Ilha Grande

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Ilha Grande – História

Ilha Grande foi descoberta em 1502 e era então habitada por índios “Tupinamba”. Os Tupinambá chamaram a ilha de Ipau Guass, que significa ilha grande. Outra tribo, Goianaz, chamava a ilha de Poro ou Ipau Pora, que significa ilha linda e maravilhosa. Os índios usavam a ilha como lar para os idosos porque sentiam que não havia animais perigosos na ilha. Por muito tempo depois do descobrimento da Ilha Grande abrigou aqui piratas franceses, ingleses e holandeses. A ilha também foi usada como ilha para o comércio de escravos e mais tarde como colônia de trabalho para prisioneiros. Nos anos 1700 iniciou uma longa guerra entre portugueses, franceses e indianos que atrasou a colonização em cerca de 150 anos. Em 1800 começaram os primeiros colonos, camponeses e escravos que chegaram à ilha. Depois vieram os pescadores que construíram as primeiras aldeias.

Aqui funcionou como presídio até 1994 e é justamente por isso que Ilha Grande é conhecida. Graças à prisão, existia esta aldeia onde as pessoas viviam e trabalhavam. O fechamento do presídio mudou a vida de Ilha Grande, antes as pessoas não queriam visitar a ilha por medo dos presos fugitivos. Paradoxalmente, foi precisamente a existência da prisão que conseguiu preservar tão bem a ilha. Agora a aldeia só tem algumas pessoas a viver aqui. Há uma pequena loja que vende alimentos básicos e poucos produtos nacionais. Não há hotéis e é proibido acampar.

Os índios Tamoios foram os primeiros habitantes da Ilha Grande. Eram grandes flecheiros, destros caçadores, pescadores de linha e mergulhadores. Viviam de modo diferente dos outros indígenas.

Suas aldeias eram fortificadas com estacas a que chamavam “caiçaras” e compunham-se de cinco ou seis ocas, abrigando cerca de 150 a duzentas pessoas no seu total. Sua língua era diferente das que eram faladas pelos índios dos arredores.

Denominavam a Ilha de Ipaum Guaçu (Ipaum significando Ilha, Guaçu, grande).

Algumas outras expressões indígenas também acabaram se tornando a denominação atual de locais na Ilha: Araçatiba, Provetá, Acaiá, etc. Sendo a maior ilha do litoral Fluminense, fora doada por Martim Afonso de Souza em 1559 ao Dr. Vicente da Fonseca.

Este, de posse das terras, chamou ao Brasil diversos açorianos, doando aos mesmos grandes lotes da Ilha, que por sua vez, convidaram seus parentes do Arquipélago Açoriano, dando início à colonização do lugar.

Ilha Grande sofreu também inúmeros ataques feitos por piratas. Eram tantos os ataques e abusos acontecendo no trecho de Cabo Frio a Santa Catarina, que Felipe II da Espanha resolveu manter uma guarda costeira para a região, nomeando Martim de Sá seu comandante em 1617. Uma de suas resoluções foi a de proibir a colonização na ilha, o que persistiu até pouco antes do final do Sec. XVIII.

Com a descoberta do ouro e da prata no Peru, no fim do século XVI, a bacia do Prata tornou-se o local de onde as riquezas vindas do Peru eram carregadas pela frota espanhola. Entre a Europa e a bacia do Prata os locais mais convenientes (ao sul) para o reabastecimento de água e lenha eram as ilhas de Santa Catarina, São Sebastião e Ilha Grande.

No mesmo período, ocorreu o fim da “Invencível Armada”, quando Portugal ficou sob o domínio espanhol que incorporou a maior parte da armada lusitana. Portugal, desfalcado de sua Marinha, ficou a costa brasileira despoliciada.

Desse fato resultou a intensificação do contrabando do Pau-brasil e depois, de muitos outros tipos de contrabando. Piratas e aventureiros de várias nacionalidades navegavam pela costa brasileira e assaltavam as naus espanholas carregadas de riquezas. Diversos pontos da costa brasileira serviam de refúgio, abrigo e porto de abastecimento.

A Ilha Grande, ao sul, destaca-se. Nela os contrabandistas e Piratas encontravam o abrigo mais seguro, além da tranqüilidade para obter o repouso necessário. Havia fartura de água potável e madeira e dificilmente eram molestados pelos portugueses. Os holandeses também marcaram presença na Ilha Grande, no início do século XVII.

Registraram-se alguns conflitos entre holandeses e mestiços índios-portugueses que habitavam a Ilha. Os holandeses deixaram herança genética na ilha, o que pode ser observada pela presença de nativos com alguns traços índios, olhos azuis e cabelos loiros. Com a invasão holandesa no norte do Brasil, a freqüência daqueles navios tornou-se rara na baía da Ilha Grande.

Depois dos holandeses que tiveram passagem curta pela Ilha Grande, vieram os franceses, no início do século XVIII e por 17 anos (1701-1718). Um dos pontos de interesse dos corsários franceses pela Ilha Grande, residia no fato da ilha ser vizinha à Paraty, porto marítimo de escoamento do ouro extraído das minas gerais; a inexistência de fortificações e de tropas; abundância de lenha e água, além do que, preferiam a Ilha Grande para se refrescarem, pois a geografia dela apresentava, ante qualquer surpresa,uma melhor possibilidade de fuga.

Existem registros de que vários navios carregados de mercadoria de origem francesa, principalmente de tecidos, descarregaram na Ilha Grande, precisamente nas Enseadas das Palmas, Abraão e Sítio Forte.

A colonização da Ilha se deu somente entre 1725 e 1764, prosperando o cultivo da cana-de-açúcar durante o século XVIII, que perdurou até a primeira metade do século XIX. Somente em 1726 a Ilha Grande deixa de ser paulista para ser agregada ao Rio de Janeiro, pela insistência de Luiz Vahia Monteiro, que alegava não ter condições de exterminar o contrabando e pirataria enquanto a Ilha Grande não estivesse sob sua jurisdição.

A Ilha foi elevada à condição de Paróquia em 1803, com a construção de capela na Fazenda de Sant’ana, propriedade de Major Bento José da Costa. A construção atual foi terminada em 1843, depois da demolição da primeira igrejinha.

A cultura do café que foi introduzida um pouco mais tarde que a do açúcar, perdurou de 1772 à 1890 chegando inclusive a ser exportado para a Europa. Para se ter uma idéia da dimensão dessas atividades na Ilha, apenas uma fazenda, a de Sant’ana tinha mais de 5.000 escravos nessas duas culturas.

Os portos de Sant’Ana, da Ilha Grande, de Abraão e do Sítio do Forte ofuscavam o de Angra dos Reis. Também a Ilha tornou-se centro de desembarque e tráfico de escravos negros trazidos da África (século XVIII até meados do século XIX).

No século XIX com a expansão da cafeicultura na região do Vale do Paraíba e também com o término do tráfico de escravos, a Ilha Grande entrou em grande decadência sendo os cafezais abandonados.

No século XIX, Dom Pedro II visitou a Ilha Grande e encantado com a beleza e a tranqüilidade da ilha, resolveu adquirir, em 1884, as Fazendas do Holandês (hoje Abraão) e a de Dois Rios onde depois foi instalado o Instituto Penal Cândido Mendes.

Na fazenda do Holandês foi construído o Lazareto, que serviu como centro de triagem e quarentena para passageiros enfermos que desembarcavam no Brasil, notadamente contra o cólera, chegando a atender mais de quatro mil embarcações durante os 28 anos de funcionamento.

Em 1903 foi construída a Colônia Corregional de Dois Rios. O Lazareto foi desativado e funcionou como presídio político. No final da Revolução Constitucionalista de 1932, seus internos passaram para a Colônia Corregional de Dois Rios. Posteriormente o Lazareto chegou a ser demolido, e hoje em dia no local encontram-se apenas suas ruínas.

Em 1940 foi construído em Dois Rios o Instituto Penal Cândido Mendes, com capacidade para mil presos de alta periculosidade. Este presídio funcionou até 1993 quando foi enfim desativado e seu prédio implodido. Com a decadência da agricultura, iniciou-se nas áreas abandonadas a regeneração da floresta.

Com o objetivo de conservar os importantes ecossistemas da região, foram criados, em 1971, o Parque Estadual da Ilha Grande, com uma área de 5.600 hectares , que é administrado pelo IEF, Instituto Estadual de Florestas, em 1990, a Reserva Biológica da Praia do Sul com uma área de 3.600 hectares , e o Parque Estadual Marinho de Aventureiro, abrangendo 5 milhas náuticas.

Este parque, que corresponde à parte marítima adjacente à Reserva Biológica da Praia do Sul, é formado pela região litorânea, zona de marés, desembocadura de rios, canal e zona nerítica (parte da plataforma onde a luz penetra até o fundo).

A pesca é uma atividade econômica que ocupa grande parte da população da Ilha.

Os principais núcleos são: Provetá, Araçatiba, praia Vermelha, Matariz, Longa e palmeira Aventureiro. Exceto o Abraão e algumas praias “particulares”, a maioria das comunidades é de pescadores.

Na década de 30, iniciou-se o processo de salga de peixe realizado por imigrantes japoneses, embora a introdução do processo tenha sido feita por imigrantes gregos.

Até a década de 70 existiam na ilha cerca de 10 fábricas de salga de peixe, sardinhas prensadas e em lata. Foi quando iniciou-se o declínio e várias antigas fábricas estão hoje transformadas em pousadas. Em décadas anteriores, essas indústrias eram em número bem maior.

Atualmente, a pesca vêm passando por um período de queda na sua produção, problema ocasionado pela presença da pesca predatória realizada por barcos arrastões que nada deixam escapar das redes, além de dificuldades na comercialização.

Ilha Grande – “o paraíso desconhecido”

Ilha GrandeIlha Grande

Ilha Grande tem uma história colorida de escravos e piratas e lendas de tesouros piratas esquecidos. Hoje, esta ilha paradisíaca pode oferecer muito do que poderíamos desejar para nós, turistas. Clima agradável o ano todo, ótimo para mergulho e snorkel, gente simpática, passeios na selva, boa comida e mais de cem praias para visitar! Você se sente como Robinson Cruse quando deixa Angra dos Reis para trás e os altos picos da Ilha Grande aparecem no horizonte.

Ilha Grande pertence ao município de Angra dos Reis, que fica no continente do estado do Rio de Janeiro. A ilha está separada do continente sul-americano por um canal de dois quilômetros de extensão e 7,5 metros de profundidade.

Ilha Grande tem cerca de 190 km² de altitude e o ponto mais alto é o Pico da Pedra D’Água (1.035 m) e o Pico do Papagaio (986 m). Além das comunicações militares e municipais, não são permitidos veículos. O clima aqui é tropical, quente e úmido, com períodos regulares de chuvas. A temperatura no verão é de 30 – 40 ° C e no inverno cerca de 18 – 24 ° C.

O transporte mais comum na ilha é o barco e você pode acompanhá-los para chegar a qualquer uma das cem praias. Se procura mais diversão pode visitar uma das praias próximas ao Abraão onde pode fazer curso de mergulho, praticar canoagem, pescar, etc.

Ilha Grande – Localização

Situada na Costa Verde do Rio de Janeiro, a Ilha Grande é a maior ilha do estado e uma das mais belas paisagens naturais do Brasil, com mais de cem praias, enseadas de águas calmas e uma grande extensão de Mata Atlântica.

Conhecido desde o séc. XVI, este lugar foi palco privilegiado da história brasileira. Índios, portugueses colonizadores, piratas, escravos, prisioneiros famosos e até D. Pedro II, todos já passaram pela ilha.

Ilha Grande está localizada no 3° Distrito do Município de Angra dos Reis, é dotada de um clima tropical úmido e quente, são 193 Km² com mais de 100 praias de águas claras misturadas com pedras, coberta de Mata Atlântica com um relevo montanhoso, pequenos rios e cachoeiras.

Foi tombada pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) em 09 de novembro de 1987.

Ilha Grande – Praias

A nordeste da Ilha Grande, entre a Ponta de Aripeba e a Ponta Grossa do Sítio Forte, onde o Morro do Pilão (391 m), desce em suave declive. As partes mais elevadas de suas costas possuem densa vegetação. Funciona como bom ancoradouro, com profundidade entre 6 e 10 m . Possui diversas praias bastante visitadas.

Suas águas são verdes, calmas e límpidas, propícias a banhos e à prática de esportes náuticos. Encontra-se abrigada de quase todos os ventos, e em seu interior estão as Ilhas do Morcego e do Macedo. As áreas extremas da Enseada são excelentes para a pesca de mergulho.

Nela está a Vila do Abraão, a maior das vilas, simpático povoado que oferece uma  infra-estrutura local adequada para quem procura descontração e harmonia junto à natureza. Principal porta de entrada do turismo, é também a capital econômica da Ilha Grande.

Principal local de atracamento e fundeamento de embarcações. A praia possui aproximadamente 1 km de extensão e águas rasas. Conta com inúmeras pousadas, hotéis, albergues, bares e restaurantes. Acesso feito a partir de Angra dos Reis ou Mangaratiba.

Praia do Lazareto

Na parte noroeste da Enseada do Abraão, apresenta seu entorno totalmente tomado por vegetação tropical densa, destacando-se a ala de palmeiras imperiais do Antigo Lazareto. Também conhecida como Praia Preta.

Com presença de rochas, possui 300 m de extensão, com águas verdes, transparentes e mornas e areias monazíticas, de coloração escura. Na parte central da praia, bem junto às ruínas, está a foz de um riacho, que vem formar uma pequena barra.

Como elemento marcante do atrativo, estão as ruínas do muro de arrimo, que, outrora, servia de base para o prédio do Lazareto. Acesso através de um caminho de terra, que liga a Vila do Abraão a esta praia.

Praia do Abraãozinho

Na parte sudoeste da enseada, cercada por coqueiros. Seu entorno é formado pelas encostas da Serra do Abraão, com densa vegetação. Águas verdes, tranquilas e transparentes. Areias finas e claras. Em frente, destaca-se a presença da Ilha do Morcego. Bem abrigada dos ventos. É uma das praias mais freqüentadas do Abraão.

Pode ser alcançada a pé por trilha de 1 km aproximadamente, seguindo em frente na bifurcação para praia das Palmas, no início da Praia da Júlia. Caminhada leve que pode ser feita em poucos minutos partindo da Vila do Abraão. Uma boa opção para chegar na praia do Abraãozinho é pegar um “táxi-boat” na praia em frente à Igreja da Vila do Abraão. Os barquinhos que fazem o trajeto são rápidos, velozes e divertidos.

Praia Comprida

Na parte sudoeste da Enseada do Abraão, tem seu entorno composto pelas encostas da Serra do Abraão, recobertas por vegetação tropical densa. Propícia a banhos, possui estreita faixa de areia e 70 m de extensão.

Águas verdes, transparentes e mornas, com areias finas e claras. Boa para banhos. Acesso a pé, por de trilha estreita de 500 m, percurso de 1 Km a partir da Praia do Abraão.

Enseada das Palmas

Na península oriental da Ilha Grande, entre as Pontas da Cafua e a da Praia Grande. A vegetação das encostas em torno é exuberante. Suas águas são verdes, transparentes e mornas, com profundidade média de 10 m e fundo de areia e cascalho.

Em seu interior está a Praia dos Mangues e a Praia Grande das Palmas, esta última, toda circundada de palmeiras. Na sua entrada está a Ilha das Palmas, famosa pela floresta de palmeiras  em  seus  costões.

Aqui  existiram fazendas que utilizavam mão-de-obra escrava no cultivo da cana de açúcar e do café. Batalhas navais também foram travadas. Os sinais daquela época são perceptíveis neste local que foi, no século XIX, um dos mais habitados da Ilha Grande.

Não há comércio desenvolvido e nenhum serviço público. Palmas é um dos “points” do verão na Ilha. Movimento durante o dia e muito sossego à noite. O acesso é marítimo a partir da Vila do Abraão, Mangaratiba ou Angra. Outra opção é vir caminhando a partir do Abraão.

Praia Grande de Palmas

Mais conhecida como Palmas, está localizada na parte oeste da Enseada de Palmas, circundada por palmeiras, quaresmeiras e amendoeiras. Sua extensão é de 600 m, e suas águas são verdes, transparentes e mornas com areias grossas e claras.

Local com um antigo núcleo de pescadores, com construções do final do século XIX. No local existem campings. Em uma das extremidade o mar bate um pouco mais forte e a praia fica mais funda. No outro extremo é bem calmo com areia mais fina. Sua população residente é formada por pescadores. A praia de Palmas é muito procurada no verão.

Há vários pequenos estabelecimentos que vendem bebidas, lanches, doces, salgados e refeições. Beleza rara, possui riachos nos extremos e boa sombra. Ótima para banho de mar. Ligada por trilhas, com o Saco das Palmas e a Praia Lopes Mendes, à direita, e com a Vila do Abraão, à esquerda. É passagem obrigatória para quem vem do Abraão e segue para Lopes Mendes ou mesmo para o Farol dos Castelhanos.

Em alguns pontos da praia das Palmas é possível encontrar resquício de um passado economicamente ativo, através de ruínas que se escondem nas matas ou por palmeiras imperiais, mais exibidas que denunciam a importância destas terras no período colonial brasileiro.

Em um passado ainda recente Palmas foi um importante posto de pesca e agricultura, que abastecia outros povoados da Ilha com seus produtos. Uma pequena mostra destes áureos tempos pode ser vista ainda em algumas construções particulares e na pequena igreja do local.

A pesca, apesar de quase sucumbida pelo turismo, ainda resiste e é praticada na praia das Palmas de forma bem primitiva. Um tipo muito antigo de pescaria ainda é feito lá, que consiste em deixar no fundo do mar um cercado feito de lascas de bambu, chamado de “covo”, onde no seu interior são colocadas iscas, para atrair os peixes e pedras para fixar todo o engenho de baixo d’água.

O peixe então entra por uma abertura no cercado e por causa de seu desenho não consegue sair e fica assim aprisionado até o momento em que o pecador recolhe o covo com sua canoa.

Mangues

Na Enseada das Palmas, cercada por belos costões com densa vegetação. Ao longe avista-se a Ilha de Marambaia e, próximo, a Ilha das Palmas. Tem extensão de 500 m , águas verdes, transparentes e mornas, com areias finas e claras. Nos extremos da praia desembocam riachos que formam pequenos mangues.

Próximo à praia existe uma ducha represada, muito usada pelos banhistas. O local possui alguns bares e é utilizado como ponto de parada de escunas. Também existem muitas amendoeiras e coqueiros. Propícia à prática de esportes náuticos. Durante a baixa temporada é possível passar horas na praia sem ver ninguém transitando por ela.

Quase um paraíso, não fosse pela movimentação dos barcos que chegam e partem para o Abraão na alta temporada. O acesso se dá por por trilha, a partir da Praia Grande de Palmas ou Vila do Abraão ou por mar, saindo do cais Angra dos Reis ou da Vila do Abraão.

Lopes Mendes

Ao Sudoeste da península oriental da Ilha Grande, entre as Pontas de Lopes Mendes e das Palmeiras. Oceânica. A vegetação em torno é bastante densa, destacando-se as amendoeiras. Vegetação de restinga margeia toda a praia e forma uma planície árida, toda ela envolta com abricós.

Ao fundo, à esquerda, fica o Morro dos Castelhanos, com 350 m de altitude e, à direita, o Morro do Ferreira, com 760 m . Defronte à entrada, já em mar aberto, encontra-se a Ilha de Jorge Grego. Suas águas são verdes, transparentes e mornas, com profundidade média de 18 m. Areia branca, muito fina e firme. Tem 3 km de extensão.

É dividida em dois trechos: um, bem longo de praia selvagem, e outro, com ranchos de pescadores locais.

O mar sempre tem ondas incríveis, o que atrai vários surfistas à região por causa da excelente condição para a prática de surf. É uma das praias mais bonitas de todo o litoral brasileiro e a mais famosa de toda a Ilha.

Acessada por uma trilha de 3 km a partir da Enseada das Palmas.

Santo Antônio: Pequena, discreta e bem agradável. Possui características semelhantes a sua grande vizinha Lopes Mendes e é muito procurada para a prática do surf. O azul resplandecente das águas e as ondas, que se formam com o vento do mar aberto, batem na praia nos convidando para um mergulho refrescante. O cenário é maravilhoso e conquista a todos que se deixam sensibilizar com a força da natureza selvagem desse lugar.

Caxadaço

Pequena faixa de areia com 15 m de extensão, cercada ainda por mata virgem. Águas azuis e calmas. A praia fica localizada em uma pequena enseada cercada por pedras, ficando protegida do mar aberto. Caminhando pelas pedras é possivel visualizar a Enseada e Praia de Lopes Mendes ótimo lugar para descansar, relaxar e meditar.

Na opinião de muitos, a praia de Caxadaço é considerada a mais linda da Ilha Grande, senão do Brasil. Escondida na costa, entre as rochas e a mata atlântica, a praia guarda toda a sua incrível beleza e exuberância para quem se aventura a encontrá-la. Banhar-se nas águas da pequena Praia de Caxadaço é ter a sensação de estar desfrutando de um lugar abençoado pelos deuses.

O nome Caxadaço poucos sabem de onde vem, mas é uma corruptela da palavra cachada, que significa o lugar para queima da vegetação antes do plantio. Uma das curiosidades da Praia de Cacadaço são as enormes pedras que avançam sobre o mar e suportam outras menores. Olhando com a imaginação solta, as pedras parecem esculturas modernas.

Caxadaço é um exemplo de que a Ilha Grande possui muitas praias que ainda estão extremamente preservadas de qualquer ação predatória ao meio ambiente. Foi ponto de desembarque de mantimentos e escravos. Em 1945 contavam-se cerca de 15 famílias entre pescadores e funcionários do presídio na vila de Dois Rios. Hoje é um refúgio deserto.

Encravada na montanha oferece muita sombra e um riacho que forma um poço a cerca de 20 min de distância à pé, bom para banho.

Localizada no Saco dos Dois Rios, é acessada por trilha apartir da Vila do Abraão. Da praia também sai uma estrada de pedra construída por escravos, que liga Caxadaço a Dois Rios, por uns 3 km de distância.

Dois Rios

Ao lado da Praia do Caxadaço no Saco dos Dois Rios. A praia é muito bonita e tranqüila. Com extensão de 1 Km, de cada lado desta praia existem dois rios (por isso o nome), possibilitando a você poder aproveitar o mar e se refrescar depois em um banho de aguá doce.

Caminhando-se por trás das ruínas do Antigo Presídio, chega-se à curva de um dois rios. Por ter seu leito formado basicamente por pedras e em descida suave, o visual é surpreendente. Nesta praia localiza-se a Vila Dois Rios, pequena e aconchegante vila de pescadores.

Atualmente existem poucos moradores, alguns servem refeições aos visitantes. Uma pequena mercearia fornece gêneros de primeira necessidade. Na vila de Dois Rios funciona um campus da UERJ, e os visitantes devem se identificar na entrada.

Areia branca e em geral fina, fundo raso, água predominantemente azul. Reconhecido como um dos locais mais belos da Ilha Grande, esta deslumbrante localidade foi o pivô da recente e passada fama de “Ilha Presídio”.

O Local abrigou o extinto presídio Cândido Mendes. Antes de abrigar o presídio, Dois Rios foi palco de guerras entre corsários e fazendeiros. Toda a praia fica cercada de muito verde com árvores frutíferas por todos os lados.

Os dois rios banham um extenso manguezal, que equilibra o ecossistema de toda a região. É neste manguezal que os peixes se procriam, nele existem ricas espécies da fauna e da flora. O acesso à praia parte da Vila do Abraão, com trilha simples, porém longa (cerca de 2 horas de caminhada).

Parnaioca

Na parte leste da Enseada da Praia Sul. Circundada por morros com vegetação densa e diversificada, com muitos pássaros. Tem 1 km de extensão e localiza-se na enseada entre a Ponta Alta da Parnaioca e a Ponta de Tucunduba.

A faixa de areia é recoberta de gramíneas, coqueiros e amendoeiras. Suas águas são verdes, transparentes e mornas, com areias finas e claras. Propícia a banhos. Próximo está a Cachoeira de Parnaioca, a maior da ilha em volume d’água, localizada em rio do mesmo nome, que desemboca nesta praia.

Próximo também as ruínas de antiga casa de fazenda, com capela e cemitério, vestígios do período áureo da cultura do café com base em mão-de-obra escrava. É uma das praias mais isoladas de toda a ilha. Quem a conhecer hoje jamais será capaz de  imaginar  que  a  cerca  de  30 anos já foi a praia mais  povoada da  Ilha  Grande, abrigando uma  comunidade de mais de 1.000 pessoas que viviam da pesca e agricultura. A praia de frente para o Atlântico com sua areia amarelada e grossa tem o mar violento. É funda e com pouca sombra em seus 1.000 m de extensão.

Atualmente moram poucas pessoas. O rio Parnaioca, bem mais volumoso no passado, é uma beleza à parte. Acesso p or mar, saindo do cais Santa Luzia em Angra dos Reis ou da Vila do Abraão, ou pela Trilha da Parnaioca.

Praia do Leste e do Sul

Separadas pela ilhota do Leste, essas praias possuem a maior extensão da ilha, com cerca de 5 km . Possuem costões ao redor, moldados pela erosão. As praias estão situadas na Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, e possuem característica de enseada em mar aberto.

A visitação depende de autorização da administração da Reserva. As águas são mornas, cristalinas e esverdeadas. Existem duas lagoas (do Sul e Leste) de águas represadas e doces, próximas às praias, onde desovam cardumes de tainhas e sardinhas. Na área encontra-se também o Parque Marinho do Aventureiro – uma faixa de mar que vai da Ponta da Tucunduba (fronteira com a Parnaioca)  à  Ponta do  Aventureiro.

Uma das visões mais esplendorosas de natureza selvagem e bela que a ilha oferece. Das serras em forma de um gigantesco anfiteatro, despencam os rios por entre vales, com inúmeras quedas, até desaguarem numa baixada de mata inundada que forma as lagoas.

Dependendo do movimento das marés, que através de canais invadem todo o mangue, suas águas costumam variar de coloração devido à grande concentração de material orgânico. A restinga, que acompanha toda a orla, é totalmente coberta por gravatás, samambaias, orquídeas terrestres, bromélias, plantas rasteiras e cactos.

Segundo levantamentos arqueológicos, a região foi habitada há três mil anos por uma comunidade de amoladores-polidores fixos que antecederam os índios tupinambá. Entre a Praia do Leste e a Praia do Sul, existe um pequeno morro, conhecido por Ilhote do Leste.

O Ilhote era um lugar sagrado, onde os nativos enterravam seus mortos, se alimentavam, se protegiam de ataques e ainda lhes servia de espia para o momento em que os enormes cardumes invadiam o canal.

Tal comunidade viveu ali por vários séculos sobrevivendo da pesca de tainhas que entravam canal adentro em busca das lagoas para desovar, de caranguejos, ostras e mexilhões. O Ilhote era um templo onde esse povo enterrava seus mortos e buscava proteção contra os ataques inimigos.

Como eles desapareceram, ninguém sabe ainda. Apesar de terem vivido por toda a Ilha é possível que tenham sido expulsos por tribos tupis, pois foi achada uma peça de cerâmica tupi nas proximidades do Ilhote, embora isso não esteja comprovado, já que não existem outros vestígios desse povo na região..

Aventureiro

Praia de mar aberto, com 600 m de extensão, dentro dos limites da Reserva Estadual da Praia do Sul, no Saco do Aventureiro. É ornamentada por coqueiros, amendoeiras e quaresmeiras, e possui uma formação rochosa chamada Ponta do Aventureiro.

Possui águas verdes, transparentes e mornas com areias finas e claras. No local existe uma colônia de pescadores. Atrai grande número de visitantes, seja por sua beleza ou pela cordialidade de seus moradores.

É a mais isolada da Ilha Grande. Mar constantemente agitado da parte sul da ilha. Foram aventureiros aqueles que se estabeleceram neste inóspito, mas paradisíaco recanto da Ilha Grande, gente vinda de muito longe, do outro lado do oceano, gente de cabelos claros como as areias da praia, que com o passar de gerações, miscigenados com os nativos do lugar trazem até hoje o legado dos aventureiros; os caiçaras.

O raro contato com outras culturas proporcionou ao homem caiçara uma perfeita integração com a natureza. Utilizando os recursos do seu próprio meio, o caiçara criou um modo peculiar de vida onde o homem e a natureza vivem em completa harmonia.

A praia do Aventureiro, por seu isolamento, abriga uma comunidade de pescadores que preservou até os nossos dias a cultura caiçara, e é um dos últimos lugares onde existem os remanescentes deste grupo na região. Vivendo entre o mar e a montanha, os aventureiros pescam e cultivam a terra.

Canoas sobre rolos, prestes a lançar ao mar em busca de peixes, remos gastos por causa do uso, abandonados pelas tintas que os cobriam com o colorido peculiar da arte caiçara, convivem em contraste com ferramentas de lavrar a terra.

Redes descansam abertas na praia entre uma pesca e outra, crianças brincam com  pequenos gravetos  e outros objetos que o mar as presenteou em suas marés. Acesso por c aminhada a partir da Praia do Proveta, ou marítimo a partir do cais Santa Luzia em Angra dos Reis ou na Vila do Abraão, na Ilha Grande.

A melhor opção é pegar o barco Maria Isabel ou Mestre Ernani, que aportam no cais em frente ao posto BR em Angra dos Reis. Os barcos só seguem direto para o Aventureiro se houver um numero suficiente de passageiros.

Como nem sempre o mar é calmo, geralmente os barcos aportam na Praia de Provetá. Provetá fica do lado oposto da Praia do Aventureiro, esta pode ser alcançada por uma trilha, cruzando a montanha que chega a beirar uns 250 m de altitude.

A subida é íngreme e o percurso todo é bastante cansativo, mas como chegar ao paraíso exige esforço, vale a pena se aventurar. Na Praia do Aventureiro não existe hotel e muito menos pousadas. Alimentação não é problema porque é fácil encontrar um bom prato à base de peixe em barraquinhas que também vendem de tudo um pouco.

Do alto, a “Ponta da Espía”, aonde os pescadores fazem a vigília a espera dos cardumes de peixe, parece feita exatamente para este fim. A transparência da água permite ver todo o fundo do mar e o contorno sinuoso da costa próxima à praia.

O “homem da espia” é de grande importância para o sucesso da pescaria, é ele quem orienta, por sinais, o lugar e o tempo certo de lançar as redes para cercar o cardume. Abriga uma pequena igreja e uma escola. Faz parte da Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul.

Meros

Isolada, pequena, águas agitadas. É comum a formação de dunas de areia. Nota-se também vestígios de antigas civilizações que habitaram a Ilha a cerca de 3000 anos atrás. A ponta do Drago apresenta uma curiosa formação rochosa, lembrando um dragão.

A passagem em seu contorno é sempre uma preocupação para os navegantes. Quando o mar está agitado, a colisão das ondas é de tamanha intensidade que a espuma pode ser vista da praia da Parnaioca, distante 9,5 km.

De acesso por embarcação, essa praia possui águas cristalinas com areias claras. Com cerca de 100 m de extensão, é boa para a prática de mergulho. Ótima para o banho de mar.

Provetá

Na península ocidental da ilha, tem 500 m de extensão, águas verdes, transparentes e mornas e areias finas e escuras. Coqueiros e amendoeiras povoam a sua orla. Nas encostas próximas, a vegetação é densa. Existem coqueiros e amendoeiras enfeitando a orla, e vegetação densa nos morros ao redor.

Está localizada na enseada, entre as pontas da Piscirica e da Escada, com a Ilha dos Meros à sua entrada. Depois da Vila do Abraão é o maior núcleo de população da Ilha, basicamente, uma colônia de pescadores. Sua característica de maior destaque é a forte presença de uma comunidade evangélica que envolve quase toda a população. Mar ligeiramente batido.

É uma praia bonita, porém sem atividade turística fixa. Provetá é uma “porta” de acesso terrestre para a costa sudoeste da Ilha. A comunidade tem sua economia baseada na pesca embarcada e no comércio local crescente. Em julho/2001 foi inaugurada  a  rede  de energia elétrica vinda do continente por meio de cabo submarino.

Antes era produzida por moto-geradores. Não existe rede de água e esgoto e posto de saúde. Aqui funciona uma escola pública de ensino de primeiro grau completo, a única além da vila do Abraão. Há um posto telefônico público e a comunicação com Angra dos Reis é diária através dos barcos de pesca.

Em Provetá estão baseados os maiores barcos de pesca do litoral sul do Rio de Janeiro. É fácil notar a forte presença da atividade pesqueira. A conexão com Angra dos Reis tem ocorrido com freqüência diária. A cesso marítimo pelo cais Santa Luzia em Angra dos Reis ou na Vila do Abraão em Ilha Grande, ou pela Trilha do Provetá partindo da Vila do Abrão.

Gruta do Acaiá

Localizada na parte sul da Ilha, na Ponta do Acaiá, em uma propriedade particular, onde é possível visitá-la pagando uma pequena quantia em dinheiro. É uma caverna na encosta do morro que se aprofunda com acesso difícil até um “salão subterrâneo” (cerca de 30 m de largura e uma altura média de 1 m), e continua mar adentro por um túnel submarino que leva à saída, na superfície da água.

Muito procurada por profissionais da prática de mergulho. Esconde em seu interior um espetáculo de luz e cor inigualável. Para assistir ao show da Gruta, é necessário ter disposição e um pouquinho de coragem, mas vale o esforço porque a sensação de estar dentro desta caverna é ótima, pois a luz do sol chega através da água do mar que invade a gruta, formando um pequeno lago de luz.

Este tipo de fenômeno é causado pela luz do sol que atinge a areia do fundo do mar e ela se reflete em uma falha geológica, iluminando a água que forma o pequeno lago no interior da gruta. A gruta é formada por duas placas de granito apoiadas em outras rochas menores, que deixa entre elas uma fenda que permite a passagem de ar e desce até abaixo do nível do mar, permitindo a entrada das águas.

A costeira onde está localizada a gruta é praticamente um cais natural, onde, com algum cuidado, devido à correnteza constante do quadrante sul que agita um pouco o mar, qualquer embarcação pode se aproximar e fazer o desembarque.

Numa primeira visão, a entrada da Gruta do Acaiá é um pouco assustadora, mas não oferece nenhum perigo. Uma escada rústica, mas segura, conduz até a entrada da fenda. Logo na entrada, o estreitamento da fenda obriga agacharmos para penetrar no salão principal da gruta. A escuridão é total neste ponto da gruta e ter uma lanterna é fundamental.

Depois da passagem estreita, a gruta se abre em um grande salão úmido e frio, que refresca e ameniza o esforço em alcançá-la. Todos ficam extasiados com o espetáculo de luz que atrai para o pequeno lago no fundo da gruta. As luzes, a escuridão, a umidade e o som das águas batendo contra as rochas são os astros deste espetáculo, que longe de ser pavoroso é simplesmente maravilhoso.

Todos que retornam da gruta se dirigem ao barzinho rústico, próximo à entrada, para trocar impressões sobre o passeio e comentar cada detalhe da aventura da descida à Gruta do Acaiá. Para chegar à gruta, a melhor opção é ir de barco, mas por uma trilha que parte da Praia Vermelha também é possível alcançá-la.

Se for de barco, após o desembarque, basta seguir por uma trilha curta até encontrar um portão de madeira, que dá acesso a propriedade e a um pequeno rancho de sapé, onde é possível obter a permissão para visitar a gruta.

Vermelha e Itaguaçú

A Praia Vermelha está localizada no extremo sul da Ilha Grande, é a última praia antes da Ponta do Acaiá. Sem qualquer relação aparente, a não ser pela cor ligeiramente avermelhada de suas areias, nada faz jus ao nome de Praia Vermelha.

Pelo contrário, o verde é uma constante por todos os lados. A geografia delicada da pequena enseada propicia um abrigo seguro para os ventos repentinos do quadrante sul, e também é um porto próximo para os melhores pontos de mergulho da ilha.

Por conta disso, a Praia Vermelha é o point das operadoras de mergulho, que promovem cursos de diversos níveis e tem como grande atração os naufrágios mais famosos da Baía da Ilha Grande. Na Enseada da Praia Vermelha, esconde-se uma das mais encantadoras praias da ilha, a Praia de Itaguaçú,  também  conhecida  como  Praia do Gaúcho, que fica do lado esquerdo de quem chega e é protegida por enormes pedras que represam a água e formam uma lagoa natural.

Por isso, os moradores chamam carinhosamente este recanto de Lagamar. Ainda é possível observar na Praia Vermelha costumes e tradições dos pescadores nativos, como consertar embarcações em pequenos estaleiros artesanais.

Os moradores da Praia Vermelha são na sua maioria nativos que mantém um convívio harmônico com os recém chegados. São pessoas que vieram de outros locais, atraídas pelo enorme potencial turístico do lugar.

Na Praia Vermelha, encontramos uma atividade muito interessante e pouco conhecida que é o cultivo de mexilhões, algas e coquilhes. É comum ver por toda a costa galões azuis e tubos brancos flutuando, organizados em filas nas águas calmas da enseada, denunciando que ali crescem silenciosamente ricas fontes de alimento e sustento.

A  Praia Vermelha recebe anualmente um número considerável de mergulhadores que dela partem em expedições submarinas, especialmente pelos navios naufragados. Possui um atracadouro e um pequeno comércio.

Sua praia apresenta cerca de 100 m de extensão. A bela e pequenina Itaguaçú quase não é notada por quem passa de barco porque fica escondida atrás das pedras. Boa para o banho de mar, tranquila e simpática.

Araçatiba

Localizada na parte nordeste da Enseada de Araçatiba, com extensão de 500 m, tem em sua orla coqueiros, ipês amarelos e bambuzais. Suas águas são verdes, transparentes e mornas, com areias finas e claras. No local destacam-se a presença de abrigos de embarcações e uma pequena capela de frente para o mar.

Possui também uma antiga fábrica de sardinha enlatada, além de pequena infra-estrutura turística. Local propício à prática de esportes náuticos. Acesso marítimo a partir do cais Santa Luzia em Angra dos Reis ou na Vila do Abraão em Ilha Grande.

Lagoa Verde (Ilha de Longa)

Recanto de águas rasas, tranqüilas e tipicamente verdes é um dos destaques da costa noroeste da Ilha Grande. É um dos poucos locais do planeta onde são encontrados corais esverdeados. Local perfeito para nadar e mergulhar.

Foi batizada, a poucos anos, como Lagoa Verde e ainda é chamada de Boqueirão pelos moradores de Araçatiba e adjacências. A Lagoa Verde, antes conhecida como Ilha da Longa, está localizada na fronteira entre a Praia da Longa e a Praia Grande de Araçatiba, onde a Ilha da Longa quase encosta na Ilha Grande, formando uma espécie de piscina em forma de U.

Sem esforço entendemos o porquê de ser chamada assim. Suas águas claras refletem a mata verde da encosta, deixando o mar tingido de verde, mas permitindo apreciarmos o fundo de areias claras e brilhantes. Um grande número de embarcações aporta neste pequeno paraíso para descansar e aproveitar das belezas e águas mornas do local.

Para atender aos turistas que chegam na Lagoa Verde existe um restaurante flutuante. A fauna marinha do local também é um espetáculo a parte, não só pela variedade de peixes multicoloridos como pela pouca profundidade de suas águas transparentes e calmas.

Sítio Forte

Um dos locais mais tranqüilos e agradáveis da Ilha Grande. Teve grande importância histórica e também na atividade econômica de indústria de pescados. Hoje o turismo é a principal atividade. Aqui existem pousadas, bares, restaurantes e cais para atracação.

Águas verdes, transparentes, mornas e tranqüilas. O acesso é por barco ou por trilhas. Em julho/2001 foi inaugurada a rede de energia elétrica vinda do continente por meio de cabo submarino. Antes era produzida por moto-geradores. Teve presença importante na época da escravidão e das lavouras de cana de açúcar.

Ruínas dos antigos casarões são encontrados nas proximidades. Hoje suas terras são de propriedade particular. A Enseada do Sítio Forte fica a 12 milhas náuticas da Vila do Abraão, seu nome se deve ao amplo paredão rochoso existente na região.

Nos extremos da  enseada  desenvolve-se intensa  prática  de mergulho e existe o navio Pinguino que foi afundado em 1967 e é um dos pontos mais visitados por mergulhadores de todo mundo. A Enseada, que fica abrigada dos ventos do quadrante Sul da Ilha Grande, está situada entre a Ponta de Aripeba e a Ponta Grossa do Sítio Forte, onde o Morro do Pilão desce em suave declive rodeado pela Mata Atlântica.

Com quase toda sua população economicamente dependente da atividade pesqueira e turística, a Enseada de Sítio Forte abriga uma das mais atuantes atividades de Aqüicultura da Ilha Grande. As três principais espécies de moluscos cultivados nesta área são os Mexilhões, as Ostras e os Coquilles de Saint Jacques (também conhecidos como vieiras).

Matariz

Onde até a alguns anos atrás funcionou a última fábrica de pescados enlatados da Ilha Grande. É habitada basicamente por pescadores que convivem em uma pequena comunidade com aproximadamente 150 pessoas.

Tem um pequeno bar-mercearia, uma Escola Municipal e cais para atracação. Esta simpática praia fica localizada próxima a Vila de Bananal. Uma atração da praia de Matariz é o helicóptero que repousa na Lage do Matariz, a 7 metros de profundidade.

No dia 4 de janeiro de 1998 o helicóptero esquilo decolou da praia da Mombaça com destino ao Rio de Janeiro levando a bordo dois tripulantes e três passageiros, entre eles o proprietário do Hotel Glória, Eduardo Tapajós.

Voando com mau tempo, a aeronave apresentou um problema caindo violentamente. Após o acidente o helicóptero foi içado para análises técnicas. Para evitar a rápida deterioração foi recolocado debaixo d’água próxima a lage da Matariz.

Um ponto histórico que nenhum turista deve deixar de conhecer é a Igreja de Santa’Ana que fica próximo ao posto de saúde. É isso mesmo, esta simpática capela tem o mesmo nome da Igreja Matriz da Ilha Grande, que fica na Freguesia de Santanna. Aqui realiza-se celebração todos os domingos.

Saco do Bananal

Importante ponto turístico da Ilha Grande que desenvolveu-se após a queda das atividades pesqueira e de “exportação” de bananas. Ótimo local para descansar.

Apresenta uma mata exuberante e mar calmo de água transparente. Possui 2 atracadouros, pousadas, restaurantes, operadora de mergulho e uma comunidade de pescadores. O acesso é por trilhas ou por barco partindo de Angra dos Reis ou Vila do Abraão. O Mirante do Bananal propicia uma vista maravilhosa e ampla.

Lagoa Azul

Na verdade não é uma lagoa mas sim um arquipélago propício para a prática de mergulho. Fica no extremo norte da Ilha, na localidade conhecida por Freguesia de Santana e é formada pelas ilhas do Macaco, Comprida, Redonda e a própria Ilha Grande.

Águas tranquilas, claras e azuis. Neste local existem diversas formações de corais, onde é possivel mergulhar apenas de snorkel. Suas águas são geladas, mas não há quem não resista a dar um mergulho cercado por peixes.

A ilha dos Macacos deixa de ser ilha (em relação a Ilha Grande) quando a maré fica baixa. Com a maré alta é possível cortar caminho pelo estreito (chamado “Furado”), passando com pequenas embarcações, por exemplo, com uma lancha de 16′. É o ponto da Ilha Grande mais próximo do continente (terra firme) 2,3 quilômetros.

A  Lagoa Azul é um dos mais belos pontos de mergulho e snorkeling da Ilha Grande. Também é o lugar mais visitado por turistas do mundo inteiro que vem contemplar essa maravilha de paisagem e beleza cinematográfica.

Do Abraão partem escunas que levam os turistas para um passeio que dura o dia todo visitando essas maravilhas. Chamava-se originalmente Praia do Sul de Fora, mas, por causa de seu visual cinematográfico, os moradores da região passaram a chamá-la de Lagoa Azul, devido à semelhança com o lindo lugar onde foi encenado o famoso filme “Lagoa Azul”. Acesso por barco que partem da Vila do Abraão.

Praia de Baixo – com extensão de 200 m, possui águas verdes, transparentes e mornas, com areias finas e amareladas. Praia de Enseada, com vegetação de gramíneas na faixa arenosa e cercada por morros recobertos com densa vegetação. Há uma trilha bem íngreme, ligando-a à Praia da Freguesia de Santana.

Acesso por barcos a partir do cais de Santa Luzia em Angra dos Reis ou na Vila do Abraão em Ilha Grande.

Freguesia de Santana

No século passado foi o centro de desenvolvimento econômico da Ilha Grande. Hoje é um destacado ponto turístico, não só para a ilha, mas também para a cidade de Angra dos Reis. A praia de Freguesia sul é deserta, com boa sombra e ótima para o banho de mar.

A igreja de Santana – 1796 é o mais importante patrimônio histórico da Ilha Grande e, que resiste bravamente aos tempos. Aqui acontece todo fim de julho a festa de Santana. Possui muitos coqueiros e amendoeiras ao redor, predominando a presença de rochedos. Com águas mornas, claras e esverdeadas. Possui trilha (500 m) para a Praia de Baixo.

Japariz e Funil

Habitada por pescadores, no verão tem grande movimento de turistas nos seus restaurantes. A praia do Funil é vizinha próxima ao Japariz, tem cerca de 10 m de extensão, é desabitada e praticamente imperceptível para quem passa de barco, pois fica escondida no fundo de um corredor natural formado pelas encostas cobertas de vegetação .

Japariz abrigou durante muitos anos uma pequena comunidade de pescadores, que pescava não muito distante da praia, camarões e peixes de pequeno porte que eram levados para Angra dos Reis e ali comercializados.

A rotina da pesca mudou com o crescimento do turismo na Ilha Grande hoje, o pescado não chega mais ao mercado de peixes de Angra, mas abastece os pequenos restaurantes ali instalados pelos próprios moradores.

Por este motivo Japariz, tornou-se parada obrigatória de quase todos os saveiros que fazem passeios para este lado da Ilha. Por sua proximidade com o continente, foi ali instalado o terminal que recebe o cabo que traz energia elétrica para ser distribuída em toda a ilha.

Saco do Céu

Ao fundo da Enseada da Estrela, de margens alagadiças, com vegetação típica de manguezais, sobressaem-se as altas encostas de seu entorno, recobertas por densa vegetação. Suas águas são verdes, transparentes, mornas e tranqüilas, com profundidade média de 6 m .

Do seu interior avista-se o Pico da Pedra d’água, com 1.037 m de altitude, ponto culminante da Ilha. Na sua entrada existem duas pequenas praias particulares. Ao fundo está o Porto do Nóbrega, com uma ponte de atracação, a Igreja São Cosme e Damião e uma colônia de pescadores.

É fundeadouro recomendado para embarcações de pequeno calado e muito usado para pernoitar. É um santuário ecológico. O mar é tão calmo como um lago e nas noites de céu estrelado é possível ver as estrelas refletidas na superfície da água – por isso o nome. Mais da metade da costeira é formada por manguezais. No verão, é grande o tráfego  de embarcações,  pois  além  da  magnífica  beleza natural, o local é ideal para prática de ski aquático e jet-ski.

Na história destacaram-se as casas de farinha-moinhos. Quem passa ao largo, pouco se apercebe da espetacular paisagem que há por trás dos morros. A Enseada das Estrelas tem esse nome por causa da quantidade de estrelas do mar que habitam o fundo raso de águas claras.

Logo na entrada do saco do céu, com suas águas calmas e palmeiras que se inclinam em direção ao mar, encontra-se um certo ar tropical havaiano, que só desaparece quando surge uma ou outra canoa ou barco de pesca com seu colorido peculiar transportando moradores ou trazendo o resultado da pesca do dia. Um trapiche de madeira permite a atracação de barcos pequenos e é o ponto de partida para conhecer por terra um pouco da pequena vila.

Enseada das Estrelas

As estrelas do mar habitam em grande número o fundo desta enseada, dando origem ao nome. O mar é calmo e suas praias são boas para o banho de mar.

Atualmente moram várias famílias que vivem da pesca e do cultivo de subsistência. Na enseada se encontram as praias da Feiticeira, Iguaçú, Camiranga, Grande e de Fora. Praia Grande e praia de Fora possuem 500 m de extensão, são estreitas e com pouca sombra. Na praia de Fora deságua o rio Perequê, o maior em volume de água de toda a ilha.

Quem navega ao largo da Enseada das Estrelas não percebe que o contorno sinuoso das montanhas que formam a enseada é interrompido em uma de suas partes para tornar-se entrada do Saco do Céu, uma enorme e calma enseada abrigada. Por conta deste acidente geográfico, piratas usaram a enseada para esconder seus navios e partir para ataques surpresa a esquadras portuguesas carregadas do ouro das Minas Gerais, cuja rota passava invariavelmente pela baía da Ilha Grande.

Feiticeira

Entre a Ponta do Iguaçu e do Morundu fica essa praia de beleza indefinível. Possuem cerca de 500 m de extensão, com águas cristalinas, mornas, e areias limpas.

Com coqueiros e outras árvores ao redor. Abrigam ainda boulders, ondem fica a Cachoeirinha, praia particular, e a cachoeira da Feiticeira, que desemboca no mar. Pode-se conhecer esta encantadora praia através de passeio de barco.

Mas a melhor opção para conhecê-la é caminhando por uma hora da Vila do Abraão. No seu caminho temos diversas atrações como o Poção dos Escravos e o Aqueduto do Lazareto que é uma construção da época do Império e também a cachoeira mais famosa da ilha que leva o mesmo nome da praia.

Deve-se salientar que, no meio da semana, a praia é quase deserta, por isso todos que a visitarem devem levar água e alimentos, pois não há comércio nesta praia. Outra recomendação importante para quem pretende conhecer  a  praia  através  de caminhada é estar sempre acompanhada por um guia, pois é um trecho que contém algumas bifurcações, alem de ser pouco sinalizado.

A praia da Feiticeira é cercada de encantos e magia. Chegando na praia observam-se algumas rochas que formam labirintos para se nadar, água de coloração verde devido a presença de vegetação costeira. É uma das praias mais sedutoras, com uma faixa estreita de areia clara e muitas amendoeiras.

A Cachoeira da Feiticeira pode ser alcançada com uma fácil caminhada de 30 minutos, muito procurada por quem faz rapel, com aproximadamente 15 m de queda que forma um enigmático véu de água cercado pelo verde da Mata Atlântica. Evite subir no topo da cachoeira sem prática. É uma praia calma, com uns 100 m de extensão, onde se encontra também areia monazítica.

Praia Camiranga

Localizada entre costões, na parte Sudoeste  da  Enseada  da  Estrela, na foz do Riacho Camiranga, tem a faixa arenosa circundada por densa vegetação. Com extensão de 400 m , possui águas verdes, transparentes e mornas. Suas areias são claras e finas. Muito visitada na alta estação por turistas que fundeiam os seus barcos e lanchas nas proximidades. Existem ainda três rochedos em suas finas areias.

Ilha Grande – Ilhas

Ilha do Meio

Formação rochosa que aflora no meio da enseada do Abraão, mantém em seu topo uma pequena vegetação que garante o charme desta ilhota que é constantemente visitada pelos pássaros. Os mergulhadores também são visita constante na encosta submersa, onde podem apreciar as belezas e encantos do fundo do mar.

Apesar de sua localização, a ilha não oferece perigo à navegação, podendo ser apreciada por todos quando da viagem entre Mangaratiba e a Vila do Abraão. Um fato curioso foi ter o Imperador D. Pedro II ilustrado com esmero, em seu bloco de desenho, um perfil da Ilha do Meio, quando fez sua primeira viagem à Angra dos Reis.

Ilha de Pau a Pino

Pequena formação rochosa, que em alguns pontos cresce vegetação de acordo com as suas elevações. A ilha se localiza no canal que separa a Ilha Grande e o continente, e é facilmente avistada quando se faz o percurso de Mangaratiba para a Vila do Abraão.

Navegar pelas águas que margeiam a ilha transmite a sensação de estar desfrutando de um lugar abençoado pelos deuses. Mares de azul penetrante e ventos tranqüilos convidam para um passeio belíssimo. Além dos pássaros pescadores, a ilha também atrai barqueiros, pescadores de linha e praticantes de caça submarina.

Ao entardecer, é comum encontrar alguns barquinhos em torno do local. O belo cenário desta ilha surpreende pela sua natureza selvagem e totalmente inexplorada. As ondas batem nas pedras e o cheiro profundo do mar se exala ao seu redor, pássaros  voam  e  pescam  em  suas  águas, indiferentes à importância do farol construído na sua parte mais alta, que serve tanto para trazer segurança para navegação à noite, sinalizando com sincronizadas piscadelas de luz, como também serve de abrigo e moradia das gaivotas que rodeiam as pedras.

Ilha das Palmas: Pequena e simpática ilha que fica na direção do Farol dos Castelhanos, onde os ventos do quadrante leste varrem a região constantemente. A beleza da ilha não se resume em revelar a vasta exuberância tropical, vista do alto, com seus contornos e sinuosidades, a ilha parece um grande bumerangue verde voando nas límpidas águas que refletem o céu. Bom local para pesca, tanto de linha como submarina.

Ilha do Guriri: A pequena ilha localiza-se próximo ao famoso Farol dos Castelhanos, onde fica o Costão de Lopes Mendes, que delimita a Ilha Grande no lado leste. A beleza de suas rochas, constantemente cobertas pelas águas do mar, e a vegetação açoitada pelo vento leste exibem a natureza selvagem e indomada da Ilha Grande.

Ilha de Jorge Grego

Ilha com cerca de 1 km2, possui um dos mais espetaculares ecossistemas marinhos. Lá vivem os atobás, os imensos lagartos, colônias de corais, cardumes de variadas espécies de peixes, sem falar que é o paraíso dos golfinhos e mergulhadores do mundo inteiro.

O mistério e a beleza que cercam esta maravilha da Ilha Grande fazem de Jorge Grego um lugar fascinante. Segundo alguns historiadores, a ilha deve ter sido doada por Martim Afonso de Souza a algum amigo com esse nome. Mas como é impossível viver na ilha e muito menos se abrigar do mar em fúria quando sopra o sudoeste, a ilha certamente nunca foi habitada.

Até porque, lá não tem água (doce) em abundância que possa garantir a sobrevivência. Acredita-se que a ilha deve seu  nome  ao pirata inglês Jorge Grego que teria naufragado em suas proximidades. O pirata Jorge Grego navegava em direção ao Estreito de Magalhães, quando se viu perseguido por naus da Armada Inglesa.

Atacado, sem meios de alcançar a Ilha Grande e já com o navio em pedaços, fundeou junto a terra mais próxima, conseguindo salvar suas duas filhas e um companheiro. Com o tempo as filhas foram crescendo, a pirataria esquecida e uma rica agricultura floresceu em toda a ilha. Mas certo dia Jorge percebeu a paixão de seu amigo por uma de suas filhas.

Em desespero, o pirata assassinou seu companheiro e tornou-se amante de suas próprias filhas, até que a maldição caísse sobre a ilha, e ventos nunca vistos antes, varreram de repente as casas, desapareceram as lavouras, os campos secaram, e Jorge Grego, sozinho e louco, vagou pela ilha até a morte, enterrando antes, o tesouro que acumulara. Jorge Grego localiza-se atrás da Ilha Grande em frente à Praia de Lopes Mendes, estando a 23 milhas de Angra dos Reis.

Por estar voltada para o alto mar, Jorge Grego possui uma fauna marinha excelente, com grandes peixes de fundo e de passagem. Normalmente a visibilidade mínima gira em torno dos 10m podendo chegar aos 25 m.

A profundidade local varia entre os 10 a 35 m, com muitos rochedos e tocas. Garoupas, badejos, arraias, olhos-de-boi são vistos com freqüência. Apesar de ser um excelente ponto de mergulho, é aconselhável aos megulhadores com experiência avançada, devido à posição da ilha estar em mar aberto e sujeito a uma virada de mar repentina.

Deve-se tomar cuidado com alguma corrente em sua face externa. Aos amantes de foto-sub, é um excelente ponto de mergulho devido ao visual acima e dentro d’água.

Ilha Grande – Cultura

Igreja da Freguesia de Santana

Situada em uma pequena península da Ilha Grande, o Saco da Freguesia, foi construída em um outeiro, sobre adro retangular, sustentado por muros de arrimo, com a fachada frontal voltada para a Praia da Freguesia de Santana.

Erguida em 1796 para atender os habitantes da região, possui fachadas de linhas simples, sem ornamentos expressivos. Bem conservada exteriormente, constitui-se no mais importante monumento religioso da Ilha Grande.

O lugar foi o primeiro vilarejo da Ilha Grande, onde se formou o primeiro núcleo de povoamento. Hoje em dia, Freguesia de Sant’Ana é um lugar pacato, região que prima pela mansidão e simplicidade. Nos jardins da igreja, foram esculpidas em mármore algumas estátuas de anjinhos para proteger e abençoar o local.

Os moradores da ilha contam que anjos celestes habitam nas redondezas  da  igrejinha.   Todo  dia  26  de  julho,  dia de de Sant’Ana, os ilhéus realizam uma festa em homenagem a padroeira do vilarejo. Muitos barcos e canoas chegam para a celebração na igreja, fiéis vindos de todas as partes participam da homenagem e partem em procissão pela trilha que leva até a Praia de Fora.

A procissão segue pela trilha com a imagem de Sant’Ana, atravessa o pequeno monte, onde fica a igreja, e caminha em direção à Praia de Fora, depois retorna pelo mesmo caminho. O andor, com a pequena imagem, é acompanhado pelos fiéis e por uma bandinha, tornando a procissão animada e formando um desfile de cores e música.

Farol dos Castelhanos

Localizado na Ponta dos Castelhanos, extremo leste da Ilha Grande, suas paredes de 1 m de espessura foram erguidas em 1900, mas só em 1923 passou a funcionar com um sistema de iluminação importado da França o qual utilizava o acetileno como combustível.

Hoje, ainda usando a mesma tecnologia francesa, a fonte de alimentação de sua chama é o gás butano. Da torre, de 14 m de altura, descortina-se um dos mais belos panoramas do Oceano Atlântico. Lá de cima, avista-se a Ilha de Guriri, o Costão de Lopes Mendes e mais ao longe a Ilha de Jorge Grego.

É um dos mais antigos faróis da costa brasileira. Conserva seu projeto original de técnica francesa, com mecanismos puramente mecânicos e lentes de cristal. O local é de extrema beleza natural. O acesso é de barco ou por trilha (pouco usada). Ao chegar ao farol, apresente-se ao faroleiro – membro da Marinha de Guerra Brasileira.

Para permanência  longa  (pernoite)  será necessária uma autorização prévia, escrita, expedida pela Marinha. Para aproveitar bem o local o ideal é ir com tempo para poder conhecer em detalhes o funcionamento e a vida em um farol.

O termo farol tem origem da palavra grega faros, uma ilha próxima à cidade de Alexandria, onde no ano de 280 a .C, foi construída uma das sete maravilhas do mundo antigo: O Farol de Alexandria que fica situado na ilha de Faros (origem do termo farol), próxima ao porto de Alexandria no Egito.

O farol pode ser alcançado por meio da trilha que se inicia na Praia de Pouso. Nas cerca de seis horas de caminhada pesada, é difícil encontrar com alguém pelo caminho. Poucos se atrevem a fazer o percurso, um dos mais árduos da Ilha Grande.

Aqueduto

Quando D. Pedro II visitou a Ilha Grande pela primeira vez, em 5 dezembro de 1863, ficou encantado pela sua beleza e tranqüilidade. Em seu famoso Diário, que se encontra no Museu Imperial de Petrópolis, região serrana do Rio, eternizou com desenhos e textos a sua passagem pela Ilha.

Devido às condições marítimas, que não eram favoráveis a navegação, o Imperador pernoitou na Fazenda do Holandês, que anos depois (1884) seria adquirida pela Fazenda Imperial para abrigar o Lazareto do Rio de Janeiro, terras hoje compreendidas pela Vila do Abraão e Vila de Dois Rios.

As obras do Lazareto terminaram no início de 1886, e em dezembro do mesmo ano, já recebia os passageiros do vapor Valparaíso para inspeção sanitária. Serviu, por muitos anos, de centro de triagem e quarentena para os passageiros enfermos que chegavam ao Brasil vindos de outros países. Logo em seguida, foi erguido o imponente Aqueduto para abastecer, com água vinda do córrego do Abraão, o Lazareto.

Imponentes e belos, os aquedutos tiveram papel importante no desenvolvimento das civilizações. Os romanos foram os grandes precursores dessa engenharia que consistia em levar água de um ponto a outro sobre arcos construídos de pedra e que apresentavam uma ligeira inclinação para que a água pudesse correr sobre a cantaria.

Tão importante quanto os Arcos da Lapa, o Aqueduto na Vila do Abraão faz parte da história do Brasil e é relíquia da Ilha Grande. Sua construção data de 1893 e possui 125 metros de extensão. Dessa forma, único e magnífico, o Aqueduto, é um dos monumentos de maior importância histórica da Ilha Grande.

Junto à cabeceira do aqueduto, existe uma pedra em forma de sofá, onde Dom Pedro II costumava sentar para ler sobre botânica, escrever seus poemas e desenhar a bela paisagem a que assistia ou os jardins que pretendia construir.

Dois dias após a Proclamação da República (17 de novembro de 1889), Dom Pedro II e toda a Família Imperial fizeram sua última visita à Ilha Grande, e de todas foi a mais dramática. Banido do Brasil, foram na Praia Preta seus últimos passos em terras brasileiras. Triste, olhou pela última vez para seu jardim onde tinha até um aqueduto e escreveu um poema.

Ruínas do Lazareto

Próximas à Vila do Abraão, encontram-se totalmente tomadas pela vegetação, com exceção da ala de palmeiras do acesso principal. O Lazareto foi construído com a finalidade de ser um hospital de isolamento para abrigar viajantes portadores de doenças contagiosas, que vinham do exterior, antes de aportarem no Rio de Janeiro.

Funcionou desde 1884, na antiga Fazenda do Holandês. D. Pedro II visitou-o duas vezes, em 1886 e em 1889, quando fez alguns desenhos da Ilha, até hoje conservados no Museu Imperial de Petrópolis. O prédio serviu como hospital até 1910, quando abrigou tripulantes e passageiros do navio holandês Araguaia, atacados do “cólera morbus”.

Foi depois transformado em Colônia Penal e, em 1932, lá ficaram presos os líderes do movimento constitucionalista de São Paulo. Neste período passaram por lá alguns imortais como o escritor Orígenes Lessa.

Em 1940  voltou  a  funcionar  como presídio comum, até 1963, quando os presos foram transferidos para a Colônia Penal de Dois Rios, do outro lado da Ilha Grande. Nesta época o prédio foi demolido por tiros de canhão por ordem do Governador do Estado, Carlos Lacerda, num ataque de fúria.

As ruínas estão dentro do Parque Estadual da Ilha Grande. Restam hoje apenas as ruínas de algumas colunas envoltas por raízes de árvores, a base do edifício, com extenso muro de pedras de mão, as ruínas da antiga ponte transformadas em celas de presídio.

Da ambientação original restou a ala de palmeiras imperiais e a ponte sobre o pequeno córrego, que passa ao lado das ruínas. Apesar de o nome lazareto soar mal aos ouvidos, eles eram construções bem estruturadas e que em alguns casos, até pareciam hotéis. O Lazareto da Praia Preta era um verdadeiro colosso com pavimentos de 1ª, 2ª e 3ª classe, enfermarias, laboratórios, praia de areia monazítica, imensos jardins ladeados com palmeiras imperiais, rio e água pura da fonte que chegava aos reservatórios através do aqueduto a uma vazão de 1000 litros por hora.

Acreditava-se que o isolamento das pessoas doentes podia evitar as epidemias que assolavam o mundo naquele final de Século XIX. Porém, um congresso de sanitaristas, dentre os quais participou o Doutor Oswaldo Cruz, sugeriu a desativação dos lazaretos, já que estes não impediam a disseminação de doenças.

O engenheiro do Império Francisco de Paula Freitas e seu auxiliar engenheiro Henrique Alvares da Fonseca, foram os responsáveis pela construção do Lazareto da Ilha Grande. É acessado à pé, através de um caminho de terra que sai da Vila do Abraão.

Mansão do Morcego

Localizada na entrada da Enseada do Abraão, junto à Praia do Morcego, é circundada por densa mata tropical. Construção retangular, com curvatura selada e telhado em 4 águas, que se aproximam nos quatro cantos dos beirais, como ornamento de tenda árabe.

Guarda um rico acervo, que inclui peças de mobiliário, louças, estátuas e objetos de arte religiosa, reunidos por Mário Peixoto, seu antigo proprietário. A lenda atribui a Juan Lorenzo, pirata espanhol, a construção da casa no inicio do século XVII, utilizando-se de madeira da região. Em 1942 foi tombada como patrimônio histórico. Trata-se de propriedade particular.

Presídio

A Vila de Dois Rios é um dos lugares mais visitados e fascinantes da Ilha. Os dois rios cristalinos que desaguam em suas areias claras deram nome à praia que, durante anos, abrigou o presídio Colônia Penal Cândido Mendes (instalado oficialmente em 1903) por cerca de 90 anos, desativado em 1994. Uma praia encantadora.

Porém o romantismo e a calma do lugar são verdadeiros antagonismos ao que ele já foi há anos, quando havia o presídio. Hoje só existem escombros. As casas ao redor da praça eram moradias dos guardas do presídio e atualmente são ocupadas por ilhéus, pesquisadores, ciêntistas e técnicos da UERJ.

O comércio é escasso, mas alguns moradores servem refeições para os turistas que passam o dia por lá. A história da UERJ na Ilha Grande se inicia em 1994, quando o Governo do Estado do Rio de Janeiro concedeu à Universidade, por cessão de uso. A inauguração das atuais instalações do Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (Ceads), em 1998, foi um acontecimento importante para as atividades de pesquisa, ensino e extensão na UERJ e, desde então, o monitoramento ambiental tem sido a tônica do trabalho do Ceads.

Apenas um ex-presidiário continua na ilha Grande, Júlio de Almeida, que aportou em Dois Rios em 1958 e até hoje cumpre pena, mas agora em regime de condicional e diz que dali não sai. Hoje restam as ruínas, mas a beleza da praia e a simplicidade do antigo vilarejo atraem turistas de toda parte do mundo.

O Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (Aperj), com o apoio da FAPERJ, está recuperando a documentação do Instituto Penal Cândido Mendes (IPCM).  Os documentos  foram descobertos sob os escombros do presídio, em 2002.

A história do presídio nos conta inúmeras reformas, que foram lentamente transformando o terreiro com galpão em uma prisão de altos muros, de onde era muito difícil sair. O presídio tinha capacidade para 1000 presos. As instituições carcerárias instaladas na Ilha Grande sempre haviam recebido presos políticos ou detentos com penas leves.

O IPCM, porém, é criado para ser um presídio de segurança máxima, e com o passar dos anos, passou a receber condenados considerados perigosos. Com o Decreto-Lei n. 898, que modifica artigos já existentes na Lei de Segurança Nacional (LSN), qualquer pessoa que pratique delitos como assalto, seqüestro ou roubo, será punida por essa nova versão da LSN, independente de seu crime ter ou não intenções políticas.

Assim, o governo aproximava a imagem do guerrilheiro à do bandido e negava a existência de presos políticos no Brasil. Foi graças à aproximação de presos políticos com prisioneiros comuns, durante a ditadura militar, que nasceu uma das primeiras e maiores organizações criminosas do país. De dentro do Caldeirão do Diabo, como era conhecido, o CV (Comando Vermelho) proliferou-se para outras penitenciárias e favelas do Rio de Janeiro.

Foram inúmeros os presos “famosos” da Ilha Grande.

Entre eles, destacamos os que escreveram sobre sua estada: Graciliano Ramos, Orígenes Lessa, Agildo Barata e André Torres.

Mas, também passaram por lá o famoso Madame Satã (que passou a morar no Abraão após ser libertado), o atualmente deputado Fernando Gabeira, os revolucionários Flores da Cunha e Luiz Carlos Prestes, o escritor Nelson Rodrigues, além do próprio Escadinha e de Lucio Flávio.

Em 1985, o traficante José Carlos dos Reis Encina, o Escadinha, ficou famoso depois de protagonizar uma fuga espetacular do presídio da Ilha Grande, então considerado de segurança máxima. No último dia de 1985, um helicóptero pousou na Praia de Dois Rios e embarcou o bandido mais temido da época.

Foram usados 200 quilos de dinamite para a implosão do “Caldeirão do Diabo’” em 1994, mas mesmo depois da implosão do complexo penitenciário, a memória do presídio continua viva entre muros e escombros em Dois Rios. Acessado pela estrada que sai do Abraão, caminhando-se cerca de 2 horas pela trilha.

Ilha Grande –  Serra

Pico do Papagaio

Na parte Leste do Parque Estadual da Ilha Grande, trata-se de uma elevação de 980 m de altitude, com a parte superior em rocha viva, onde fauna e flora estão preservadas. Pra se ter uma idéia da grandiosidade desta maravilha da Ilha Grande, o Morro do Corcovado na Cidade do Rio de Janeiro tem 710 metros de altitude.

É o segundo ponto mais alto da ilha Grande, atrás apenas do Pico da Pedra D’Água, com 1035 metros . Destaca-se do restante do Maciço da Ilha Grande, pela forma que lhe deu o nome, sendo facilmente avistado de toda a Baía da Ilha Grande. É propício para escaladas e para a prática de montanhismo.

Mirante natural com visão panorâmica de toda a Ilha Grande e da Restinga da Marambaia. Sem falar que é possível avistar, como um gigante adormecido, a Pedra da Gávea no Rio de Janeiro, o Dedo de Deus em Teresópolis, a colossal Serra do Cairuçu em Paraty e, sem muitos cálculos, perceber que a Terra é mesmo redonda.

O visual lá de cima é incrível. Ao norte, você pode ver o mar abrigado pela costa, onde está a Enseada das Estrelas. Ao sul, o mar aberto, onde estão Dois Rios, local do temeroso antigo presídio da Ilha Grande e a belíssima Ilha Jorge Grego. A oeste, fica Araçatiba e você pode ver também o Pico da Pedra d´Água. Já ao leste, encontra-se a Vila do Abraão, Ponta Grossa, Ilha das Palmas e toda a Restinga de Marambaia ao longe.

Acessado à pé, por trilha íngreme em meio à densa floresta tropical a partir da Vila do Abraão. Para conquistá-lo, é preciso ter vocação para campeão olímpico, pois para o deleite de tão soberba paisagem, você será testado no limite das suas resistências.

Não existe lugar para acampar durante o percurso, então, procure sair cedo para aproveitar a caminhada e voltar antes do escurecer, assim você não precisa virar a noite no topo do pico. No decorrer da árdua caminhada (que leva em média 6 horas), você irá passar ao lado de abismos cobertos de mata, pedras gigantescas, árvores imensas onde você é um simples cogumelo entre suas raízes, nascentes de água pura, animais exóticos e até assustadores e mirantes que são como janelas que se abrem.

Para percorrer a trilha sem maiores problemas, a ajuda de um guia que conheça bem a região é necessária. Pode-se dizer que o Pico do Papagaio é um monumento que a natureza da Ilha Grande esculpiu.

Ilha Grande –  Cachoeiras

Cachoeira da Feiticeira

Belíssima cachoeira que possui uma queda de aproximadamente 15 m, formando uma pequena piscina natural. Suas águas geladas, são um prêmio para os vencedores. Em sua volta encontra-se uma densa vegetação de mata virgem, seu acesso é conhecido como Trilha da Feiticeira, partindo-se da Vila do Abrão e seguindo pela trilha que dá acesso ao Aqueduto do Lazareto.

Após o Aqueduto andar aproximadamente 1h 30 min. É imprescindível a presença de um guia. A cachoeira fica bem encravada na montanha. No seu topo possui um trecho de “escorregador” natural na rocha que pára antes da queda d’água. É um dos melhores passeios de toda a Ilha Grande. Parada obrigatória dos aventureiros que fazem rapel.

Fonte: famanet.br/www.vivaterra.org.br/ilhagrandehotel.com/portoabraao.com.br/www.caicarailhagrande.com.br

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