Luanda

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Luanda é a capital da Angola, e uma província angolana.

Com uma área de aproximadamente 2257 km².

Com um clima tropical seco, e se destaca pela produção de produtos naturais como mandioca, banana. Além disso, minerais são extraídos, como petróleo e calcário.

Produtos principais: mandioca. hortícolas, banana, palmeira de dendém; minerais – petróleo. fosfatos, calcário, asfalto; outros – pesca;

Distâncias em km a partir de Luanda: Cabinda 480 km – Benguela 692 km – Ondjiva 1.424 km.

As atenções estão voltadas para os programas de melhoramentos da oferta de serviços sociais básicos, ordenamento urbano, uso de solos e ambientes, saneamento básico, apoio a atividade produtiva, reforço institucional.

Luanda – História

Luanda era o nome da Ilha, significando terra rasa, sem montes, de formação arenosa, instável ao sabor das marés do oceano e caudal do rio Kwansa. Haviam algumas aldeias, as ” Libatas” e o Governador, súbdito do Rei do Congo, administrava justiça e fazia recolher os ” Zimbros” (conchas piramidais) que eram a principal moeda do reino do Congo.

Luanda foi fundada pelo explorador português Paolo Dias de Novais como São Paulo de Luanda em 1576. Tornou-se a capital de uma colônia portuguesa em 1586 e tornou-se a capital da Angola independente quando a antiga colônia portuguesa conquistou a sua independência em 1975.

A cidade está localizada na região noroeste do país, na costa do Oceano Atlântico. As religiões mais comuns são católica, baptista e metodista, mas missionários de muitas religiões residem em Angola.

Os principais esportes da cidade são: basquete, futebol e tênis.

Sendo uma importante cidade portuária de Angola no século XVI, Luanda tornou-se o centro de assuntos comerciais, políticos e culturais.

Os portugueses também usaram Luanda como seu principal porto de comércio de escravos até 1836.

O fim do comércio de escravos causou uma diminuição temporária na economia e na atividade de exportação de Luanda, mas na década de 1840, a cidade exportava óleo de palma e amendoim, madeira, marfim, algodão, café, tabaco e cacau. Ao longo do final do século XIX e início do século XX, as autoridades coloniais portuguesas investiram em infra-estruturas portuárias e ferroviárias para expandir as exportações agrícolas e minerais. Em 1940, a cidade tinha 61.208 habitantes, incluindo quase 10.000 habitantes brancos. Após a Segunda Guerra Mundial, chegaram novas ondas de colonos vindos do superlotado Portugal. O crescimento do “Bairro Europeu” significou muitas vezes a deslocação de africanos para bairros de lata nos limites da cidade.

Apesar das más condições de habitação, Luanda oferecia mais oportunidades de emprego e educação do que nas zonas rurais e atraiu cada vez mais africanos do interior. Muitos destes novos residentes, por sua vez, começaram a apoiar os movimentos de independência e a pedir o fim do domínio português. Luanda tornou-se o centro da atividade nacionalista.

Também se tornou o principal local da colônia para celebrar a cultura indígena com eventos como o festival anual de Carnaval.

independência de Angola veio em 1975, quando nessa altura a cidade tinha 475.000 habitantes.

A independência foi imediatamente acompanhada por uma guerra civil quando o novo governo em Luanda foi desafiado pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) no campo.

A guerra fez com que milhares de residentes fugissem para Luanda, o que por sua vez paralisou a economia.

A guerra civil angolana terminou em 2002. Desde então, o crescimento e o desenvolvimento da cidade têm sido desiguais.

Embora muitos residentes empobrecidos ainda vivam em bairros de lata e bairros degradados em redor de Luanda, o núcleo da cidade beneficiou de um investimento estrangeiro significativo. O centro de Luanda, que funciona como centro de negócios do país, goza de uma infra-estrutura moderna, com os arranha-céus dominando o horizonte. No entanto, uma elevada taxa de desemprego forçou muitos residentes de Luanda a encontrar rendimentos suplementares no pequeno comércio, no contrabando e em outras atividades criminosas.

No entanto, a Universidade de Luanda e o Aeroporto Internacional de Angola estão ambos localizados na cidade e Luanda continua a ser um porto internacional movimentado.

Entre os trinta portos mais movimentados do mundo, as principais exportações de Luanda são: café, algodão, ferro, sal e diamantes.

Luanda – Descobrimento

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Dotado com carta donatária de el-Rei D. Sebastião, Paulo Dias de Novais comandando uma armada de 7 barcos com 100 famílias de colonos e 400 soldados, a partir à ilha de Luanda a 20 de Fevereiro de 1575.

Luanda era o nome da Ilha, significando terra rasa, sem montes, de formação arenosa, instável ao sabor das marés do oceano e caudal do rio Kwansa. Haviam algumas aldeias, as ” Libatas” e o Governador, súbdito do Rei do Congo, administrava justiça e fazia recolher os ” Zimbros” (conchas piramidais) que eram a principal moeda do reino do Congo.

No ano seguinte, Novais, muda-se para o continente mesmo em frente da ilha, assentando as bases da povoação de S. Paulo.

O que atraiu Novais, quando desembarcou na região foi o domínio das lendárias minas de prata de Cambambe. Ali havia um porto bem abrigado, de localização conveniente, muito perto do corredor ( rio Kwanza).

Luanda – Às minas

Passado o sonho da prata, o local tornar-se-ia o ponto de partida das Guerras de Kuátal! Kuáta! ( captura de escravos) e ponto de guarda e carregamento dos navios negreiros para o Brasil.

A Sé Episcopal seria erigida em 1583, seguida 10 anos depois pela igreja dos Jesuítas e mais tarde pelo convento de S. José ( em 1604).

Em 1605, o Governo, Manuel Cerveira Pereira, confere foros de cidade à povoação de S. Paulo. Luanda foi a primeira cidade de base européia, fundada na costa ocidental da África subsahariana.

Entre 1641 e 48 a cidade esteve ocupada pelos holandeses. A libertação dar-se-ia sob o comando de Salvador Correa de Sá, a 15 de Agosto de 1648, dia de N.Sra. da Assunção, passando a cidade a designar-se por S.Paulo da Assunção.

Correa de Sá modificou por primitivo nome – S. Paulo de Loanda, pela semelhança inoportuna com o nome Holanda. A 6 de Agosto de 1650, o Senado da Câmara conferiu uma importante área territorial a Salvador Correa de Sá, prémio da sua façanha militar. Começo então a delinear-se a parte baixa da cidade.

A atual Sé seria construída nessa zona já no ano seguinte.

O século XVII é chamado por alguns historiadores ” o Ciclo do Brasil” dado a relação direta e prioritária Luanda-Baía. O abastecimento de escravos aos fazendeiros brasileiros era a causa principal dessa relação.

Mau clima, péssima estrutura da cidade, má qualidade de uma população composta maioritariamente por degredados criminosos, davam um panorama pouco atraente para a fixação de famílias européias.

A dispariedade de sexos era gritante, provocando o início da sociedade mais miscigenada de toda a África, cruzamento de raças, usos e costumes que conferiam à população da cidade um grande carisma, mantido e acrescido através dos tempos.

É uma sociedade de forte carácter que impõe o seu modelo ao estrangeiro. Até finais do século XVII, Luanda era um pequeno burgo constituído pela parte alta – a ” Cidade Alta” onde se baseava o Poder, o clero e a Burguesia.

Paralelamente, desenvolvia-se a zona baixa com ponto de partida no atual bairro dos Coqueiros,onde vivia uma população de degredados e comerciantes virados essencialmente para o tráficos de escravos.

O número de escravos eram um dos maiores sinais de poder e opulência; enquanto que um português pequeno- burguês tinha em média cinquenta escravos, os grandes senhores detinham muitas vezes alguns milhares.

Seria durante o governo de Souza Coutinho, empossado pelo Marquês de Pombal, que teriam sido construídas as primeiras ruas de Luanda.

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Em 1779 as duas partes da cidade seriam finalmente ligadas por ruas calcetadas.

Durante esse mandato surgiram grandes obras em Luanda: o Terreiro Público, a Alfândega, a Ribeira das Naus e a primeiras Aula de Geometria, dentre outras.

Desde os primórdios da história de Luanda que o abastecimento de água tem sido ” a causa da cidade.” O primeiro grande projeto teria sido pensado, em 1645, pelos holandeses e visava criar um canal do rio Kwanza até à cidade. Loanda era abastecida basicamente através de alguns poços como os ” Poços da Maianga” e com pipas trazidas por via marítima do rio Benzo.

O problema provocado pela falta de água comprometia, em muito, o futuro da cidade e em Fevereiro de 1886, Pinheiro Chagas, ministro da Coroa, afirmaria. “…

Luanda continua hoje a morrer à sede entre os dois rios, cujas águas podiam há muito correr a jorros nas ruas da capital da províncias…”

Finalmente, a 2 de Março de 1889, 313 anos após a Fundação da cidade, o Governo-Geral Brito Capelo abriria as comportas libertando as águas do Bengo dirigidas à conduta para Luanda.

A população de Luanda acumulava-se principalmente entre a borda do mar e a ” Cidade Alta.”

Os caminhos eram de areia, os passeios inexistiam e o transporte era assegurado praticamente por ” Machilas” e ” Tipóias.”

A machila era carregada por escravos que tinham por hábito descansar no meio dos caminhos. Somente no final do século XIX, com o calcetamento das ruas da cidade é que esses hábitos foram alterados.

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“Notam todos aqueles que apreciam com justiça os mel-horamentos realizados, que há dois anos havia em Luanda apenas dois trens de passeio, enquanto que atualmente há já um crescido número deles, porque as areias então matavam de cansaço os animais que os tiravam.

Foi mais este benefício uma consequência do bom piso dado por esta Câmara a todas as ruas, praças e travessas que estavam por calcetar.

Também hoje se não encontram tão frequentemente, carregadores deitados pelas ruas da cidade, porque antigamente não os molestava a areia, que é bastante macia, enquanto que a dureza das ruas de agora lhes molesta o corpo, e a concorrência dos carros de passeio, aumentou-lhes o perigo de serem pisados.”

As características extraordinárias que Luanda reunia face a outras cidades africanas justificavam as designações de ” Paris de África” com que o Relatório do Banco Nacional Ultramarino de 1872 a mimoseou e ” Capital da Princesa Ultramarina,” aplicada localmente no século XVIII.

A localização da cidade junto ao oceano, a sua baía e a espectaculariadade panorâmica despertavam grandes vontades e projetos para o desenvolvimento harmonioso da capital.

A topografia era irregular, com os terrenos de areia vermelha(” musseques”) a predominarem e a desmoronarem-se por barrocas instáveis.

Grandes obras de infra-estrutura teriam que ser feitas para suportar o grande desenvolvimento que se antevia para a cidade. Contudo, ruas e bairros vão surgindo sem qualquer plano diretor ou preocupação geométrica.

As dificuldades eram tamanhas que não houve empreiteiro capaz de pôr a funcionar em Luanda um sistema de transporte adaptado ao momento e às necessidades.

Em 1891, a par das últimas machilas e alguns carros de tracção animal, existia em Luanda, somente um ” carro Ripert” que de três horas ligava as partes baixa e alta da cidade.

Na primeira metade dos anos oitocentos, com o decréscimo do tráfico, nota-se importante incremento na atividade comercial.

Em 1851, nos mapas de exportação da Alfândega de Luanda já aparecia grande variedade de produtos: algodão, azeite de ginguba, óleo de palma, café, cal, cera, couros, goma copal, farinha de mandioca,etc…

Com a abolição da escravatura, aqueles conjuntos de cubatas situados nos terrenos de terra vermelha, os musseques, tiveram notável desenvolvimento.

Eles cresciam `’ margem de qualquer preocupação urbanística e sem a mínima infra-estrutura.

Para lá convergiam os negros vindos do interior e desalojados das zonas centrais da cidade, cada vez mais reservadas às classes dominantes.

LuandaLuanda

Em poucos anos, musseques constituiam a cidade dos negros dentro da cidade dos brancos. A tradição e a cultura popular aí tiveram continuidade; valores antigos prosperam e uma consciência nacionalista depressa despertaria, criando associações para fins diversos que mais tarde tornar-se-iam movimentos de emancipação.

Foi no musseque que se começou a preparar a independência.

Na mudança de século, Luanda já denota um novo dinamismo: novas vias aproximam- na, por estrada e caminho-de-ferro, ao interior; fazem incrementar as trocas comerciais e as exportações e promovem o aparecimento de novas fábricas.

Luanda vocaciona-se então como importante entreposto comercial e como principal núcleo urbano de uma Colônia em efervescência.

Final do tráfico de escravos e a implementação de um sistema de ensino bem estruturado, sem grandes discriminações, juntam ainda mais os habitantes. Uma nova mentalidade começa a despontar.

Já no século XX, com o desenvolvimento do ensino e a consequente criação do liceu Salvador Correia (o primeiro de Angola) passa-se uma fase de grande miscigenação cultural entre europeus, seus descendentes e autóctones de raça negra.

Todos eles, sem acesso aos melhores empregos: o funcionalismo público.

Grandes famílias locais começam então a ascender e ainda hoje ocupam lugares cimeiros na sociedade.

A partir de 1950 dá-se o crescimento meteórico da cidade. A população do concelho de Luanda aproxima-se rapidamente dos 200.000 habitantes, sendo 70% de raça negra.

Formam-se muitos bairros com Vila Clodilde, Vila Alice, Praia do Bispo, Miramar, Quinaxixi entre outros tantos. O incremento na construção civil é notável. De 2.700 construções registradas em 1940, passou-se 10 anos mais tarde a 7.500. É instituído o Fundo dos Bairros Operários e novos bairros aparecem na zona suburbana.

O crescimento das cotações do café foi a causa principal deste espetacular desenvolvimento. Foi então dada prioridade máxima à fixação de mais portugueses na Colônia.

Em 1970, em Luanda, havia 1 branco para cada 2,5 negros. Após o aparecimento da luta Armada em, 1961, o governo colonial viu-se constrangido a promover rápida e eficazmente o crescimento econômico através de grandes incentivos à indústria.

De 1950 a 1970 mais de 1,100 novas unidades industriais surgiram, 80% das quais durante os anos sessenta. A maioria das unidades hoteleiras hoje existentes apareceu nessa altura; as maiores como o trópico, o Presidente, o Panorama e o Costa do Sol já durante os anos setenta.

Luanda – Hotéis, Restaurantes e Vida Noturna

Luanda possui um conjunto de hotéis satisfatório.

Eis os melhores: Meridien Presidente, Tivoli, Trópico, Continental, Panorama (em reabilitação) e Costa do Sol.

Forte tradição culinária, grande número de bons cozinheiros, boa variedade e qualidade de peixe e marisco. boa carne, fortes condimentos e sortido de restaurantes apreciável; são características que permitem afirmar que se come bem em Luanda.

O Farol Velho. Clube de Empresários e Pinto’s lideram a categoria mais alta. a par com os restaurantes dos hotéis Meridien. Tivoli e Continental. Num nível médio, o Arco-íris.

Cine Luanda, Tamarindo e Zero,. assim como alguns restaurantes da Ilha. representam bem a cidade. A vida noturna sempre foi intensa em Luanda. Hoje. essa tendência reafirma-se com bastante evidência.

Discotecas, night-clubs. bares-americanos, pubs, espia nadas, etc…

O calor da música, a sensualidade da dança. a temperatura do ar, o bom marisco, a bebida gelada e o convívio com gente de grande competência na arte de farrar conferem à noite luandense uma intensidade muito especial.

Tudo indica que, em tempo de paz, Luanda voltará a ser a Rainha da Noite Africana.

O tom vermelho das terras, o azul do céu, o outro azul do mar e os verdes que aqui e ali, furam as extensões semi-áridas onde imperam o imbondeiro e o cacto candelabro, encantam os sentidos e tornam a região a sul de Luanda num quadro de invulgar e inesperada beleza.

Saindo pela Corimba e passando o Futungo de Belas deparamos, à nossa frente, com o Mussulo – restinga formada pelos sedimentos do rio Kwanza, hoje com cerca de 40 quilômetros de extensão e origem numa soberba baía com 3 ilhas no seu interior, das quais a maior é conhecida por Ilha dos Padres.

O Mussulo é realmente a pérola de Luanda, com grande potencial turístico. A língua de terra coberta por mangais e coqueiros é um local muito especial para os melhores momentos de lazer. Na contra-costa, habitam os pescadores nas suas cubatas tradicionais.

Desse lado a praia é ampla, de areia branca e deserta, quase sempre. Do outro lado – a baía, é o Mussulo turístico, onde foram construídas casas de fim-de-semana e o complexo turístico Onjango com restaurante, bar, bungalows e desportos aquáticos dentre outros serviços.

A baía é justamente famosa por ser um portentoso viveiro das melhores espécies de peixe: o pargo, a garoupa e a pescada são os mais comuns, fazendo as delícias dos aficcionados da pesca ao corrico.

As águas calmas, fechadas, são favoráveis também aos desportos náuticos, embora por vezes haja correntes provocadas pelas marés.

A ponta final do Mussulo tem a característica gerai destas restingas e modifica-se gradualmente, surgindo e desaparecendo cada ano pontas e ilhotas de areia. pelas movimentações das correntes.

O Mussulo é alcançado mais frequentemente por mar, há ligações regulares e pescadores que fazem percursos de convéniência em lanchas a motor.

O Mussulo pode também ser abordado por via terrestre em 4×4. mas só por conhecedores do terreno.

Continuando a descer a costa para sul encontramos ainda dentro da baía do Mussulo. outra paragem obrigatória. o Morro dos Veados e o Museu da Escravatura (visitável).

Ainda de realçar a fantástica visão do Miradouro da Lua, na estrada para o sul; enorme barroca escavada peia erosão junto ao mar. em tons que vão do ocre ao vermelho.

Aos pés do miradouro estende-se uma praia com muitos quilômetros de extensão. as Palmeirinhas, com enormes potencialidades turísticas, mas, ainda desaconselhável. por razões de segurança.

Um pouco além. chegamos ao mítico Kwanza. no sítio onde penetra no mar. De acesso fácil. a Barra do Kwanza é ideal para piqueniques e para a pesca esportiva. dispondo de uma unidade hoteleira com restaurante e alojamento.

Os maiores exemplares de dourada e espadarte podem aí ser pescados. Para lá do rio. entra-se na região da Quissama, onde se situa um parque nacional outrora reputado pelos animais que albergava, desde os de grande porte – elefantes, búfalos, leões – até aos pequenos roedores e aves. E junto ao mar, o belíssimo e solitário Cabo Ledo.

Ainda à volta de Luanda, a leste, o centro industrial de Via na, hoje rodeado de quintas que produzem grande parte das verduras e frutas que Luanda consome e que constituem também ótimos recantos para descanso.

Algumas quintas albergam mesmo restaurantes e locais de dança reputados. Poucos quilômetros a norte da cidade situa-se a povoação pesqueira do Cacuaco, com as suas salinas.

É uma zona de paisagem característica até ao rio Bengo.

Logo a seguir, no alto do Kifangondo, tem-se uma soberba vista dos lagos e meandros formados pelo Bengo, onde Luanda vai buscar a sua água, continuando depois até à Funda, lagoa dos celebrados cacussos que companhados de feijão de óleo de palma são pitéu indispensávei para o caluanda.

Luanda – A Ilha

Luanda diurna, apresenta se como uma cidade de trabalho. Os vários quilômetros do lado atlântico da ilha vão, no entanto, progressivamente, retomando algum movimento de outros tempos.

O peixe abunda, o nível de iodo favorece um bronzeamento rápido, a areia é fina e a água tépida.

Ao lado, várias esplanadas completam o prazer. Ao fim da tarde, novamente na Ilha, a não perder, um pôr-do-sol, realmente invulgar. Visita obrigatória, os Trapalhões, verdadeiro centro comercial africano, desvenda o restaurante mais popular e carismático da cidade.

Os habitantes da Ilha de Luanda chamam-se a si próprios Axiluanda (gente de Luanda ).

Os Axiluanda consideram-se como Caluandas puros, distinguindo-se assim do resto da população da cidade, Caluandas de muitas origens. São pescadores e mantêm uma forte identidade cultural; o que é evidente em grandes manifestações, culturais, como o Carnaval ou no seu próprio dia-a-dia.

Luanda – O Carnaval

Os testemunhos escritos sobre a tradição de “brincar” o carnaval em Luanda, sobem até meados do século passado, suspeitando-se, no entanto, que seja bem mais antiga.

De raiz européia. o Carnaval acabou por se enraizar profundamente nos costumes caluandas. sendo hoje o mais importante ato cultural.

Existe o desfile da avenida Marginal, que é oficialmente o auge do Camaval. Nos 3 dias oficiais há também bailes e comidas em profusão.

Os grupos carnavalescos constituem-se fundamentalmente nos bairros, exclusivamente fora da cidade de asfalto segundo um certo critério de territorialidade decisiva.

Os grupos mais destacados são adeptos da semba ou varina e são basicamente Axiluanda.

Pode dizer-se que é o musseque que faz o Carnaval de Rua. Durante 3 ou 4 dias. Luanda vive ao ritmo do Carnaval. E pouco mais faz. O ambiente da cidade muda, com muita gente nas ruas a horas pouco habituais, muitas praças iluminadas e musicadas e as farras transbordando pelos quintais.

A tradição de festivais de rua de tipo carnavalesco e de grupos de dança competitivos parece ser antiga em Luanda.

Em 1620, no final da mais grave ronda de guerras de escravos da história de Angola, a alegoria política e o mimetismo foram incluídos nas procissões de rua que celebravam a canonização de São Francisco Xavier.

No século XIX, a comunidade crioula adaptou regularmente os seus cerimoniais públicos às mudanças no clima político e religioso. Na era da colonização branca, durante as décadas intermediárias do século XX, as tropas de dança “nativas” foram oficialmente encorajadas até que o seu potencial nacionalismo fosse discernido. Após a independência, o governo tentou reviver o Carnaval para os seus próprios fins e de acordo com o seu próprio calendário de cerimoniais estaduais. Num certo nível, o carnaval continuou a exorcizar o medo da autoridade entre os impotentes. Por outro lado, a dimensão política foi eclipsada pelas rivalidades competitivas das comunidades locais que procuravam identidade e prestígio.

As estruturas continuaram a usar os antigos padrões rituais de liderança com reis, rainhas, comandantes e soldados.

A influência econômica continuou a ser exercida pelas grandes famílias de pescadores que investiram recursos importantes em roupas conspícuas e em banquetes cerimoniais, como fizeram durante séculos.

Os espectadores responderam em muitos níveis diferentes de apreciação.

Fonte: www.blackpast.org/www.consuladodeangola.org/www.cambridge.org

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