Ilhéus

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Ilhéus –  História

A região era primitivamente habitada pelo índios tupiniquins. O município originou-se da capitania doada em 1534, por Dom João III, Rei de Portugal, a Jorge de Figueiredo Correia que, residindo em Lisboa, mandou seu lugar-tenente, o espanhol Francisco Romero, tomar posse e administrar a referida capitania.

Em 1535, Romero aportou na atual ilha de Tinharé, junto ao morro por ele denominado São Paulo e lançou os fundamentos de uma vila.

Em busca de melhores condição, velejou rumo ao sul aportando na foz do rio, atualmente designado Cachoeira. No cimo do monte, mais tarde chamado Morro de São Sebastião, fundou a vila de São Jorge. Construíram-se paliçadas para defesa contra os navios e, no centro da vila, edificou-se a capela de São Jorge. Estabelecia-se a sede da Capitania de Ilhéus.

Superados os obstáculos iniciais, sobretudo os criados pela reação dos selvagens, construíram-se engenhos de açúcar e fixaram-se famílias procedente da coroa e de outras capitanias.

Em 1556, foi criada a freguesia de “São Jorge dos Ilhéus”, pelo Bispo Primaz do Brasil, Dom Pero Fernandes Sardinha.

Nas lutas pela independência Nacional, Ilhéus tornou-se ponto de suprimento de gêneros alimentícios e munições destinados aos campos de batalhas.

A introdução da cultura do cacau na sua economia, por volta de 1825, impulsionou o desenvolvimento do município.

O topônimo é devido à existência de Ilhotas no litoral, próximas à costa.

Ilhéus – Formação Administrativa

Elevada à categoria de vila com a denominação de Ilhéus, em 1535.

Distrito criado com a denominação de Ilhéus, em 1556 e por lei estadual nº 905, de 06-11-1912.

Elevada à condição de cidade e sede do município com a denominação de Ilhéus, pela lei provincial nº 2187 de 28-06-1881. Instalada em 14-08-1881.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral I-IX-1920, o município é constituído de 2 distritos: Ilhéus e Banco do Pedro.

Pelo decreto estadual nº 8678, de 13-10-1933, foram criados os seguintes distritos: Água Preta, Aritaguá, Banco Central, Cachoeira de Itabuna, Castelo Novo, Limoeiro, Itacaré, Itapitanga, Japú, Olivença, Pimenteira, Pirangi, Pontal, Rio do Braço e União Queimada. Todos anexados ao município de Ilhéus.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 16 distritos: Ilhéus, Água Preta, Aritaguá, Banco Central, Cachoeira de Itabuna, Castelo Novo, Itacaré, Itapitanga, Japu, Limoeiro, Olivença, Pimenteira, Pirangi, Pontal, Rio do Braço e União Queimada. Não figurando o distrito de Banco do Pedro.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto-lei estadual nº 11089, de 30-11-1938, o distrito de Cachoeira de Itabuna passou a denominar-se Primavera, Limoeiro a chamar-se Morro Redondo e Itacaré tomou o nome de Guarací.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 16 distritos: Ilhéus, Água Preta, Aritaguá, Banco Central, Castelo Novo, Guaraci (ex-Itacaré), Itapitanga, Japu, Morro Redondo (ex-Limoeiro), Olivença, Pimenteira, Pirangi, Pontal, Primavera (ex-Cachoeira de Itabuna), Rio do Braço e União Queimada.

Pelo decreto-lei estadual nº 141, de 31-12-1943, confirmado pelo decreto-lei estadual nº 12978, de 01-06-1944, alguns distritos acima sofreram as seguintes modificações: Água Preta passou a denominar-se Uruçuca; Primavera mudou para Banco da Vitória; Morro Redondo tomou o nome de Barro Preto; Pirangi passou a chamar-se Itajuípe; Pontal foi modificado para Pontal dos Ilhéus e Guarací a passou a ter o nome de Coaraci.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 16 distritos: Ilhéus, Aritaguá, Banco Central, Banco da Vitória ex-Primavera, Barro Preto (ex-Morro Redondo), Castelo Novo, Coaraci (ex-Guaraci), Itajuípe (ex-Pirangi), Itapitanga, Japu, Olivença, Pimenteira, Pontal de Ilhéus (ex-Pontal), Rio do Braço, União Queimada e Urucuça (ex-Água Preta).

Pela lei estadual nº 516, de 12-12-1952, desmembra do município de Ilhéus o distrito de Uruçuca. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 628, de 30-12-1953, é criado o distrito de Coutos (ex-povoado) com terras desmembradas do distrito de Pontal e anexado ao município de Ilhéus. Sob a mesma lei é criado o distrito de Inema (ex-povoado), com terras desmembradas do distrito de Pimenteiras e anexado ao município de Ilhéus, sendo extinto o distrito de Pontal dos Ilhéus e seu território anexado ao distrito sede do município de Ilhéus e ainda o distrito de Bandeira do Almada (ex-União Queimada) foi transferido do município de Ilhéus para o de Itajuípe.

Em divisão territorial datada de I-VII-1960, o município é constituído de 12 distritos: Ilhéus, Aritaguá, Banco Central, Banco da Vitória, Castelo Novo, Coutos, Inema, Itapitanga, Japu, Olivença, Pimenteira e Rio do Braço.

Pela lei estadual nº 1359, de 21-12-1960, desmembra do município de Ilhéus o distrito de Itapitanga. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 11 distritos: Ilhéus, Aritaguá, Banco Central, Banco da Vitória, Castelo Novo, Coutos, Inema, Japu, Olivença, Pimenteira e Rio do Braço.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979.

Pela lei estadual nº 4050, de 14-05-1982, é criado o distrito de Sambaituba (ex-povoado) e anexado ao município de Ilhéus.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 12 distritos: Ilhéus, Aritaguá, Banco Central, Banco da Vitória, Castelo Novo, Coutos, Inema, Japu, Olivença, Pimenteira, Rio do Braço e Sambaituba.

Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído de 10 distritos: Ilhéus, Aritaguá, Banco Central, Castelo Novo, Coutos, Inema, Japu, Olivença, Pimenteira e Rio do Braço.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Ilhéus – Cidade

Ilhéus é uma cidade da Bahia que fica aproximadamente 450 km ao sul da capital do estado, Salvador. Esta cidade de 180 mil habitantes é a cidade natal de Jorge Amado, talvez o mais conhecido escritor brasileiro moderno.

A Cidade foi fundada em 1534 e seu nome completo era então Vila de São Jorge dos Ilhéus. Foi um dos mais importantes produtores de cacau mas hoje depende sobretudo do turismo e da indústria.

Ilhéus, a maior cidade do litoral sul da Bahia, teve o seu melhor momento no início do século XX com a produção de cacau. Desta época, pode-se ver muitas casas e lugares diversos construídos pelos coronéis do cacau.

Hoje, Ilhéus vive exclusivamente do turismo sendo o terceiro maior polo turístico da Bahia (atrás de Salvador e Porto Seguro).

Aos visitantes, a cidade oferece o seu litoral (que não foge à regra das praias nordestinas, sempre maravilhosas) e a sua cultura, visto que Ilhéus foi berço de um dos maiores escritores da literatura mundial: Jorge Amado. Parte viva da obra de Jorge Amado, a cidade tem pontos turísticos que ficaram famosos nos livros e adaptações para TV (como o Bar Vesúvio).

Ainda existem algumas fazendas de cacau que, inclusive, podem ser visitadas, assim como a fábrica de chocolates (que também vende chocolates caseiros). Tudo isso torna Ilhéus uma cidade com opções para todos os tipos de turista.

São Jorge dos Ilhéus

IlhéusIlhéus

Tranquila, segura e próspera. Assim é São Jorge dos Ilhéus ou somente Ilhéus, município baiano, imortalizado em algumas obras do grande escritor brasileiro Jorge Amado. Não é à toa que tal expoente da literatura brasileira escolheu este pedaço privilegiado pela natureza para ser cenário de seus romances. Ilhéus é o maior litoral da Bahia, com cerca de 100 quilômetros de belas praias cercadas pela vegetação típica da Mata Atlântica.

Sua história começou quando o Brasil ainda era uma colônia portuguesa (na época o município pertencia a uma das 15 Capitânias Hereditárias – forma de colonização repassada a particulares). O primeiro donatário, Jorge de Figueiredo Corrêa, não quis abrir mão de seu cargo em Portugal e enviou Francisco Romero ao novo país. A capitania ganhou o nome de Vila São Jorge dos Ilhéus e apresentava grande desenvolvimento, por não ter problemas financeiros, e nem com os colonos e índios.

Mas a morte de Jorge de Figueiredo, responsável pelas doações constantes a região, prejudicou o crescimento de Ilhéus. O filho mais novo do donatário conseguiu uma licença para desfazer-se da Capitania, que passou a ser vendida constantemente. O local só voltou a crescer com o cultivo do cacau, iniciado em 1822. Até hoje, o fruto é plantado em grande escala, sendo um dos símbolos do município. Além do plantio de cacau, Ilhéus tem no turismo uma das mais importantes fontes de renda, pois suas belezas atraem milhares de pessoas ao local durante o ano.

Depois que o Brasil foi descoberto, Portugal se descuidou da sua ocupação, porque o comércio com as Índias era muito mais lucrativo e de retorno mais rápido. Não houve, por parte dos portugueses interesse imediato nas terras do Novo Mundo.

Quando os franceses firmaram o comércio do pau-brasil com os indígenas, a coroa portuguesa se viu obrigada a tomar providências imediatas a fim de preservar o que já considerava patrimônio lusitano. Depois da expedição de Martim Afonso de Souza, o governo verificou a impossibilidade de arcar sozinho com a responsabilidade de povoar o litoral brasileiro e resolveu seguir os conselhos de Diogo de Gouveia para dividir o Brasil em quinze lotes, as Capitanias Hereditárias, sistema que já dera certo em determinadas ilhas do Atlântico.

Apesar de algumas capitanias não terem dado certo, o sistema pode ser considerado um sucesso, pois o objetivo da coroa portuguesa era povoar o Brasil e livrá-lo dos ataques de outros povos e este foi conseguido. Portugal é um país muito pequeno para conseguir povoar uma área tão grande como a do nosso país.

A carta de doação da Capitania dos Ilhéus a Jorge de Figueiredo Corrêa foi assinada em Évora a 26 de junho de 1534. Ela possuía cinqüenta léguas de costa contadas a partir da Ilha de Itaparica, que também foi capitania.

O donatário, Jorge de Figueiredo Corrêa possuía muito prestígio na corte e não se dispôs a abandonar seu cargo para aventurar-se no novo país. Enviou no seu lugar um castelhano autoritário, homem de guerra, chamado Francisco Romero.

Não houve dificuldade para Jorge de Figueiredo conseguir dinheiro para organizar a armada e Francisco Romero partiu do Tejo em 1535. Foram primeiro para a ilha de Tinharé, onde está localizado o Morro de São Paulo, e foi a primeira ocupação da capitania. Mas os topógrafos da armada descobriram um local que acharam melhor e abandonaram a vila já formada, estabelecendo-se no novo local.

Deram à sede da Capitania o nome de Vila de São Jorge dos Ilhéus, em homenagem ao donatário e por causa das pequenas ilhas existentes ao longo da costa.

Sua localização era no cume do atual outeiro de São Sebastião. Seu desenvolvimento foi rápido e, a vila já possuía, em 1556, relativa produção de cana-de-açúcar.

Jorge de Figueiredo se esforçava para desenvolver sua capitania, tanto assim que com este intuito, começou a doar sesmarias a destacadas figuras do reino. Em 1537 doou a sesmaria do Engenho de Santana a Mem de Sá, que seria mais tarde o terceiro governador geral do Brasil, onde foi construído um engenho de açúcar. Até hoje restam vestígios, às margens do rio Santana, na localidade de Rio do Engenho. Doou também a Mem de Sá, uma sesmaria onde está localizada hoje a cidade de Camamu, que foi repassada para os jesuítas.

Ilhéus tinha tudo para se desenvolver, porque não tinha problemas de dinheiro, nem de colonos, e nem mesmo com os índios, que chegaram até a auxiliar os colonos nos serviços das roças e tornaram-se importantes elementos da defesa da Colônia. O donatário incentivava o comércio de abastados senhores da corte com a Capitania.

O progresso da Vila era enorme e isto atraía toda espécie de aventureiro. Eles queriam encontrar o caminho que levasse ao sertão para a busca de ouro e prata.

No início da colonização do Brasil, a vila de São Jorge chegou a ser a mais próspera e rica, a ponto de Tomé de Souza assim escrever para D. João III: “é a melhor coisa desta costa para fazendas e que mais rende agora para si Alteza”. No governo de Tomé de Souza, Ilhéus era o maior centro econômico do Brasil.

Com a morte de Jorge Figueiredo em 1551 a Capitania passou para seu filho mais novo, que conseguiu licença para vendê-la, e a partir daí ela foi mudando de dono com o passar do tempo, tendo tido muitos donatários, o que dificultou a retomada do seu desenvolvimento.

No ano de 1563 explodiu na vila um surto de varíola que matou uma quantidade enorme de pessoas. Nesse mesmo ano teve início a construção da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, com sua igreja, que foi demolida em 1690.

Com a nomeação do Marquês de Pombal como primeiro ministro da Corte, ele acabou com as Capitanias Hereditárias e em 9 de junho de 1754 Ilhéus passou a pertencer à Coroa Portuguesa. A Capitania que pertencia a D. Antonio José de Castro, foi trocada por um título de conde. Naquela época para os portugueses valia mais um título de nobreza que cinqüenta léguas de costa por toda extensão sertão a dentro.

Em 1777 o governador geral criou um correio terrestre. Os estafetas saíam de Salvador, passando por Cairú, Santarém, Camamu, Barcelos, Marau, Barra do Rio de Contas e Ilhéus. Este serviço não durou muito tempo, pois vários estafetas foram flechados pelos índios das matas próximas às estradas.

Depois do apogeu do início da colonização, a vila entrou em decadência, atrasando-se no tempo em relação ao resto do país que se desenvolvia normalmente. Os séculos XVII e XVIII passaram sem grandes acontecimentos.

A independência do Brasil e a abolição da escravatura passaram despercebidas pela população, segundo Silva Campos.

No dia 28 de junho de 1881, através da lei provincial nº 2.187, que foi referendada pelo Marquês de Paranaguá, Ilhéus foi elevada à categoria de cidade. Em 1913 a cidade foi transformada em bispado, tendo sido o seu primeiro bispo D. Manoel Antonio de Paiva. Depois foi substituído por D. Eduardo José Herberold, que a cidade venera como santo e cujos restos mortais encontram-se na Catedral de São Sebastião, obra tão sonhada por ele.

Ilhéus – Cultura

Ilhéus é riquíssimo em cultura, sendo reconhecido por sua diversidade de crenças e religiões. No município, destacam-se alguns rituais como o Banho da Paixão, um rito baseado na fé católica e outros mitos sacros.

Durante a Sexta-Feira Santa, milhares de homens e mulheres se revezam em mergulhos nas praias de Olivença e Milagres. Apoiados no poder sagrado das águas, acreditam que o ritual os livra do mal durante o ano todo.

Ilhéus – Localização

Localizada na região sul do estado da Bahia, Ilhéus já foi um grande produtor de cacau, e hoje é um importante destino de férias e um dos principais centros de turismo no nordeste do Brasil.

Quando você tiver visto as praias de Ilhéus, vai entender por que: suas praias estão entre as mais belas e famosas do mundo, muitas delas com coqueiros como nos cartões postais.

Ilhéus – Clima

A região apresenta, sem dúvida, um clima de paraíso. Está incluída no tipo intertropical úmido, sendo a temperatura média anual de 24ºC e a média das mínimas de 19ºC; é o clima quente e úmido de floresta, ideal para o cultivo do cacaueiro, árvore bastante exigente. Na região chove muito, mas são chuvas rápidas de verão, voltando o sol a brilhar logo a seguir.

O litoral do município de Ilhéus está situado no domínio do vento alísio de N.E. As brisas influem muito no clima de toda a região litorânea; seja a marítima que sopra durante o dia, ou a continental que sopra durante a noite, nunca faz calor na beira da praia.

Ilhéus – Festas Populares

FESTA DE SÃO SEBASTIÃO: É realizada de 11 a 20 de janeiro, em homenagem ao santo, um dos padroeiros da cidade. Não sei por qual motivo são três os padroeiros de Ilhéus. São Sebastião é considerado o padroeiro dos estivadores.

São armadas barracas na avenida Dois de Julho, em frente ao Sindicato dos Estivadores. É feito um novenário, e no dia 20 as comemorações começam cedo, com alvorada e com procissão. A noite apresentam-se grupos afros e várias atrações regionais. As festas religiosas são sempre mescladas com manifestações populares.

Após a festa, realizada no dia 20 de janeiro, o estivador Barreto, oferecia a quem chegasse uma bacalhoada. Este hábito fez tradição, e com a morte de Barreto, o Sindicato dos Estivadores tomou para si esta incumbência, mantendo este costume em sua sede, tendo como um dos organizadores o filho do próprio Barreto.

É também conhecida como festa do bacalhau.

LAVAGEM DA CATEDRAL: É um dos pontos altos da festa consagrada a São Sebastião, e é uma cópia da festa de Senhor do Bonfim em Salvador.

Da sede do Sindicato dos Estivadores sai um cortejo com animais puxando carroças ornamentadas com palhas de coqueiro, baianas de candomblés, blocos afros e grande número de pessoas, indo até a Catedral. Lá, as baianas com jarras contendo “água de cheiro”, fazem a lavagem da escadaria, enquanto o trio elétrico toca, as pessoas dançam e a Praça D. Eduardo fica completamente tomada pelas pessoas. Esta festa acontece no dia 18 de janeiro.

CARURU DE COSME E DAMIÃO: O dia consagrado aos santos meninos é 27 de setembro. Todas as famílias que têm gêmeos em casa, e que fazem aniversário nesta época, se habituaram a comemorar o aniversário oferecendo o caruru de Cosme e Damião, onde são servidos, caruru, vatapá, frigideirada, pipoca, acarajé e balas para homenagear e festejar os santos meninos. As portas são abertas e todos são bem vindos, mas antes que seja servido aos convidados em geral, é servido num ritual a sete meninos, de preferência carentes, como um serviço prestado. Conforme o maior ou menor grau de devoção, a festa sofre modificações, mas é uma tradição e as pessoas nesta época não podem passar sem um caruru.

FESTA DE IEMANJÁ: É realizada no dia 2 de fevereiro, é considerada uma festa profana, e é uma homenagem à Rainha das Águas. É realizada uma procissão de barcos na baía do Pontal, onde o barco principal leva a imagem de Santa Bárbara. Também acontece festa de largo, barracas e trios elétricos.

CARNAVAL: Com o crescimento do carnaval de Salvador em nível não só nacional, mas internacional, as cidades menores não podem fazer grandes festas neste período. Algumas cidades criaram a micareta, um carnaval realizado durante o ano, sem data marcada, outras criaram o carnaval antecipado, feito antes da época própria.

Nos últimos anos a Prefeitura Municipal está promovendo o “Carnaval Cultural”, uma tentativa de retorno aos carnavais antigos, sem o famoso trio elétrico, como alternativa para as pessoas que preferem um carnaval mais tranqüilo. Tem dado certo.

FESTA DE SÃO JORGE: Acontece no dia 23 de abril, com novenário, procissão, pois o santo guerreiro é o segundo padroeiro de São Jorge dos Ilhéus.

DIA DA CIDADE – É comemorado no dia 28 de junho. São realizadas festividades cívicas, com desfile militar e a presença de autoridades. Os jornais amanhecem com edições especiais, são realizados eventos no Teatro Municipal, enfim é um dia de comemorações. Normalmente são apresentadas atrações vindas de fora.

FESTA DE N.SRA. DAS VITÓRIAS: Ela é a outra padroeira da cidade, merecendo pois todas as honrarias. É realizada festa de largo, novenário e procissão. Dia 15 de agosto.

Nos distritos são comemorados também festas de alguns santos, como de Nossa Senhora da Escada em Olivença e Nossa Senhora de Santana em Rio do Engenho, entre outras.

Ilhéus – Atrações Turísticas

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Considero Ilhéus uma cidade exuberante e agradável. Tanto assim que saí do Rio para passar apenas dois anos e já estou aqui há mais 20 anos. Alguma coisa esta cidade há de ter para prender os que aqui chegam, sejam estrangeiros ou brasileiros vindos de toda parte, seja do norte, seja do sul.

Recentemente foi descoberta pelos mineiros e goianos que saem de suas casas para curtir o verão e pegar uma praia. A cidade é linda e a chegada por avião é alguma coisa emocionante. Por mais que eu viaje, por mais que o tempo passe, é sempre uma novidade, e é sempre uma emoção chegar por cima da Pedra de Ilhéus, do Porto do Malhado, da residência do bispo e da foz do rio Cachoeira.

Uma vez em terra é só procurar os caminhos que muito há para se ver e para alegrar os olhos.

PARA O SUL

PRAIAS DO SUL: São 16 km de estrada beirando a praia num trajeto em que se tem vontade de parar a cada instante, só para olhar o mar, ou mesmo para aliviar o calor nas águas mornas do Oceano Atlântico. São as famosas praias do sul com barracas, bares e pousadas em todo o trajeto. Nas barracas come-se de tudo, e em geral é o próprio dono com a família que nela trabalham.

Entre as praias mais conhecidas encontramos a dos Milionários, onde a estrada fica ao lado da praia e onde está a maior concentração das barracas. Tem este nome porque os itabunenses que possuíam carro (milionários), foram os primeiros a freqüenta-la. Encontramos no km 8, na foz do rio Cururupe, uma praia com o mesmo nome, cujo sítio é histórico. Em 1559 Mem de Sá e seus soldados travaram a batalha dos nadadores e triunfaram contra os índios Tupiniquins, transformando o episódio no maior massacre cometido aos indígenas.

OLIVENÇA

No fim dos 16 km chega-se à Estância Hidromineral de Olivença, distrito de Ilhéus. Atualmente ela é o “paraíso dos mineiros” no verão. O valor das suas águas foi descoberto pelo padre Torran, que a considerou com valor medicinal igual à de Vichy na França.

Lá encontramos pousadas, bares, o balneário da Tororomba com piscina pública para adultos e crianças com água corrente sem tratamento e o “véu de noiva”, uma cortina artificial de água que é excelente para tirar o sal depois da praia e para amaciar os cabelos.

As suas águas são radioativas contendo cloro, ferro e iodo magnético, sendo indicada para as doenças da pele e aparelho digestivo.

O local possui um ar bucólico com sua ladeira calçada com pedras, com a Igreja de Nossa Senhora da Escada situada na parte superior da praça. Esta igreja foi construída pelos jesuítas no ano de 1700, em aldeamento indígena, com desenho em estilo colonial. Encontramos aí a imagem de Nossa Senhora da Escada que possui traços barrocos.

Em novembro, do dia 1º até o dia 21, é comemorada a festa de Nossa Senhora da Escada, padroeira de Olivença, com alvorada de fogos, missa solene, procissão e festa de largo.

Também em Olivença, no mês de julho, é comemorada a festa do Divino Espírito Santo. É uma festa móvel, realizada sempre num domingo, tendo novenário, missa solene e procissão acompanhado por banda de música e a bandeira do divino.

A localidade tem um aspecto calmo durante todo o ano, mas no verão o local toma um aspecto agitado pela grande quantidade de turistas que ali aportam. Os restaurantes colocam som ao vivo, é realizado festival de surf e no começo do mês de janeiro, a festa da “Puxada do Mastro”.

FESTA DA PUXADA DO MASTRO

A Puxada do Mastro de São Sebastião é uma festa tradicional no município de Ilhéus. A festa é realizada todos os anos na primeira semana de janeiro, em homenagem a São Sebastião, no distrito de Olivença.

A antiga vila de Olivença – distrito de Ilhéus desde 1911- foi organizada através de uma missão jesuítica no período colonial. Tudo indica que a festa é o resultado da cristianização de um ritual indígena. Assim os jesuítas atraíam os “selvagens” para a fé cristã.

Os índios, ágeis serradores de madeira, dirigiam-se a uma floresta, escolhiam, cortavam e descascavam uma árvore com a qual preparavam um grande mastro.

Este mastro, amarrado por uma corda comprida e resistente, era arrastado até a vila, e colocado em pé, em frente à Igreja de Nossa Senhora da Escada. A corda era solenemente depositada no altar, aos pés da Santa.

Também em Olivença é realizada na véspera da Festa da Puxada do Mastro, a do Bumba meu Boi. São figuras humanas envolvidas em panos, papel fino, espelhos e folhas, em formato de boi que fazem o espetáculo desfilando pelas ruas da cidade. Acompanhadas por populares e pelas figuras do “Vaqueiro” e da “Loba” todos dançam e cantam músicas típicas deste tipo de folclore.

OUTRAS PRAIAS

Seguindo depois de Olivença pela BA 001 em direção a Canavieiras, encontramos muitos quilômetros de praia e alguns hotéis importantes, como o Hotel Tororomba Resort, o Canabrava Resort. Mais a frente, o Loteamento de Águas de Olivença com casas particulares, a praia do Acuípe e o Hotel Village Indaiá.

No km 62, a cidade de Una, que não apresenta atrações turísticas e nem fica na praia. Mas 6 km após esta cidade encontramos o Hotel Transamérica na Ilha de Comandatuba. Um Resort de 5 estrelas numa ilha paradisíaca, com todos os atrativos que um paraíso pode apresentar.

ILHA DE COMANDATUBA

A ilha foi ocupada juntamente com as outras localidades da costa, no início das Capitanias Hereditárias. Era habitada por índios, e em 1861 residiam lá mais de 60 pessoas emigradas da vila do Conde e de lugares vizinhos do norte da Província. Dedicavam-se à agricultura. Tal era o progresso da localidade, que em 1867, foram demarcados lotes, ruas e praças tendo sido inaugurada a colônia. Mas não se tem registro por qual motivo esta durou muito pouco tendo sido completamente dispersada.

Não se sabe ao certo a origem do nome – Comandatuba – mas sabe-se que, na linguagem indígena “comandá” é toda leguminosa, tipo de vegetação muito comum na região. São espécies de “comandá” desde a soja e o feijão (comandá-mirim), como o feijão guandu (arbusto) e o jacarandá (árvore grande e majestosa – comanda-tuba). “Tuba” em tupi significa grande, o maior, importante.

A ilha de Comandatuba fica no município de Una.

RIO DO ENGENHO

Pode-se chegar à localidade de Rio do Engenho de duas formas. Pela estrada Pontal-Buerarema, no km 20. É uma estrada de barro, estreita, municipal, mas sem problemas. Ou então pode-se ir pelo rio Santana em barcos de pequeno porte. O local é muito bonito, bucólico mesmo, ao lado da cachoeira que interrompe a possibilidade de navegação rio acima, e onde recentemente foi construída uma barragem, cujo reservatório distribui água para zona sul da cidade.

Em 1537, Jorge de Figueiredo Correa doou uma área de terra (sesmaria) às margens do rio Santana a Mem de Sá. Lá foi construído um engenho de açúcar do qual ainda restam vestígios. Naquele engenho de açúcar aconteceu uma importante revolta de escravos.

A maior atração do local é uma capela construída pelos jesuítas. Tem como peças importantes o batistério e a imagem de Senhora Santana. Está tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico Nacional (SPHAN) e é considerada a terceira igreja mais antiga do Brasil.

No último domingo do mês de julho é realizada a festa em homenagem a Nossa Senhora de Santana. Além das comemorações religiosas são feitas as comemorações profanas com comidas, bebidas e manifestações populares.

PARA O NORTE

As Praias do Norte diferem basicamente das do Sul, pois a estrada asfaltada foi inaugurada no final da década de 1990. São 46 quilômetros até Serra Grande, onde terminam as praias extensas, mudando a topografia. A estrada vai até a cidade de Itacaré, que foi muito valorizada depois que a estrada ficou pronta.

No litoral norte encontramos diversas praias, cujas águas ainda permanecem limpas. A primeira delas, que fica na ponta do bairro de São Miguel. Este é um bairro cidade situado numa faixa de terra espremido entre a barra do rio Almada e o mar. Está cada vez mais espremido, pois o espigão de pedra do Porto do Malhado, faz com que o mar se torne violento nas suas praias, tendo as marés mais altas invadido a praia causando danos irreparáveis. A prefeitura construiu um cais de pedra para segurar a força do mar, que amenizou o problema.

No dia 29 de setembro acontece a festa de S. Miguel, festa organizada inicialmente pelos pescadores da praia do Norte, mas que hoje atrai toda a população. É uma festa de largo com procissão marítima promovida pelos pescadores, que entra pela noite, com trio elétrico, muita comida e bebida. Também são realizadas corridas de canoa e eventos esportivos.

Existem vários loteamentos que se transformaram em vilas.

São eles: Jóia do Atlântico, Juerana, Barramares, Barra Nova, Ponta da Tulha, Mamoan e Ponta do Ramo.

OUTRAS ATRAÇÕES

DISTRITO INDUSTRIAL: No lado norte da cidade, no início da rodovia que vai para Uruçuca, encontramos uma área que foi destinada à instalação de algumas indústrias. Existem fábricas de beneficiamento de cacau, de móveis, de torrefação de café e de suco de frutas. Está instalado um Pólo de Confecções, com várias pequenas indústrias de vestuário e afins, o Pólo de Informática, um dos mais importantes do país e a Fábrica de Chocolate Caseiro de Ilhéus, com a miniatura de uma fazenda de cacau, com tudo que nela existe.

LAGOA ENCANTADA: São muitos os caminhos que levam à esta belíssima lagoa. É passeio para um dia inteiro. Lá visita-se o povoado de Laranjeiras, onde se pode comer uma deliciosa moqueca de peixe ou de camarão pescado ali mesmo na lagoa.

Quem vai de barco pode chegar até o ribeirão das Caldeiras e saltar para tomar banho no rio, que tem este nome, por causa de imensos caldeirões formados pela erosão nas pedras, que fica em frente à cachoeira do Apepique.

Tomando-se a rodovia BA 261 em direção a Uruçuca, no km 25 do lado direito encontramos a entrada para Castelo Novo, um distrito que fica às margens do rio Almada. Percorridos 5 km, do lado esquerdo, entramos para a Fazenda Lagoa Pequena, cognominada de Fazenda Renascer, por terem sido feitas lá as filmagens da novela “Renascer” da TV Globo.

Outra via de acesso: pela Ponta da Tulha, pela estrada das praias do Norte.

RIO DO BRAÇO: local onde foram gravadas cenas da novela “Renascer” da TV Globo. É distrito de Ilhéus e fica a 6 km da rodovia Ilhéus-Uruçuca (km 19). Tem como atração o cenário onde foram gravadas muitas cenas da novela Renascer.

IGREJA MATRIZ DE SÃO JORGE: É uma construção do final do século XVII, segundo o IPAC, e constitui-se no mais importante prédio localizado na sede. Sofreu diversas reformas ao longo dos séculos, conservando, porém seu estilo primitivo. Ao lado da Igreja funciona o MUSEU DE ARTE SACRA que guarda uma imagem secular de São Jorge, documentos sacros, valiosas peças sacras dos séculos XVI, XVII E XVIII e um painel da história de Ilhéus. Foi salva como monumento juntamente com a Igreja de N.S. das Vitórias pelo trabalho dedicado das senhoras Catitinha Lavigne e Cremilda Maltez Bastos, e pelo desprendimento de Jerônimo Ferreira, um fazendeiro que contribuiu com vultosas quantias para que fosse feita a recuperação da igreja. O museu é mantido pela Cúria Metropolitana.

PALACETE MISAEL TAVARES: Foi inaugurado em 1922 com grande banquete ao qual compareceram as mais destacadas personalidades da época. Vivia-se os tempos gloriosos do cacau. É um imponente prédio em estilo neoclássico. O Cel. Misael Tavares foi um grande empreendedor, construiu inúmeros prédios na cidade e, antes que a cidade possuísse banco, ele criou uma casa bancária.

CATEDRAL DE SÃO SEBASTIAO: No local onde está localizada esta catedral, existia anteriormente uma igrejinha secular em honra a São Sebastião. Foi demolida para que fosse construída a catedral que é um ponto de referência do turismo local.

É um templo em estilo neoclássico, com vitrais artísticos, colunas gregas e abóbadas romanas. Foi o sonho do bispo D. Eduardo Herbenhold, que tem lá sua tumba para oração dos fiéis. Foi construída com dinheiro vindo do exterior e com campanhas feitas pelos fiéis. Sua construção foi iniciada em 1931 e concluída em 1967. Apesar de eclético, pode ser considerado um belo templo, e é o símbolo da cidade.

BAR VESÚVIO: É muito famoso, tendo alcançado esta fama em decorrência de ser ponto importante na romance Gabriela, de Jorge Amado. Já teve diversos donos, mas conserva sua vocação de bar bastante freqüentado desde a sua inauguração.

É famoso pelas suas comidas árabes, principalmente da época que pertenceu ao Sr. Emílio Maron, quando se chamava Bar Maron, e quando a cozinha era chefiada pelas mãos de fadas de D. Lourdes. A parte de cima já funcionou por algum tempo como boate, mas o que lhe deu fama realmente, foram os quitutes do restaurante da parte de baixo.

Desde a sua criação, no final da década de 1920, o Vesúvio tem sido um dos pontos mais freqüentados da cidade, quando os fazendeiros, na época do coronelismo gostavam de freqüentá-lo para contarem suas estórias, suas lutas e conquistas. É grande o número de turistas que costuma freqüentá-lo em busca do famoso quibe do Nacib.

TEATRO MUNICIPAL DE ILHÉUS: Foi um magnífico prédio inaugurado em 1932 como Cine Theatro Ilhéos, onde se apresentaram artistas famosos do Brasil e do exterior. Durante muito tempo esteve abandonado, foi doado pela família Rehem da Silva para a Prefeitura e reconstruído pelo prefeito Jabes Ribeiro. Foi reinaugurado em 1986, e é considerado um dos melhores teatros do norte e nordeste. O que acontece de importante em arte, no país, tem passado pelo seu palco.

CASA DE JORGE AMADO: O terreno foi comprado pelo coronel João Amado, pai do famoso escritor, onde construiu o belo casarão, com grandes salões, ornamentados em jacarandá e mármore de Carrara. Foi construída no início da década de 20, tendo sido inaugurada em 1926.

A importância da casa é que o célebre escritor passou ali parte da sua vida, e foi onde escreveu seu primeiro romance “O País do Carnaval”. A casa foi vendida para outras famílias, a de Jorge mudou-se para o Rio de Janeiro. Ali funcionaram o Clube dos Bancários e a Faculdade de Direito de Ilhéus.

Hoje funciona a Fundação Cultural de Ilhéus e a Casa de Jorge Amado, uma casa de cultura que fala sobre o escritor e tem como objetivo principal fomentar a cultura.

CASA DOS ARTISTAS: Foi construída no final do século passado para residência do coronel Adami de Sá. Já abrigou o Colégio Afonso de Carvalho. Foi adquirida pelo coronel Antonio Olímpio da Silva, onde residiu com sua família. Depois da morte de D. Heloína Rehem da Silva, os herdeiros venderam-na para um suíço, grande apreciador e incentivador das artes. O interior da casa foi reformado para atender às necessidades da nova função, mas foi mantida a fachada original.

Nela existem exposições permanentes, onde estão expostos quadros de artistas locais ou mesmo de fora, são realizados vernisages, saraus literários, lançamentos de livros, peças de teatro e qualquer outra atividade ligada ao meio artístico. A casa dos artistas está composta de um salão para espetáculos, salas de exposição e um mezzanino. A Casa também promove cursos de música, teatro, maquiagem teatral e etc.

PALÁCIO PARANAGUÁ – PREFEITURA MUNICIPAL: Antes da vila de S. Jorge ter sido fundada, existia naquele local um assentamento indígena tipicamente Tupi. Mais tarde os jesuítas construíram ali o seu Colégio – “Casa Nossa Senhora do Socorro”.

Quando os jesuítas foram expulsos do país, o antigo colégio servia de Câmara Municipal. Após a demolição das ruínas do antigo colégio, no dia 22 de janeiro de 1898, o coronel Domingos Adami de Sá iniciou a construção do atual Paço Municipal.

Em 22 de dezembro de 1907 foi inaugurado o pomposo edifício que serve de abrigo à Prefeitura Municipal. Com o passar do tempo o edifício sofreu algumas reformas, mas conserva sua forma original.

No seu interior estão expostos e protegidos móveis, quadros e esculturas, pertencentes ao patrimônio municipal. Todos tombados no Inventário dos Bens de Interesse Cultural.

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL: Este importante prédio apresenta aposentos refinados que lembram a “Belle Époque”. Foi construído em 1932 e durante muitas décadas, representou o fausto das classes produtoras de cacau. No livro São Jorge dos Ilhéus, ele representa cenário para o amor proibido entre a esposa de Carlos Zude, o exportador de cacau, e o poeta Sérgio Moura.

O historiador e professor Dr. Antonio Fernando Guerreiro de Freitas, contou-nos em uma aula, que na ocasião em que foi construído este prédio, foi mandado buscar na Itália o arquiteto que o construiria. A obra deveria obedecer ao estilo Luis XIV. Uma vez pronta não agradou, não era aquilo que os homens imaginavam que fosse o estilo pedido. Mandaram derrubar e construir a que está lá e que havia sido sonhado pelos poderosos da época.

MUSEU REGIONAL DO CACAU: Foi fundado em 1982 para guardar, preservar e divulgar tudo que está ligado à cultura do cacau. Tem como acervo documentos, fotografias, objetos de uso pessoal e obras de artistas plásticos da região.

O museu permite uma visão detalhada da cultura do cacau, desde que surgiu até o seu completo desenvolvimento. Está funcionando nas dependências do extinto Instituto de Cacau da Bahia.

BATACLÃ: Ficou famoso por causa do livro “Gabriela, Cravo e Canela” de Jorge Amado. O Bataclã representou na década de 20 o fausto da cultura do cacau. Foi, durante muito tempo, o local preferido dos abastados senhores do cacau, quando a cidade permitia que houvesse vida noturna intensa.

Ali funcionava um salão para dança, shows e um cassino. Constantemente se apresentavam companhias de dança com mulheres bonitas vindas do sul do país e até do exterior. Sempre estavam muito bem vestidas e arrumadas, para atender ao gosto dos freqüentadores da casa.

Com a proibição do jogo no país, o Bataclã entrou em decadência e o proprietário teve que fechá-la, pois foi impossível continuar a manter o seu luxo só com bar e dança. A parte frontal foi restaurada, o interior está reconstrução para funcionar como espaço cultural.

SOCIEDADE UNIÃO PROTETORA DOS OPERÁRIOS E ARTISTAS: Uma bela construção do início do século XX, localizada na Av. Dois de Julho.

ILHÉUS HOTEL: Foi construído após ser promulgada pelo Intendente Mário Pessoa, uma lei que isentava de impostos quem construísse prédios com mais de três andares. Foi o primeiro prédio a ser construído em cidades do interior do Norte e Nordeste, e o primeiro a possuir elevador, que ainda funciona.

CAPELA DE N.S. DAS VITÓRIAS: Esta capela representa um importante patrimônio cultural da cidade, um patrimônio intangível, a fé na mãe de Jesus, que sempre esteve presente ajudando a população a se defender do ataque dos inimigos. A primeira capela foi edificada no final do século XVI, sofreu mais de um incêndio, sendo um deles em 1887, quando foi parcialmente destruída. Em 1905 foi reedificada, tendo sido completamente modificado seu desenho original. Em 1970 sofreu nova restauração que procurou obedecer às linhas da primeira planta.

CONVENTO E IGREJA DE N. S. DA PIEDADE: O convento da Piedade foi construído pelas freiras ursulinas em 1916. É um belíssimo monumento em estilo neogótico e está situado numa das elevações da cidade com uma vista privilegiada da principal avenida da cidade, a Soares Lopes.

Desde a sua inauguração funciona um colégio sob a direção das freiras. Inicialmente era só feminino, há alguns anos foi aberto para os rapazes. Ao longo deste tempo tem formado gerações e os filhos das melhores famílias da terra têm passado pelas suas salas. Também as pessoas mais simples têm oportunidade de lá estudar através de bolsas de estudo.

Sua construção foi concluída em 1928, como também a capela. O interior da igreja é muito bonito e muito místico. É um belo conjunto.

MUSEU NOSSA SENHORA DA PIEDADE: Funciona em duas salas do antigo Palácio Episcopal, que foi doado às Irmãs Ursulinas. O acervo do museu é composto de mobiliário antigo, louças, castiçais, crucifixos, diversos paramentos romanos usados por padres na celebração das missas, quadros e objetos diversos e de uso pessoal de Madre Thaís, a fundadora do Instituto. Alto do Teresópolis.

CAPELA DE N.S. DE LOURDES: É uma capela pequena, simples, mas para quem tem fé, muito aconchegante. É daqueles lugares onde se sente mais próxima a presença de Deus. Fica no Outeiro de S. Sebastião, tendo à sua frente um mirante de onde se vê da entrada da barra, no Pontal até o Porto do Malhado. É um lugar de muita paz e beleza. Tem acesso pela rua Leite Mendes.

GRUPO ESCOLAR GENERAL OSÓRIO: Foi projetado para servir de núcleo estudantil numa época em que Ilhéus era o maior pólo de desenvolvimento do sul da Bahia, com o apogeu da cultura cacaueira. Foi inaugurado em 1915, e em 2002 o prédio foi transformado em Biblioteca e Arquivo Público.

PALACETE DOS BERBERT – (SOLAR DOS PIMENTAIS): É uma réplica do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro e foi construído no início do século.

Seu estado de conservação é muito ruim, o que é uma pena, pois é um belo edifício. Possui uma belíssima escada em caracol de madeira, mas que está prestes a cair. Lá funciona uma escola e está localizado próximo ao terminal de ônibus urbano, na rua Ramiro de Castro.

MARAMATA: Situada no bairro da Nova Brasília, a Universidade Livre do Mar e da Mata tem como objetivo principal a proteção ambiental e pesquisas científicas voltadas para a natureza. É uma iniciativa pioneira do Prof. Soane Nazaré de Andrade, homem de grande visão, um dos fundadores da Faculdade de Direito de Ilhéus e da Fespi, Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna, hoje, Universidade Estadual de Santa Cruz. Existem poucas universidades destas no mundo, tem sido visitada por inúmeras pessoas de outras localidades que desejam copiá-la e, além de tudo isso faz um belíssimo trabalho com a comunidade local.

MONUMENTOS

ESTÁTUA DE SAPHO: Sapho foi uma poetisa grega, a primeira mulher que se tem notícia, que lutava por direitos iguais entre o homem e a mulher. Viveu entre os séculos VII e VI a.C. A estátua foi arrematada em leilão pelo Prefeito Mário Pessoa, pois era a mais bonita que havia no navio, foi entalhada em mármore de Carrara, em estilo neoclássico, no início do século XX. Está localizada em frente à Prefeitura na praça J.J. Seabra.

MARCO DA FUNDAÇÃO: O marco que existe no alto do outeiro de S. Sebastião, foi colocado no local para comemorar os 450 anos da chegada do colonizador. Existe ao seu lado um velho canhão, lembrando os tempos em que os habitantes se refugiavam nos morros para melhor se defender dos ataques dos inimigos.

Foi no morro de S. Sebastião que a equipe de Francisco Romero se estabeleceu quando deixou a Ilha de Tinharé em busca de um ponto melhor.

CRISTO REDENTOR: Foi inaugurada pelo governo de Mário Pessoa. É uma estátua com 7,5 m de altura e está situada na entrada da barra, abençoando o navegante que aqui chega. Está situada na Avenida Dois de Julho, no local chamado praia do Cristo.

MIRANTES – VISTAS

MIRANTE DA PIEDADE: Fica localizado ao lado do colégio na continuação da rua Madre Thaís, de onde se pode ter uma vista total da parte leste da cidade. Pode-se ver o Porto Internacional do Cacau, os ilhéus que deram nome à cidade, a avenida Soares Lopes, a catedral de S. Sebastião.

OUTEIRO DE S. SEBASTIÃO: A vista de cima é sempre mais bonita. Tanto assim, que em toda cidade americana, onde não havendo nada para ver, existe um edifício bem alto, onde o turista sobe unicamente, para ver a cidade de cima. E como aquela subida rende!… em dólar.

Em Ilhéus, em cada morro que subimos, temos em ângulos diferentes, toda a beleza que esta cidade recebeu das mãos de Deus. E inteiramente grátis.

ALTO DO TERESÓPOLIS: Da praça Cairu, no centro, sobe-se a ladeira do Teresópolis. Daí podemos ver o centro da cidade, a baía do Pontal, o lado sul.

Também é uma vista muito bonita.

PLANO INCLINADO: Na minha opinião a mais bela vista da cidade. Como no anterior, podemos ver o antigo porto, o centro, a baía, mas o ângulo é mais forte e a vista mais bonita. É daqueles lugares, que por mais que sejam vistos nunca cansam os nossos olhos. Cada vez que passo por ali, é como se fosse a primeira vez. Não dá para descrever, tem que ser vista.

PRAIAS DO CENTRO

AVENIDA: A praia que fica ao longo da avenida Soares Lopes. Antes da construção da ponte Ilhéus-Pontal, era a mais freqüentada da cidade. Com a mudança do porto para o bairro do Malhado e a construção do cais de pedra, as correntes marítimas, têm depositado areia em toda a sua extensão. Com este processo, ela ficou muito distante da rua. A moda, depois da construção da ponte, é freqüentar as praias mais distantes da cidade.

Quando o restaurante “Os Velhos Marinheiros” foi construído, o mar batia embaixo, nas pedras que ali existem. Tinha-se a impressão de estar em um navio.

CRISTO REDENTOR: É a continuação da praia da avenida, e é muito boa para quem não gosta de onda e prefere uma piscina natural. É muito comum quando a maré está enchendo, vermos golfinhos entrarem na barra do rio perseguindo as pobres tainhas que pulam desesperadas, querendo escapar-lhes.

PONTAL: Fica do outro lado do Cristo. Nela aconteceu o processo inverso ao da avenida, ocasionado pelas correntes marítimas. Era uma boa praia com bastante areia. Hoje o mar tomou-lhe tudo que roubaram dele. Dizem que ninguém rouba nada do mar, ele vem buscar. E o que roubaram na Avenida, ele veio cobrar do Pontal. Hoje o que existe é um cais de pedra, de onde é possível pescar, tomar sol e até descer para a água para um banho gostoso, mas areia, o mar levou. Só no finalzinho do Pontal, ao lado do bairro Nova Brasília, existe um pedaço de areia, perto da colônia dos pescadores.

CONCHA: Fica no morro de Pernambuco e é de onde se tem uma das mais belas vistas da cidade. De lá pode-se ver toda a Avenida, o porto, a catedral, tudo como se estivéssemos ao largo, no mar. O mar é bravio, pois ela já se encontra fora da barra.

MALHADO: Juntamente com a praia do Marciano, formam o início do lado norte. Já foram praias muito boas e freqüentadas, mas também sofreram influência do porto e com certeza foram prejudicadas. Às vezes o preço que o progresso cobra é muito alto.

MARCIANO: Já foi muito bem freqüentada, tendo sido em certa época o “point” da rapaziada. Hoje está restrita à freqüência da população local.

PARA O OESTE

UESC: Inicialmente foi criada a Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (FESPI), com a união de algumas escolas já existentes nas respectivas cidades, como a Faculdade de Direito de Ilhéus e Faculdade de Filosofia de Itabuna. Foi construída com muita luta e determinação com a finalidade de dotar a região de uma universidade.

A parte física foi construída com recursos da CEPLAC, em terreno doado pelo cacauicultor Manoel Nabuco, em área desmembrada da sua fazenda. Foi escolhido o local no meio da estrada para que não houvesse ciúme por parte das duas cidades.

A Fespi foi crescendo, aumentando os cursos oferecidos, e os alunos brigando pela estadualização da instituição, o que foi conseguido na década de 1990. Hoje o que existe é a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), que oferece cursos de graduação, de pós-graduação e de extensão.

FAZENDA PRIMAVERA: Está localizada no km 20 da mesma rodovia, que agora se chama rodovia Jorge Amado e, diga-se de passagem, uma bela rodovia; sempre muito bem cuidada, com acácias cor-de-rosa em todo o percurso, transformando-se em uma festa para os olhos quando a Primavera as deixa completamente floridas.

A fazenda Primavera foi uma sesmaria doada pelo rei de Portugal. Na verdade são duas sesmarias. Uma pertencente a uma família alemã, de Henrique Berbert, já citado neste trabalho, e a outra a uma família portuguesa de João Navarro de Amorim. Virgilio Amorim casou-se com Teodolinda Berbert, unindo as duas famílias e juntando as duas sesmarias. A visita a esta fazenda é um passeio muito interessante porque se entra em contato com a história viva. É a história de uma fazenda que está nas mãos da mesma família cultivando a mesma cultura, há seis gerações.

A sesmaria é um pedaço de terra que tem 6 km de largura e a extensão “é a que a vista alcança”.

Encontra-se em exposição acervo da história das famílias. O mais importante é o documento de doação da sesmaria, bastante danificado, mas ainda legível, com o selo do rei de Portugal bastante visível. Existem também outros documentos importantes, já do período republicano, inclusive as cartas patentes que deram origem ao título de coronel ao fazendeiro de cacau e a xérox do tombamento da casa do coronel Virgilio Amorim pelo Patrimônio Histórico Nacional.

As peças mais importantes são uma cama alemã, com 150 anos de existência, em perfeito estado, com uma colcha feita por uma escrava há mais de 100 anos, toda aplicada. Existe também a mobília completa da família portuguesa. A cama, a Rede Globo, fotografou e fez uma réplica exatamente igual, para ser a cama do Coronel José Inocêncio na novela Renascer. Existem também objetos antigos de uso pessoal, uma mala antiga tipo arca. É muito interessante a visita, porque se tem um contato muito vivo de como aconteceu o início da civilização nas terras do cacau do sul da Bahia.

Entre os objetos de uso pessoal existe uma pequena espada que pertenceu ao Coronel Virgilio Amorim. Esta espada foi utilizada pelo coronel Inocêncio para enterrar na raiz do velho jequitibá. Algumas cenas da novela foram gravadas nesta fazenda.

Outro objeto interessante é um meteorito que caiu na fazenda há muitos anos, ficando por lá esquecido. Ultimamente uma pessoa mística visitando a fazenda atribuiu enorme valor à pedra, por ser uma pedra que veio do espaço, ou seja, um meteorito e por ter a forma piramidal. Atribuiu à pedra forças com energia positiva. Isto muito atrai as pessoas, que cada vez mais se tornam atraídas pelo misticismo.

Fonte: www.cvc.com.br/www.ilheusvirtual.com.br/biblioteca.ibge.gov.br/acaoilheus.org/www.bahia.ws

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