidades controladas de visitação, lazer, educação ambiental e pesquisa científica e contribuir para a preservação dos sítios históricos.

Dentro da área do PARNAMAR / FN é proibido

1. pescar ou praticar caça submarina e portar materiais próprios para estas atividades;

2. introduzir animais e plantas; abater, capturar, perseguir e alimentar animais;

3. alterar a vegetação e coletar sementes, raízes e frutos; coletar conchas, corais, pedras, animais vivos ou partes de organismos;

4. mergulhar nas piscinas naturais da baía dos Porcos; descer e mergulhar nas piscinas do Buraco da Raquel e da ponta das Caracas;

5. visitar a praia do Leão e a baía do Sancho, de janeiro a julho, no horário das 18 às 6h, devido às desovas de tartarugas marinhas (aruanãs);

6. nadar e mergulhar com os golfinhos, mesmo fora da baía, e parar embarcações nas imediações da baía dos Golfinhos;

7. parar embarcações, com exceção da parada para banho na baía do Sancho;

8. jogar lixo, ponta de cigarros e outros detritos;

9. visitar ilhas, ilhotas e rochedos;

10. acampar, pernoitar e fazer fogo na ilha principal;

11. visitar todas as áreas de uro restrito, sem autorização;

12. caminhar sobre os arrecifes das praias de Atalaia e Leão e da baía Sueste;

13. escrever ou pichar em árvores, rochas ou placas;

14. usar nadadeiras, tênis, protetor solar e similares na praia de Atalaia;

15. acesso de embarcações e veículos não credenciados;

16. praticar mergulho autônomo sem ser através de empresas credenciadas.

Trilhas

São cinco as trilhas definidas dentro da área do Parque, que podem ser visitadas com autorização do IBAMA e acompanhamento de condutores credenciados:

Trilhas com autorização do IBAMA

1. Trilha dos Golfinhos (início e término na Quixaba)

2. Trilha Sancho / Porcos (início na praia da Cacimba do Padre; término na baía do Sancho).

3. Trilha Capim-açu (aberta somente de agosto a fevereiro. Início e fim na praia do Leão).

4. Trilha do Farol (íngreme e de percurso longo).

5. Trilha da Pontinha / Pedra Alta (início na enseada da Caeira e término na Vila do Trinta).

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Em outubro de 1988 o Governo de Pernambuco recebeu o arquipélago de Fernando de Noronha, reintegrado a esse Estado por força da Constituição. Pelas diversas ocupações que teve, nesses anos todos em que esteve sob a custódia da União, muitos foram as interferências sofridas pela ilha, tanto no seu patrimônio edificado, com o abandono das construções antigas e o uso das casas pré-moldadas, como pelas introduções de plantas, animais e pela destinação de grandes áreas para moradia.

O medo de que a área contida fora do Parque Nacional Marinho, criado poucos dias antes da reintegração do arquipélago a Pernambuco pudesse sofrer maiores danos e o desejo de desenvolver estudos que permitissem o uso racional desse espaço determinou a criação, em 07/04/1989, da Área de Proteção Ambiental – APA., pelo Decreto Estadual nº 13.555 / 89 enquadrando-o como um espaço de uso residencial, espaço de atividades múltiplas e zonas especiais de preservação.

TRILHAS DA APA / FN

1. Trilha Jardim Elizabeth – parte da Vila dos Remédios. Percorre áreas de vegetação intensa, remanescente das “hortas” implantadas desde o século XVII, pelos holandeses, para aclimatação de plantas. Termina no Parque de Sant’Ana, acima da praia do Cachorro

2. Trilha Costa Azul – parte da Vila dos Remédios. Percorre algumas praias do “mar-de-dentro”. Ultrapassa o morro do Pico e termina na praia do Boldró.

3. Trilha Costa Esmeralda – parte do Forte de São Pedro do Boldró. Percorre outras praias e baías do “mar-de-dentro” e termina no acesso à baía dos Porcos.

TÍTULO RECEBIDO DA UNESCO

Pela especiais condições do arquipélago, em 13 de dezembro de 2001 foi-lhe concedido, pela UNESCO, o título de SÍTIO DO PATRIMÔNIO MUNDIAL NATURAL, título esse entregue em 27 de dezembro de 2002, ao Governador do Pernambuco.

Sítio do Patrimônio Mundial Natural

As excepcionais condições ambientais de Fernando de Noronha atraíram a atenção dos ambientalistas de todo o mundo e de organismos preservacionistas, envolvidos na luta em defesa da natureza, fazendo surgir a proposta de concessão – pela UNESCO – de um título que reconhecesse essas especiais condições, com a inscrição do arquipélago na lista dos lugares contemplados como “patrimônio mundial”.

Um minucioso documento de proposição foi elaborado, identificando tudo aquilo que caracterizasse esse patrimônio ambiental, acrescido ainda de informes a respeito das marcas da presença do homem, nos quase 500 anos de interferências.

Ao longo do ano de 2001, análises foram feitas, não só da documentação oficialmente encaminhada, com em visitas técnicas de especialistas que, in loco, analisaram essas condições e emitiram parecer positivo.

Assim, em 13 de dezembro de 2001, Fernando de Noronha foi inscrito nesse seleto grupo de lugares reconhecidamente especiais, com o título de “SÍTIO DO PATRIMÔNIO MUNDIAL NATURAL”. O diploma foi entregue um ano mais tarde, em 27 de dezembro de 2002.

Com essa honrosa titulação, cresce a responsabilidade daqueles que vivem ou visitam Fernando de Noronha, que assumem o compromisso de contribuir para que a preservação rigorosa seja mantida, obedecendo às normas estabelecidas no “Plano de Manejo” do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e amplamente divulgadas no arquipélago.

Fonte: www.noronha.pe.gov.br

Parque Nacional de Fernando de Noronha

Originadas de processos vulcânicos relativamente modernos, essas ilhas constituem importantes picos da dorsal mediana do Atlântico, uma cadeia de montanhas submersas que divide ao meio o Oceano Atlântico e se alonga da Antártida até o Ártico, numa extensão de mais de 15 mil quilômetros.

Distante 345 km da costa do Rio Grande do Norte e cartão postal do Oceano Atlântico, o arquipélago de Fernando de Noronha é formado por seis ilhas maiores Fernando de Noronha, Rata, Maio, Lucena, Sela Gineta e Rasa além de catorze rochedos praticamente inacessíveis.

A única ilha habitada é a de Fernando de Noronha, a maior de todas, mas, mesmo aí, não há na área cursos d’água perenes apenas riachos, como o Boldró, Maceió e Molungu. que secam todos os anos na época da estiagem.

A vegetação é semelhante à do agreste pernambucano, com cactos e arbustos de espinhos. As condições do solo, pedregoso e pouco profundo, e as longas estiagens, contribuem para o aspecto baixo e rarefeito da vegetação. Quando chove, no entanto, a ilha fica toda verde, com grama espessa nas pequenas planuras.

Mas os principais atrativos e riqueza do Parque não estão em terra, e sim no mar. Sob as águas cristalinas e profundas do Oceano Atlântico, um verdadeiro paraíso submarino se apresenta na forma de extensos recifes de corais, onde as lagostas encontram proteção para desovar.

A abundância de crustáceos é acompanhada por cardumes de golfinhos (Stenella longirostris), em permanente e alegre evolução, e grande variedade de tubarões, meros e outros peixes de grande porte. Com eles convivem em harmonia cardumes de peixinhos coloridos, como os cocorocas (Hemulon plumieri), sargentinhos (Felichthys bagre) e frades-reais (Holocanthus chiares).

De janeiro a maio, a tartaruga-marinha (Chelonia mydas) desova em algumas praias de Fernando de Noronha, enquanto na baía dos Golfinhos esses cetáceos podem ser vistos na maior parte do dia, durante o ano todo. Ali, eles acasalam, criam os filhotes e executam seu balé aquático.

As aves estão representadas pela viuvinha-branca (Gysgys alba), toda branca com exceção dos olhos, patas e bico, que são negros, viuvinha-preta (Anous stolidus), fragata (Fregata magníficens) e o elegante rabo-de-junco (Phaethon lepturus). Outro espetáculo é o vôo do pequeno sebito (Vireo gracilirostris), que habita apenas as áreas arborizadas da Ilha, e nenhum outro lugar do mundo.

O acesso é feito por via aérea a partir de Recife, João Pessoa ou Natal. Pode-se também alugar barco pesqueiro nessas cidades, para uma viagem que dura de 12 a 36 horas, dependendo das condições do mar. A hospedagem é feita em pousadas, e a época mais seca é de agosto a janeiro.

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha

Data de criação: 14 de setembro de 1.988, pelo decreto federal nº. 96.693.
Localização: Pernambuco, no mar territorial brasileiro.
Área: 11.270 hectares
Perímetro: 60 km
Clima: tropical, quente.
Temperaturas: média anual de 26ºC, máxima absoluta de 32ºC e mínima absoluta de 28ºC.
Chuvas: Entre 1250 e 1500 mm anuais.
Relevo: ocidentado.

Fonte: paginas.terra.com.br

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