Cajueiro

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Cajueiro – O que é

Planta de múltiplos usos localmente, tanto alimentar como medicinal. Por isso é também chamado de boi vegetal. Além disso, é amplamente cultivada para aproveitamento industrial de suas castanhas e frutos.

A parte denominada popularmente fruto é na verdade um pseudofruto resultante do super desenvolvimento do pedênculo floral da planta, que quando maduro torna-se de cor amarela ou vermelha dependendo da variedade.

A castanha é o verdadeiro fruto, botanicamente falando. O pseudofruto pode ser consumido in natura ou na forma de geléias, doces, sucos, passas, etc.

Já a castanha só pode ser consumida torrada devido ao alto conteúdo de ácidos que queima a mucosa bucal.

A sua extração e industrialização é de grande importância econômica para o nordeste do país, sendo também importante fonte de divisas para o país que a exporta para todo o mundo.

A transformação industrial dos pseudofrutos, principalmente na forma de sucos, é igualmente importante para a economia do Nordeste.

Da casca da castanha é obtido um óleo resinoso conhecido como cardol de amplo uso na fabricação de vernizes, isolantes, inseticidas, etc.

A exudação da casca fornece uma goma resinosa totalmente inatacada por insetos e a própria casca é rica em tanino. A madeira é de inferior qualidade, sendo aproveitada apenas para caixotaria e lenha.

Suas flores são melíferas.

Cajueiro – Caju

O nome caju é oriundo da palavra indígena acaiu, que, em tupi, quer dizer noz que se produz.

O litoral nordestino é tido como centro de origem e dispersão do cajueiro comum, e Amazônia do cajueiro precoce.

A planta está difundida pela América do Sul, América Central, África, Ásia. A partir de 1985 destacaram-se a Índia, Brasil, Moçambique, Tanzânia e Quênia como principais produtores de castanhas no mundo.

No Brasil a quase totalidade da produção de castanhas situa-se nos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.

A palavra caju parece vir do termo “Acâi-ou” (língua tupi), que significa pomo amarelo; em línguas estrangeiras é conhecido como marañom (espanhol), cajou, anacardier (francês), cashew (inglês), anacardio (italiana).

cajueiro precoce é também conhecido como cajueiro anão, cajueiro-anão-precoce, cajueiro-do-ceará.

Planta de porte alto, 6 a 15, copa ereta, compacta a esparramada.

Folhas verdes com formato oval.

Flores pequenas rosa-esbranquiçadas, perfumadas. A casca do tronco é adstringente, rica em tanino, própria para o curtume; ainda a casca contém substância tintorial vermelho-escuro (tinge roupas, redes em linhas de pesca).

Os frutos do cajueiro são interessantes, pois aquilo que acha ser o fruto, não é, e sim a haste ou pseudofruto, carnoso e suculento, bem desenvolvido, de coloração amarela, vermelha ou alaranjada.

O verdadeiro fruto é a conhecida castanha-do-caju, que tem o formato de um pequeno rim de animal. O fruto está maduro quando a haste carnosa fica bem colorida e macia.

O pedúnculo é rico em vitamina C e é utilizado na alimentação do homem e de animais. Ao natural o pedúnculo é consumido fresco (inteiro, cortado em rodelas, acompanhando feijoadas e tira-gosto de cachaça); esmagado produz suco refrescante a cajuada.

Processado (em ações artesanais ou industriais) produz compotas, doces (cristalizados, em massa), caju-passa (ameixa), géleia; com o sumo produz-se sucos concentrados, cajuina (suco clarificado), vinho, vinagre, aguardente, licor, mel-de-caju. Com o suco fermentado (artesanalmente) fabrica-se as bebidas (mococoró e cauim); com pedúnculo + castanha jovens, o maturi prepara-se guisados e fritadas apetitosos.

A castanha ou Amêndoa é processada e consumida como castanha assada e salgada em coquetéis ou como tira-gosto de bebidas sofisticadas; ainda a amêndoa inteira ou quebrada ou sob forma de farinha entra no preparo de bolos, doces, bombons, chocolates, acompanha sorvetes, além de fornecer óleo, altamente insaturado. Fructificação durante todo o ano.

Uma das melhores fontes de vitamina C, o Caju é antioxidante, rico em cálcio, ferro e fósforo. É importante na formação de colágeno, que dá força e suporte aos ossos, dentes, pele e artérias.

Auxilia na cicatrização de ferimentos e absorção de ferro.

Para congelar, adicione açúcar ao caju natural inteiro, com ou sem castanha, e guarde no freezer. Há dezenas de variedades, e a fruta, na verdade, é a castanha do caju. O que chamamos de fruta é o pedúnculo, o talo que prende a fruta ao galho.

A madeira, cor rósea, dura, revessa, que recebe bem o verniz, é resistente à água do mar sendo usada para fabricação de cavername de barcos. Apesar disso só é utilizada para lenha e carvão.

Castanha verde ou Maturi: Jorge Amado imortalizou o maturi em Tieta do Agreste, numa famosa receita baiana de camarões secos com maturi numa frigideira. O maturi é a castanha de caju ainda verde, tenra e volumosa.

O Fruto do Cajueiro

O caju é uma das frutas mais intrigantes. Comumente, acredita-se que a fruta é aquela parte carnosa cuja forma pode ser variadíssima, entre alongada e arredondada, apresentando coloração amarela, alaranjada, vermelha ou esverdeada.

O fruto do cajueiro tem duas partes: o fruto propriamente dito, que e a castanha, e o pseudofruto, chamado cientificamente de pedúnculo floral, que é a parte comumente vendida como nome de caju.

É aí que se encontra o gostoso sumo aromático e adstringente, que pode variar entre o azedo e o dulcíssimo, porém sempre refrescante. No entanto, esta é apenas a haste, o pedúnculo inchado que sustenta a sua castanha, o verdadeiro fruto da planta.

Características Morfológicas

Altura de 5-10m, com tronco tortuoso de 25-40cm de diâmetro; em solos argilosos de boa fertilidade pode atingir até 20m de altura. Folhas glabras, de cor rósea quando jovens, de 8-14cm de comprimento por 6-8cm de largura. O pedúnculo super desenvolvido e suculento é geralmente confundido com o fruto, quando na verdade a castanha afixada àquele, é o verdadeiro fruto.

Ocorrência: Campos e dunas da costa norte do país, principalmente nos estados do Piauí e Maranhão.

Cajueiro – Classificação

Nome Científico: Anacardium occidentale L.

Família: Anacardiaceae

Nomes populares: Cajueiro, acajaíba, acaju, acajuíba, caju-manso, caju-banana, caju-manteiga, caju-da-praia, caju-de-casa

Origem: Brasil – Nas regiões costeiras do Norte e Nordeste.

Florescimento: junho a setembro

Frutificação: novembro a janeiro

Cajueiro – Propriedade

cajueiro é uma planta rústica, típica de regiões de clima tropical. Na amazônia tropical, as árvores apresentam porte bastante elevado; nos estados do Nordeste brasileiro, a principal espécie de ocorrência é o Anacardium occidentale L., cujas árvores apresentam pequeno e médio porte.

Nas regiões de cerrado do Brasil Central as espécies nativas podem apresentar porte médio, como o cajueiro-arbóreo-do-cerrado (A. othonianum), por te arbustivo, como o cajueiro-do-campo (A. humile) ou até porte rasteiro (A. nanum e A. corymbosum). As espécies do cerrado produzem pseudofrutos aromáticos conhecidos como cajuí, caju-docampo, cajuzinho-do-campo, caju-do-cerrado, caju-rasteiro, caju-de-ár vore-do-cerrado, que possuem sabor muito agradável e tamanho bem menor do que o caju produzido no Nordeste.

O A. occidentale L. é a única espécie do gênero que é cultivada com finalidade comercial. As demais espécies são exploradas apenas por extrativismo.

O cajuí nativo no cerrado brasileiro é largamente consumido ao natural ou mesmo sob a forma de sucos, doces e geléias.

O pequeno tamanho destes pedúnculos favorece a produção das famosas compotas e desidratados, também conhecidos como ?passas? de caju. Por fermentação fornece uma espécie de vinho ou aguardente, conhecido por comunidades indígenas como ?cauim?.

Conforme os trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela Embrapa e por outras instituições de pesquisa, o pedúnculo de caju é rico em vitamina C, fibras e compostos fenólicos. Além do potencial vitamínico, estes compostos conferem potencial antioxidante à polpa do caju.

Esta propriedade biológica está associada à prevenção de doenças crônicodegenerativas, como problemas cardiovasculares, câncer e diabetes, que avançam a cada ano, superando estatísticas e preocupando as lideranças governamentais da área de saúde.

O aumento das doenças crônicodegenerativas está associado ao aumento da expectativa de vida da população e às características da vida moderna, como mudanças de hábitos alimentares, sedentarismo e poluição.

A necessidade de aumento do consumo de frutas tem sido uma recomendação crescente da Organização Mundial da Saúde, visando à prevenção do desenvolvimento das doenças crônico-degenerativas.

De acordo com resultados de pesquisas realizadas no Brasil, pela Embrapa, e fora do Brasil, o caju é um forte candidato para acrescentar saúde, sabor e beleza na mesa tropical.

Assim como acontece no Nordeste do Brasil, na região Centro-Oeste a castanha de cajuí também é aproveitada para a produção da amêndoa, depois de descascada e torrada.

As amêndoas de caju são ricas em proteínas e lipídeos. Na fração oleosa, predominam os ácidos graxos oléico (60,3%) e linoléico (21,5%), que são gorduras insaturadas e apresentam boa estabilidade, o que é uma característica desejável, tanto para a saúde humana quanto par tecnologia de alimentos.

Segundo a Tabela de Composição de Alimentos apresentada por Franco (1992), as amêndoas ainda são ricas em vitamina B1 (1000 micrograma/100g); vitamina B2 (560 micrograma/100g); vitamina PP ou niacina (4,5 mg/100g); fósforo (575 mg/100g) e ferro (5,6 mg/ 100g).

O líquido da casca da castanha de caju (LCC) é muito empregado na indústria química para a produção de polímeros que são utilizados na produção de matérias plásticas, isolantes e vernizes.

Este óleo é constituído principalmente por compostos fenólicos, como os ácidos anacárdicos.

As propriedades biológicas dos ácidos anacárdicos têm merecido atenção especial nos últimos anos, por se apresentarem como inibidores de enzimas medicinalmente importantes, além de compreenderem propriedades antimicrobianas, anticoagulante e antitumor.

Estes compostos fenólicos, que estão presentes nos pedúnculos e nas amêndoas, em pequenas quantidades, representam até 25% do peso da casca da castanha de caju, de onde são extraídos para o aproveitamento industrial.

O incentivo ao uso e à exploração sustentada do caju e do cajuí apresenta-se como uma importante solução para a melhoria da qualidade de vida do homem do campo, especialmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

Cajueiro – Fotos

 

Cajueiro
Caju

Cajueiro
Caju

Cajueiro
Caju

Cajueiro
Cajueiro

Fonte: www.arara.fr/www.vivaterra.org.br/www.jornalentreposto.com.br/www.clubedasemente.org.br

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